Nova passarela do TRF1 será apresentada em evento na Bélgica
Com o artigo técnico Bridge connecting buildings A and C set of the headquarters of the TRF1 Brasília DF – traduzido para o português como Passarela de ligação dos Blocos A e C da sede do TRF1 em Brasília-DF —, a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) ganha destaque internacional no IABSE Congress Ghent 2025 — The Essence of Structural Engineering for Society. Considerado um dos mais importantes encontros mundiais da engenharia estrutural, o congresso ocorre entre os dias 27 e 29 deste mês, em Ghent (Bélgica), e reúne engenheiros, arquitetos, pesquisadores, gestores públicos e privados, além de universidades e organizações internacionais. O trabalho é assinado por Pedro Afonso de Oliveira Almeida (USP), Gabriel Polanzzo Ribeiro Del Duca (TRF1), Maruska Holanda (Novacap) e Ronaldo Almeida (Novacap). Passarela do TRF1 foi erguida em concreto protendido e tem quase 6 metros de altura no seu ponto mais elevado | Foto: Kiko Paz/Novacap A obra que inspirou o artigo é uma passarela tubular de aproximadamente 50 metros, concebida pelo arquiteto Oscar Niemeyer e que, como indica o título do trabalho, conecta os blocos A e C da nova sede do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). Em sua maior curvatura, a estrutura alcança quase 6 metros de altura no ponto mais elevado, no Bloco A, descendo suavemente até o ponto de junção com o Bloco C. Tudo isso apoiado em apenas um pilar – e é exatamente aí que está o grande desafio: sustentar toda a construção em apenas um ponto. Edificada em concreto protendido, a passarela se destacou pela adoção de soluções inovadoras de reforço estrutural, que representaram um desafio significativo para a equipe de engenheiros da Novacap. [LEIA_TAMBEM]De acordo com a coordenadora do Núcleo de Inovação da Diretoria de Planejamento e Projetos da Novacap, Maruska Holanda, a participação no congresso é um marco para a companhia. “É a oportunidade de projetar a engenharia pública de Brasília no cenário internacional, demonstrando a capacidade técnica da empresa na execução de obras de alta complexidade e relevância cultural”, destaca a especialista. Além do artigo brasileiro, o congresso conta com a apresentação de trabalhos de universidades, órgãos públicos e empresas de engenharia de todo o mundo, abordando temas como pontes, edifícios, estruturas em aço, concreto e madeira, sustentabilidade, manutenção e inovação tecnológica. Para o presidente da Novacap, Fernando Leite, a participação nesse cenário global reforça o compromisso da companhia em adotar e compartilhar soluções inovadoras, fortalecendo o nome de Brasília e do Distrito Federal no cenário internacional da engenharia. “A Novacap é uma empresa de vanguarda. Sempre foi, e chegou a hora de mostrar para o mundo nossa capacidade e nossa qualificação técnica”, comemora o gestor. *Com informações da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap)
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O tempo em infusão: redescobrindo a Casa de Chá aos 65 anos de Brasília
Em meio às curvas de concreto que deram forma à utopia modernista de Brasília, há um cantinho onde o tempo parece descansar. A Casa de Chá, discreta e elegante como a própria cidade, guarda histórias de encontros, contemplação e silêncios embalados pelo aroma de infusões delicadas – além de um cardápio repleto de referências ao Cerrado, vegetação que cerca e compõe o Quadradinho. Projetada entre 1965 e 1966 pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer, a Casa de Chá foi concebida para ser um ponto de encontro e um local para reuniões e descanso na monumental Praça dos Três Poderes. O “restaurante da Praça dos Três Poderes”, como o próprio arquiteto nomeou em seu livro Quase Memórias, reunia os trabalhadores da região que frequentavam o local após o dia de serviço, com rodas de violão e cantorias no lado de fora. O auge da movimentação foi nos anos 1970 e 1980. Reinaugurado em 2024 em formato de café-escola, o espaço busca retomar o propósito de Oscar Niemeyer e tem demonstrado fôlego para reunir tantas pessoas e memórias quanto em décadas passadas. Agora sob gestão do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac-DF), o espaço se dedica à gastronomia e à qualificação profissional com a promoção de cursos. A Casa também funciona como Centro de Atendimento ao Turista (CAT), em uma cooperação técnica entre o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Turismo (Setur-DF). Em tempos de cafés apressados e bebidas para viagem, a Casa de Chá resgata o ritual de saborear a bebida com calma em um refúgio especial, mantendo viva a tradição de servir, em xícaras de porcelana, memórias de uma cidade que completa 65 anos. “Há quase um ano anunciamos uma proposta robusta, por meio da Fecomércio, do Senac, que foi a reformulação do espaço. Em 70 dias, reinauguramos a Casa de Chá e entregamos um restaurante-escola de qualidade, um presente para a cidade. Já recebeu mais de 115 mil pessoas em menos de um ano e é exemplo para todo o país. Moradores e visitantes mereciam um espaço para alimentação, descanso e entretenimento no centro da Praça dos Três Poderes”, afirmou o secretário de Turismo do DF, Cristiano Araújo. Projetada entre 1965 e 1966 pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer, a Casa de Chá foi concebida para ser um ponto de encontro e um local para reuniões e descanso na monumental Praça dos Três Poderes | Fotos: Divulgação/Setur-DF Essa não foi a primeira intervenção que este GDF fez no local. Em 2019, o espaço foi pintado, teve o mármore do piso polido e as paredes receberam limpeza específica para o mármore bruto. Além disso, o mapa localizado em frente ao CAT, que estava com a imagem apagada devido à ação do tempo, foi trocado. O mobiliário e decoração da unidade foram cedidos por designers da cidade, em parceria com a Associação dos Designers de Produto do Distrito Federal (Adepro-DF). Reconhecimento internacional A Casa de Chá atingiu mais de 115 mil atendimentos desde a reabertura, em julho de 2024. Atualmente, o espaço recebe uma média de 12,5 mil visitantes por mês, firmando sua posição como um dos principais pontos turísticos de Brasília. O reconhecimento não vem só de quem mora ou visita a capital. No ano passado, o local foi citado na lista 150 Tea House You Need to Visit Before You Die (150 casas de chá que você precisa visitar antes de morrer, em tradução livre), da jornalista britânica Léa Teuscher. Para o diretor do Senac-DF, Vitor Corrêa, os números e o reconhecimento refletem o quanto o café-escola tem se consolidado como um espaço de formação, acolhimento e experiências gastronômicas no DF. “Ter esse espaço é um orgulho para o Senac, especialmente ao celebrar os 65 anos de Brasília com chá, café, cerveja, drinks ou vinho — tudo com o DNA de Brasília, respeitando o Cerrado e o saber local. É um ambiente que homenageia os modernistas, construtores e idealizadores da cidade, mas também valoriza as gerações atuais, com designers, artesãos e produtores locais. A Casa de Chá é uma síntese de Brasília — e Brasília, uma síntese do Brasil”, destacou. Reinaugurado em 2024 em formato de café-escola, o espaço busca retomar o propósito de Oscar Niemeyer e tem demonstrado fôlego para reunir tantas pessoas e memórias quanto em décadas passadas Pelos olhos de um Niemeyer O fotógrafo carioca Kadu Niemeyer, 71, neto do símbolo da arquitetura brasileira com reconhecimento mundial, Oscar Niemeyer, tinha apenas 6 anos quando a família se mudou do Rio de Janeiro para viver na recém-capital do país, que completa 65 anos este ano. Acompanhando o trabalho do avô durante 54 anos, ele pôde registrar de perto cada nuance da fundação de Brasília e acumular memórias vivas em diferentes espaços. Entre eles, a Casa de Chá, que visitou em 2 de abril deste ano. À Agência Brasília, ele detalhou que estar no local foi como abrir um álbum de memórias que mistura arquitetura, cultura e convivência. “A relação da nossa família com a Casa de Chá e com todas as obras de meu avô é profundamente emocional e histórica. Meu avô sempre foi apaixonado por criar espaços que unissem beleza, simplicidade e funcionalidade, mas também que proporcionassem encontros e momentos de convivência. A Casa de Chá reflete isso: é um lugar onde arquitetura e vida se misturam de maneira única”, declarou. À frente da administração do escritório de Oscar Niemeyer, Kadu tem como objetivo preservar a imagem e o legado da família. Ele lembra das histórias sobre como o avô idealizou a Casa de Chá como um ponto de encontro e refúgio na Praça dos Três Poderes. “Ele queria que fosse um lugar onde as pessoas pudessem se conectar, refletir e apreciar a beleza de Brasília. Recentemente estive na Casa de Chá e a sensação de olhar pelas janelas, que oferecem uma vista livre do horizonte, é fantástica. É como se o espaço fosse uma extensão da própria cidade, com suas curvas ousadas e a integração harmoniosa com o Cerrado. Também me lembro das conversas sobre como a arquitetura pode transformar um espaço público em um lugar de pertencimento e identidade”, acrescentou. Durante a visita, um item que chamou a atenção de Kadu ao experimentar o cardápio, junto a esposa, foi o requeijão com sabor de pequi. “Os sabores do Cerrado são uma verdadeira celebração da biodiversidade brasileira. E conseguem realçar o sabor com delicadeza, vale a pena experimentar. Inclusive tem uma entrada com o nome de meu avô que é muito saborosa, mistura a simplicidade que ele tinha com a magnitude de ingredientes únicos”, recomendou. Funcionamento Para muitos que não conhecem Brasília – e até para os que muitas vezes passam por ali e não sabem onde fica – a Casa de Chá se situa no subsolo da Praça, com acesso por uma ampla escadaria, frontal ao Pavilhão Nacional. Funciona de quarta-feira a domingo, das 10h30 às 19h30 e, para quem pretende fazer a visita no domingo, pode usufruir do programa Vai de Graça, que garante a gratuidade do transporte público para a população. É possível fazer reservas online, para as quais são separadas 40% das mesas, mas também há atendimento por ordem de chegada. Às segundas, não há atendimento no café, mas, para quem desejar, é possível visitar o espaço e obter informações no CAT.
