Resultados da pesquisa

Transtorno do Espectro Autista (TEA)

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Pesquisa apoiada pela FAPDF investiga moléculas da vespa como alternativa terapêutica para o autismo

O transtorno do espectro autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento caracterizada, principalmente, por dificuldades de comunicação e interação social, além de comportamentos repetitivos e padrões restritos de interesse. Apesar dos avanços no diagnóstico e nas intervenções terapêuticas, ainda não existe um tratamento farmacológico específico capaz de atuar diretamente nos mecanismos neurobiológicos do transtorno. As terapias medicamentosas disponíveis hoje são utilizadas, sobretudo, para amenizar sintomas associados, como agitação, irritabilidade, impulsividade e ansiedade. Diante desse cenário, pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) vêm explorando caminhos inovadores para ampliar as possibilidades terapêuticas no TEA. Coordenado pela professora Márcia Renata Mortari, do Laboratório de Neurofarmacologia da UnB, e realizado com fomento da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), por meio do edital Demanda Induzida (2021), o projeto avalia o potencial dos neuropeptídeos NeuroVAL e Protonectina-F, inspirados em moléculas presentes na peçonha de vespas sociais, tanto em suas formas livres quanto associados à nanotecnologia (mecanismo de entrega que  permite que o medicamento chegue ao cérebro de forma mais eficiente e segura). Márcia Renata Mortari: "O financiamento possibilitou não apenas a execução do projeto, mas a consolidação de uma linha de pesquisa com potencial translacional real" | Foto: Divulgação/Marck Castro Segundo a pesquisadora, o apoio da fundação foi essencial para a viabilização do estudo, permitindo a manutenção de equipamentos, a síntese dos peptídeos, o desenvolvimento dos nanossistemas e ações de divulgação científica. “O financiamento possibilitou não apenas a execução do projeto, mas a consolidação de uma linha de pesquisa com potencial translacional real”, afirma a coordenadora. Os resultados também abrem perspectivas para novas linhas de investigação, incluindo aplicações dos peptídeos em outros transtornos neurológicos, como ansiedade, depressão, epilepsia e dor crônica. O grupo já mantém articulações com a indústria farmacêutica visando ao licenciamento do peptídeo NeuroVAL e a aceleração de estudos futuros. Márcia Renata Mortari, vencedora em 1º lugar no orêmio FAPDF (categoria Pesquisador Inovador – Setor Empresarial), afirma que o laboratório atua há cerca de 20 anos com o estudo de peçonhas de insetos sociais, explorando compostos naturais que, após redesenho molecular, podem adquirir propriedades terapêuticas específicas. “Trabalhamos com moléculas bioinspiradas na natureza, mas estrategicamente modificadas para que sejam seguras, seletivas e aplicáveis do ponto de vista terapêutico”, explica Mortari. Por que investigar peptídeos derivados da peçonha no TEA A pesquisadora Letícia Germino Veras desenvolve formulações nanotecnológicas associadas ao neuropeptídeo bioinspirado NeuroVAL, em estudo para o TEA | Fotos: Divulgação/FAPDF A motivação para estudar os neuropeptídeos NeuroVAL e Protonectina-F no contexto do TEA está diretamente relacionada às lacunas existentes nas terapias farmacológicas atuais. O transtorno envolve alterações em múltiplos sistemas de neurotransmissão — como os sistemas GABAérgico, glutamatérgico, dopaminérgico, serotoninérgico, opioide e endocanabinoide — que regulam funções essenciais como humor, sociabilidade, comportamento, ansiedade e equilíbrio emocional. “O TEA não é uma condição de um único mecanismo. Ele envolve diferentes sistemas neuroquímicos e uma grande variabilidade clínica. Por isso, estratégias baseadas em um único alvo tendem a ter eficácia limitada”, destaca a coordenadora do projeto. O NeuroVAL, desenvolvido no próprio laboratório, foi inicialmente estudado em modelos de dor, onde demonstrou potente efeito analgésico sem apresentar efeitos adversos relevantes. Esses resultados indicaram um perfil de segurança promissor, estimulando sua investigação em outros contextos neurológicos. Já a Protonectina-F também apresentou atividade neuroativa (ou seja, capacidade de interagir com o sistema nervoso e modular processos neuronais associados ao comportamento e à regulação emocional), especialmente associada ao sistema opioide, o que pode influenciar comportamentos relacionados à hiperatividade e à regulação emocional. Preparação da formulação experimental do novo medicamento, que associa o peptídeo bioinspirado à nanotecnologia A hipótese central do estudo é que esses peptídeos possam modular simultaneamente diferentes sistemas neurotransmissores alterados no TEA, contribuindo para a melhora de comportamentos sociais, redução da ansiedade e diminuição de comportamentos repetitivos. Modelo experimental O estudo utiliza um modelo animal de transtorno do espectro autista induzido, no qual alterações comportamentais semelhantes às observadas em pessoas com autismo são reproduzidas de forma controlada, a partir da exposição ao ácido valproico em animais de laboratório, permitindo investigar mecanismos neurobiológicos e testar potenciais abordagens terapêuticas. A análise comportamental é feita por meio de testes consagrados na pesquisa neurocientífica. O teste de sociabilidade em três câmaras avalia a interação social, o enterramento de bolas de gude mede comportamentos repetitivos e padrões de hiperfoco e o labirinto em cruz elevado é utilizado para analisar níveis de ansiedade. A combinação desses testes permite uma avaliação multicomportamental abrangente dos efeitos dos peptídeos. A professora Márcia Renata Mortari participa de ação educativa de divulgação científica, abordando o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e a importância da inclusão Os resultados preliminares indicaram maior interação social, redução de comportamentos repetitivos e menor ansiedade nos animais tratados, quando comparados aos grupos não tratados, revelando um potencial terapêutico significativo. Nanotecnologia e entrega cerebral dos peptídeos Um dos principais desafios no uso terapêutico de peptídeos é sua rápida degradação enzimática, especialmente quando administrados por via oral. Para superar essa limitação, o projeto associa os neuropeptídeos à nanotecnologia, utilizando sistemas como quitosana e partículas lipídicas sólidas.  [LEIA_TAMBEM]Esses nanossistemas favorecem a administração intranasal, uma via especialmente promissora para doenças do sistema nervoso central. Por essa via, o fármaco pode alcançar o cérebro de forma mais rápida, com menor perda de absorção e evitando barreiras como a degradação gastrointestinal e a barreira hematoencefálica. “A nanotecnologia permite que as partículas permaneçam aderidas à mucosa nasal por mais tempo, prolongando o efeito terapêutico e aumentando a eficiência da entrega cerebral”, explica Mortari. Além disso, o uso de diferentes doses possibilita identificar janelas terapêuticas seguras (quando a quantidade do medicamento produz benefício sem causar efeitos indesejados), fundamentais para o desenvolvimento futuro de medicamentos. Além dos avanços científicos, o projeto tem impacto direto na formação de recursos humanos. Bolsistas de iniciação científica, mestrado, pós-doutorado e apoio técnico participaram ativamente da execução experimental, análise de dados e redação científica. Ao todo, o trabalho resultou em diversos projetos acadêmicos, incluindo iniciações científicas, trabalhos de conclusão de curso e dissertações de mestrado em andamento. *Com informações da FAPDF  

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Inaugurado primeiro Centro de Referência Especializado em TEA do Distrito Federal

