GDF destina mais de R$ 1 milhão para garantir oficinas educativas a 500 crianças e adolescentes
Um investimento de mais de R$ 1 milhão vai transformar a vida de 500 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade do Recanto das Emas e do Riacho Fundo II. Os recursos foram destinados pelo Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal (CDCA), vinculado à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), para o desenvolvimento do projeto social Sementes do Amanhã, executado em parceria com o Instituto Proeza. O projeto já está em execução e, nesta terça-feira (3), foi realizado o lançamento oficial, com a entrega de uma van que garantirá transporte seguro para os alunos em atividades externas. Além da van, o investimento prevê a contratação de psicólogos, pedagogos e assistentes sociais, a aquisição de uniformes, eletrodomésticos e a realização de 288 novas oficinas socioeducativas. Gabrielly Ferreira, 10 anos, já participa das atividades e destaca como a iniciativa tem impactado sua vida escolar | Fotos: Divulgação/Sejus-DF Educação, acolhimento e novas oportunidades As crianças e adolescentes atendidos têm acesso a atividades no contraturno escolar, como oficinas de arte, conversas, acompanhamento pedagógico e até a produção de um jornal comunitário. O objetivo é apoiar o desenvolvimento integral, fortalecendo vínculos familiares e comunitários e prevenindo situações de vulnerabilidade social. Gabrielly Ferreira, 10 anos, já participa das atividades e destaca como a iniciativa tem impactado sua vida escolar. “Aqui é bem legal! Eu tenho muitos amigos e os orientadores me ajudam com as tarefas de casa, o que fez minhas notas na escola melhorarem”, conta a estudante, que é destaque no projeto Proeza News, um telejornal educativo que incentiva leitura, fala e escrita de forma lúdica. O projeto já está em execução e, nesta terça-feira (3), foi realizado o lançamento oficial, com a entrega de uma van que garantirá transporte seguro para os alunos em atividades externas Compromisso com o futuro Para a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, o investimento representa mais do que um apoio material: é um passo importante na construção de oportunidades. “Projetos como o Sementes do Amanhã são fundamentais para transformar realidades. Temos o compromisso de apoiar iniciativas que garantam oportunidades, ampliem horizontes e reduzam a desigualdade. Estamos dando a esses jovens a chance de construir um futuro melhor”, afirma. Kátia Ferreira, presidente do Instituto Proeza, reforça a importância da parceria. “Esse recurso fará muita diferença na vida das crianças atendidas. Agora poderemos contar com transporte seguro, aumentar o nosso quadro de profissionais e oferecer mais qualidade no atendimento. É um avanço enorme para todos nós”, destaca. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF)
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Servidores são capacitados sobre tratamento da tuberculose em crianças e adolescentes
Servidores da Secretaria de Saúde (SES-DF) participaram, nesta semana (8 e 9), de uma oficina voltada ao manejo da tuberculose em crianças e adolescentes. O curso se destina a profissionais atuantes, preferencialmente, na Atenção Primária à Saúde (APS), entre enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos e farmacêuticos de todas as regiões de Saúde da pasta. A iniciativa foi organizada pela SES-DF junto ao Ministério da Saúde (MS). A tuberculose pode ser tratada e curada; medicamentos são ofertados exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) | Fotos: Yuri Freitas/Agência Saúde-DF Segundo o gerente substituto de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist), Sérgio D’Ávila, há forte correlação entre a tuberculose e as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), em função dos riscos que representam à saúde e por afetarem pessoas em situação de vulnerabilidade. “A tuberculose é uma doença extremamente negligenciada, na perspectiva de que ela tem determinantes sociais importantes. Desse modo, é fundamental montarmos uma rede de atenção integrada e articulada para solucionar as dificuldades de acesso ao tratamento", avalia D'Ávila. A principal maneira de prevenir as formas graves da doença na infância e juventude se dá pela vacina BCG, disponibilizada pela Secretaria de Saúde logo nos primeiros dias de vida Consideradas as vulnerabilidades das pessoas mais afetadas, é crucial, de acordo com o gerente, que os serviços de saúde fortaleçam ações de acolhimento, busca ativa, investigação de possíveis contatos e oferta de tratamento adequado. A tuberculose pode ser tratada e curada, ao passo que os medicamentos são ofertados exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). [LEIA_TAMBEM]Crianças e adolescentes Segundo o Boletim Epidemiológico da Tuberculose 2025, publicado pelo MS, crianças e adolescentes representam 12% dos casos de infecção no mundo. A principal maneira de prevenir as formas graves da doença se dá pela aplicação da vacina BCG. O imunizante é disponibilizado gratuitamente pelo SUS em dose única e deve ser aplicado em recém-nascidos com mais de 2 kg, de preferência nas primeiras 12 horas após o nascimento. Caso não seja possível a vacinação ainda na maternidade, a dose pode ser administrada até os 4 anos de idade, com horários específicos definidos por cada unidade básica de saúde (UBS). Confira os locais de vacinação no site da SES-DF. Além da vacina BCG, a prevenção da tuberculose pode ser feita com o tratamento profilático, a partir de busca ativa e avaliação de contatos, mediante teste da prova tuberculínica e exame de sangue IGRA (sigla em inglês para Ensaio de Liberação de Interferon Gama), ambos disponibilizados pela SES-DF. *Com informações da SES-DF
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Projeto Ser Multiplicadores atenderá 60 crianças e adolescentes do Gama com cursos e acompanhamento psicológico
Foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta terça-feira (1º) o Extrato do Termo de Fomento nº 03/2025, firmado entre a Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) e a Organização da Sociedade Civil Obras Benedita Cambiagio. A parceria é originária do Edital nº 03/2022 do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente (CDCA-DF), vinculado à Sejus, e tem como objetivo a execução do projeto Ser Multiplicadores, que atenderá 60 crianças e adolescentes com idades entre 6 e 15 anos, na região do Gama. Crianças e adolescentes do Gama serão beneficiados com diversas atividades educativas por meio do projeto Ser Multiplicadores | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Com início em 30 de junho de 2025 e vigência de 25 meses, o projeto será desenvolvido na sede da entidade, localizada na Área Especial Quadra 07 Lote C, Setor Sul do Gama. A iniciativa tem caráter preventivo e busca garantir a promoção, proteção e defesa dos direitos humanos de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. [LEIA_TAMBEM]Serão oferecidas diversas atividades, como aulas de dança, música, informática, acompanhamento psicológico, palestras educativas, dinâmicas interativas e visitas a espaços culturais, todas voltadas ao fortalecimento das capacidades e potencialidades do público atendido. Complementar ao trabalho social com famílias já realizado por meio dos serviços Paif (Proteção e Atendimento Integral às Famílias) e Paefi (Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos), o projeto tem foco no desenvolvimento de vínculos e na construção de alternativas emancipatórias para os jovens atendidos. Ao todo, serão destinados R$ 890.684,50 do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente à execução do projeto. *Com informações da Sejus-DF
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Projeto Formando Cidadão entrega bolas de futebol a estudantes
Crianças e adolescentes contemplados pelo projeto Formando Cidadão, do Centro de Políticas de Segurança Pública (CPSP), receberam ontem bolas de futebol de salão da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). A entrega foi feita no 11º Batalhão, em Samambaia, beneficiando cerca de 140 jovens. Projeto faz parte dos programas desenvolvidos pelos batalhões de Polícia Militar para jovens em vulnerabilidade | Foto: Divulgação/PMDF O projeto Formando Cidadão integra os programas preventivos de segurança pública desenvolvidos pelos batalhões, com foco especial em crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. A iniciativa reforça o papel da Polícia Militar para além da segurança ostensiva, investindo em cidadania, respeito e integração comunitária por meio do esporte, do diálogo e do fortalecimento de vínculos. *Com informações da PMDF
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Número de crianças e adolescentes atendidos nos Caps cresce mais de 33%