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Com mais de 85 mil atendimentos, Casa de Chá se consolida como ponto turístico e gastronômico de Brasília
No coração de Brasília, uma das obras de Oscar Niemeyer chama a atenção de quem passa na Praça dos Três Poderes. Desde sua reabertura, em julho deste ano, a Casa de Chá tem encantado visitantes e moradores da cidade, com cerca de 85 mil atendimentos em 2024. Para fechar o ano, o espaço oferece um cardápio especial natalino até 21 de dezembro. As atividades gastronômicas retornam em 8 de janeiro de 2025, com funcionamento apenas do Centro de Atendimento ao Turista (CAT) durante o recesso. Desde sua reabertura, em julho deste ano, a Casa de Chá fez cerca de 85 mil atendimentos | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “A reabertura da Casa de Chá foi um grande presente para a população de Brasília e seus visitantes. Este espaço é perfeito para um descanso após visitas aos principais pontos turísticos da cidade e também para desfrutar da gastronomia oferecida pelo restaurante-modelo do Senac, que utiliza produtos típicos do cerrado”, afirma o secretário de Turismo, Cristiano Araújo. Entre as opções do cardápio natalino estão o salpicão de frango e cuscuz (R$ 37), o sanduíche de copa de lombo (R$ 37), o buche de Natal (R$ 24) e a rabanada francesa (R$ 24). “Buscamos trazer pratos tradicionais da cultura brasileira, infundindo mais brasilidade em cada receita”, explica o chef Santiago Mathiasen, responsável pela criação dos pratos especiais. A Casa de Chá tem vista tanto para o horizonte como para três importantes monumentos do poder – o Supremo Tribunal Federal, o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional Natural da Argentina, Santiago investiga a cultura brasiliense há mais de 10 anos e destaca a diversidade cultural da cidade: “Brasília é uma cidade mágica que reúne um pouco de todo o Brasil em um só lugar”, define. A Casa de Chá também firmou uma parceria com a Vinícola Brasília, oferecendo rótulos que harmonizam com os pratos do cardápio. Os vinhos disponíveis incluem o Sauvignon Blanc Cobogó, o Rosé Pilotis, o Malbec Syrah Croqui e o Syrah Monumental, este último classificado entre os 16 melhores vinhos na avaliação nacional. “Brasília é uma cidade mágica que reúne um pouco de todo o Brasil em um só lugar”, afirma o chef da Casa de Chá, Santiago Mathiasen Retrospectiva Em 2024, a Casa de Chá serviu mais de 1,7 mil litros de café, sendo sábado o dia de maior movimento. Os pratos mais pedidos foram o pão de queijo com carne na panela e o bolo de milho com geleia de goiaba. As mulheres são maioria entre a clientela do espaço, representando 70% do público. O estabelecimento é um café-escola do Senac, onde alunos de gastronomia realizam práticas supervisionadas, acompanhados de docentes e colaboradores. “A população de Brasília tem abraçado a proposta, especialmente a gastronomia voltada para os produtos do Cerrado”, observa Vitor Correa, diretor regional do Senac. “Tudo no local simboliza a cidade, e os visitantes podem contar com uma vista única da capital”. A cada três meses, o Senac seleciona 10 alunos para realizar a prática supervisionada na Casa de Chá, divididos entre as áreas de preparo, bebidas e atendimento no salão. Em parceria com a Associação dos Designers de Produto do Distrito Federal (Adepro-DF), o ambiente é decorado com móveis assinados por profissionais de Brasília e peças modernistas. O espaço também exibe peças produzidas por ceramistas locais, reforçando o conceito autoral do local. Além disso, a Casa abriga o Centro de Atendimento ao Turista (CAT), que fornece informações e orientações aos visitantes. Sabor e beleza Com vista para o horizonte, marca registrada da capital federal, e para importantes monumentos do poder (Supremo Tribunal Federal, Palácio do Planalto e Congresso Nacional), a beleza da Casa de Chá impressiona quem visita o espaço – projetado entre 1965 e 1966 por Oscar Niemeyer e tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A pesquisadora Julia Maia, 29, viu no estabelecimento um local agradável e acessível para trabalhar e conduzir reuniões. Natural de Porto Alegre, a gaúcha se desloca uma vez por mês de São Paulo, onde atualmente mora, para Brasília. “Me sugeriram como um espaço mais amplo, perto do centro e de quem circula pela Esplanada”, relata. “Acho o centro de Brasília muito impressionante e a visão daqui traz uma atmosfera muito particular”. A pesquisadora Julia Maia tem usado a Casa de Chá para trabalhar quando está na cidade: “Me sugeriram como um espaço mais amplo, perto do centro e de quem circula pela Esplanada” Para a atriz Raquel Mendes, 29, a Casa de Chá se tornou um local especial para as comemorações de aniversário da família. Na segunda visita ao espaço, a experiência de comemorar mais um ano de vida foi positiva. “É um lugar muito agradável e próximo ao trabalho da minha família, perfeito para reunir todos”, afirma a jovem. Pela primeira vez na Casa do Chá, Magna Patrícia Maia, 36, também saiu satisfeita com o ambiente e com a comida: “Ouvi falar muito bem do local, mas sempre estava muito cheio, então demorei a conseguir uma vaga”, conta. “É muito legal e vale a pena conhecer, principalmente para quem mora aqui em Brasília”. O café-escola funciona de quarta-feira a domingo, das 10h30 às 19h30. Embora o local tenha um sistema de reservas, a maioria das vagas são preenchidas por ordem de chegada. Também há a opção de realizar eventos corporativos com capacidade para até 30 pessoas.
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GDF encaminha licitação para conclusão da obra da nova sede do TRF1
O Governo do Distrito Federal (GDF) autorizou o lançamento do edital para a obra de conclusão da nova sede do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). A assinatura ocorreu na manhã desta segunda-feira (9), na Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), responsável por retomar os projetos de engenharia e contratação de empresa para a finalização da obra inacabada há 17 anos. “A assinatura hoje vem fazer um resgate histórico daquilo que o TRF1 representa para a prestação judicial de todo o país”, afirmou o governador Ibaneis Rocha | Fotos: Renato Alves/Agência Brasília A construção da nova sede do TRF1 foi interrompida por problemas contratuais ao longo dos anos. Em 2023, o TRF1 firmou um contrato com a Novacap, que assumiu a responsabilidade de coordenar os trabalhos técnicos, licitar a obra e contratar a empresa para concluí-la. Ao autorizar o prosseguimento dos trabalhos, o governador Ibaneis Rocha destacou a trajetória na advocacia e a importância histórica do tribunal, que abrange grandes regiões do país. Ele avaliou que a nova sede, projetada por Oscar Niemeyer, será um marco cultural e atenderá ao crescimento e às necessidades do tribunal. Arquitetura diferenciada “A assinatura hoje vem fazer um resgate histórico daquilo que o TRF1 representa para a prestação judicial de todo o país”, declarou o chefe do Executivo. “É um tribunal que tem maior penetração, é responsável por todo o Norte e grande parte do Nordeste e também aqui do Centro-Oeste. Do lado do GDF, traz a Novacap para o local onde ela merece estar, porque é uma grande empresa de infraestrutura que nós temos no Brasil, e juntamos essa expertise com os técnicos do TRF1 e do Conselho de Justiça Federal para proporcionar isso à grande maioria da população, que tem necessidade dos trabalhos do Tribunal.” Estrutura dos blocos A e C foi concretada recentemente; a do bloco C encontra-se em fase de complementação A obra apresenta uma arquitetura arrojada de autoria do arquiteto Oscar Niemeyer. Um dos maiores desafios estruturais é a passarela que conecta os blocos A e C. Com 54 metros de extensão, a passarela tem curvatura e inclinação variáveis, sustentada por um único pilar, exigindo inovação e precisão na engenharia. Atualmente, cerca de 80 trabalhadores atuam no canteiro de obras. A estrutura do bloco C está em fase de complementação, com trabalhos de concretagem e impermeabilização, enquanto a passarela entre os blocos A e C foi concretada recentemente. Atração turística O presidente da Novacap, Fernando Leite, comemora: “É a primeira licitação internacional da Novacap, o que é motivo de orgulho para nós. Turistas do Brasil inteiro e do mundo vão querer ver esse prédio de Niemeyer” “O TRF1 é o maior tribunal do Brasil e o maior de segunda instância do mundo” Desembargador João Batista Moreira, presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região “Vamos entregar esse prédio em até quatro anos e recuperar esse tempo perdido”, reforçou o presidente da Novacap, Fernando Leite. “É a primeira licitação internacional da Novacap, o que é motivo de orgulho para nós. Ele vai se tornar um ponto de atração turística. Turistas do Brasil inteiro e do mundo vão querer ver esse prédio de Niemeyer.” Em agosto deste ano, o Tribunal de Contas da União (TCU) validou o contrato entre o TRF1 e a Novacap, permitindo a licitação direta da obra. A conclusão está prevista para janeiro de 2029. Caberá à Novacap a atualização dos projetos, licitações e contratação das empresas para conclusão da obra. O presidente do TRF1, desembargador João Batista Moreira, lembrou parte do caminho até o destravamento da obra, licitada em 2006 e iniciada em 2007. Ele citou as dificuldades atuais de acomodação física de todo o corpo de servidores e desembargadores. “O TRF1 é o maior tribunal do Brasil e o maior de segunda instância do mundo”, ressaltou o desembargador. “Temos seis tribunais regionais federais no Brasil, e a primeira região se estende por 74% do território nacional, incluindo a região amazônica, e os outros cinco tribunais cuidam de 26% do território. O tribunal vinha com dificuldade em razão do espaço, pois cresceu de 27 desembargadores para 43. As expectativas agora são boas, graças a esse apoio do DF.” Nova sede Quando concluída, a nova sede do TRF1 terá uma área total de 165 mil m², distribuídos em quatro blocos e três subsolos. Vai abrigar gabinetes de desembargadores, salas de sessão e setor administrativo, criando um espaço moderno e funcional para as atividades do tribunal. O novo edifício é considerado um marco na modernização da Justiça Federal, com um projeto que enaltece a arquitetura única de Oscar Niemeyer e une soluções inovadoras de engenharia e sustentabilidade.