O Governo do Distrito Federal (GDF) entregou, nesta terça-feira (9), duas iniciativas inéditas que ampliam e modernizam a rede de atenção psicossocial: o primeiro Centro de Referência Especializado em Transtorno do Espectro Autista (Cretea) do DF e o Serviço de Assistência em Saúde Mental com Uso de Inteligência Artificial (SAMia). Os equipamentos expandem o acolhimento às crianças com transtorno do espectro autista (TEA) e reforçam o atendimento à população em questões de saúde mental. “Nós teremos três centros aqui no Distrito Federal, esse foi o primeiro. Faremos um na região Norte e outro na região Sul. Precisávamos melhorar esse atendimento, então esse espaço vem justamente para resolver isso. Hoje também anunciamos um trabalho que será coordenado pela Secretaria de Educação, com criação de locais como esse dentro da pasta. E isso já está virando uma realidade com essas inaugurações de hoje”, defendeu a vice-governadora Celina Leão, durante a entrega do Cretea. Inauguração do primeiro Cretea do Distrito Federal e do SAMia expande o acolhimento às crianças com TEA e reforça o atendimento à população em questões de saúde mental | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília O centro, instalado na Estação 108 Sul do Metrô, contou com o aporte total de R$ 747.095,61 e foi projetado para oferecer diagnóstico rápido, atendimento especializado e suporte multidisciplinar a crianças de até 10 anos com TEA. A unidade reúne uma equipe multidisciplinar composta por psiquiatra, neuropediatra, pediatra, psicólogo, fisioterapeuta, assistente social e fonoaudiólogos, além de espaços destinados ao acolhimento e à intervenção, como consultórios, sala multissensorial, ginásio terapêutico, sala de grupos, cozinha terapêutica e ambiente lúdico. Com recursos do Metrô-DF e de emenda parlamentar do deputado distrital Eduardo Pedrosa, a estrutura foi totalmente reformada e equipada para atender os 34,1 mil autistas diagnosticados no Distrito Federal, segundo dados do censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na mesma agenda, Celina Leão anunciou a nova plataforma digital pioneira que usa inteligência artificial para triagem e encaminhamento em saúde mental. Chamada de SAMia, a ferramenta, acessível gratuitamente pelo celular, utiliza escalas validadas para avaliar sintomas, identificar riscos e orientar o usuário diretamente ao serviço mais adequado da rede pública. Além disso, oferece conteúdo de autocuidado, como exercícios de respiração, meditação e práticas de bem-estar, e orienta mulheres em situação de violência sobre onde buscar ajuda. O secretário de Saúde do DF, Juracy Cavalcante Lacerda Júnior, ressaltou que a inovação vai fortalecer a gestão e reduzir barreiras de acesso. “A ideia é que nós tenhamos também, dentro da plataforma, a parte de gestão, em que vamos monitorar, por meio de painéis de controle, toda essa linha de cuidado do paciente e trabalhar políticas públicas mais assertivas para o contexto de saúde mental”, esclareceu o chefe da pasta. Defensor da causa, o deputado distrital Eduardo Pedrosa pontuou que o Cretea é resultado de um trabalho feito em parceria entre o Legislativo e o Executivo: “Nosso objetivo é garantir que as medidas em prol da saúde e da igualdade sejam plenamente atendidas. É fundamental que levemos este modelo de centro para mais perto das famílias, facilitando o acesso à comunidade, especialmente nas regiões administrativas. Este espaço não é apenas uma construção física, mas um local onde plantamos amor, cuidado e atenção. Nele, as famílias encontrarão terapias, diagnósticos, acompanhamento profissional, orientação familiar e capacitação profissional, entre outros serviços que, tenho certeza, contribuirão para transformar a vida da nossa população”. O DF tem 34,1 mil pessoas diagnosticadas com TEA, o que representa 1,2% da população local, de acordo com o Censo Demográfico do IBGE Diagnóstico precoce e acolhimento multidisciplinar O Cretea tem o objetivo de diagnosticar a doença e intervir em tempo adequado, algo essencial para o desenvolvimento cognitivo, social e comportamental. Com oito consultórios, salas de atendimento em grupo, um ginásio terapêutico, cozinha terapêutica e uma sala multissensorial, o centro reúne todos os serviços da rede pública em um só lugar, facilitando o acesso das famílias. O atendimento será feito por uma equipe multiprofissional. A ideia é centralizar as etapas de acolhimento, avaliação e tratamento, reduzindo o tempo de espera e garantindo continuidade no cuidado. Além disso, o centro funciona como polo de formação e apoio técnico à rede, contribuindo para aprimorar o atendimento às crianças com TEA em outras unidades de saúde. “Temos um grande desafio pela frente no diagnóstico precoce, no tratamento, na execução de políticas inclusivas e na montagem de toda uma rede de apoio. Essa inauguração mostra justamente esse nosso compromisso. Aqui, nós teremos profissionais altamente capacitados para oferecer o melhor para esses pacientes, com um tratamento mais humano e o mais acolhedor possível”, avaliou o secretário de Saúde. Juracy Lacerda, secretário de Saúde: "Temos um grande desafio pela frente no diagnóstico precoce, no tratamento, na execução de políticas inclusivas e na montagem de toda uma rede de apoio" Para famílias que convivem diariamente com os desafios do transtorno, a entrega do espaço representa um marco. Pai de um filho autista e fundador do grupo Lutadores do Gueto, que acolhe pessoas em vulnerabilidade, Marcelo Ribeiro dos Reis relata que o centro representa um marco para a sociedade da capital. “Isso é o sonho de todos os pais e mães de autistas. Brasília praticamente não tinha nada. Agora, temos um centro de referência, e eu espero que ele se espalhe por toda a cidade”, afirmou.  Ele lembra as dificuldades enfrentadas por quem precisa de tratamento: “Quem é pai de uma criança autista sabe a luta diária. É luta na saúde, na educação, na inclusão. Esse centro vai facilitar 100%. É um marco para todas as famílias”. Quem também celebrou a entrega foi o presidente do Movimento Orgulho Autista Brasil (Moab), Edilson Barbosa. Para ele, o centro é o fim da espera para muitas famílias. “Nós temos muitas mães e muitos autistas sem laudo e sem acesso a terapias. Esse centro de referência será importante para tirar essas pessoas do sofrimento”, disse o presidente. O DF tem 34,1 mil pessoas diagnosticadas com TEA, o que representa 1,2% da população local, de acordo com o censo demográfico do IBGE. A capital ocupa a 15ª posição no ranking nacional. Em todo o país, 2,4% receberam o diagnóstico, o que equivale a 1,2% da população brasileira. Marcelo Ribeiro dos Reis, fundador do grupo Lutadores do Gueto: "Isso é o sonho de todos os pais e mães de autistas. Brasília praticamente não tinha nada. Agora, temos um centro de referência, e eu espero que ele se espalhe por toda a cidade" Inteligência artificial a serviço do cuidado humano Totalmente gratuita, a plataforma SAMia entra em operação como um novo canal digital de acolhimento em saúde mental, disponibilizada para qualquer pessoa pelo aparelho celular. Para utilizar a tecnologia, basta que o usuário acesse o site da Secretaria de Saúde. Ao responder questionários com base em escalas validadas, o paciente recebe uma análise automatizada do seu perfil, com indicação clara sobre a necessidade de atendimento, risco identificado e o serviço adequado da rede (Centro de Atenção Psicossocial, ambulatório especializado, hospital ou apoio psicossocial). [LEIA_TAMBEM]Na prática, o sistema utiliza inteligência artificial para interpretar sinais de ansiedade, depressão, sofrimento psíquico, ideação suicida e outras condições, permitindo triagem precoce e orientações precisas. Além disso, a plataforma oferece exercícios de respiração, meditação, visualização e conteúdos de autocuidado, funcionando também como ferramenta de prevenção e promoção da saúde. Segundo o secretário Juracy Lacerda, essa é mais uma política pública que vem para suprir as consequências da pandemia do coronavírus: “O tema saúde mental é uma preocupação, principalmente após a covid-19, e hoje nós temos que utilizar de todas as maneiras para estar abarcando esses pacientes. Então, o SAMia consegue fazer uma triagem para ver o melhor encaminhamento. Vamos ter também questões relacionadas às orientações mediante um quadro de saúde mental, por exemplo. Com essa ferramenta, a gente traz mais acessibilidade e inclusão para fazermos uma melhor gestão desses pacientes”. O SAMia ainda presta apoio específico a mulheres em situação de violência doméstica, orientando sobre direitos, canais de denúncia e locais de atendimento. Em segundo plano, a ferramenta gera indicadores estratégicos para a Secretaria de Saúde, auxiliando na gestão com foco em dados e no planejamento de serviços. A tecnologia está alinhada com a Lei Distrital nº 37.844/2016, que defende a assistência integral, humanizada e o fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial, e com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), sendo seu uso seguro e sem registro de dados do usuário.

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Sala odontológica do Hospital de Santa Maria é referência em inclusão no DF

No Dia Internacional de Luta das Pessoas com Deficiência, celebrado nesta quarta-feira (3), a história de Victor Cauã, 13 anos, mostra o impacto do atendimento humanizado na área da saúde. Diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), ele realiza seus procedimentos odontológicos no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). Para a mãe do adolescente, Daniele Fernandes, a diferença é perceptível e emocionante. “Quando você encontra um lugar preparado para receber seu filho do jeito certo, muda tudo. Com profissionais especializados, o atendimento é mais leve, mais ágil. Tanto os pais quanto as crianças se sentem acolhidos, calmos, tranquilos”, conta. No HRSM, unidade administrada pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), cada paciente encontra mais do que um atendimento. Recebe acolhimento, escuta qualificada e respeito ao jeito único de cada pessoa. Entre tantas iniciativas, uma delas simboliza de forma especial esse compromisso: a sala odontológica exclusiva para pessoas com deficiência, que já transformou rotinas, experiências e sorrisos. Daniele conheceu o serviço por meio de encaminhamento da Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência, da Secretaria de Saúde (SES-DF), e reforça a agilidade do processo. “Foi tudo muito rápido. Os profissionais são muito bons, muito cuidadosos. A experiência tem sido excelente”, afirma. Daniele Fernandes leva seu filho, Victor Cauã, para realizar procedimentos odontológicos no HRSM: "Quando você encontra um lugar preparado para receber seu filho do jeito certo, muda tudo" | Fotos: Divulgação/IgesDF Tratamento especializado Em um único dia, Victor passou por extração, restauração e limpeza. Isso foi possível graças ao preparo da equipe. O responsável pelo atendimento é Diego Sindeaux, dentista especializado no cuidado de pessoas com deficiência. Ele explica que cada pessoa exige uma abordagem personalizada e, por isso, não existe um protocolo único. “Os autistas são nossa maior demanda e também um grande desafio. Sempre conversamos com a família para entender hábitos, sensibilidades e preferências. A partir disso, adaptamos tudo: luz, sons, equipamentos. Se a criança tem sensibilidade à luminosidade, evitamos o refletor. Se o barulho incomoda, substituímos a caneta elétrica para limpeza por instrumentos manuais”, detalha o profissional. [LEIA_TAMBEM]Um ambiente preparado para acolher A sala especializada foi sendo adaptada ao longo dos anos para atender pacientes com diferentes necessidades. O ambiente é mais amplo, silencioso, confortável e oferece maior privacidade — fatores essenciais para quem apresenta hipersensibilidades ou dificuldades sensoriais. Segundo Diego, além de pacientes autistas, o espaço recebe crianças com síndromes raras, pessoas com paralisia cerebral, deficiência intelectual e pacientes com condições clínicas mais complexas, como aqueles que passaram por Acidente Vascular Cerebral (AVC) recente ou estão em preparo para transplantes. A estrutura também foi planejada para receber cadeirantes, com portas mais largas e espaço adequado para a transferência segura para a cadeira odontológica. “Muitas deficiências podem ser atendidas no posto de saúde, como a auditiva ou visual. Aqui chegam os casos que realmente precisam de um local específico”, destaca. A sala também conta com régua de oxigênio para pacientes traqueostomizados ou que utilizam respirador, garantindo segurança nos casos mais delicados. Todos os meses, entre 28 e 30 pacientes são agendados pelo Sistema de Regulação da SES-DF (SISREG). Além disso, cerca de cinco atendimentos mensais são de demanda espontânea, geralmente em casos de urgência. Diego Sindeaux, dentista especializado no cuidado de pessoas com deficiência: "Muitas deficiências podem ser atendidas no posto de saúde, como a auditiva ou visual. Aqui chegam os casos que realmente precisam de um local específico" Humanização que faz diferença Para garantir um atendimento tranquilo, a equipe recebe treinamento contínuo. A comunicação é feita passo a passo, os instrumentos são apresentados antes e o ambiente é ajustado conforme as necessidades de cada pessoa. “Temos uma TV na sala, e isso ajuda muito. Alguns pacientes só conseguem relaxar assistindo a um desenho ou ouvindo música. Lembro-me de um menino que só aceitava o atendimento se tocasse forró, então começávamos o procedimento ouvindo o cantor favorito dele”, relata Diego. Para a chefe do Serviço de Odontologia e Cirurgia Bucomaxilofacial do HRSM, Erika Maurienn, o impacto do serviço ultrapassa o cuidado técnico. “Histórias como a de Victor mostram que inclusão se faz com preparo, empatia e presença. E é isso que o Hospital de Santa Maria entrega todos os dias: um atendimento que acolhe, transforma e ilumina caminhos que antes pareciam difíceis”, conclui. A equipe do HRSM recebe treinamento contínuo. A comunicação é feita passo a passo, os instrumentos são apresentados antes e o ambiente é ajustado conforme as necessidades de cada pessoa Espaço sensorial pioneiro para crianças autistas Além do atendimento especializado em odontologia, o Hospital Regional de Santa Maria inaugurou o Espaço Humanizar TEA, no final de outubro. O local é o primeiro ambiente sensorial da rede pública do Centro-Oeste voltado exclusivamente a crianças com TEA. O projeto nasceu da sensibilidade ao observar as dificuldades enfrentadas por famílias atípicas durante longas esperas. O espaço foi planejado para acolher crianças neurodivergentes e seus cuidadores, garantindo conforto, segurança e inclusão. Mais que uma sala de espera, também pode funcionar como ambiente terapêutico. Em situações específicas, equipes multiprofissionais podem realizar atendimentos no próprio local, evitando deslocamentos para áreas com maior estímulo sensorial. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)

