Fase final da Pdad concentra visitas em regiões com mais recusas de atendimento a pesquisadores
Para elaborar políticas públicas que se adequam a cada região é necessário registrar os dados populacionais de cada área. Com esse objetivo, o Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) realiza a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad), que já apurou dados em 92% dos domicílios que compõem a amostra. Moradores que se recusam a abrir as portas para responder o questionário dificultam a coleta dos dados e o mapeamento de algumas regiões | Fotos: Matheus H. Sousa/Agência Brasília Contudo, mesmo na reta final de coleta, há moradores que recusam abrir as portas para responder o questionário – o que dificulta a coleta dos dados e o mapeamento de algumas regiões. Durante o mês de julho, pesquisadores focam em áreas com maior recusa de atendimento, como o Lago Norte, Park Way, Lago Sul, Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), São Sebastião e também o Plano Piloto. A diretora de Estatísticas e Pesquisas Socioeconômicas, Dea Fioravante, explica que a pesquisa utiliza o método estatístico amostral, onde domicílios são sorteados e a amostra coletada é representativa para o restante da população. Diretora de Estatísticas e Pesquisas Socioeconômicas, Dea Fioravante explica que a pesquisa utiliza o método estatístico amostral, onde domicílios são sorteados e a amostra coletada é representativa para o restante da população “A gente precisa de um número mínimo de domicílios com determinadas características para ter uma representatividade daquele grupo de pessoas que são semelhantes. Se a gente não conseguir cobrir todo o plano, a gente tem uma amostra representativa para o DF, mas não temos para essas regiões. E aí a gestão pública fica mais difícil”, elucida a diretora. “Essas informações são fundamentais para orientar decisões governamentais, alocação de recursos e implementação de programas que visam melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. Além disso, ajuda a identificar desigualdades e áreas prioritárias no desenvolvimento regional”, reforça o administrador regional do Lago Norte, Marcelo Ferreira. O estudo começou em novembro de 2023 e é um levantamento de dados das regiões administrativas, a área rural do DF e os 12 municípios do Entorno. O diretor-presidente do IPEDF, Manoel Clementino, destaca que a pesquisa ampliada é composta de uma etapa de preparação e planejamento onde as equipes de campo são treinadas para seguir ao trabalho de campo efetivamente. O diretor-presidente do IPEDF, Manoel Clementino, destaca que a pesquisa ampliada é composta de uma etapa de preparação e planejamento onde as equipes de campo são treinadas para seguir ao trabalho de campo efetivamente Na última etapa, há o tratamento estatístico dessas informações, para que possam ser transformadas em dados e utilizadas na formulação das políticas públicas, entrando para uma base de dados composta por 25 mil domicílios entrevistados e agrupados por problemas comuns, RAs, faixa etária e demais classificações. Ao final, os dados são consolidados com os do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Os principais desafios da etapa de campo têm sido relacionados com o acesso aos domicílios e a disposição da população em atender nossos pesquisadores. E existe também a recusa por parte do morador de responder à pesquisa, seja porque não tem tempo, porque não conhece o que está acontecendo ou por desconfiança”, observa. Célio Alves Pereira, morador do Lago Norte: “É importante fornecer informações que podem ser úteis e até necessárias para que o GDF desenvolva políticas públicas para melhoramento das condições de segurança, de saúde e futuras ações” Pesquisa segura Além dos agentes de coleta estarem uniformizados com o colete marrom com o nome do IPEDF, há outra ferramenta de reconhecimento dos agentes para a população, que é um QR Code no celular capaz de direcionar até a página da pesquisa com o nome do agente. Assim, antes mesmo de abrir a porta, o morador pode apontar a câmera do celular e fazer a leitura da codificação e verificar que é de fato uma pessoa cadastrada do instituto que está ali pra fazer a pesquisa. “É muito necessário que o morador sorteado receba o agente de coleta. É uma pesquisa segura, a gente não usa nenhum dado individualmente. O único dado individual que a gente usa é o primeiro nome e o telefone porque entra em contato para ter certeza que o questionário foi coletado naquele domicílio e que não foi fraudado, cumprindo nosso plano amostral”, complementa a diretora de estatística do IPEDF. A pesquisadora Mia Leão pontua que as perguntas que serão feitas envolvem infraestrutura, saúde e outros ângulos sociais que analisam se é necessária a implementação de uma nova linha de ônibus, reforço das linhas já existentes, construção de creches em uma localidade onde existe um quantitativo maior de crianças, entre outras ações. “A partir do momento em que o morador responde, por exemplo, que o asfalto está ruim, é uma chance que o Governo do Distrito Federal tem para ver se condiz e melhorar”, declara. “Quando eles colocam um bloqueio para nos receber, estão simplesmente perdendo a oportunidade de dizer as dificuldades e melhorias que eles necessitam aqui no lugar”, acrescenta Mia. Oportunidade aproveitada pelo aposentado Célio Alves Pereira, que é morador do Lago Norte. Após receber a pesquisadora ele enfatiza a importância de participar da pesquisa. “Foi tranquilo, embora seja um questionário longo. Mas é importante fornecer informações que podem ser úteis e até necessárias para que o GDF desenvolva políticas públicas para melhoramento das condições de segurança, de saúde e futuras ações. Acho que a pessoa se identificando, mostrando documento direitinho e explicando o motivo da visita, não há problema. Se todo mundo puder colaborar, fica o pedido”, ressalta o morador.
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Nova Pdad mostra perfil do brasiliense na cidade e no campo
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Pesquisa revela panorama de segurança alimentar
O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) divulga nesta sexta-feira (21), às 10h, o estudo “Segurança Alimentar no Distrito Federal: um panorama sociodemográfico”, elaborado a partir dos dados coletados pela Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD), realizada em 2021. O estudo apresenta e analisa os resultados sobre a temática no DF segundo características das pessoas e dos domicílios, incluindo análise dos fatores associados à ocorrência de segurança alimentar e nutricional. Serviço Segurança Alimentar no DF: um panorama sociodemográfico – Data: 21/07 – Horário: 10h – Onde: Auditório Francisco de Assis Rodrigues, localizado no 2º andar do IPEDF – Mais informações: (61) 3342-1036 / 3342-1632 | comunicacao@ipe.df.gov.br *Com informações do IPEDF
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Mais da metade da população brasiliense nasceu no Distrito Federal
Quando a jornalista brasiliense Marcela Franco, 31 anos, era criança, ela estranhava o fato de o pai Antônio Cândido Osório Neto ter nascido em Brasília. Isso porque o advogado é alguns dias mais velho que a cidade. O homem completou 63 anos no último 8 de março, enquanto a cidade idealizada por Juscelino Kubitschek chega à idade em 21 de abril. “Era difícil imaginar onde ele vivia, porque na minha cabeça não existia nada aqui. Era bem estranho, porque na minha convivência eu era a única pessoa que tinha um pai nascido em Brasília”, lembra. “Hoje eu acho muito massa e entendo que minha família é pioneira. Acho que isso nos tornou muito apaixonados pela cidade”, completa Marcela, que tem dois filhos, também nascidos no quadradinho, Antônio, 4, e Bernardo, 1. Marcela Franco (de vestido) ao lado do pai Antônio Cândido Osório Neto e família: “Hoje eu acho muito massa e entendo que minha família é pioneira. Acho que isso nos tornou muito apaixonados pela cidade” | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília O que era estranheza naquele período, agora é realidade em Brasília. Segundo dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) 2021, realizada pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), 55,5% da população brasiliense correspondem a pessoas nascidas no DF. [Olho texto=”“Não são só as estatísticas que mostram esse crescimento expressivo da população em mais de 60 anos. Quando Brasília começou, haviam registradas oito cidades satélites e hoje são contabilizadas 35 regiões administrativas. Essas mudanças podem ser consideradas muito rápidas”” assinatura=”Jusçanio de Souza, coordenador de Pesquisas Socioeconômicas do IPEDF” esquerda_direita_centro=”direita”] A ascensão dos brasilienses de origem entre os moradores da cidade começou em 2013, quando o número de nascidos aqui começou a se aproximar ao de provenientes de outros estados do Brasil. A quantidade passou em 2018, com os naturais do DF superando os demais, se tornando 55,3%. “As duas últimas PDADs já apontam uma diferença próxima de 5% entre essa população [nascidos e migrantes]. Em 2018, o número era de 1,5 milhão, enquanto em 2021, já somavam mais de 1,6 milhão no universo de uma população de três milhões. Vemos um crescimento. Já somos maioria… posso dizer assim porque também me incluo nesse contingente”, destaca o coordenador de Pesquisas Socioeconômicas do IPEDF, Jusçanio de Souza, que também é brasiliense e completa 63 anos no mesmo mês que Brasília. “Não são só as estatísticas que mostram esse crescimento expressivo da população em mais de 60 anos. Quando Brasília começou, haviam registradas oito cidades satélites e hoje são contabilizadas 35 regiões administrativas. Essas mudanças podem ser consideradas muito rápidas”, afirma o coordenador. Novas gerações O coordenador Jusçanio e o advogado Antônio Cândido fazem parte do seleto grupo de 0,6% da população habitante que nasceu em Brasília e que vai assoprar 63 velinhas em 2023. “Na minha faixa de idade, eu tive poucos amigos brasilienses. Mas depois, aos poucos, fui tendo amigos mais jovens que já eram nascidos aqui. Todos os meus irmãos também são nascidos em Brasília, assim como meus quatro filhos”, relata o advogado, que é filho de casal pioneiro: o gaúcho Antônio Carlos Elizalde Osório, o primeiro advogado de Brasília, e a goiana Natanry Osório, que vieram para Brasília em 1957. Já a família de Melissa Maia, 22 anos, retrata a história desse aumento da população genuinamente candanga que aconteceu com o passar dos anos. A estudante e os filhos Alice, 5, e Ícaro, 1, integram a parte dos moradores da cidade que elevam o índice de nascidos no DF. Em suas faixas etárias, eles correspondem a 10,2%, 10,2% e 11,3% da população natural de Brasília, respectivamente. Os filhos de Melissa já são de uma terceira geração brasiliense. A avó deles, Karla, 48, também nasceu no quadradinho – e hoje faz parte da faixa etária que equivale a 4,5% desta população –, num período em que os nascidos começaram a ser mais comuns. “Como eu nasci nos anos 2000, eu sou de uma geração em que as crianças já tinham pais de Brasília. Para mim, era comum. Eu achava estranho quem tinha pai e mãe de fora”, comenta a jovem. Mais do que ser uma família de origem no DF, os Maias gostam de manter as tradições da cidade vivas por gerações. Melissa lembra que gostava de ir ao Parque da Cidade brincar no foguetinho e nos brinquedos do Nicolândia e também de ir ao shopping. “São muitas lembranças que com certeza eu quero levar para os meus filhos. Já virou tradição, por exemplo, levar minha filha ao bloco de carnaval Baratinha. E eu quero continuar os levando aos locais que remetem a Brasília, como a Torre de TV, com a qual Alice ficou encantada”, revela. A família de Melissa Maia, toda natural de Brasília, gosta dos passeios que são os cartões-postais da capital, como a Torre de TV | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Perfil dos brasilienses [Olho texto=”Entre os migrantes, no topo das origens dos moradores está Minas Gerais (15,5%), seguida de Bahia (11,9%), Goiás (11,9%), Maranhão (11,6%) e Piauí (11,4%)” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Dos 55,5% dos habitantes de Brasília que são nascidos no Distrito Federal, a maior parcela da população está entre as pessoas de 0 a 24 anos. “Na medida em que vai se distanciando, com idade mais avançada, vai reduzindo o percentual dos naturais de Brasília e vice-versa”, revela Jusçanio de Souza. Há equilíbrio entre homens e mulheres. Mas há distinção quando se trata de cor. A maior parcela desse grupo é composta por pardos (47,1%) e brancos (41,6%), em menor quantidade estão os pretos (9,7%), amarelos (1,35%) e indígenas (1,35%). Em relação aos migrantes, se percebe uma diferença no índice de escolaridade. “Temos um contingente expressivo de nascidos com nível superior ou superior incompleto. Temos um perfil elevado que se distancia da média do país”, revela o coordenador do IPEDF. Entre os naturais do DF, 42,1% têm ensino superior completo e 9,1% superior incompleto, contra 32,6% com superior completo e 4,1% com superior incompleto entre os não nascidos. Já entre os migrantes uma característica marcante são as origens dos moradores. No topo está Minas Gerais, com 15,5%, seguida de Bahia (11,9%), Goiás (11,9%), Maranhão (11,6%) e Piauí (11,4%).