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STJ inaugura bosque com 2 mil mudas doadas e plantadas pelo GDF
O governador Ibaneis Rocha participou, na manhã desta quarta-feira (4), da inauguração do bosque do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O local foi feito com mudas doadas e plantadas pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e concluiu o projeto do arquiteto Oscar Niemeyer para o tribunal. Nova área verde foi construída de acordo com o padrão estabelecido pelo arquiteto Oscar Niemeyer | Fotos: Renato Alves/Agência Brasília “A gente tem investido muito no plantio de árvores, e esses bosques, que circundam essa região dos tribunais e que estão aqui às margens da L4, têm um significado muito grande, porque quase toda a população e todos que visitam a nossa cidade passam por aqui” Governador Ibaneis Rocha “Brasília chama a atenção de toda a população que reside aqui e daqueles que visitam a nossa cidade exatamente por conta do verde”, afirmou o governador. “Brasília é uma cidade verde, é uma cidade bonita — em que pese o clima nosso ser bastante árido, nós passamos períodos de seca aqui muito fortes. Então, a gente tem investido muito no plantio de árvores, e esses bosques, que circundam essa região dos tribunais e que estão aqui às margens da L4, têm um significado muito grande, porque quase toda a população e todos que visitam a nossa cidade passam por aqui.” Na semana passada, lembrou o gestor, o GDF acompanhou o replantio do Bosque dos Constituintes, no Supremo Tribunal Federal (STF). “Agora estamos aqui no STJ, fazendo um trabalho para que as pessoas possam passear nas calçadas. Foi feito aqui 1,2 km de calçadas ao redor do bosque, e vamos fazer também algumas calçadas internas para se tornarem mais um ponto de visitação para a nossa população. Então, esse é um trabalho de cuidado com a cidade”. Reflorestamento “Tivemos a preocupação ambiental de ter, entre essas espécies do Cerrado, muitas espécies frutíferas para atrair aves e animais da região” Fernando Leite, diretor-presidente da Novacap O acordo para a criação do bosque foi firmado em setembro deste ano. Foram plantadas 2.080 mil mudas — 780 a mais que as 1,3 mil previstas originalmente. São 540 ipês-amarelos, 318 jequitibás-rosa, 161 ipês-brancos, 149 pitangueiras, 129 palmeiras-jerivás e 127 saboneteiras, entre outras árvores. “A ideia foi ter aqui espécies que possam florir de forma alternada o ano todo”, explicou o diretor-presidente da Novacap, Fernando Leite. “Tivemos a preocupação ambiental de ter, entre essas espécies do Cerrado, muitas espécies frutíferas para atrair aves e animais da região.” “O bosque está aliado a uma política de reflorestamento do DF”, pontuou o secretário de Meio Ambiente, Gutemberg Gomes. “Semana passada, por ocasião do decreto do governador que instituiu o primeiro domingo de dezembro como os dias de plantio de uma muda nativa do Cerrado, nós fizemos uma grande ação com a Novacap, o Brasília Ambiental e outros órgãos, reflorestando vários parques do DF. A meta é que, durante um mês, a gente consiga fazer o plantio de mais ou menos 200 mil mudas.” Também participaram da cerimônia, entre outras autoridades, os secretários da Casa Civil, Gustavo Rocha; de Governo, José Humberto Pires de Araújo; e de Obras e Infraestrutura, Valter Casimiro, além da procuradora-geral do DF, Ludmila Lavocat Galvão, e de ministros do STJ. Ampliação Originalmente, Oscar Niemeyer projetou a sede do STJ, inaugurada em 1995, com quatro blocos. Com o tempo, houve a necessidade de ampliar o espaço. Essa ampliação também foi projetada por Niemeyer e aprovada em 2008 junto ao Governo do Distrito Federal (GDF). O bosque integra esse projeto de ampliação, junto a um novo bloco, que tem três andares e dois subsolos para garagem, em uma área total de 14 mil m². “Este empreendimento coletivo que nós estamos fazendo não é para o STJ, é para Brasília”, ressaltou o presidente do STJ, ministro Herman Benjamin. “E é, na verdade, para as gerações futuras. Um pouco que nós podemos dar de recuperação do Cerrado, que estamos perdendo rapidamente”. A técnica judiciária Fernanda Zago foi convidada para a inauguração: “Ver esse movimento de reflorestamento, que eu acho que deveria acontecer em todo o Brasil, cada vez mais, é uma felicidade muito grande” Durante a cerimônia, houve o plantio simbólico de mudas. Além das autoridades, foram convidados para a ação alguns servidores do tribunal. A técnica judiciária Fernanda Zago foi uma delas. “Sou servidora da casa há 12 anos, e o tribunal me proporcionar esse momento foi incrível, porque eu sempre fui muito ligada ao meio ambiente; sempre falo que, se eu não estivesse na cadeira de rodas, estaria lá no Greenpeace protegendo as baleias”, destacou. “A gente precisa da natureza, e, infelizmente, o ser humano a está destruindo. Então, ver esse movimento de reflorestamento, que eu acho que deveria acontecer em todo o Brasil, cada vez mais, é uma felicidade muito grande”.
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Equipes trabalham na construção de passarela em obra de nova sede de tribunal
Projetada há décadas pelo arquiteto Oscar Niemeyer, a nova sede do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) segue em obras. Atualmente, entre outros serviços, as equipes do local trabalham na passarela de ligação do Bloco A (prédio dos desembargadores) ao Bloco C (salas de sessões). Como esperado, essa estrutura seria um grande desafio arquitetônico para os engenheiros, pois trata-se de um percurso curvo e inclinado devido à diferença de altura dos dois edifícios. A passarela tem 54 metros de extensão em sua maior curvatura e quase 6 metros de altura no ponto mais alto (no Bloco A), descendo suavemente até o ponto de junção com o Bloco C | Foto: Ádamo Dan/Novacap “Estamos falando de uma imponente obra de concreto armado de grande complexidade devido ao seu grau de curvatura. Estamos diante de um verdadeiro desafio para a engenharia”, enfatiza a fiscal do projeto da passarela, a engenheira civil da Novacap, Joice Kozlowski. “Para tirar essa estrutura do papel foi preciso empregar técnicas e soluções inovadoras para garantir sua durabilidade e estabilidade”, complementa. “A ideia de Niemeyer era conectar todos os quatro prédios do complexo” Joice Kozlowski, engenheira civil da Novacap A passarela tem 54 metros de extensão em sua maior curvatura e quase 6 metros de altura no ponto mais alto (no Bloco A), descendo suavemente até o ponto de junção com o Bloco C. Tudo isso apoiado em apenas um pilar e, exatamente aí, está o grande desafio: sustentar toda essa estrutura em somente um ponto. “Estamos conseguindo. A ideia de Niemeyer era conectar todos os quatro prédios do complexo”, ressalta Joice Kozlowski. Projetista da passarela, o engenheiro Pedro Afonso de Oliveira Almeida ficou a cargo de definir como conceber um projeto tão audacioso. O especialista explica que, apesar de ser apenas uma viga de sustentação, a estrutura é “pendurada” por suportes em cada prédio, o que garante seu apoio. “São dois raios de curvatura em cada parede. A parte interna tem um raio maior e a externa tem um raio menor. Ela tem uma sessão variável a cada metro. Não é uma situação trivial de pontes curvas”, finaliza o também professor universitário com passagem pela Universidade de São Paulo (USP). Responsável por uma equipe de cerca de 80 funcionários, o diretor da Coordenadoria de Obras da Nova Sede do TRF1, o engenheiro Gabriel Del Duca, lembra também que a construção segue por outras frentes como o reforço da fundação e dos pilares, bem como na armadura do piso e das paredes, a empena de concreto e o fundo do Bloco C, após a finalização da segunda e da terceira lajes do prédio. *Com informações da Novacap
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Apresentado o projeto do Memorial Internacional da Água
Como parte das comemorações do Dia Mundial da Água, instituído como 22 de março, a Adasa lançou o projeto do Memorial Internacional da Água – MINA. A apresentação foi feita durante o evento Conexão Brasília Museu Aberto, na terça-feira (12) na Embaixada de Portugal. A iniciativa conta com apoio do GDF. Maquete do memorial: espaço abrigará cursos, exposições e diversas atividades voltadas à discussão do tema água | Foto: Divulgação/Adasa “Nosso objetivo é disseminar mundialmente a discussão sobre a água, por se tratar de um bem vital para a humanidade” Raimundo Ribeiro, diretor-presidente da Adasa Os detalhes do complexo arquitetônico, que colocará Brasília na vanguarda das discussões globais sobre os recursos hídricos, foram expostos pelo diretor-presidente da Adasa, Raimundo Ribeiro, e pelo coordenador do projeto e diretor da agência, Rogério Rosso. “Vai ser mais do que uma joia arquitetônica para o Brasil”, declarou o embaixador de Portugal, Luís Faro Ramos. “Vai se constituir um centro internacional de pesquisa sobre a água, que é um dos temas mais importantes da nossa época.” Memorial Além de assumir um papel estratégico e disseminador de informações e discussões sobre a necessidade da adoção de práticas responsáveis de uso da água, o projeto se juntará ao legado do mestre da arquitetura modernista brasileira, Oscar Niemeyer, pois faz parte da estrutura do MINA um museu desenhado pelo artista. É nesse espaço que serão promovidos cursos, reflexões e exposições. “Hoje tivemos a oportunidade de ver como Brasília, da utopia à capital, chega a todos os lugares do mundo”, ressaltou Raimundo Ribeiro. “Nosso objetivo é disseminar mundialmente a discussão sobre a água, por se tratar de um bem vital para a humanidade. O Brasil, por deter 12% da água doce disponível no planeta, não poderia deixar de oferecer uma alternativa que é um palco internacional para todos aqueles que querem propor discussões e estudos sobre o tema.” Rogério Rosso, por sua vez, acrescentou: “Tivemos a felicidade de resgatar um projeto do Niemeyer feito há décadas que vem consolidar o papel do Brasil na questão hídrica, mas também envolver a comunidade internacional. A premissa é que os nossos parceiros, aqueles que entendem a importância do MINA para o mundo, serão na verdade os grandes fundadores no ponto de vista da sua criação e participação no dia a dia do memorial”. Espaço para reflexões O especialista Gilberto Antunes, que trabalhou durante 50 anos com Oscar Niemeyer, apresentou a maquete do projeto. Confeccionadas com papel cartão e acrílico pintados, as miniaturas mostram os quatro núcleos principais: o Museu da Água, o Centro de Estudos da Água, o anfiteatro e os prédios administrativos . “A cidade é famosa por seus monumentos imponentes e icônicos, e agora busca atrair visitantes para discutir questões hídricas e admirar a arquitetura de Niemeyer, simbolizando a importância da água para a vida” Cláudio Abrantes, secretário de Cultura e Economia Criativa “Foi gratificante criar esta maquete, um projeto grandioso que conhecia desde a época do Oscar”, lembrou Gilberto. “São mais de 400 maquetes e meio século ao lado dele, cujo ritmo de trabalho era excepcional. A maquete do museu é impressionante, mistura traços tradicionais e inovadores do Niemeyer.” Para o diretor da Adasa Félix Palazzo, a maquete mostra o que está por vir: “É um projeto fantástico que a Adasa assume com essa grande responsabilidade e com o sentimento de dever para entregar não só para a cidade de Brasília, mas para o mundo. Será um espaço privilegiado para o debate das questões dos recursos hídricos, de como preservar a água para as gerações futuras”. Presente ao lançamento, o secretário de Cultura e Economia Criativa, Cláudio Abrantes, afirmou: “A cidade é famosa por seus monumentos imponentes e icônicos, e agora busca atrair visitantes para discutir questões hídricas e admirar a arquitetura de Niemeyer, simbolizando a importância da água para a vida. O MINA dá continuidade a esse DNA de Brasília”. O professor emérito da UnB José Carlos Coitinho também saudou a novidade: “É uma bela iniciativa respaldada por um projeto magnífico que traz a forma inconfundível de Niemeyer. Vivemos num momento em que o globo está enfrentando uma crise hidrográfica e energética, e nos tranquiliza saber que há pessoas pensando nesses debates”. O projeto Com curadoria de Danielle Athayde, o Conexão Brasília Museu Aberto teve várias atrações em sua primeira edição, como uma homenagem ao ex-presidente José Sarney pela sua contribuição na criação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Além de uma projeção ao ar livre que transformou o prédio da Embaixada de Portugal em uma tela, o evento teve como destaque a exibição do minidocumentário Brasília – da utopia à capital, sobre o projeto cultural que já promoveu a capital do Brasil nos 11 países por onde passou, impactando um público de mais de 350 mil pessoas. Participaram representantes diplomáticos de Luxemburgo, Índia, Angola, Guiné Bissau, Espanha, África do Sul, Países Baixos, Cabo Verde, Uruguai, Bélgica, Colômbia e República Ganesa. Do GDF, além do titular da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, estiveram presentes os secretários de Relações Internacionais, Paco Britto; de Turismo, Cristiano Araújo, e de Obras, Luciano Oliveira, além do diretor-presidente da Novacap, Fernando Leite. *Com informações da Adasa