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Com mais de 2 mil atendimentos, Carreta da Inclusão leva cidadania e acessibilidade a Brazlândia

A Praça da Bíblia, em Brazlândia, foi o ponto de parada da Carreta da Inclusão entre terça (4) e quinta-feira (6). Em passagens anteriores por São Sebastião e Sobradinho, o projeto itinerante do Governo do Distrito Federal (GDF) já somou mais de 2,2 mil atendimentos e ultrapassou 800 carteirinhas emitidas, levando diversos serviços públicos à comunidade e facilitando o acesso de pessoas com deficiência (PcD) a documentos, benefícios e atendimentos sociais sem que precisassem sair da região. Comunidade pôde ter acesso a vários serviços durante a passagem da carreta pela cidade | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília Com funcionamento das 9h às 16h, a estrutura móvel ofereceu emissão da Carteira de Identificação da Pessoa com Deficiência (CIPcD) e da Carteira do Transtorno do Espectro Autista (TEA), além de serviços do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), assistência jurídica gratuita da Defensoria Pública, informações do BRB Mobilidade e atendimentos da Polícia Civil e do Tribunal Regional Eleitoral. Maria Aparecida Angola: “Esse serviço é muito importante, porque a gente resolve muita coisa num só lugar”  A iniciativa é resultado de uma parceria entre as secretarias de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-DF), da Pessoa com Deficiência (SEPD-DF) e da Associação das Empresas Fomentadoras do Bem-Estar (AEFBE). “Estamos prestando todos os serviços da secretaria, como passe livre, inclusão profissional e intermediação para o passe interestadual, além dos atendimentos de órgãos parceiros”, reforçou o titular da SEPD-DF, William Ferreira. “Esses documentos geram acesso, garantem informação e proporcionam um atendimento humanizado. É também um momento de acolhimento para as pessoas com deficiência”. Direitos garantidos [LEIA_TAMBEM]Para os moradores da região, a chegada da carreta representa mais do que praticidade, sendo uma oportunidade de garantir direitos. A dona de casa Ana Paula Souza Vinal, de 29 anos, aproveitou para emitir a carteira de identificação do filho de 7 anos, que tem paralisia cerebral. “Esse serviço móvel facilita muito para a gente”, enfatizou ela. “Sair de Brazlândia para outro canto é difícil, demora muito. A documentação vai ajudar em muita coisa, especialmente no atendimento preferencial, porque a deficiência do meu filho não é visível. É um direito, e ter esse serviço perto de casa faz toda a diferença.” A microempreendedora Maria Aparecida Batista Angola, 54, também elogiou a iniciativa: “Mesmo com problema na visão, consegui vir sozinha até aqui pela praticidade. Perdi a visão esquerda e estou com a direita prejudicada. Esse serviço é muito importante, porque a gente resolve muita coisa num só lugar. Ainda quero fazer minha carteirinha interestadual para poder visitar minha família em Goiás”. O especialista em segurança privada Guirra Veras, 52, relatou que o atendimento foi essencial para resolver pendências. “Eu estava passando no mercado, vi a carreta e resolvi parar”, contou. “Esse tipo de ação é um serviço não somente social, mas humano e muito especial para as pessoas mais carentes. Pelo que eu percebi, estão todos saindo bem-resolvidos. Muitas pessoas não conseguem se deslocar até a secretaria, e trazer o atendimento para perto é um gesto de respeito e inclusão”.  

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Primeiro espaço sensorial para crianças autistas no Centro-Oeste é inaugurado na rede pública de saúde do DF

Em um gesto que une sensibilidade e inovação, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) inaugurou, nesta terça-feira (28), no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), o Espaço Humanizar TEA, o primeiro ambiente sensorial da rede pública do Centro-Oeste voltado exclusivamente a crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O local foi projetado para reduzir estímulos visuais e sonoros, proporcionando tranquilidade e bem-estar a pacientes e acompanhantes durante o atendimento hospitalar. A primeira-dama do Distrito Federal e madrinha social do projeto, Mayara Noronha Rocha, foi peça fundamental na mobilização de parceiros. Com a articulação dela, a GPS Foundation doou integralmente os itens necessários à implantação do espaço, garantindo a entrega sem custos para o hospital. “É impossível pensar em prosperidade sem a junção do setor público, privado e da sociedade civil. Quando há união, tudo nasce mais rápido. Este é mais que um espaço: é um gesto de acolhimento e inclusão”, destaca Mayara Noronha Rocha. A iniciativa nasceu de um olhar atento da superintendente do HRSM, Eliane Abreu, que percebeu as dificuldades enfrentadas por famílias atípicas nas longas esperas hospitalares. Para tornar o projeto realidade, ela contou com o apoio técnico da Gerência Geral de Humanização e Experiência do Paciente (GGHEX), responsável pela execução e pela articulação institucional. A primeira-dama do Distrito Federal e madrinha social do projeto, Mayara Noronha Rocha, foi peça fundamental na mobilização de parceiros | Fotos: Divulgação/IgesDF “Tenho um sentimento de dever cumprido. Vai muito além da gestão: é olhar para quem chega à nossa porta e precisa de um ambiente acolhedor. Isso faz diferença no cuidado, no tratamento e na forma como a saúde é vivida”, afirma Eliane. A voz das famílias O espaço foi recebido com entusiasmo por mães e cuidadores que convivem com a rotina de crianças neurodivergentes. Naiara Roque, empresária, mãe atípica e autista, participou da inauguração e ressaltou o impacto da iniciativa. “Eu sou autista e tenho dois filhos autistas também. Uma sala de espera adaptada faz toda a diferença para evitar crises e desconfortos. Ver o serviço público acolhendo essa causa faz o coração das famílias transbordar de alegria”. Inspiração Para o diretor de Atenção à Saúde do Instituto, Rodolfo Borges Lira, o projeto deve inspirar novas iniciativas. “Esta é mais uma parceria frutífera entre o IgesDF, o setor privado e o Governo do Distrito Federal. Nosso objetivo é que espaços como este se tornem comuns em toda a rede, garantindo dignidade e inclusão no atendimento pediátrico.” O espaço foi recebido com entusiasmo por mães e cuidadores que convivem com a rotina de crianças neurodivergentes A presidente da fundação, Vivianne Piquet, também celebrou a parceria. “Tenho um carinho muito especial pela causa dos autistas. Quando o IgesDF nos procurou, a vontade de ajudar se encaixou perfeitamente. É emocionante ver o resultado”. Cuidado que vai até a criança Mais do que uma sala de espera, o Espaço Humanizar TEA é também um ambiente terapêutico. Em casos específicos, médicos e equipes multiprofissionais poderão realizar atendimentos no próprio local, evitando o deslocamento das crianças para áreas com mais estímulos. “Os corredores hospitalares podem ser frios até para adultos. Por isso, essas adaptações são fundamentais para o bem-estar e para o atendimento humanizado”, explica Anucha Soares, gerente geral de Humanização e Experiência do Paciente do IgesDF. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)

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Carreta da Inclusão leva serviços do GDF a pessoas com deficiência em Sobradinho