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Mulheres representam 52,2% da população do DF
O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) divulgou, nesta quinta-feira (1º), o sumário executivo do estudo Mulheres e desigualdades de gênero em tempos de pandemia. A publicação faz parte da segunda edição da série Retratos Sociais DF, que, a partir de dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) 2021, apresenta análises sociodemográficas e socioeconômicas dos seguintes recortes da população: crianças, jovens, mulheres, idosos; negros, pessoas com deficiência e LGBTQIA+. O estudo apresenta o perfil sociodemográfico da população feminina do Distrito Federal, comparando os dados entre homens e mulheres em aspectos como educação, responsabilidade pelo domicílio e arranjo familiar, trabalho remunerado e não remunerado e segurança alimentar e nutricional, sob a perspectiva das desigualdades de gênero. Perfil sociodemográfico A maioria das mulheres do DF (77,9%) estava ocupada no mercado de trabalho formal em 2021, segundo estudo divulgado pelo IPEDF | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Em 2021, 1.568.114 mulheres residiam na capital federal, correspondendo a 52,2% dos moradores. Mais da metade da população feminina se declarava negra (57,4%). Na classe A, 68% das mulheres eram brancas. Por outro lado, 70,6% das mulheres na classe DE eram negras. [Olho texto=”A menor proporção de mulheres chefes de domicílio era na classe A (33%) e a maior proporção, na classe DE (60%)” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A maioria da população feminina (52%) convivia com cônjuge ou companheiro(a). Nas classes mais altas, estavam as maiores proporções de mulheres casadas: 57% delas nas classes A e B1. Em contrapartida, 52,9% das mulheres na classe DE eram solteiras. Educação Em 2021, as regiões administrativas com maiores proporções de mulheres com ensino superior completo eram Lago Sul (86,9%), Sudoeste/Octogonal (86,8%) e Park Way (82,9%), todas de alta renda. Já as regiões com menores proporções eram SCIA/Estrutural (4,5%), Sol Nascente/Pôr do Sol (8,5%) e Fercal (8,9%), todas de baixa renda. A proporção de mulheres de 25 anos ou mais com ensino superior completo era maior que a de homens nas classes mais baixas, com exceção da classe DE, na qual a proporção era a mesma para ambos (2%). Nas classes mais altas, observou-se o contrário. [Olho texto=”72,6% dos domicílios com arranjos monoparentais femininos encontravam-se sob a responsabilidade exclusiva de mulheres negras” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Domicílio e arranjo familiar Cerca de 49% dos domicílios em 2021 eram chefiados por mulheres, frente aos 51% por homens. Entre as responsáveis pela família, a maioria se encontrava em arranjos monoparentais femininos (29,1%), enquanto os responsáveis pela família se concentravam em arranjos de casais com filhos (41,5%). Na análise por classe social, observou-se que a menor proporção de mulheres chefes de domicílio era na classe A (33%) e a maior proporção, na classe DE (60%). Além de se concentrarem nas classes mais baixas, 72,6% dos domicílios com arranjos monoparentais femininos encontravam-se sob a responsabilidade exclusiva de mulheres negras. No geral, havia mais domicílios em que as mulheres são responsáveis pela família e compartilham essa responsabilidade (52,2%) do que aqueles em que elas são responsáveis e não a compartilham com cônjuge ou companheiro(a). No entanto, os domicílios nos quais a responsabilidade é compartilhada concentravam-se nas classes mais altas. Trabalho remunerado e não remunerado No DF, 51,9% das mulheres estavam trabalhando em 2021. A maioria delas estavam ocupadas no mercado de trabalho formal (77,9%). Entre aquelas ocupadas informalmente (22,1%), a maioria era negra (60,1%). A taxa de desemprego entre as mulheres (14,5%) era quase o dobro da taxa observada entre os homens (7,7%) e acima da taxa da população em geral (11%). [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Analisando por renda, na classe A, as mulheres ocupadas se encontravam principalmente nos setores produtivos de educação, saúde humana e serviços sociais e de administração pública, defesa e seguridade social. Já na classe DE, o trabalho doméstico era o setor no qual se encontrava a maioria delas (30,3%). Além disso, o emprego doméstico remunerado era predominantemente exercido por mulheres negras (72,8%). Em relação ao trabalho não remunerado, a proporção de mulheres que realizavam afazeres domésticos (90,9%) era superior à de homens (77,4%). Em média, elas gastam aproximadamente cinco horas semanais a mais em cuidados com o lar do que eles. Insegurança alimentar Em 2021, a insegurança alimentar atingia principalmente aquelas que eram responsáveis pelo lar e de classes mais baixas. Na classe DE, 14% dos domicílios chefiados por mulheres encontravam-se em situação de insegurança grave, 12% moderada e 23% leve. Mais de 70% das chefes de família em situação de insegurança alimentar moderada ou grave eram negras. *Com informações do IPEDF
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Dados de cidades da região norte do DF serão apresentados nesta quarta (29)
A Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) levará às cidades de Sobradinho, Sobradinho II, Fercal e Planaltina seus aspectos demográficos, socioeconômicos e as informações domiciliares coletados durante a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílio (Pdad). As quatro regiões estão agrupadas na Unidade de Planejamento Territorial (UPT) Norte. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A apresentação desses dados será realizada nesta quarta-feira (29) na Administração Regional de Sobradinho, que fica na Rua Administrativo Lote A da Quadra Central. O evento está previsto para começar às 10h, com a presença de autoridades, entre administradores e chefes de corporação, como Corpo de Bombeiros e Polícia Militar. Haverá transmissão ao vivo pelo canal da Codeplan no YouTube. Além das questões tradicionais, como renda e bens de consumo e bens duráveis, a Pdad abordará questões sobre insegurança alimentar, animais domésticos, identidade de gênero e orientação sexual (fornecido para maiores de 18 anos). Considerado o maior raio x que se tem conhecimento sobre o DF, o levantamento de informações percorreu aproximadamente 30 mil domicílios no quadrilátero, com intuito de fornecer ao Governo do Distrito Federal (GDF) e aos representantes do povo na Câmara Legislativa suporte para a criação de políticas públicas baseadas em evidências e amostragem. *Com informações da Codeplan
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Ceilândia, Taguatinga e Samambaia despertam a atenção de quem quer se mudar
As regiões de Ceilândia, Taguatinga e Samambaia lideram a lista de localidades do Distrito Federal com mais intenção de se tornarem os novos domicílios de quem pretende se mudar, considerando o total de regiões administrativas (RAs) do DF. É o que indica a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) 2021, elaborada pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal – (IpeDF) Codeplan. Ceilândia é a região mais procurada; à direita, trecho das obras na Avenida Hélio Prates | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Das mais de 180 mil pessoas que têm intenção de alterar de endereço em breve, 14,5% pretendem se transferir para a região de Ceilândia. Taguatinga é o destino desejado por 10,9%, enquanto Samambaia figura na terceira posição, aparecendo na resposta de 8,8% dos entrevistados. Flávia Campelo: “Sempre acabamos voltando para Ceilândia pelo carinho e pelas vantagens que temos aqui” | Foto: Renato Araújo/Agência Brasília Flávia Regina Tavares Campelo e Sidnei Freitas de Almeida, ambos de 34 anos, mudaram-se recentemente para Ceilândia. Essa é a segunda vez que o casal mora na cidade. A primeira foi em 2013, quando eles deixaram Cristalina (GO). Dessa vez, trocaram Águas Lindas (GO) pela RA. “A gente costumava ir morar em Goiás por causa do valor do aluguel, mas sempre acabamos voltando para Ceilândia pelo carinho e pelas vantagens que temos aqui”, explica Sidnei. A dona de casa elenca uma série de benefícios que envolvem acesso à educação e saúde, além da mobilidade. “Viemos para cá pela facilidade de locomoção e por causa da nossa filha, que é especial”, conta. “Aqui encontramos uma escola em que ela foi acolhida, e podemos fazer [em Ceilândia] os exames e as consultas dela”. Sidnei destaca também as opções de lazer locais: “Tem bastante espaços culturais, como o Sesc, a Casa do Cantador e os eventos de rap”. Para Flávia, que morou há oito anos em Ceilândia antes de se mudar novamente, é possível ver as melhorias: “A cidade cresceu bastante, até nessa questão de saúde. Também percebo que há mais ônibus. É uma região fácil de [a gente] se virar”. [Numeralha titulo_grande=”R$ 120 milhões ” texto=”já foram investidos em obras para Ceilândia” esquerda_direita_centro=”direita”] A ideia da família é fixar moradia na RA, com uma casa própria. Atualmente, Flávia e Sidnei vivem com os três filhos – Isabel, 8 anos; David Wylhan, 18, e Samuel, 14 – em um apartamento de aluguel. “Nosso sonho agora é ter uma casa aqui”, conta Sidnei. Investimento em melhorias O administrador de Ceilândia, Claudio Ferreira Domingues, citou algumas das ações do governo que ajudam a tornar a cidade mais atrativa para a população, como as obras feitas na Avenida Hélio Prates, a reforma das escolas e a criação de duas unidades de saúde básica (UBSs) e de uma unidade de pronto atendimento (UPA). “O governo tem concentrado uma atenção especial”, avalia. “[Ceilândia] É uma cidade que abraça todo mundo. É bem receptiva”. Já foram investidos quase R$ 120 milhões na cidade, desde o início desta gestão. “Logo [a Hélio Prates] será uma das avenidas mais bonitas do DF”, antevê o gestor. “Vai melhorar a infraestrutura e o transporte. Acredito muito na força do comércio de Ceilândia. Todo esse investimento do governo tem feito bem à cidade. Ainda vamos recuperar as avenidas principais de Ceilândia, e foi iniciado o trabalho do RenovaDF para recuperar quadras do Setor O, Setor P, Ceilândia Norte, Ceilândia Sul e P Sul”. Taguatinga, que já ganhou mais de 60 km de calçadas, aparece na segunda colocação entre as localidades preferidas | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Situação semelhante pode ser observada em Taguatinga, que aparece na segunda posição da Pdad 2021. Foram mais de R$ 300 milhões investidos em melhorias. A região abriga a maior obra viária do país, o Túnel de Taguatinga, e também é beneficiada pela reforma da Avenida Hélio Prates. “Esse investimento do governo trouxe a atenção das pessoas para Taguatinga”, afirma o administrador da cidade, Ezequias Pereira. “É uma cidade tradicional, com obras estruturantes que vão melhorar os meios de transporte”. [Olho texto=”Maior