Missa de Ação de Graças no Palácio do Buriti marca agradecimento pelo ano de 2024
O governador Ibaneis Rocha e a primeira-dama Mayara Noronha Rocha participaram da missa de Ação de Graças no Palácio do Buriti nesta quarta-feira (11). A liturgia celebrada pelo padre Roger Luís, da Canção Nova, serviu como agradecimento pelo ano de 2024. O governador Ibaneis Rocha participou da missa de Ação de Graças no Palácio do Buriti, nesta quarta (11): “Quero agradecer a cada um de vocês que fazem deste governo o sucesso que é” | Fotos: Renato Alves/Agência Brasília Aos presentes, o governador Ibaneis Rocha agradeceu o trabalho e empenho pelo Distrito Federal e desejou um novo ano promissor. “Estamos chegando ao final de mais um ano de muita batalha e trabalho prestado à cidade, mas, graças a Deus, com muita união. Em todas as áreas em que prestamos serviços à população – e fomos colocados aqui para isso –, temos conseguido grandes feitos e resultados, e isso vem da nossa união. Quero agradecer a cada um de vocês que fazem deste governo o sucesso que é. E podemos afirmar isso porque temos o apoio e o reconhecimento da população. O ano não acabou, temos muitas coisas para fazer até 31 de dezembro, e tenho certeza de que, em 2025, com tudo o que estamos programando, vamos fazer muitas entregas para a cidade”, afirmou. A primeira-dama Mayara Noronha Rocha também participou da missa, lendo um trecho da Bíblia Sagrada. Após a celebração, ela desejou uma boa passagem de ano para todos os presentes. “Finalizar o ano com a certeza de que Deus está no controle é o que nos mantém firmes. Que 2025 seja um ano de colheita”, disse. A primeira-dama Mayara Noronha Rocha leu um trecho da Bíblia Sagrada durante a missa: “Finalizar o ano com a certeza de que Deus está no controle é o que nos mantém firmes” Trabalho pelas religiões A missa de Ação de Graças foi mais um evento de fé promovido no Palácio do Buriti, evidenciando o respeito deste GDF por todas as religiões e crenças. Desde que assumiu o governo em 2019, Ibaneis Rocha tem buscado seguir esse caminho. Nos primeiros dias de sua gestão, criou a Unidade de Assuntos Religiosos, iniciando um diálogo com esse público. Em setembro de 2020, ampliou o atendimento ao estabelecer a Secretaria da Família, que, na atual gestão, passou a ser chamada de Secretaria da Família e Juventude. A missa de Ação de Graças foi mais um evento religioso promovido no Palácio do Buriti, evidenciando o respeito do GDF por todas as crenças No que se refere à regularização, desde 2019 o governo legalizou 405 imóveis, um número superior aos 190 templos regularizados entre 2009 e 2018. Além disso, mais 99 imóveis foram ofertados no edital de licitação pública do programa Igreja Legal. Esse tipo de concorrência foi criado exclusivamente para essas entidades, que anteriormente participavam de licitações junto a pessoas físicas e empresas. Essa gestão também introduziu a moeda social como uma forma de as igrejas obterem suas escrituras. Por meio dessa medida, as instituições podem receber a Concessão de Direito Real de Uso (CDRU) e regularizar seus espaços em troca da realização de serviços gratuitos para a comunidade. Outra ação relevante ocorreu durante a pandemia de covid-19. Em 2020, o governador assinou um decreto autorizando o funcionamento dos templos. Ainda naquele ano, uma lei reconheceu as igrejas como atividades essenciais, permitindo que permanecessem abertas para atender os fiéis e aqueles que necessitam de ajuda. A construção da Praça da Bíblia, em Vila São José, Brazlândia, também reforça o respeito do governo pelas religiões.