Com o objetivo de garantir mais inclusão, autonomia e cidadania, o Governo do Distrito Federal (GDF) leva para Sobradinho a Carreta da Inclusão. Até a próxima quinta-feira (16), a estrutura itinerante estará no estacionamento do Estádio Augustinho Lima, com serviços gratuitos voltados às pessoas com deficiência (PcD) e seus familiares, como a emissão de carteiras de identificação para PcD e pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Além disso, é possível obter orientações sobre direitos, atendimentos sociais, serviços jurídicos, acessibilidade digital e experiências com tecnologias assistivas. Os serviços começam às 9h e vão até 17h. A ação é resultado de uma parceria entre as Secretarias de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-DF) e da Pessoa com Deficiência (SEPD), com apoio da Associação das Empresas Fomentadoras do Bem-Estar (AEFBE). A previsão é que a Carreta da Inclusão entregue mais de 630 carteirinhas de identificação a PcD em Sobradinho | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília De acordo com o secretário da Pessoa com Deficiência, Willian Ferreira da Cunha, Sobradinho recebe pela primeira vez a estrutura, que já passou por outras sete cidades do DF. “Estamos na 8ª edição da Carreta da Inclusão, oferecendo diversos serviços e atividades às pessoas com deficiência. É mais uma forma de o governo estar presente, próximo dessas famílias, garantindo direitos e promovendo dignidade”, afirmou. Desde a primeira edição, o projeto já fez mais de 11 mil atendimentos. Somente em São Sebastião, na última semana, foram 1,2 mil pessoas atendidas e mais de 400 carteirinhas entregues. “Aqui em Sobradinho, nossa previsão é entregar mais de 630 carteirinhas ao longo dos três dias”, completou Willian.   Além da emissão dos documentos, a carreta oferece atendimentos da Defensoria Pública, do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e do BRB Mobilidade, que presta informações sobre transporte acessível. Também há uma arena gamer inclusiva, com videogames adaptados para diferentes tipos de deficiência. “O projeto simboliza o compromisso do Governo do Distrito Federal com a inclusão e a transformação social. A carreta descentraliza os serviços, levando o atendimento até a quem mais precisa. É uma forma de o Estado ir até a população”, destacou o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Rafael Vitorino. “Essa parceria permite que a população tenha acesso fácil a serviços essenciais sem precisar se deslocar até órgãos públicos distantes”, completou. Claudineide Aurélio de Oliveira tirou a carteirinha do filho Wilson: "Essa ação traz mais sensibilidade e informação para todos" [LEIA_TAMBEM]Moradora do Paranoá, a manicure Claudineide Aurélio de Oliveira, de 45 anos, foi até a carreta para solicitar a carteirinha e o benefício do filho Wilson Gonçalves, de 10 anos, diagnosticado com autismo. “Tem três anos que espero por essa carteirinha. É muito importante, porque ele precisa andar identificado, para que as pessoas compreendam melhor a condição dele. Essa ação traz mais sensibilidade e informação para todos”, contou. Para a dona de casa Priscila Mendes Lourenço da Cunha, 35 anos, moradora de Sobradinho, o atendimento perto de casa foi essencial. “Vim atrás da carteirinha de inclusão dele e do Passe Livre para o meu filho. Foi maravilhoso ter tudo isso aqui pertinho, porque sair com ele é sempre uma luta. Ele fica agitado, o transporte público é difícil. Então, poder resolver tudo aqui facilita muito a nossa vida”, celebrou. Após Sobradinho, a Carreta da Inclusão segue para Brazlândia e encerra a segunda edição do projeto em Ceilândia.  

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Planetário de Brasília investe em capacitação para atender público com Transtorno do Espectro Autista

Na tarde da última segunda-feira (15), a equipe do Planetário de Brasília Luiz Cruls deu um passo importante para tornar o espaço mais humanizado. Os funcionários participaram de uma palestra sobre Transtorno do Espectro Autista (TEA), ministrada por profissionais da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). Essa foi a segunda turma de servidores a receber a capacitação — a primeira ocorreu no último dia 8 de setembro. O treinamento apresenta estratégias de acolhimento e manejo de crises, além de destacar a importância da criação de uma sala de acomodação sensorial para visitantes neuroatípicos.  Viviane Veras, gerente do Centro de Referência Especializado no Transtorno do Espectro Autista (CRE-TEA), e a fisioterapeuta do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) Suyenne Figueiredo conduziram a palestra.  “É fundamental que os estabelecimentos invistam em capacitação para o manejo e cuidado de pessoas com TEA. Dessa forma, promovem acessibilidade, acolhimento e empatia, contribuindo para uma sociedade mais inclusiva, onde pessoas autistas possam participar plenamente de uma maior diversidade de atividades”, reforça Viviane Veras. Os funcionários participaram de uma palestra sobre Transtorno do Espectro Autista (TEA), ministrada por profissionais da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) | Foto: Divulgação/Secti-DF Para o diretor do Planetário, Júnior Berbet, a iniciativa dialoga diretamente com a realidade do espaço. “Aqui nós temos algumas crianças com hiperfoco em planetas. Algumas vêm quase todos os finais de semana. Elas vêm vestidas de astronautas, gostam de assistir ao filme dentro da cúpula. Nós temos uma visitação crescente aqui no planetário e pretendemos melhorar sempre o nosso atendimento”, afirma. A trajetória de visitantes do Planetário nos últimos anos mostra como o espaço vem ganhando cada vez mais lugar no coração do público. Depois da queda brusca registrada em 2020, durante a pandemia, o espaço voltou a crescer de forma constante, ano após ano, alcançando marcas cada vez mais expressivas: em 2021, já eram quase 22 mil visitantes; no ano seguinte, o salto foi expressivo, alcançando mais de 77 mil. O crescimento seguiu firme em 2023, com mais de 91 mil pessoas, até chegar a 2024, quando o Planetário atingiu 102 mil visitantes. Agora, em 2025, o espaço já soma 106 mil pessoas até setembro, um recorde que confirma a consolidação do Planetário como um dos destinos culturais e científicos mais queridos de Brasília. O Planetário de Brasília Luiz Cruls é administrado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF (Secti-DF), funcionando de terça a domingo, das 7h30 às 19h, com entrada gratuita. *Com informações Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Distrito Federal (Secti-DF)

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Projeto oferece oficinas e palestras para professores, pais e trabalhadores dos COPs

A partir da próxima segunda-feira (26), a Secretaria de Esporte e Lazer (SEL-DF), em parceria com o Instituto Rede Cidadã, dá início ao projeto Campeões da Inclusão, que vai levar formação gratuita sobre inclusão de crianças e jovens com Transtorno do Espectro Autista (TEA) aos centros olímpicos e paralímpicos (COPs) do Distrito Federal. A iniciativa oferece oficinas presenciais e um curso online com certificado, voltados a educadores, profissionais de saúde e de educação física, pais, responsáveis e toda a comunidade interessada em promover práticas esportivas inclusivas. Arte: SEL-DF “A inclusão começa com preparo, escuta e sensibilidade. Com o Campeões da Inclusão, capacitamos nossa rede para que o esporte no DF seja cada vez mais acessível e transformador para todas as crianças, inclusive aquelas com autismo”, destaca o secretário de Esporte e Lazer, Renato Junqueira. As formações presenciais ocorrerão sempre às segundas-feiras, com atividades em dois turnos: das 8h às 12h e das 14h às 17h. Além dos encontros nos COPs, o projeto também oferece um curso online de 60 horas, com certificado de participação, focado em Educação Esportiva Inclusiva e TEA. [LEIA_TAMBEM]Confira o cronograma das formações presenciais: · 26/5 – COP Parque da Vaquejada · 2/6 – COP Setor O · 9/6 – COP Samambaia · 16/6 – COP Estrutural · 23/6 – COP Brazlândia · 30/6 – COP Riacho Fundo I · 7/7 – COP Recanto das Emas · 14/7 – COP Gama · 21/7 – COP Santa Maria · 28/7 – COP São Sebastião · 4/8 – COP Sobradinho · 11/8 – COP Planaltina Como participar As inscrições estão abertas e podem ser feitas gratuitamente pelo formulário oficial no site do projeto. Além dos centros olímpicos, a iniciativa será ampliada para escolas públicas do Distrito Federal, fortalecendo ainda mais a rede de sensibilização e inclusão nas comunidades escolares. *Com informações da  Secretaria de Esporte e Lazer (SEL-DF)

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Capacitação oferece atendimento inclusivo a pacientes autistas na rede pública de saúde

Capacitar profissionais de saúde para garantir um atendimento cada vez mais humanizado, qualificado e inclusivo às pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Esse é o principal objetivo do curso Direitos Sociais da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, promovido pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), por meio da Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa (Diep). A capacitação, aberta a todos os interessados, será nos dias 23, 26 e 28 de maio, com aulas presenciais nos espaços de ensino da DIEP no Hospital de Base (HBDF) e no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). O conteúdo é baseado na Lei Brasileira de Inclusão (nº 13.146/2015) e na Lei Berenice Piana (nº 12.764/2012), que reconhecem a pessoa com TEA como PCD e garantem direitos fundamentais como acesso à saúde, educação, assistência social e mobilidade urbana. Entre os temas abordados na capacitação estão atendimento prioritário e o uso da Carteira de Identificação da Pessoa com TEA | Foto: Divulgação/IgesDF  “Cada vez mais precisamos discutir o espectro autista. Infelizmente, o tema ainda é cercado por estereótipos. O curso reforça que o autismo é um espectro e, por isso, cada paciente pode ter necessidades e demandas muito específicas”, explicou a assistente social Beatriz Liarte, responsável pela capacitação. Durante o curso, os participantes terão a oportunidade de aprofundar conhecimentos sobre temas como o atendimento prioritário, o uso da Carteira de Identificação da Pessoa com TEA, o acesso gratuito ao transporte público, o direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) e as políticas públicas voltadas à oferta de medicamentos. [LEIA_TAMBEM]O objetivo é oferecer uma visão prática, atualizada e fundamentada sobre os direitos sociais das pessoas com TEA, orientando os profissionais de saúde sobre como garantir e aplicar esses direitos de forma eficaz no cotidiano do atendimento. “A DIEP vem atuando para que os colaboradores desenvolvam um olhar crítico-reflexivo, unindo saber técnico com empatia e respeito à autonomia dos usuários, inclusive em temas tão sensíveis como a inclusão”, destacou Beatriz. As inscrições para os dias de capacitação estão abertas e podem ser feitas por meio do preenchimento do formulário online. O curso fornece certificado de realização que será enviado por e-mail em até 60 dias. *Com informações do IgesDF

