Protocolo com orientações para fortalecer combate ao racismo no DF é lançado
A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF) lançou na última sexta-feira (12) o protocolo para promoção da equidade racial nos serviços socioassistenciais. Na prática, trata-se de orientações para tratamento e denúncia dos casos de racismo, tanto entre servidores quanto por usuários, evitar práticas discriminatórias dentro da unidade e considerar o critério raça como fator para planejamento das ações. Segundo a coordenadora do grupo de trabalho que instituiu o protocolo de promoção da equidade racial nos serviços socioassistenciais do DF, Loyde Cardoso, a medida vai oficializar diretrizes e procedimentos que garantam que o enfrentamento ao racismo não seja uma ação isolada, mas um compromisso institucional do Estado. O documento lançado na sexta-feira (12) tem caráter informativo, educativo, normativo e pedagógico | Foto: Divulgação/Sedes-DF “Este é um documento inovador, sem precedente na política de assistência no Distrito Federal. Nossa preocupação foi criar um instrumento que, para além do caráter normativo, seja pedagógico e construtivo. O protocolo não se limita a listar princípios, mas fornece orientações práticas e mecanismos educativos que elaboramos pensando em complementar e subsidiar as ações que queremos que surjam nas unidades”, explica. O protocolo servirá como um instrumento pedagógico e normativo para orientar gestores e trabalhadores a incorporarem a perspectiva racial no cotidiano, evitando práticas discriminatórias explícitas ou sutis e fortalecendo a função protetiva do Sistema Único de Assistência Social (Suas). “O documento vai promover uma mudança na cultura organizacional, deixando de tratar o racismo como pontual para encará-lo como um fator que deve ser combatido transversalmente em todos os serviços. O passo inicial para essa transformação é reconhecer que o racismo institucional afeta a qualidade do serviço público”, pontua a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. O protocolo é dividido em três eixos principais. O primeiro tem caráter de responsabilização e estabelece fluxos para apuração e denúncia de casos de racismo. “Criamos um fluxo interno para situações de racismo institucional envolvendo servidores, o que antes não existia, além de dois fluxos voltados aos usuários do Suas, seja quando o racismo ocorre no território, seja, eventualmente, quando é dentro das unidades”, explica Loyde Cardoso. Ela destaca que os outros dois eixos têm caráter pedagógico e orientador, ao reconhecer a raça como fator determinante das desigualdades enfrentadas pela população atendida pela assistência social. “A orientação é que esse critério seja considerado no planejamento das ações, com conceitos e exemplos práticos relacionados ao cotidiano da assistência social, oferecendo subsídios para que os servidores incorporem a perspectiva racial no trabalho diário”, completa. Lançamento Cerca de 110 pessoas dos governos federal e do DF e da comunidade participaram do lançamento do protocolo Para lançar o protocolo, a Sedes promoveu evento no auditório do Sedes Colab, na 515 Norte, com intuito de apresentar à sociedade e à rede socioassistencial um compromisso público com a equidade racial. Cerca de 110 pessoas participaram, incluindo representantes do governo federal e da comunidade. [LEIA_TAMBEM]A educadora social Luana Gualberto comemorou a implementação de uma medida efetiva de combate ao racismo dentro do Suas. “É gratificante ver ações concretas que protegem servidores e pessoas atendidas, fortalecendo um apoio mais seguro e acolhedor.” O protocolo de promoção da equidade racial nos serviços socioassistenciais do DF tem como público-alvo trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social (Suas), servidores públicos e demais profissionais, incluindo as unidades parceiras, envolvidos na formulação, gestão, execução, monitoramento e avaliação das ações e serviços da política de assistência social, bem como a população usuária do Suas atendida nos serviços e programas da Assistência Social no Distrito Federal, que historicamente enfrentam desigualdades estruturais, exclusão social e situações recorrentes de discriminação racial. *Com informações da Sedes-DF
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GDF lança política para combater racismo nas escolas
A Secretaria de Educação (SEEDF), por meio da Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin), instituiu a Política Distrital de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola e Indígena (PDEERQI). A iniciativa alinha a rede pública do DF à política nacional antirracista para reforçar o enfrentamento ao racismo, valorizar a diversidade e garantir condições justas de aprendizagem para todos os estudantes. A medida atende a uma demanda histórica de educadores, movimentos sociais e comunidades tradicionais. A PDEERQI busca combater práticas discriminatórias e promover ambientes escolares seguros, inclusivos e acolhedores para todos | Foto: Jotta Casttro/SEEDF A subsecretária de Educação Inclusiva e Integral, Vera Barros, explicou que o principal objetivo da nova política é assegurar que as escolas do DF incorporem, de forma contínua e qualificada, conteúdos e práticas voltados à valorização das culturas afro-brasileira, indígena, quilombola, cigana e de povos tradicionais. Consequentemente, a política contribuirá para o fortalecimento da aplicação das leis nº 10.639/03 e nº 11.645/08, que tornaram obrigatório o ensino da história e da cultura africana, afro-brasileira e indígena. [LEIA_TAMBEM]A PDEERQI também busca combater práticas discriminatórias e promover ambientes escolares seguros, inclusivos e acolhedores para todos. “O compromisso é construir uma educação onde cada estudante se reconheça e seja respeitado”, afirmou a subsecretária. Entre as ações práticas previstas, destacam-se a implementação do Protocolo de Identificação e Resposta ao Racismo na Educação, lançado recentemente pela SEEDF em parceria com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), e a criação do Selo Lélia Gonzalez, que vai reconhecer escolas e profissionais destacados em iniciativas antirracistas. Também estão previstos investimentos em formação de professores, produção de materiais didáticos e monitoramento das ações nas unidades escolares. A política inclui ainda maior articulação com universidades, órgãos públicos e movimentos sociais para fortalecer a pauta na rede. A Subin será a área responsável por coordenar as ações, que envolverão escolas, professores e comunidades. *Com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)
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Com resultados concretos, combate ao racismo nas escolas do DF é referência nacional
A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) vem consolidando uma política contínua de enfrentamento ao racismo e promoção da equidade racial que começa a chamar atenção nacionalmente. Recentemente, o Ministério da Educação concedeu à secretaria o Selo Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva, destinado às redes que desenvolvem ações estruturantes voltadas às relações étnico-raciais e à educação escolar quilombola. Dias depois, a pasta apresentou outro marco importante: o lançamento do Protocolo Antirracista para as escolas do DF, elaborado em parceria com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e o Movimento Negro Unificado. Para a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, o reconhecimento do MEC confirma que o trabalho realizado nos últimos anos está produzindo resultados reais. “Esse selo mostra que o DF está no caminho certo. Combater o racismo não é uma ação pontual, é uma política contínua que precisa envolver toda a rede. Estamos comprometidos em garantir que nossas crianças e jovens estudem em ambientes que acolham, respeitem e valorizem suas identidades”, afirmou. Segundo ela, o selo é também um incentivo para que a secretaria aprofunde as iniciativas já em andamento e avance na implementação de novas ações estruturantes. SEEDF recebeu o selo de reconhecimento do MEC por suas políticas educacionais voltadas à equidade racial e quilombola na rede pública | Foto: Jotta Casttro/SEEDF O selo do MEC e o prêmio de R$ 400 mil para ações de equidade racial vieram como resultado de um conjunto de políticas que inclui o fortalecimento da formação de professores pela Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (Eape), o acompanhamento de estudantes quilombolas e a criação de um grupo de trabalho específico para ações de enfrentamento ao racismo na rede. Esse esforço ganhou um novo capítulo com o lançamento do Protocolo Antirracista, documento de 103 páginas que orienta a prevenção, identificação e enfrentamento de casos de racismo nas escolas públicas e privadas do DF. O material foi construído ao longo de meses com participação de gestores, professores, organizações da sociedade civil e órgãos de proteção, como a Defensoria Pública e a Delegacia Especializada em Crimes por Discriminação Racial. O texto apresenta orientações pedagógicas, procedimentos administrativos e diretrizes para acolhimento de vítimas, além de definições sobre diferentes tipos de racismo: estrutural, institucional, recreativo, religioso e ambiental. [LEIA_TAMBEM]A lista de ações da pasta inclui ainda a adesão ao Plano Nacional de Equidade e Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola; a realização de encontros formativos sobre educação antirracista com os profissionais da educação; a criação do Selo Lélia Gonzalez para, em 2026, premiar as escolas que têm projetos antirracistas no DF; e a publicação de duas edições do Caderno Pedagógico de Consciência Negra, que estão disponíveis no site da SEEDF. Para Hélvia Paranaguá, o caminho que se abre agora é ainda mais desafiador e, justamente por isso, mais necessário. “Ter um protocolo antirracista nas mãos de cada escola e receber o reconhecimento do MEC mostra que estamos avançando, mas não encerra a nossa missão. Combater o racismo exige persistência, vigilância e um trabalho diário, dentro e fora da sala de aula. Seguiremos firmes para que a equidade racial seja uma realidade para todos os estudantes do Distrito Federal e para que nossas ações sejam referência para o Brasil”, declarou a secretária. *Com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)