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#TBT: Ermida Dom Bosco, refúgio de fé, natureza e história em Brasília
Arte: Agência Brasília Quem procura um lugar na capital que seja amplo, cercado por natureza e com uma bela vista da cidade, encontra tudo isso na Ermida Dom Bosco, no Lago Sul. Tradicional monumento e ponto turístico de Brasília, o prédio fica sob o paralelo 15S (15 graus ao sul do plano equatorial da Terra), conforme o sonho do salesiano Dom Bosco, em 1883, homenageado pela construção das capelas no local. A Agência Brasília transporta você ao passado, caminhando pela antiga Ermida Dom Bosco em mais uma matéria da série especial #TBTdoDF, que utiliza a sigla em inglês de Throwback Thursday (em tradução livre, quinta-feira de retrocesso) para relembrar fatos marcantes da nossa cidade. Local de fé Da área externa é possível ter vista para alguns dos melhores ângulos de Brasília | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília A Ermida foi a primeira construção de alvenaria da cidade, inaugurada em 1957, antes mesmo de Brasília. Ao redor estende-se o Parque Ecológico Ermida Dom Bosco, recentemente categorizado como Monumento Natural. Em 2020, o local passou por reformas que trouxeram mais acessibilidade, como rampas de acesso, pisos táteis e placas com orientações em Braille. Monumento foi inaugurado antes de Brasília | Foto: Arquivo Público do DF Da capela projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, é possível contemplar um dos melhores ângulos de Brasília, no ponto principal do Parque Ecológico Dom Bosco, que fica à margem do Lago Paranoá. O monumento, que virou uma unidade de conservação em 1999, foi construído em homenagem a Dom Bosco (1815-1888), padre italiano que profetizou a construção de Brasília. O sacerdote católico difundiu a obra salesiana, que no Brasil teve início em 1883, com a fundação do Colégio Salesiano Santa Rosa, de Niterói (RJ). Natureza e paz Sempre que tem tempo, a veterinária Isabela Simas vai à Ermida: “Ter um refúgio onde você pode vir, se sentir próximo à natureza, acalma a mente e deixa a gente melhor para enfrentar o dia a dia” | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Aproximadamente 20 mil pessoas passam pela Ermida Dom Bosco por mês. Entre elas, a médica veterinária Isabella Simas, 30 anos, que, aproveitando a tarde com os amigos em um piquenique, comentou sobre a acessibilidade do local, com as reformas feitas em 2020. “É importante porque cada vez mais pessoas conseguem vir e desfrutar desse lugar, então ter acessibilidade para cadeirantes e deficientes visuais, por exemplo, faz com que essas pessoas possam sentir a maravilha que é ficar aqui, próximo da natureza”, disse. Isabella contou que gosta de ir à Ermida quando não está trabalhando. “A natureza é um lugar que traz paz, então, às vezes, no meio da confusão da cidade, ter um refúgio onde você pode vir, se sentir próximo à natureza, ouvir os pássaros e ver os bichos, longe de todo esse caos, acalma a mente e deixa a gente melhor para enfrentar o dia a dia”, ressaltou. O produtor musical Israel Batista conheceu a Ermida este ano: “É um lugar muito bom para relaxar, ficar tranquilo, praticar um esporte e curtir com a família” | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Já o produtor musical Israel Albuquerque Batista, 25, morador do Núcleo Bandeirante, neste ano foi pela primeira vez ao parque ecológico. Jogando uma partida de frisbee, ele contou que pretende voltar mais vezes. “É um lugar muito bom para relaxar, ficar tranquilo, praticar um esporte e curtir com a família, sem contar o pôr do sol maravilhoso e aquela visão linda da cidade, incomparável”, elogiou. Pôr do sol A Ermida Dom Bosco é, de fato, conhecida por ser um dos locais com o pôr do sol mais bonito de Brasília, especialmente no período da seca. Também há trilhas e espaços para andar de skate e bicicleta, além de um cais que dá acesso ao Lago Paranoá. O autônomo Leonyller Felix, 30, levou a sobrinha Isabella Souza, 17, para conhecer o espaço público. Ele frequenta o parque há 15 anos e lembrou que sempre tomava banho no lago com os colegas quando era adolescente. “É um ponto de reunião de amigos”, acentuou. “O pessoal gosta muito de tirar fotos, e considero um dos lugares mais bonitos de Brasília. É sempre uma experiência bacana vir aqui”. Isabella, que vai se mudar para a Argentina e aproveitou para conhecer lugares diferentes na capital antes de se despedir, complementou a fala do tio: “É um lugar muito lindo, e eu gosto de lugares calmos. Acho que é importante ter um espaço público assim, para a população frequentar”. Espaço preservado [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] As equipes do Instituto Brasília Ambiental, da Administração Regional do Lago Sul e da Novacap cuidam da manutenção do parque, com recursos que vêm por emendas parlamentares ou de compensações ambientais. O Serviço de Limpeza Urbano (SLU) também ajuda com a limpeza. O presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, destacou a importância dos atributos naturais que a região apresenta, como a vegetação nativa, fauna, recuperação das águas degradadas e educação ambiental – com o projeto Parque Educador –, além de programas de pesquisa de ecossistemas locais. “A população usa muito também a região para ensaios de casamento, festa de 15 anos, fora as missas e as atrações para turistas”, enumerou. “É uma região que mistura cultura, misticismo, religião e preservação”. Para o gestor, o local é parte da identidade do DF, sendo uma herança cultural e histórica da cidade.
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#TBT: Brasília, há 36 anos Patrimônio Mundial pela Unesco
Tesouro urbanístico e símbolo de um dos mais importantes fatos históricos do país, Brasília é, há 36 anos, Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A honraria foi concedida à capital federal em 7 dezembro de 1987, apenas 27 anos após a sua inauguração. Desde então, Brasília compõe o seleto grupo de monumentos agraciados com o título, a exemplo da Muralha da China e das pirâmides do Egito. O título de patrimônio mundial da humanidade se refere ao conjunto urbanístico-arquitetônico de Brasília — o Plano Piloto —, assinado pelo urbanista Lucio Costa. A concepção, projeção e construção do sonho de Juscelino Kubitschek transcorreram entre 1957 e 21 de abril de 1960, quando a cidade foi inaugurada. A Agência Brasília revisita a história da capital e dos títulos que a preservam em mais uma matéria da série especial #TBTdoDF, que aproveita a sigla em inglês de Throwback Thursday para reviver fatos marcantes para o Quadradinho. [Olho texto=”“Esse título também é uma forma de preservar e proteger essa herança para as gerações futuras e torna nossa cidade uma fonte de inspiração para o mundo”” assinatura=”Cristiano Araújo, secretário de Turismo” esquerda_direita_centro=”direita”] A área tombada da cidade tem 112,25 km², sendo o maior perímetro urbano sob proteção histórica do mundo, e coleciona atributos dignos de tombamento. Quem ousa passear pela cidade tem a oportunidade de prestigiar as quatro escalas de Lucio Costa — monumental (a do poder), residencial (das superquadras), gregária (dos setores de serviços e diversão) e bucólica (das áreas verdes entremeadas nas demais) — e conversar com os traços de Oscar Niemeyer. Em diversos pontos da capital, é possível ainda prestigiar as obras de Athos Bulcão e vislumbrar o paisagismo de Burle Marx. O título permite que o conceito inovador e vanguardista da cidade seja mantido, além de incentivar o movimento turístico na região. “Nossa capital é um lugar especial, não apenas para os brasileiros, mas para toda a humanidade. Temos aqui sítios naturais e culturais, com uma arquitetura modernista, planejamento urbano inovador e funcional”, avalia o secretário de Turismo, Cristiano Araújo. “Esse título também é uma forma de preservar e proteger essa herança para as gerações futuras e torna nossa cidade uma fonte de inspiração para o mundo”. O título de Patrimônio Mundial da Humanidade se refere ao conjunto urbanístico-arquitetônico de Brasília — o Plano Piloto —, assinado pelo urbanista Lúcio Costa | Foto: Divulgação/Adriano Teixeira O subsecretário de Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), Felipe Ramón, afirma que “o tombamento é o reconhecimento mundial da importância do Plano Piloto para a civilização”. Segundo ele, a preservação de Brasília exige a avaliação do plano urbano e a adoção de uma visão voltada para o futuro, em que as próximas gerações também entenderão a importância da capital, processo que ocorre com a educação patrimonial. “Nós temos atribuição direta sobre tombamentos e registros, sendo que o primeiro diz respeito aos bens materiais, e o segundo, aos imateriais. Nós zelamos pela preservação desses espaços, além de fomentarmos a educação patrimonial, que é o que faz com que os jovens adultos e crianças conheçam a importância do patrimônio cultural e do tombamento e assim passem a preservá-los”, explica o subsecretário. Preservação A capital federal também é tombada pelo GDF e pelo Iphan | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília A capital também é reconhecida como patrimônio cultural em outras duas instâncias diferentes: é tombada pelo Governo do Distrito Federal (GDF) e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O primeiro ato de preservação da cidade ocorreu em 14 de outubro de 1987, com a publicação do decreto n° 10.829/1987, que regulamenta a lei n° 3.751/1960. A medida, que propõe a preservação da concepção urbanística de Brasília, permitiu que a cidade fosse tombada mundialmente. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Já em 14 de março de 1990, a cidade foi inscrita no Livro de Tombo Histórico pelo Iphan. O feito é referente à mudança da capital do país do Rio de Janeiro para o Planalto Central, considerado um dos mais importantes acontecimentos históricos do país no século 20. “Representa uma radical mudança na geografia do país, promovendo a ocupação das áreas centrais do território nacional que, majoritariamente, concentra as maiores cidades no litoral”, pontua o instituto em nota enviada à Agência Brasília. “Brasília representa um marco muito significativo para o debate internacional referente ao reconhecimento de sítios enquanto patrimônio da humanidade”, continua o órgão. “Foi o primeiro conjunto urbanístico moderno a ser declarado. Esse reconhecimento confirma não apenas a genialidade do urbanismo de Lucio Costa e a arquitetura de Oscar Niemeyer, mas a capacidade de realização brasileira de criar uma capital em um território pouquíssimo ocupado, em tempo exíguo. Coroa também o esforço de milhares de trabalhadores que empreenderam a epopeia da construção, os candangos”, finaliza o Iphan. Visite A Catedral Metropolitana é um dos 12 pontos turísticos da rota arquitetônica | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília O GDF criou rotas turísticas para que o Quadradinho seja desbravado por completo. Destaque para a Rota Arquitetônica, que leva o visitante a um tour nas obras e monumentos que fazem de Brasília um marco da arquitetura mundial. Há também a Rota Cívica, composta por monumentos e espaços importantes para a democracia do país, entre outros miniguias. Veja todas aqui.