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Mais de sete mil fiéis se reúnem em celebração religiosa em São Sebastião
Mais de sete mil fiéis se reuniram, neste domingo (8), na nona edição do Levanta-te, em São Sebastião. Promovido pela Associação Padre Júlio Negrizzolo (APJN), do Instituto Missionário Rosa Mística, o evento tem o objetivo de reforçar a espiritualidade por meio da oração, fé e comunhão. Promovido pela Associação Padre Júlio Negrizzolo (APJN), do Instituto Missionário Rosa Mística, o Levanta-te tem o objetivo de reforçar a espiritualidade por meio da oração, fé e comunhão. Mais de sete mil fiéis se reuniram, neste domingo (8), na nona edição do evento, em São Sebastião | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Presente na celebração, o governador Ibaneis Rocha destacou o trabalho do governo para que a associação continue a desempenhar serviços em prol da população do DF, como a entrega da pavimentação na via que leva até o templo. “Enquanto governo, nós temos de apoiar toda a comunidade que vem a esse centro de evangelização e o trabalho que exerce, e é isso que estamos fazendo. Estamos regularizando templos religiosos e também entregamos o asfalto que dá acesso à associação, que era um pedido do padre para facilitar a vida dos fiéis”, afirmou o chefe do Executivo, acompanhado da primeira dama Mayara Noronha Rocha e do secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo. Presente na celebração, o governador Ibaneis Rocha destacou o trabalho do governo para que a associação continue a desempenhar serviços em prol da população do DF, como a entrega da pavimentação na via que leva até o templo O Levanta-te é um encontro anual que promove pregações da palavra de Deus. Neste ano, os fiéis contaram com a participação dos padres Vanilson Silva e Leonardo Oliveira e do pregador Moisés Rocha, de Minas Gerais. O evento foi na sede da APJN e, além da programação prevista, foi disponibilizado um espaço para compra de alimentos e livros. “As pessoas com seus problemas e dificuldades conseguem restaurar a confiança e a esperança na vida aqui no Levanta-te. A gente diz para esses fiéis terem coragem de levantar e enfrentar qualquer situação que estejam passando”, esclareceu o organizador do evento e presidente da APJN, padre Vanilson Silva. O Levanta-te é um encontro anual que promove pregações da palavra de Deus. Neste ano, os fiéis contaram com a participação dos padres Vanilson Silva e Leonardo Oliveira e do pregador Moisés Rocha, de Minas Gerais O pároco destacou os feitos por este Governo do Distrito Federal (GDF) em benefício à associação. “A visita do governador é muito importante para nós. Agradecemos as benfeitorias entregues, como o asfalto na via que traz até aqui. Isso ajudou muito no acesso dos nossos assistidos e mostra também uma sensibilidade das autoridades com a nossa realidade. O governador presente na festa nos diz que não estamos isolados nem sozinhos”, avaliou o padre Vanilson. Graças e bênçãos O encerramento da celebração será às 17h deste domingo, mas há quem já tenha recebido as graças que pediu durante o Levanta-te, como é o caso da dona de casa Marilde Francisca da Silva, 52 anos. O pároco Vanilson Silva destacou os feitos por este Governo do Distrito Federal (GDF) em benefício à associação: “A visita do governador é muito importante para nós. Agradecemos as benfeitorias entregues, como o asfalto na via que traz até aqui. Isso ajudou muito no acesso dos nossos assistidos e mostra também uma sensibilidade das autoridades com a nossa realidade. O governador presente na festa nos diz que não estamos isolados nem sozinhos” De acordo com ela, valeu a pena sair de onde mora, em Minas Gerais, para participar do evento: “Senti muita emoção na festa. Eu sofro de algumas doenças e tenho depressão. Aqui, me identifiquei, e tenho muito a agradecer porque tenho certeza de que fui libertada hoje”, compartilhou. A pavimentação na via que dá acesso à associação também foi elogiada pela dona de casa. “Essa é a segunda vez que venho. Ano passado, era tudo estrada de terra. O asfalto ficou muito bom porque a gente consegue chegar com mais facilidade”, avaliou Marilde. A pavimentação na via que dá acesso à associação também foi elogiada pela dona de casa Marilde Francisca da Silva: “Essa é a segunda vez que venho. Ano