obra viária atual em andamento no país, o Túnel de Taguatinga, quando concluído, levará considerável melhoria de tráfego a toda a região” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Para o administrador, a região também se destaca por ter opções de lazer, como o Taguaparque e a Floresta Nacional de Brasília (Flona), as quadras de esporte que foram reformadas e a construção de mais de 60 km de calçadas. “Na saúde, temos o centro radiológico mais moderno, além da requalificação da área do Hospital Regional de Taguatinga, facilitando para os pacientes”, aponta. “Temos o maior polo de moda, que gera emprego. Sem falar que Taguatinga está se tornando uma cidade mais segura, com os índices de criminalidade em queda”. Opções de moradias Ainda este ano, o técnico de informática Daniel Lopes Araujo, 26 anos, troca Ceilândia por Samambaia. O jovem vai se mudar para o Residencial Cecília Meireles, na QR 614, uma das unidades habitacionais da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab) na região administrativa. De 2019 até hoje, foram entregues 444 moradias na RA. Para 2022, estão previstas mais 148 ocupações. “Estou um pouco ansioso, pois será meu primeiro imóvel”, conta Daniel. “Acredito que vá ser um ótimo local. Há mercados, lojas de construção, academia, escola, hospital, lanchonetes, entre outras coisas, tudo perto.” [Olho texto=”“Samambaia é uma cidade com um projeto arquitetônico que favorece a qualidade de vida e a mobilidade, com avenidas largas, calçadões e uma boa área de lazer” ” assinatura=”Claudeci Ferreira, administrador de Samambaia” esquerda_direita_centro=”direita”] A ideia de mudar para Samambaia veio por ser uma cidade próxima a onde os pais dele moram e pelo acesso a outras RAs, como o Plano Piloto – onde ele trabalha –, Taguatinga e Águas Claras. “O que mais me atrai na região é o planejamento das vias, bem espaçosas, e as quadras bem-divididas”, elogia. “Também tem a questão do comércio, que parece estar crescendo bastante. Você praticamente encontra de tudo. Há muitos locais também para sair à noite. Acredito que seja um local ideal para expansão”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Terceira colocada no ranking, Samambaia recebeu mais de R$ 13 milhões em melhorias, em áreas como educação e saúde, com construção de creches e de mais uma UBS. “Temos um número considerável de creches”, ressalta o administrador local, Claudeci Ferreira. “É uma cidade composta por 13 UBSs, uma rede de atenção primária melhor do que em outras cidades, além de um hospital e uma UPA”. Samambaia se destaca pela boa estrutura viária, educacional e de saúde | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Outras vantagens de Samambaia são apontadas pelo administrador: “Samambaia é uma cidade com um projeto arquitetônico que favorece a qualidade de vida e a questão da mobilidade, com avenidas largas, calçadões e uma boa área de lazer. Também é uma cidade que desponta por estar em pleno crescimento. Tem muito ainda a receber, com condições estruturais para o desenvolvimento”.
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DF tem delegacia e repúblicas especializadas para população LGBTQIA+
O Distrito Federal é o primeiro e único ente federativo no Brasil a incluir e contabilizar oficialmente em uma amostragem social a população LGBTQIA+. A Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios 2021 (Pdad), da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), registra que 3,8% dos residentes da capital federal se declara homossexual. O dado baliza o Executivo na elaboração e condução de políticas públicas em Brasília. O Ambulatório Trans realizou, de 1º de janeiro a 18 de maio de 2022, 1.982 consultas com quase dez especialidades médicas | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília Atento a essa parcela da sociedade e às suas demandas, o Governo do Distrito Federal (GDF) vem desenvolvendo uma série de políticas públicas que auxiliam no combate à discriminação e à violência, além da garantia de acesso desses cidadãos a serviços relacionados a saúde e segurança. Há, inclusive, ações direcionadas exclusivamente ao público trans (Cidadania Trans) coordenadas diretamente pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus). [Olho texto=”Em 2019, o GDF foi signatário na adesão ao Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência LGBTfóbica, estabelecendo o compromisso de cooperação mútua na implementação de um conjunto de ações previstas no combate à LGBTfobia e ao fortalecimento de ações voltadas a essa parcela da população” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] “A Pdad 2021 é a primeira coleta oficial com dados da população LGBTQIA+ no país. Na década passada, o IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] divulgou no Censo 2010 o número de 60 mil casais, mas não incluiu a identidade de gênero”, ressalta o coordenador do Centro LGBTS+ de Brasília, Júlio Cardia. Em 2019, o GDF foi signatário na adesão ao Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência LGBTfóbica, estabelecendo o compromisso de cooperação mútua na implementação de um conjunto de ações previstas no combate à LGBTfobia e ao fortalecimento de ações voltadas a essa parcela da população. O DF conta com equipamentos e serviços públicos de proteção e assistência à população gay. Uma delas é regida pela Polícia Civil. Parte do complexo policial em frente ao Sudoeste, a Delegacia Especializada na Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa, por Orientação Sexual, Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin) atende pessoas que sofreram algum tipo de violência ou abuso em razão de sua orientação sexual. Maria Júlia Souza, mulher trans, chegou a morar em um abrigo só para homens, até conseguir vaga em uma das repúblicas do GDF destinada ao público LGBTQIA+ Ao mesmo tempo, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) tem o Núcleo de Enfrentamento à Discriminação, que atua no reconhecimento e implementação dos direitos assegurados a esses grupos vulneráveis. Maria Júlia Souza Lopes, 22 anos, viveu a infância e adolescência em situação de rua. Sem família, chegou a morar em um abrigo só para homens, onde sofria preconceito por ser uma menina trans no corpo de um rapaz. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Isso durou até que ela conseguiu ser abrigada em uma das três repúblicas (há duas em Ceilândia e uma no Riacho Fundo) geridas pelo GDF para o público LGBTQIA+ vítima de violência ou abandono. “Lá, tudo é mágico e somos bem-tratados. Agora tenho um lar, sem o frio das ruas e com pessoas que considero uma família”, diz a jovem. Ambulatório Trans A população LGBTQIA+ do DF conta ainda com o Creas Diversidade e o Ambulatório Trans – este em atividade no Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin), antigo Hospital Dia, na 508/509 Sul. O ambulatório especializado realizou, de 1º de janeiro a 18 de maio de 2022, 1.982 consultas com quase dez especialidades médicas – que, nos três anos anteriores, somaram 7.137 atendimentos. A assistente social Lucci Laporta iniciou seu processo de transição aos 23 anos e desde 2017 é acompanhada pelo Ambulatório Trans A demanda por atendimento cresce a cada ano, explica a psicóloga Tatiana Nardoni. “Dores emocionais e estresses foram aliviados em muitas vidas”, afirma. “O serviço que se presta, que nem sempre é suficiente, já é muito grande e ajuda bastante gente”, completa a psicóloga voluntária Denise Serafim. Lucci Laporta, 29 anos, é assistente social e assessora parlamentar. Mulher trans, iniciou seu processo de transição aos 23. Desde 2017, é assistida pelo Ambulatório Trans, onde já teve acompanhamento psiquiátrico e endocrinológico e atualmente faz terapia em grupo. “Os profissionais são muito dedicados, e todo o atendimento foi e é importante, principalmente para a minha saúde mental”, conta ela. Arte: Agência Brasília
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GDF inicia ciclo de apresentações da pesquisa por amostra de domicílio
Chegou a vez das cidades conhecerem um pouco mais da sua população. Após a divulgação da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) 2021, da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), no último dia 9, no Palácio do Buriti, com a presença do governador Ibaneis Rocha, chegou a vez de cada uma das 33 regiões administrativas se informar sobre as características dos moradores, como idade, etnia, se possui ou não alguma deficiência, estado civil, aspectos das habitantes (dados separados das mulheres), entre outras. Além de características dos domicílios, entre os quais arranjos familiares, infraestrutura, atributos internos do lar, animais e indicadores sociais. A partir desta quarta-feira (18), a Codeplan iniciará um ciclo de apresentações do raio-x das regiões do Distrito Federal. Serão sete encontros por Unidade de Planejamento Territorial (UPT), sendo uma por semana. As UPTs são subdivididas em Central (Plano Piloto, Candangolândia, Cruzeiro e Sudoeste/Octogonal), Central Adjacente 1 (Lago Norte, Lago Sul, Park Way e Varjão), Central Adjacente 2 (Águas Claras, Guará, Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo, SCIA-Estrutural, SAI, Vicente Pires e Arniqueira), Oeste (Brazlândia, Ceilândia, Samambaia, Taguatinga e Sol Nascente/Pôr do Sol), Sul (Gama, Recanto das Emas, Riacho Fundo II e Santa Maria), Leste (Itapoã, Jardim Botânico, Paranoá e São Sebastião) e Norte (Fercal, Planaltina, Sobradinho e Sobradinho II). A primeira apresentação da Pdad 2021 será às 10h, desta quarta-feira (18), na Administração Regional do Lago Sul, localizada na QI 11. Ela está inserida na UPT Central Adjacente 1, composta ainda pelas cidades do Lago Norte, Lago Sul, Park Way e Varjão. Levantamento Realizada a cada dois anos, a Pdad é a fonte principal de informação para a gestão governamental subsidiar políticas públicas eficazes. O estudo traz um diagnóstico completo de Brasília, tratando de temas para fornecer um retrato socioeconômico de suas 33 regiões administrativas. Na edição de 2021, a pesquisa visitou mais de 30 mil domicílios, sua grande maioria em áreas urbanas, a fim de investigar aspectos demográficos, de migração, condições socioeconômicas, situações de trabalho e renda, entre outros, de modo a oferecer um amplo diagnóstico das atuais circunstâncias da cidade. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Como novidade, o estudo trouxe o questionário de identidade de gênero e orientação sexual para maiores de 18 anos, a existência de animais domésticos nos domicílios e questões relacionadas à insegurança alimentar. *Com informações da Codeplan
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Pesquisa revela que 60% dos brasilienses têm animais domésticos