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#TBT: Superquadra 308 Sul, uma obra de arte a céu aberto
Entre os elementos urbanísticos mais notáveis da cidade planejada para ser a capital da República está a Superquadra Modelo da 308 Sul. E falar da quadra-modelo é falar de Brasília. A concepção, conforme seu autor, o urbanista Lúcio Costa, se tratava da reaproximação do habitante com o seu lugar de morada. A ideia era reunir, nas proximidades, os serviços necessários à comunidade local. A Agência Brasília conta, nesta quinta-feira (7), a história da quadra-modelo de Brasília no #TBTDoDF – um especial de matérias que aproveita a sigla em inglês para Throwback Thursday para mostrar fatos que marcaram o Distrito Federal. Além da arborização, os pilotis são um marco da superquadra e de Brasília | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A Unidade Vizinhança dentro do modelo original, que serviria de base para as outras quadras da cidade, é o conjunto que reúne as quadras da Asa Sul 107, 108, 307 e 308, um verdadeiro sítio histórico onde é possível percorrer a superquadra utópica, a Igrejinha, o Cine Brasília, o Clube Vizinhança, biblioteca, escolas e o Espaço Cultural Renato Russo. Tudo cercado de árvores e entremeado de jardins, praças e parquinhos. Fundada em 1962, a Superquadra segue os padrões imaginados no plano original. As bases seriam a simplicidade, praticidade e o convívio comunitário. Tombada pelo Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural desde 2009, a 308 Sul abarca obras importantes das principais referências da nossa capital: paisagismo de Burle Marx, azulejos de Athos Bulcão na Igrejinha Nossa Senhora de Fátima e na Escola Parque de Oscar Niemeyer. Os nove prédios residenciais foram projetados pelos arquitetos Marcelo Campello, Sérgio Rocha, José Ricardo Abreu e Luiz Acioli. Escola Parque 307/308 Sul em construção | Fotos: Divulgação/Arquivo Público “Todo o discurso de Lúcio Costa traz essa reaproximação do homem com a natureza, pela altura dos prédios, o tamanho da quadra e essa ideia do chão livre, com os pilotis que deixa aberto para a passagem. Na 308 Sul, o conceito foi levado ao extremo, é a única quadra em que os pilotis se integram e grande parte da vegetação ainda é original, conforme o modelo criado por Burle Max”, destaca o arquiteto e prefeito comunitário da quadra, Matheus Conque Seco. A obra paisagística de Burle Max é um marco e uma referência na proposta de Lúcio Costa de construir uma cidade profundamente marcada por jardins e outras áreas verdes em campo aberto. O paisagismo da superquadra toma toda a redondeza e conta com espelho d’água com carpas ornamentais, a Praça do Cogumelo para crianças, e o Serpentário. Convívio comunitário Além da arborização, os pilotis são um marco da superquadra e de Brasília. Os blocos residenciais estão localizados não em lotes, mas em projeções. Assim, o térreo fica desimpedido, sendo, portanto, um importante elemento de integração entre as quadras, onde todos podem ir e vir e cruzar a cidade sem impedimento de muros, passando por baixo dos blocos. Os nove prédios residenciais foram projetados pelos arquitetos Marcelo Campello, Sérgio Rocha, José Ricardo Abreu e Luiz Acioli “Os edifícios residenciais refletem a ideia de o espaço ser de todos ao adotarem a tipologia do pilotis totalmente aberto. Lúcio Costa, Oscar Niemeyer e toda a geração que trabalhou na construção da cidade enxergavam Brasília como retrato do Brasil do futuro, uma sociedade mais igualitária, democrática. Isso não se concretizou, mas não por culpa da arquitetura. É um projeto que permite o encontro entre as pessoas”, pontua o arquiteto. Conque conta que Lúcio Costa dizia que até o sexto andar ainda há uma grande relação com o chão, de modo que um filho que estivesse brincando embaixo do prédio pudesse ouvir o chamado que viesse da mãe, lá de cima. A Igrejinha fotografada em fevereiro de 1965 Morador da quadra há mais de 60 anos, Fernando Bassit relembra alguns dos momentos na região. “Estudei aqui, ao lado do meu prédio, toda a minha infância. Naquela época, à tarde, eram dezenas de crianças brincando embaixo dos blocos e estudávamos na mesma escola da quadra”, conta Bassit. “Tenho um vínculo afetivo muito forte, ter esse patrimônio construído em área pública é uma satisfação enorme. Morar aqui é maravilhoso”, completa. Um reduto de memória Para além do urbanismo, a quadra é artisticamente privilegiada devido a sua importância histórica e arquitetônica, com construções tombadas como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. A tradicional Igreja Nossa Senhora de Fátima, a Igrejinha, foi projetada por Oscar Niemeyer em 1958. Nas paredes externas, é possível encontrar o trabalho figurativo de Athos Bulcão em azulejos. A recém-inaugurada Escola Classe 308 Sul A Escola Parque e a Escola Classe também compõem a quadra residencial com o intuito de oferecer o modelo de ensino integral pensado por Anísio Teixeira. A quadra ainda conta com o jardim de infância, que recebeu a visita da rainha Elizabeth II do Reino Unido, em 1968. O Plano de Construções Escolares de Brasília previa que a cada quatro superquadras (uma Unidade de Vizinhança) deveria existir uma Escola Parque. Ainda integram a Unidade de Vizinhança o Espaço Cultural Renato Russo, o Cine Brasília e o Clube Vizinhança. O conglomerado de espaços é um importante ponto turístico da cidade, tão essencial que a Secretaria de Turismo inaugurou, em março de 2022, um Centro de Atendimento ao Turista (CAT), que realiza cerca de 2 mil atendimentos por mês. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “O turismo é algo muito positivo para nós moradores, e ter o CAT na região impulsiona o turismo para cá. Hoje temos uma população mais velha, não temos mais aquela quantidade de crianças na região, então esse público novo é importante para a nossa vizinhança”, acredita Fernando Bassit.
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Ponte Honestino Guimarães será liberada a partir das 5h desta segunda
As três faixas da Ponte Honestino Guimarães estarão liberadas a partir das 5h de segunda-feira (28). As pistas estavam interditadas desde a última sexta-feira (25) para a execução de fresagem, recapeamento asfáltico, demarcações de faixas horizontais e instalação de tachões. Com a finalização dos serviços, os motoristas podem voltar a utilizar o caminho. Desde sexta-feira interditada ao trânsito para execução de serviços pela Novacap, a Ponte Honestino Guimarães volta a ser utilizada pelos motorista a partir das 5h desta segunda-feira (28) | Foto: Lucio Bernardo Jr/Agência Brasília Desenhada por Oscar Niemeyer, a Ponte Honestino Guimarães está em obras desde o segundo semestre de 2021. O investimento aproximado de R$ 17 milhões prevê o reforço das estruturas, a modernização da iluminação e a reforma das passarelas, além da construção de outra passagem para pedestres sob a ponte, na cabeceira localizada no Lago Sul. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Com essa reforma, buscamos garantir mais 50 anos da ponte em funcionamento”, aponta o diretor de Edificações da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), Carlos Alberto Spies. A obra abrange, principalmente, aspectos da segurança estrutural e aumento da vida útil da estrutura inaugurada em 1976, portanto, com 47 anos de funcionamento. Estão em fase final de execução os serviços de recuperação de manifestações patológicas que existiam, como fissuras, corrosão etc; remodelagem dos passeios de pedestres e guarda-corpos; adequação dos guarda-rodas; criação de píer junto ao lago, bem como a instalação de iluminação LED.
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Museu Nacional promove exposição de jardim flutuante nos espelhos d’água
Quem passar pelo Complexo Cultural da República João Herculino, que compreende o Museu Nacional da República (MuN) e a Biblioteca Nacional, vai perceber que o local ganhou uma cor em meio ao concreto das estruturas desenhadas por Oscar Niemeyer. A exposição, desta vez, é do lado de fora do MuN: um jardim flutuante. Mais de 10 mil mudas de aguapé foram colhidas no Lago Paranoá e trazidas para dar um charme diferenciado aos espelhos d’água do museu. [Olho texto=”“É muito interessante colocar plantas em um ambiente completamente de concreto. As artistas trouxeram um pouco de natureza para perto do desenho de Oscar Niemeyer. É uma obra de arte vegetal”” assinatura=”Sara Seilert, diretora do MuN” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Trata-se de uma intervenção artística chamada Aguapé, de Gisel Carriconde Azevedo e Isabela Couto, com curadoria de Sissa Aneleh. Este é um projeto artístico concebido e executado majoritariamente por mulheres como parte da 21ª Semana Nacional dos Museus. Um dos propósitos da intervenção é chamar atenção para a saúde dos ambientes naturais e a urgência da discussão climática. Mais de 10 mil mudas de aguapé colhidas no Lago Paranoá compõem o jardim flutuante nos espelhos d´água do Museu Nacional da República e a Biblioteca Nacional | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A mostra fica aberta à visitação diária até o dia 16 de julho. A diretora do MuN, Sara Seilert, destacou a importância da intervenção. “É muito interessante colocar plantas em um ambiente completamente de concreto. As artistas trouxeram um pouco de natureza para perto do desenho de Oscar Niemeyer. É uma obra de arte vegetal”, defendeu. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Dentre outros parceiros, as artistas contaram com o apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal para viabilizar o transporte das mudas. Serviço – Intervenção: Aguapé – Autoras: Gisel Carriconde Azevedo e Isabela Couto – Curadoria: Sissa Aneleh – Período de visitação: até 16 de julho – Realização: Museu das Mulheres (DAS) e Museu Nacional da República (MuN) – Local: área externa do Museu Nacional da República, Setor Cultural Sul, Lote 2, próximo à Rodoviária do Plano Piloto.
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Mais segurança e conforto na Ponte Honestino Guimarães
Boas notícias vindas da Ponte Honestino Guimarães: a passarela para pedestres que leva do Plano Piloto ao Lago Sul será devolvida à comunidade até o final do mês. E, a partir do dia 23, os trabalhos passam para o lado oposto da travessia, que terá uma das três faixas de rolamento interditada temporariamente. A modernização na obra de Oscar Niemeyer vai beneficiar as mais de 15 mil pessoas que passam pelo local diariamente. Trabalhos incluem a construção de mais uma passagem para pedestres sob a ponte | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília As obras na Honestino Guimarães começaram no segundo semestre de 2021, sob a coordenação da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). O investimento de R$ 13,7 milhões prevê o reforço das estruturas, a modernização da iluminação e a reforma das passarelas, além da construção de outra passagem para pedestres sob a ponte, na cabeceira localizada no Lago Sul. Durante quase um ano, os trabalhos se concentraram na parte interna da travessia de 450 m. Conserto de microfissuras, recobrimento de armaduras metálicas e tratamento do concreto recuperaram os antigos alicerces da ponte. “A Honestino Guimarães foi construída em 1975 e nunca tinha passado por uma grande intervenção”, conta o engenheiro civil Bruno Franco, responsável pela obra. “Essa reforma dará à ponte uma vida útil de 30 a 50 anos”. Piso está sendo totalmente reformado, beneficiando motoristas e pedestres Passarela ampliada Os serviços alcançaram a superfície da ponte em março de 2022, com a interdição de uma das faixas de rolamento da pista no sentido Plano Piloto-Lago Sul. Novos guard rails foram instalados para dar mais segurança aos motoristas em caso de acidente. Além disso, a passagem para pedestres e ciclistas foi totalmente reformada. A passarela passou de 60 cm para 1 m de largura e ganhou postes com luminárias de LED. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “A faixa bloqueada foi liberada em dezembro, e a passarela está quase pronta”, afirma o chefe de Edificações da Novacap, Carlos Alberto Spies. “Falta apenas instalar o guarda-corpo na borda externa, que já está recebendo pintura”. A mesma reforma será feita na passarela que vai do Lago Sul para o Plano Piloto, no lado contrário da travessia. “Quando a reforma terminar, vamos trocar as tubulações da Caesb [Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal] que abastecem de água o Lago Sul – esses dutos passam pelo interior das passarelas da ponte”, adianta Spies. “Essa obra deve durar 60 dias”. Os 500 metros de rede de aço serão substituídos por polietileno de alta densidade (Pead), material de alta durabilidade e maior resistência a impactos externos. Quem transita pela Honestino Guimarães diariamente aprova as melhorias na travessia. É o caso do motoboy Emanuel Araújo, 22 anos. “Vai trazer mais segurança para todo mundo, motoristas e pedestres”, aponta. “Para quem dirige moto, então… Estou ansioso para ver a iluminação de LED funcionando dos dois lados da ponte”.