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Brasília vai sediar Congresso Jornada do Autismo  

Governo do Distrito Federal · BRASÍLIA VAI SEDIAR CONGRESSO JORNADA DO AUTISMO Entre os dias 31 deste mês e 1º de junho, Brasília recebe o Congresso Jornada do Autismo. Serão dois dias imersivos, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, dedicados à realização de painéis e palestras com especialistas que vão apresentar o que há de mais atual nas áreas da ciência e educação voltado para o tratamento, inclusão e acolhimento das pessoas com transtorno do espectro autista (TEA). O evento deve reunir até três mil pessoas, e conta com apoio do Governo do Distrito Federal (GDF). A governadora em exercício do DF, Celina Leão, destaca a importância do congresso para difundir o conhecimento sobre o TEA e levar qualidade de vida para quem faz parte do espectro bem como para suas famílias. O evento deve reunir até três mil pessoas, e conta com apoio do Governo do Distrito Federal (GDF) para sua realização | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília “É um evento que traz as informações mais confiáveis e atuais sobre o tema, essencial para os cuidados e o acolhimento das pessoas com TEA. No DF, nós temos atuado em diferentes frentes para proteger, promover o desenvolvimento e incluir cada vez mais quem está dentro do espectro autista”, ressalta. A organizadora do evento, Sarita Melo, é mãe atípica de Elisa, nível 3 de suporte no TEA. Ela é ativista na defesa das pessoas com deficiência e ressalta que a informação é o mecanismo de cuidado e inclusão mais eficaz para as pessoas com autismo. [LEIA_TAMBEM]“No congresso, nós reuniremos os principais nomes da saúde, da educação e das áreas sociais relacionadas ao autismo. As famílias encontrarão no evento tudo o que há de mais avançado e eficaz sobre o tema. A falta de conhecimento nesse assunto causa impacto nas pessoas com autismo. Nós sabemos que hoje, de cada 30 pessoas, uma tem autismo. Então, quanto mais informações, mais qualidade de vida para quem é do espectro”, enfatiza Sarita. Inscrições e mais informações estão disponíveis neste site. Cuidado e inclusão Como governadora em exercício, Celina Leão sancionou a alteração à Lei nº 4.568/2011, que obriga o Poder Executivo a proporcionar tratamento especializado, educação e assistência específica aos autistas. Essa modificação na legislação assegura o desenvolvimento das pessoas com autismo com foco no mercado de trabalho. A mudança inclui na lei a necessidade de participação de autistas em atividades de capacitação profissional, artística, intelectual, cultural, esportiva e recreativa por meio de políticas afirmativas. Também implementa ações que identifiquem e desenvolvam a pessoa autista em seus interesses para aplicação das habilidades no ambiente de trabalho. Além disso, a lei obriga o poder público a realizar coleta de dados e informações sobre autismo nos censos demográficos, incluindo informações sobre a área profissional.

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Grupo da UBS 1 de Taguatinga oferece escuta e orientações a cuidadores de pessoas com TEA

Um espaço de escuta e orientações. É esse apoio que o grupo interdisciplinar TEAlogando da Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 de Taguatinga oferece para pais e cuidadores de pessoas com diagnóstico ou investigação de Transtorno do Espectro Autista (TEA) da quadras QNG, QNH, localizadas em Taguatinga, e da Colônia Agrícola 26 de Setembro, território atendido pela unidade. O grupo, iniciado em maio de 2024, está na terceira turma e é conduzido pelas equipes multiprofissionais (eMulti) e de Saúde da Família (eSF). O grupo iniciado em maio de 2024 está na terceira turma e é conduzido pelas equipes multidisciplinares e de Saúde da Família (eSF) | Fotos: Arquivo pessoal Em celebração ao Abril Azul, mês de conscientização sobre o autismo, o grupo realizou algumas atividades. “Não é um grupo fixo, há rotatividade dos participantes, pois são pais de crianças que chegam com demanda de atraso de linguagem, suspeita ou diagnóstico de TEA para a eMulti. Eles são convidados a participar da turma enquanto as crianças aguardam os devidos atendimentos e encaminhamentos nas Redes de Atenção à Saúde ( RAS)”, aponta a gerente da UBS, Iraquitania Bernardo Barbosa. A fonoaudióloga Suzy Yurimi Kusakawa Mashuda explica que são ciclos de seis encontros quinzenais onde são abordados temas específicos de interesse para orientações, criação de rede de apoio entre os pais e a intervenção precoce. Grupo discute temas como desenvolvimento de linguagem e seletividade alimentar de pessoas com TEA e autocuidado dos próprios cuidadores “Essa medida é importante, pois cria uma rede de apoio entre os pais, fortalece o vínculo com a equipe. Nesses grupos, eles recebem orientações práticas para serem aplicadas no dia a dia. Além de tudo, é um espaço de acolhimento, escuta qualificada, apoio e troca de experiências”, afirma. Conhecimento Entre os assuntos abordados com os participantes estão a definição e conceito do TEA, comunicação e desenvolvimento de linguagem, alterações sensoriais, seletividade alimentar, direito da pessoa com deficiência e o autocuidado dos próprios cuidadores. [LEIA_TAMBEM] Uma das participantes, Cedalia Maria Medeiros Silva, 44, mãe do Isaque, 8, conta que o filho foi diagnosticado com autismo nível 2 de suporte. Moradora da região, ressalta que o apoio do grupo é fundamental. “Aprendi mais sobre o comportamento dele. O apoio é muito bom para nós, mães atípicas. Outra coisa importante foram as orientações sobre o autocuidado de quem cuida, principalmente relacionado à saúde mental e autoestima. Da gente não esquecer do nosso próprio cuidado diário, cuidar do cabelo, fazer uma maquiagem. Eu me senti acolhida. Os profissionais são solícitos e fazem tudo com muito amor. Sei que vai ajudar muitas mães”, elogiou. Atendimento A porta de entrada para o serviço são as unidades básicas de saúde (UBSs), que fazem o acolhimento e os encaminhamentos necessários a partir de uma avaliação inicial, realizada por uma equipe multiprofissional.  Após a etapa, a pessoa com TEA pode ser encaminhada de acordo com a gravidade dos casos. Em formas mais leves, os pacientes são direcionados para uma equipe de saúde da família. Em casos moderados, para os serviços especializados em saúde mental, como o Centro de Atendimento ao Adolescente e Família (Adolescentro) e o Centro de Orientação Médico-Psicopedagógica (COMPP). Já em ocorrências mais graves do transtorno, para os Centros de Atenção Psicossocial (Caps). *Com informações da SES-DF  

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Abril Azul: Cartilha informa sobre direitos das pessoas com autismo

A Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) lançou, nessa quinta-feira (24), a cartilha Autismo, Direitos e Defensoria Pública. Elaborado em alusão ao Abril Azul, mês de conscientização sobre o autismo, o material tem como objetivo promover informações sobre os principais temas que envolvem o Transtorno do Espectro Autista (TEA), além de apresentar a atuação da instituição em prol dessa população. Arte: DPDF A cartilha trata de assuntos como conceito de autismo, direitos das pessoas com TEA, educação inclusiva, saúde, planos de saúde, transporte, cultura e lazer, entre outros. Também traz uma lista de contatos úteis – telefones e endereços de órgãos e instituições que atuam na área. O conteúdo foi produzido pelo Núcleo de Assistência Jurídica de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos (NDH/DPDF) e elaborado pela Escola de Assistência Jurídica da Defensoria Pública do DF (Easjur/DPDF), como parte da política institucional de educação em direitos. A cartilha passa a integrar a coleção Roteiros de Conhecimento, que já reúne 32 publicações com temáticas diversas, elaboradas pela DPDF e parceiros. Além disso, servirá como material base para um curso sobre os direitos das pessoas com autismo, que será disponibilizado ainda este mês na plataforma de ensino a distância da Easjur. “O lançamento dessa cartilha é um passo concreto para o fortalecimento da cidadania e da autonomia dessas pessoas” Amanda Fernandes, chefe do NDH/DPDF Para o defensor público-geral, Celestino Chupel, a iniciativa representa mais um avanço na luta por equidade e respeito aos direitos das pessoas com TEA. “Por meio dela, fornecemos informações essenciais sobre o tema, o que é fundamental para o acolhimento e a inclusão real dessas pessoas”, afirmou. A defensora pública Amanda Fernandes, chefe do NDH/DPDF, reforça o compromisso da instituição com a defesa dos direitos das pessoas com TEA em todas as esferas da vida: “O lançamento dessa cartilha é um passo concreto para o fortalecimento da cidadania e da autonomia dessas pessoas. Atuamos diariamente para que tenham vez, voz e seus direitos plenamente assegurados”. O defensor público e diretor da Easjur/DPDF, Evenin Ávila, destacou a importância de materiais especializados na prevenção de litígios: “Não há como formar uma cidadania ativa, consciente e emancipadora sem acesso à informação qualificada. O modelo de Justiça reativa lida com o sofrimento das pessoas. A Defensoria Pública precisa inaugurar um novo tempo, com foco em informação e educação para a prevenção”. Defesa dos direitos humanos A DPDF conta com um núcleo especializado na promoção e defesa dos direitos humanos: o NDH. Dentro dele, há um ofício voltado especificamente à defesa dos direitos das pessoas com deficiência, responsável por assegurar o exercício das liberdades fundamentais, visando à inclusão social e ao pleno exercício da cidadania. O NDH funciona no Nuclão da DPDF, localizado na Quadra 1 do Setor Comercial Norte, no Edifício Rossi Esplanada Business. O atendimento é realizado de segunda a sexta-feira, das 12h às 18h, em dias úteis.