O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), lançou nesta segunda-feira (9) um amplo diagnóstico da sociedade brasiliense. Por um período de dois anos e ouvindo cerca de 86 mil pessoas, a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) 2021 traça as necessidades, anseios e comportamentos da população de Brasília, seja no Plano Piloto ou nas outras 32 regiões administrativas. [Olho texto=”“Ninguém desenvolve políticas públicas se não tiver dados precisos. Então, a melhor maneira de não errar é sendo balizado por uma coleta perfeita de dados que sinalize quais as demandas e anseios da população”” assinatura=”Governador Ibaneis Rocha” esquerda_direita_centro=”direita”] O relatório conta com uma seção de resultados, dividida em dois conjuntos de informações. O primeiro aborda as características demográficas dos moradores, como migração, saúde, educação, trabalho e renda. Já o segundo trata dos atributos domiciliares, com dados sobre a infraestrutura dos domicílios e em suas proximidades, os serviços domiciliares e o inventário de bens, os locais predominantes de compras, a existência de animais domésticos e situações de insegurança alimentar. “Ninguém desenvolve políticas públicas se não tiver dados precisos. Então, a melhor maneira de não errar é sendo balizado por uma coleta perfeita de dados que sinalize quais as demandas e anseios da população”, afirmou o governador Ibaneis Rocha, presente no lançamento da pesquisa, no Salão Branco do Palácio do Buriti. Lançamento da Pdad contou com a presença do governador Ibaneis Rocha e do presidente da Codeplan, Jean Lima, entre outras autoridades políticas do DF | Fotos: Renato Alves/Agência Brasília Estima-se que, atualmente, o DF tenha 3.010.881 habitantes, com renda média renda domiciliar de R$ 6.329,14. Desses, 57,4% se autodeclaram negros, 18,5% possuem algum tipo de deficiência e 46,5% são casados. Quando se trata de educação, 36,3% dos habitantes possuem ensino superior completo e 69,6% estudam em instituições públicas de ensino. [Olho texto=”A pesquisa trouxe um novo questionário sobre gênero e apontou que 3,8% da população se declara LGBTQIA+. Outra novidade é a inclusão dos pets nesta edição da pesquisa. Das casas entrevistadas, 11,1% têm gatos, 41,9% cachorros, 5 % aves e 2,3% peixes” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Somente nesta gestão, a Codeplan saltou de um investimento de R$ 300 mil, no começo de 2019, para R$ 6,2 milhões, em 2022. O DF é o único ente federativo, por meio da Codeplan, a produzir um levantamento mensal da taxa de emprego e desemprego no país. “A proposta do governo é transformar a companhia em um instituto, assim como já é o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)”, adiantou o presidente da empresa, Jean Lima. Gays e pets Além das questões tradicionais, a pesquisa trouxe um novo questionário sobre gênero e apontou que 3,8% da população se declara LGBTQIA+. Outra novidade é a inclusão dos pets nesta edição da pesquisa. Das casas entrevistadas, 11,1% têm gatos, 41,9% cachorros, 5 % aves e 2,3% peixes. Os carros dominam como o principal meio de locomoção dos brasilienses: 62,7% possuem Carteira Nacional de Habilitação e 38,1% utilizam ônibus para chegar ao trabalho – uma porcentagem menor que a dos que se deslocam de carro, que é 52,5%. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A Pdad apontou que 40,7% trabalham no Plano Piloto e 40,4% trabalham na RA de sua residência. A População Economicamente Ativa (PEA) do DF é de 58,9% e somente 32,5% usufruem de plano de saúde privado. “A pesquisa é imprescindível para a boa gestão das nossas cidades ao trazer um raio-x dos problemas e subsidiar as nossas ações, fortalecendo as políticas públicas voltadas ao cidadão”, afirmou o administrador da Candangolândia, Pablo Valente. Em Brasília, 15% da população vive sozinha, 13,7% são casas com mães solteiras; 23,6% são de casais sem filhos; e 34,5% de casais com filhos. Desses lares, 99,0% possuem acesso à internet; 40,4% contam com TV por assinatura, número inferior aos lares que possuem serviços de streaming (61,6%). Do total da população, 21,6% usufruem de serviços domésticos prestados por diárias ou mensalistas. Participaram do lançamento da Pdad, além do governador e do presidente da Codeplan, o secretário de Governo José Humberto Pires e os deputados distritais Agaciel Maia e Fernando Fernandes, entre outras autoridades políticas do DF.
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Desempenho urbano ambiental agora tem índice de medição
A Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) estima que a capital do país tenha cerca de três milhões de habitantes, sendo que 97% na área urbana. Com isso, aproximadamente 60% da vegetação natural do DF foi reduzida para dar espaço aos centros urbanos, pastos e áreas agrícolas. [Olho texto=”“As políticas baseadas em evidências para planejamento territorial e para a gestão de política ambiental no DF são importantes, e o índice serve para contribuir na formação desse tipo de política”” assinatura=”Jean Lima, presidente da Codeplan” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Com intuito de avaliar e monitorar o comportamento ambiental das áreas urbanas de cada região administrativa, e subsidiar a elaboração de instrumentos de planejamento e a gestão de políticas públicas ambientais, a Codeplan lançou, nesta sexta-feira (11), o Índice Urbano de Desempenho Ambiental do Distrito Federal (Iuda-DF). Renata Florentino, diretora de estudos urbanos e ambientais da Codeplan, ressalta a relevância do índice: “O Iuda é importante para focarmos localmente em algumas políticas públicas pra dar conta de melhorar as condições de vida da população”. Jean Lima, presidente da Codeplan, completa: “As políticas baseadas em evidências para planejamento territorial e para a gestão de política ambiental no DF são importantes, e o índice serve para contribuir na formação desse tipo de política”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para a realização do estudo, foram utilizados dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) 2018, e em sua construção, foram selecionados indicadores que caracterizam quatro dimensões: área verde, saneamento básico, sustentabilidade e resiliência. A partir desses indicadores, o Iuda apresentou uma síntese da sustentabilidade ambiental das regiões administrativas do DF. O estudo completo pode ser acessado no portal da Codeplan. *Com informações da Codeplan
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Universidade do Distrito Federal, uma realidade a caminho
Foto: Lucio Bernardo Jr./Agência Brasília Atenção, estudantes! O Distrito Federal pode ter sua própria universidade. Estão nos planos do governo local criar a Universidade do DF (UnDF), ampliando a oferta e a qualidade do ensino superior público na capital. Em março deste ano, o governador Ibaneis Rocha encaminhou à Câmara Legislativa o Projeto de Lei Complementar nº 34/2020, que autoriza a criação da instituição. O tema está em debate entre os deputados distritais, mas assim que aprovado, consolidará o sonho de muitos jovens de ter mais uma alternativa de formação. Entre os cursos de graduação que poderão ser oferecidos, há novidades voltadas à capacitação tecnológica exigida pelo setor produtivo, além de um reforço de atuação em temas voltados à segurança pública, cidadania e preservação do meio ambiente. Em todo o DF, existem 66 instituições de educação superior, das quais 62 são privadas e concentram 82% das matrículas de graduação. O cenário apresenta ainda uma grande lacuna de acesso à educação superior para população mais carente. Segundo dados da última Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad), elaborada pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), enquanto 76% da população de alta renda familiar detém ensino superior completo, menos de 10% da população de baixa renda possui o mesmo nível de educação formal. Nesse sentido, o projeto do Executivo local seguirá o entendimento da política de ampliar as oportunidades para os alunos da rede pública. O ingresso na universidade distrital será nos moldes da Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs) e a Escola Superior de Gestão (ESG), já que ambas serão integradas ao campus. Ou seja, 40% das vagas da nova universidade serão destinadas a alunos que concluíram a educação básica integralmente na rede pública. A cota racial, prevista na Lei Distrital nº 3788/2006, também será atendida. Áreas de graduação Outro dado do Pdad mostra os rumos que o governo local seguiu para propor as áreas de graduação da UnDF. Dados mostram que 75% da população do DF exerce seu trabalho no setor de serviços, sendo este um dos setores mais suscetíveis a passar por processos de automação e robotização nos próximos anos. “Urge a demanda de modernizar os cursos superiores e qualificar a mão de obra para que ela se adapte e caminhe lado a lado em meio à evolução tecnológica”, afirma o governador Ibaneis Rocha. Entusiasta da primeira universidade distrital, o chefe do Executivo acredita que o novo campus vai além de ajudar a ampliar a oferta de ensino superior. “É um cuidado com nossos jovens, com a qualificação de mão de obra e com o desenvolvimento do Distrito Federal”, sentencia. Conforme o projeto de lei, a nova universidade foi desenhada para atuar nos seguintes campos: Ciências Humanas, Cidadania e Meio Ambiente; Gestão Governamental de Políticas Públicas e de Serviços; Educação e Magistério; Letras, Artes e Línguas Estrangeiras Modernas; Ciência da Natureza e Matemática; Educação Física e Esportes; Segurança Pública e Defesa Social; Engenharia e Áreas Tecnológicas de Setores Produtivos; Arquitetura e Urbanismo; Ciência da Saúde. Gestão Apesar de o número de novas vagas ainda não estar definido. O modelo de gestão proposto para a UnDF é de independência. A unidade de ensino superior será autônoma para firmar acordos e convênios com o sistema federal, aderindo inclusive às políticas federais de incentivo. Haverá também liberdade para que a universidade busque apoio internacional, de acordo com a conveniência e oportunidade. “Essa universidade converge com toda política de inovação que o GDF tem apresentado dentro do seu plano de governo. Hoje, temos plenas condições para iniciar a próxima década implantando uma universidade”, aponta Simone Pereira Costa Benck, diretora-executiva da Fundação Universidade Aberta do Distrito Federal, instituição mantenedora do ensino superior no DF. Atualmente, o Projeto de Lei Complementar nº 34/2020, que trata da criação da UnDF, tramita na Comissão de Educação, Saúde e Cultura (Cesc) da Câmara Legislativa e tem avançado na discussão entre os parlamentares. Passo a passo O checklist necessário para a criação da UnDF tem sido finalmente cumprido ponto a ponto e caminha para resolver um assunto antigo, que vinha se arrastando desde 1992 quando houve a primeira referência, em lei, à criação da universidade distrital. Caso seja aprovada ainda em 2020, a estimativa orçamentária para a viabilização da UnDF é de R$ 1.519.083,49. Em 2021, o valor é de R$ 4.557.250,53. Ainda nos recursos financeiros, a UnDF se torna viável em muitos caminhos: com a Lei Orçamentária Anual (LOA); com doações e financiamentos de órgãos e instituições pública e privada; com acordos de cooperação e emendas parlamentares; e também com aplicações de bens patrimoniais e operações de crédito. Ela tem também o caminho para constituir seu próprio patrimônio, com terrenos e instalações, que poderão ser doados ou destinados à instituição de ensino. * Com informações da Funab