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Dia do Arquiteto homenageia aniversário e legado de Oscar Niemeyer
Não há horizonte para que se olhe em Brasília ou Entorno sem que o morador ou turista esbarre em duas preciosidades locais: o céu inconfundível da capital e a antologia de prédios e edifícios desenhados por Oscar Niemeyer, um dos maiores gênios modernistas. Nascido em 15 de dezembro de 1907, o arquiteto completaria 115 anos este ano. Em 2018, a Lei Federal nº 13.627 instituiu a data de nascimento de Niemeyer como o Dia do Arquiteto. Oscar Niemeyer com Lucio Costa: o arquiteto e o urbanista são responsáveis pela configuração diferenciada que marca Brasília no cenário internacional | Foto: Arquivo Público do DF “O mais importante não é a arquitetura, mas a vida, os amigos e este mundo injusto que devemos modificar”, disse certa vez Niemeyer, que, com a ajuda de amigos boêmios e entusiastas da construção da nova capital, atuou na construção do primeiro palácio da cidade, aquele que é o mais emblemático espaço histórico local e, no entanto, não tem nada de concreto: o Catetinho. O esboço do projeto do prédio, todo de madeira, foi rascunhado por Niemeyer numa mesa de bar do Hotel Ambassador, no Rio de Janeiro, em outubro de 1956. Dias depois, o prédio estava erguido no meio de uma clareira da antiga Fazenda Gama. Era o claro indício do que seria a nova capital do país no coração do Planalto Central. Dali para frente, o arquiteto e sua equipe não pararam mais, desenvolvendo os mais arrojados monumentos a céu aberto, transformando Brasília em um grande museu ao ar livre. [Olho texto=”“Niemeyer deu um passo além com suas obras de arte arquitetônica ao dar leveza à rigidez do concreto armado, se transformando no arquiteto das curvas” ” assinatura=”Elias Manoel Silva, historiador do Arquivo Público do DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “É indiscutível a importância de Oscar Niemeyer e Lucio Costa”, resume o subsecretário de Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), Aquiles Brayner. “Eles não somente projetaram a capital do país, mas construíram a maior cidade modernista do mundo. É difícil contabilizar os prédios monumentais projetados por Niemeyer, mas destaco o Catetinho, que foi todo reformado este ano depois de dois anos fechado”. A restauração, informa ele, teve o investimento de cerca de R$ 400 mil do GDF. Lucio Costa, o urbanista Há quase 20 anos atuando como historiador do Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF), guardião da memória de Brasília e seus pioneiros, Elias Manoel da Silva lembra a importância dos dois arquitetos para a cidade e aponta como decisiva a participação de Lucio Costa no papel de urbanista. “Muitos podem criar um projeto de cidade, como fez Lucio Costa, mas ele foi além ao juntar a ideia de um lugar que fosse ao mesmo tempo centro do poder e moradia”, avalia Elias. “Já Niemeyer inovou com suas obras de arte arquitetônica ao dar leveza à rigidez do concreto armado, se transformando no arquiteto das curvas.” Este ano, o Arquivo Público vai homenagear ainda o arquiteto carioca Alexandre Chan, responsável pelo projeto da Ponte JK. Ele será lembrado em inserções a serem feitas nas redes sociais pela equipe do órgão. “Em 1998, Alexandre Chan, propôs, inconscientemente ou não, uma criatividade arquitetônica que dialoga, harmonicamente, não só com as linhas arquitetônicas da cidade projetada Niemeyer e Lucio Costa, mas também com as curvas do Lago Paranoá”, observa o superintendente do Arquivo Público, Adalberto Scigliano. “Identifico na Ponte JK, hoje um dos mais icônicos cartões postais de Brasília, a mesma ousadia e o mesmo desejo de unicidade que nutriram as mentes e corações de Oscar Niemeyer e Lucio Costa: Erigir obras atemporais, singulares, e que vão se sobrepor a vida e a História”, completa. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Confira, abaixo, cinco obras marcantes de Oscar Niemeyer. Catedral Metropolitana de Brasília – Foi um dos primeiros projetos desenhados por Niemeyer, mas o templo só seria inaugurado em maio de 1970. Há quem diga que o espaço tem o formato de uma coroa de espinhos, mas, na visão do arquiteto, o local reflete como se fossem mãos em oração que se erguem para o céu. ´Palácio da Alvorada | Foto: Bruno Pinheiro/Setur Palácio da Alvorada – Imponente às margens do Lago Paranoá, o Palácio da Alvorada, concluído em junho de 1958, antes da inauguração de Brasília, é uma das residências oficiais do presidente. Abriga rico acervo artístico, no qual se destaca a escultura As Iaras, de Alfredo Ceschiatti. Memorial JK – Inaugurado em 12 de setembro de 1981, data do aniversário de Juscelino Kubitschek, o espaço é um grande mausoléu que abriga não apenas a própria história do fundador da capital, com rico acervo de imagens e mobiliário, mas o próprio corpo de JK. Casa do Cantador | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Casa do Cantador – Localizado em Ceilândia, uma das cidades mais nordestinas do DF, o espaço é uma homenagem à cultura e às tradições do povo que ajudou a erguer uma capital do nada. É o palácio da poesia e da literatura de cordel, e há quem afirme que os traços arquitetônicos do prédio remetem à clássica Asa Branca, música de Luiz Gonzaga. Torre de TV Digital | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Torre Digital – Com mais de 180 metros de altura, a torre é conhecida como Flor do Cerrado e foi um dos últimos projetos desenhados por Oscar Niemeyer antes de morrer. No último andar, a 110 metros do solo, grandes círculos de vidro passam ao visitante a impressão de estar fazendo parte da paisagem.
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A história do palácio de mármore de Brasília
O Palácio do Buriti, sede do Governo do Distrito Federal, é marcado pela beleza discreta de seu minimalismo. Nos jardins do palácio, em frente ao Eixo Monumental, o prédio ostenta a lendária loba romana amamentando os irmãos Rômulo (fundador de Roma) e Remo, presente do governo italiano pela fundação da capital. Tanto a moderna e futurista Brasília, quanto a cidade eterna, Roma, foram fundadas no dia 21 de abril. O primeiro governador a despachar no novo Palácio foi Hélio Prates da Silveira, que governou de 1969 a 1974 | Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília A loba chegou a ser roubada na década de 1970, mas foi recuperada e, desde então, ornamenta o jardim do Palácio e lembra a união entre as capitais do Brasil e da Itália. Além da estátua romana, os jardins do Buriti contam com a Forma Espacial do Plano, de autoria do artista plástico Ênio Liamini, doada pelo então presidente da Argentina, Jorge Rafael Videla, ao governador do DF, Aimé Silveira Lamaison, que esteve à frente do governo local de 1979 a 1982. A estátua de loba foi presente do governo italiano pela fundação de Brasília | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Inaugurado em 1969, o Palácio do Buriti foi projetado pelo arquiteto Nauro Esteves, que trabalhava com Oscar Niemeyer. “Nauro fazia parte da equipe do Oscar na Novacap, que confiou a ele a missão de fazer o projeto do Palácio do Buriti”, disse o arquiteto Salviano Guimarães, que chegou a fazer parte da equipe de Niemeyer. Além do Palácio do Buriti, Nauro Esteves foi responsável pelos projetos do Hotel Nacional, Superior Tribunal Militar (STM), Superior Tribunal de Justiça (STJ), entre outros. [Olho texto=”Durante três anos, um quartel desativado da Polícia Militar, em Taguatinga, transformou-se no Centro Administrativo do Distrito Federal, para onde foi transferida a sede do governo local. Não demorou muito para que o local ganhasse o apelido de Buritinga, mistura de Buriti e Taguatinga” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O primeiro governador a despachar no novo Palácio foi Hélio Prates da Silveira, que governou de 1969 a 1974. Antes a cidade era governada por prefeitos, nomeados pelo presidente da República. Brasília teve dez prefeitos, sendo o último Wadjô da Costa Gomide, engenheiro da Novacap. Os prefeitos despachavam na sede da Novacap, que passou a ser um órgão da prefeitura de Brasília após a inauguração da capital. De linhas simples, porém marcantes, o Palácio do Buriti chama a atenção pelo mármore branco das paredes e do piso. A cor do mármore dá nome ao salão principal do prédio, o Salão Branco, onde acontece a maioria dos eventos. No primeiro andar está o Salão Azul, menor, mais intimista, usado para eventos menores. Na gestão do ex-governador Joaquim Roriz o Palácio do Buriti passou por uma reforma para ser modernizado. Desta vez o responsável pela obra foi o engenheiro José de Melo, também da Novacap. “Tudo de mais moderno em segurança que existia na época foi colocado no Buriti. O Salão Azul também passou por uma reforma”, explicou o engenheiro. De acordo com Melo, os vidros que formam as paredes do gabinete do governador passaram a ser blindados. Buritinga Durante três anos, a partir de 2007, um quartel desativado da Polícia Militar, em Taguatinga, transformou-se no Centro Administrativo do Distrito Federal, para onde foi transferida a sede do governo local. Não demorou muito para que ganhasse o apelido de Buritinga, mistura de Buriti e Taguatinga. A experiência de levar a administração da cidade longe do Plano Piloto representou uma ação para reforçar o conceito de integração ao governo. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Passados 12 anos do fim do governo que levou a administração do GDF para Taguatinga, o Buritinga voltou às mãos da PM. Funciona no local desde 2014 o Complexo de Ensino da Polícia Militar do DF. Desde praças recém-integrados à Força até coronéis em cursos de formação passam pelas 22 salas de aula e quatro auditórios do local. O complexo oferece cursos de pós-graduação, núcleos de abordagem, tiro, pilotagem, defesa pessoal e atualização técnica. “O espaço é muito utilizado pela Polícia Militar. Todo aperfeiçoamento é realizado nele”, disse o coronel Fabrício Boechat de Camargos, comandante do complexo.
