Resultados da pesquisa

autonomia

Thumbnail

Mais de 8 mil mulheres já foram capacitadas sobre organização do lar pelo curso Protagonista da Casa

“Essas oportunidades são maravilhosas, acessíveis, eficientes e gratuitas. É transformador.” O depoimento é de Sandra Maria Rodrigues, 51 anos, moradora de Planaltina. Depois de décadas atuando como diarista, ela viu sua profissão ganhar novos rumos após participar da primeira etapa do projeto Protagonista da Casa, promovido pela Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF). O curso gratuito de organização do lar ensinou técnicas de limpeza, organização, otimização de espaços e valorização profissional. “Comecei a cobrar por hora, ganhei mais reconhecimento e aumentei minha renda. Hoje até ganho à parte para organizar armários no meu condomínio”, conta, animada, após se inscrever no segundo módulo do curso, voltado agora para a educação financeira. Com o curso Protagonista da Casa, Sandra Maria Rodrigues aprendeu novas oportunidades de aumentar a renda | Fotos: Jhonatan Vieira/Sejus-DF O relato de Sandra ecoa entre as mais de 8 mil mulheres que participaram do primeiro módulo do projeto, que ofereceu o curso de organização do lar entre os meses de fevereiro e julho, em todas as regiões administrativas do DF. A capacitação, com duração de duas horas, foi ministrada por Barbara Porto, especialista em organização e gerenciamento doméstico, e chegou a reunir uma média de cinco turmas por semana — algumas cidades, como Planaltina, Gama, Sobradinho, Santa Maria e Estrutural, receberam mais de uma edição devido à grande procura. Impacto real e valorização profissional “O que mais me marcou foi ver o quanto essas mulheres passaram a valorizar o trabalho doméstico que realizam. Elas saem do curso com um novo olhar, mais ético e profissional sobre o próprio serviço, conseguem fazer cobranças justas e prestar um atendimento de maior qualidade. Isso transforma a autoestima e abre portas para ganhos melhores ou até para se tornarem personal organizers”, destaca a instrutora Barbara Porto. O curso gratuito de organização do lar ensinou técnicas de limpeza, organização, otimização de espaços e valorização profissional  Idealizadora do projeto, a secretária de Justiça e Cidadania do DF, Marcela Passamani, reforça que a proposta vai além da capacitação técnica. “O Protagonista da Casa é sobre oportunidades, dignidade e autonomia. Estamos falando de milhares de mulheres que agora enxergam valor no que fazem, que se sentem capazes de empreender, de buscar uma renda melhor e de transformar suas histórias. Esse é o papel da política pública: mudar realidades com ações concretas e acessíveis”, afirma. Reconhecimento e empoderamento [LEIA_TAMBEM]Mulheres como Ginalva Ramos de Jesus, 53 anos, moradora do Paranoá e empregada doméstica no Lago Norte, viram no projeto a oportunidade de agregar valor ao trabalho que já realizam há anos. “Aprendi a importância de detalhes que eu nunca tinha pensado, como a organização correta das roupas de cama, dos panos de chão e dos espaços. Agora estou empolgada para aprender a lidar melhor com meu dinheiro, porque nessa parte eu sou muito ruim”, confessa, rindo. Ela já está participando da nova etapa do projeto, que começou neste mês de julho. Ao final de cada turma, todas as participantes receberam certificados de conclusão, reconhecendo sua dedicação e os novos conhecimentos adquiridos — mais um passo importante no processo de valorização e profissionalização dessas mulheres. Segunda etapa: educação financeira para a vida Com o sucesso da primeira fase, a Sejus deu início ao segundo módulo do projeto Protagonista da Casa, com foco no orçamento doméstico funcional, dicas de economia residencial, planejamento financeiro e administração de recursos. As aulas são ministradas pela consultora de finanças pessoais Andressa de Paula, que aposta em uma mudança de mentalidade. “Queremos que essas mulheres saiam com uma nova visão sobre o dinheiro. Muitas acham que não é importante falar disso, mas é essencial. A ideia é que, mesmo com pouco, elas aprendam a se organizar e comecem a poupar. Essa transformação começa pela consciência”, explica. O segundo módulo está sendo realizado de forma itinerante e vai retornar às regiões que já receberam a primeira edição, ampliando o impacto nas comunidades e fortalecendo o processo de autonomia e empoderamento das participantes. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF)

Ler mais...

Thumbnail

Programa que oferece CNH gratuita muda a vida de 15 mil pessoas em situação de vulnerabilidade

