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doenças respiratórias

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Temporada de chuvas no DF aumenta os casos de doenças respiratórias

Com a chegada das chuvas intensas no Distrito Federal, acende um alerta para os cuidados com a saúde nesta época do ano. A combinação entre calor e umidade cria o cenário ideal para o aumento de doenças respiratórias, viroses e alergias, exigindo atenção redobrada da população. Combinação de calor com umidade propicia o aumento de doenças respiratórias, viroses e alergias | Foto: Davidyson Damasceno/Arquivo IgesDF Para muitas pessoas, o problema começa dentro da própria casa. O aumento da umidade estimula o aparecimento de mofo, fungos e ácaros, principais responsáveis por crises alérgicas e respiratórias. A advogada Carolina Araújo, moradora de Sobradinho, conta que a filha de 7 anos precisou de atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região após uma crise de falta de ar provocada pela umidade. “Depois das chuvas, o quarto dela amanheceu com cheiro forte de mofo. Em poucos dias, começou a tossir muito e ter dificuldade para respirar. Agora, estamos deixando as janelas abertas durante o dia e lavando as paredes com água sanitária”, relata. Aumento da umidade estimula o aparecimento de mofo, fungos e ácaros, principais responsáveis por crises alérgicas e respiratórias | Fotos: Divulgação/IgesDF  Prevenção De acordo com a pneumologista do Hospital de Base (HBDF), Nancilene Melo, nessa época de chuva é possível observar um aumento significativo de pessoas à procura de atendimento com sintomas gripais, crises de asma e rinite alérgica. “Com o aumento da umidade e da temperatura, há maior circulação de vírus respiratórios e fungos. Pessoas com histórico de asma, bronquite ou rinite precisam redobrar a atenção, evitando ambientes fechados e úmidos e mantendo as vacinas em dia”, orienta a especialista. [LEIA_TAMBEM]Ela explica que sintomas como tosse persistente, falta de ar, chiado no peito e febre não devem ser ignorados. “A automedicação pode mascarar sinais de agravamento. O ideal é procurar uma unidade de saúde para avaliação médica”, reforça. Dicas para cuidar da saúde A especialista reforça algumas recomendações simples que ajudam a prevenir doenças e manter o bem-estar durante o período de chuvas: • Mantenha ambientes ventilados para evitar mofo e fungos; • Lave roupas e lençóis com frequência e, se possível, seque-os ao sol; • Use máscaras durante a limpeza de locais com poeira ou mofo; • Mantenha a hidratação e a vacinação em dia, especialmente contra a gripe e a Covid-19; • Evite carpetes e cortinas pesadas que acumulam poeira. Arte: IgesDF Atenção redobrada Crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias crônicas são os mais afetados pelas mudanças climáticas e pela umidade. Para a pneumologista Nancilene, a prevenção é o melhor caminho. “Nessa época, é comum que infecções leves evoluam rapidamente para bronquite ou pneumonia. Ao primeiro sinal de piora, é importante buscar atendimento médico”, reforça. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)

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Saiba como se proteger de doenças respiratórias

Janelas fechadas, pouca ventilação e aglomerações em ambientes internos criam o cenário ideal para a circulação de vírus respiratórios no inverno. Com isso, aumentam os casos de gripe, resfriado, tosse persistente e até quadros graves que exigem internação. O alerta vale para todos, mas especialmente para bebês, crianças e idosos. Entre os vírus mais comuns neste período estão o influenza A H1N1 (da gripe), o vírus sincicial respiratório (VSR), o SARS-CoV-2 (causador da covid-19) e o rinovírus (do resfriado comum). A transmissão ocorre, principalmente, por gotículas de saliva liberadas ao falar, tossir ou espirrar. Objetos e superfícies também podem atuar como vetores de infecção. Os vírus que mais circulam neste período são transmitidos, principalmente, por gotículas de saliva expelidas durante a fala, tosse ou espirros | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF “Essas gotículas podem atingir até um metro de distância e contaminar superfícies, o que facilita a transmissão. Também pode haver formação de aerossóis que permanecem no ar por longos períodos”, explica o infectologista José David Urbaez, referência técnica distrital (RTD) da Secretaria de Saúde (SES-DF). Segundo boletim da SES-DF divulgado neste mês, foram registrados 4.079 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) entre dezembro de 2024 e maio de 2025 no Distrito Federal. Desse total, 79% ocorreram em crianças de até 10 anos, com predominância do rinovírus e do VSR nas amostras analisadas. Sintomas [LEIA_TAMBEM]Coriza, tosse, espirros e dor de garganta são os sintomas mais leves e frequentes. Em casos de síndrome gripal, surgem febre alta, dores no corpo e cansaço. Crianças pequenas podem apresentar desconforto respiratório, inquietação e dificuldade para se alimentar ou dormir. Ao notar esses sinais, a orientação é procurar a unidade básica de saúde (UBS) de referência assim que os sintomas aparecerem. “É importante iniciar o acompanhamento desde o começo para detectar qualquer sinal de agravamento, especialmente em pessoas dos grupos de risco”, reforça Urbaez. Proteção coletiva A vacina contra a influenza segue como a forma mais eficaz de prevenir casos graves e óbitos. Deve ser priorizada a imunização de crianças menores de 5 anos, gestantes, idosos, imunossuprimidos e pessoas com doenças crônicas. “É uma vacina com grande impacto, especialmente para quem tem maior risco de complicações”, destaca o médico. Além da vacinação, é essencial manter hábitos que ajudem a interromper a cadeia de transmissão dos vírus respiratórios. Confira: Arte: SES-DF *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)

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Prepare-se para o frio: como manter a saúde no inverno

Com a chegada do inverno, que começa nesta sexta-feira (20), aumentam os casos de gripes, resfriados, crises alérgicas e outras doenças respiratórias. As oscilações de temperatura, associadas à baixa umidade do ar, criam um cenário propício para a propagação de vírus e o agravamento de quadros de saúde, especialmente em grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Período de frio exige cuidados especiais para manter a saúde em dia | Foto: Paulo H Carvalho - Agência Brasília Além das doenças respiratórias, como rinite, sinusite, bronquite e pneumonia, o frio também exige atenção redobrada com a saúde do coração. De acordo com a chefe da cardiologia do Hospital de Base, Ruiza Teixeira, os infartos podem aumentar em até 30% nos dias frios. “O frio faz os vasos sanguíneos se contraírem, o que pode aumentar a pressão arterial e agravar problemas cardíacos já existentes”, explica. O infectologista Tazio Vanni, do IgesDF, alerta que a sazonalidade dos vírus, aliada ao ar seco e à permanência prolongada em locais fechados, favorece a disseminação de doenças. “Por isso, os cuidados precisam ser intensificados durante o inverno”, orienta. Veja a seguir três dicas importantes para manter a saúde em dia durante a estação. 1. Hidrate-se — por dentro e por fora Inverno exige mais atenção para evitar o risco de desidratação | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A hidratação é fundamental o ano todo, mas merece atenção especial no inverno. Com o frio, o organismo gasta mais energia para manter a temperatura corporal, o que aumenta o risco de desidratação — mesmo quando não sentimos sede. [LEIA_TAMBEM]Além de beber bastante água, também é importante manter a pele e as vias respiratórias hidratadas. Algumas medidas recomendadas: · Use umidificadores de ar ou toalhas molhadas no ambiente; · Evite banhos longos e muito quentes, que ressecam a pele; · Aplique cremes hidratantes regularmente. 2. Deixe o ar circular Ambientes fechados favorecem a proliferação de vírus, ácaros e fungos, aumentando o risco de doenças respiratórias e alergias. Apesar do frio, é essencial manter os locais bem-ventilados. · Abra janelas diariamente para renovar o ar · Evite aglomerações em locais fechados · Lave e higienize com frequência roupas de cama, cobertores e cortinas. 2. Vacine-se Imunização é fundamental para a prevenção de doenças | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF  A vacinação continua sendo uma das principais formas de prevenção. No inverno, a vacina contra a gripe (influenza) é fundamental, especialmente para os grupos prioritários — como crianças, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades. Além de proteger contra os sintomas da gripe, a imunização ajuda a evitar complicações como a pneumonia e reduz a sobrecarga nos serviços de saúde. *Com informações do IgesDF

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GDF investe em ações para reforçar atendimento de crianças com doenças respiratórias