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Políticas públicas fortalecem o combate ao racismo e a promoção da igualdade racial no DF
Neste 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, a Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) destaca os avanços mais recentes nas políticas de promoção da igualdade racial, enfrentamento ao racismo e fortalecimento da participação social. Como pasta responsável pelas políticas para a população negra no DF, a Sejus ampliou iniciativas estruturantes que impactam diretamente a vida de milhares de pessoas nos campos da educação, saúde, cultura, esporte, gestão pública e participação social. Criado em novembro de 2024, durante as celebrações da Consciência Negra do ano passado, o Programa de Letramento Racial se consolidou em 2025 como a principal frente de formação da Sejus. Em apenas um ano, o programa já capacitou mais de 3 mil pessoas, em mais de 50 ações realizadas em escolas públicas, órgãos do GDF, universidades, organizações sociais e instituições privadas. Voltado a servidores públicos, educadores, terceirizados, estudantes e lideranças comunitárias, o programa estimula práticas antirracistas a partir do entendimento do racismo estrutural e de suas manifestações cotidianas, contribuindo para ambientes mais inclusivos em todo o Distrito Federal. A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, destaca que o fortalecimento das políticas raciais exige formação contínua e compromisso público. “Nossas ações têm o propósito de transformar realidades, garantindo que cada pessoa tenha acesso aos mesmos direitos e oportunidades. O combate ao racismo é diário, estruturado e precisa estar presente nas políticas públicas e na vida cotidiana.” A afroempreendedora Rosimar Muanda destaca a importância das iniciativas da Sejus-DF Do letramento aos protocolos: respostas institucionais contra o racismo O trabalho desenvolvido pelo letramento racial embasou a criação de protocolos inéditos no DF. Em 2025, a Sejus lançou o Protocolo de Combate ao Racismo em Estádios, elaborado em parceria com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), dentro da campanha Cartão Vermelho para o Racismo; e o Protocolo de Enfrentamento ao Racismo em Eventos Culturais, desenvolvido em parceria com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF). Ambos estabelecem diretrizes de prevenção, acolhimento às vítimas, formação de equipes, condutas obrigatórias e articulação com órgãos de segurança, tornando estádios e eventos culturais mais seguros e acolhedores para todos. Para o subsecretário de Políticas de Direitos Humanos e de Igualdade Racial (Subdhir), Juvenal Araújo, trata-se de uma política de Estado. “O combate ao racismo precisa estar presente em toda a sociedade. Cada protocolo, cada ação de formação e cada denúncia acolhida ajudam a construir um DF mais seguro, respeitoso e racialmente igualitário.” Cartão Vermelho para o Racismo: mobilização que ganhou repercussão nacional Lançada pela Sejus em maio de 2025, a campanha Cartão Vermelho para o Racismo se tornou uma das ações de maior visibilidade no enfrentamento ao racismo no esporte. Em um ato simbólico, torcedores, jogadores, árbitros, comissões técnicas e autoridades levantam cartões vermelhos antes das partidas, reforçando que práticas racistas não serão toleradas nos estádios. A iniciativa ganhou destaque nacional e já está sendo reproduzida em outros estados, fortalecendo o debate público e ampliando o alcance das ações de conscientização em ambientes esportivos de grande circulação. Cotas raciais: representatividade e oportunidades no serviço público Entre as conquistas estruturantes impulsionadas pela Sejus está a implementação das cotas raciais: 20% das vagas para estagiários negros na administração pública; e 20% das vagas reservadas em concursos públicos do DF para candidatos negros. As medidas ampliam oportunidades, fortalecem trajetórias profissionais, garantem acesso ao primeiro emprego e contribuem para transformar o perfil institucional do serviço público, aumentando a representatividade negra em espaços de decisão. Além disso, a secretaria estruturou conselhos e comitês que ampliam o diálogo com a sociedade civil, fortalecem o afroempreendedorismo e qualificam políticas públicas. Paralelamente, o programa Cidadania nas Escolas tem levado conteúdos sobre igualdade racial, direitos humanos e prevenção ao racismo para estudantes e professores, contribuindo para a formação de uma geração mais consciente e antirracista. Saúde da população negra: ações inéditas e materiais de referência Em 2025, avanços importantes também foram alcançados na saúde. Em março, a Sejus firmou parceria com o governo da Espanha para o projeto Conectando Saúde e Inclusão, que recebeu 200 mil euros para o desenvolvimento de tecnologias, capacitações e políticas públicas voltadas à população negra. O projeto prevê a criação de um aplicativo com informações especializadas e georreferenciamento de serviços de atenção à saúde. Outra entrega importante foi o lançamento da Cartilha de Saúde da Mulher Negra, elaborada com apoio do Conselho Distrital de Promoção da Igualdade Racial (Codipir). A publicação reúne orientações sobre autocuidado, saúde reprodutiva, higiene e bem-estar, saúde mental, estética e prevenção de doenças mais prevalentes entre mulheres negras, além de abordar racismo institucional e violência obstétrica. A afroempreendedora Rosimar Muanda reforça a importância da iniciativa. “Compreender como fatores sociais e emocionais influenciam nossa saúde é essencial. É fundamental que esse material chegue às mulheres que mais precisam.” *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF)
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Protocolo antirracista para as escolas do Distrito Federal é lançado
A Secretaria de Educação (SEEDF) lançou, nesta quarta-feira (12), em conjunto com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e com o Movimento Negro Unificado do DF (MNU), o protocolo antirracista para as escolas públicas e privadas do Distrito Federal. O documento visa a consolidar uma política pública permanente que oriente, previna, identifique e responda de forma eficaz os casos de racismo e demais discriminações nos ambientes escolares. Composto por 103 páginas, o protocolo antirracista é o resultado de um trabalho coletivo, que envolveu diversos departamentos, órgãos públicos e grupos que participaram da elaboração. Antes de ser publicado, o documento também passou pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual ou contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrim), pela Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDFT) e pelo MPDFT. "Esse protocolo nasce porque a sociedade está dizendo 'basta de desigualdade, basta de naturalização do racismo’” Vera Barros, subsecretária de Educação Inclusiva e Integral “Ele [protocolo] nasceu de escutas, de diálogos, de vivências e de vozes que ecoaram nas audiências públicas, nas escolas, nas coordenações regionais de ensino, na formação de professores e nos corredores onde a educação acontece de verdade. É importante dizer que esse protocolo nasce porque a sociedade está dizendo 'basta de desigualdade, basta de naturalização do racismo’”, afirma a subsecretária de Educação Inclusiva e Integral da SEEDF, Vera Barros. Como mais um instrumento legal, o protocolo orienta o direcionamento que o profissional de educação deve dar a cada situação. A subsecretária ainda complementa: “Esse documento é fruto de um trabalho coletivo, que representa muito mais do que normas e procedimentos, representa um compromisso de alma, de fazer da educação um espaço onde crianças, jovens e profissionais não serão silenciados por causa da cor da sua pele, origem ou sua história”. Diversidade e equidade Autoridades reúnem-se para lançar o protocolo antirracista para as escolas do Distrito Federal | Foto: Felipe de Noronha/SEEDF A cerimônia cedeu espaço para diversas performances artísticas, entre elas a apresentação musical do professor Erick das Neves, mais conhecido como Txaná (pássaro da Amazônia que imita o canto das outras aves da floresta) Neves Dourado, além da poesia do professor Marcos Fabrício Lopes. Pinturas dos estudantes do CEF 8, do CEF 10, do CEF 17 e da Escola Bilíngue de Taguatinga foram expostas no hall de entrada do auditório. A diretora de Educação em Direitos Humanos e Diversidade da SEEDF, Patrícia Melo, integrou o grupo de trabalho composto por 25 pessoas, muitas delas integrantes da Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola (PNEERQ). Ela destacou: “As pessoas, muitas vezes, ouviam e não sabiam para onde encaminhar. Esse processo de