A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) é um documento que confere ao titular o direito de dirigir. Mas, tal qual um passaporte, ela também pode abrir portas para outros mundos: da autonomia, da dignidade e do mercado de trabalho. A dona de casa e estudante Marcia Padilha, por exemplo, tinha o sonho de tirar a CNH na categoria D, o que realizou em 2021, aos 41 anos. Mais do que dirigir caminhões, a carteira também lhe deu novas oportunidades. “Como foi em um momento que eu tinha recém-ganhado neném, ficava pensando muito o que ia fazer da vida. Estávamos no meio de uma pandemia, eu com neném novo, meio sem saber o que fazer da vida, tinha trancado a faculdade, não trabalhava… Foi um norte, uma direção nova”, lembra. Luiza Cristina Oliveira é uma das pessoas que seguiram em outros cursos após obter a Habilitação Social, em 2023. “Sempre tive vontade de ser motorista de ônibus de transporte escolar. Aí, quando apareceu a oportunidade da CNH Social eu falei: ‘Vou tentar, não custa nada’. Tentei, fui contemplada e tirei” | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Os custos para obter a certificação eram uma barreira para Marcia. A “direção nova” só chegou graças ao programa Habilitação Social, do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF), que tem como objetivo oferecer a primeira CNH, a adição ou alteração de categoria, e a renovação do documento de forma gratuita a pessoas em situação de vulnerabilidade. “Foi muito bom na minha vida. Eu falo que dirigir, para mim, é libertador, pegar um carro, ir para onde quiser, quando quiser. Também é uma válvula de escape para quando estou cansada, estressada, precisando pensar na vida. Para as mulheres, é independência, não precisar ficar dependendo de companheiro, de pai, de transporte por aplicativo”, acrescenta a estudante. “A ideia, primeiro, é abrir o mercado de trabalho para essas pessoas. Claro, inclui também ela ter a dignidade dentro do deslocamento, mas é muito mais voltado para a realidade da busca pelo emprego” Marcelo Granja, gerente da Escola Pública de Trânsito A primeira edição da Habilitação Social foi exatamente em 2021. Para este ano — na terceira edição —, as inscrições estão abertas até a próxima sexta-feira (18), no site do Detran. Com os selecionados de 2024, o programa chegará a 15 mil pessoas atendidas. Para participar, é preciso ter mais de 18 anos, estar inscrito como titular ou dependente no Cadastro Único (CadÚnico), saber ler e escrever, ser penalmente imputável e ter domicílio no DF há pelo menos dois anos. Há percentuais de vagas destinados a jovens de até 25 anos que concluíram o Ensino Médio na rede pública de ensino (ou com bolsa integral em instituições particulares) e a beneficiários de programas sociais das secretarias de Desenvolvimento Social (Sedes) e de Justiça e Cidadania (Sejus). No momento da inscrição, também é importante indicar o tipo de serviço que o candidato deseja — primeira habilitação, renovação, adição ou troca de categoria — e informar se a pessoa se declara como negra, parda ou indígena, transexual, egressa do Sistema Socioeducativo, idosa, integrante de família beneficiária do Bolsa Família, em situação de extrema pobreza, ou se participou do Detran nas Escolas, conforme previsto no edital. A dona de casa e estudante Marcia Padilha tinha o sonho de tirar a CNH na categoria D, o que realizou em 2021, aos 41 anos. Mais do que dirigir caminhões, a carteira também lhe deu novas oportunidades Após a conclusão do cadastro, não é possível fazer nenhuma alteração, tampouco outra inscrição. Por isso, o candidato precisa ler tudo com atenção. Passado o período de inscrições, Detran, Sejus e Sedes farão a seleção em até 60 dias. Depois desse prazo, os selecionados serão avisados e terão de 30 a 60 dias para iniciarem o processo e até 12 meses para concluí-lo — podendo fazer até duas provas, em cada etapa, de forma gratuita. Em 2021, o Detran recebeu cerca de 28 mil inscrições, número que passou para 30 mil em 2022. Neste ano, até o último dia 11, já eram mais de 51 mil inscritos. “A ideia, primeiro, é abrir o mercado de trabalho para essas pessoas. Claro, inclui também ela ter a dignidade dentro do deslocamento, mas é muito mais voltado para a realidade da busca pelo emprego”, pontua o gerente da Escola Pública de Trânsito do Detran-DF, Marcelo Granja. “Então, não é simplesmente dar uma habilitação, mas é proporcionar que essa pessoa possa ter a possibilidade do emprego”, completa. O gerente ainda destaca a oferta de cursos gratuitos pelo Detran — alguns exclusivos para mulheres —, como um de mecânica e outro para condutores de transporte escolar: “A gente tem recebido muitas pessoas que já vieram da primeira edição (do Habilitação Social) e estão nesses cursos. Pessoas que já estão trabalhando e não tinham sequer habilitação. Isso tem acontecido e é interessante. No geral, a gente tem tido um retorno muito positivo daqueles que concluíram. É um programa que tem um cunho social importante”. Luiza Cristina Oliveira, 28 anos, é uma das pessoas que seguiram em outros cursos após obter a Habilitação Social, em 2023. “Sempre tive vontade de ser motorista de ônibus de transporte escolar. Aí, quando apareceu a oportunidade da CNH Social eu falei: ‘Vou tentar, não custa nada’. Tentei, fui contemplada e tirei. Neste ano, eu fiz o (curso de motorista) de transporte escolar e ano que vem eu vou ver se consigo entrar na área”, relata. Mesmo que ainda esteja atuando como confeiteira, ela já conquistou o que precisa para realizar o sonho. “Tudo com a CNH Social e a ajuda do Detran. É um programa muito bacana”, arremata.

Ler mais...