passado, era tudo estrada de terra. O asfalto ficou muito bom porque a gente consegue chegar com mais facilidade” A doméstica Maria das Dores, 38, foi ao Levanta-te para pedir bênçãos para o filho que deve nascer em outubro. “Sempre venho porque Deus me dá sinais para estar presente. Eu já alcancei muitas graças, mas hoje vim pedir para abençoar meu filho que está na minha barriga, minha casa, família e pais”, concluiu Maria. De mãos dadas De acordo com a Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap), desde 2019, houve um incremento de 400% no ritmo anual de regularizações entregues aos templos religiosos. Nos últimos cinco anos, foram entregues em torno de 450 escrituras, marca superior aos 190 regularizados entre 2009 e 2018. O Programa Igreja Legal oferece duas possibilidades para a regularização dos terrenos. A primeira opção é por meio de Escritura Pública de compra e venda, com parcelamento em até 360 vezes sem juros. Outra alternativa é a Escritura Pública de Concessão de Direito Real de Uso (CDRU), que pode ocorrer mediante pagamento de 0,15% ao mês sobre o valor de avaliação especial da terra nua, ou mediante retribuição no sistema da moeda social, com direito de compra a qualquer momento. Para a modalidade de concessão mediante retribuição em moeda social, a entidade deve apresentar, após a assinatura da escritura pública de concessão, plano de trabalho de prestação de serviços ou execução de programas ou projetos de atendimento a grupos vulneráveis da sociedade. Com isso, fica gratuita a concessão do terreno da Terracap.
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Internados no Hran recebem oração da Arquidiocese
Pelos corredores do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), o padre Roger Araújo, da Arquidiocese de Brasília, fez orações e levou o Ostensório (peça de ourivesaria usada em atos de culto da Igreja Católica Apostólica) pedindo proteção divina e cura para os pacientes internados com covid-19. O ato religioso, que teve apoio do Projeto Amar sem Esperar e do Movimento Joia, ocorreu na tarde desta quinta-feira (29) com a participação de servidores, pacientes (cada um em seu quarto) e da direção do Hran. A iniciativa de levar um momento de fé aos pacientes partiu do Amar sem Esperar, que possui sede em Taguatinga Norte. O grupo já promoveu outras ações em hospitais da rede pública. Técnicos em enfermagem se ajoelharam em reverência aos religiosos, seguindo as medidas de proteção | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF [Olho texto=”“A fé de cada um aumenta as chances de melhora do paciente, independentemente de sua religião” ” assinatura=”Paulo Roberto da Silva Júnior, diretor do Hran” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Para o diretor do Hran, Paulo Roberto da Silva Junior, eventos como esse dentro do hospital trazem tranquilidade e calma aos pacientes que estão passando por momentos delicados. “A fé de cada um aumenta as chances de melhora do paciente, independentemente de sua religião”, considera. A celebração começou no estacionamento e, em procissão, continuou pelos corredores dos sete andares do hospital. Os religiosos foram recebidos e acompanhados por alguns servidores. Nos quartos, pacientes levantaram as mãos em adoração à imagem do Ostensório do Santíssimo Sacramento. Em quase duas horas, o padre Roger percorreu todos os andares e alas do hospital, sendo recebido com manifestações de fé | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF [Olho texto=”“Eu me ajoelhei porque só tenho a agradecer todos os dias”” assinatura=”Ariston Campos da Silva, agente de portaria” esquerda_direita_centro=”direita”] Técnicos de enfermagem se ajoelharam em reverência e respeito. Como o agente de portaria Ariston Campos da Silva, que trabalha na rede pública há 30 anos. “Eu me ajoelhei porque só tenho a agradecer todos os dias, independentemente de religião”, afirmou. Carla Lima, 38 anos, está internada desde o último dia 13. “É inexplicável. O que nos sustenta aqui é a fé, trazer Jesus para perto da gente, nos faz ter a certeza da cura”, afirma. A procissão do padre Roger passou por todos os quartos de todas as alas do hospital lentamente, sendo recebida com fé e apoio. Renovação de fé Na Unidade de Queimados, no terceiro andar, Jean Carlos, de apenas 13 anos, está internado há 11 dias, após sofrer queimaduras nas pernas. A mãe do garoto, Maria Vieira, 39 anos, se ajoelhou ao ver a procissão se aproximar da enfermaria do filho. “Renova a fé e a força que a gente precisa nesse momento de dor em que se vê um filho acamado”, disse a mãe que, abraçada ao filho, fez sua oração vendo a procissão passar. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O diretor do Hran, que também trabalha no Hospital Regional de Samambaia (HRSam), diz que há alguns dias uma ação semelhante foi feita no HRSam e foi muito bem aceita. “Me pediram para fazer aqui e eu não tive como negar. Eu também fico muito emocionado”, relatou. A procissão durou cerca de 1h45 passando por alas como maternidade, enfermarias Covid e UTI, com muito cuidado e precaução seguindo as normas sanitárias vigentes. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Frei italiano reza por pacientes com câncer do Hospital de Base
A voluntária da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Brasília finalizou sua missão na basílica, com um pedido de cura e bênção a todos os pacientes oncológicos do HB | Foto: Reprodução Os pacientes com câncer do Hospital de Base (HB) receberam orações e bênçãos diretamente da Itália, do frei Remo, da Basílica de Santo Antônio de Pádua, cidade na região do Veneto. O ato do religioso foi possível graças à bióloga Jéssica de Almeida Roger, 36 anos, voluntária da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Brasília, associação atuante no HB. Morando naquele país europeu, ela entregou ao frei os nomes dos pacientes escritos numa folha de papel e filmou a oração. [Olho texto=”“Foi idealizada para que pudéssemos tocar na mão de Antônio e, assim, estabelecer uma ponte entre o céu e a terra, por meio de um pedido”” assinatura=”Jéssica de Almeida Roger, voluntária da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Brasília” esquerda_direita_centro=”direita”] “Obrigada a todos que ajudaram nesta missão”, agradeceu Jessica. A voluntária pregou a folha no Mural de Pedidos de Cura da basílica e depois orou diante do túmulo de Santo Antônio de Pádua, venerado pelos católicos que lhe atribuem poderes de cura. “O frei Remo nos acompanhou nessa tradição para enviar todas as bênçãos de Santo Antônio até Brasília”, declarou. No final do ritual, o frei e a voluntária pararam em frente à estátua de Santo Antônio, obra do escultor italiano Lorenzo Quinn. Lá o religioso falou sobre a escultura. “Foi idealizada para que pudéssemos tocar na mão de Antônio e, assim, estabelecer uma ponte entre o céu e a terra, por meio de um pedido”, explicou. Segurando na mão do santo, a voluntária finalizou sua missão na basílica, com um pedido de cura e bênção a todos os pacientes oncológicos do HB. Movimento do Bem A bióloga também escreveu o nome de 52 pessoas que participaram da quarta edição do Movimento do Bem. Trata-se de uma campanha de solidariedade promovida pela Rede Feminina para que moradores do DF registrem e remetam à instituição a quilometragem percorrida durante as atividades físicas dos participantes. Os números são somados e, com o resultado total, a associação define um destino final com distância similar, que pode ser em outro estado e até fora do país. Então, é construído um cenário — que conta paisagem fotográfica do local escolhido estampada num banner — para que os pacientes oncológicos simulem uma viagem até o destino selecionado. Dessa vez, os atletas percorreram mais de 8 mil quilômetros — distância entre Brasília e Roma, a capital italiana. Agora, a associação já prepara o espaço para receber os pacientes que, depois de receberem uma oração de cura, vão “viajar” para Roma. A ação temática já tem data marcada. Será na quinta-feira (1°), às 9h, quando um cenário sobre a cidade italiana será instalado na Tenda Rosa, no Jardim do Hospital de Base. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Nesse cenário, os pacientes poderão degustar produtos que representam a gastronomia da Itália, como pizzas, sucos e “gelato”, tradicional sorvete italiano. “Vamos preparar um cenário todo especial para que os pacientes se sintam em Roma”, adiantou a coordenadora da Rede Feminina, Vera Lúcia Bezerra, ressaltando que o evento será realizado seguindo as normas de prevenção contra a covid-19. Todas as três edições do Movimento do Bem foram realizadas em 2020. A primeira ocorreu durante o Outubro Rosa, mês de prevenção ao câncer de mama, e teve como destino simbólico o Rio de Janeiro. No Novembro Azul, mês de alerta para o câncer de próstata, Salvador (BA) foi a cidade-tema. Já terceira edição, em dezembro, contemplou Natal, a capital do Rio Grande do Norte. *Com informações do Iges-DF