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Encontro debate atendimento ao paciente com TEA em hospitais

O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) foi palco do II Encontro de Conscientização no Atendimento ao paciente com Transtorno do Espectro Autista (TEA), nesta quinta-feira (3). No evento, especialistas debateram o assunto e trocaram experiências com os profissionais que atuam com pacientes autistas e com outras deficiências. “O atendimento ao paciente autista é um desafio diário. Temos que buscar condições de suavizar e melhorar as condições de atendimento para que eles consigam receber o atendimento necessário. É uma atualização constante e, por isso, precisamos nos reunir para discutir esse tema e as possibilidades de humanizar ainda mais o serviço com quem lida diariamente no cuidado destes pacientes”, afirma a chefe do serviço de Odontologia e Cirurgia Bucomaxilofacial do HRSM, Érika Maurienn. Especialistas debateram o assunto e trocaram experiências com os profissionais que atuam com pacientes autistas e com outras deficiências | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF Representando a Diretoria de Atenção à Saúde do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), Adriana Gonçalves destacou a importância de realizar um evento com um tema tão importante e atual para a sociedade. “O autismo não é uma pauta só da saúde, mas também da educação, da assistência social, de todos, pois devemos respeitar e incluir essas pessoas. Temos que pensar no futuro delas, quem cuidará dessas crianças e adultos autistas que um dia se tornarão adultos idosos e os pais não estarão mais aqui para cuidar. É um debate de todos”, enfatiza. Debatendo o autismo Um dos pontos levantados no encontro foi respeitar as particularidades de cada paciente, como as diferentes hipersensibilidades sensoriais Apresentando uma palestra sobre os Transtornos de Integração Sensorial, a cirurgiã dentista e professora da Universidade Católica de Brasília (UCB), Laís Amaral, destacou as principais estratégias de acomodação sensorial que podem ser utilizadas no dia a dia dentro de um consultório odontológico. Além disso, falou da necessidade de sedação ou anestesia geral nos pacientes que possuem maior sensibilidade, ressaltando que cada paciente é único e tem particularidades. Por isso, no consultório ela costuma utilizar objetos que acalmam os pacientes, cobertores sensoriais, musicoterapia, entre outros recursos. “Temos que mostrar, não só para os dentistas, mas para outros profissionais, algumas técnicas, algumas ferramentas, algumas coisas que a gente pode utilizar para acomodar esse paciente sensorialmente, para ser possível a gente trazer a qualidade de vida e promover a saúde dessa população, tanto a saúde bucal e como a saúde geral”, explica. A neuropediatra do Hospital da Criança de Brasília (HCB), Ellen Siqueira, ministrou a palestra sobre os níveis de suporte ao paciente com TEA, ressaltando que cada indivíduo é único e pode apresentar características diferentes. Além disso, o nível de suporte pode variar ao longo da vida. Os cirurgiões dentistas que atendem no ambulatório de Odontologia PCD do HRSM, Diego Sindeaux e Dryelle Flores, falaram sobre o atendimento humanizado no HRSM, destacando os desafios diários e o esforço da equipe em prestar um atendimento de excelência, respeitando os limites de cada paciente e a parceria com a equipe do Centro Cirúrgico da unidade. “Os pacientes autistas têm um manejo diferenciado e não é possível fazer o tratamento de maneira tão rápida, tendo em vista que a maioria deles possui hipersensibilidade a som, luz, toque e sabor” Diego Sindeaux, cirurgião dentista “Os pacientes autistas têm um manejo diferenciado e não é possível fazer o tratamento de maneira tão rápida, tendo em vista que a maioria deles possui hipersensibilidade a som, luz, toque e sabor, que são coisas intensas durante o tratamento odontológico. Por isso, alguns casos são necessários para fazer o tratamento odontológico dentro do centro cirúrgico, sob efeito de anestesia geral”, explica Sindeaux. Vinícius Reis é musicólogo e musicalizador infantil, estudante de terapia ocupacional e esteve no HRSM para falar um pouco a respeito de atendimento humanizado “Eu acredito profundamente que capacitar os profissionais da saúde para uma vivência inclusiva é de extrema relevância. Espero que o dia de hoje tenha ajudado e continue agregando para que a gente possa crescer juntos, não apenas como área de conhecimento, mas também como sociedade”, avalia. *Com informações do IgesDF

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UBS 1 de Santa Maria aprimora atendimento a pacientes com autismo

A Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 de Santa Maria apresentou, nesta semana (2), um plano inovador para aprimorar o fluxo de atendimentos a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O objetivo é capacitar a equipe no acolhimento a esse grupo e seus familiares, entendendo todas as etapas que a assistência envolve. “Muitos usuários – e até servidores – desconhecem a existência do atendimento prioritário garantido por lei. A partir da qualificação, queremos tornar a receptividade mais humanizada, proporcionando aos pacientes um percurso mais claro dentro da UBS”, explica a enfermeira da unidade de Santa Maria e uma das idealizadoras do projeto, Amanda Lopes. O novo plano vem ao encontro do Dia Mundial de Conscientização do Autismo, lembrado em 2 de abril, e reforça a importância de obter informações sobre o TEA. “Com um olhar mais atento, conseguimos, por exemplo, encaminhar a criança para avaliação e intervenção adequadas o quanto antes, o que faz toda a diferença no desenvolvimento dela”, ressalta a fonoaudióloga da UBS 1 de Santa Maria, Beatriz Cerqueira. O objetivo é capacitar a equipe no acolhimento a esse grupo e seus familiares, entendendo todas as etapas que a assistência envolve | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF A ação desenvolvida pela unidade também abordou outros pontos sobre o tema como as principais características do TEA e o diagnóstico precoce. Além disso, os presentes puderam conhecer os direitos dos autistas, incluindo o uso do crachá de identificação e a Carteira de Identificação da Pessoa com TEA (CIPTEA) – documento que pode ser solicitado na Secretaria da Pessoa com Deficiência (SEPD-DF) para garantir atendimento prioritário. Participante da iniciativa, Helder José Alves, 41, pai de Daniel Abner, 6, diagnosticado com TEA nível 3, apoia o atendimento estruturado. “Quando os profissionais estão bem preparados, conseguimos o diagnóstico de forma mais rápida e um suporte melhor. Meu filho é autista não verbal, então tenho que entender tudo o que ele quer sem que diga uma palavra. Cada dia é um novo aprendizado e esse tipo de iniciativa ajuda muito as famílias”, avalia. A capacitação dos profissionais da UBS 1 de Santa Maria foi desenvolvida pela equipe J da unidade, com apoio médico, de gestão, demais servidores, residentes e internas de medicina do Centro Universitário de Brasília (Ceub). Referência em telemedicina A UBS 1 de Santa Maria é referência no uso da telemedicina, sendo uma das 13 unidades da Secretaria de Saúde (SES-DF) com esse serviço. Em parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein, oferece consultas remotas com especialistas, incluindo neuropediatras, psiquiatras e pediatras. “Realizamos cerca de 30 teleconsultas por semana em 12 especialidades. Quando identificamos sinais de TEA, encaminhamos o paciente para avaliação com médicos do Einstein, que nos auxiliam na definição do diagnóstico e direcionam o tratamento”, detalha a médica de Família e Comunidade da SES-DF Natália Souza. Nos casos de suspeita de TEA, as UBSs são a porta de entrada. Após a avaliação inicial, se identificado o transtorno, o paciente é encaminhado às intervenções necessárias. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

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DF terá primeiro Centro de Referência Especializado em Autismo