Os atendimentos de crianças e adolescentes nas unidades do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) do Distrito Federal cresceram 33,47% entre 2023 e 2024. O maior aumento foi registrado na faixa etária de 10 a 14 anos, cujos atendimentos saltaram de 9,2 mil para 13,5 mil – um crescimento de 45,6%. Entre 15 e 19 anos, o número de atendimentos também subiu, indo de 13,5 mil para 16,9 mil, representando 25,15% de aumento. O ano de 2024 teve o maior número de atendimentos de crianças e adolescentes em sete anos. Apenas no primeiro trimestre de 2025, foram registrados mais de 3,5 mil atendimentos na faixa etária de 10 a 14 anos e mais de 4 mil na faixa de 15 a 19 anos. Em comparação, no mesmo período de 2024, foram registrados 3,6 mil atendimentos em crianças de 10 a 14 anos e 4,3 mil atendimentos na faixa etária de 15 a 19 anos. O ano de 2024 teve o maior número de atendimentos de crianças e adolescentes em sete anos | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF “Para a Secretaria de Saúde [SES-DF], o fortalecimento do atendimento em saúde mental de crianças e adolescentes é uma prioridade. Estamos em processo de expansão da rede para garantir mais acesso às crianças, adolescentes e suas famílias”, afirma a subsecretária de Saúde Mental da SES-DF, Fernanda Falcomer. Ansiedade A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 10% a 20% dos adolescentes vivenciam problemas de saúde mental. No mundo, estima-se que a depressão seja a nona causa de doença e incapacidade nessa fase da vida, enquanto a ansiedade aparece na oitava posição. Apesar de não haver um levantamento específico sobre o número de diagnósticos de transtornos de ansiedade no Distrito Federal, o médico Thiago Blanco, referência técnica distrital em psiquiatria da SES-DF, alerta para o crescimento de casos clínicos de ansiedade em crianças e adolescentes: “A ansiedade é a nossa grande preocupação atual do ponto de vista epidemiológico”. Os atendimentos de crianças e adolescentes nas unidades do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) do Distrito Federal cresceram 33,47% entre 2023 e 2024 O profissional explica que o tratamento exige apoio de muitas pessoas e profissionais capacitados para oferecer o suporte adequado para a criança e adolescente. “A ansiedade nessa fase é marcada por preocupações excessivas e por medos exagerados que atrapalham no desempenho acadêmico, na relação com outras crianças, com a família e com o mundo de maneira geral”, afirma. [LEIA_TAMBEM]O tratamento oferece suporte para que crianças e adolescentes incorporem os recursos necessários para enfrentar os medos do dia a dia. “Eventualmente, quando os sintomas são muito graves, o uso de medicações também pode ser recomendado”, complementa o psiquiatra da SES-DF. “Também precisamos cuidar e proporcionar um ambiente seguro, tolerante, cuidadoso, amoroso em qualquer espaço de convivência, na escola, na família e em outros ambientes”. Atendimento O tratamento para transtornos de ansiedade em crianças e adolescente pode ocorrer nos centros de Atenção Primária, como as unidades básicas de saúde (UBS) e nas unidades do Caps, dependendo da gravidade do caso. Os Caps são destinados a atendimentos de pessoas com sofrimento mental grave, inclusive, decorrente do uso de álcool e outras drogas, tanto em situações de crise quanto nos processos de reabilitação processual. As atividades nos Caps são realizadas prioritariamente em espaços coletivos (grupos, assembleias de usuários, reunião diária de equipe), de forma articulada com outros pontos de atenção da rede de saúde e das demais redes. O cuidado é desenvolvido por intermédio de projeto terapêutico singular, que é construído pela equipe de saúde em conjunto com o usuário e sua família. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Mais de 163 mil crianças e adolescentes já se vacinaram contra a dengue no DF
Governo do Distrito Federal · MAIS DE 163 MIL CRIANÇAS E ADOLESCENTES JÁ SE VACINARAM CONTRA A DENGUE NO DF Mais de 163 mil crianças e adolescentes com idades entre 10 e 14 anos já se imunizaram contra a dengue no Distrito Federal. Desde fevereiro do ano passado, o imunizante, que previne as formas graves da doença causada pelo mosquito Aedes aegypti, está disponível para a população nas Salas de Vacina da rede pública de saúde. Apesar dos números expressivos, a vacinação contra a dengue ainda está longe da cobertura ideal. Do total de imunizações, 109.172 foram de primeira dose (D1) e 53.976 foram D2, representando um índice de 59,7% para a D1 e 29,5% para a D2. Para se vacinar, basta que a criança ou o adolescente compareça a uma das salas de vacina do DF acompanhada de pai ou responsável, portando documento de identificação e a caderneta de vacinação | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “A vacina da dengue foi incorporada no ano passado à rede pública de saúde como uma estratégia do Ministério da Saúde para imunizar crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Essa é a faixa etária com maior índice de hospitalizações e óbitos por dengue no país. Ela está disponível em toda a rede pública, com mais de 100 pontos de vacinação — unidades básicas, principalmente — preparados para atender esse público”, explicou Karine Castro, gerente substituta da Rede de Frio do DF. O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público de saúde. Incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) em dezembro de 2023, o imunizante é aplicado em duas doses, com intervalo de 90 dias entre as aplicações. Para isso, basta que a criança compareça a uma das salas de vacina do DF (lista completa aqui) acompanhada de pai ou responsável, portando documento de identificação e a caderneta de vacinação. “É importante destacar que para a imunização ser eficaz, é essencial completar o esquema vacinal com as duas doses”, enfatizou. “Por isso, sempre reforçamos: quem ainda não tomou a primeira dose, que vá se vacinar. E quem já tomou a primeira, que não deixe de tomar a segunda. Só assim conseguiremos uma proteção efetiva contra a doença.” Recomendações A vacina da dengue foi incorporada no ano passado à rede pública de saúde como uma estratégia para imunizar crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. "Essa é a faixa etária com maior índice de hospitalizações e óbitos por dengue no país", afirma Karine Castro, gerente substituta da Rede de Frio do DF A Secretaria de Saúde do DF recomenda que, caso a criança ou adolescente tenha sido diagnosticada com dengue, é necessário aguardar seis meses para iniciar o esquema vacinal. Se houver contaminação pela doença após a primeira dose, deve-se manter a data prevista para a segunda dose, desde que haja um intervalo de 30 dias entre a infecção e a segunda dose. [LEIA_TAMBEM] A vacinação contra a dengue não é indicada para indivíduos com imunodeficiência congênita ou adquirida, incluindo aqueles em terapias imunossupressoras, com infecção por HIV sintomática ou com evidência de função imunológica comprometida, e pessoas com hipersensibilidade às substâncias listadas na bula, além de mulheres gestantes ou em fase de amamentação. Cuidados permanecem Embora a vacina contra a dengue represente um avanço na proteção da população, o controle do mosquito Aedes aegypti continua sendo a principal estratégia de prevenção não apenas contra a dengue, mas também contra outras arboviroses urbanas, como a chikungunya e o vírus Zika. Isso se deve ao fato de que o imunizante, por si só, não interrompe a cadeia de transmissão, especialmente em áreas com alta densidade do vetor. Medidas como eliminar focos de água parada, vedar caixas d’água e manter quintais limpos seguem sendo essenciais no combate à proliferação do mosquito.
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Colônia de Férias Inclusiva: Centro Olímpico de São Sebastião promove integração e diversão
Muita alegria, correria e animação. Além de manter a energia de quem participa da Colônia de Férias no Centro Olímpico e Paralímpico de São Sebastião (COP São Sebastião), os principais objetivos nas atividades, pensadas para crianças e adolescentes com idades entre 4 e 17 anos, são incentivar o respeito e a inclusão. O evento, que ocorre de 28 a 31 de janeiro, é totalmente gratuito e inclui atividades esportivas, recreação, musicalização, contação de histórias, oficinas e alongamentos. Todas as opções são planejadas de acordo com a capacidade e a faixa etária dos participantes, nos turnos matutino e vespertino. Além de estimular a criatividade e a experimentação, as atividades da colônia beneficiam o desenvolvimento cognitivo dos participantes | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília “A colônia é voltada para a comunidade, e buscamos a inclusão em todas as modalidades dentro do centro olímpico”, destaca a diretora do Cop São Sebastião, Camila Meireles. Ao todo, 20 alunos com deficiência participam da programação. Além de estimular a criatividade e a experimentação, as atividades da colônia beneficiam o desenvolvimento cognitivo dos participantes. Para o coordenador pedagógico do Cop São Sebastião, Gilvan Carvalho, a iniciativa é essencial para a socialização das crianças. “Como a colônia é aberta para todos, ninguém se sente excluído. Buscamos incentivar a interação e mostrar que todos são capazes de participar”, afirma. Interação e aprendizado Levi Silva Lima gosta de fazer amizades, além de praticar os esportes oferecidos na colônia de férias Os irmãos Glória Maria Silva Lima, 6 anos, e Levi Silva Lima, 9, diagnosticados com transtorno do espectro autista (TEA), estão aproveitando cada momento da colônia. Glória se encantou com as brincadeiras da gincana, como pique-pega e pique-esconde, enquanto Levi está ansioso para ver sua equipe vencer a competição. “Acho que meu grupo foi o mais rápido e que vamos ganhar”, diz o garoto, animado. Além de experimentar novas atividades, como o karatê, o que ele mais gosta é de fazer novos amigos. “É muito legal conhecer outras crianças”, completa. A mãe, Myllena Patrycia Silva, 31 anos, acompanha de perto a participação dos filhos e comemora os avanços. “É maravilhoso ter um ambiente que acolhe e respeita as diferenças, sem tentar padronizar as crianças. Esse é um dos passos para que eles se envolvam mais com a sociedade”, afirma a mãe. Essa é a primeira vez que Myllena inscreve os filhos em uma colônia de férias. “Fiquei mais tranquila porque já conhecia o trabalho dos professores e sabia que seria um momento importante para o desenvolvimento deles.” Para ela, a rotina estruturada da colônia também é um diferencial. “Crianças com TEA precisam de rotina, e manter essa organização mesmo nas férias faz muito bem para elas”, conclui.