Thumbnail

Dia Nacional de Libras: GDF investe em acessibilidade e autonomia

Há 22 anos, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) foi reconhecida pela Lei nº 10.436 como meio de comunicação legal em território brasileiro. Em homenagem ao marco, nesta quinta-feira (24) é celebrado o Dia Nacional de Libras, ferramenta de expressão e autonomia para a comunidade surda. “Essa lei trouxe seguridade para nós enquanto comunidade surda, para a gente poder se comunicar usando essa língua. Antes, eu posso dizer que tínhamos muitas barreiras e dificuldades. Mas, com o poder da lei – que nasceu aqui em Brasília –, podemos dizer que vivemos muitos avanços. Ainda não estamos 100%, mas é preciso que a Libras seja cada vez mais divulgada e tenha apoio, para se difundir como linguagem” Waldimar Carvalho da Silva, diretor de Acessibilidade Comunicacional da Sepd-DF O Distrito Federal é uma das unidades da federação pioneiras na implementação de uma Central de Interpretação em Libras (CIL) – disponível para atendimento à comunidade surda, na Estação da 112 Sul –, bem como da criação de um sistema online para a assistência 24 horas a esse público, por meio de aplicativo. As iniciativas do Governo do Distrito Federal (GDF) também incluem projetos educacionais implementados na rede pública de ensino. As propostas são voltadas para dignidade e independência das 10.774 pessoas que possuem algum tipo de deficiência auditiva no DF, segundo dados do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF). “Essa lei trouxe seguridade para nós, enquanto comunidade surda, para a gente poder se comunicar usando essa língua. Antes, eu posso dizer que tínhamos muitas barreiras e dificuldades. Mas, com o poder da lei – que nasceu aqui em Brasília –, podemos dizer que vivemos muitos avanços. Ainda não estamos 100%, mas é preciso que a Libras seja cada vez mais divulgada e tenha apoio, para se difundir como linguagem”, frisa o diretor de Acessibilidade Comunicacional da Secretaria da Pessoa com Deficiência do DF (Sepd-DF), Waldimar Carvalho da Silva. O Distrito Federal é uma das unidades da federação pioneiras na implementação de uma Central de Interpretação em Libras (CIL), disponível para atendimento à comunidade surda na Estação da 112 Sul | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Ex-professor da Escola Bilíngue de Taguatinga, o servidor ressalta que a data é importante para lembrar que o ensino voltado para a inclusão também precisa ser difundido entre as pessoas ouvintes, ou seja, aquelas que não possuem deficiência no aparelho auditivo. “Os ouvintes têm que entender, ter a maturidade de aceitar a nossa comunicação. Eu, como pessoa surda, já tenho experienciado e percebido que muitas vezes as pessoas não recebem isso de forma positiva. Falta um aprendizado das pessoas, de nos respeitar como pessoas surdas, no lugar de dor que nós temos”, destaca. Acessibilidade nas salas de aula Desde as etapas iniciais do desenvolvimento, a rede pública de ensino do DF conta com uma série de iniciativas que promovem a inclusão e acessibilidade, em busca de oportunidades igualitárias para a comunidade surda. Segundo a Secretaria de Educação, 825 alunos com surdez estão matriculados nas instituições de ensino, dos quais 818 apresentam alguma deficiência auditiva e sete, surdocegueira. Ainda de acordo com a pasta, 337 turmas realizam o atendimento aos estudantes com algum tipo de limitação no aparelho auditivo. Entre elas, 118 são classes bilíngues, 17 classes bilíngues diferenciadas, 182 classes bilíngues mediadas e outras 20 exclusivas para a Educação de Jovens e Adultos (EJA). A paraibana Seliane Almeida Rocha descobriu o atendimento pelas redes sociais e celebra os avanços em termos de acessibilidade na capital da República A Escola Bilíngue de Taguatinga (QNH 01/03 Área Especial 1 e 2) atende estudantes com deficiência auditiva e ouvintes filhos de pais com surdez, em aulas pensadas para pessoas com deficiência, e não adaptadas para elas. “A língua de sinais é um direito adquirido pelo surdo, porque é sua via de comunicação e instrução. É por meio dela que o surdo consegue se expressar, e com o ensino pensado para ele, ele vai conseguir participar ativamente, se sentir incluso, entendendo o professor, conseguindo responder, participando. No futuro, irá se tornar um cidadão crítico e consciente, que é a proposta da Secretaria de Educação”, explica a supervisora da instituição de ensino, Adriana Reis. A escola recebe estudantes de todos os segmentos – da educação infantil ao ensino médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA), em período integral. Também há estimulação precoce para crianças entre seis meses e 3 anos, com atendimentos semanais. É uma maneira de preparar os pequenos para ingressarem na escola. Além da CIL, o DF também é pioneiro na criação de um sistema online para a assistência 24 horas a esse público, por meio de aplicativo Interessados em se matricular na Escola Bilíngue, ou os responsáveis, devem comparecer presencialmente à secretaria da unidade escolar, para requisitar uma vaga ou a transferência do aluno vindo de outra escola. Esse procedimento pode ser solicitado durante todo o ano. Ferramentas de acessibilidade Outra conquista recente dos brasilienses é o DF Libras CIL Online. Lançada em dezembro de 2023 pela Secretaria da Pessoa com Deficiência (Sepd-DF), a plataforma oferece atendimento gratuito em Língua Brasileira de Sinais garantindo a comunicação dos cidadãos com os órgãos públicos, de forma acessível e digital, em qualquer horário e em todos os dias da semana. O acesso à ferramenta é feito por meio de um QR Code, que conecta o usuário a uma videochamada com um intérprete de Libras. O código está disponível em diversos equipamentos do Governo do Distrito Federal (GDF), como unidades básicas de saúde (UBSs), unidades de pronto atendimento (UPA), centros de referência de assistência social (Cras) e núcleos de assistência jurídica da Defensoria Pública (DPDF). Ex-professor da Escola Bilíngue de Taguatinga, Waldimar Carvalho da Silva ressalta que a data é importante para lembrar que o ensino voltado para a inclusão também precisa ser difundido entre as pessoas ouvintes, ou seja, aquelas que não possuem deficiência no aparelho auditivo Desde o lançamento, em 6 de dezembro de 2023, até o dia 4 de abril, o programa totalizou quase 90 horas de uso e chegou a 4.526 acessos. No período, que contabiliza quatro meses, foram registradas 37 ligações diárias em média. Segundo o diretor da Central de Interpretação de Libras, Alexandre Castro, o sistema implementado pelo GDF é o mais rápido do país, com previsão de atendimento em até 90 segundos. “Ao longo dos últimos anos, tivemos conquistas importantes, como essa ferramenta 24 horas, e outras iniciativas para atender a população. Salvamos pessoas de situações críticas e contribuímos com o acesso a políticas do governo”, destaca o profissional. Há ainda os cidadãos que prefiram visitar a central presencialmente para auxílio dos tradutores. É o caso da Ana Karoline Silva de Araújo, de 30 anos, que esteve no CIL nesta quarta-feira (24) em busca da assistência para uma avaliação no INSS. “Eu fiquei sabendo desse atendimento aqui do CIL quando vim com a minha mãe, há muito tempo”, conta Ana Karoline, em Libras. “Então, eu descobri que eu não precisava depender dela, eu poderia resolver as coisas sozinha. Como eu sou maior de idade, é muito importante para mim essa autonomia para fazer as coisas, sem precisar de algum familiar”, segue. Já Seliane Almeida Rocha, 36, descobriu o atendimento pelas redes sociais. Nascida em Pombal, no interior da Paraíba, a fiscal administrativa se mudou para o DF com a família, em busca de mais qualidade de vida, e celebra os avanços em termos de acessibilidade na capital. No entanto, ressalta que os estabelecimentos e cidadãos ainda precisam avançar nesse quesito. “O CIL é muito importante, porque nos ajuda em termos de acessibilidade. Eu preciso de um atendimento médico, eu chamo um intérprete, eu preciso de uma informação sobre um programa do governo, eu venho aqui. A CIL é o nosso local de informação. É fundamental ter um espaço para nós, com esse cuidado”, avalia.