Para garantir um atendimento mais eficiente às crianças durante o período de aumento de doenças respiratórias, o Governo do Distrito Federal (GDF) está investindo em ações pioneiras, como a contratação de unidades de terapia intensiva (UTI) e a aquisição de medicamentos e equipamentos modernos. De acordo com o secretário de Saúde do DF, Juracy Cavalcante, os investimentos visam melhorar o atendimento à alta demanda durante o período de maior circulação de vírus respiratórios. “Temos trabalhado em diversas frentes para aperfeiçoar a infraestrutura e o atendimento oferecido aos pacientes de todas as regiões do DF”, ressalta. Quase dois mil cateteres nasais infantis de alto fluxo serão distribuídos nos oito hospitais da rede que atendem o público pediátrico | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Medicamento moderno Mais de 240 bebês prematuros já receberam o medicamento Nirsevimabe, que protege crianças contra infecções graves causadas pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR), principal responsável por casos de bronquiolite e pneumonia nos primeiros meses de vida. O Distrito Federal é a primeira unidade da federação a adquirir o medicamento, que está sendo aplicado como medida preventiva para reduzir complicações e internações de infecções respiratórias em bebês – o que tem impacto direto na ocupação de leitos de UTI neonatal. O público-alvo do medicamento são recém-nascidos prematuros, entre 32 semanas e 36 semanas e 6 dias, nascidos a partir de 1º de outubro de 2024. O Nirsevimabe vai ampliar a estratégia de proteção, de forma complementar e integrada. O medicamento é especialmente eficaz para prematuros e crianças com menos de dois anos com comorbidades. O Palivizumabe continua sendo utilizado para os grupos de risco nascidos com menos de 32 semanas, como crianças com cardiopatias congênitas e displasias pulmonares. Mais de 240 bebês prematuros já receberam o medicamento Nirsevimabe, que protege crianças contra infecções graves causadas pelo Vírus Sincicial Respiratório | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF Mais leitos de UTI A Secretaria de Saúde publicou novo edital para contratação de serviços de terapia intensiva adulto, pediátrica e neonatal, em caráter complementar. A previsão é contratar 304 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), com estimativa anual de investimento de R$ 635 milhões. De acordo com o secretário de Saúde do DF, a ampliação da rede de UTIs, por meio da parceria com prestadores habilitados, visa dar mais agilidade na assistência e reforça o compromisso da SES-DF com a integralidade do cuidado no Sistema Único de Saúde (SUS). “A contratação é essencial para garantir o acesso oportuno e qualificado aos serviços de terapia intensiva, sobretudo para atendimento de pacientes com doenças respiratórias, acidentes graves e condições clínicas complexas”, explica. Novos pediatras Desde 1º de março, novos pediatras estão atuando em regime de plantão nos hospitais da rede. A iniciativa visa melhorar o atendimento à alta demanda durante o período de maior circulação de vírus respiratórios, como o sincicial respiratório (VSR), rinovírus humano (RVH) e influenza. Secretaria de Saúde do DF publicou edital para contratação de serviços de terapia intensiva adulto, pediátrica e neonatal | Foto: Tony Winston/Agência Saúde-DF A coordenadora de Atenção Especializada à Saúde da SES-DF, Julliana Macêdo, destaca que os profissionais contratados atuam exclusivamente nos prontos-socorros e não em ambulatórios. “Nos primeiros meses de contrato, já observamos impactos positivos diretos nas equipes e no atendimento aos pacientes”, afirma. Cateteres [LEIA_TAMBEM]Outra iniciativa para garantir atendimento mais eficiente às crianças é a aquisição de 1,9 mil cateteres nasais infantis de alto fluxo. Os cateteres serão distribuídos nos oito hospitais da rede pública que atendem pacientes pediátricos. O cateter nasal de alto fluxo permite a oferta de maior volume de oxigênio aos pulmões por meio de dutos com diâmetro ampliado, conectados ao nariz da criança. A SES-DF, após uma experiência bem-sucedida no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), padronizou esses equipamentos como parte do esforço para modernizar e estruturar o parque tecnológico da rede pública. A tecnologia não invasiva é a mais avançada disponível para tratar síndromes respiratórias em crianças. Ele desempenha um papel fundamental para evitar a intubação e até a reintubação. Os hospitais da SES-DF que oferecem atendimento pediátrico são Brazlândia (HRBz), Ceilândia (HRC), Guará (HRGu), Planaltina (HRPL), Região Leste/Paranoá (HRL), Sobradinho (HRS), Taguatinga (HRT) e Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

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Bronquiolite é a principal causa de internação por infecção respiratória em menores de 1 ano

Com a chegada das estações mais frias, os atendimentos por doenças respiratórias em crianças disparam, enchendo as emergências pediátricas em todo o país. No Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), a situação não é diferente – de janeiro a 10 de abril deste ano, o pronto-socorro infantil da unidade registrou 8.960 atendimentos, a maioria por problemas respiratórios. Apenas nos dez primeiros dias de abril, 903 crianças foram atendidas. Entre as doenças mais frequentes nesse cenário está a bronquiolite, atualmente a principal causa de internação por infecções respiratórias em crianças menores de 1 ano, segundo o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). De janeiro a 10 de abril deste ano, o pronto-socorro infantil do HRSM registrou 8.960 atendimentos, a maioria por problemas respiratórios | Fotos: Divulgação/IgesDF A bronquiolite viral aguda (BVA) é uma infecção das vias respiratórias inferiores que afeta principalmente os bronquíolos – estruturas pequenas e terminais dos pulmões. Acomete com maior frequência bebês de até 2 anos, sendo mais comum entre os 2 e 6 meses de idade. Na maioria dos casos, é causada pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR). “O vírus provoca inflamação e acúmulo de muco nos bronquíolos, dificultando a passagem de ar. Em bebês, cujas vias aéreas já são naturalmente mais estreitas, isso pode evoluir rapidamente para quadros graves”, explica o infectologista pediátrico do HRSM, Pedro Bianchini. O tratamento da bronquiolite é, na maioria dos casos, de suporte. Isso inclui hidratação, controle da febre e, quando necessário, oxigenoterapia Sintomas e sinais de alerta Os primeiros sinais da bronquiolite costumam se assemelhar aos de um resfriado comum: coriza, tosse seca e febre baixa. No entanto, o quadro pode evoluir rapidamente. A criança pode apresentar respiração acelerada (taquipneia), chiado no peito (sibilância), dificuldade para mamar ou se alimentar, tiragem intercostal e batimento de asas nasais – indicativos de esforço respiratório. “É essencial que pais e cuidadores estejam atentos. Febre em bebês com menos de 3 meses, recusa persistente de alimentos, dificuldade para respirar, episódios de apneia (pausas na respiração), cianose (coloração azulada na pele ou nos lábios) e sonolência excessiva são sinais de alerta. Nesses casos, a procura por atendimento médico deve ser imediata”, orienta o especialista. Uma das abordagens mais eficazes em casos moderados a graves de bronquiolite é o uso da cânula nasal de alto fluxo (HFNC) Tratamento e cuidados O tratamento da bronquiolite é, na maioria dos casos, de suporte. Isso inclui hidratação, controle da febre e, quando necessário, oxigenoterapia. “Não há benefício comprovado no uso rotineiro de broncodilatadores, corticosteroides ou antibióticos, a menos que o quadro clínico assim exija”, afirma Pedro Bianchini. Uma das abordagens mais eficazes em casos moderados a graves é o uso da cânula nasal de alto fluxo (HFNC), que melhora a oxigenação e reduz o esforço respiratório. Em situações mais severas, pode ser necessário suporte ventilatório em unidade de terapia intensiva (UTI) pediátrica. A decisão pela internação leva em consideração o estado clínico da criança, especialmente quando há desconforto respiratório acentuado, dificuldade para se alimentar, hipóxia (baixa oxigenação do sangue), apneias ou doenças pré-existentes. A decisão pela internação leva em consideração se há desconforto respiratório acentuado, dificuldade para se alimentar e hipóxia (baixa oxigenação do sangue) Fatores de risco De acordo com o infectologista, alguns fatores aumentam o risco de evolução para formas graves da bronquiolite, como a ausência de aleitamento materno exclusivo, prematuridade (especialmente abaixo de 32 semanas), idade inferior a 6 meses durante o período de circulação do VSR, presença de doenças cardíacas, pulmonares ou neuromusculares, e imunodeficiências. “Além disso, o contato com muitas pessoas, como em creches ou lares com grande número de moradores, favorece a disseminação do vírus. Por isso, a prevenção é fundamental e envolve medidas simples: lavar as mãos com frequência, manter os ambientes ventilados, evitar contato com pessoas gripadas e higienizar brinquedos e superfícies regularmente”, destaca. Vacinação: um avanço na prevenção Uma importante novidade no combate à bronquiolite é a incorporação da vacina Abrysvo, da Pfizer, ao Sistema Único de Saúde (SUS). Aprovada pela Anvisa em 2024, ela é aplicada em gestantes entre a 24ª e a 36ª semana de gravidez, protegendo o bebê por meio da transferência de anticorpos via placenta. A imunização foi incluída no Programa Nacional de Imunizações (PNI) e começará a ser aplicada nas campanhas sazonais a partir de 2026. Além da vacinação materna, o Brasil já conta com duas formas de imunização passiva contra o VSR. O anticorpo monoclonal Nirsevimabe (Beyfortus™), disponível na rede privada desde 2023, é administrado em dose única e protege os recém-nascidos durante os cinco meses de maior risco. Já o Palivizumabe (Synagis®), que requer doses mensais, é oferecido gratuitamente pelo SUS nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) e indicado apenas para grupos de alto risco. “Essas estratégias se somam às vacinas tradicionais contra doenças respiratórias, como a da gripe, a pneumocócica conjugada, a pentavalente e a da covid-19. Juntas, têm contribuído significativamente para reduzir hospitalizações e óbitos por infecções respiratórias na infância”, reforça o médico. Pedro Bianchini também destaca que a vacina contra a gripe ajuda a diminuir internações e complicações causadas pelo vírus influenza, enquanto as vacinas pneumocócicas previnem doenças como pneumonia, otite e meningite, além de colaborar na redução do uso de antibióticos e na contenção da resistência bacteriana. “A bronquiolite pode assustar, mas informação e prevenção são nossas maiores aliadas. Vacinar, amamentar, manter a higiene e saber quando buscar ajuda médica são atitudes que fazem toda a diferença na saúde dos nossos pequenos”, conclui o especialista. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)