acolhimento vai fazer com que a gente dê os encaminhamentos necessários a partir da faixa etária”. Ela explicou que há um direcionamento no documento para orientar os educadores sobre as medidas a serem adotadas em casos de racismo, conforme a faixa etária: para menores de 12 anos, entre 12 e 18 anos, a partir de 18 anos e quando houver um profissional de educação envolvido. "O movimento negro, desde a Frente Negra Brasileira, em 1930, entendeu que a mudança aconteceria a partir da educação" Daniele de Castro, representante do Movimento Negro Unificado do DF A representante do Movimento Negro Unificado do DF, Daniele de Castro, ressaltou que o protocolo é o ponto de partida para um novo ciclo: “Essa é uma conquista nossa. Como vamos reverter anos e anos de violência? O movimento negro, desde a Frente Negra Brasileira, em 1930, entendeu que a mudança aconteceria a partir da educação”. Daniele ressaltou ainda: “Esse protocolo representa um primeiro passo, para que as escolas públicas e particulares possam construir a partir do ensinamento do que é o racismo, branquitude, privilégio. É importante que as pessoas brancas possam compreender para que possamos lutar juntos por uma sociedade mais igual”. [LEIA_TAMBEM]O documento não se refere apenas ao povo negro, afro-brasileiros e afrodescendentes, mas também aos indígenas, quilombolas, migrantes internacionais, povos ciganos, além de esclarecer sobre racismo estrutural, institucional, sistêmico, recreativo, religioso, ambiental, entre outros. O objetivo é contribuir para a construção de uma escola democrática e inclusiva. Por isso, as unidades escolares que se destacarem por um trabalho sólido na rede poderão receber o selo Lélia Gonzalez como reconhecimento por combater o racismo dentro do ambiente escolar. *Com informações da Secretaria de Educação
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Projeto Letramento Racial completa um ano levando debate e práticas antirracistas a mais de 5 mil pessoas em todo o DF
Novembro é o Mês da Consciência Negra, período dedicado à reflexão e ao fortalecimento das ações de combate ao racismo e de valorização da cultura afro-brasileira. Mas, para a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), o enfrentamento ao racismo é uma pauta permanente. Projeto Letramento Racial tem foco na abordagem às dimensões do racismo estrutural | Fotos: Divulgação/Sejus-DF Este ano, a pasta — responsável por coordenar políticas públicas de promoção da igualdade racial — tem intensificado as ações de conscientização e formação sobre o tema. Entre as iniciativas de maior alcance está o projeto Letramento Racial, desenvolvido pela Subsecretaria de Políticas de Direitos Humanos e de Igualdade Racial (Subdhir), que completa um ano de existência justamente neste mês. A ação aborda o racismo estrutural em suas múltiplas dimensões — como o racismo institucional, algorítmico e o colorismo —, estimulando a reflexão e o desenvolvimento de práticas antirracistas no dia a dia. Por meio de oficinas, palestras e formações interativas, o projeto já alcançou mais de 5 mil pessoas em mais de 50 ações educativas em órgãos públicos, empresas privadas, escolas e estabelecimentos comerciais. Bons resultados O vigilante Gilvan Rocha participou do curso: “Graças a esse aprendizado, agora tenho condições de identificar atitudes racistas no meu ambiente de trabalho” O vigilante Gilvan Rocha, colaborador de um centro empresarial há mais de sete anos, define a experiência como transformadora: “Graças a esse aprendizado, agora tenho condições de identificar atitudes racistas no meu ambiente de trabalho. O tratamento com o público será de muito mais respeito e empatia.” “Por meio da educação, do diálogo e da escuta ativa, buscamos consolidar uma gestão que reconheça as desigualdades raciais e promova ações efetivas para superá-las” Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania A formação também tem sido bem-recebida por educadores da rede pública de ensino, que reconhecem a importância do tema na construção de espaços escolares mais inclusivos. “Esse curso é fundamental para ampliar nossa consciência e transformar nossa prática em sala de aula”, valoriza a professora Tatiana Brasileiro, supervisora pedagógica do CED 4. “Entender o racismo estrutural e saber como enfrentá-lo é um passo essencial para promover um ambiente mais acolhedor, respeitoso e representativo para todos os alunos.” O letramento racial começou atuando em órgãos públicos do Distrito Federal e da União, como o Senado Federal, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e a Casa Civil, e logo se expandiu para escolas públicas e privadas, o sistema socioeducativo, além de espaços culturais, esportivos e empresariais. As ações envolvem profissionais das áreas de saúde, segurança, recursos humanos, conservação, alimentação e atendimento, ampliando o alcance e o impacto social da iniciativa. Escuta ativa [LEIA_TAMBEM]“O racismo ainda é uma realidade que precisa ser enfrentada com políticas públicas contínuas e comprometidas”, enfatiza a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. “Por meio da educação, do diálogo e da escuta ativa, buscamos consolidar uma gestão que reconheça as desigualdades raciais e promova ações efetivas para superá-las.” O subsecretário de Políticas de Direitos Humanos e de Igualdade Racial, Juvenal Araújo, reforça que o projeto tem um papel essencial na construção de uma cultura de respeito e equidade: “O Letramento Racial é uma ferramenta transformadora, que provoca reflexão e conscientização. Nosso objetivo é fazer com que cada participante se torne um multiplicador do enfrentamento ao racismo, contribuindo para ambientes mais justos e inclusivos.” *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania
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Programa Letramento Racial já alcançou 3 mil pessoas no DF em 2025
De janeiro a setembro deste ano, o programa Letramento Racial, da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF), realizou mais de 50 ações educativas, entre cursos, oficinas e palestras, que já beneficiaram cerca de 3 mil pessoas. A iniciativa vem sendo levada a diferentes espaços da sociedade, como órgãos públicos do DF e da União, Senado Federal, sistema socioeducativo, escolas públicas e privadas, shoppings, equipes de grandes eventos, Ministério Público e até clubes de futebol. De acordo com a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, a proposta é promover conscientização e mudança de práticas cotidianas. “O Letramento Racial tem um papel fundamental na construção de uma sociedade mais igualitária. Ele nos ajuda a enxergar e combater o racismo estrutural presente em diferentes ambientes, garantindo mais respeito, inclusão e justiça para todos”, disse. O programa Letramento Racial ações educativas de combate ao racismo, como cursos, oficinas e palestras | Fotos: Jhonatan Vieira/Sejus-DF Somente no mês de setembro já foram realizadas 12 ações, impactando diretamente cerca de mil pessoas. Nesta semana, o programa chegou a trabalhadores terceirizados dos prédios do Ministério das Cidades e do Centro Empresarial CNC, na Asa Norte, alcançando profissionais de portaria, segurança, brigadistas, equipes de conservação, copa e atendimento. Para o vigilante Gilvan Rocha, que atua há sete anos no condomínio do CNC, a experiência foi transformadora. “Essa capacitação é muito importante porque mostra como o racismo pode estar presente em atitudes simples do dia a dia. A gente aprende a identificar essas situações e, principalmente, a tratar o público com mais respeito, valorizando todas as raças.” A iniciativa foi solicitada pela Iris Soluções Imobiliárias, administradora dos prédios. Para o diretor da empresa, Franco Moraes, a parceria representa um compromisso com a responsabilidade social. “É essencial conscientizar e capacitar os profissionais que lidam com o público diariamente. O racismo é um problema que precisa ser combatido com boas práticas, e o letramento racial é uma delas.” Gilvan Rocha, vigilante: "Essa capacitação é muito importante porque mostra como o racismo pode estar presente em atitudes simples do dia a dia" Letramento Racial O programa desenvolvido pela Sejus-DF, por meio da Subsecretaria de Políticas de Direitos Humanos e de Igualdade Racial, promove atividades formativas que estimulam a reflexão crítica sobre o racismo estrutural e suas manifestações na sociedade. O objetivo é capacitar diferentes públicos para identificar práticas discriminatórias, desconstruir preconceitos e fortalecer o respeito à diversidade étnico-racial em ambientes institucionais, educacionais e profissionais. [LEIA_TAMBEM]Segundo o subsecretário de Políticas de Direitos Humanos e de Igualdade Racial, Juvenal Araújo, a diversidade de públicos atingidos mostra a relevância do projeto. “Cada ação de letramento é uma oportunidade de desconstruir preconceitos e formar cidadãos mais conscientes do seu papel na luta contra a discriminação racial.” O pedagogo Eric Marques, servidor da Sejus responsável por conduzir grande parte das atividades, destacou o caráter formativo da proposta: “Trabalhamos para que cada participante saia não apenas informado, mas também sensibilizado a agir de forma diferente, levando esse aprendizado para o convívio social e para o ambiente de trabalho”. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF)
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Mais de 500 estudantes do Gama participam de palestra sobre letramento racial