Nesta quarta-feira (2), data marcada pelo Dia Mundial da Conscientização do Autismo, o governador Ibaneis Rocha anunciou a criação do primeiro Centro de Referência Especializado em Autismo do Distrito Federal. O espaço será dedicado ao atendimento de crianças, adolescentes e adultos com transtorno do espectro autista (TEA), bem como de seus pais. A primeira unidade será instalada no Plano Piloto, e há a previsão de mais duas nas regiões Sudoeste e Norte de Saúde, pontos considerados estratégicos. “Mais uma vez, o Distrito Federal sai na vanguarda no atendimento e na conscientização, porque nós precisamos muito acolher essas pessoas”, afirmou o chefe do Executivo. O governador explicou que a expectativa é levar o centro de referência para outras regiões administrativas. “O projeto que está sendo tratado é no sentido de que a gente abra pelo menos um centro desses em cada uma das regiões do Distrito Federal, para que possamos acolher todos da melhor forma possível”, defendeu. O governador Ibaneis Rocha anunciou, nesta quarta (2), a criação do primeiro Centro de Referência Especializado em Autismo do Distrito Federal | Foto: Renato Alves/Agência Brasília O secretário de Saúde, Juracy Cavalcante, destacou que o centro terá um papel fundamental para diagnosticar e dar apoio aos pacientes e às famílias. “Esse suporte é primordial nos primeiros anos de vida. Quando a gente fala do transtorno do espectro autista, geralmente, a criança começa a apresentar sinais por volta dos 2 ou 3 anos de idade. Então, é importante que a gente trabalhe essa parte da capacitação e da educação para que os pais possam reconhecer os sinais, e obviamente depois a gente vem com essa nossa experiência para tentar auxiliar no diagnóstico especializado”, afirmou.   Ver essa foto no Instagram   Uma publicação compartilhada por Ibaneis (@ibaneisoficial) O Centro de Referência Especializado em Autismo será composto por equipes multidisciplinares, com assistentes sociais, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, nutricionistas e fisioterapeutas, além de salas multissensoriais e equipamentos de estímulo e interação social. O serviço será feito de forma integrada com a Atenção Primária de Saúde. “É muito importante acolher o paciente e a família. Quanto mais cedo o diagnóstico, melhor é o apoio para o desenvolvimento dessas crianças, adolescentes e adultos. Já na Atenção Primária, poderemos aplicar critérios para ver se esse paciente realmente tem algum transtorno, para que seja orientado e encaminhado para os centros de referência. Esses espaços vão acolher os pacientes, que ficarão conosco durante toda a jornada”, explicou a secretária-adjunta da Secretaria de Saúde (SES-DF), Edna Maria Marques de Oliveira. O deputado distrital Eduardo Pedrosa ressaltou que a criação dos centros especializados permitirá maior acesso das pessoas com transtorno do espectro autista tanto em relação ao diagnóstico, como em relação aos tratamentos. “Esse centro terá toda uma estrutura de acolhimento e profissionais para garantir que as terapias sejam desenvolvidas e que possamos ajudá-los a ter um acompanhamento. De certa forma, buscamos desafogar a questão dos laudos, que hoje as pessoas têm muita dificuldade”, disse. “É um marco, com certeza, na história do Distrito Federal”.

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HRSM se destaca nos atendimentos a pacientes com Transtorno de Espectro Autista

Nesta quarta-feira (2) é comemorado o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. A data foi criada em 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU) visando a promover conhecimento sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), bem como sobre as necessidades e os direitos das pessoas autistas. O autismo é uma condição de saúde relacionada ao desenvolvimento do cérebro e afeta aspectos da comunicação, linguagem, comportamento e interação social. Pensando no atendimento humanizado e no bem-estar de quem busca atendimento, o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) conta com dois serviços que atendem pacientes autistas: trata-se do ambulatório de fonoaudiologia infantil e o ambulatório de odontologia PcD. Os pacientes autistas têm um manejo diferenciado e não é possível fazer o tratamento de maneira tão rápida, tendo em vista que a maioria deles possui hipersensibilidade a som, luz, toque e sabor, que são sintomas intensos durante o tratamento odontológico | Fotos: Arquivo/IgesDF De 2017 até 2024, o HRSM liderou o ranking dos hospitais públicos do DF com maior número de tratamentos odontológicos realizados em centro cirúrgico para pacientes com necessidades especiais, totalizando 241 na somatória de todos os anos, superando até os atendimentos do Hospital da Criança de Brasília (HCB), que registrou, ao longo dos oito anos, 197 tratamentos. Só em 2024, foram 62 atendimentos no centro cirúrgico. “Algumas vezes, tentamos o manejo no ambulatório e não dá certo, levamos então para o centro cirúrgico, fazemos os exames de sangue, de risco cirúrgico quando possível e fazemos todos os procedimentos sob anestesia geral. Então, aproveitamos que o paciente está sedado e fazemos tudo que for preciso – extração, canal, restauração, limpeza, tudo em um dia só no centro cirúrgico”, explica o cirurgião-dentista do ambulatório PcD, Diego Sindeaux. Segundo o profissional, os pacientes autistas têm um manejo diferenciado, e não é possível fazer o tratamento de maneira tão rápida, tendo em vista que a maioria deles possui hipersensibilidade a som, luz, toque e sabor, sintomas intensos durante o tratamento odontológico. Pensando no atendimento humanizado e no bem-estar de quem busca atendimento, o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) conta com dois serviços que atendem pacientes autistas: trata-se do ambulatório de fonoaudiologia infantil e o ambulatório de odontologia PcD “Geralmente, na primeira consulta, conversamos com os pais para conhecer e adaptar o tratamento às especificidades de cada paciente, e isso demanda tempo. Fazemos a adaptação de acordo com cada um, pois vamos tirá-los da rotina. Além disso, sempre focamos a humanização, trazendo coisas lúdicas na hora do atendimento, utilizando meios visuais, falamos o que vamos fazer, demonstramos em modelos, para evitar que eles estranhem tanto, o que sai muito da rotina”, informa o dentista. Sindeaux destaca que a boca tem uma sensibilidade maior; até para os pacientes neurotípicos o tratamento odontológico costuma incomodar, então é esperado que os pacientes com algum tipo de deficiência tenham maior sensibilidade e resistência ao tratamento. A seletividade alimentar é um fator determinante em alguns autistas. Como muitos pacientes possuem essa condição para alimentos doces, são mais propensos a desenvolver cáries. Outros pacientes já não comem doces e têm até um fator de proteção contra a cárie. “Alguns pacientes autistas possuem resistência em fazer a higiene bucal, outros não. Então, cada caso é um caso e é essencial disponibilizar cuidados específicos e de forma individualizada e humanizada para atender às necessidades odontológicas de pacientes com condições especiais”, enfatiza. O ambulatório de odontologia PcD do HRSM funciona às segundas, quartas e quintas-feiras. O local atende pacientes de todo o DF por encaminhamento via regulação ou casos de emergência que cheguem até o pronto-socorro odontológico do hospital. A cirurgiã-dentista Dryelle Flores também atua diretamente com os pacientes do ambulatório de odontologia PcD, além de uma equipe de técnicos em saúde bucal e os residentes de UTI odontológica. Para tratar do tema, a equipe de odontologia vai promover, na próxima quinta-feira (3), às 8h30, no auditório do HRSM, o II Encontro de Conscientização no Atendimento ao paciente com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Fonoaudiologia Os atendimentos da fonoaudiologia infantil são voltados para pacientes com alterações de linguagem, como atraso no desenvolvimento da linguagem oral, alterações na linguagem oral (dificuldade na compreensão e/ou expressão de ideias e pensamentos), alterações na fala (substituições, trocas ou omissões de sons), gagueira (hesitações, bloqueios, repetições) e não entendimento ou não acompanhamento das atividades na escola (dificuldade no processo de compreensão da leitura, na produção da escrita, na elaboração de textos e trocas ou omissões de letras). Quando se trata de pacientes com o transtorno do espectro autista (TEA), durante a primeira consulta, os pais ou responsáveis são entrevistados pela fonoaudióloga para compreender a situação clínica da criança. Após a triagem, inicialmente o paciente passa por 12 sessões de fonoterapia, com duração de 1h cada. Se após essas sessões o paciente ainda necessitar de atendimento, são fornecidos a ele todos os encaminhamentos necessários para uma nova regulação. O ambulatório de fonoaudiologia infantil funciona nas quartas à tarde, quintas e sextas-feiras o dia inteiro e atende pacientes de todo o Distrito Federal. Em todo o ano de 2024, o ambulatório do HRSM realizou um total de 3.123 atendimentos. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)

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Servidores da rede pública de saúde são capacitados em atendimento a pessoas com TEA

Qualificar profissionais da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) para aprimorar o atendimento a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Este é o principal objetivo da Capacitação em Transtornos Globais do Desenvolvimento com ênfase no TEA. Com as primeiras aulas realizadas nesta semana, a formação conta com 350 inscritos, entre médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais.  A Capacitação em Transtornos Globais do Desenvolvimento com ênfase no TEA visa aprimorar o atendimento de pessoas com TEA na rede pública de saúde do DF | Fotos: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF O curso segue até o final deste ano, com quatro módulos gerais e específicos para diferentes categorias profissionais. “Essa iniciativa é um marco no Distrito Federal. A presença de servidores de todas as regiões de saúde mostra o compromisso de oferecer um serviço mais qualificado em todos os níveis de atenção”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. O secretário da Pessoa com Deficiência, Flávio Pereira, concorda: “Adquirir conhecimento técnico é essencial, mas também precisamos aplicá-lo com empatia e responsabilidade. Saber fazer e saber ser são princípios que garantem um atendimento mais humanizado”, avalia.  A capacitação é fruto de uma parceria entre a SES-DF, o Ministério da Saúde (MS) e o Instituto do Carinho, uma entidade sem fins lucrativos, por meio do Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (Pronas/PCD). Criado pelo MS, o Pronas tem um papel fundamental na qualificação de profissionais e na ampliação da assistência às pessoas com deficiência. Rede de assistência mais forte O curso aborda temas como diagnóstico precoce; intervenção multiprofissional; fluxos de encaminhamento no Sistema Único de Saúde (SUS); abordagem integrada entre diferentes especialidades; e compartilhamento de experiências. “Iniciativas assim são essenciais para qualificar o atendimento e garantir mais acesso para as pessoas com TEA e suas famílias. Precisamos estar preparados para ofertar atendimento especializado em todos os serviços”, detalha a subsecretária de Saúde Mental da SES-DF, Fernanda Falcomer. “Tanto profissionais da Atenção Primária à Saúde quanto os da especializada serão capacitados. Ao fazermos isso, permitimos que o paciente tenha qualidade de atendimento desde a sua entrada na Unidade Básica de Saúde [UBS] até a reabilitação”, assegura a coordenadora da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (RCPCD) da SES-DF, Camila Medeiros. O curso aborda temas como diagnóstico precoce, intervenção multiprofissional, fluxos de encaminhamento no SUS e abordagem integrada entre diferentes especialidades Durante a formação, os participantes também serão preparados para lidar com as barreiras e os desafios que, muitas vezes, surgem no processo de inclusão social, educacional e no ambiente de saúde.  “Recebemos cada vez mais pacientes com autismo e esse curso nos permitirá atender melhor essas famílias, oferecendo um suporte eficaz e empático”, diz o pediatra da Policlínica do Gama, Marlon Lopes, ao se referir à crescente demanda desse grupo de pessoas nos serviços de saúde. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)