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Jovens são 25% da população total do DF há dez anos
A Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) disponibiliza nesta quarta-feira (12), Dia Internacional da Juventude, dois estudos com foco nos jovens do Distrito Federal: um traça o perfil demográfico e o outro aborda a questão do jovem no mercado de trabalho. Ambos são baseados na Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) 2018 e podem ser acessados no site da companhia. Um dos recortes do trabalho revela, por exemplo, que 717.377 jovens residem no Distrito Federal – 25% da população total, proporção que se mantém estável nos últimos dez anos. O estudo Retratos Sociais do DF 2018 – Perfil da população jovem do Distrito Federal também mostra que este jovem pode ser descrito como negro (61,8%), solteiro (85,4%), residente em domicílio composto por casal com filhos (55,2%), com 59,6% dos jovens ocupando a posição de filhos. Destaca-se ainda que 24% das jovens são mães e que as jovens trabalham com atividades domésticas, em média, 8,4 horas por semana a mais que os jovens do sexo masculino. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Segundo o estudo, esse é apenas o “perfil médio” dos jovens no Distrito Federal, pois há grande diversidade nos perfis de acordo com a renda média das regiões administrativas em que residem. O trabalho integra o conjunto de análises temáticas realizadas a partir dos dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) de 2018 e utiliza o conceito de juventude, de acordo com o do Estatuto da Juventude brasileiro, que define juventude como o período compreendido entre 15 e 29 anos. Outros trabalhos da série Retratos Sociais também estão disponíveis no site da companhia e abordam temas como crianças, idosos, mulher e deficientes. “Entender os aspectos sociodemográficos da juventude do Distrito Federal é importante para conhecer seus desafios e potencialidades. A estrutura etária da população jovem e sua proporção em relação ao restante da população afetam o crescimento da força de trabalho do território e a pressão pela criação de postos de trabalho. Por outro lado, a população jovem pode ser um grande ativo, injetando inovação, produtividade e empreendedorismo na economia”, destaca os autores. Mercado de trabalho O estudo Jovens no Mercado de Trabalho: um olhar a partir da Pdad 2018 teve por objetivo analisar a situação laboral dos jovens (15-29 anos) do Distrito Federal, comparando o perfil dos desocupados com o dos ocupados, além de estudar a inserção destes últimos ao mercado de trabalho. Os resultados revelaram, por exemplo, que a taxa de desocupação dos jovens era 12,1 pontos percentuais superior àquela observada para a população geral (26,2% contra 14,1%), com o contingente de desempregados concentrado nas regiões de Samambaia, Recanto das Emas e Ceilândia. Os dados mostraram, ainda, que cerca de 60% dos desocupados não estudavam. Entretanto, esses jovens desocupados dedicaram mais tempo aos afazeres domésticos que os ocupados, sinalizando uma importante contribuição não pecuniária para a manutenção do domicílio. Segundo os autores do estudo, com base nos resultados encontrados, “políticas públicas que fomentem a criação de empregos em regiões mais populosas e compatíveis com a qualificação destes jovens (menos experientes e com escolarização de nível médio) e o oferecimento de qualificação técnica alinhada com a demanda do setor produtivo podem ser promissoras para aliviar o desemprego desse público”. Reforçam, ainda, a importância da oferta de vagas em creches e escolas em tempo integral como forma de auxiliar a disponibilidade desses jovens para o mercado de trabalho. O dia 12 de agosto foi definido pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1999, como Dia Internacional da Juventude em resposta à recomendação da Conferência Mundial de Ministros Responsáveis pela Juventude. O evento internacional foi realizado em Lisboa (Portugal) no ano anterior. * Com informações da Codeplan
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População brasiliense tem 4,8% de pessoas com alguma deficiência
Um estudo da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) mostra que o DF tem 139.708 habitantes que possuem algum tipo de deficiência, o que equivale a 4,8% da população. Intitulado Pessoas com deficiência: perfil demográfico, emprego e deslocamento casa-trabalho, o trabalho faz parte da série Retratos Sociais DF 2018, que traça um perfil sobre determinados grupos da população local a partir de dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) daquele ano. A deficiência visual é a mais comum, atingindo 2,7% dessa população. Em seguida vêm as deficiências motoras (1,5%), auditiva (0,9%) e intelectual/mental (0,8%). Mulheres (5,3%) e idosos (14,8%) são os grupos que possuem as maiores proporções de pessoas com deficiência. Apenas 31% dessa população possuem plano de saúde privado. O estudo revela que as maiores proporções de pessoas com deficiência (PCDs) estão nas regiões administrativas (RAs) de média-baixa renda (5,3%) e de baixa renda (5,5%). Nas regiões de média-alta e alta renda, os índices são de 4,7% e 3,2%, respectivamente. As RAs que concentram as maiores proporções de PCDs entre suas populações são Varjão (9,1%), Gama (7,9%) e Recanto das Emas (7,1%). As RAs que possuem menos são Park Way (2,2%), Sudoeste/Octogonal (2,3%), Águas Claras e Lago Sul (2,5%). De acordo com o estudo, 5,3% das mulheres do Distrito Federal possuem algum tipo de deficiência, face a 4,4% dos homens. O fato de as mulheres serem maioria na população brasiliense total contribui para esse resultado. Não há discrepâncias relevantes quando consideradas raça/cor das pessoas com deficiência. O percentual de negros com deficiência é de 4,9%, sendo de 4,8% o de não negros. Em relação à faixa etária, o estudo mostra que o número de PCDs aumenta com a idade – quantitativo já esperado, pois algumas deficiências possuem forte relação com o envelhecimento e outras são adquiridas por circunstâncias acidentais ao longo da vida. O percentual de idosos com 59 anos ou mais que apresentam alguma deficiência (14,8%) é quase três vezes maior que o de adultos entre 30 e 59 anos (4,9%). Escolaridade O ensino médio foi concluído por 27,5% das PCDs e por 36,5% das pessoas sem deficiência. Somente 18,7% das PCDs se formaram no ensino superior, contra 33,8% das que não possuíam deficiência. Em relação à frequência escolar, a realidade de ambas não é muito distinta: mais da metade das PCDs de até 24 anos frequentavam a escola (67,4%), enquanto 65,1% das sem deficiência também. Trabalho e renda O percentual de pessoas com deficiência maiores de 14 anos que possuíam emprego era de 33,2%, ou seja, aproximadamente uma em cada três PCDs estava empregada, face a 55,3% das pessoas sem deficiência. Proporcionalmente, aqueles que tinham deficiência visual estavam mais inseridos no mercado de trabalho do que aqueles que tinham outras deficiências. Aproximadamente, quatro em cada dez deficientes visuais possuíam emprego (41,2%). O estudo aponta ainda que, entre as pessoas com deficiência ocupadas, 45,8% possuíam carteira assinada, 41,8% não tinham a carteira assinada e 12,4% eram funcionários públicos estatutários. A grande maioria das PCDs eram empregados (63,6%), seguidas pelas que trabalhavam por conta própria ou como autônomas (25,3%) e como empregados domésticos (6,1%). Entre as sem deficiência, tais índices eram de 67%, 21,5% e 3,4%. O setor de serviços concentrava a maior parcela da população. A remuneração média do trabalho principal das PCDs era de R$ 3.036,62, enquanto a das pessoas sem deficiência era de R$ 3.424,40. Ao observar a renda média das PCDs por tipo de deficiência, conclui-se que o maior rendimento médio pertence aos que possuem deficiência visual (R$ 2.727,08), enquanto o menor é registrado entre os que têm deficiência auditiva (R$ 2.626,24). Entre as PCDs, 28,1% eram aposentados, 10,3% pensionistas e 6,4% beneficiários de programas sociais, como Benefício de Prestação Continuada (BPC) e Bolsa Família, entre outros. Entre as pessoas sem deficiência, esses resultados eram bem menores, principalmente no campo dos aposentados (10,9%), seguido por pensionistas (3%) e beneficiários de programas sociais (2,9%). * Com informações da Codeplan
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População idosa cresce no DF
A população idosa do Distrito Federal tem crescido, acompanhando a tendência demográfica mundial e nacional. Em 2018, 303.017 idosos viviam no DF, cerca de 10,5% de seu contingente populacional mas, segundo projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população idosa do DF pode chegar a 565 mil, em 2030. Esses dados fazem parte do estudo Retratos sociais 2018 – A população idosa no Distrito Federal, realizado pela Codeplan, com base nos dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) de 2018 e considera, segundo a legislação, como população idosa aquela com 60 anos ou mais. Entre os idosos, 59,7% têm entre 60 e 69 anos e 57,9% são mulheres. As Regiões Administrativas (RA) que concentram o maior número de idosos são Ceilândia, Plano Piloto e Taguatinga. Segundo o estudo, apenas 2,5% das pessoas idosas nasceram no Distrito Federal. A maior parte (43,3%) veio do Nordeste e vive principalmente nas RAs de rendas média-baixa e baixa. Por outro lado, 47,1% dos idosos que vivem nas RAs de alta renda são naturais do Sudeste. Os idosos são, em sua maioria, casados ou em união estável (55%) e 19,6% viúvos. Entre os viúvos, mais de 80% são mulheres. Quanto à ocupação, 61% das pessoas idosas são chefes de família, dos quais 68,8% são homens. Nas RAs de baixa renda, as mulheres somam 61% e homens 58% enquanto chefes de domicílio. Entre os idosos, 7,5% são analfabetos; 33,3% têm o ensino fundamental incompleto e 8,8% o fundamental completo. Com ensino médio completo, 24%, e, com superior completo, 26,4%. Segundo os autores, o crescimento da população idosa no Distrito Federal, permanecendo essa tendência, reforçam a necessidade de se pensar, cada vez mais, políticas voltadas para essa população, em especial políticas de previdência, saúde, proteção social e de integridade como, também, de reinserção no mercado de trabalho. Veja, a seguir, o Sumário Executivo sobre os idosos e o trabalho na íntegra *Com informações da Codeplan