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Doenças respiratórias infantis são principais causas de procura por atendimento médico nesta época do ano

As doenças respiratórias são comuns ao longo de toda a vida, mas na infância costumam ocorrer com mais frequência e são responsáveis por grande parte dos atendimentos nas emergências, principalmente em meses de sazonalidade dos vírus respiratórios, entre janeiro e julho. No Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), de janeiro a março deste ano, foram prestados 7.617 atendimentos no pronto-socorro infantil. A taxa de ocupação subiu com o passar dos meses. Em janeiro, era de 89,13%; em fevereiro, de 93,98% e, em março, foi para 145,84%. As doenças respiratórias podem ser transmitidas por meio de gotículas de tosse e espirros | Fotos: Davidyson Damasceno/IgesDF “Doenças respiratórias, como gripe, resfriado e bronquiolite, são comuns na infância e podem ser transmitidas facilmente por meio de gotículas de tosse e espirros. Durante os surtos de doenças respiratórias, como é o caso agora, é importante evitar a exposição de crianças a ambientes muito fechados e aglomerados”, explica a pediatra Loren Nobre, do HRSM. A principal prevenção, segundo a médica, é manter a criança afastada de pessoas com sintomas respiratórios como tosse, febre, coriza; e, se possível, cuidar para que a criança use máscara se necessário. Ela também orienta para a implementação de cuidados adicionais, como a prática de bom uso do lenço de papel para descartar secreções e manter o ambiente limpo. “Um ambiente limpo e bem ventilado é fundamental para reduzir o risco de infecção” Loren Nobre, pediatra “Um ambiente limpo e bem-ventilado é fundamental para reduzir o risco de infecção, já que muitos microrganismos proliferam em lugares fechados e úmidos. Por isso, o indicado é abrir janelas para permitir a circulação de ar fresco e reduzir a concentração de microrganismos”, destaca. Caso os sintomas se agravem, é necessária uma consulta com o pediatra Loren Nobre chama a atenção para a higiene regular dos brinquedos e objetos de uso comum, especialmente os que são utilizados em creches, escolas ou em casa, onde várias crianças podem ter contato com os mesmos itens: “Objetos de uso pessoal, como talheres, copos, toalhas, roupas e brinquedos, podem ser veículos de transmissão de doenças, especialmente em locais com muitas crianças”. A médica ressalta que cuidados básicos, como a oferta de uma alimentação saudável e equilibrada para as crianças, a atualização constante do cartão de vacina e consultas periódicas ao pediatra, são as maneiras de prevenir as crianças e melhorar o sistema imunológico. Se, mesmo assim, a criança adoecer, o importante é observar e buscar atendimento médico caso os sintomas se agravem. Além disso, oferecer bastante líquidos ajuda a melhorar alguns sintomas em casos de gripes e resfriados. *Com informações do IgesDF

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GDF amplia atendimento de pediatria em prontos-socorros com novos profissionais

Para assegurar que nenhuma criança fique sem o cuidado médico necessário, a Secretaria de Saúde (SES-DF) contratou empresas especializadas em serviços de pediatria. Desde 1º de março, os profissionais atuam em regime de plantão em diversos hospitais da rede pública. A medida faz parte de um conjunto de estratégias da pasta para lidar com a alta demanda durante o período de sazonalidade de doenças respiratórias. Com investimento de mais de R$ 17 milhões, profissionais complementam atuação pediátrica na rede pública, garantindo assistência | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF O investimento do Governo do Distrito Federal (GDF) ultrapassa os R$ 17 milhões. Com a contratação, os novos pediatras foram distribuídos nos hospitais regionais do Guará (HRGu), Ceilândia (HRC), Brazlândia (HRBz), Taguatinga (HRT), Sobradinho (HRS), Planaltina (HRPl), Região Leste (HRL, no Paranoá) e Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). A coordenadora de Atenção Especializada à Saúde (Cates) da SES-DF, Julliana Macêdo, explica que os profissionais contratados atuam exclusivamente nos prontos-socorros – e não em ambulatórios -, cumprindo plantões de seis horas. “No total, serão mais de 14 mil plantões ao longo de seis meses, com possibilidade de prorrogação por mais seis. Nessas duas semanas, já foi possível perceber impactos diretos tanto nas equipes quanto nos atendimentos”, destaca. Atualmente, a rede pública de saúde conta com 475 pediatras em atividade. Os pediatras contratados estão atendendo nas emergências dos hospitais regionais de Brazlândia (HRBz), Ceilândia (HRC), Guará (HRGu), Planaltina (HRPL), Região Leste (HRL), Sobradinho (HRS), Taguatinga (HRT) e Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF Segundo a especialista, a sazonalidade das doenças respiratórias está menos intensa neste ano, se comparada ao mesmo período de 2024. Essa percepção, aliada a novas estratégias terapêuticas, tem garantido um atendimento mais eficiente. Exemplo disso é a padronização e ampliação do uso do cateter nasal de alto fluxo – tecnologia que reduz significativamente a necessidade de intubações e proporciona um tratamento menos invasivo e mais seguro às crianças. Medidas Além da contratação emergencial, a SES-DF tem adotado outras estratégias para fortalecer o atendimento pediátrico, como nomeações por concurso público, mudança de especialidade de médicos com formação em pediatria e ampliação da carga horária de 20 para 40 horas semanais a profissionais interessados. Na última sexta-feira (14), com foco na otimização dos fluxos de atendimento nas unidades de neonatologia e pediatria, mais 33 servidores da Saúde tiveram carga horária ampliada. Os profissionais atuam nos hospitais de Sobradinho, Planaltina, no Hmib e em outras unidades da SES-DF. UPAs Também em complemento ao reforço nos plantões, o GDF tem expandido o atendimento pediátrico nas unidades de Pronto Atendimento (UPAs), gerenciadas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF). Atualmente, as UPAs de São Sebastião, Ceilândia I, Recanto das Emas e Sobradinho já contam com pediatria 24 horas, com possibilidade de expansão para outras unidades conforme a demanda. *Com informações da SES-DF  

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Sazonalidade respiratória: HRSM alerta para a importância de cuidados preventivos e de vacinação