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Programa auxilia na reconstrução de famílias e oferece dignidade a órfãos de feminicídio no DF
Em seu primeiro ano de existência, o Programa Acolher Eles e Elas já atendeu 162 crianças e adolescentes órfãos em decorrência de feminicídios no Distrito Federal. A iniciativa, coordenada pela Secretaria da Mulher (SMDF), oferece um auxílio mensal equivalente a um salário mínimo, além de acompanhamento psicossocial semanal, ajudando a reconstruir vidas impactadas por essa tragédia. Desde a criação do programa, mais de R$ 2,1 milhões já foram destinados aos beneficiários. O programa identifica e atende famílias em situação de vulnerabilidade por meio de busca ativa, conforme estipulado na Lei nº 7.314/2023. O benefício é direcionado a órfãos residentes no DF há pelo menos dois anos, menores de 18 anos, ou até 21 anos no caso de jovens em condições de extrema vulnerabilidade socioeconômica. Uma das histórias que refletem o impacto positivo do Programa Acolher Eles e Elas é a de Angela Amorim e Roberto da Silva. Após uma década tentando engravidar, o casal decidiu adotar e, depois de se tornarem pais de três crianças órfãs em decorrência de feminicídio, passaram a contar com o auxílio financeiro e o acompanhamento psicossocial oferecidos pelo programa | Fotos: Vinícius de Melo/SMDF “Nosso objetivo é garantir que essas crianças e adolescentes tenham acesso às necessidades básicas e a uma vida mais digna. O suporte financeiro e o acompanhamento psicológico são fundamentais para que possam seguir com seus estudos e reconstruir suas vidas. Este primeiro ano foi de grandes avanços, e conseguimos ampliar significativamente o alcance dessa política tão importante para as famílias do Distrito Federal”, destacou a secretária da Mulher, Giselle Ferreira. De acordo com um estudo da Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídios e Feminicídios (CTMHF), da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), entre março de 2015 e outubro de 2024, foram registrados 394 órfãos em decorrência de feminicídios no DF, sendo 258 menores de idade e 136 maiores. O levantamento também revela que 80% das mulheres assassinadas em crimes de feminicídio eram mães, evidenciando o impacto devastador desses crimes na vida das famílias. Os dados do Painel de Feminicídios da SSP-DF, criado em 2021, são atualizados sistematicamente e podem ser acessados no site da pasta. “Nosso principal objetivo é fornecer dados que deem um panorama cada vez mais completo sobre as características que envolvem esse tipo de crime, sendo possível elaborar políticas cada vez mais assertivas e direcionadas ao enfrentamento do feminicídio. Nossas políticas públicas são baseadas em evidências. Orientamos nossas ações com base em dados e não em ilações”, ressalta o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar. O benefício é direcionado a órfãos residentes no DF há pelo menos dois anos, menores de 18 anos, ou até 21 anos no caso de jovens em condições de extrema vulnerabilidade socioeconômica Uma nova vida Uma das histórias que refletem o impacto positivo do Programa Acolher Eles e Elas é a de Angela Amorim e Roberto da Silva. Após uma década tentando engravidar, o casal decidiu adotar e, depois de se tornarem pais de três crianças órfãs em decorrência de feminicídio, passaram a contar com o auxílio financeiro e o acompanhamento psicossocial oferecidos pelo programa. “Em 2020, iniciamos o processo de adoção e, em 2022, a psicóloga da Vara da Infância e Juventude nos contatou para realizar o estudo psicossocial. Após entrevistas e questionários, fomos habilitados em outubro daquele ano”, relembra Angela. Depois de um período de espera, o casal conheceu, em março deste ano, os três irmãos que agora formam sua nova família. “Nossa vida está bem agitada, mas é uma felicidade imensa. Ouvir nossa filha mais velha dizer que agora tem pais para cuidar dela e dos irmãos é algo maravilhoso. Descobrimos o programa por meio de amigos, e o apoio que recebemos do GDF nos ajuda a oferecer a eles uma vida mais digna e estável”, contou emocionada. O Programa Acolher Eles e Elas desempenha um papel essencial na redução das dificuldades enfrentadas por famílias em situações de vulnerabilidade, proporcionando suporte financeiro e emocional que permite a crianças e adolescentes reconstruírem suas vidas em um ambiente de acolhimento e segurança. Para acessar o auxílio, é necessário apresentar uma documentação específica, incluindo boletim de ocorrência, comprovante de residência, uma declaração atestando o vínculo com o órfão, documentos pessoais do órfão e do responsável, além de uma declaração de vulnerabilidade. As famílias podem entrar em contato pelos telefones (61) 3330-3118 e (61) 3330-3105. Para receber o benefício, não é necessário a intermediação de um advogado; os responsáveis pelos órfãos podem solicitar diretamente à SMDF o benefício. *Com informações da Secretaria da Mulher do Distrito Federal (SMDF)
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Prorrogado o prazo para seleção de projetos voltados à garantia dos direitos de crianças e adolescentes
O Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente (CDCA-DF) publicou, no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta quinta-feira (26), edital de prorrogação por mais seis meses do Edital de Chamamento Público nº 03/2022, que visa a análise e seleção de projetos inovadores e complementares as políticas públicas no Distrito Federal voltadas para a promoção, proteção, defesa e garantia dos direitos de crianças e adolescentes, para financiamento com recursos do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente (FDCA-DF). No total, serão aplicados para a realização dos projetos R$ 40 milhões de recursos do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente | Foto: Divulgação/Sejus Estas ações serão executadas por meio de parcerias a serem celebradas entre a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), o CDCA e as organizações da sociedade civil (OSC). O ato foi publicado nesta quinta-feira (26) e começa a contar do dia 31 de dezembro de 2024 até 30 de junho de 2025. De acordo com o edital, a prorrogação se fez necessária para viabilizar que as OSCs, que ainda não firmaram o termo de fomento, consigam atender a necessidade de ajuste dos planos de trabalho. As organizações selecionadas deverão atuar por até 24 meses consecutivos a partir da data de formalização do termo de fomento. No total, serão aplicados para a realização dos projetos R$ 40 milhões de recursos do FDCA, sendo 60% a título de subvenção social e 40% a título de auxílio investimento. Deste montante, o edital estabelece o teto de R$ 1,5 milhão por OSC, podendo ser apresentados até dois projetos individuais. *Com informações da Sejus-DF
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Arniqueira vai ganhar uma nova sede do Conselho Tutelar
A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) publicou nesta terça-feira (24), no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), o extrato do contrato de locação do novo imóvel do Conselho Tutelar de Arniqueira, localizado na Área de Desenvolvimento Econômico da cidade. Conselho Tutelar de Arniqueira terá nova sede mais ampla e confortável na Área de Desenvolvimento Econômico da cidade | Foto: Divulgação/Sejus-DF A nova sede terá um espaço mais amplo, confortável e acessível, uma vez que, atualmente, ela está instalada em uma área comercial próximo a oficinas e madeireiras que fazem muito barulho. Pelo extrato, o valor do contrato de locação será de R$ 324 mil para o período de 24 meses, podendo ser prorrogado sucessivamente. “Esse é o primeiro passo para a instalação dessa nova unidade de Conselho Tutelar em Arniqueira. O nosso objetivo é oferecer aos conselheiros, servidores e, principalmente, às nossas crianças e adolescentes o melhor espaço possível para um atendimento de qualidade e eficiente”, defendeu a secretária da Sejus, Marcela Passamani. Conselho: garantia de direitos As unidades do Conselho Tutelar existem em todo o país e foram criadas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) como órgãos autônomos, permanentes e não jurisdicionais, que integram a administração pública local. No caso do Distrito Federal, são vinculados administrativamente à Sejus-DF, pasta com a atribuição de promover políticas públicas para crianças e adolescentes no DF. Eleitos pelos cidadãos, os conselheiros têm a missão de garantir que as crianças e adolescentes tenham todos os seus direitos respeitados e são responsáveis, por exemplo, por receber denúncias de situações de violência, como negligência, maus-tratos e exploração sexual. As unidades em funcionamento estão localizadas em Águas Claras, Arniqueira, Plano Piloto, Candangolândia, Ceilândia, Cruzeiro, Estrutural, Fercal, Gama, Guará, Itapoã, Jardim Botânico, Lago Norte, Lago Sul, Núcleo Bandeirante, Paranoá, Park Way, Planaltina, Recanto das Emas, Riacho Fundo, Riacho Fundo II, Samambaia, Santa Maria, São Sebastião, SIA, Sobradinho, Sobradinho II, Sol Nascente/Pôr do Sol, Sudoeste/Octogonal, Taguatinga, Varjão e Vicente Pires. *Com informações da Sejus-DF