Ler mais...

Thumbnail

Fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais promovem qualidade de vida

?Aos 73 anos, Edna Maria Fernandes começou a sentir uma forte dor nos ombros devido ao esforço físico repetitivo que fazia para cuidar da mãe. Em busca de tratamento, ela foi à unidade básica de saúde (UBS) mais perto de casa, onde o geriatra a encaminhou para atendimento de fisioterapia na Policlínica de Taguatinga. No local, o fisioterapeuta Hudson Pinheiro a convidou para participar de um grupo criado por ele para ajudar idosos e idosas com dificuldades de locomoção ou dores físicas. “Foi excelente porque, além de aliviar a dor nos ombros, também melhora meu humor e traz muito bem-estar”, relata Edna. No Adolescentro, as equipes multidisciplinares trabalham para ajudar a desenvolver a autonomia e a independência dos pacientes | Foto: Divulgação Toda semana, os participantes se reúnem para a prática de lian gong, que integra a tradição milenar das artes corporais chinesas à medicina ocidental. A atividade compõe as 17 práticas integrativas em saúde (PIS) ofertadas pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES). Nos encontros, são trabalhados principalmente o fortalecimento dos músculos, o relaxamento muscular, o equilíbrio e a prevenção de quedas. O fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional trabalham para promover, prevenir, tratar, habilitar e reabilitar a saúde do indivíduo. A lei que regulamenta a atividade desses profissionais no Brasil foi publicada em 13 de outubro de 1969. Em homenagem, desde 2015, comemora-se nesta data o Dia Nacional do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional. Terapia ocupacional [Olho texto=”“A gente verifica como estão a alimentação, as atividades físicas e de lazer, e tentamos, com a família, criar uma rotina mais saudável” ” assinatura=”Daiane Maciel, terapeuta ocupacional” esquerda_direita_centro=”direita”] ?“O grupo faz bem para os pacientes, porque ajuda a combater o sedentarismo, que é um gatilho para a perda de massa e força muscular”, explica Hudson Pinheiro. “Por isso, nós trabalhamos para tratar os problemas que eles apresentam, mas também para prevenir o desenvolvimento de outras doenças e para promover a saúde como um todo.” Na Policlínica, os pacientes também contam com a área de terapia ocupacional (TO), em atendimentos individuais e em grupos que trabalham a estimulação cognitiva e as atividades manuais.? O objetivo é ajudar idosos e seus cuidadores a desenvolver autonomia e bem-estar. “O principal foco da TO é a estruturação da rotina, porque o idoso costuma ficar muito ocioso após a aposentadoria”, detalha a terapeuta ocupacional Daiane Maciel, que atende na Policlínica. “A gente verifica como estão a alimentação, as atividades físicas e de lazer, e tentamos, com a família, criar uma rotina mais saudável.” Atuação integrada Assim como Edna, muitos outros pacientes se beneficiam dos serviços de fisioterapia e de TO prestados pela rede pública de saúde do DF em diversas regiões administrativas. [Olho texto=”“Trabalhamos muito a construção de rotina para que os pacientes se tornem mais independentes” ” assinatura=”Marina Esselin, terapeuta ocupacional” esquerda_direita_centro=”esquerda”] É o caso do Adolescentro, na Asa Sul, onde os  profissionais dessas áreas atendem adolescentes com deficiências intelectuais, autismo, transtornos de aprendizagem, problemas ligados à depressão, ansiedade, entre outros. Esse atendimento integrado, explica a terapeuta ocupacional Marina Esselin, é o que faz a diferença. “A gente vê aspectos que são próprios da TO: as questões funcionais, da independência, da autonomia”, aponta. “Trabalhamos muito a construção de rotina para que os pacientes se tornem mais independentes.” ?Um desses adolescentes é Euclis Daniel Oliveira Lopes, 19, diagnosticado com síndrome de Asperger na infância e encaminhado para o Adolescentro aos 12 anos. Na unidade, ele passou a ser acompanhado por terapeutas ocupacionais. “Por meio do trabalho de toda a equipe, o Euclis adquiriu mais confiança e começou a tocar violão e a se apresentar no show de talentos do Adolescentro”, conta a mãe do jovem, Vasti Oliveira Costa. “Ele foi perdendo a timidez. Hoje, anda de ônibus sozinho, namora, faz academia, socializa com os amigos e trabalha.” Desenvolvimento estimulado [Olho texto=”Facilitar o desempenho de atividades do dia a dia é objetivo da terapia ocupacional” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A fisioterapia no Adolescentro ajuda no desenvolvimento das habilidades motoras dos adolescentes autistas e com deficiências intelectuais, além das questões psicossociais trabalhadas nos grupos multidisciplinares. O foco da fisioterapia está no movimento, no ganho de força muscular e na amplitude das articulações, enquanto a terapia ocupacional visa possibilitar que as pessoas realizem, da melhor forma possível, as atividades do seu dia a dia. “Os profissionais dessas áreas vão estimular e impulsionar as pessoas a alcançarem o melhor desempenho funcional, conseguindo ter qualidade de vida e sentir-se bem, mesmo que para isso sejam necessárias adaptações”, explica a fisioterapeuta Raquel Andrade, referência técnica distrital (RTD) nessa área. ?Assistência na rede A SES oferece atendimento de fisioterapia e de terapia ocupacional em todos os níveis de atenção. Na atenção primária, os profissionais atuam nas equipes multiprofissionais ampliadas (eMultis ) como apoio às equipes de saúde da família. [Olho texto=”Atuação de fisioterapeutas também ajuda a minimizar os efeitos da internação prolongada” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Na atenção secundária, destacam-se os ambulatórios de reabilitação (física, intelectual, auditiva e visual) e de saúde mental – unidades de saúde funcional, do Centro Especializado em Reabilitação (CER), de geriatria e Centro de Atenção Psicossocial (Caps). Em ambiente hospitalar, o trabalho desses profissionais está relacionado a minimizar os efeitos da internação prolongada. Pensando nisso, o fisioterapeuta trabalha permitindo e incentivando a movimentação ativa do paciente e atua também na reabilitação cardiorrespiratória. Busca da autonomia ?O terapeuta ocupacional atua com intervenções no autocuidado, na reabilitação e no cotidiano das pessoas durante o processo de internação, avaliando o desempenho ocupacional por meio de abordagens cognitivas, físicas e sensoriais que permitem prescrição, confecção e treino de dispositivos de tecnologia assistiva (adaptação, órteses). O objetivo é incentivar a autonomia e independência, favorecendo o processo da alta hospitalar precoce. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] ?Após a alta hospitalar, caso o paciente necessite de acompanhamento em reabilitação, deverá ser encaminhado para atendimento especializado em ambulatórios, que são serviços da atenção secundária vinculados às policlínicas. O encaminhamento para reabilitação pode se dar por diversas causas – pulmonares, neurológicas, oncológicas, ginecológicas e no quadro pós-operatório. ?Os serviços de saúde mental e de atendimento domiciliar também contam com a assistência dos profissionais de fisioterapia e terapia ocupacional. Para o acesso a essa assistência, a porta de entrada é a UBS, onde a equipe de saúde da família se encarrega de fazer a avaliação. Os pacientes que necessitam de tratamento de mais complexidade tecnológica são encaminhados aos ambulatórios para o acompanhamento compartilhado do cuidado com as especialidades da atenção secundária. Se precisa acessar um desses serviços, acesse o InfoSaúde e encontre sua UBS de referência por meio do seu CEP. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF

Ler mais...

Thumbnail

Pacientes de Planaltina visitam o Zoo em ação de saúde mental

Visando promover a autonomia e a socialização de pacientes, o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) II de Planaltina organizou uma atividade fora da rotina. Dezoito jovens e adultos atendidos no local foram nesta semana ao Jardim Zoológico de Brasília, acompanhados de servidores e familiares. [Olho texto=”“Eu vejo que eles se preocupam com a gente, querem saber como estamos. Me sinto bem de conversar com eles, porque são atenciosos”” assinatura=”Tallita Rodrigues, moradora de Sobradinho II, sobre o atendimento no Caps” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A atividade ajuda no desenvolvimento progressivo das pessoas atendidas no centro e funciona como uma ferramenta de inclusão. “O passeio colabora para a autonomia do paciente, ele poder sair, se sentir mais livre e aceito. Ajuda também na socialização com o grupo e com outras pessoas. Buscamos essa recuperação social”, explica a gerente do Caps II de Planaltina, Josy Souza. Na visita, todos se encantaram com as aves, o borboletário e os animais de grande porte. O grupo também conheceu o Museu de Ciências Naturais e ajudou no preparo da refeição para os macacos com acompanhamento dos servidores do Zoo. Atendida há dois anos no Caps, Tallita Rodrigues, de 30 anos, aprovou o passeio: “Nota 10. Foi ótimo participar, gostei muito de estar aqui”. A moradora de Sobradinho II, que integra a Região de Saúde Norte ao lado de Planaltina, Fercal, Arapoanga e Sobradinho, também elogiou o atendimento na unidade: “Eu vejo que eles se preocupam com a gente, querem saber como estamos. Me sinto bem de conversar com eles, porque são atenciosos.” Dezoito jovens e adultos atendidos no Caps II de Planaltina visitaram o Zoo em ação que promoveu autonomia e socialização | Fotos: Sandro Araujo/Agência Saúde-DF Família e saúde mental Entre os benefícios da ação externa para a saúde mental dos pacientes, a enfermeira do Caps II de Planaltina Lorena Cavalcante pontua o reforço na adesão ao tratamento. “Nessas iniciativas ocorre o fortalecimento do vínculo, tanto dos familiares quanto dos pacientes, com a unidade e os profissionais. Assim, a adesão ao tratamento melhora, pois passam a entender que o tratamento não é só medicamentoso”, avalia. Um dos familiares presentes na atividade foi Maria Luiza Alves, que acompanhou a irmã Maria Jocilene Alves, atendida toda sexta-feira no centro. “Ela estava muito animada para o passeio, é novidade, por isso ela queria vir. É a primeira vez que ela vem”, conta. Os participantes receberam, sem custos, lanche e transporte, organizados pelos servidores do Caps. ?Atendimentos Os Caps atendem pessoas acima de 18 anos com sofrimento mental grave e persistente. O foco do cuidado é a reinserção e reabilitação psicossocial. A assistência é feita por equipe multiprofissional com abordagem interdisciplinar. O atendimento resulta em benefícios para as famílias e para os pacientes. Valdeir dos Santos, irmão de Wendel dos Santos, que é atendido na unidade há três anos, compartilha a experiência: “Depois que começou a participar, ele melhorou muito. Hoje, ele fala com as pessoas, estuda, tem um vínculo com a equipe também e está mais calmo.” Os pacientes do Caps II de Planaltina conheceram o Museu de Ciências Naturais e outras áreas como o borboletário Caminhada, plantio de plantas medicinais, arte em malha, bordado, cinema, dança circular, contos, produção de mandalas, jogos, meditação e respiração são algumas das atividades coletivas oferecidas no Caps II de Planaltina. Nas oficinas, os pacientes produzem tapetes, quadros, bordados e outros itens que são vendidos no bazar do Caps em que metade da renda é direcionada aos pacientes e o restante utilizado para comprar materiais usados nos grupos terapêuticos. A unidade tem equipe multidisciplinar composta de psicólogo, psiquiatra, assistente social, enfermeiras e técnicos de enfermagem, responsáveis por atender demandas de toda a Região de Saúde Norte. “O objetivo do Caps é ter essa reintegração dos nossos pacientes à sociedade. Às vezes, participar do grupo é a única referência que o paciente tem de sair de casa e se desenvolver na comunidade. Isso ajuda na mobilidade e no desenvolvimento cognitivo, faz com que ele se sinta útil, tem toda uma elaboração de convivência com o outro”, destaca a gerente Josy Souza. Serviço [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O Caps II de Planaltina funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h, na Via W/L4, Setor Hospitalar Oeste, Área do Hospital Regional de Planaltina. Dúvidas e informações podem ser esclarecidas pelos telefones: 2017-1350 (ramal: 1267) e 99158-5947. Atualmente, são 18 Caps distribuídos pelo Distrito Federal. Há diferentes tipos de Caps, subdivididos por faixa etária atendida, tratamentos específicos e horário de funcionamento. Os endereços de cada Caps e mais informações podem ser acessados no site da Secretaria de Saúde e no InfoSaúde. O atendimento nos Centros de Atenção Psicossocial é direcionado a pessoas com sofrimento mental grave e persistente. Os interessados podem procurar diretamente o centro mais próximo de casa, sem necessidade de agendamento prévio ou encaminhamento. Após avaliação da demanda, é feito direcionamento de qual serviço será prestado ao usuário. *Com informações da SES-DF