Com a sazonalidade das doenças respiratórias, que ocorre entre os meses de janeiro a junho, a busca por atendimento médico na emergência do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) tem sido cada dia maior. As crianças são as que mais sofrem com os vírus respiratórios. Em janeiro e fevereiro, o HRSM notificou 843 casos de síndromes respiratórias, dos quais 80,4% são em crianças de 1 a 9 anos de idade | Fotos: Davidyson Damasceno/Arquivo IgesDF De acordo com a chefe do Núcleo da Vigilância Epidemiológica do HRSM, Larysse Lima, é necessário intensificar as medidas de prevenção e controle, especialmente em relação à vacinação contra a influenza. “Também temos a questão da higiene das mãos, uso de máscara e evitar aglomerações. A Vigilância Epidemiológica do HRSM tem reforçado o monitoramento para que possamos detectar o mais precocemente e, assim, atuar de forma rápida e oportuna nestes casos”, afirma. Nos meses de janeiro e fevereiro, o HRSM notificou um total de 843 casos de síndromes respiratórias, entre graves e leves. Sendo que 80,4% dos casos são em crianças de 1 a 9 anos de idade. Os dados são do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep Gripe) e do aplicativo E-SUS, compilados pela Vigilância Epidemiológica do hospital. Predominância dos casos de síndrome respiratória atendidos no Hospital Regional de Santa Maria, em janeiro e fevereiro, é de influenza Entre as notificações das síndromes respiratórias agudas graves (SRAGs), em janeiro deste ano foram registrados 67 casos e em fevereiro, 120. Já os casos leves totalizaram 656 casos nos dois primeiros meses do ano. Foram 292 notificações em janeiro, sendo 6,5% dos casos por covid-19, e 364 em fevereiro, dos quais 7,6% foram notificados para o vírus SARS-CoV-2. No início de 2024,  foi registrado um total de 66 notificações de SRAG, sendo 42 em janeiro e 24 em fevereiro. Já os casos leves notificados totalizaram 395, sendo 125 em janeiro e 270 em fevereiro. A chefe do Núcleo da Vigilância Epidemiológica do HRSM destaca que os dados mostram um aumento significativo nos casos de síndrome respiratória, principalmente as síndromes graves. “O aumento é perceptível, principalmente a partir da oitava semana, que é referente ao período de 16 a 22 de fevereiro, provavelmente porque é o período em que as crianças retornaram às escolas. E sendo que uma distribuição de 45% desses casos foram positivos para a influenza, 36,5% para outros vírus como o rinovírus e o restante, que é equivalente a 13% para covid-19. A distribuição dos casos indica que a predominância é a influenza”, afirma Larysse Lima. As SRAGs podem ser causadas por vários micro-organismos, como bactérias, vírus e fungos. Esses vírus podem ser influenza, sincicial, adenovírus e rinovírus. A consequência são infecções das vias aéreas como as gripes e os resfriados, pneumonias e bronquiolites. E, desde 2020, com o início da pandemia de covid-19, existe a infecção respiratória causada pelo SARS-CoV-2. *Com informações do IgesDF  

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Especialista alerta sobre principais sintomas de asma na infância

Preocupante para os pais e desconfortável para as crianças, a asma é a doença crônica mais comum na infância e uma das principais causas de atendimento em emergências pediátricas. Nos primeiros anos de vida, pode ser confundida com outras doenças respiratórias – por isso, a recomendação é buscar atendimento nas unidades de saúde do Distrito Federal para um correto diagnóstico. Os sintomas mais comuns da asma incluem respiração curta e acelerada, falta de ar e chiado no peito (sibilos) | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF Com a chegada do período sazonal das doenças respiratórias, muitas crianças têm chegado ao pronto-socorro pediátrico do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) com crises agudas de asma. A doença é caracterizada pela inflamação das vias aéreas, que provoca inchaço e estreitamento, dificultando a respiração. Afeta os pulmões, especificamente os brônquios, responsáveis por conduzir o ar. O estreitamento desses canais pode desencadear crises que, em casos graves, levam à falta de oxigenação dos tecidos e, em situações extremas, ao óbito. Por ser uma condição crônica, o primeiro passo é obter um diagnóstico correto, realizado por meio de avaliações com o pediatra “A asma se manifesta de forma heterogênea, mas tem como principal característica a inflamação crônica das vias aéreas. Geralmente, surge nos primeiros anos de vida. O termo asma é mais comumente utilizado a partir dos 6 anos, enquanto antes dessa idade, alguns médicos e autores preferem chamá-la de sibilância ou bronquite”, explica o infectologista pediátrico do HRSM, Pedro Bianchini. Os sintomas mais comuns incluem respiração curta e acelerada, falta de ar e chiado no peito (sibilos). Além disso, infecções virais respiratórias desempenham um papel fundamental na piora das crises, pois aumentam a hiperreatividade brônquica e o processo inflamatório. “Outros fatores, como poluição, tabagismo passivo e exposição a alérgenos, também contribuem para o agravamento da doença. Além disso, um histórico familiar de asma é um fator de predisposição”, acrescenta o especialista. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a asma afeta cerca de 300 milhões de pessoas no mundo, abrangendo todas as faixas etárias. No Brasil, estima-se que aproximadamente 20 milhões de pessoas tenham a doença, com alta prevalência entre crianças e adolescentes, chegando a 20% em algumas regiões urbanas. Segundo Bianchini, por ser uma condição crônica, o primeiro passo é obter um diagnóstico correto, realizado por meio de avaliações com o pediatra. O diagnóstico preciso e o tratamento – tanto para crises agudas quanto para o controle da doença a longo prazo – costumam ser conduzidos pelo pediatra, podendo haver encaminhamento para um pneumologista ou alergista pediátrico, quando necessário. “As orientações sobre mudanças de hábitos e o uso de medicações específicas para reduzir a frequência e a intensidade das crises devem ser feitas pelo pediatra, com ajustes frequentes conforme a evolução do quadro. O acompanhamento regular da criança é essencial”, conclui o especialista. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)

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Evento capacita profissionais de saúde para manejo de doenças respiratórias

O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) promoveu, na terça-feira (25), um curso online sobre bronquiolite aguda. O momento educativo foi a finalização do curso de emergências pediátricas, promovido pelo Hospital em janeiro e fevereiro. As aulas prepararam os profissionais de saúde da atenção primária e secundária da rede pública de saúde para atender crianças que evoluam para estado crítico e que precisem ser estabilizados até uma transferência para a terapia intensiva. O webinar contou com palestras da pneumologista pediátrica do HCB, Luciana Monte, e do intensivista pediátrico do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), Andersen Fernandes, além de moderação da coordenadora do Serviço de Terapia Intensiva do HCB, Selma Kawahara. Os participantes atualizaram os conhecimentos sobre o tratamento de crianças com bronquiolite e puderam sanar dúvidas sobre o acompanhamento de pacientes com a doença. O curso sobre diagnóstico, tratamento e evolução da bronquiolite aguda teve quase 500 visualizações | Foto: Divulgação/HCB O evento abordou reconhecimento, diagnóstico e manejo da bronquiolite aguda, enfatizando fisiopatologia, sinais de gravidade, critérios de internação e condutas baseadas em evidências e mantendo o foco na segurança e qualidade do atendimento ao paciente pediátrico. Realizado online, o evento foi aberto a todos profissionais de saúde interessados no tema, não se restringindo àqueles que participaram do curso de emergências pediátricas. O webinar contou com 489 visualizações, com pico de 213 espectadores simultâneos. *Com informações do HCB

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Profissionais do HRSM fazem capacitação em bronquiolite viral aguda

Buscando capacitar os profissionais para o enfrentamento da sazonalidade das doenças respiratórias, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) está oferecendo treinamento para todos os profissionais que atuam na assistência sobre bronquiolite viral aguda, responsável pelas maiores taxas de internação dessa época. O treinamento é voltado para todos os profissionais de saúde que queiram participar, principalmente os que lidam diretamente com o atendimento aos pacientes pediátricos | Foto: Divulgação/IgesDF Nesta quarta (19) e quinta-feira (20), foram abertas quatro turmas de capacitação para os profissionais que trabalham no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). A aula foi ministrada no auditório da unidade hospitalar e foi promovida pela Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa (Diep). “O objetivo do curso é atualizar os participantes sobre o manejo da bronquiolite viral aguda, que é uma infecção respiratória comum na infância, afetando principalmente as crianças menores de dois anos. Então, focamos nas atualizações que a gente tem a respeito do manejo dessa criança, no tratamento, diagnóstico. Além de mostrar ao colaborador a importância de identificar os fatores de risco que podem levar a bronquiolite, identificar os sinais de desconforto respiratório que pode levar a quadros de maior gravidade”, informa a enfermeira do Núcleo de Educação Permanente, Luiza Melo. O treinamento é voltado para todos os profissionais de saúde que queiram participar, principalmente os que lidam diretamente com o atendimento aos pacientes pediátricos. “Nossa sazonalidade costuma ter o pico entre março e julho. Então, a gente já está treinando e capacitando os colaboradores para enfrentarem essa possível sazonalidade que a gente vai ter aí nos próximos dias”, destaca. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)

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Profissionais de saúde do DF são capacitados para atender crianças com doenças respiratórias graves