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Cuidados com saúde mental de jovens são discutidos em seminário internacional
Nesta quinta-feira (10), a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) participou do seminário internacional “Saúde mental, redes e desafios atuais – crianças, adolescentes e jovens”. O evento – promovido pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), com apoio da Fiocruz – segue até sexta (11) e pode ser acompanhado pelo canal do DataSUS no YouTube. A Secretaria de Saúde participou, nesta quinta (10), de seminário internacional sobre a saúde mental de crianças, adolescentes e jovens | Fotos: Breno Esaki/Arquivo Agência Saúde-DF Durante uma das mesas temáticas, a gerente do Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil III (Capsi) de Taguatinga, Kelly Cristina, destacou experiências bem-sucedidas na unidade e o diálogo com a rede de atendimento da capital. Para ela, o foco das iniciativas deve ser os usuários. “Nossas atividades buscam, principalmente, o protagonismo social e o engajamento dos pacientes”, disse. No Dia Mundial da Saúde Mental, lembrado hoje, o seminário pretende jogar luz no impacto do cuidado psicológico em crianças e adolescentes. Por meio de oficinas e mesas temáticas, as discussões giram em torno de temas como políticas públicas na área, trajetórias e experiências, intersetorialidade e redes assistenciais. Nas oficinas, grupos aprofundam os tópicos e debatem, por exemplo, a saúde mental dos jovens no sistema judiciário ou nas escolas. Atendimento especializado Na rede pública do DF, são oferecidos diversos serviços especializados no cuidado mental infantojuvenil. Dentre eles, estão o Centro de Orientação Médico-Psicopedagógica (Compp) e o Adolescentro, ambulatórios voltados ao público mais jovem com transtorno mental moderado ou que seja usuário eventual de substâncias psicoativas. O Compp atende pacientes de até 12 anos e o Adolescentro, de 12 a 18 anos. Ambos os serviços podem ser acessados por meio das unidades básicas de saúde (UBS). Já o Capsi trabalha com um acolhimento de portas abertas, isto é, sem a necessidade de ser encaminhado por uma UBS. A unidade é voltada a crianças e adolescentes que apresentam intenso sofrimento psíquico decorrente de transtornos mentais graves e persistentes (até os 18 anos) ou sofrimento psíquico resultante do uso de substâncias psicoativas (até os 16 anos). A rede pública do DF oferece diversos serviços especializados no cuidado mental infantojuvenil, alguns com acesso por meio das UBSs e outros com atendimento de portas abertas Rede de Atenção Psicossocial A Rede de Atenção Psicossocial (Raps) foi instituída ainda em 2011, por meio de portaria, e foi atualizada em 2017. O objetivo é organizar os dispositivos que oferecem assistência em saúde mental. Na capital federal, a Diretoria de Serviços de Saúde Mental (Dissam) é a responsável pelos serviços na área aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). A SES-DF apresentou, no dia 1º de outubro, os principais resultados alcançados no primeiro ano do projeto “Maps – Implementação e Fortalecimento do Cuidado em Saúde Mental na Atenção Primária à Saúde do DF”. A estratégia de trabalho prevê a elaboração de planos regionais, articulando os diferentes serviços da rede: equipes multiprofissionais (e-Multis), centros de Atenção Psicossocial (Caps) e ambulatórios de saúde mental. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Alunos de escola pública recebem vacinas contra a dengue
Com elevada incidência de casos de dengue no Distrito Federal, a Secretaria de Saúde do DF (SES), em parceria com a Secretaria de Educação do DF (SEE), está ampliando as medidas de prevenção e controle da doença por meio do aumento da cobertura vacinal de crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos. Com esse foco, alunos da Escola Classe Juscelino Kubitschek, no Sol Nascente, receberam, nesta quarta-feira (29), a vacina contra a dengue na Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 da região, antiga UBS 16. Parceria entre as secretarias de Saúde e de Educação amplia as medidas de prevenção e controle da dengue por meio do aumento da cobertura vacinal de crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF “Essa ação das secretarias de Saúde e de Educação tem o objetivo de aumentar a cobertura vacinal, principalmente em relação à dengue, e de replicar essa iniciativa em todo o DF”, enfatizou o diretor da Atenção Primária à Saúde da Região Oeste, Marcondes Mendes. Nesta quarta-feira (29), alunos da Escola Classe Juscelino Kubitschek, no Sol Nascente, receberam a vacina contra a dengue na Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 da região, antiga UBS 16 A iniciativa foi bem recebida pela comunidade escolar. Para a coordenadora da Escola JK, Helen Penaforte, a medida facilita a vida dos pais. “Essa ação traz mais praticidade aos pais e responsáveis, pois muitos deles trabalham e não têm tempo de trazer os filhos para vacinar. Além disso, garante que as crianças sejam vacinadas de maneira organizada e segura”, afirmou. Um dos alunos imunizados, Miguel Dantas, 10 anos, tomou a segunda dose. “Achei bom tomar a vacina, foi tranquilinho, não senti nada. Agora me sinto mais seguro”, contou. Já a estudante Emilly Trindade tomou o imunizante pela primeira vez. “Não doeu muito. Foi a minha primeira dose e acho muito importante porque ficamos mais protegidos contra a doença”, disse. Campanha de vacinação A campanha de vacinação contra a dengue visa atender crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, com intervalo de 90 dias entre as duas doses necessárias. Até o sábado passado (25), foram aplicadas na rede pública de saúde mais de 71 mil doses da vacina contra a doença. “Acabamos de passar por um momento de surto de dengue, e essa faixa etária foi um dos grupos mais atingidos nos últimos cinco anos, por isso foi eleita pelo Ministério da Saúde a receber a vacina de forma prioritária”, explica a enfermeira do Núcleo de Vigilância Epidemiológica e Imunização da Região de Saúde Oeste Adriana Sousa. Para vacinar as crianças e adolescentes, os pais ou responsáveis devem apresentar documento de identificação e a caderneta de vacinação no momento da imunização. No caso daqueles que já tiveram dengue, é preciso aguardar seis meses após a infecção para iniciar o esquema vacinal. Se houve a contaminação pela doença após a primeira dose, deve-se manter a data prevista para a segunda dose, desde que haja um intervalo de 30 dias entre a infecção e a segunda dose. Confira os locais de vacinação e horários de funcionamento. *Com informações da SES
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Dia Nacional da Adoção celebra o amor incondicional e histórias de vidas transformadas