Mais de 500 estudantes do 3º ano do Centro de Ensino Médio (CEM) 01 do Gama participaram, nesta quarta-feira (17), de uma palestra de letramento racial promovida pela Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF). A atividade, realizada no auditório da escola, integra o programa desenvolvido pela Subsecretaria de Políticas de Direitos Humanos e Igualdade Racial, que desde o início do ano leva formações sobre o tema a escolas públicas do DF. A ação ganhou ainda mais relevância diante do episódio registrado no fim de agosto, quando um estudante de 17 anos afirmou ter sido vítima de injúria racial durante uma partida de futsal nos Jogos Interclasse. O caso gerou mobilização dos alunos e abriu espaço para debates internos na comunidade escolar. Victor Almeida Maciel: "O letramento é superimportante para que a gente saiba como lidar com situações de racismo, tanto dentro da escola quanto fora dela. Para os não negros, é importante para aprender como agir e intervir" | Fotos: Jhonatan Vieira/Sejus Durante a palestra, os jovens puderam esclarecer dúvidas, expor opiniões e participar das dinâmicas propostas. O presidente do grêmio estudantil, Victor Almeida Maciel, de 17 anos, destacou a importância da iniciativa. "É muito importante trazer representatividade e segurança para os alunos. Eu, como negro, vejo que o letramento é superimportante para que a gente saiba como lidar com situações de racismo, tanto dentro da escola quanto fora dela. Para os não negros, é importante para aprender como agir e intervir". O pedagogo Eric Marques reforçou o caráter educativo da formação: “Apresentamos o conceito de racismo, as formas como ele se manifesta e os meios de denúncia. O letramento é um convite ao diálogo e ao antirracismo, porque combater o racismo é tarefa de toda a sociedade.” Os estudantes levantaram cartões vermelhos em alusão ao combate ao racismo no DF Ao longo da palestra, os estudantes receberam cartilhas, folders e o cartão vermelho de combate ao racismo — símbolo da campanha da Sejus nos estádios e arenas esportivas — e, juntos, ergueram o cartão em gesto simbólico de repúdio à discriminação. “Trabalhar o letramento racial com os estudantes é investir no futuro. Queremos que esses jovens compreendam o impacto do racismo e se tornem agentes de transformação, comprometidos com uma sociedade livre de discriminação”, disse a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. O subsecretário de Direitos Humanos e Igualdade Racial, Juvenal Araújo, reforçou: “O racismo estrutural muitas vezes é praticado sem que as pessoas percebam. O letramento mostra que tanto a injúria racial quanto o racismo são crimes graves, imprescritíveis e inafiançáveis. Mais do que punir, é preciso conscientizar para que todos adotem práticas antirracistas.” [LEIA_TAMBEM]O Programa de Letramento Racial da Sejus-DF tem como objetivo desenvolver a capacidade crítica para identificar, compreender e enfrentar o racismo estrutural. A formação propõe reflexões sobre identidade, ancestralidade, diversidade e inclusão, além de oferecer ferramentas pedagógicas para que educadores apliquem práticas antirracistas em sala de aula. Antes de chegar às escolas, o programa já havia capacitado servidores da Sejus, de outros órgãos do Governo do Distrito Federal, do sistema socioeducativo, do Senado Federal e representantes de entidades da sociedade civil envolvidas em eventos públicos do GDF. Agora, com a expansão para instituições de ensino, a iniciativa alcança um público ainda mais amplo, impactando diretamente a formação das novas gerações e contribuindo para a construção de uma sociedade mais equânime e respeitosa. *Com informações da Sejus-DF
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Cartão Vermelho para o Racismo: Campanha marca presença no clássico Vasco x Botafogo, neste sábado (12)
Brasília será palco de mais uma mobilização contra o racismo no esporte. A Arena BRB Mané Garrincha recebe neste sábado (12), às 18h30, o clássico entre Vasco e Botafogo, válido pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro – a partida marcará o retorno da campanha Cartão Vermelho para o Racismo, uma iniciativa da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), em parceria com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A campanha Cartão Vermelho para o Racismo estará de volta ao Mané Garrincha no clássico entre Vasco e Botafogo, neste sábado (12) | Fotos: Jhonatan Vieira/Sejus-DF Sob o lema “Não é só falta grave. É cartão vermelho para o racismo”, a campanha incentiva torcedores, jogadores e autoridades a se unirem em um ato simbólico de combate à discriminação racial. Antes do início da partida, os atletas de ambos os clubes entrarão em campo com uma faixa da campanha, enquanto o público será convidado a levantar cartões vermelhos – que serão distribuídos gratuitamente na entrada do estádio – em um gesto coletivo de repúdio ao racismo. Para a secretária de Justiça e Cidadania do DF, Marcela Passamani, o futebol tem um poder simbólico essencial para engajar a sociedade em causas urgentes. “Escolher um clássico para essa ação é estratégico. O futebol é a grande paixão do Brasil e deve ser um espaço de respeito, inclusão e transformação social”, afirmou. [LEIA_TAMBEM]A escolha da data reforça ainda o caráter histórico da ação: o jogo ocorre poucos dias após 3 de julho, data que marca os 74 anos da aprovação da Lei Afonso Arinos, o primeiro marco legal brasileiro contra a discriminação racial. A campanha lembra que a luta contra o racismo exige vigilância permanente e ações concretas em todos os espaços da sociedade. Formação cidadã e letramento racial Além das manifestações públicas nos estádios, a campanha aposta na formação continuada como caminho para combater o racismo estrutural de forma efetiva. Uma das principais frentes da iniciativa é a plataforma online de letramento racial, voltada para a capacitação de jogadores, comissões técnicas, árbitros, dirigentes, promotores e demais profissionais ligados ao futebol. “Não basta repudiar o racismo de forma simbólica. É preciso compreender suas raízes históricas e como ele se manifesta de forma estrutural na sociedade. Por isso, o letramento racial é uma ferramenta essencial para promover uma mudança real e duradoura no futebol e em outros espaços”, destaca o subsecretário de Políticas de Direitos Humanos e de Igualdade Racial da Sejus-DF, Juvenal Araújo. A campanha Cartão Vermelho para o Racismo integra a Política Distrital de Prevenção e Combate ao Racismo nos Estádios, instituída pela Lei nº 7.284/2023 (conhecida como Lei Vinícius Júnior), sancionada pelo Governo do Distrito Federal. A proposta é ampliar a conscientização e o engajamento de torcedores, atletas e instituições na promoção de ambientes esportivos mais justos e inclusivos. Torcedores do Vasco e do Palmeiras foram convidados a participar da ação, antes da partida disputada em 4 de maio, no Mané Garrincha Desde maio, a campanha já esteve presente em três jogos promovidos pela CBF no Mané Garrincha: Vasco x Palmeiras (4/5), Aparecidense x Fluminense (11/5) e Capital x Botafogo (17/5), todos com apoio da Federação Brasiliense de Futebol (FBF). Em cada partida, a ação com faixas no campo e a distribuição dos cartões vermelhos mobilizou atletas e torcedores para a causa. A iniciativa também se estendeu às finais do Campeonato Candango Sub-11 e Sub-13, promovendo atividades educativas com crianças e adolescentes das categorias de base, em parceria com a Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF). No dia 21 de junho, a campanha ultrapassou as fronteiras do DF e chegou ao Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão, durante o clássico Remo x Paysandu, válido pela Série B do Campeonato Brasileiro. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF)
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Protocolo Antirracista combaterá desigualdades na rede pública de ensino
Com o intuito de orientar gestores e profissionais da educação em casos de racismo no ambiente escolar e propor ações pedagógicas relacionadas às desigualdades raciais, a Secretaria de Educação (SEEDF) criou o Protocolo Antirracista, previsto para ser lançado ainda no segundo semestre deste ano. O documento foi elaborado visando à promoção de uma educação pública que enfrente racismo de forma estruturada e institucional, sendo uma resposta coletiva e pedagógica à intolerância racial que eventualmente ocorre no ambiente escolar. O Protocolo Antirracista visa criar um ambiente escolar mais seguro e inclusivo, valorizando a diversidade | Foto: Felipe de Noronha/SEEDF Mais que uma diretriz orientadora, trata-se de um compromisso que a SEEDF assumiu ao aderir à Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola (PNEERQ), instituída pelo Ministério da Educação (MEC). A ideia é garantir uma educação que promova a equidade racial e valorize a diversidade de saberes e histórias presentes na comunidade escolar. Em junho deste ano, foram definidos os parâmetros para a implementação do protocolo em reunião realizada com representantes da SEEDF, do Núcleo de Enfrentamento à Discriminação (NED), da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual ou Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin) e da Promotoria de Justiça de Defesa da Educação (Proeduc). [LEIA_TAMBEM]De acordo com a subsecretária de Educação Inclusiva e Integral, Vera Barros, a expectativa é contribuir para a redução das desigualdades raciais nas escolas. “O Protocolo de Consolidação da Educação Antirracista da SEEDF é