O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) deu início ao seu Curso de Emergências Pediátricas, voltado para profissionais da rede pública de saúde do Distrito Federal. Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas participam da capacitação, que conta com módulos de ensino a distância e aulas práticas realizadas no HCB. O curso tem o objetivo de preparar os profissionais de saúde da atenção primária e secundária para atender crianças que evoluam para estado crítico e precisem ser estabilizadas até a transferência para a terapia intensiva. Profissionais da rede pública de saúde do Distrito Federal participam do Curso de Emergências Pediátricas, promovido pelo Hospital da Criança de Brasília José Alencar | Fotos: Maria Clara Oliveira/HCB Os profissionais que participam da capacitação atuam em emergências e prontos-socorros do DF. Segundo a médica coordenadora do Serviço de Terapia Intensiva do HCB, Selma Kawahara, o curso não é voltado para o atendimento de crianças levadas a esses serviços no dia a dia, mas daquelas que correm risco, por exemplo, de uma parada cardiorrespiratória. “O objetivo é que o paciente, tendo o primeiro atendimento no pronto-socorro, consiga aguardar a chegada à UTI em uma condição mais estável”, afirma Kawahara. O conteúdo do curso foi preparado pela equipe do Hospital da Criança de Brasília, seguindo as recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria em relação a esse perfil de paciente. A parte teórica é composta por videoaulas, disponíveis na plataforma de ensino a distância do HCB, sobre quatro situações críticas: insuficiência respiratória aguda, intubação orotraqueal com sequência rápida, choque e ressuscitação cardiopulmonar. A seção prática da capacitação é realizada presencialmente no Hospital, integrando a atuação de diferentes profissionais no atendimento. “A capacitação dos profissionais, de forma multidisciplinar, é uma ação estratégica que nos prepara para o período de maior incidência de doenças respiratórias no DF” Lucilene Florêncio, secretária de Saúde “O enfermeiro tem sua função, com medicação e acessos; o fisioterapeuta cuida da parte respiratória; os médicos atuam na coordenação de condutas e na tomada de decisões, realizando procedimentos mais invasivos, como a intubação e o acesso intraósseo”, relata Kawahara. “Acredito que a grande questão do atendimento hospitalar é visar a capacitação da equipe multidisciplinar; cada um tem sua função e importância no atendimento.” O fisioterapeuta Guilherme Pacheco, do Hospital Regional de Ceilândia, aprova a abordagem: “Somos porta de entrada de emergências; atendemos classificação vermelha, laranja e amarela; temos box de emergência e leitos de observação, e fazemos a estabilização e avaliação do paciente. É importante manter o treinamento multidisciplinar”. A metodologia escolhida para a parte presencial do Curso de Emergências Pediátricas foi a simulação realística. Quatro médicos intensivistas e uma fisioterapeuta da Unidade de Terapia Intensiva do HCB, apoiados pela equipe de ensino do hospital, acompanham e orientam os alunos. “Sabemos que o treinamento apenas com aulas não tem o mesmo grau de retenção que uma parte prática, com simulação. Já existem estudos que comprovam isso”, diz Selma Kawahara. O conteúdo do curso foi preparado pela equipe do HCB, seguindo as recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria em relação a esse perfil de paciente Além dos atendimentos em equipe, os participantes – independentemente da profissão – simulam procedimentos de intubação, massagem cardíaca, acesso intraósseo e ventilação, assim como a avaliação sistematizada do paciente. Preparação para sazonalidade “A capacitação dos profissionais, de forma multidisciplinar, é uma ação estratégica que nos prepara para o período de maior incidência de doenças respiratórias no DF. Esse curso é extremamente importante para que as crianças em estado crítico sejam transferidas da melhor forma possível para uma UTI”, destaca a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio. O curso é realizado no início do ano como forma de preparar a saúde do Distrito Federal para o período de sazonalidade das doenças respiratórias, que pode trazer um aumento nos casos graves. “Temos previsões de um pico, como tivemos no ano passado, mas não sabemos se será maior ou menor. Queremos que esses pacientes sejam atendidos por uma equipe que se sinta não apenas capacitada, mas também segura para realizar esse atendimento”, afirma Kawahara. Em 2024, o Hospital da Criança de Brasília, a pedido da Secretaria de Saúde, inaugurou mais 10 leitos de terapia intensiva para atender à demanda gerada pela sazonalidade. Para a diretora executiva do HCB, Valdenize Tiziani, o Curso de Emergências Pediátricas é mais uma medida na busca pela qualidade do atendimento de crianças com quadros respiratórios críticos. “Queremos que a criança seja bem atendida desde o primeiro momento, para que chegue à UTI correndo menos riscos e tenha os melhores desfechos clínicos. O HCB, como parte do Sistema Único de Saúde, entende que compartilhar a expertise no atendimento de pacientes críticos com outros hospitais é uma forma de zelar pela saúde das crianças do Distrito Federal em um período tão desafiador quanto o da sazonalidade – é um desdobramento da nossa missão”, explica Tiziani. A enfermeira Joyce Souza, do Hospital Regional de Sobradinho, se interessou pela capacitação justamente pela proximidade da época em que há um aumento dos quadros respiratórios. “Trabalho no pronto-socorro desde agosto; como está chegando o período da sazonalidade, precisamos estar preparados. O conteúdo do curso é excelente, porque é bem pontual; é exatamente o que vivenciamos na prática”, garante Souza. A enfermeira Joyce Souza elogia a capacitação: “O conteúdo do curso é excelente, porque é bem pontual; é exatamente o que vivenciamos na prática” Essa não é a primeira vez que a equipe de terapia intensiva do Hospital da Criança de Brasília realiza ações para apoiar outras unidades da rede. Em 2023, médicas intensivistas que estavam gestantes e não podiam desempenhar suas atividades na UTI participaram de uma mentoria com outros hospitais por meio de chamadas de vídeo. Elas recebiam informações sobre os casos de cada local, ficavam online para dar orientações sobre a condução e tiravam dúvidas. Durante a mentoria, o perfil do HCB de oferecer cuidado integral e multidisciplinar também foi importante. “Inicialmente, focamos na equipe médica. Depois, de forma espontânea, outros profissionais da equipe – fisioterapeutas, enfermeiros, técnicos de enfermagem – passaram a participar das discussões de forma muito positiva, com um retorno excelente”, finaliza Kawahara. O HCB receberá as próximas turmas do Curso de Emergências Pediátricas entre os dias 10 e 13 de fevereiro (segunda a quinta-feira), dando continuidade à capacitação dos profissionais de saúde pública do DF. *Com informações do Hospital da Criança de Brasília (HCB)

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Saúde do DF reforça pediatria para garantir atendimento de doenças respiratórias

A Secretaria de Saúde (SES-DF) vai investir R$ 17 milhões para reforçar o atendimento a crianças e adolescentes no período de aumento de casos de doenças respiratórias, que vai de fevereiro a junho. Está aberto o edital para a contratação de pediatras para atuar nas emergências de oito hospitais da rede pública. A secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio, ressalta que a contratação busca garantir o acesso e a qualidade do atendimento diante do aumento da circulação dos vírus que comprometem a saúde das crianças. “Por isso nós precisamos reforçar as portas das emergências dos hospitais da rede pública do Distrito Federal entre os meses de fevereiro e junho, período de sazonalidade das doenças respiratórias infantis”, afirma. A contratação de pediatras busca garantir o acesso e a qualidade do atendimento em um período em que há aumento da circulação dos vírus que comprometem a saúde das crianças | Fotos: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF O edital, disponível no site da pasta, prevê a contratação de empresas especializadas que deverão oferecer 14.048 horas de serviços de pediatria. Os profissionais vão atender nas emergências dos hospitais regionais de Brazlândia (HRBz), Ceilândia (HRC), Guará (HRGu), Planaltina (HRPL), Região Leste (HRL), Sobradinho (HRS), Taguatinga (HRT) e Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). O Hmib, principal referência em pediatria no DF, receberá o maior reforço, com 4 mil horas de trabalho. “É um reforço necessário para garantir que as crianças tenham acesso ao atendimento rápido e eficaz, mesmo durante os períodos de maior pressão sobre o sistema de saúde”, explica Florêncio. Investimento para ampliar o atendimento Os pediatras contratados vão atender nas emergências dos hospitais regionais de Brazlândia (HRBz), Ceilândia (HRC), Guará (HRGu), Planaltina (HRPL), Região Leste (HRL), Sobradinho (HRS), Taguatinga (HRT) e Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) A gestora da saúde destaca que a contratação foi necessária após várias medidas visando o reforço no atendimento à população. Atualmente a SES-DF conta com 467 pediatras e em 2022 foi aberto concurso público para contratação de 124 novos médicos, mas apenas 40% das vagas foram preenchidas. O déficit atual chega a 172 profissionais. “Para suprir essa escassez de mão de obra de médico pediatra, especialidade de difícil provimento em todo o país, partimos agora para a modalidade de contratação de pessoa jurídica, um modelo já experimentado em outros estados, com grande sucesso e respaldo jurídico”, detalha a gestora. O Distrito Federal teve aumento, de 2022 até hoje, de mais de 100 leitos de UTI. “São leitos extremamente importantes dentro de uma cadeia de cuidado. Hoje, nós temos 117 leitos pediátricos, 98 leitos de UTI neonatal e 293 para adultos”, explica Florêncio. De acordo com a secretária, outras iniciativas realizadas para garantir o atendimento da população incluíram a contratação de horas adicionais e ampliação da carga horária de pediatras de 20 para 40 horas semanais. “Diante do déficit de pediatras e do aumento da demanda causado pela circulação de diferentes vírus, implementamos a abertura de um concurso interno para que médicos da SES que ingressaram com outras especialidades, mas concluíram residência em pediatria, possam mudar de especialidade.” A secretária também ressaltou a ampliação do atendimento pediátrico nas UPAs do Distrito Federal. “Já estamos oferecendo pediatria 24 horas nas UPAs de São Sebastião, Ceilândia I, Recanto das Emas e Sobradinho II, e em breve o serviço será estendido às UPAs de Samambaia e Núcleo Bandeirante, que possuem estrutura de duplo fluxo para atender adultos e crianças”, explicou. Além disso, foi demandada ao IgesDF a contratação de oito pediatras para reforçar a equipe do Hospital Regional de Santa Maria. “Nosso objetivo é atender à crescente demanda e garantir um atendimento de qualidade”, completou. *Com informações da SES-DF  