“Eu queria um filho, não uma gravidez”. A frase é da professora Taicy de Ávila Figueiredo, 48 anos, e resume a motivação que a levou a adotar o pequeno Samuel Lucas, quando ele ainda tinha 18 meses de vida. Hoje, aos 8 anos, o garoto é uma das milhares de crianças e adolescentes cujas vidas foram transformadas pela adoção – ato de amor celebrado neste sábado (25), quando se comemora o Dia Nacional da Adoção. O sonho do maternar sempre esteve presente na vida do casal Fabiani Fadel e Rogério Vitiver. Após dez tentativas de fertilização, os dois resolveram entrar na fila de adoção e foi a ajuda e apoio do Aconchego que os ajudaram a aguardar o processo de espera até a chegada do filho Paulo | Foto: Arquivo pessoal Taicy sempre sonhou em ter dois filhos. Ela já era mãe de Cauan, à época com 8 anos, contudo, em função da idade mais avançada, relata ter enfrentado dificuldades para engravidar pela segunda vez. “Me indicaram para fazer tratamentos, mas, além de muito onerosos, eram baixas as probabilidades de engravidar. Eu não estava disposta a fazer nada assim”, conta. Partiu do marido a ideia de adotar uma criança. “Ele sugeriu da gente adotar e, na hora, eu concordei. Fomos atrás de uma amiga minha, que tinha recém-adotado a filha dela, e ela me indicou o Aconchego (Grupo de Apoio à Convivência Familiar e Comunitária). Foi quando a gente começou a frequentar as reuniões antes mesmo de entrar na fila para adoção”, detalha. Taicy, que já era mãe de Cauan, realizou o desejo de ter dois filhos ao aceitar a ideia do marido de fazer uma adoção. Samuel Lucas chegou com 18 meses e está agora com 8 anos | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília O Aconchego é uma organização da sociedade civil (OSC) dedicada a apoiar a convivência familiar e comunitária. Neste contexto, está inserido o processo de adoção. É por meio de grupos e encontros que os interessados se instruem a respeito de todo o trâmite que envolve o ato de adotar uma criança ou adolescente. A professora conta que, um ano e meio após se habilitar no processo, veio a tão esperada ligação. “A gente demorou um ano para ser habilitado e, depois, foi mais um ano de espera na fila. Eu estava no supermercado quando me ligaram da Vara da Infância e da Juventude falando que tinha uma criança no perfil da gente. Falei para o meu marido: ‘Chegou nossa vez, é o nosso filho’”, narra. Já para a funcionária pública Fabiani Fadel e o médico Rogério Vitiver o sonho do maternar sempre esteve presente na vida do casal. Após dez tentativas de fertilização, os dois resolveram entrar na fila de adoção e foi a ajuda e apoio do Aconchego que os ajudaram a aguardar o processo de espera até a chegada do filho Paulo. “Ficamos cinco anos na fila, éramos o casal 571 na lista, e o curso do Aconchego e todo o apoio psicológico nas reuniões foram fundamentais para esse período de espera. Pois utilizamos esse tempo para entender sobre o filho que queríamos e preparar a nossa vida para recebê-lo”, relata Fabiani. O casal Fabiani e Rogério recomenda que as pessoas que pretendem ingressar em um processo de adoção entendam e tenham certeza do real motivo da decisão, para não frustrar a relação e, acima de tudo, as crianças. | Foto: Arquivo pessoal Em maio de 2022, o então bebê Paulo Borin Vitiver, chegou aos 11 meses para o casal, que hoje considera que o amor construído com a vinda do filho compensa todo o período de espera. “É uma coisa muito louca, desde a primeira foto, já nos apaixonamos, me senti pai no primeiro momento que vi, é um amor que não tem explicação”, destaca Rogério. O casal recomenda que as pessoas que pretendem ingressar em um processo de adoção entendam e tenham certeza do real motivo da decisão, para não frustrar a relação e, acima de tudo, as crianças. “Não é um ato de bondade, não é preencher um vazio ou achar que a criança vai salvar o casamento. Os desafios são diários, é uma mudança na vida, mas os ganhos são infinitamente maiores. Hoje ainda frequentamos o Aconchego levando nossa experiência e falando sobre os desafios como pais”, completa o médico. Família acolhedora Na capital, o processo de adoção de crianças e adolescentes conta com um importante aliado: o programa Família Acolhedora. A iniciativa visa oferecer abrigo temporário para os pequenos em situação de vulnerabilidade e é uma das apostas do Governo do Distrito Federal (GDF) para garantir uma acolhida mais personalizada e rica em amor para os pequenos que precisaram ser afastados de seus lares originais. A professora Taicy conta que, um ano e meio após se habilitar no processo, veio a tão esperada ligação. “Eu estava no supermercado quando me ligaram da Vara da Infância e da Juventude falando que tinha uma criança no perfil da gente. Falei para o meu marido: ‘Chegou nossa vez, é o nosso filho’” Nem todas as crianças participantes do programa são direcionadas para a adoção. Muitas retornam para os pais de origem ou são encaminhadas para a tutela de outros familiares. No entanto, o Família Acolhedora permite que os pequenos encontrem proteção, afeto e cuidado em um local sólido. “Essa família participante vai ser uma referência afetiva para aquela criança enquanto ela estiver acolhida. Esse programa faz uma diferença muito grande na vida dessas crianças; elas se desenvolvem mais, criam vínculos e recuperam a segurança e confiança em um adulto”, afirma a presidente do Aconchego, Soraya Pereira. Atualmente, a Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal (Sedes) tem dois termos de colaboração assinados justamente com o Grupo Aconchego. O primeiro, válido até outubro de 2024, prevê o atendimento de até 20 crianças com idade até 6 anos. Já o segundo, em vigor até 2028, oferece 45 vagas para a faixa que vai até 18 anos. O tempo de acolhimento varia de caso a caso, mas a previsão legal é que não supere 18 meses. Nesse modelo, o vínculo é temporário e, diferentemente da adoção, tem caráter provisório e excepcional. Isso porque o objetivo final é a reintegração familiar ou, caso não seja possível, o encaminhamento a uma família substituta. Como adotar Atualmente, segundo o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), existem cerca de 33,5 mil crianças e adolescentes acolhidos; outros 5 mil aguardam na fila para adoção. Há 36,3 mil pretendentes disponíveis. No DF, são 77 jovens à espera de uma nova família e 467 pretendentes habilitados para adoção. A legislação vigente define que o pretendente à adoção precisa iniciar o processo autuando petição de habilitação para adoção na 1ª Vara da Infância e da Juventude do DF. No DF, todo o trâmite é acompanhado de perto pela Defensoria Pública. “Até mesmo antes da adoção, quando a criança precisa ir para o acolhimento institucional ou familiar ou quando pais e responsáveis nos procuram necessitando de orientação jurídica”, acrescenta Ana Maria Mendes Brandão, psicóloga jurídica do Núcleo de Assistência Jurídica da Infância e Juventude. Para obter a habilitação, a pessoa interessada deve apresentar documentos, como atestado médico; comprovante de residência, comprovante de renda; nada consta criminal e certidão de casamento, união estável ou de nascimento, caso seja uma adoção por pai solo. É preciso, também, indicar três testemunhas a serem convocadas em uma eventual necessidade. Entre as etapas do processo de acolhimento, uma das mais importantes é o preenchimento do perfil da criança almejada pelos futuros pais. “Nele, são descritas informações importantes como idade, condição de saúde, etnia, entre outras. É necessário para que a adoção esteja ao alcance dessa família, para que ela tenha condições de criar essa criança”, explica a servidora da Defensoria Pública. “Não é só ir lá e escolher. A adoção cumpre propósitos de garantir o direito tanto das crianças quanto dos pais que desejam constituir uma família. É um compromisso de respeito, amor, carinho, cuidado, de dar condições para uma vida digna a essas crianças e adolescentes adotados que, em algum momento da vida, tiveram essas condições negadas, ainda que não de uma forma proposital”, completa. GDF garante benefícios No GDF, os servidores adotantes têm equidade e os direitos garantidos. Em 2022, o governador Ibaneis Rocha sancionou a Lei Complementar 1013, complementando o normativo 840 de dezembro de 2011, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos. Na LC, um dos benefícios resguardados é a licença maternidade/adoção ampliada. Além dos 120 dias concedidos pela Previdência Social, as mães têm direito a mais 60 dias pagos pelo governo para dedicação exclusiva à criança. “Essas medidas são fundamentais para promover a inclusão e o bem-estar das crianças adotadas e das famílias adotantes, respeitando os princípios da igualdade e da dignidade humana. Dentre os direitos do servidor, temos a licença maternidade, a licença paternidade, o salário maternidade, a estabilidade no emprego, o direito à saúde, o direito à educação e o acompanhamento psicológico e social”, reforça o secretário executivo de Gestão Administrativa da Secretaria de Economia, Ângelo Roncalli.