fruto de uma construção coletiva e acreditamos que a sua força e importância auxiliarão na promoção de um espaço escolar mais justo, plural e democrático”, concluiu. Consulta pública Antes do lançamento, o documento será disponibilizado no site da Secretaria de Educação para consulta pública entre os meses de julho e agosto deste ano. Patrícia Melo, titular da Diretoria de Educação em Direitos Humanos e Diversidade (DDHD), subordinada à Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin) da SEEDF, afirmou que o protocolo será um divisor de águas na orientação de fluxos internos e externos relacionados à educação antirracista na SEEDF. A diretora destacou o papel da educação para coibir episódios de preconceito: “A nossa equipe trabalha visando sempre à prevenção e ao enfrentamento às múltiplas violências, com o objetivo de garantir os direitos fundamentais e a inclusão de nossas crianças, adolescentes e adultos. Que a escola seja um lugar cada dia mais de segurança e proteção, onde não haja espaço para ações discriminatórias, racistas e violentas”. Após o período de submissão a consulta pública, as propostas da comunidade serão compiladas, analisadas e consolidadas no documento que norteará as ações preventivas e as medidas a serem adotadas em casos de violência racial. Mesmo antes do lançamento, algumas ações contempladas pelo instrumento já estão sendo aplicadas em todas as unidades escolares da rede pública do DF. Documento criado pela SEEDF trabalha para que o ambiente escolar seja um espaço livre de qualquer tipo de discriminação | Foto: Jotta Casttro/SEEDF Como surgiu o Protocolo Antirracista Com caráter pedagógico e coletivo, o protocolo propõe enfrentar o racismo nas escolas por meio da promoção da equidade racial e valorização da diversidade. A iniciativa surgiu como um desdobramento da audiência pública sobre educação para as relações étnico-raciais, formas de prevenção e combate ao racismo no espaço educacional, realizada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) em 2024. Proteção prioritária às vítimas, escuta qualificada, celeridade nas respostas, responsabilização pedagógica e abordagem interseccional são alguns dos princípios elencados no documento. Além disso, o protocolo prevê a formação de professores e mudanças no currículo, e também a disponibilização de canais para receber denúncias de estudantes e de docentes dentro das unidades escolares. O processo de construção do documento envolveu ampla participação da comunidade escolar, por meio de um grupo de trabalho organizado pela Diretoria de Educação em Direitos Humanos e Diversidade da Subsecretária de Educação Inclusiva e Integral (DDHD/Subin), composto por estudantes, professores, gestores, coordenadores pedagógicos, psicólogos, orientadores educacionais e representantes das subsecretarias da SEEDF. *Com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)
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Cartão Vermelho para o Racismo volta a campo e reforça combate à discriminação no futebol
Depois de ganhar projeção nacional no último dia 4 de maio, durante o jogo entre Vasco e Palmeiras, a campanha Cartão Vermelho para o Racismo volta a campo nesta quarta-feira (21), agora na partida entre Aparecidense e Fluminense, válida pela terceira fase da Copa do Brasil. A mobilização será novamente no Estádio Nacional Mané Garrincha – Arena BRB, em Brasília, e marca a segunda edição da ação inédita de enfrentamento ao racismo no futebol brasileiro. “O futebol é um espaço de paixão, de encontro e de identidade. Por isso, ele também pode e deve ser um instrumento poderoso de conscientização e transformação social", diz a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani | Fotos: Jhonatan Vieira/Sejus-DF A campanha é uma iniciativa da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF), em parceria com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), e tem como objetivo transformar os estádios em espaços de respeito, inclusão e igualdade racial. Com o lema “Não é só falta grave, é cartão vermelho para o racismo”, a ação promove um gesto simbólico e coletivo: jogadores entram em campo com a faixa da campanha, enquanto torcedores, atletas e autoridades levantam cartões vermelhos em repúdio à discriminação. Os cartões serão distribuídos na entrada do estádio. A expectativa é repetir o impacto da estreia da campanha, que conquistou visibilidade nacional ao reunir atletas, torcida e representantes do poder público em um movimento conjunto de conscientização. A mobilização ocorrerá antes de todos os jogos promovidos pela CBF no Distrito Federal e já tem nova data confirmada: quinta-feira (22), antes da partida entre Capital e Botafogo, novamente pela Copa do Brasil, no mesmo estádio. Nos próximos meses, a campanha será ampliada com cursos de letramento racial, conversas e ações educativas com clubes e federações A ação integra a construção de um modelo nacional de combate ao racismo nos estádios e reforça o compromisso com a Lei Vinícius Júnior, sancionada recentemente pelo Governo do Distrito Federal, que estabelece diretrizes pioneiras para o enfrentamento ao racismo em ambientes esportivos. A Sejus é responsável pela regulamentação da lei no DF e trabalha para consolidar o projeto como referência nacional, com o apoio da CBF. [LEIA_TAMBEM] “O futebol é um espaço de paixão, de encontro e de identidade. Por isso, ele também pode e deve ser um instrumento poderoso de conscientização e transformação social. Quando o estádio se levanta contra o racismo, envia uma mensagem clara: esse tipo de violência não será tolerado. Estamos construindo um novo modelo de enfrentamento ao racismo no esporte, e Brasília está sendo pioneira nesse processo”, afirma a secretária de Justiça e Cidadania do DF e idealizadora da campanha, Marcela Passamani. Nos próximos meses, a campanha será ampliada com cursos de letramento racial, conversas e ações educativas com clubes e federações, reforçando o compromisso de tornar o futebol brasileiro mais inclusivo, diverso e livre de preconceito. Campanha Cartão Vermelho para o Racismo Data: Quarta-feira (21) Horário: A partir das 19h15, antes do início de Aparecidense x Fluminense Local: Estádio Nacional Mané Garrincha – Arena BRB Público estimado: 50 mil pessoas *Com informações da Sejus-DF
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Mais de 30 mil torcedores dão cartão vermelho para o racismo no Mané Garrincha
A Arena BRB Mané Garrincha foi palco de um momento marcante neste domingo (4), minutos antes da partida entre Vasco e Palmeiras, pela 7ª rodada do Campeonato Brasileiro. Mais de 30 mil torcedores ergueram simultaneamente cartões vermelhos contra a discriminação racial, em um gesto simbólico que marcou o lançamento da campanha Cartão Vermelho para o Racismo, promovida pela Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF), em parceria com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Antes da partida, jogadores do Vasco e do Palmeiras entraram em campo segurando uma faixa com a mensagem da campanha Cartão Vermelho para o Racismo | Fotos: Jhonatan Viera/Sejus-DF A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, ressaltou a importância de usar o futebol como espaço de conscientização e transformação social. “Essa campanha nasce de uma preocupação urgente: combater o racismo. O lançamento simboliza a força de uma sociedade que não aceita mais o silêncio diante do preconceito. Ver milhares de torcedores, crianças, famílias inteiras unidas por essa causa foi emocionante”, afirmou. Com o lema “Não é só falta grave, é cartão vermelho para o racismo”, a ação marca o início da construção de um modelo distrital de enfrentamento à discriminação racial no esporte, com potencial de ser expandido para todo o país, em articulação com a CBF. [LEIA_TAMBEM]O ponto alto da campanha foi o minuto de protesto realizado antes do apito inicial: torcedores, jogadores e a equipe de arbitragem levantaram, juntos, os cartões vermelhos em um gesto coletivo de repúdio ao racismo. Distribuídos nas entradas do estádio, os cartões reforçaram a mensagem de que a discriminação não tem vez – nem nos gramados, nem fora deles. Entre os participantes estava a torcedora vascaína Sueny Almeida de Medeiros, 44 anos, moradora de Taguatinga, que elogiou a iniciativa: “Achei muito interessante. É importante estar sempre atento a esse problema social e reforçar o combate ao racismo em todos os espaços, especialmente no futebol, que tem tanto alcance”. Também na arquibancada, o palmeirense Renan Lopes Oliveira, que veio de Goianésia (GO) com a família para prestigiar seu time, parabenizou a ação: “Essa campanha mostra que a luta contra o racismo é de todos. Não importa o time, a cor da camisa ou da pele. Isso aqui foi um golaço da cidadania e reforça a necessidade de respeito e união”. A cerimônia contou com a presença de autoridades, atletas e representantes das duas equipes. Os jogadores do Vasco e do Palmeiras entraram em campo segurando uma faixa com a mensagem da campanha, reforçando o compromisso do futebol brasileiro com o combate ao preconceito. Morador de Goianésia (GO), o palmeirense Renan Lopes Oliveira elogiou a iniciativa: “Essa campanha mostra que a luta contra o racismo é de todos. Não importa o time, a cor da camisa ou da pele” O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, também destacou o papel da entidade: “Apoiar essa campanha está em sintonia com o compromisso da nossa gestão. O combate ao racismo é uma bandeira que traduzimos em ações concretas. Esse é um trabalho contínuo, necessário e inegociável”. A campanha reforça ainda o compromisso com a Lei Vinícius Júnior, já promulgada pelo Governo do Distrito Federal (GDF), que estabelece diretrizes inéditas no país para a promoção de ambientes esportivos mais justos e inclusivos. A Sejus é responsável pela regulamentação da norma e pela articulação com outros estados interessados em adotá-la. Nos próximos meses, a parceria entre Sejus e CBF será ampliada com cursos de letramento racial e ações educativas junto aos clubes, com o objetivo de consolidar um ambiente esportivo mais inclusivo e seguro. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF)