Ler mais...

Thumbnail

Projeto voltado à saúde de idosos é apresentado em fórum na Argentina

O Projeto RenovAÇÃO – Pessoas Idosas, da Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF), será apresentado nesta quarta-feira (22), em Buenos Aires, na Argentina, no III Foro Mundial de Derechos Humanos 2023. O evento em solo argentino busca aprofundar o diálogo, o diagnóstico de situações sobre os principais avanços e desafios relacionados à promoção e à proteção dos direitos humanos e contará com organizações nacionais, internacionais de direitos humanos, movimentos sociais, organizações da sociedade civil, dentre outras instituições e pessoas interessadas na temática. [Olho texto=”“O projeto contribui para o processo de envelhecimento saudável da população com atividades que promovem a valorização do envelhecer e a discussão de questões referentes à longevidade e acesso às políticas públicas, que são aspectos essenciais para garantirmos direitos humanos para as pessoas idosas”” assinatura=”Roberta de Ávila, subsecretária de Atividade Psicossocial e representante da DPDF no III Foro Mundial de Derechos Humanos 2023″ esquerda_direita_centro=”direita”] A Subsecretaria de Atividade Psicossocial da Defensoria Pública do DF (Suap/DPDF), em parceria com o Grupo de Trabalho Envelhecimento Saudável e Participativo da Universidade de Brasília (Gtesp/UnB) e com o Grupo dos Mais Vividos do Serviço Social do Comércio do DF (GMV/Sesc-DF), desenvolve o Projeto RenovAÇÃO com o objetivo de contribuir para melhorar a qualidade de vida e a prevenção e promoção de saúde mental das pessoas idosas, por meio de atividades interdisciplinares aplicadas por profissionais capacitados e grupos reflexivos e psicoeducativos baseados em ciência, nos direitos humanos, no afeto, na reflexão e na ação entre os envolvidos. A iniciativa foi criada em 2021, durante a pandemia de covid-19, como explica a subsecretária de Atividade Psicossocial e representante da DPDF no III Foro Mundial de Derechos Humanos 2023, Roberta de Ávila. “A pandemia provocou maior distanciamento social, principalmente entre as pessoas idosas, colocando-as, em muitos casos, em situação de isolamento, inclusive da família. E isso é um fator de risco para o adoecimento desse público, na medida em que fragiliza suas relações sociais”, afirmou. O Projeto RenovAÇÃO também oferece um ambiente de escuta ativa e humanizada para auxiliar os participantes em possíveis denúncias de violência, maus-tratos e/ou negligência | Arte: DPDF Roberta de Ávila ressalta, ainda, que “o impacto da ausência de apoio social na velhice pode gerar graves consequências, tais como o sentimento de não pertencimento, a baixa autoestima, o desejo de morte e a falta de acesso às políticas públicas. Nesse sentido, o projeto contribui para o processo de envelhecimento saudável da população com atividades que promovem a valorização do envelhecer e a discussão de questões referentes à longevidade e acesso às políticas públicas, que são aspectos essenciais para garantirmos direitos humanos para as pessoas idosas”. O Projeto RenovAÇÃO – Pessoas Idosas também gera protagonismo e autonomia a esse público, viabilizando um espaço de inclusão de sentimentos e subjetividades, potencializando novos sentidos e significados sobre gênero e masculinidades, combatendo o ageísmo e fortalecendo as práticas geracionais. A iniciativa também oferece um ambiente de escuta ativa e humanizada para auxiliar os participantes em possíveis denúncias de violência, maus-tratos e/ou negligência. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A subsecretária de Atividade Psicossocial da DPDF também destaca que o projeto é executado por meio de um encontro semanal em grupo num total de dez encontros, com duas horas de duração cada, que podem ser realizados de forma presencial e/ou virtual. “A iniciativa é diretamente influenciada pela psicologia positiva, social e humanista e pela socionomia. Além disso, são utilizadas abordagens teóricas interdisciplinares e inclusivas a partir de uma perspectiva de gênero e raça. Também atuamos conforme a Política Nacional e o Estatuto da Pessoa Idosa, estabelecendo um ambiente com escuta qualificada e com espaço de troca de informações e partilhas”, detalhou. Uma das participantes da primeira turma do projeto foi Maria Nair Ferreira, 67 anos. Ela conta que só passou a compreender os direitos que tem após a participação no RenovAÇÃO. “Temos muitos direitos e é possível viver em uma sociedade com igualdade para todos”, disse. Já Zilá Soares Ribeiro, 70 anos, evidencia a importância da iniciativa no cuidado da saúde mental das pessoas idosas. “Temos estatísticas sérias que foram dadas no projeto quanto ao suicídio de idosos, depressão em idosos, a questão do idoso de se sentir útil, procurar fazer alguma coisa, que tudo isso redunda em saúde mental do idoso”, ressaltou. *Com informações da Defensoria Pública do Distrito Federal