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Cuidados como hidratação ajudam a enfrentar os desafios do clima seco

O fim da época da seca no Distrito Federal tem sido extremamente penoso para os moradores da região. No Brasil inteiro, o tempo seco e, principalmente, as queimadas têm dificultado a vida de todos. Para quem já tem problemas respiratórios, a preocupação é ainda maior. A pneumologista do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), Izabel Tereza Diniz, alerta que esses pacientes estão mais suscetíveis a infecções nas vias respiratórias devido às alterações climáticas. O clima seco e a falta de umidade no Distrito Federal agravam essa situação. Segundo Izabel, “o ambiente possui uma maior quantidade de partículas no ar”, o que afeta até pessoas sem doenças respiratórias. Durante esse período, a quantidade de partículas inaladas é maior, pois a umidade ajuda a fazer com que a poeira e outras partículas caiam, em vez de ficarem suspensas. Izabel Diniz aconselha: “É importante andar sempre com uma garrafinha e dobrar a quantidade de água ingerida diariamente” | Foto: Divulgação/ IgesDF Portadores de doenças pulmonares, como asma e enfisema, além de grupos de risco, como crianças e idosos, estão mais vulneráveis a agravamentos, especialmente se inalarem fumaça das queimadas. Para esses pacientes, é imprescindível seguir rigorosamente o tratamento médico. “Manter o uso contínuo das medicações é fundamental para garantir que as vias aéreas estejam tratadas”, enfatiza Izabel. Caso ocorra agravamento da doença, a especialista recomenda procurar atendimento médico de emergência rapidamente. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de antibióticos, corticoides ou até oxigênio. Além disso, é essencial se afastar de áreas com fumaça e manter portas e janelas fechadas para evitar a entrada excessiva de partículas. A hidratação é crucial e manter toalhas molhadas nos ambientes e usar umidificadores podem ajudar. “É importante andar sempre com uma garrafinha e dobrar a quantidade de água ingerida diariamente”, sugere Izabel. Ela também recomenda a limpeza das vias aéreas com soro fisiológico, o que ajuda a umidificar a mucosa e remover partículas. Outras recomendações incluem evitar trânsito em áreas com muito fluxo de veículos e, se possível, usar máscaras do modelo PFF2 ou N95, já que as de pano não oferecem proteção adequada. Sintomas comuns, como dor de cabeça leve e fadiga, são normais, mas se persistirem ou se houver falta de ar, é fundamental buscar atendimento médico de urgência. “Esses são sinais de alarme”, conclui Izabel. *Com informações do IgesDF

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Projeto fortalece medidas de enfrentamento a doenças respiratórias

Nesta terça-feira (20), a Secretaria de Saúde (SES-DF), o Ministério da Saúde (MS), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e a Organização Pan-americana de Saúde (Opas) deram início aos três dias de oficina do projeto Mosaic (metodologia para o plano de enfrentamento). A iniciativa irá aprimorar e fortalecer a vigilância no combate às doenças respiratórias graves agudas, com a produção de planos de contingência e de ação que serão apresentados ao final do evento. O objetivo da oficina é identificar as forças e lacunas por meio da elaboração de um mosaico que irá reunir as melhores práticas para o combate de vigilância das síndromes respiratórias agudas graves. A secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio, destacou como essa iniciativa otimiza a atuação técnica da pasta no combate às doenças, por meio da integração e troca de experiências de diferentes áreas. “O Distrito Federal é um território bastante heterogêneo e passou por eventos que foram verdadeiras emergências. Os dados e números demonstram como esta oficina é muito importante”, reforçou. Lucilene Florêncio: “O Distrito Federal é um território bastante heterogêneo e passou por eventos que foram verdadeiras emergências. Os dados e números demonstram como esta oficina é muito importante” | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Apesar de voltada aos profissionais da saúde, a ação de enfrentamento às emergências em saúde pública, segundo o secretário de Vigilância e Meio Ambiente do MS, Rivaldo Venâncio, tem de ser vista como um trabalho conjunto entre diferentes entidades. “Os problemas em saúde pública não vão se resolver somente no campo da assistência e vigilância, precisamos olhar para o todo e como a contribuição da ciência pode ir além da saúde”, explicou. O Mosaic é uma forma de visualizar as medidas que são necessárias para o melhor enfrentamento das emergências, conforme ressaltou o representante da Opas, Alexander Rosewell: “O Mosaic demonstra como as abordagens de vigilância podem ser vistas como prioritárias e, assim, trabalhar no alerta precoce, no monitoramento, no uso de interventores”. Fortalecimento “Os problemas em saúde pública não vão se resolver somente no campo da assistência e vigilância, precisamos olhar para o todo e como a contribuição da ciência pode ir além da saúde” Rivaldo Venâncio, secretário de Vigilância e Meio Ambiente do MS A realização das oficinas para implementação do projeto Mosaic vai permitir avaliação das ocorrências passadas no DF, as construções realizadas e os ajustes necessários, assim como incorporação de novas tecnologias. No projeto, será possível visualizar um cenário futuro em que a vigilância estará fortalecida, com os fluxos construídos na assistência, o reforço da força de trabalho e abastecimento dos insumos necessários para o enfrentamento. “O DF está em um momento de construção desses planos e buscando as melhores tecnologias, experiências e técnicos, para, em conjunto, estarmos prontos caso ocorra outras emergências”, reforçou a secretária de Saúde. Oficina arboviroses Em julho deste ano, a SES-DF também participou de oficina para avaliar as ações para possíveis emergências de arboviroses – como dengue. Durante dois dias, a oficina teve como objetivo revisar as ações tomadas em resposta ao aumento de casos de 2023 a 2024, buscando melhores práticas e áreas para otimizar. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Chegada do inverno acende alerta sobre doenças respiratórias no DF

É no período mais frio do ano que as doenças respiratórias aparecem com mais frequência, devido à maior circulação dos vírus e bactérias que provocam as enfermidades, mais fáceis de serem transmitidas em ambientes com aglomeração. A chegada do inverno, neste fim de junho, acende o alerta sobre os problemas de saúde típicos do tempo frio e seco. A fisioterapeuta Carla de Oliveira Nunes já garantiu a dose anual contra a influenza junto à filha Isabel na UBS da Asa Sul | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília De acordo com a pneumologista do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) Gilda Elizabeth , este é o momento de caprichar na ingestão de líquidos, frutas e procurar uma alimentação mais leve, além de umidificar o ambiente. “Com o tempo mais seco, as crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias crônicas sofrem mais pela dificuldade de respiração”, explica a médica. Ela também chama atenção para a ferramenta de combate mais importante para a prevenção de quadros mais graves: a imunização. Arte: Fábio Nascimento “É importantíssima, especialmente no tempo certo, contra a disseminação de vírus. Nessa época, a procura no consultório aumenta demais e a vacinação diminui muitos casos graves, como pacientes que vão para a UTI ou precisam de intubação, que é o que preocupa”, ressalta a especialista. “Além de manter as doenças crônicas sob controle, é preciso que a população procure as unidades básicas de saúde mais próximas, com o cartão de vacina e documento, para colocar o calendário vacinal em dia. Especialmente os grupos prioritários”, reforça a gerente da Rede de Frio da Secretaria de Saúde do DF, Tereza Luiza. A fisioterapeuta Carla de Oliveira Nunes, 40, já garantiu a dose anual contra a influenza junto à filha Isabel na UBS da Asa Sul. Trabalhando na área da saúde e já tendo vivido diversas epidemias, ela ressalta a importância de manter as vacinas em dia e o benefício de ser um serviço gratuito disponível para toda a comunidade. “É uma questão de prevenção dos casos mais graves da influenza, então todo ano a gente mantém a questão vacinal, porque todo ano o vírus se reformula e a gente precisa tomar novamente a vacina. Se a gente não tivesse acesso pela rede pública, talvez a gente não tivesse também essa proteção, porque a vacina é uma coisa cara. A gente paga com imposto, então acho que as pessoas deveriam aproveitar esse acesso”, observa. “É muito importante todo mundo estar vacinado, ainda mais nesse tempo de seca. Muitas crianças e adultos têm doenças respiratórias como rinite e sinusite nesse período, que podem agravar os quadros. E não é em todo lugar que você encontra essas vacinas. Aqui a população mais pobre e todo mundo consegue ter acesso. Sem o SUS e os postos de saúde, a maioria não estaria vacinada”, reforça a enfermeira Bruna Cabral, 28, que também se vacinou contra a covid-19 na UBS da Asa Sul. Para frear possíveis infecções graves resultando em internações hospitalares e prevenir novos casos, diversas vacinas estão disponíveis gratuitamente na rede pública de saúde. Confira a seguir as doenças respiratórias mais comuns e como se prevenir de cada uma.