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Campanha contra racismo no futebol será lançada neste domingo (4), no Mané Garrincha
A Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF), em parceria com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), dará início neste domingo (4) à campanha Cartão Vermelho para o Racismo, uma ação inédita de enfrentamento ao racismo no futebol brasileiro. O lançamento oficial ocorrerá minutos antes da partida entre Vasco e Palmeiras, válida pela 7ª rodada do Campeonato Brasileiro, no Estádio Nacional Mané Garrincha – Arena BRB, em Brasília. Campanha Cartão Vermelho para o Racismo será lançada neste domingo (4), antes da partida entre Vasco e Palmeiras, no Estádio Nacional Mané Garrincha | Foto: José Martins/Sejus-DF Com o lema “Não é só falta grave, é cartão vermelho para o racismo”, a iniciativa será apresentada ao público com um gesto coletivo: jogadores das duas equipes entrarão em campo com uma faixa da campanha, enquanto torcedores, atletas e autoridades levantarão simultaneamente cartões vermelhos em repúdio à discriminação racial. Os cartões serão distribuídos na entrada do estádio. [LEIA_TAMBEM]A campanha marca o início da construção de um modelo nacional de combate ao racismo nos estádios, com base na recém-sancionada Lei Vinícius Júnior, que estabelece diretrizes pioneiras para a prevenção e o enfrentamento ao racismo no ambiente esportivo. A Sejus-DF é responsável pela regulamentação da lei, e a CBF apoia a expansão do modelo para outros estados. Lançamento da campanha Cartão Vermelho para o Racismo Data: Domingo (4) Horário: A partir das 15h45, antes do início de Vasco x Palmeiras Local: Estádio Nacional Mané Garrincha – Arena BRB Público estimado: 50 mil pessoas *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF)
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Escolas públicas e particulares do DF serão capacitadas pelo Programa de Letramento Racial
A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), por meio da Subsecretaria de Direitos Humanos e Igualdade Racial (Subdhir), dará início à implementação do Programa de Letramento Racial nas escolas do Distrito Federal. O Centro Educacional 04 do Guará (CED 04) será a primeira unidade de ensino a receber o programa, que busca capacitar educadores para compreender as dinâmicas do racismo e promover práticas pedagógicas antirracistas. Antes de chegar às escolas, o Programa de Letramento Racial já capacitou servidores da própria Sejus, de outros órgãos do GDF, do sistema socioeducativo do Distrito Federal e também servidores do Senado Federal | Foto: Divulgação/Sejus-DF O programa prevê a capacitação de todo o corpo docente da escola, em ciclos de 20 a 25 educadores por vez. O primeiro ciclo terá início no dia 9 de abril e, ao final da formação, todos os participantes receberão certificação oficial da Sejus. O CED 04 do Guará marca o início de um movimento que se estenderá para todas as escolas do DF, contemplando primeiro a rede pública e, posteriormente, os colégios particulares. Além dos professores, o programa também envolverá alunos e educadores, ampliando o debate sobre o combate ao racismo e a promoção da equidade dentro e fora das salas de aula. “Esse programa é um compromisso concreto com a promoção da diversidade e do respeito” Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania Letramento racial O Programa de Letramento Racial da Sejus visa desenvolver capacidade crítica para identificar, compreender e enfrentar o racismo estrutural presente na sociedade. A formação propõe discussões sobre identidade, ancestralidade, diversidade e inclusão, além de oferecer ferramentas para que os educadores possam aplicar esse conhecimento em suas práticas pedagógicas. A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, destacou a importância dessa iniciativa para transformar a sociedade por meio da educação: “O combate ao racismo começa pelo conhecimento. Quando educamos nossos professores para enxergar e desconstruir desigualdades raciais, estamos dando um passo fundamental para uma sociedade mais justa e igualitária. Esse programa é um compromisso concreto com a promoção da diversidade e do respeito”. Para a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, a capacitação dos docentes e servidores das escolas públicas e particulares do DF pelo Programa de Letramento Racial reflete um compromisso essencial com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária: “A parceria vem para somar com as inúmeras ações já desenvolvidas pela Secretaria de Educação, visando a consolidação da educação antirracista por meio de formações continuadas para professores e gestores. Ressalta-se também que está em vias de finalização a escrita do nosso Protocolo Antirracista. Acreditamos que a colaboração entre as secretarias potencializará os resultados e fortalecerá ainda mais a implementação de práticas que previnam as violações de direitos nas nossas instituições de ensino”. Expansão do programa Antes de chegar às escolas, o Programa de Letramento Racial já capacitou servidores da própria Sejus, de outros órgãos do GDF, do sistema socioeducativo do Distrito Federal e também servidores do Senado Federal. Agora, com a implementação nas escolas, a iniciativa alcançará um público ainda mais amplo, impactando diretamente a formação das novas gerações. O subsecretário de Direitos Humanos e Igualdade Racial, Juvenal Araújo, reforçou o compromisso da Sejus com a continuidade e expansão do programa: “Estamos elaborando um cronograma detalhado para que todas as escolas do DF recebam essa capacitação de forma estruturada e eficiente. Nosso objetivo é que a educação antirracista não seja apenas um tema pontual, mas um pilar essencial na formação dos nossos estudantes, preparando-os para uma sociedade mais igualitária e respeitosa”, ressaltou. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF)
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Sejus celebra avanços em políticas de direitos humanos em 2024
O ano de 2024 representou um marco para a defesa dos direitos humanos, da igualdade racial e do combate ao racismo no Distrito Federal. De forma inédita, o Governo do Distrito Federal (GDF) instituiu como manifestação cultural popular e democrática a celebração do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra. Mais de 140 mil pessoas passaram pelos três dias de festa, que teve uma programação rica e diversificada, incluindo shows, exposições, feiras, oficinas e debates. A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), que tem esta pauta como uma das suas prioridades, é uma das pastas responsáveis por organizar, gerir e apoiar essa celebração como política pública de Estado. O programa Viver 60+ envolveu mais de 6 mil participantes em atividades físicas, culturais e de lazer | Fotos: Divulgação/Sejus-DF Também pela construção de uma sociedade antirracista, mais de 200 pessoas, entre elas docentes e servidores públicos, tiveram acesso este ano ao curso Letramento Racial, um projeto da Sejus-DF que leva informações de como combater o racismo no cotidiano. Com foco na inclusão social não só da população negra, como também dos povos e comunidades tradicionais e minorias do DF, a pasta realizou mais de dez feiras temáticas com oportunidades para estes públicos desenvolverem o empreendedorismo. Cidadania e inclusão social Vinculado à Sejus-DF, o Na Hora bateu recorde em 2024 com mais de 2,6 milhões de atendimentos, facilitando o acesso da população a diversos serviços públicos No decorrer de 2024, o Na Hora, órgão vinculado pela Sejus-DF, bateu um novo recorde com mais de 2,6 milhões de atendimentos, o que representa 250 mil a mais do que em 2023. Já a Carreta do Na Hora contabilizou esse ano mais de 36 mil atendimentos à população. Por sua vez, o GDF Mais Perto do Cidadão, que leva serviços de órgãos do governo para as regiões administrativas, chegou este ano à impressionante marca de 300 mil atendimentos. Destaca-se uma novidade das últimas três edições deste ano: o curso Nasce uma Estrela, que já atendeu 300 gestantes e mães de recém-nascidos com informações essenciais sobre como cuidar dos bebês. Dentre as ações voltadas às pessoas idosas, o programa Viver 60+ envolveu mais de 6 mil participantes que desfrutaram de atividades físicas, culturais e de lazer. A Sejus-DF também intensificou em 2024 as políticas de atendimento às vítimas de violência. Foram 16,5 mil atendimentos ao longo destes últimos 11 meses. Apenas o Direito Delas alcançou mais de 7 mil pessoas, na maioria, mulheres, com atendimentos sociais, psicológicos e jurídicos. Sonhos realizados Um dos marcos de 2024 foi a reestruturação de carreira para os servidores do Sistema Socioeducativo do DF, projeto sancionado pelo governador Ibaneis Rocha O ano também ficou marcado pelo programa Casamento Comunitário, que, em duas edições, realizou o sonho de 140 casais de formalizar o matrimônio com todas as despesas pagas. A Sejus ainda levou oportunidades para os estudantes em situação de vulnerabilidade social. O Aprova DF auxiliou mais de 5,5 mil pessoas com aulões preparatórios para concursos e vestibulares, assim como o Vem Enem, que beneficiou mais de 2 mil alunos para o exame. Por fim, 2024 será lembrado como o ano em que os servidores do Sistema Socioeducativo do DF, com empenho da Sejus, conquistaram a sonhada reestruturação de carreira. O projeto de lei nº 145/24 foi aprovado pela Câmara Legislativa e sancionado pelo governador Ibaneis Rocha. *Com informações da Sejus-DF