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Investimento em ferramentas para acessar estudos
Jean Lima: o objetivo da PDAD é subsidiar e orientar o planejamento governamental. Foto: Renato Araújo/Agência Brasília Com um ou dois cliques, o brasiliense pode acessar estatísticas sobre o DF no telefone celular, graças ao #InfoDF (infodf.codeplan.df.gov.br), portal lançado pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) em setembro de 2019. A ferramenta faz parte de iniciativas implementadas pela empresa para facilitar o acesso aos estudos e pesquisas pela população. [Olho texto=”Uma das missões ao assumir a presidência da Codeplan era levar a um maior número de pessoas os estudos e pesquisas que a empresa produz” assinatura=”Jean Lima, presidente da Codeplan” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Uma das missões ao assumir a presidência da Codeplan era levar a um maior número de pessoas os estudos e pesquisas que a empresa produz. O #InfoDF reflete esse trabalho, um portal acessível pelo celular, que apresenta de maneira simples e objetiva todos os dados estatísticos da nossa região”, explica o presidente da Codeplan, Jean Lima. Organizado por painéis temáticos, no #InfoDF o usuário pode acessar dados sobre população, educação, cultura, saúde, trabalho e segurança, além de aspectos econômicos e urbanos, divididos por regiões administrativas. Há dados sobre a região metropolitana, mercado de trabalho e informações geográficas. A ferramenta possibilita ainda o download das informações. No ano que vem, o portal vai ganhar novas seções, como a do Mapa do Emprego e outra que será dedicada à população feminina. Inovação ao levar informações a gestores e parlamentares Principal fonte de dados demográficos e socioeconômicos do DF, a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) teve nova edição em 2019. Além da pesquisa completa divulgada em março, a empresa foi às regiões administrativas para divulgar os dados locais. “Ir às RAs e mostrar as pesquisas sobre os territórios foi importante para a aproximação entre a Codeplan e os gestores locais. Muitos não conheciam os estudos que desenvolvemos, e pesquisas são a base para a elaboração de políticas públicas eficientes”, afirma Lima. Ele acrescenta que durante o ano a empresa promoveu oficinas sobre o #InfoDF e extração de microdados da PDAD, para servidores e administrações regionais. Logo nos primeiros meses, foi apresentado também aos 24 representantes da Câmara Legislativa do Distrito Federal um portfólio de pesquisas. O material mostrava como a empresa pode auxiliar a Casa com estudos que darão subsídios técnicos aos projetos legislativos, bem como esclarecendo como destinar emendas a esses trabalhos. [Olho texto=”Foi apresentado aos 24 deputados distritais um portfólio de pesquisas. O material mostra como a Codeplan pode auxiliar a Casa com estudos” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A ação rendeu frutos e, pela primeira vez, a Companhia receberá emendas parlamentares para a elaboração de pesquisas. Uma delas vai financiar um levantamento sobre a trajetória dos adolescentes do socioeducativo, permitindo a elaboração de políticas de prevenção. Outra vai custear uma pesquisa sobre a possibilidade de implementação do IPTU Verde. E outra financiará estudo para analisar possibilidades de empregabilidade de pessoas com deficiência. Todas as pesquisas têm previsão de execução e divulgação dos dados para 2020. Vem aí uma nova Codeplan O presidente Jean Lima enviou à CLDF proposta de lei para transformar a empresa pública em autarquia, criando o Instituto de Pesquisas e Estatísticas do Distrito Federal (IPEDF). Com a mudança, o órgão deve se tornar mais sustentável, obtendo recursos de fontes públicas e privadas para o desenvolvimento de pesquisas e produtos. “O desafio é deixar de ser tão dependente de recursos públicos. Para superá-lo, temos de promover essa mudança na natureza jurídica da Codeplan. Será uma nova fase, o IPEDF trará sustentabilidade financeira e entregaremos com mais agilidade os dados e levantamentos que o GDF nos demanda”, afirma o presidente. *Com informações da Codeplan
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Sobradinho II completa 30 anos de história
Sobradinho II tem ritmo próprio com seus menos de 100 mil habitantes | Foto: Renato Araújo / Agência Brasília Com cerca de 85.574 habitantes, segundo dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) relativa a 2018, Sobradinho II comemora 30 anos nesta sexta-feira (11). A região, a cerca de 30 quilômetros do Plano Piloto, é consequência do aumento populacional de Sobradinho I. Hoje a localidade tem independência administrativa e conta com oito escolas públicas, uma delas o Centro de Atenção Integral à Criança Julia Kubitschek de Oliveira – o chamado Caic. Também dispõe de seis Unidades Básicas de Saúde (UBS), além de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e um hospital regional. A renda per capita é de R$ 1.969,56. No quesito segurança pública a região de Sobradinho II recebe policiamento do 13º Batalhão. O patrulhamento na cidade é diário, com policiamento 24h em diversas modalidades: motorizado (carros, motocicletas), a cavalo, a pé, entre outras. Além disso, pontos de bloqueio (blitz) e abordagens em transporte coletivo são operações realizadas regularmente com o apoio de unidades especializadas. Centro de Atenção Integral à Criança Julia Kubitschek de Oliveira é uma das oito escolas públicas da região administrativa | Foto: Renato Araújo / Agência Brasília A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) conta com duas delegacias para atender à população da região de Sobradinho. A 13ª DP atende à área de Sobradinho I, enquanto a 35ª DP cobre Sobradinho II. Além disso, a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) e a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA), ambas localizadas no Plano Piloto, atendem a ocorrências de todo o DF envolvendo crimes contra a mulher e atos infracionais praticados por adolescentes. Em relação ao abastecimento de energia elétrica, os dados da Pdad são os seguintes: 99,7% possuem conexão à rede geral da Companhia Energética de Brasília (CEB); 6,8% utilizam geradores solares; e 2,8% possuem alguma outra forma de geração de energia renovável. No que diz respeito à infraestrutura urbana, 91,4% das ruas de acesso a domicílio são asfaltadas. Primórdios Sobradinho II surgiu no início da década de 1990, com a denominação de Núcleo Habitacional Sobradinho II, integrante da Região Administrativa de Sobradinho. O objetivo era de transferir famílias que residiam em condições irregulares e precárias. Em 27 de janeiro de 2004, a Lei nº 3.314 permitiu o desmembramento da Região Administrativa V – Sobradinho, criando a Região Administrativa XXVI Sobradinho II. Primeira missa comemorativa do aniversário da cidade foi celebrada em 11 de outubro de 1991 | Foto: Renato Araújo / Agência Brasília Segundo a administração local, Sobradinho não possuía um projeto de expansão urbana, o que gerou um grande problema com o crescimento das famílias locais e a chegada de novos moradores. Então, vários lotes começaram a abrigar mais de uma família. Em 1990, foi criado o Programa de Assentamento de População de Baixa Renda. Foi quando a região administrativa experimentou uma explosão populacional. A primeira missa comemorativa do aniversário da cidade foi celebrada em 11 de outubro de 1991, pelo padre Jonas Vettoracci. Desde então essa é a data escolhida para comemorar o aniversário da região. Pioneiro Um dos pioneiros de Sobradinho II, o aposentado Cremildo Martins Paião, 69 anos, conta com orgulho a história de luta e de muitos desafios vencidos nos primórdios da região administrativa. Ele recebeu a equipe da Agência Brasília em sua casa na tarde desta quinta-feira (10/9). Desceu as escadas, sorridentemente, vestido com uma camisa azul da administração regional. Primeiro prefeito comunitário, primeiro sub-administrador e primeiro administrador da região, lutou pela infraestrutura local e acompanhou de perto a chegada dela. Boa parte em sua gestão – a delegacia de polícia, o Caic e o posto de saúde são alguns exemplos. Ele estava lá quando foi feito o primeiro asfalto, assim como testemunhou a construção da primeira escola e da primeira unidade de saúde. Também viu chegar a energia elétrica no local. “Meu orgulho maior é fazer parte da história desse lugar, que foi criado por mães solteiras e mães crecheiras”, diz o pioneiro Cremildo Martins Paião, 69 anos | Foto: Renato Araújo / Agência Brasília “Tudo era difícil aqui. Era só poeira e terra. A água era fornecida por um chafariz e energia não tinha ainda. Em seguida tivemos que fazer um poço de cerca de 2 mil metros de profundidade, porque o chafariz já não dava conta do abastecimento”, lembra o morador. “Mas todos eram felizes, porque tinham seus lotes e seus endereços.” Orgulhoso, ele continua. “Sobradinho I não tinha mais espaço para crescer. Começaram a levar as pessoas para morar em outros locais, como Recanto das Emas, Samambaia, e Santa Maria. Elas podiam escolher o lugar para morar, mas ninguém queria sair daqui.” “Meu orgulho maior é fazer parte da história desse lugar, que foi criado por mães solteiras e mães crecheiras”, acrescenta, emocionado, o pioneiro. “Tenho um nome na cidade. Tenho orgulho quando vou ao mercado e feiras e as pessoas me agradecem. Esse reconhecimento é a coisa melhor do mundo.” Natural de São Paulo, Cremildo chegou a Brasília com quatro anos de idade. Os pais também foram pioneiros na capital federal. “Em 1965 me mudei para Sobradinho e daqui não saio mais. Aqui é minha cidade. Criamos a Feira Permanente, a vi crescer e vi o comércio se desenvolver. E como é gostoso lembrar disso”, completou o morador, que criou seus sete filhos em Sobradinho e tem 21 netos, cerca de 12 deles morando na região que ajudou a construir. Comemorações Para comemorar o aniversário de Sobradinho II, a administração regional preparou programação com atividades artísticas, culturais e educativas. As festividades tiveram início na segunda-feira (7/10) e prosseguem até 19 de outubro. No dia 11, data oficial de aniversário da cidade, estudantes de escolas da região participarão de desfile cívico com início previsto para 8h, em frente à biblioteca pública (próximo à administração regional). Depois disso haverá o tão esperado canto de parabéns e o corte de bolo. Os festejos não param por aí. Em 12 de outubro, em comemoração ao Dia das Crianças, a Rua de Lazer oferecerá atividades para crianças e adultos das 8 às 12h, no estacionamento da administração regional. No domingo (13/10), um encontro de carros das 10h às 17h será realizada no estacionamento da administração. Na semana seguinte, para finalizar as comemorações, haverá acrobacia de motos na sexta-feira (18/10), a partir das 18h, em frente à Feira Permanente de Sobradinho II.