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Especialista recomenda cuidados para prevenção de síndromes respiratórias

Sazonais, as doenças respiratórias estão em alta, e as crianças são quem mais sofrem neste período do ano. A consequência disso é a demanda expressiva de busca por atendimento médico nos prontos-socorros infantis. De janeiro a abril, o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) notificou 1.215 casos de síndromes respiratórias, entre graves e leves. Os dados são do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep Gripe) e do aplicativo e-Sus, compilados pela Vigilância Epidemiológica do HRSM. Para evitar o contágio pelas síndromes respiratórias, principalmente a bronquiolite viral aguda, o pediatra e infectologista Pedro Ribeiro Bianchini, do HRSM, lembra que as medidas de prevenção são as mesmas que são recomendadas e já foram difundidas com a pandemia de covid-19: lavagem de mãos e uso do álcool gel e de máscaras no contato com os recém-nascidos e crianças pequenas. Ocorrências predominam entre crianças: 274 casos aferidos entre janeiro e abril deste ano | Foto: Divulgação/IgesDF Entre as notificações das síndromes respiratórias graves, foram registrados 42 casos em janeiro, 24 em fevereiro, 67 em março e 158 em abril. Desse total, 274 crianças tiveram casos graves, o que representa 97% dos casos notificados – 51% do sexo masculino e 49%, do feminino. Das notificações por região, 55% são de moradores de Goiás e 45%, do DF. Vírus “Por influência do período escolar, o pico acontece após o início do período letivo, mas já temos vírus circulando desde outubro/novembro e aumento de casos a partir de janeiro” Pedro Ribeiro Bianchini, pediatra e infectologista do HRSM A chefe do Núcleo da Vigilância Epidemiológica do HRSM, Larysse Lima, explica que as síndromes respiratórias agudas graves (SRAGs) podem ser causadas por vários micro-organismos, como bactérias, vírus e fungos. “Esses vírus podem ser influenza, sincicial, adenovírus e rinovírus”, aponta. “A consequência são infecções das vias aéreas, como as gripes e os resfriados, pneumonias e bronquiolites. E, desde 2020, com o início da pandemia de covid-19, existe a infecção respiratória causada pelo Sars-Cov-2”. A classificação final por agente etiológico ficou distribuída da seguinte forma: 3% SRAG influenza, 49% SRAG por outros vírus (influenza, rinovírus sincicial e adenovírus); 26% SRAG por covid e 22% por SRAG não especificada. De acordo com Pedro Ribeiro Bianchini, o aumento do número de casos a partir de janeiro é esperado devido à circulação de vírus com novas mutações sofridas no hemisfério norte e que chegam ao hemisfério sul geralmente no final do ano, entre outubro e novembro. “Por influência do período escolar, o pico acontece após o início do período letivo, geralmente no meio de fevereiro ou início de março, mas já temos vírus circulando desde outubro/novembro e aumento de casos a partir de janeiro”, detalha o médico.  Prevenção Bianchini destaca que, de forma geral, não é recomendado aos recém-nascidos contato com outras pessoas por pelo menos até 3 meses de idade, incluindo parentes e amigos. “Isso também inclui frequentar ambientes fechados, como restaurantes, igrejas, shoppings etc., idealmente até os seis meses”, recomenda o médico. “Além disso, deve-se sempre verificar com quem for visitar a presença de algum sintoma que indique qualquer adoecimento agudo. Ou seja, evitar o contato do bebê com pessoas doentes.” O profissional também aconselha consulta mensal com pediatra nos primeiros meses de vida – lembra que isso também é fator que colabora com a saúde do recém-nascido, além da vacinação e do aleitamento materno. “Esse aumento de casos, infelizmente, ocorre dentro do esperado, pois ainda não há a imunidade adquirida via vacina ou adoecimento prévio para parte da população pediátrica”, explica. O médico ainda cita a perspectiva de uma vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR) que está em estudos para imunizar gestantes e bebês. “Após os estudos comprovarem a segurança e eficácia nessa população, se adotada pelo SUS, a vacina contribuirá significativamente para a redução dos casos, pois o VSR é o principal agente da bronquiolite nos menores de 1 ano de idade”, avalia. *Com informações do IgesDF

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Novos leitos de UTI ampliam atendimentos de emergência no HCB

Nos últimos 12 meses, a Central de Regulação da Secretaria de Saúde do Distrito Federal passou a contar com 18 leitos adicionais no Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB). A medida permite a unidade de Saúde atender a demanda elevada de síndrome respiratória grave decorrente do período de sazonalidade. Mais de 60 profissionais vêm atuando 24 horas nas duas novas unidades de terapia intensiva do hospital abertas desde março de 2023. A ampliação desses leitos em duas etapas no HCB fez parte de um planejamento antecipado da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) realizado por grupo de trabalho da secretaria e do HCB, que promoveu estudos de viabilidade e previsibilidade para disponibilizar o atendimento no período de em que se intensificam os casos de síndromes respiratórias graves, como bronquiolite e pneumonias.  As novas UTIs atendem, predominantemente, casos de doenças respiratórias. A UTI Peixe teve, desde a inauguração, 72% das internações com prevalência de casos de bronquiolites e pneumonias. Já a UTI Estrela do Mar, tem em seu perfil de atendimento, 95% de doenças respiratórias, sendo 60,6% de casos de bronquiolites, 24% de pneumonias e 6,5% de infecções respiratórias agudas. Os casos de dengue foram cerca de 2,8%. A taxa de ocupação nos leitos de UTI do HCB tem sido superior a 95% | Fotos: Cláudia Miani/ HCB Em 2023, foram abertos 8 leitos na UTI Peixe e, em março de 2024, outros 10 leitos na UTI Estrela do Mar. Essas duas unidades de terapia intensiva permitiram que, aproximadamente, 500 crianças em estado muito grave pudessem receber cuidados críticos por equipe multiprofissional especializada. O médico pediatra intensivista Frederico Ribeiro diz que a gestão de leitos tem agilizado as admissões e permitido um número maior de atendimentos. A taxa de ocupação tem se apresentado superior a 95%, tendo como prevalência pacientes menores de 2 anos. “Nossas crianças voltam para as enfermarias quando deixam o momento crítico, principalmente após a extubação. Fazemos isso para girar leitos e receber o máximo de crianças, otimizando o aproveitamento dos leitos de UTI. Aqui temos especialistas nas áreas de fisioterapia, nefrologia, cardiologia, psicologia, entre outros. Se for preciso uma diálise ou, plasmaférese (transfusão de plasma), todos os tratamentos mais complexos e medicamentos nós oferecemos aqui”, diz o médico. Gabriel Ribeiro levou o filho de 1 ano ao HCB e elogia o atendimento Pai do menino Gustavo Henrique, de 1 ano e nove meses, o caseiro Gabriel Ribeiro, de 23 anos, teve o filho internado na UTI do HCB. A criança foi encaminhada para um procedimento no centro cirúrgico e chegou com um quadro de pneumonia grave, sendo necessário realizar uma drenagem no pulmão. As novas alas de atendimento intensivo, permitem o maior controle de doenças infectocontagiosas, com o isolamento dos pacientes. Contam com equipamentos modernos e adequados à atenção pediátrica, essenciais para a qualidade da assistência O direcionamento de pacientes para as UTIs do HCB é feito pela Central de Regulação de Vagas da SES/DF e segue o perfil de crianças na faixa etária de até 18 anos que apresentam quadros graves e complexos de saúde. *Com informações do HCB

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Visita técnica do MPDFT confere cenário de sazonalidade na pediatria do HRSM