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Políticas públicas do DF promovem cidadania e inclusão social
Buscando garantir direitos fundamentais a todas as pessoas, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu a Agenda 2030, um compromisso assumido por líderes de 193 países, inclusive o Brasil, para a erradicação da pobreza e a promoção de um desenvolvimento social e econômico inclusivo até o final desta década. Neste sentido, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) já desenvolve, de forma avançada, políticas públicas que respondem aos desafios globais. São várias as ações direcionadas à promoção dos direitos para todos, principalmente voltadas às pessoas mais vulneráveis, que merecem ser destacadas nesta terça-feira (10), data em que se comemora o Dia Internacional dos Direitos Humanos. Um dos principais projetos da pasta para melhorar a qualidade de vida da população é o GDF Mais Perto do Cidadão. Duas vezes por mês, durante dois dias, equipes de diversos órgãos do governo do DF, como Procon, Na Hora, Detran, Polícia Civil, entre outros, se reúnem em uma cidade para oferecer serviços essenciais à população. A iniciativa facilita o acesso dos cidadãos de maneira integrada e eficiente. O programa já beneficiou mais de 300 mil pessoas, desde 2023, quando foi instituído como uma política do governo. A secretária Marcela Passamani ressalta: “Os direitos humanos são para todos, mas a responsabilidade é de cada um de nós” | Foto: Jhonatan Oliveira/Sejus Outro programa de grande relevância, também idealizado pela Sejus-DF, é o Direito Delas. Ele visa proteger as mulheres contra violações de direitos e coibir a violência doméstica e de gênero, com a promoção de ações de capacitação profissional, suporte psicológico e jurídico, oferecendo apoio integral para o fortalecimento da autonomia feminina. O programa ainda desenvolve iniciativas essenciais para o apoio emocional das vítimas, ajudando-as a romper com o ciclo de abuso familiar e a violência. Cidadania para todos Um dos grandes desafios enfrentados pela Sejus-DF tem sido a redução das desigualdades raciais e o combate ao racismo estrutural. Entre os projetos adotados, destaca-se a destinação de 20% das vagas de estágio na administração pública para estagiários negros e a implantação do sistema de cotas raciais para concursos públicos no GDF, também com a reserva de 20% das vagas para candidatos negros. Vale destacar, ainda, o trabalho da pasta para garantir os direitos da comunidade LGBTQIAP+, com projetos de inclusão da comunidade no mercado de trabalho, como o Empreendedor LGBT; e outras ações voltadas tanto ao segmento das pessoas idosas, com destaque para o projeto Viver 60+, quanto para as crianças e adolescentes, em que são desenvolvidos debates para a promoção da cultura de paz nas escolas e a promoção da eleição para conselheiros tutelares nas regiões administrativas. Para a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, todas estas ações buscam respeitar e atender os direitos de todos os públicos do DF de forma indiscriminada. “Esperamos contar com o apoio e o engajamento de todos os setores da sociedade nessa empreitada porque os direitos humanos são para todos, mas a responsabilidade é de cada um de nós”, finaliza. *Com informações da Sejus-DF
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GDF de Ponto a Ponto: Secretária de Justiça e Cidadania anuncia núcleo do projeto Direito Delas no Gama
Em entrevista ao GDF de Ponto a Ponto, podcast da Agência Brasília, nesta quinta-feira (5), a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, revelou a ampliação de alguns projetos da pasta. Entre as novidades, estão a inauguração de mais um núcleo do projeto Direito Delas, o lançamento do protocolo Cartão Vermelho dentro dos estádios e a mudança do cadastro para o Casamento Comunitário, que será anual a partir de 2025. Marcela Passamani falou sobre um dos mais importantes programas da Sejus-DF: “Primeiro fomos aumentando a oferta de núcleos. Depois, entendi que a gente precisava entregar para a população um novo formato, e foi aí que surgiu o Direito Delas, que são espaços que atendem mulheres e acolhem idosos e crianças que sofreram violência” | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília “Qual é o maior desafio? Chegar às pessoas. Por isso, a gente vai às ruas, com bate-papos, feira de talentos, eventos em escolas. Precisamos trazer esse pertencimento para a pessoa se sentir acolhida” Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania A secretária afirmou que, este ano, o projeto Direito Delas chegará a 11 núcleos a partir da abertura de uma unidade no Gama, no dia 16 deste mês. Lançada em novembro do ano passado, a iniciativa oferece gratuitamente atendimento social, psicológico e jurídico às vítimas de violência e seus familiares. “O Direito Delas é um programa da Sejus que substituiu o antigo Pró-Vítima, que tinha apenas quatro núcleos”, explicou a gestora. “Primeiro fomos aumentando a oferta de núcleos. Depois, entendi que a gente precisava entregar para a população um novo formato, e foi aí que surgiu o Direito Delas, que são espaços que atendem mulheres e acolhem idosos e crianças que sofreram violência.” Ação nas ruas Marcela lembrou ainda que, além do atendimento dentro das unidades fixas, o projeto faz ações itinerantes para alcançar mais gente: “Qual é o maior desafio? Chegar às pessoas. Por isso, a gente vai às ruas, com bate-papos, feira de talentos, eventos em escolas. Precisamos trazer esse pertencimento para a pessoa se sentir acolhida”. Também é para contemplar mais pessoas que a Sejus fará, a partir de 2025, um edital com cadastro reserva e validade anual para atender ao programa do Casamento Comunitário, que permite a realização do matrimônio civil a pessoas que não têm condições financeiras. A expectativa é promover edições com 120 casais oficializando a união. “Nós costumamos ter muitas inscrições, mas muitas vezes alguns casais ficam de fora na última hora por conta de documentação”, detalhou a secretária. “Em situações como essa, a nossa ideia é continuar chamando os casais do cadastro reserva, para não termos prejuízo.” Cartão Vermelho Outra novidade é a implantação de um novo protocolo, batizado de Cartão Vermelho, contra o racismo dentro dos estádios. O projeto atende a lei distrital nº 7.517/2024 que institui a Política Distrital Vinícius Jr. de combate ao racismo em estádios e arenas esportivas do Distrito Federal, além de reforçar o sucesso da pasta na implementação de protocolos, como ocorreu com o Por Todas Elas, que prevê requisitos a serem cumpridos por estabelecimentos de lazer e entretenimento para proteger e apoiar mulheres que tenham sofrido ou estejam em risco iminente de violência, assédio ou importunação sexual. “Criamos esse protocolo para contemplar o atendimento de prevenção e encaminhamento de mulheres que sofrem assédio e importunação sexual nos espaços de entretenimento”, especificou a titular da Sejus-DF. “Começamos na turnê da Ivete Sangalo, e depois o Na Praia e o Moto Capital nos procuraram para implementar esse protocolo que, na época, nem era lei. Começamos a trabalhar no Distrito Federal, e hoje temos parcerias com vários produtores e estabelecimentos. Hoje, inclusive, estamos no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro oferecendo esse atendimento psicossocial.” Balanço Durante a entrevista, a secretária de Justiça e Cidadania aproveitou para fazer um balanço sobre os principais projetos da pasta. Destacou que, em menos de dois anos, o GDF Mais Perto do Cidadão já atendeu mais de 300 mil pessoas, o mesmo número registrado na primeira gestão, quando o programa ainda era Sejus Mais Perto do Cidadão. “Começou em 2019 uma vez por mês em algumas comunidades e depois ganhando tamanho”, recordou. “Em quatro anos, foram mais de 300 mil pessoas, e agora, em menos de dois anos, já atendemos mais de 300 mil. Isso mostra que o governo tem esse serviço dinâmico e com entrega para se relacionar com o cidadão. Foi criado para facilitar a vida do cidadão, que pode buscar no mesmo dia e no mesmo local o serviço de forma ampla.” A cada edição, o GDF Mais Perto do Cidadão reúne diferentes ofertas de serviços públicos em áreas centrais para a população da cidade beneficiada. De tempos em tempos, também há a incorporação de mais serviços. É o caso do curso Nasce uma Estrela, que teve edições no Paranoá e em Santa Maria, atendendo 300 mulheres. “Esse curso é um reforço ao trabalho que é feito nas 176 UBSs [unidades básicas de saúde] do Distrito Federal”, relatou Marcela Passamani. “É uma complementação. Queremos que as mulheres se sintam acolhidas. Levamos doulas, enfermeiras e, ao final, elas recebem uma bolsa com enxoval que é confeccionado dentro dos presídios por pessoas em restrição de liberdade como um trabalho de ressocialização.”