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Estudantes de Ceilândia recebem certificados do Cidadania nas Escolas
A Secretaria de Justiça e Cidadania realizou, neste sábado (11), duas cerimônias de entrega dos certificados do Programa Cidadania nas Escolas aos estudantes participantes. Os eventos ocorreram simultaneamente nos CEUs das Artes da QNM 28 e da QNR 02, em Ceilândia. De acordo com a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, o Cidadania nas Escolas atua em conjunto não só com os professores, mas também com os pais na missão de educar as crianças e adolescentes | Foto: Jhonatan Vieira/Ascom Sejus-DF Foram contempladas 11 escolas de Ceilândia: Centros de Ensino Médio 02 e 10; Escolas Classe 03, 10, 65 e 68; Centro Educacional 15 e Centros de Ensino Fundamental 02, 10, 16, 27. “Projetos como esse vêm para dizer que nós estamos juntos aprendendo a lidar com nossas crianças e adolescentes. Nossos jovens hoje passam por situações diversas e muitas vezes nós ficamos confusos sobre como reagir. Mas, enquanto governo, vamos juntos cuidar dessas crianças através de uma educação cidadã” Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, explicou que o Cidadania nas Escolas atua em conjunto não só com os professores, mas também com os pais na missão de educar as crianças e adolescentes. “Projetos como esse vêm para dizer que nós estamos juntos aprendendo a lidar com nossas crianças e adolescentes. Nossos jovens hoje passam por situações diversas e muitas vezes nós ficamos confusos sobre como reagir. Mas, enquanto governo, vamos juntos cuidar dessas crianças através de uma educação cidadã.” No sentido de colocar a Sejus/DF à disposição dos pais e responsáveis, a titular da Sejus fez questão de relembrar que o CEU das Artes, sede do encontro deste sábado (11), está com vagas disponíveis para realização de atividades como teatro, karatê, jiu-jítsu, cinema e muitas outras. “Enquanto os senhores estiverem trabalhando, seus filhos podem vir para cá no contraturno escolar. Tudo à disposição de vocês, totalmente de graça, com um grande quadro de professores.” Lígia Figueiredo, que também já foi atendida pelo Cidadania nas Escolas, considerou o programa de suma importância A estudante Lígia Figueiredo, que frequenta o CEU das Artes da QNR 02, disse que se impressionou com a variedade de atividades disponíveis no centro. “Aqui tem esporte, robótica, informática, artes marciais. É algo muito completo e que atende a região periférica, já que não fica no centro da cidade”, contou. A jovem também já foi atendida pelo Cidadania nas Escolas e considerou o programa de suma importância. “Quando os profissionais chegaram, muita gente ficou com dúvida. Mas, com o passar das aulas, nós, estudantes, passamos a entender melhor e aprendemos bastante”, completou. O projeto O Cidadania nas Escolas tem a proposta de realizar seis encontros nas instituições de ensino, envolvendo comunidade escolar, equipes gestoras, corpo docente, alunos e pais ou responsáveis. Esses momentos incluem metodologias diversificadas com bate-papos, dinâmicas interativas, contação de histórias, cine debates e outros. O foco é desenvolver a conscientização e a reflexão quanto às violências e violações de direitos que perpassam a rotina escolar, envolvendo temas como prevenção às drogas, gravidez na adolescência, violência sexual contra crianças e adolescentes, direitos humanos e cidadania, promoção da cultura de paz nas escolas e prevenção à violência conta as mulheres. O Cidadania nas Escolas começou em 2023 com atividades em cinco regiões administrativas. Em cada localidade, o trabalho foi realizado de quatro a seis escolas, contempladas pela iniciativa. Em novembro, foi realizado evento para entrega dos certificados aos estudantes de Santa Maria e Itapoã. Em dezembro, foi a vez dos participantes de São Sebastião, Recanto das Emas e Samambaia se reunirem para o recebimento dos certificados. *Com informações da Sejus-DF
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Centro Integrado de Educação Física oferece vagas para quatro modalidades
Segundas, quartas e sextas são dias especiais para Pedro Henrique de Oliveira, 18 anos, um dos estudantes atendidos pelo Centro Integrado de Educação Física (Cief), da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF). “É quando treino futsal, então já acordo feliz”, conta. “Aqui é um dos meus lugares preferidos. Tem tudo o que precisamos. Aprendi todos os fundamentos do futsal e me dedico muito, porque meu sonho é ser atleta profissional”, completa. Novos talentos são admitidos pelo Centro Integrado de Educação Física (Cief) em qualquer período do ano | Fotos: Paulo H.Carvalho/Agência Brasília Localizado na 907 Sul, o Cief é uma unidade escolar de natureza especial que oferta atividades desportivas a crianças e adolescentes de 11 a 17 anos, que estão matriculados na rede pública ou privada de ensino. O estudante que completa 18 anos de idade durante o ano letivo pode permanecer no atendimento até o final do ano corrente. Atualmente, são atendidos 600 alunos em aulas de vôlei, basquete e futsal. Novos talentos são admitidos em qualquer período do ano. Basta que o aluno, junto aos pais ou responsável, vá à secretaria do Cief para efetivar a matrícula, portando os documentos necessários e escolha até dois esportes de interesse. Estão abertas vagas para vôlei, handebol, atletismo e basquete, mas outras modalidades podem ser disponibilizadas conforme a demanda do público. A formação de turmas ocorre por critério de idade, categoria (masculino, feminino ou mista), horário e modalidades, com mínimo de dez estudantes e máximo de 25 alunos. “Ao longo do ano podemos abrir mais turmas se houver procura por outras modalidades”, diz o diretor Guilherme Rohlfs de Lima “Ao vir fazer a matrícula, os alunos podem falar quais esportes gostariam de praticar aqui, já que monitoramos a demanda para abrir novas turmas”, conta o diretor do Cief, Guilherme Rohlfs de Lima. “Ao longo do ano podemos abrir mais turmas se houver procura por outras modalidades. O estudante, na hora da matrícula, pode demonstrar interesse e entrar na lista de espera”. Os estudantes iniciam as modalidades em turmas de nível iniciante, podendo ser reclassificados para outras de nível intermediário e avançado a partir da avaliação do professor a qualquer tempo, independente da faixa etária. Em caso de faltas consecutivas ou alternadas superior a 25% do total de dias letivos anuais, o estudante é desligado da modalidade por abandono. A vaga é destinada ao cadastro reserva. Incentivo ao desporto O Cief funciona nos turnos matutino e vespertino, nos horários de 7h15 às 12h15 e de 13h30 às 18h30. A duração da aula simples será de 50 minutos e a aula dupla será de 1 hora e 40 minutos. As aulas são organizadas em três ou duas vezes semanais, às segundas, quartas e sexta-feiras ou às terças e quintas-feiras. “Aqui é um dos meus lugares preferidos. Aprendi todos os fundamentos do futsal e me dedico muito, porque meu sonho é ser atleta profissional”, afirma o estudante Pedro Henrique de Oliveira “Aqui os alunos do DF têm a oportunidade de aprender e desenvolver uma modalidade esportiva com professores capacitados da Secretaria de Educação. Por aqui já passaram vários atletas de renome nacional. O espaço permite que no contraturno o aluno tenha envolvimento com uma atividade física e consequentemente com uma qualidade de vida melhor”, defende o diretor. O espaço é equipado para oferecer o melhor do esporte para os estudantes, incluindo pista de atletismo com raio de 400 metros, salas de ginástica e luta, e piscina com 25 metros de comprimento. No ano passado, o ginásio esportivo foi entregue totalmente reformado, com pintura nova, cobertura da quadra poliesportiva e manutenção da parte elétrica. Veja os documentos que devem ser apresentados à unidade escolar, em versões original e cópia, no ato da matrícula: → Certidão de Nascimento ou Registro Geral (RG) do estudante; → CPF do estudante; → Duas fotografias 3×4; → Registro Geral e CPF do responsável legal pela matrícula do estudante; → Comprovante de Tipagem Sanguínea e Fator RH, nos termos da Lei Distrital nº 4.379; → Comprovante de matrícula na rede pública ou particular de ensino; → Comprovante de residência ou declaração, nos termos da Lei Distrital nº 4.225.
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Projeto leva atendimento psicológico gratuito para moradores do Riacho Fundo II
Cuidar da saúde mental é essencial para o desenvolvimento pleno de crianças e adolescentes e um tema relevante também para o bem-estar dos adultos. Pensando nisso, o Projeto Psicologia Amiga leva atendimento gratuito e de qualidade para os moradores do Riacho Fundo II. Os atendimentos são realizados a partir de encaminhamentos de órgãos como o Conselho Tutelar, mas também é aberto para qualquer pessoa que se interessar. Desde 27 de fevereiro, quando o projeto teve início, cerca de 300 atendimentos – entre primeira sessão e retorno – já foram realizados. No total, 628 pessoas se inscreveram. Todos os dias, são realizados entre 16 e 22 atendimentos | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília O projeto é uma parceria da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus) com o Instituto de Popularização do Direito (Ipod). Além de avaliação e acompanhamento psicológico, também é oferecida orientação jurídica para os moradores da região. Pensado inicialmente para atender crianças e adolescentes, acompanhados por seus responsáveis, a procura foi tão grande que quase metade dos atendimentos realizados são com adultos. “As crianças e adolescentes do Riacho Fundo II conquistaram o acesso à saúde mental, um direito fundamental. Meninos e meninas vulneráveis enfrentam desafios que podem impactar seus desenvolvimentos emocionais e sociais. Oferecer suporte psicológico é essencial para ajudá-los” Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania do DF O operador de máquinas Adilson Batista, de 41 anos, soube do projeto na unidade básica de saúde (UBS). Ele conta que as sessões de terapia o têm ajudado bastante a superar as dificuldades pelas quais está passando. “O atendimento é muito eficaz e está sendo essencial para me ajudar a superar as dificuldades do momento”, garante. Nas duas últimas, a mulher de Adilson, a design de interiores Janaína da Mota Torres, 44 anos, com quem tem quatro filhos, também participou. Eles têm gostado tanto da experiência que pretendem continuar com o acompanhamento terapêutico após o projeto. “É ótimo e está ajudando bastante. Vamos seguir com o atendimento”, confirma Janaína. O projeto teve início no dia 27 de fevereiro e segue no Riacho Fundo II até 17 de maio. Desde então, cerca de 300 atendimentos – entre primeira sessão e retorno – já foram realizados. No total, 628 pessoas se inscreveram. Todos os dias, são realizados entre 16 e 22 atendimentos. Adilson Batista, que soube do projeto na unidade básica de saúde, diz que as sessões de terapia o têm ajudado bastante a superar dificuldades Intervenção precoce para uma vida melhor Um dos focos do projeto é promover o atendimento precoce de crianças e adolescentes. O objetivo é promover um crescimento sadio e o pleno desenvolvimento. “As crianças e adolescentes do Riacho Fundo II conquistaram o acesso à saúde mental, um direito fundamental. Meninos e meninas vulneráveis enfrentam desafios que podem impactar seus desenvolvimentos emocionais e sociais. Oferecer suporte psicológico é essencial para ajudá-los”, afirma a secretária de Justiça e Cidadania do DF, Marcela Passamani. O presidente do Ipod, Max Telesco, explica que a demanda por atendimento com foco em saúde mental partiu da própria população, por meio do Conselho Tutelar, e ofertar esse serviço também é promover o acesso ao direito para as pessoas. “A parceria da Sejus com o Ipod é uma demanda da população, por meio do Conselho Tutelar, e concilia o acesso ao direito com a saúde com serviço de qualidade prestado por psicólogos, assistentes sociais e advogados. É o direito a ter atendimento psicológico que, muitas vezes, não chega às pessoas mais vulneráveis”, observa. Como funciona A secretária do projeto e coordenadora de Atendimento, Daniela Padilha, explica que o acolhimento é realizado por um assistente social. A partir daí, tem início o acompanhamento psicológico e/ou jurídico, quando for o caso. O projeto já passou pela QN 14 do Riacho Fundo II e ficou na Feira Permanente até esta sexta (19). De lá, segue para a QS 14, onde fica até o dia 18 de maio. Os interessados podem entrar em contato pelo WhatsApp (61) 99655-1137 ou acessar o link e preencher o formulário de inscrição.