Ler mais...

Thumbnail

Arapoanga e Água Quente a caminho de virar regiões administrativas

[Olho texto=”“Para a rodoviária, já temos um projeto pronto, e o restaurante comunitário é uma prioridade” ” assinatura=”Governador Ibaneis Rocha” esquerda_direita_centro=”direita”] Duas grandes áreas do Distrito Federal caminham para se transformar em regiões administrativas (RAs) e receber mais investimentos do governo local. Arapoanga, em Planaltina, e Água Quente, no Recanto das Emas, estão no centro das atenções para ganhar autonomia e se desenvolver ainda mais. Para tanto, o Governo do Distrito Federal (GDF) prepara dois projetos de lei e vai enviá-los à Câmara Legislativa do DF (CLDF), que decidirá se os bairros vão virar cidades. Investimentos na educação e na saúde já beneficiam o Arapoanga | Foto: Renato Alves/Agência Brasília O governador Ibaneis Rocha defende a criação das duas regiões administrativas e, no caso do Arapoanga, projeta construir uma rodoviária e um restaurante comunitário. “Para a rodoviária, já temos um projeto pronto, e o restaurante comunitário é uma prioridade”, afirma. “Nós temos feito obras no Arapoanga, seja de iluminação, seja de reforma do campo sintético. Também investimos na educação e na saúde em Planaltina, que atendem essa área, mas precisamos avançar muito, porque os moradores precisam de mais infraestrutura”. Em abril e maio deste ano, o GDF promoveu audiências públicas para discutir com a comunidade a criação das duas cidades, e ambas receberam o aval dos moradores. O trabalho foi coordenado pela Secretaria de Governo (Segov), com apoio da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) e de outros órgãos. Desenvolvimento integrado [Olho texto=”“A criação das regiões administrativas representa uma gestão pública mais eficiente e próxima da população” ” assinatura=”Mateus Oliveira, secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Segundo o secretário de Cidades (Secid), Valmir Lemos, a criação das regiões administrativas “atenderá a um forte anseio da população local e tende a contribuir para o desenvolvimento integrado de toda região”. A pasta, vinculada à Segov, coordena os projetos em andamento. A Seduh, por sua vez, é a responsável por definir a poligonal, ou seja, o tamanho das áreas das futuras cidades do DF. Ainda na Seduh, por meio do Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan), são aprovados os projetos de criação das RAs para deliberação na Câmara Legislativa do DF (CLDF). “A criação das regiões administrativas representa uma gestão pública mais eficiente e próxima da população”, reforça o titular da Seduh, Mateus Oliveira. A demanda é aguardada pelo presidente da CLDF, deputado Rafael Prudente, para o encaminhamento o mais breve possível ao plenário da Casa. “É um pedido antigo da população”, afirma o parlamentar. “Há um entendimento junto ao governo, e a expectativa é que os dois processos vão para o Conplan para serem aprovados; e, quando aprovados, a expectativa nossa é que dentro de dez dias eles estejam dentro da CLDF, e aqui vamos dar prioridade para votação”. Investimentos nas regiões Antes mesmo de o projeto avançar, o GDF tem feito a sua parte e investido no bairro. No ano passado, o governo instalou mais de 1,6 mil luminárias de LED no Arapoanga, um serviço com investimento de R$ 961 mil. Também foi reformado o campo sintético do bairro, que estava abandonado nos últimos anos, e contou com aporte de R$ 415 mil. O parquinho localizado ao lado também ganhou reforma. [Olho texto=”“O ideal é ter a administração própria para facilitar o atendimento da demanda dos moradores. Com a criação da administração, tudo isso poderá ser facilitado” ” assinatura=”Wanderley Eres de Deus, administrador do Recanto das Emas ” esquerda_direita_centro=”direita”] Administrador de Planaltina, Célio Rodrigues acredita que a medida vai beneficiar toda a região norte. “É importante pela complexidade que o bairro se tornou”, resume. “Há muitas famílias que residem ali, os problemas de questões fundiárias aumentaram e precisamos ter uma pessoa que olhe somente para aquela região, de forma a entender a complexidade dos problemas e se dedicar exclusivamente a solucioná-los”. Quem mora no bairro reconhece o que o governo vem fazendo e também se cerca de expectativa para o desenvolvimento da área. Para o diretor da Associação Comercial e Industrial do Arapoanga (Aciara), Rogério Rodrigues do Nascimento, a construção de uma área de desenvolvimento econômico (ADE) e de um setor de oficinas são essenciais. “Temos cerca de mil comerciantes hoje; as maiores empresas de Planaltina estão instaladas no Arapoanga e nasceram aqui há 25 anos”, pontua. “A criação da região administrativa é necessária porque somos em torno de 80 mil habitantes, com muitos condomínios, [incluindo] as regiões de Taquara, Rajadinha e Vale do Amanhecer, e essa medida vai trazer um grande desenvolvimento rural e econômico para nós.” Estrutura própria Água Quente também tem sido alvo de diversas ações, como recuperação das vias | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Por sua vez, o administrador do Recanto das Emas, Wanderley Eres de Deus, ressalta a necessidade de o Setor Habitacional Água Quente ter estrutura própria para atender mais rapidamente às necessidades dos mais de 25 mil moradores. “É de fundamental importância a criação da região administrativa, até por conta da distância para a administração do Recanto das Emas, que fica a 20 km”, aponta o gestor. “Temos a gerência de Água Quente, com servidores que atendem a comunidade, mas sem a estrutura adequada. O ideal é ter a administração própria para facilitar o atendimento da demanda dos moradores por pavimentação asfáltica, rede de esgoto e iluminação. Com a criação da administração, tudo isso poderá ser facilitado.” Assim como o Arapoanga, Água Quente também ganhou melhorias do governo, tanto na drenagem quanto na recuperação de vias não pavimentadas, e poderá receber ainda mais assim que tiver a sua infraestrutura própria para acolher os pedidos da população. É o que vem sendo feito com Sol Nascente/Pôr do Sol e Arniqueira, que viraram cidades na gestão Ibaneis Rocha ainda em 2019.