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Imagens de Brasília brilham no Google Arts & Culture
[Olho texto=”“O Museu Nacional da República e o acervo representam uma parte da relação entre arte e arquitetura que está na base da construção e concepção de Brasília. É muito importante que ferramentas tecnológicas como o Google Arts & Culture deem essa visibilidade internacional”” assinatura=”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”direita”] A coleção Brasília: um Sonho Construído apresenta um passeio imersivo pelo passado e presente da capital desenhada por Oscar Niemeyer e planejada por Lúcio Costa, por meio de 90 exposições virtuais com cerca de 4.000 imagens históricas, além de 200 obras de arte digitalizadas em alta resolução, tours virtuais em 360° pelos principais museus da cidade e recursos educativos para pais e professores. “O Museu Nacional da República e o acervo representam uma parte da relação entre arte e arquitetura que está na base da construção e concepção de Brasília. É muito importante que ferramentas tecnológicas como o Google Arts & Culture deem essa visibilidade internacional”, destaca o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. Além da curadoria do Museu Nacional da República, a mostra teve colaboração do Arquivo Público do Distrito Federal, Instituto de Arquitetos do Brasil, Museu da Câmara dos Deputados, Supremo Tribunal Federal e outras 15 organizações sediadas em Brasília. O secretário Bartolomeu Rodrigues comemora o lançamento da coleção que universaliza a arte e a cultura de Brasília | Fotos: Divulgação/Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF “Agora, por meio do projeto Google Arts & Culture, será possível fazer uma visita virtual ao museu e isso poderá servir de incentivo à pesquisa, à fruição, ao cuidado e ao sentimento de pertencimento a quem ainda não conhece presencialmente e está distante fisicamente desse espaço cultural”, aponta a diretora do Museu Nacional da República, Sara Seilert. Considerada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco desde 1987, Brasília é a primeira cidade da América Latina a ter uma exposição dedicada no Google Arts & Culture, seguindo os passos de outras grandes cidades também reconhecidas por sua riqueza cultural, como Parma, na Itália, Pittsburgh e Milwaukee, nos EUA, e Lagos, na Nigéria. “Seu plano urbano ousado, a efervescência da sua cena artística e os traços modernos marcantes da capital do Brasil, um dos marcos arquitetônicos mais importantes do planeta, estão, agora, acessíveis para amantes da cultura no mundo inteiro que queiram conhecer ou descobrir em um só lugar os tesouros que fazem dessa cidade um incrível museu a céu aberto”, diz Luisella Mazza, diretora global de operações do Google Arts & Culture. Buffalo e os Siouxies, de Alice Lara, está entre as imagens de mais de 200 obras de Brasília: um Sonho Construído Para além do Museu Nacional, é possível visitar outros espaços da Secretaria de Cultural e Economia Criativa (Secec), como as bibliotecas Nacional e Pública de Brasília, Complexo Cultural Samambaia e Memorial dos Povos Indígenas. A vida cultural das regiões administrativas (RAs) também está disponível no Google Arts & Culture. Viagem aos museus A experiência pela capital federal também reserva espaço para museus cujo trabalho é preservar a arte e o patrimônio da cidade e do Brasil, do Museu Nacional da República à Fundação Athos Bulcão, passando pelo acervo de arte da Câmara dos Deputados. Graças à tecnologia de Art Camera, imagens de mais de 200 obras de artes foram capturadas em ultrarresolução, possibilitando uma visão mais detalhada da técnica de cada artista. Entre elas estão Buffalo e os Siouxies, de Alice Lara, e Paisagem nº 9, de Lucia Laguna, ambas expostas no Museu Nacional da República, cujo acervo on-line também conta com outras 100 obras de arte digitalizadas, de artistas modernistas e contemporâneos. Por meio de imagens do Google Street View, os visitantes percorrem os corredores de seis museus da capital por meio de tours virtuais em 360°, entre eles o Museu de Valores, o Centro Cultural dos Três Poderes e também o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF). As mentes da capital A coleção traz uma seção dedicada ao pioneirismo e trabalho do arquiteto Oscar Niemeyer, uma das mentes por trás da construção da cidade. Entre suas obras está a Catedral Metropolitana de Brasília, que ganhou uma versão em 3D e pode ser vista em realidade aumentada, permitindo projetar o monumento e interagir com ele pelo celular de onde estiver. O Museu Nacional da República abriga acervo que conta com mais de 100 obras de arte digitalizadas, de artistas modernistas e contemporâneos Ainda, é possível conhecer as criações de Niemeyer em ângulos pouco convencionais na seção “Brasília vista de Cima”, proposta pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), com imagens aéreas inéditas de paisagens, jardins, parques e prédios icônicos do Plano Piloto, sendo possível ver as escalas urbanas que definem as identidades arquitetônicas e culturais de Brasília. Brasília antes de Brasília Além da série de imagens da construção da capital, um dos destaques da exposição virtual é a seção com registros históricos do Arquivo Público do Distrito Federal, que apresenta eventos fundamentais para o surgimento da cidade. Entre eles estão as trajetórias dos trabalhadores e trabalhadoras que chegaram ao centro do país para construir a cidade. Cada história é contada a partir das cartas enviadas às famílias, nas mais distantes regiões, com relatos emocionantes sobre os dias em que Brasília saía do papel e se tornava realidade. Os documentos podem ser lidos ou ouvidos em uma das experiências mais marcantes da mostra. Sobre o Google Arts & Culture [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Desde 2011, o Google Arts & Culture vem ajudando instituições culturais a disponibilizar seus acervos e patrimônios no mundo digital, com o objetivo de dar acesso ao conhecimento e tesouros da arte para as pessoas em qualquer lugar do mundo. A plataforma dá acesso às coleções de mais de 2.000 museus em mais de 80 países. É uma forma imersiva de explorar a arte, a história e as maravilhas do mundo, como as pinturas da casa de Van Gogh e o Taj Mahal. O site é gratuito e está disponível nesse link ou por meio do aplicativo disponível nas lojas de app IOS e Android. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF
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Maquetes inéditas de Oscar Niemeyer ganham retoques
Maquete elaborada em 1983 para o Pavilhão de Exposições de Brasília | Foto: Divulgação/Secec Duas maquetes de obras de Oscar Niemeyer que nunca saíram do projeto – a Embaixada do Brasil em Havana, Cuba (1987) e o Pavilhão de Exposições de Brasília (1983) – ganham retoques finais para compor uma exibição permanente de peças sobre o trabalho do arquiteto que concebeu os primeiros traços da capital federal. O material está sendo organizado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). Oscar Niemeyer (à direita) com Gilberto Antunes: 40 anos de trabalhos em conjunto | Foto: Acervo pessoal Ainda sem data definida, a mostra será instalada no Espaço Oscar Niemeyer (EON), localizado na Praça dos Três Poderes, prédio concluído em 1988 a partir do traço do próprio autor. As miniaturas, feitas de papel cartão e acrílico pintados, em escalas de 1/250 (Pavilhão) e 1/200 (Embaixada), são do maquetista Gilberto Antunes, que trabalhou durante 40 anos com Niemeyer. “A recuperação dessas peças atesta uma vez mais que o trabalho da secretaria, pelo empenho de seus servidores, não parou durante a pandemia”, valoriza o titular da Secec, Bartolomeu Rodrigues. “Não pudemos comemorar como merecia a data dos 60 anos de Brasília, mas fizemos coisas importantes que reforçam nosso compromisso com o patrimônio material e imaterial da capital e que virão à luz assim que for possível e seguro.” Conservação e restauro O processo de conservação e restauro das maquetes é executado pela Diretoria de Preservação (Dipres), da Subsecretaria do Patrimônio Cultural (Supac), a partir de iniciativa da Gerência de Conservação e Restauro (GCR), em parceria com a Gerência de Acervos. A analista de atividades culturais em conservação e restauro da Secec, Carla Mabel Santos Paula, aponta que, até o momento, as maquetes passaram pelo processo de higienização, com aplicação de técnicas de limpeza mecânica e de limpeza química das superfícies. Para conclusão das intervenções nas duas maquetes, a equipe da Supac aguarda a aquisição dos materiais necessários. Um dos maiores desafios do trabalho de restauro é recuperar o caráter de documento da obra de Niemeyer. Isso exige o diálogo permanente da Dipres com Gilberto Antunes em seu ateliê no Rio de Janeiro (RJ). Fonte de pesquisa “Essa comunicação é extremamente rica para a preservação das obras, haja vista que o profissional conservador-restaurador pode ter acesso à fonte primária de pesquisa, para compreender as nuances de sua produção, além de trocar conhecimentos e estabelecer parcerias que vão agregar valor às intervenções de conservação e restauro que, inclusive, podem ser legitimadas e autenticadas pelo próprio autor, se for o caso”, esclarece a gerente de Conservação e Restauro da Secec, Mariah Boelsums. “O processo começava com conversas sobre o conceito arquitetônico e os croquis, mas depois disso eu fazia a maquete uma, duas, três ou mais vezes, até Oscar [Niemeyer] ficar satisfeito com a materialização da ideia”, conta Gilberto Antunes, em entrevista à Secec. Gilberto está construindo 27 maquetes que serão objeto de exposição itinerante pela Europa em 2022. Cinco vídeos que registraram as quatro décadas de convivência da dupla vão dar origem ao documentário integrante da mostra. “Temos muito trabalho este ano”, comemora Antunes, indissociável da obra de Niemeyer. Preservação Os processos de conservação e restauro são consequência de profunda pesquisa inter e transdisciplinar, o que demanda tempo e dedicação dos profissionais envolvidos. “O trabalho dos restauradores envolve, entre outros aspectos, a pesquisa histórica, o levantamento dos aspectos materiais das obras e a discussão sobre os procedimentos mais adequados para as intervenções de restauro”, explica analista de artes plásticas Maria de Fátima Medeiros de Souza, da GCR. * Com informações da Secec
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Formas e cores de Brasília são tema de debate
Os renomados Darlan Rosa e Ralfe Braga debatem aspectos da cidade com a secretária de Turismo, Vanessa Mendonça | Arte: Divulgação/Setur Patrimônio Cultural da Humanidade, Brasília já nasceu moderna, quando, por obra de Oscar Niemeyer, o concreto – material preferido do arquiteto – ganhou curvas e leveza, e, pelas mãos de outros renomados artistas, o cinza típico que marca as construções da cidade ganhou cores e contrastes. É essa beleza que a Secretaria de Turismo (Setur) traz para o debate da série Prosa Criativa desta quinta-feira (15). O encontro virtual ocorre às 20h, pelas redes sociais da Setur. O design nas formas e cores da capital é o tema desta edição, que tem como convidados o pintor, escultor, desenhista e programador visual Darlan Rosa e o artista plástico Ralfe Braga. A série faz parte da programação do Outubro Criativo, ação da Setur que prevê uma série de atividades durante este mês para celebrar os três anos do reconhecimento mundial de Brasília como Cidade Criativa do Design. Os convidados Darlan Rosa chegou a Brasília em 1967. Mineiro de Coromandel, ele sempre viu na capital federal uma grande vocação para a escultura, com amplos espaços gramados e arborizados. “O desenho das minhas esculturas parte do diálogo com a arquitetura da cidade”, conta. “Elas são vazadas para capturar a paisagem e colocá-la como parte da obra”. Criador do personagem Zé Gotinha – símbolo de uma campanha muito bem-sucedida de vacinação contra poliomielite, sarampo e rubéola – e autor de mais de 40 obras espalhadas pela cidade, Rosa também marca presença com seus trabalhos em nove países – Alemanha, Canadá, Cuba, El Salvador, França, Jordânia, Moçambique, Estados Unidos e Palestina. “Eu sempre ouço dos brasileiros que por lá passam: ‘essas são as esferas de Brasília’”, conta, lembrando a referência aos formatos geométricos de Brasília destacados em sua arte. “E eu tenho muito orgulho de saber que meu trabalho lembra a cidade”. Já Ralfe Braga, amapaense, desembarcou na cidade aos 17 ano, em 1976, com o sonho de conhecer a capital federal. Hoje, radicado e apaixonado confesso por Brasília, ele tem aqui uma fonte de inspiração. “Tem uma frase que eu gosto de repetir que é a seguinte: mentes tão geniais como as de JK, Lucio Costa e Oscar Niemeyer nos legaram Brasília e seu entorno, como uma imensa tela branca que pintamos todos os dias”, exalta. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] * Com informações da Setur