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Projeto promove discussão em grupo sobre masculinidade saudável
A violência dentro do núcleo familiar é uma triste realidade enfrentada nos dias atuais. Além das mulheres, que são as principais vítimas nas estatísticas, crianças e adolescentes também acabam sofrendo consequências. Todos precisam de acompanhamento psicossocial para que sejam minimizados os traumas e os danos no futuro. [Olho texto=”“A ideia é tentar interromper o ciclo de violência e dar subsídios para que este garoto desenvolva sua masculinidade de maneira saudável, sem achar normal agir com violência com os colegas da escola, com os familiares e nem em relacionamentos futuros, contra outras mulheres”” assinatura=”Lara Borges, chefe do Cepav Flor do Cerrado” esquerda_direita_centro=”direita”] Para contribuir com um desenvolvimento mais saudável, o Centro de Especialidade para Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual, Familiar e Doméstica (Cepav) Flor do Cerrado, localizado no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), realiza vários grupos voltados para crianças e adolescentes em situação de violência doméstica. Um deles se chama Papo de Garoto, voltado para adolescentes entre 13 e 17 anos, com encontros quinzenais. Durante os encontros são tratados temas relacionados à masculinidade. Em 2023, sete meninos participaram do projeto, que ainda estava em sua primeira edição e seguirá ocorrendo como grupo de trabalho do Cepav Flor do Cerrado. O idealizador do projeto é o estagiário de Serviço Social, Luiz Felipe De Freitas Magalhães, estudante da UnB. De acordo com a assistente social Gabriela Fernandes, é essencial trabalhar a masculinidade como forma de prevenção à violência | Foto: Divulgação/IgesDF “A ideia é tentar interromper o ciclo de violência e dar subsídios para que este garoto desenvolva sua masculinidade de maneira saudável, sem achar normal agir com violência com os colegas da escola, com os familiares e nem em relacionamentos futuros, contra outras mulheres”, explica a chefe do Cepav Flor do Cerrado, Lara Borges. O Papo de Garoto possui encontros quinzenais e foi pensado para os meninos que também sofrem violência, pois muitos acabam sendo silenciados, o que acarreta em consequências negativas para a saúde mental. Dentre os temas trabalhados ao longo dos encontros estão: masculinidade; tipos de violência; racismo, sexualidade e machismo; e desconstrução da masculinidade não saudável. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] De acordo com a psicóloga Aline Silva, alguns garotos escondem situações de violência por machismo. “A ideia é trabalhar e discutir a masculinidade porque, às vezes, eles vivem à base da violência, guardam emoções e se calam. Tanto, que estudos comprovam que o maior número de suicídios ocorre com homens, pois eles vão logo para os extremos das situações”, destaca. A assistente social Gabriela Fernandes ressalta que é essencial trabalhar a masculinidade como forma de prevenção à violência, pois assim é possível construir outras maneiras de vivenciar as relações, que a violência não seja o norte, discutindo questões importantes de gênero. Neste ano, o Papo de Garoto terá início em abril e contará com cinco encontros. *Com informações do IgesDF
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Número de acolhimentos a vítimas de violência sexual cresce em três anos
Protagonista no combate à violência sexual contra crianças e adolescentes no Distrito Federal, o Centro Integrado 18 de Maio registrou aumento na procura pelos seus serviços. De 2020 a 2023, a quantidade de assistências prestadas subiu de 216 para 365, um crescimento superior a 68%. A ampliação dos atendimentos, ao contrário do que possa parecer, não é necessariamente negativa. ?O aumento dos acolhimentos indica uma queda na subnotificação dos casos de abuso, reflexo não só de uma melhora nos serviços de denúncia, mas também de uma divulgação mais eficiente dos equipamentos oferecidos pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para atender as vítimas. O Centro Integrado 18 de Maio é o principal deles, uma ferramenta pública que reúne todos os órgãos importantes para o combate à violência sexual infantil. Centro Integrado 18 de Maio é um dos equipamentos públicos que atuam no combate à violência sexual infantil | Foto: Jhonatan Vieira/Sejus Localizada na Asa Sul, a instituição oferece atendimento humanizado a crianças e adolescentes vítimas de abuso. O acesso ao equipamento é livre, como explica a coordenadora do Centro Integrado 18 de Maio, Dolores Ferreira. “A maioria dos casos é trazida pelos conselhos tutelares, mas qualquer outro órgão do GDF pode fazer o encaminhamento”, afirma. “A família pode, inclusive, se apresentar diretamente aqui.” Integralidade O suporte oferecido a crianças e adolescentes é dividido em etapas. Inicialmente, o acolhimento é feito por assistentes sociais e psicólogos que ouvem, separadamente, a família e as vítimas de violência sexual infantil. “Fazemos uma escuta especializada e única, para evitar uma revitimização”, explica Dolores. “Com todos os dados necessários em mãos, elaboramos um relatório bem completo, que é encaminhado para órgãos estratégicos”. Depois de serem ouvidas, as vítimas podem ser levadas a uma delegacia especializada para prestar depoimento ou à unidade básica de saúde (UBS) mais próxima, caso haja necessidade. O Ministério Público do Distrito Federal também é acionado para que tome as providências cabíveis em relação ao caso. As famílias são acompanhadas de perto pelo centro por um ano, para garantir a efetividade das políticas de enfrentamento adotadas. Divulgação [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] ?Conhecer os canais de denúncia e os equipamentos de acolhimento às vítimas de abuso sexual infantil é essencial que as famílias busquem ajuda tendo a certeza de que serão protegidas e assistidas por profissionais qualificados. Além de recorrer aos conselhos tutelares e ao próprio Centro Integrado 18 de Maio, as vítimas de violência também podem procurar assistência via telefone. Dois números recebem denúncias de violência sexual – o Disque 125, da Coordenação de Denúncias de Violação dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cisdeca), e o Disque 100, telefone do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, que encaminha o caso para o conselho tutelar do Distrito Federal mais próximo. “Para o GDF, a proteção de nossos meninos e meninas é prioridade absoluta. É de extrema necessidade informar a sociedade sobre os tipos de violências, para que a violação de direitos seja identificada e os canais de denúncia sejam sempre acionados”, aponta a Secretária de Justiça e Cidadania do Distrito Federal, Marcela Passamani. Centro Integrado 18 de Maio ? Endereço – SHCS EQS 307/308 ? Telefone – 3391-1043 / 991557-6065 (de 8h às 20h) ? Atendimento – De segunda a sexta, das 7h às 19h.