Ler mais...

Apaixonados pela educação inclusiva

Há mais de 12 anos, a gerente de Acompanhamento da Socioeducação da Secretaria de Educação (SEE), Daniela Gomes, encontrou seu propósito de vida. “A maior parte da minha trajetória profissional tem sido na socioeducação. Tenho atuado desde o antigo Centro de Atendimento Juvenil Especializado (Caje) por acreditar que a educação transforma vidas”, afirma a professora. A socioeducação é a oferta de escolarização aos adolescentes autores de atos infracionais, de 12 a 18 anos de idade, que estão cumprindo medida socioeducativa. Atualmente, 291 estão matriculados no ensino fundamental e 220 no médio. As ações pedagógicas são desenvolvidas por professores da rede pública de ensino nas oito unidades de internação do DF. A professora Daniela Gomes é uma incentivadora da socioeducação | Foto: Robson Dantas/SEE O sistema socioeducativo é uma importante conquista na atenção e intervenção com esses estudantes, pois proporciona meios para os adolescentes construírem novos projetos de vida. Diferencia-se da educação para o sistema prisional, que possui outra organização pedagógica e é oferecida aos adultos que praticaram crimes. De acordo com Daniela, além das unidades socioeducativas terem casos de sucesso – como adolescentes aprovados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) –, a existência de uma unidade de internação feminina no Gama é um dos avanços mais recentes. “Essas meninas ficavam em unidades mistas, e o próprio Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) preconiza que haja unidades exclusivamente femininas para que sejam atendidas de maneira diferenciada”, explica. Entre versos e rimas Além de Daniela, outros professores descobriram sua paixão pela socioeducação. O professor de História Francisco Celso desenvolve, na Unidade de Internação de Santa Maria (Uism), um trabalho que o tornou conhecido mundialmente. Ele foi finalista do prêmio Global Teacher Prize, o Nobel da Educação, com o projeto RAP (Ressocialização, Autonomia e Protagonismo). [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “O nome do projeto, que é realizado desde 2015, é uma alusão ao gênero musical e utiliza a linguagem poética do rap para o aprendizado”, conta ele. “Tive a sensibilidade de perceber a potência desses estudantes e contribuí para que fosse amplificada.” Para fazer parte dos 50 selecionados que disputavam o Nobel, Francisco Celso concorreu com aproximadamente 12 mil inscritos de mais de 140 países – e não parou por aí. O projeto também venceu o prêmio local do Itaú Unicef 2017 e, em 2018, ganhou o Itaú Unicef etapa local e nacional. Em 2019, venceu o Selo de Práticas Inovadoras na Educação e, em 2020, o Prêmio Cultura Brasília 60. Adaptações Com a pandemia, a iniciativa precisou passar por uma adaptação para o formato on-line. E o projeto, anuncia Francisco Celso, será implementado em todos os núcleos de ensino das unidades de internação socioeducativas do DF. No episódio desta semana do Podcast EducaDF,  a conversa foi sobre a socioeducação. Acompanhe. Confira, abaixo, o andamento do projeto nas redes sociais. Instagram Twitter Facebook YouTube *Com informações da Secretaria de Educação

Ler mais...

Ordenar

Ordenar

Faceta do tipo

Tipo

Filtro personalizado

Faceta da marca

Marcador