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Guará completa meio século e avança em qualidade de vida no DF
O aposentado Caetano Carvalho, 73 anos, chegou a Brasília aos 19 anos. Foi o primeiro morador do conjunto J da QE 28. Foto: Renato Araújo/Agência Brasília Mais mulheres do que homens, predominância de solteiros, casais com até dois filhos e a maioria dos moradores nascida no Distrito Federal. O Guará, uma das regiões administrativas mais antigas e desenvolvidas do DF, completa 50 anos neste domingo (5) e se destaca em pesquisa da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) acima da média da população distrital. Localizado ao centro-oeste do DF, o Guará leva o nome em homenagem ao córrego da região. Este, por sua vez, fazia referência ao lobo do Cerrado. Com 134.255 moradores em 2018, sendo 53,8% do sexo feminino, registra média de idade de 35,6 anos e renda média domiciliar de R$ 9.201. Da população ouvida para a amostragem, 45,4% se declaram solteiros, 36,8% casados, 6,9% divorciados, 4,1% viúvos e 3,3% em união estável registrada em cartório. Os dados da Pesquisa Distrital por Amostragem de Domicílios (PDAD), divulgado no final de abril, revelam que o Guará apresenta índices superiores aos da média de dados coletados em toda a população do DF. Enquanto no Distrito Federal 34,3% da população tem ensino superior, no Guará metade dos moradores já passou pela faculdade (50,3%). Plano de saúde, por exemplo, que em toda a população atende 35,9%, no Guará chega a 58,8%. O percentual de alunos que frequentam escolas públicas na região é de 45,1%, contra 67,6% em todo o território. Trabalho A região administrativa é dormitório para quase metade dos moradores empregados. Deles, 48,3% trabalham no Plano Piloto e só 27,2% na própria região administrativa. Em julho de 2018, quando foi coletada a amostragem da pesquisa, a renda bruta média do trabalho principal do morador empregado era de R$ 4.765. Em todo o DF, a média registrada foi de R$ 3.465. No Guará, 19,8% dos moradores usam o transporte público para ir ao trabalho, enquanto 64,1%, o carro. A predominância de mulheres no Guará é ainda maior entre a população idosa. Dos moradores com 60 anos ou mais, 61,8% dos que residem na região é do sexo feminino. A escolaridade em nível superior quase se iguala entre homens e mulheres: 51,5% dos primeiros frente a 49,3% das segundas. Ainda assim, a discrepante realidade do mercado de trabalho se repete no Guará: homens com curso superior ganham mais do que as mulheres na mesma condição: R$ 5.376 contra R$ 4.142, em média de salário bruto. De acordo com os moradores ouvidos pela PDAD, 97% das ruas do Guará são pavimentadas, 74,7% arborizadas, 93,1% com calçada e 49,3% com ciclovias. Paixão A localização do Guará é uma das paixões do servidor público aposentado Caetano Carvalho, de 73 anos. De Caxias do Maranhão, a 362 quilômetros da capital São Luís, ele chegou a Brasília ainda jovem, aos 19 anos. Como muitos, veio sem parentes tentar uma a vida na pequena capital do país, que ainda engatinhava aos 5 anos de inauguração. Passou pela W2 Sul, por Sobradinho e pela 409 Sul até se casar e, no ano seguinte, em 1973, se mudar com a mulher para o Guará. Foi o primeiro a chegar ao conjunto J da QE 28, rua até então inabitada. “Aqui não tinha nada nem ninguém. Eu deixava o carro estacionado na delegacia próxima porque não tinha como chegar em casa com ele”, lembra, 45 anos depois. Casado, com três filhas adultas e morando no mesmo lugar, seu Caetano não poupa sorrisos ao justificar o porquê de já ter colocado a casa no chão para construir uma nova, mas nunca ter arredado o pé do mesmo terreno. “Das regiões administrativas, o Guará é a mais central. Perto do zoológico, do Park Shopping, do aeroporto…“ E se tivesse que mudar alguma coisa pra fazer de lá o melhor lugar pra se viver? “É muito difícil responder a essa pergunta porque eu já gosto de tudo”, diz Caetano ao abrir um sorrisão, sem titubear. PDAD A Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios é realizada a cada dois anos, em conformidade com o Decreto nº 39.403, de 26 de outubro de 2018. Oferece relevantes dados e informações atualizadas sobre o Distrito Federal e suas regiões administrativas e, em alguns casos, recortes territoriais ainda mais específicos. Trata-se de uma pesquisa realizada por amostra de domicílios urbanos.
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Brasília de múltiplas faces
Liana Vasconcelos Braga, 40 anos, e a filha Beatriz, moradoras da 306 Sul: “Aqui tudo me inspira” Foto: Vinícius de Melo / Agência Brasília Ao completar 59 anos, Brasília se consolida como uma cidade de múltiplas faces, onde os moradores de cada uma das 31 Regiões Administrativas vivem realidades distintas e comuns ao mesmo tempo. A ligeira predominância da população feminina sobre a masculina, a grande quantidade de solteiros e a maioria de nascidos na própria capital compõem o perfil da maioria dos moradores do Distrito Federal segundo a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) 2018, divulgada pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal no mês passado. A PDAD dividiu o DF em quatro grupos de Regiões Administrativas (RAs), definidos a partir do rendimento médio de cada localidade. O grupo 1, de alta renda, é composto por Plano Piloto, Jardim Botânico, Lago Norte, Lago Sul, Park Way e Sudoeste/Octogonal. No grupo 2, de média-alta renda, estão Águas Claras, Candangolândia, Cruzeiro, Gama, Guará, Núcleo Bandeirante, Sobradinho, Sobradinho II, Taguatinga e Vicente Pires. O grupo 3, considerado média-baixa renda, é formado por Brazlândia, Ceilândia, Planaltina, Riacho Fundo, Riacho Fundo II, SIA, Samambaia, Santa Maria e São Sebastião. No grupo 4, de baixa renda, estão Fercal, Itapoã, Paranoá, Recanto das Emas, SCIA – Estrutural e Varjão. A pesquisa aponta que a população do DF era de 2.904.030 pessoas em 2018 e é composta majoritariamente por mulheres (52,2%). A predominância do sexo feminino se repete praticante em todas as cidades, independente da renda. É praticamente igual nas cidades de alta e de média-alta renda (52,8% e 52,9%, respectivamente) e nas de média-baixa e baixa renda (51,7% e 51,1%, respectivamente). [Olho texto=”A gente pode fazer tudo a pé. Me sinto muito segura em Brasília, principalmente na Asa Sul. Nunca tive problema com assalto, sequestro, roubo, nada” assinatura=”Liana Vasconcelos Braga, moradora da 306 Sul” esquerda_direita_centro=”direita”] A corretora de imóveis Liana Vasconcelos Braga, 40 anos, nasceu em Brasília e não se vê morando em outra cidade, apesar de adorar ir à praia. O pai dela veio para o DF do interior de Goiás e a mãe do interior do Piauí. Ambos buscavam uma vida melhor, estudaram e acabaram de se aposentar como servidores públicos federais. A exemplo dos pais, ela vê Brasília como uma terra de oportunidades. “Eu amo essa cidade, ela é maravilhosa e daqui eu não saio. Brasília me deu muitas oportunidades. Eu conheci o pai da minha filha, e tive a oportunidade de ser mãe, de trabalhar. Então é tudo lindo, só tenho elogios”, diz. Desde criança ela mora na 306 Sul e vive de perto o modelo de cidade planejado por Lúcio Costa. “Aqui eu tenho tudo, o comércio é maravilhoso, as pessoas, os vizinhos são muito solícitos. O ambiente é familiar, ainda parece ser cidade pequena”, diz. Liana também elogia o fato de ter tudo perto de casa. “Aqui tem muito barzinho nas entrequadras, pertinho da minha casa. Tem muita opção, pizzaria, lanchonete, supermercado, academia. A gente pode fazer tudo a pé. Me sinto muito segura em Brasília, principalmente na Asa Sul. Nunca tive problema com assalto, sequestro, roubo, nada”, conta. Brasilienses Depois de quase seis décadas de inaugurada, os brasilienses são a maioria na população do Distrito Federal, como Liana. Um total de 55,3% da população do DF nasceu nas próprias 31 regiões administrativas. A proporção de brasilienses é ainda maior nas cidades de média (alta e baixa) e baixa renda. No grupo 2, o percentual de nascidos no DF é de 55,7% e de 55,9% no grupo 4. O índice chega a 58,6% nas cidades do grupo 3 e cai para 43,5% entre os que moram nas cidades de alta renda. Sueli Silva, 39 anos, veio de Porto Seguro há 22 anos para passar apenas uma temporada e nunca mais foi embora Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília Mas ainda existe uma grande quantidade de moradores (44,7%) que veio de outro Estado. A maioria deles nasceu em Minas Gerais (16,1%), Goiás (12,2%) e Bahia (11,1%). Como Sueli Silva, 39 anos, que veio de Porto Seguro (BA) há 22 anos com a intenção de passar apenas uma temporada com a irmã. Mas acabou gostando de Brasília e nunca mais quis voltar para a terra natal. Moradora de Planaltina, se casou, tem uma filha de 20 anos e hoje é empresária e cozinheira do seu próprio buffet. “Eu pensei que ia ficar no máximo uns dois meses em Brasília e estou até hoje. Aqui é foi muito melhor para conseguir trabalho, o salário também é muito bom. Além disso, é um lugar bom para morar, o clima é ótimo. Eu não deixo Brasília de jeito nenhum, aqui é a melhor cidade que existe. Nunca fiquei um dia sem trabalho, nem férias eu tive nesses 22 anos. Construí minha casa, tenho meu carro, já tenho outro imóvel, tudo fruto do meu trabalho e das oportunidades que a capital me ofereceu”. Arranjos familiares Outra característica habitual no DF é o número de solteiros. Na média do DF, o percentual é de 48,2% de solteiros contra 37,7% de casados e o percentual passa de 50% nas regiões de baixa (56,5%) e de média-baixa renda (52,3%), onde a população é mais jovem. A idade média de quem vive na capital é 33 anos, mas sobe para 39 no grupo 1 e baixa para 29 anos no grupo 4. No grupo de alta renda, onde a quantidade de pessoas acima dos 40 anos é maior, o número de casados tem uma leve predominância (são 