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Mais recursos e apoio a crianças e adolescentes ameaçados de morte
Crianças e adolescentes ameaçados de morte no Distrito Federal contam com proteção especial do governo. A iniciativa, que resguarda os direitos e reinsere os assistidos na sociedade, viu o orçamento crescer no último ano com o sucesso das ações. [Olho texto=”“A Sejus trabalha para a proteção integral das crianças e dos adolescentes, e o Ppcaam vai ao encontro das ações desenvolvidas. É uma política de proteção à vida, que também ressalta a convivência familiar. O trabalho da secretaria é retirar as vítimas e seus familiares da situação de ameaça e garantir que tenham acesso a todos os seus direitos”” assinatura=”Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania” esquerda_direita_centro=”direita”] O Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (Ppcaam) passou de um orçamento de cerca de R$ 5 milhões para R$ 9,5 milhões, o que permitiu aumentar o número de profissionais de nove para 14 – educador social, assistente social, advogado, psicólogo, motorista, administrativo, entre outros – e de protegidos, que passou de 35 para 50 por ano. Os valores são custeados em boa parte pelo Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania. A iniciativa busca prevenir a letalidade de crianças e adolescentes em todo o Brasil, protegê-las e reinseri-las na sociedade com segurança. “A Sejus trabalha para a proteção integral das crianças e dos adolescentes, e o Ppcaam vai ao encontro das ações desenvolvidas. É uma política de proteção à vida, que também ressalta a convivência familiar. O trabalho da secretaria é retirar as vítimas e seus familiares da situação de ameaça e garantir que tenham acesso a todos os seus direitos”, destaca a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. Em 2023, o programa atendeu 37 pessoas, sendo 17 crianças e adolescentes e 20 familiares, tanto no DF como no Entorno. Atualmente, quatro casos em proteção estão em vigor. Os casos dizem respeito a situações de ameaça familiar, vingança, queima de arquivo, dívida de droga, envolvimento com grupos criminosos e milícias e ameaça policial, entre outros. Quando identificada a ameaça de morte, um dos órgãos para onde são feitos os pedidos de inclusão – Conselho Tutelar, Ministério Público, Poder Judiciário ou Defensoria Pública – efetiva o encaminhamento ao Ppcaam. A proteção pode durar um ano, sendo prorrogada por mais um ano | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil Todos os protegidos, incluindo esses familiares, contam com serviços de saúde, educação, esporte, cultura e assistência social, além de cursos profissionalizantes e inserção no mercado de trabalho, de acordo com as necessidades de cada situação. Os casos são tratados em sigilo para preservar a identidade dos atendidos. ?Solicitação O pedido de inclusão no programa é sigiloso e deve ser feito junto ao Conselho Tutelar, ao Ministério Público, ao Poder Judiciário ou à Defensoria Pública. Quando identificada a ameaça de morte, um desses órgãos efetiva o encaminhamento ao Ppcaam. A proteção pode durar um ano, sendo prorrogada por mais um. O resguardo da pessoa inserida no programa é feito retirando a mesma do local de risco e inserindo em uma comunidade segura. O público-alvo são crianças, adolescentes e jovens de até 21 anos, se egressos do sistema socioeducativo, assim como familiares ou responsável legal. Ao receberem assistência jurídica, psicológica e financeira, os atendidos podem, em alguns casos, ser transferidos de residência. Outros fatores importantes do programa – Proteção da vida: O Ppcaam tem como objetivo principal proteger a vida de crianças e adolescentes que estão sob ameaça grave e iminente. Ao oferecer medidas de proteção específicas e personalizadas, o programa busca evitar que esses jovens sejam vítimas de violência ou homicídios. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] – Garantia de direitos: Assegurar os direitos fundamentais das crianças e adolescentes é uma obrigação do Estado. O Ppcaam contribui para garantir que esses jovens tenham acesso aos seus direitos básicos, como o direito à vida, à integridade física e psicológica, à educação e à proteção contra todas as formas de violência. – Intervenção especializada: O programa conta com equipes multidisciplinares capacitadas para lidar com situações complexas e delicadas. Psicólogos, assistentes sociais, advogados e outros profissionais trabalham em conjunto para avaliar o risco, oferecer suporte emocional, jurídico e social, e implementar medidas de proteção adequadas a cada caso. – Prevenção de homicídios: Ao oferecer proteção e apoio aos jovens ameaçados, o Ppcaam contribui para prevenir homicídios e outras formas de violência letal contra crianças e adolescentes. Isso é crucial para reduzir os índices de violência e garantir um ambiente seguro e saudável para o desenvolvimento desses jovens. – Empoderamento e resiliência: Além de proteger os jovens ameaçados, o programa busca fortalecê-los e promover sua resiliência. Ao oferecer apoio psicossocial, orientação educacional e oportunidades de inserção social, o Ppcaam ajuda esses jovens a superar traumas, a desenvolver habilidades e a construir um futuro mais promissor.
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Nova estratégia de monitoramento leva vacinas à população mais vulnerável
Como parte da estratégia de vacinação em ações externas, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e o Ministério da Saúde (MS), criou o Monitoramento Rápido de Vacinação (MRV). A iniciativa consiste em averiguar a situação vacinal de crianças e adolescentes menores de 15 anos por meio do processo de busca em campo de indivíduos vacinados e não vacinados. A família de Edivânia Alves (de camisa amarela) recebeu a equipe da UBS 1 de São Sebastião para o monitoramento. Além de imunizantes para atualização vacinal, todos receberam orientações dos profissionais | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde “O monitoramento tem o objetivo de verificar se a campanha de multivacinação realizada neste ano foi efetiva. Vamos a campo e entrevistamos a comunidade, questionando o motivo da não vacinação. A partir dessas respostas, traçaremos novas estratégias”, explica a gerente da Rede de Frio do DF, Tereza Luiza Pereira. “Se for por falta de acesso, vamos ampliar os horários e a vacinação nas diversas localidades. Se for medo da vacinação, precisamos melhorar nossa comunicação e educação em saúde”. [Olho texto=”“Na ação, a vacina vai junto às equipes que estão nas ruas. Todo o calendário vacinal está disponível, composto atualmente por 17 vacinas. A única exceção para aplicação imediata é a da BCG, pois sua aplicação ocorre em dias agendados nas UBSs”” assinatura=”Tereza Luíza Pereira, gerente da Rede de Frio” esquerda_direita_centro=”direita”] O MRV usa um método estatístico. Duas unidades básicas de saúde (UBSs) por região de saúde foram selecionadas, totalizando 14 UBSs em todo o Distrito Federal que farão o monitoramento em cerca de 15 microáreas. As equipes vão de porta em porta conferir os cartões de vacina de toda a família. A estratégia permitirá identificar grupos de pessoas suscetíveis e nortear as atividades de vacinação para alcançar esse público. Segundo a gerente da Rede de Frio do DF, é necessário localizar, na área de monitoramento, 20 crianças vacinadas em endereços diferentes. Se a equipe identificar duas crianças não vacinadas, a ação é interrompida e inicia-se a varredura, ou seja, a vacinação casa a casa, pois entende-se que aquele território não está coberto. “Na ação, a vacina vai junto às equipes que estão nas ruas. Todo o calendário vacinal está disponível, composto atualmente por 17 vacinas. A única exceção para aplicação imediata é a da BCG, pois sua aplicação ocorre em dias agendados nas UBSs”, afirma Tereza. Nas visitas às residências do território monitorado, equipes de saúde avaliam a caderneta de vacina de crianças e adolescentes menores de 15 anos De porta em porta O MRV teve início em 14 de outubro e ocorre simultaneamente em todas as sete regiões de saúde. A UBS 1 de São Sebastião é uma das unidades sorteadas para fazer o monitoramento. Em uma das visitas ao local conhecido como Baia dos Carroceiros, uma área de grande vulnerabilidade social na região administrativa, a equipe encontrou rapidamente duas casas em que as crianças não haviam sido vacinadas. Imediatamente, o procedimento foi adotado. “Essa é uma oportunidade de conversar com a população, que muitas vezes não tem conhecimento dos serviços que temos disponíveis. Essas visitas ajudam na ampliação da cobertura vacinal e esclarecem dúvidas”, avalia a agente comunitária de saúde Juceli Matias. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Na casa de Edivânia Alves, de 42 anos, duas crianças estavam com esquema vacinal atrasado. Por isso, seu filho Enzo, de 5 anos, e a neta Ághata, de 2, receberam a vacina contra influenza (gripe). “Não esperava ter atendimento em casa, mas ansiava por isso. Assim, vemos que estamos seguros, pois [a Saúde] está aqui. Estou bastante satisfeita.” Quem também aproveitou a oportunidade para imunizar dois dos três filhos foi a dona de casa Carolina Pereira, de 23 anos. O pequeno Heitor estava com as vacinas indicadas aos 12 meses atrasadas e, por isso, tomou quatro de uma única vez. Já Ana Klara, de 8 anos, recebeu uma dose da vacina contra gripe. “Tenho minhas crianças e não consigo ir sempre ao posto de saúde. Vindo em casa é bem melhor e facilita nossa vida”, avalia a mãe. De acordo com a enfermeira Flávia Rodrigues, que atua na UBS 1 de São Sebastião, as áreas mais vulneráveis são as que possuem mais crianças e gestantes e costumam ter atraso na caderneta de vacina. “O Monitoramento Rápido de Vacinação ajuda muito, pois levamos os imunizantes até a casa da pessoa, e, se o adulto estiver com atraso, também ofertamos as vacinas”, destaca. *Com informações da SES-DF
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