O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) recebeu nesta terça-feira (23) uma visita técnica de membros do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). O objetivo foi verificar de perto a situação da pediatria neste momento de sazonalidade das doenças respiratórias. Os promotores foram até as alas do pronto-socorro infantil, box de emergência e enfermarias pediátricas, localizadas no 1º andar do hospital. “Essa visita do MPDFT nos traz um pouco de alívio e nos dá esperança de que iremos conseguir melhorar as estratégias de trabalho no enfrentamento à sazonalidade da pediatria. Hoje, nosso RH faz além de sua capacidade para garantir a melhor consulta possível às crianças que buscam atendimento aqui” Eliane Abreu, superintendente do HRSM “Essa visita do MPDFT nos traz um pouco de alívio e nos dá esperança de que iremos conseguir melhorar as estratégias de trabalho no enfrentamento à sazonalidade da pediatria. Hoje, nosso RH faz além de sua capacidade para garantir a melhor consulta possível às crianças que buscam atendimento aqui”, destaca a superintendente do HRSM, Eliane Abreu. Todos os anos, o MPDFT costuma fazer inspeções e visitas técnicas nos hospitais do Distrito Federal para avaliar o contexto encontrado e trabalhar possíveis estratégias para cobrar soluções aos órgãos públicos, como Secretaria de Saúde e prefeituras de municípios vizinhos do Entorno que também utilizam do serviço ofertado no Distrito Federal. Os promotores de Justiça Bernardo Matos, representando a Procuradoria Distrital dos Direitos do Cidadão (PDDC), Vinícius Bertaia e Pedro Mendes, da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (Prosus) estiveram no HRSM para fazer a inspeção. Todos os anos, o MPDFT costuma fazer inspeções e visitas técnicas nos hospitais do Distrito Federal para avaliar o contexto encontrado e trabalhar possíveis estratégias para cobrar soluções aos órgãos públicos | Foto: Jurana Lopes/IgesDF Segundo o promotor de justiça Vinícius Bertaia, a ideia da visita é ver como é a situação atual do atendimento pediátrico na enfermaria e pronto-socorro infantil do HRSM. Além de entender quais são as dificuldades que a unidade hospitalar está enfrentando, principalmente, a relação do hospital com o Entorno Sul. “Queremos analisar a possibilidade de tentar contornar a sazonalidade com medidas de curto, médio e longo prazos, repensando não só o atendimento atual, mas também medidas para o futuro, para evitar que os mesmos problemas se repitam em uma nova sazonalidade”, explica. Além disso, Bertaia ressalta a importância de buscar saídas, inclusive, levando até para a Secretaria de Saúde as necessidades que o Hospital Regional de Santa Maria, gerenciada pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), têm para que funcione em rede o serviço buscando uma medida de melhor solução. Após conversar com os gestores do HRSM, o promotor Bernardo Matos também ficou preocupado com a grande quantidade de crianças que os municípios vizinhos encaminham para o hospital e disse que vai cobrar medidas de atuação junto aos prefeitos de Goiás. Na avaliação da pediatra e chefe do serviço de Unidade de Cuidados Prolongados Pediátricos (UCPPED), Lara Vieira, a visita é superpositiva para o HRSM. “Conseguimos mostrar nossa atuação diante da sazonalidade, pois aqui não medimos esforços para prestar a melhor assistência às crianças”, conclui. *Com informações do IgesDF

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Hospital adapta ala para atender crianças no período de sazonalidade dos vírus respiratórios

Com a sazonalidade das doenças respiratórias e a alta demanda de crianças precisando de atendimento de pediatria, o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) trabalha sempre acima da capacidade na tentativa de atender o maior número de pacientes que chegam até o Pronto-Socorro Infantil (PSI). A superintendência do hospital, em alinhamento com a presidência do IgesDF, converteu 15 leitos que eram para retaguarda de adulto para infantil, totalizando então, 41 leitos de enfermaria pediátrica | Fotos: Jurana Lopes/IgesDF “Houve um número muito alto de busca por atendimentos de crianças com dengue e agora, com a sazonalidade dos vírus respiratórios, há muitas crianças internadas com bronquiolite. Readequamos todos os espaços possíveis e garantimos atendimento com as escalas multiprofissionais. Porém, como o Entorno de Goiás não tem especialidade de pediatria, todos nos procuram. Mais de 70% dos atendimentos de crianças graves são de fora, de cidades do estado vizinho próximas de Brasília”, explica a superintendente do HRSM, Eliane Abreu. Como providências urgentes tomadas pela superintendência do hospital e em alinhamento com a presidência do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) foram convertidos 15 leitos que eram para retaguarda adulto para infantil, totalizando, então, 41 leitos de enfermaria pediátrica. Porém, a lotação gerenciada está sempre de 98% a 100%. Para ajudar a equipe do HRSM, um cirurgião pediátrico do Hospital de Base está trabalhando no PSI e dando suporte na realização de alguns procedimentos com drenagem de tórax e acesso central Além disso, foram feitas ampliações de forma emergencial na área de espera do PS Infantil com realização de obras rápidas com drywall, onde foi criada a Ala C com 8 novos leitos, possibilitando a retirada de crianças do corredor e aumentando a segurança assistencial. As alas A e B, destinadas para os pacientes mais graves, possuem 12 leitos no total, sendo seis em cada um. Já o box de emergência tem 6 leitos, totalizando 26 leitos em todo o PS infantil. Nesta sexta-feira (19), até o meio da manhã havia 27 crianças internadas no Pronto-Socorro Infantil, ultrapassando a capacidade. Também houve o incremento de pontos de oxigênio para todas as áreas do PSI, a fim de garantir que nenhuma criança fique sem suporte de oxigênio e as alas A e B foram adequadas para melhor atender a alta demanda de pacientes. “A situação está crítica, nós somos referência para toda a Região de Saúde Sul e Entorno de Goiás. É um grande contingente populacional e, essa população é muito vulnerável. Os esforços vêm sendo direcionados de forma intensiva para a pediatria”, explica o gerente de Emergência do HRSM, Felipe Augusto Oliveira. Foram feitas ampliações de forma emergencial na área de espera do PS Infantil com realização de obras rápidas com drywall, onde foi criada a Ala C com 8 novos leitos, possibilitando a retirada de crianças do corredor e aumentando a segurança assistencial Dentre as adequações, foram realizadas mudanças na classificação de risco para área do adulto, de maneira a conseguir ampliar as acomodações para as crianças, uma vez que o grande limitador era o espaço físico. “Todo o sistema de saúde se encontra em sobrecarga, com filas de espera nas UTIs pediátricas públicas e privadas”, informa. Reforço nas equipes De acordo com o gerente, quase que exclusivamente os casos de internação na pediatria são por conta da bronquiolite. Para ajudar a equipe do HRSM, um cirurgião pediátrico do Hospital de Base está trabalhando no PSI e dando suporte na realização de alguns procedimentos com drenagem de tórax e acesso central. Além disso, foram montados kits para procedimentos para ajudar a equipe assistente, principalmente oriunda de outros setores do hospital. Toda a direção do HRSM instituiu os “Safetys”, que são rounds em que a gestão se reúne diariamente no primeiro horário da manhã com o objetivo de debater as demandas e estruturar o serviço para o dia, otimizando os recursos e trabalhando a fim de evitar riscos de escassez de insumos, perdas, desperdícios e otimizar a alocação dos recursos disponíveis em outras áreas do hospital. Segundo a gerente substituta de Enfermagem, Jaqueline Albuquerque, todas as unidades estão se mobilizando para ajudar nos atendimentos do PS infantil. “Pedimos apoio de outras unidades como UTI Neonatal, Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais e outros setores que estão com baixa demanda. Então, estamos organizando uma escala para que não faltem recursos humanos para atender essas crianças”, explica. Órgãos de controle O Conselho Regional de Saúde de Santa Maria está ciente e preocupado com a situação que se encontra a pediatria do HRSM. “Estamos realizando visitas diárias. Não estamos vendo o giro de leitos ocorrerem com rapidez e, por isso, crianças graves intubadas estão recebendo atendimento em local que seria enfermaria. Além disso, a maior parte dos pacientes do HRSM é dos municípios do Entorno de Goiás”, destaca a presidente do Conselho Regional de Saúde de Santa Maria, Denise Bastos. Segundo ela, estão ocorrendo reuniões mensais acerca da situação com os gestores de saúde do Entorno Sul para discussão de um planejamento de melhorias em comunicação, fluxo e contrafluxo de atendimento entre ambos, para que o usuário não precise peregrinar nas emergências. A última reunião foi em Cidade Ocidental-GO, onde ficou acordado que a gestão do HRSM irá orientar todos sobre o fluxo correto para referenciar o usuário às portas das emergências. “Assim como a rede pública, a rede privada também entra em colapso com a alta demanda por atendimentos na pediatria. Então, é importante um planejamento adequado, e que todos os órgãos de controle estejam envolvidos, para que essa situação seja amenizada. Sabemos que no momento do agravamento da situação é difícil a contratação de especialistas em pediatria”, analisa. Alzira Folha, conselheira de saúde usuária, destaca que tem orientado as famílias a procurar a unidade básica de saúde mais próxima e ir ao hospital somente em caso de emergência. “Orientamos que os pacientes do Entorno procurem o HRSM somente com encaminhamento médico da sua cidade ou quando vai de Samu, pra tentar desafogar um pouco essa demanda”, afirma. *Com informações do IgesDF

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