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Prédios da Novacap recebem nomes de pioneiros
A partir de agora, quem chega à Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) inicia o percurso pela Avenida JK (foto). A principal via interna da empresa recebeu simbolicamente o apelido do ex-presidente responsável pela construção da nova capital do Brasil. A homenagem ocorreu na manhã desta quarta-feira (16) e faz parte dos eventos de celebração dos 64 anos da companhia, a ser lembrado no sábado (19). Foto: Novacap/Divulgação “É uma forma de exaltarmos as raízes de Brasília e do Distrito Federal. Os nomes foram escolhidos com muito carinho e muito respeito a esses pioneiros que tanto fizeram por essa empresa e por toda nossa região”, destaca o diretor-presidente da Novacap, Fernando Leite. Primeiro diretor-presidente da companhia, Israel Pinheiro passa a dar nome ao prédio principal. Oscar Niemeyer e Lucio Costa estão simbolizados, respectivamente, nos prédios da Diretoria de Edificações e Diretoria de Urbanização. Por fim, o Caic, que ficam logo à direita da entrada principal onde funciona parte dos serviços operacionais e administrativos, ganha o nome de Bernardo Sayão. Todos trabalharam na Novacap durante a construção. Outra honraria foi entregue à trabalhadora Maria da Glória Rincon Ferreira. Ela recebeu uma placa representando aqueles que completam, este ano, três décadas de serviço na companhia. Exposição de arte Ainda dentro do programa de comemorações, a exposição Brasília em Digital, de Salveci dos Santos, fotógrafo, artista plástico e colaborador da Novacap. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Brasília foi criada com concreto e tentei lançar um olhar diferenciado para cada um dos nossos monumentos. Nossa cidade representa todas as cores de todos os estados”, define o autor das obras. “A ideia é mostrar esses espaços em cores vivas”, completa. Brasília em Digital utiliza a técnica de equalização local. De acordo com o artista, trata-se de um trabalho no qual as têmperas das cores são deixadas as mais vivas e mais fortes. Por medida de segurança, o público em geral que quiser conhecer a exposição precisa a visita por e-mail. * Com informações da Novacap
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Patrimônios culturais do Plano Piloto ganham reforma
A Agência Brasília publica nesta sexta-feira (7), sábado (8) e domingo (9) uma série de matérias que mostram ações do Governo do Distrito Federal de reforma e manutenção dos espaços culturais da região. Na matéria de hoje, a reportagem apresenta o trabalho de vários órgãos para deixar os locais apresentáveis e de forma organizada para a população e os turistas. O histórico edifício do Museu da Cidade, com o rosto de Juscelino Kubitschek, é recheado de fotos e frases marcantes do passado, assim como outros três monumentos da área. Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Muita gente conhece a história. Parece lenda urbana, mas não é. Aquele “prendedor gigante” localizado quase em frente ao Supremo Tribunal Federal (SFT), em plena Praça dos Três Poderes, é um pombal e foi projetado por Oscar Niemeyer, a contragosto, a pedido da primeira-dama, Eloá Quadros, então esposa de Jânio Quadros, que ocupou o cargo por apenas sete meses, em 1961. As más línguas eternizaram que foi a única obra de Jânio na nova capital. Um lugar que, por sinal, dizem que ele não morria de amores. Essa é só uma das dezenas de fatos, acontecimentos e fabulações que envolvem os vários prédios e monumentos de Brasília, quase todos patrimônios culturais e históricos do Distrito Federal. E, no caso específico do Centro da Praça dos Três Poderes (CP3P), com grande valor cívico. Daí a necessidade de todos esses espaços estarem sempre em boas condições e apresentáveis de forma organizada para a população e turistas do país e do mundo inteiro. Um esforço que a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec), em parceria com outros órgãos do GDF, não tem medido. Ou seja, revitalizando, reformando e colocando em ordem os aparelhos culturais da cidade. Pelo menos seis dessas áreas privilegiadas do Plano Piloto já passaram por processo similar: “Essa é a função do poder público, o de garantir a manutenção permanente desses locais, revitalizando sempre que precisar, porque são obras de artes para utilização da sociedade e que, aliás, também deve ajudar a preservar”, destaca o subsecretário de Patrimônio Cultural da Secec, Demétrio Carneiro. “No caso da Praça dos Três Poderes, estamos falando de um lugar que é um marco cívico do DF, um patrimônio material que você vê, pode contemplar, mas, também, tem uma carga simbólica que é a razão de ser de todo o projeto do Niemeyer”, explica. Luzes sobre a memória da transição Não duvide do potencial histórico, cultural e cívico do lugar. Além de verdadeiro museu a céu aberto, também representa uma bela viagem ao passado, presente e futuro da nação. Basta conferir os monumentos do Centro Cultural dos Três Poderes, integrados à Praça e subordinados à Subsecretaria de Patrimônio da Secec. Todos em fase de revitalização, em menor ou maior grau. Localizado próximo à pista que dá para a parte de trás do Congresso, o Museu da Cidade, inaugurado em 21 de abril de 1960, junto com a nova capital, tem a responsabilidade de guardar a memória da interiorização do país. Carimbado com um rosto do presidente Juscelino Kubitschek e uma frase que sela o destino da nova cidade na fachada externa, o edifício histórico é recheado de fotos e frases marcantes do passado, assim como outros três monumentos da área. Antes no breu, agora estão iluminados por refletores novos. Trata-se de uma reivindicação antiga dos turistas e de quem trabalha próximo à Praça. “O Museu da Cidade marca a transição do poder do litoral, que era o Rio de Janeiro, para o interior, o Brasil central, enfim, Brasília. Ele é a memória dessa mudança”, contextualiza Rafael Soffredi, diretor do CC3P. “Parece algo simples, mas essa iluminação não apenas revitaliza os monumentos, como os coloca em evidência dentro da enormidade que é a Praça dos Três Poderes”, diz o gestor, referindo-se, também, à escultura Os Candangos, de Bruno Giorgi, além do famoso Pombal, com cara de prendedor de roupa, de Niemeyer, e o Monumento da Unesco. Nesta semana, foi assinada um convênio entre a Secec e a Novacap, que abre caminho para a restauração da Sala Martins Pena, do Teatro Nacional Claudio Santoro e, em breve, de toda a estrutura do equipamento interditado há mais de seis anos. Confira no vídeo abaixo: Fachadas de mármores Assim como as belas fachadas de mármores do Museu da Cidade, as pedras portuguesas que formam o amplo calçadão da Praça dos Três Poderes estão sendo limpas com jatos de água e os locais deteriorados, também estão sendo reparados. O trabalho minucioso é realizado por 13 apenados da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap-DF) e nove encarregados da Diretoria de Urbanização da Novacap. “Tem muita coisa para recuperar”, avalia o engenheiro da companhia Aires Soares. “O nosso compromisso é deixar tudo limpo e recuperado até o dia 6 de setembro”, antecipa. Turistas de Foz do Iguaçu (PR), os paranaenses Samuri Schesser, 37 anos, e Roque Colombo, 54, ficaram deslumbrados com o tamanho dos edifícios projetados por Oscar Niemeyer. “A gente vendo isso na televisão parece tão pequeno, mas chega aqui é impactante”, disse o pecuarista Samuri. “A beleza desses monumentos é uma coisa que impressiona”, conta o empresário Roque. Para a autônoma brasiliense Kailene Racele, 30 anos, anfitriã da dupla sulista, o trabalho de revitalização da Praça dos Três Poderes e dos monumentos que fazem parte do espaço é necessário. “Tem que deixar o lugar bonito sempre. Além de receber gente do mundo e de várias parte do País, ainda é projetado na TV o tempo todo”, observa. Pequeno gigante Construído em homenagem ao presidente Tancredo Neves e aos heróis nacionais que defenderam a liberdade e democracia no Brasil, como o inconfidente Tiradentes, a revolucionária Anita Garibaldi e o escravo Zumbi dos Palmares, o Panteão da Pátria foi inaugurado em 7 de setembro de 1986. Com traços de Oscar Niemeyer, o edifício de três andares conta com vitrais rubros da artista Marianne Peretti (também responsável pelo revestimento vítreo da Catedral Metropolitana de Brasília) e mural do artista plástico Athos Bulcão. Graças à atenção especial dada ao espaço pela Secec, via Subsecretaria de Patrimônio Cultural, o local pode usufruir de uma novidade há tempos esperado. “Como aqui tem muitos servidores de outras instituições, a instalação da cancela eletrônica no estacionamento do Panteão trouxe uma comodidade para os convidados, muitos deles integrantes de comitivas internacionais vindo das embaixadas”, conta o gerente Rafael Soffredi. “Hoje tem lugar para eles estacionarem sem problema”, explica. Bem escondidinho e pequeninho, mas de uma grandeza que não cabe nos seus 432 m², o Espaço Oscar Niemeyer tem o maior volume de obras de todos os ambientes culturais do Plano Piloto. Com duas galerias e um anfiteatro com capacidade para 20 pessoas, o charmoso cantinho do arquiteto que criou as edificações modernas da capital que encantou o mundo, além da revitalização do teto, teve o sistema de rede elétrica e o ar condicionado recuperados. O espaço também ganhou carpete e pintura nova. Transtornos causados pela última chuva foram sanados com a impermeabilização da cobertura de um bloco. “Estamos com 95% da reforma feita”, diz, animada, Marcela Lopes, uma das responsáveis pelo local. “Não importa o tamanho do espaço, mas o seu significado, a importância para a cidade, a localização que é no coração da capital, a posição estratégica, perto dos três poderes e de uma área de bosque”, valoriza. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”] Arquitetura e de urbanismo De acordo com o subsecretário de Patrimônio Cultural da Secec, Demétrio Carneiro, a ideia é transformar a área num importante centro de pesquisa que valorize tanto os trabalhos de arquitetura e de urbanismo, dois pilares que são sinônimos de modernidade quando o assunto é Brasília. Há, inclusive, uma exposição programada para quando essa pandemia acabar. “Será a integração desses dois grandes mestres da cidade que foram Oscar Niemeyer e Lucio Costa”, planeja. Assim como o Espaço Renato Russo, brindado por lavagem dos arcos internos, limpeza de luminárias e toda parte de vidros das galerias, além da impermeabilização do telhado, a Biblioteca Nacional de Brasilia (BNB) ganhou vida nova com ajuda da equipe do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), responsável pela limpeza de toda a parte externa do lugar, pichadas por manifestantes. Com capacidade para receber cerca de três mil usuários por mês, a Biblioteca Pública de Brasília, situada na 312/313 Sul, é conhecida por receber grande fluxo de estudantes e moradores do final da Asa Sul. Por lá, o olhar especial da Secec também foi bem-vindo. Além das limpezas de luminárias e de todo espaço físico, o celeiro de livros dessa parte do Plano foi beneficiado por internet mais potente e novo banheiro. “São benfeitorias que mexem com a autoestima dos servidores e despertam o interesse dos frequentadores. É um lugar bem estimado e democrático, recebemos até moradores de rua”, comenta a diretora Simone Queiroz Afonso. *Leia neste sábado (8) – Reformas nos espaços culturais de regiões administrativas
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