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Evento na Rodoviária oferece serviços para mulheres e defende inclusão social
No mês dedicado à Consciência Negra, a Secretaria da Mulher (SMDF) promoveu, nesta sexta-feira (29), um grande evento na Rodoviária do Plano Piloto. A iniciativa, liderada pela Subsecretaria de Ações Temáticas e Participação Política (SUBATPP), reuniu cultura, serviços essenciais e reflexões sobre igualdade racial e de gênero, transformando um dos locais mais movimentados da cidade em palco de celebração e conscientização. Serviços gratuitos, apresentações culturais, desfile de moda afro e conscientização pela igualdade de gênero e de raça marcaram o evento promovido pela Secretaria da Mulher, nesta sexta (29), na Rodoviária do Plano Piloto | Fotos: Divulgação/SMDF Durante o dia, a programação contou com apresentações culturais, como dança, shows musicais, desfile de moda afro e aulas de charme, exaltando a riqueza e diversidade da cultura afro-brasileira. Serviços gratuitos também foram oferecidos, como exames de HPV e sífilis, realizados em parceria com a Fiocruz e a Secretaria de Saúde, além de atendimentos jurídicos prestados pela Defensoria Pública. Com uma pauta voltada à formulação e implementação de políticas públicas que considerem a diversidade das mulheres em aspectos como gênero, etnia, raça e idade, a subsecretária responsável pela SUBATPP, Dayanne Timóteo, destacou a relevância de ações como esta. “Estamos no mês da Consciência Negra, mas o trabalho pela igualdade racial e pelo combate à violência contra as mulheres não se limita a uma data ou a um mês. Nosso compromisso é levar iniciativas como esta a todos os cantos do Distrito Federal, especialmente para aqueles que mais precisam. Essa aproximação transforma a experiência do público e reforça nosso compromisso com a população”, afirmou Dayanne. “A mulher precisa de apoio, seja branca, negra, pobre ou rica. Somos todos iguais e todas precisam desse apoio que está acontecendo aqui hoje”, diz Carmelita Barbosa Alves No espaço de beleza, o público teve acesso a massagem, design de sobrancelha, cortes de cabelo, maquiagem, trancistas e penteados afro, enquanto materiais informativos reforçavam mensagens de cidadania e igualdade. Carmelita Barbosa Alves, de 73 anos, moradora de Santa Maria e empregada doméstica por 30 anos, compartilhou sua emoção ao participar do evento. “A mulher precisa de apoio, seja branca, negra, pobre ou rica. Somos todos iguais e todas precisam desse apoio que está acontecendo aqui hoje. Muitas mulheres perdem muitas coisas, principalmente aquelas que estão fora da vista das pessoas, no fundo das cozinhas, varrendo casas. Essas mulheres precisam ter informação, que elas lembrem que não estão sozinhas”, declarou. A Rodoviária do Plano Piloto, que recebe milhares de pessoas diariamente, foi escolhida estrategicamente para sediar o evento. O administrador do espaço, Josué Martins de Oliveira, destacou a importância da iniciativa. “Estamos muito felizes em receber um evento tão significativo na Rodoviária do Plano Piloto. Este é um espaço que reflete a diversidade da nossa cidade, e iniciativas como essa, que promovem a cultura afro-brasileira, a igualdade de gênero e o combate ao racismo, são fundamentais para fortalecer o sentimento de pertencimento e inclusão em nossa comunidade”, afirmou. O evento, que contou com o apoio da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), integra as atividades dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres e reafirmou o compromisso da Secretaria da Mulher em articular cultura, serviços e conscientização, promovendo impacto positivo e inspirando mudanças na sociedade. *Com informações da SMDF
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GDF leva curso de combate ao racismo para servidores do Senado
Cerca de 40 funcionários terceirizados da área de segurança e policiais legislativos do Senado Federal participaram, nesta terça-feira (26), do curso Letramento Racial, um projeto da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) que leva aos órgãos públicos informações sobre a origem e as práticas de racismo ainda presentes na sociedade. Durante o curso, foi lançada, em parceria com o Senado, uma cartilha sobre equidade racial. O Letramento Racial no Senado prevê a capacitação de um total de 400 funcionários. Funcionários terceirizados da área de segurança e policiais legislativos do Senado Federal participaram do curso Letramento Racial, oferecido nesta terça (26) pela Secretaria de Justiça e Cidadania | Fotos: Jhonatan Vieira/Sejus-DF Desenvolvido pela subsecretaria de Direitos Humanos e Igualdade Racial (Subdhir), da Sejus-DF, o Letramento Racial faz parte de uma extensa agenda de capacitação para que as pessoas entendam o que é, como combater e como se manifesta o racismo estrutural e institucional no país. A aula foi ministrada por Marina Morenna, professora da rede pública de ensino do DF e especialista em políticas públicas em gênero e raça. Sua apresentação abordou temas como as leis segregacionistas que proibiam aos negros o acesso à educação e o acesso a terras, adotadas em meados de 1830. Sessenta anos depois, outra medida foi instituída, a lei dos Vadios e Capoeiras, que considerava crime a prática da capoeira e do candomblé. Marina citou essas leis para mostrar como a população negra foi literalmente excluída da sociedade, e apontou que essa exclusão se verifica de maneira sutil nos dias atuais. “Por isso temos de lutar pela redução das desigualdades raciais, todas elas. Tivemos leis positivas, como a das cotas, que completará dez anos, mas precisamos de mais ações afirmativas, inclusivas e reparadoras”, defendeu. A professora considera necessário que haja mais oportunidades de formação de professores pelas universidades, porque a maioria dos docentes nas escolas públicas e privadas é branca. Segundo ela, o próprio parlamento tem poucos representantes da população negra, o que demonstra como é difícil para o negro conquistar espaço. Vítimas de racismo Antonia Ladyjane é funcionária terceirizada e faz parte do Comitê de Gênero e Raça do Senado Federal. Indígena e maranhense, ela já sofreu toda sorte de racismo e xenofobia, seja por sua origem, seja pela cor de sua pele. “Como educadora social, aprendi e ensino aos jovens que eles devem entender que são lindos com sua cor de pele, com seus cabelos. Já sofri muito por esse tipo de racismo. Hoje não mais”, disse. Ela fez questão de contar, também, que já participou do programa Direito Delas, da Sejus, por ter sido vítima de violência. Segundo ela, a iniciativa lhe deu segurança para nunca mais temer seu opressor e, hoje, tem orgulho de acolher muitas mulheres que ainda são vítimas de violência. “Aprendi e ensino aos jovens que eles devem entender que são lindos com sua cor de pele, com seus cabelos. Já sofri muito por esse tipo de racismo. Hoje não mais”, afirmou Antonia Ladyjane, funcionária terceirizada do Senado “São relatos como esse que nos estimulam ainda mais desenvolver ações que garantam segurança às mulheres. E com o curso de Letramento Racial no Senado, levamos a mensagem de que juntos somos capazes de combater o racismo. A cartilha lançada em parceria da Sejus com o Senado é o começo da construção de um novo momento”, comemorou a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal
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Mês da Consciência Negra alerta para expressões racistas que devem ser evitadas
“Vou te colocar na minha lista negra e não quero nem saber o que vai dar esse samba do crioulo doido, menina cor do pecado”! Essa frase, cheia de expressões aparentemente banais, contém três expressões racistas que devem ser proibidas no dia a dia. Neste mês que é celebrado a Consciência Negra, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) defende uma revisão profunda das expressões utilizadas no cotidiano das pessoas, para construir uma sociedade antirracista. Para fazer o enfrentamento desse problema que reflete a presença do racismo estrutural e institucional enraizado na cultura brasileira, a Sejus, por meio da subsecretaria de Direitos Humanos e Igualdade Racial (Subdhir), adota diversas ações que têm por objetivo promover a mudança comportamental, de modo que as vítimas não sejam oprimidas na hora de fazer denúncias, ou na forma de cursos para que as pessoas compreendam porque devemos mudar nossa forma de expressar e evitar qualquer prática de racismo. O Letramento Racial é um curso ministrado a servidores públicos que revela as diversas manifestações de discriminação encobertas pelo que se chama de normalização | Foto: Arquivo/Agência Brasília O Letramento Racial é um curso ministrado a servidores públicos que revela as diversas manifestações de discriminação encobertas pelo que se chama de normalização, mas que deveriam ser rechaçadas e denunciadas. A antropóloga social pela Universidade de Brasília (UnB), Renata Nogueira, ensina que o racismo é estrutural porque está presente na forma como imaginamos o mundo, como hierarquizamos as pessoas e como criamos expectativas de papeis para certos grupos. Segundo a professora, as expressões “lista negra”, “a coisa está preta”, “magia branca”, “mulata cor do pecado”, “serviço de preto” e diversas outras reproduzem imaginários sociais destinados à população branca e à população negra. “Sabendo que quase 58% da população no Distrito Federal é negra, em termos de ocupação de espaços de poder a proporção é outra”, afirma. Dados do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) reforçam essa informação e apontam que a disparidade é ainda maior. Em 2023, a distribuição dos trabalhadores ocupados por posição segundo raça e cor, os negros representavam 61,9% ante 38,1% de não negros. No serviço público, a situação é inversa, com 52,4% de não negros e 47,6% de negros. Entre os autônomos, os negros compunham 66,8% do segmento, enquanto não negros, 33,2%. Os empregados domésticos representam 79,1% de negros e 20,9% de não negros. “Quando olhamos para os números das pesquisas percebemos que até entre os idosos a população negra é maioria, com 58% em comparação a 42% dos não negros. É por isso que tenho defendido políticas transversais dentro de nossa secretaria, porque o entendimento do exercício da cidadania é único”, diz a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. Discriminação racial Luiz Renato Nelson dos Santos é conhecido no Distrito Federal como Mestrando Vagalume. Professor de capoeira, ele revela o desconforto de já ter sido vítima do racismo estrutural. Tudo aconteceu numa escola no Recanto das Emas, onde dava aulas para crianças e adolescentes. “A direção da escola mudou e fui comunicado que não teria espaço para ministrar as aulas, sem qualquer outra justificativa. Questionei o motivo e a pessoa não respondia. Fui com o administrador na escola, mas nem isso foi suficiente. A alegação era que não tinha espaço no horário. Saímos de lá e fomos para uma quadra, descoberta, mas alguns alunos se machucaram com caco de vidro e aos poucos o projeto acabou, infelizmente. Isso foi um racismo estrutural”, disse. Expressões racistas “A coisa tá preta”: Utilizada para se referir às circunstâncias e situações de dificuldade, correlaciona um estado indesejado à cor preta. “Serviço de preto”: Essa expressão associa pessoas negras à má qualidade ou ao trabalho malfeito, o que reforça estereótipos racistas. É importante reconhecer que a competência e a qualidade do trabalho não têm relação com raça. “Cabelo ruim/cabelo bombril/cabelo duro”: Utilizada para descrever cabelos crespos ou cacheados, essa expressão desvaloriza a textura natural dos cabelos de pessoas negras, reforçando padrões estéticos eurocêntricos que indicariam que cabelos bons seriam os lisos. A alternativa seria falar “cabelo crespo” ou simplesmente “cabelo” sem conotação negativa. “Mulata”: Embora seja amplamente usada, a palavra “mulata” tem origem no termo “mula”, animal híbrido, e carrega uma conotação desumanizante para pessoas de origem mista (negra e branca). Prefira usar “parda” ou outras designações que respeitem a identidade da pessoa. “Da cor do pecado”: Termo que reforça a objetivação e a sexualização do corpo negro, especialmente o das mulheres negras. “Samba do crioulo doido”: A expressão é empregada em contextos no qual existe desordem, ou sem sentido. No entanto, relaciona a falta de nexo à negritude. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF)
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