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Campanha inclusiva leva Natal confortável a crianças com transtorno do espectro autista (TEA)

O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF), em parceria com o JK Shopping, realizará no domingo (15), das 10h às 12h, pelo segundo final de semana consecutivo, uma ação inclusiva de Natal dedicada às crianças com transtorno do espectro autista (TEA). O evento será em um ambiente adaptado, especialmente planejado para oferecer uma experiência acolhedora e confortável. A visita ao Papai Noel será realizada em um espaço preparado com cuidado, contando com a presença de profissionais capacitados para atender às necessidades específicas das crianças. O evento será em um ambiente especialmente adaptado para crianças com TEA | Foto: Divulgação/Detran-DF Durante a ação, serão emitidas credenciais de estacionamento para autista e para idoso. Além disso, será realizada a entrega de kits educativos para as famílias de autistas, contendo adesivos para carro, botons e o livro O Autista no Trânsito, produzido pelo Detran-DF. Programação • Visita ao Papai Noel: ambiente tranquilo e adaptado para garantir o bem-estar das crianças • Atividades lúdicas e sensoriais: interação com mímicos, personagens e oficinas criativas • Contação de histórias: momentos mágicos de aprendizado, com distribuição de kits educativos. *Com informações do Detran-DF

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Inclusão de autistas no mercado de trabalho abre espaço para novos talentos

Com uma população de 13 mil pessoas que, segundo a Associação Brasileira de Autismo,  apresentam diagnóstico de transtorno do espectro autista (TEA) no DF, a Secretaria de Saúde (SES-DF) dispõe de uma rede de unidades focadas em atendimento, diagnóstico e tratamento. O serviço também apoia os pacientes a conseguirem o primeiro emprego, um processo facilitado neste ano com a lei nº 14.992/2024, que define regras para estimular a contratação, como empregado, aprendiz ou estagiário, de pessoas com TEA. Desde que foi diagnosticada com TEA, a professora Wanessa Tirelli afirma ter encontrado todo o apoio no trabalho: “O diagnóstico me trouxe mais organização e consciência sobre minha condição, ajudando-me a lidar melhor com o dia a dia profissional” | Foto: Arquivo pessoal “A diversidade no ambiente de trabalho só tem a enriquecer a todos” Ana Miriam Garcia Barbosa, assistente social De acordo com especialistas da SES-DF, a promoção da inclusão de autistas no mercado de trabalho não apenas combate preconceitos, mas também abre espaço para que mostrem suas habilidades. A assistente social Ana Miriam Garcia Barbosa lembra que, para que essas pessoas sejam reconhecidas e tenham a oportunidade de uma vida mais autônoma e realizada, a sociedade precisa entender que cada indivíduo no espectro autista é único, com suas próprias capacidades e desafios. “O espectro autista é vasto, e muitos desses jovens têm necessidades leves e são extremamente competentes em suas funções”, aponta. “A diversidade no ambiente de trabalho só tem a enriquecer a todos”. Habilidades acentuadas Alguns exemplos de aptidões comuns entre indivíduos com TEA são habilidades relacionadas a questões lógicas e matemáticas, disposição para atividades repetitivas e metódicas que consistem na manutenção de uma rotina, atividades com regras e padrões bem definidos e ótima memória visual e de longo prazo. A professora de Geografia Wanessa Tirelli, diagnosticada aos 31 anos com TEA, relata ter recebido apoio no seu ambiente de trabalho, com acolhimento da chefia – situação que não é a realidade de muitas pessoas com autismo. “O diagnóstico me trouxe mais organização e consciência sobre minha condição, ajudando-me a lidar melhor com o dia a dia profissional”, diz. “Sou uma profissional tão capaz como qualquer outra”. Desafios e apoio da família Segundo  Ana Miriam, há um estereótipo de que as pessoas com autismo possuem dificuldades severas em suas interações sociais ou apresentam comportamentos como a autoagressão. “Essa visão limitada impede que muitos autistas, que são altamente capazes e produtivos, tenham a chance de mostrar seu potencial”, pontua. A especialista explica que o preconceito enraizado afeta a autoestima dos adolescentes autistas, que crescem acreditando não serem capazes de se inserir no mercado de trabalho. “Muitas famílias acreditam que seus filhos não são capazes de desempenhar qualquer outra atividade, o que reforça a exclusão”, diz. “Precisamos estimular programas de estágio e jovem aprendiz. Essa inclusão é fundamental para desmistificar o diagnóstico e revelar todo o potencial produtivo desses jovens”. Centros especializados Para obter o diagnóstico do transtorno, o primeiro passo é ir à unidade básica de saúde (UBS) de referência. Após isso, há o encaminhamento a um dos quatro centros especializados em reabilitação (CERs) da SES-DF, conforme o perfil do paciente. Centro Especializado em Reabilitação do Hospital de Apoio atende adultos que precisam de reabilitação para o mercado de trabalho Os adultos que precisam de reabilitação para se adequar ao mercado de trabalho são atendidos no CER do Hospital de Apoio, que funciona de segunda a sexta-feira, exceto às quartas. Jovens também podem se preparar no Adolescentro, unidade especializada e reconhecida como referência na atenção a pacientes de 10 a 18 anos com transtornos mentais, de aprendizagem e vítimas de violência sexual. Os cuidados aos autistas também são oferecidos no CER II, em Taguatinga, e no Centro de Orientação Médico-psicopedagógica, que tem como foco o público infantil e fica no Setor Hospitalar Norte, ao lado do Hemocentro.   *Com informações da Secretaria de Saúde  

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Ação na UBS 1 de Vicente Pires promove saúde para crianças neurodivergentes

A Unidade Básica de Saúde (UBS) 01 de Vicente Pires promoveu uma atividade especial em comemoração ao Dia das Crianças. Realizado nesta segunda-feira (14), o evento teve como foco o brincar funcional, com atividades educativas e recreativas voltadas especialmente para crianças com alterações no neurodesenvolvimento. A iniciativa faz parte da Estratégia Saúde da Família (ESF), com o objetivo de garantir a integralidade do cuidado e dos serviços oferecidos pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) na Atenção Primária à Saúde (APS). “Isso aqui é algo que eles vão levar pra vida, aprendendo as coisas nas brincadeiras”, afirmou Ranielma Barbosa, mãe de Ana Júlia, que tem TEA | Fotos: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF Mãe de Ana Júlia, 5 anos, que possui Transtorno do Espectro Autista (TEA), Ranielma Barbosa, 28 anos, elogiou a iniciativa. “Isso aqui é algo que eles vão levar pra vida, aprendendo as coisas nas brincadeiras. É muito comum vermos eles em frente às telas, o que atrapalha muito no desenvolvimento deles”, afirmou. O evento ofereceu ambiente lúdico com músicas animadas e atividades que estimularam a memória, atenção, concentração, psicomotricidade e integração sensorial das crianças. A iniciativa faz parte da Oficina da Infância, desenvolvida pela equipe multiprofissional (e-Multi) ampliada da UBS 01 de Vicente Pires. O projeto oferece atendimentos de reabilitação e prevenção de agravos a crianças neurodivergentes, a exemplo de condições como o autismo, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e a dislexia. Em comemoração ao Dia das Crianças, o evento teve como foco o brincar funcional, com atividades educativas e recreativas voltadas especialmente para crianças com alterações no neurodesenvolvimento atendidas pela e-Multi ampliada da UBS 1 de Vicente Pires Segundo a psicóloga da e-Multi, Sofia Lisboa, é importante que a criança entenda que o cuidado com a saúde vai além da doença. “Em momentos como esse, reforçamos que, para a criança querer ser feliz, ela precisa brincar, estar incluída nas atividades e conhecer os espaços. É fundamental que ela entenda que, quando vem a um espaço de saúde, não é só porque está doente, mas também para aprender que cuidar de si é importante”, afirmou. Equipe multiprofissional O projeto Oficina da Infância tem equipe formada por terapeutas ocupacionais, nutricionistas, assistentes sociais, fisioterapeutas, farmacêuticos e psicólogos. O acolhimento inicial é realizado na UBS por um profissional da eSF, que encaminha os casos para a e-Multi. A partir daí, é planejado um atendimento terapêutico individualizado, de acordo com as necessidades de cada paciente. A terapeuta ocupacional da e-Multi, Marília Mendes, ressalta que o evento foi promovido para estimular a interação entre a comunidade e os profissionais de saúde. “Essa ação surgiu para ampliar ainda mais esse acesso, para favorecer o brincar e estimular o vínculo entre as famílias, os usuários e os profissionais, integrando toda a comunidade”, explicou. A ação foi realizada pela e-Multi Ampliada de Vicente Pires, em parceria com a equipe de Saúde da Família (eSF) da UBS 01 e com a Associação dos Especialistas em Saúde Pública da SES-DF. *Com informações da SES-DF  

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