46,5% de casados e 37,9% de solteiros) e a divisão é quase igual no grupo de média-alta renda (44,9% solteiros e 40,3% casados). Alvino Pereira, 69 anos, morador da Estrutural: “Minha escolha de vir para Brasília foi a melhor e hoje o meu lar é aqui” Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília Para entender como as pessoas estão organizadas dentro dos domicílios, foram criados os seguintes arranjos familiares: unipessoal, monoparental feminino, casais sem filhos, casais com um filho, casais com dois filhos e casais com três ou mais filhos. O arranjo “casal com 1 filho” foi o mais observado no DF, em 19,3% dos domicílios, mas a realidade também é distinta de acordo com a faixa de renda. Nas cidades de alta renda, a maioria dos arranjos familiares é casal sem filho (23%), enquanto nas cidades de baixa renda, 22,2% das famílias são compostas pela mãe e pelos filhos (monoparental feminino). Em relação à cor da pele, 47,4% dos moradores se declararam pardos, 41,1% brancos e 10% negros. Há uma predominância de brancos nas cidades de alta renda (65,8%) e nas de média-alta renda (47%) e uma maioria de pardos nas regiões de baixa (55,9%) e média-baixa rendas (54,7%). Alvino Pereira, 69 anos, veio de Coribe (Bahia) para Goiânia nos anos 90. Ao chegar lá, não conseguiu trabalho e resolveu tentar uma oportunidade em Brasília. “Comecei a trabalhar de forma autônoma vendendo guarda-chuvas e aos poucos fui construindo as minhas coisas e constituindo família. Consegui minha casa, me casei duas vezes e hoje tenho sete filhos, 12 netos e até bisneto”, conta Alvino, morador da Estrutural há 20 anos. “Minha escolha de vir para Brasília foi a melhor e hoje o meu lar é aqui. ”
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Brasília já tem três gerações de cidadãos nativos
Três gerações de brasilienses: Júnia Costa (de vermelho) com as filhas, Pollyana e Salma, e a neta, Maria Júlia / Fotos: Joel Rodrigues / Agência Brasília Prestes a completar 59 anos, a capital federal já celebra gerações nascidas em Brasília. Os brasilienses são a maioria na população do Distrito Federal. A Pesquisa Distrital de Domicílios (PDAD) 2018, divulgada nesta quarta-feira (20) pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), mostra que 55,3% da população nasceu nas próprias 31 regiões administrativas (RAs) do DF. O estudo aponta que a população total do DF, na área urbana, era de 2.904.030 pessoas em 2018. Na casa da aposentada Júnia Costa, 56 anos, por exemplo, são três gerações de brasilienses: ela, as duas filhas e a neta. Júnia nasceu em 1963, três anos após a inauguração da capital, e formou uma família genuinamente brasiliense: teve duas filhas, Pollyana e Salma – de 31 e 17 anos, respectivamente –, e a neta, Maria Júlia, 5 anos. “Antigamente, as pessoas me diziam que eu era a primeira pessoa nascida aqui que conheciam”, conta. “Hoje já é mais comum. ” A PDAD dividiu o DF em quatro grupos de regiões RAs, definidos a partir do rendimento médio de cada localidade. O grupo 1, de alta renda, é composto por Plano Piloto, Jardim Botânico, Lago Norte, Lago Sul, Park Way e Sudoeste/Octogonal. No grupo 2, de média-alta renda, estão Águas Claras, Candangolândia, Cruzeiro, Gama, Guará, Núcleo Bandeirante, Sobradinho, Sobradinho II, Taguatinga e Vicente Pires. O grupo 3, considerado média-baixa renda, é formado por Brazlândia, Ceilândia, Planaltina, Riacho Fundo, Riacho Fundo II, SIA, Samambaia, Santa Maria e São Sebastião. No grupo 4, de baixa renda, estão Fercal, Itapoã, Paranoá, Recanto das Emas, SCIA – Estrutural e Varjão. A proporção de brasilienses é ainda maior nas cidades de média (alta e baixa) e baixa renda. No grupo 2, que reúne 922 mil pessoas com renda média domiciliar de R$ 7.299, o percentual de nascidos no DF é de 55,7% e de 55,9% no grupo 4, formado por 307 mil moradores com renda média domiciliar de R$ 2.463. Mas esse índice chega a 58,6% nas cidades do grupo 3, onde estão reunidas 1,2 milhões de pessoas e a renda média domiciliar é de R$ 3.087. Entre os que moram no Plano Piloto, Jardim Botânico, Lago Norte, Lago Sul, Park Way e Sudoeste/Octogonal, cidades do grupo de alta renda com população de 401 mil pessoas e renda média domiciliar de R$ 15.662, os nascidos fora do DF representam 56,5% da população. Mineiros na ponta A maioria dos que vieram de outro estado para o DF nasceu em Minas Gerais (16,1%), Goiás (12,2%) e Bahia (11,1%). A mãe de Júnia, Geny Costa, 79 nos, é do interior de Goiás. Chegou de Nerópolis, em 1958, para acompanhar o pai, que veio trabalhar na construção da nova capital. Aqui ela conheceu Baldur Costa, com quem se casou e teve dois filhos. Baldur era funcionário do Senado Federal e veio transferido do Rio de Janeiro. A PDAD também mostra que 42,8% dos que chegaram de outros estados para o DF disseram ter se mudado para acompanhar parentes. Na classe mais alta, onde os de fora são maioria, 39,4% relataram que vieram ao DF por causa de trabalho. No Grupo 4, 25,3% da população veio para o DF procurar trabalho. [Numeralha titulo_grande=”2.904.030″ texto=” Número de habitantes da área urbana do DF, em 2018″ esquerda_direita_centro=”esquerda”] Apaixonadas por Brasília, mãe e filhas dizem que não morariam em outra cidade. “É uma cidade maravilhosa, boa para criar filhos, você ainda consegue ir almoçar em casa, buscar e deixar os filhos na escola porque não tem tanto trânsito como nas outras capitais”, exalta Júnia. “Até gosto de passear em outras cidades, mas morar, nunca.” Sua caçula, Salma, completa: “Um professor da faculdade veio do Rio há três semanas e eu falei pra ele que Brasília é a melhor cidade do mundo.” Desigualdade social A alfabetização dos moradores do DF é de quase 100%. Um total de 96,8% da população com cinco anos ou mais de idade declararam saber ler e escrever, taxa que se mantém estável nas últimas pesquisas. Além disso, 49,1% das pessoas em idade escolar (entre quatro e 24 anos) responderam que frequentam escola pública. Os dados também mostram que a desigualdade social persiste no DF. Nas cidades de alta renda, 76,8% da população com mais de 25 anos têm curso superior completo – percentual que cai para 9,9% no grupo de baixa renda. Nessas cidades (Fercal, Itapoã, Paranoá, Recanto das Emas, SCIA – Estrutural e Varjão), a maioria da população (33,9%) tem ensino fundamental incompleto, seguido (32,9%) de médio completo. A escolaridade se reflete na remuneração. A maioria dos moradores do Lago Sul (30,8%) ganha salário bruto entre R$ 4.470 e R$ 9.540 (cinco a dez salários mínimos), enquanto a maior parte (54,8%) de trabalhadores da Estrutural ganha entre R$ 954 e R$ 1.908 (um a dois salários). Já o rendimento domiciliar mensal da maioria dos moradores do Plano Piloto (29,7%) é de mais de 20 salários mínimos (R$ 19.080), valor pelo menos seis vezes superior ao de um grupo familiar do Varjão, que varia entre R$1.908 e R$ 4.470 – renda domiciliar de 40,7% das famílias da cidade. [Olho texto=”“Estamos criando um novo ambiente de negócios no Distrito Federal, com incentivos aos empreendedores e aos empresários”” assinatura=”Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal” esquerda_direita_centro=”direita”] Na média, os moradores do DF ganham salário bruto de R$ 3.459,22. Já a renda domiciliar estimada foi de R$ 6.231, montante que resulta em um valor médio por pessoa de R$ 2.526,8 (cada domicílio tem uma média de 3,1 moradores). O valor do salário mínimo considerado foi de R$ 954. A PDAD também pesquisou se os moradores do DF estão cobertos por um plano de saúde. Enquanto 81,1% da população do grupo 1 têm esse serviço, 86,7% dos moradores das cidades de baixa renda não o possuem. A quantidade de moradores do DF que dependem prioritariamente de hospitais públicos também é expressiva nos grupos de média-alta e média-baixa renda: 51,1% e 81,4% respectivamente. Segundo o governador Ibaneis Rocha, o objetivo do novo governo é exatamente buscar a redução dessas desigualdades. “Estamos começando pela saúde pública, que está recebendo atenção integral do governo, e pela geração de emprego e renda”, informa. “Para atingir esse objetivo, estamos criando um novo ambiente de negócios no Distrito Federal, com incentivos aos empreendedores e aos empresários. O DF ficou abandonado por muito tempo, mas o processo de recuperação já começou. ” Planejamento Urbano Presidente da Codeplan, Jean Lima: “Precisamos dar atenção para as desigualdades”/ Foto: Renato Araújo / Agência Brasília A PDAD é realizada a cada dois anos pela Codeplan e oferece relevantes dados e informações atualizadas sobre o Distrito Federal e sobre suas RAs. A pesquisa é feita por critério de amostragem, com entrevistas em 21.908 domicílios localizados na área urbana do Distrito Federal. Investigam-se aspectos demográficos, migração, condições sociais e econômicas, situações de trabalho e renda, características do domicílio, condições de infraestrutura urbana, entre outras informações, com o objetivo de oferecer um diagnóstico detalhado da situação atual da cidade. O presidente da Codeplan, Jean Lima, explica que o objetivo da PDAD é subsidiar e orientar o planejamento governamental, o acompanhamento e o monitoramento da dinâmica do desenvolvimento socioeconômico do DF. “Estamos divulgando os dados no início da gestão justamente para o gestor do GDF pensar em políticas públicas articuladas para o território”, explica. “Precisamos dar atenção para as desigualdades. ” Segundo ele, um dado que o governo vê com atenção é a falta de creches públicas. Enquanto 40,3% das crianças de até três anos frequentam a escola nas cidades de alta renda, mais de 83% das que vivem em cidades de baixa renda não estão na escola. “Isso mostra a falta de creches para a população que não tem condições de pagar uma mensalidade”, analisa Lima.
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