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Agora é lei: práticas religiosas são essenciais no DF
Igreja Nossa Senhora do Rosário de Pompéia, localizada na Vila Planalto, é um dos pontos turísticos da capital | Foto: Arquivo Agência Brasília As atividades religiosas agora são oficialmente essenciais para a população do Distrito Federal. Apesar de, na prática, essa medida já ter sido incorporada pelo Governo do DF durante a pandemia do novo coronavírus, o governador Ibaneis Rocha sancionou um projeto de lei aprovado pela Câmara Legislativa que regulamenta o funcionamento de templos, igrejas e afins mesmo em períodos de crise sanitária. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A sanção da Lei nº 6.630, de 10 de julho de 2020, foi publicada no Diário Oficial do DF desta segunda-feira (13), e dá liberdade à realização de rituais de qualquer religião. Mesmo em situações de calamidade pública, de emergência, de epidemia ou de pandemia. “Na prática não muda o que já está acontecendo. Ao dar efeito legal ao funcionamento das igrejas, o governo deixa um legado para as gerações futuras”, explica o coordenador da Unidade de Assuntos Religiosos do DF, Kildare Meira. São consideradas essenciais as atividades realizadas nos templos e fora deles, assegurando-se aos fiéis o livre exercício de culto. De acordo com o decreto, a liberdade de culto deve ser garantida nos termos da Constituição da República Federativa do Brasil e da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Normas A Lei nº 6.630/20 não altera os decretos já publicados pelo governador Ibaneis Rocha que regulamentam o funcionamento dos templos religiosos durante a pandemia. Normas como a realização de cultos e missas em áreas com capacidade maior para mais de 200 pessoas, uso obrigatório de máscaras e o distanciamento mínimo de dois metros entre os fiéis devem continuar a serem respeitados. As restrições do governo ao direito de reunião ou ao exercício de atividades religiosas devem estar fundamentadas em normas sanitárias ou de segurança pública, fundamentadas por autoridade competente. Caberá ao GDF editar as normas para o funcionamento dessas reuniões, como já vem sendo feito, atendendo às disposições de segurança comunitária. Isso quer dizer que restrições como as impostas às diversas atividades em Ceilândia, Sol Nascente e Pôr do Sol pelo Decreto nº 40.961/20 também estão mantidas.
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Paco Britto e família participam de missa em homenagem a Dom Bosco
Padre Jonathan Alex, também reitor do santuário, fez questão de ressaltar o papel dos governantes | Foto: Vinícius de Melo / Agência Brasília O vice-governador Paco Britto participou, na noite desta sexta-feira (31), da missa celebrada no Santuário Dom Bosco em homenagem ao dia do santo padroeiro de Brasília. Ao lado da esposa Ana Paula e dos três filhos – Flávio, Catarina e Cristiano –, ele se emocionou com a celebração. Durante o ritual, a família Britto participou da procissão de ofertório. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Durante todo o dia, as quatro missas realizadas na igreja reuniu milhares de fiéis – principalmente os jovens, população que Dom Bosco defendeu durante toda a sua vida. Na última celebração, que começou às 19h30, o padre Jonathan Alex, também reitor do santuário, fez questão de ressaltar em seu sermão o papel dos governantes e o cuidado que devem ter com a cidade sonhada por Dom Bosco. “Só é possível governar para uma sociedade quando fazemos o bem. Durante a nossa novena pedimos muito por uma cidade capaz de acolher os nossos jovens”, enfatizou o celebrante. Paco, esposa e filhos levaram ao padre Jonathan os símbolos católicos do sangue e corpo de Jesus Cristo | Foto: Vinícius de Melo / Agência Brasília Em uma das partes da missa que antecede a Liturgia Eucarística – considerada a hora mais importante da celebração –, o vice-governador, sua esposa e filhos levaram até o padre Jonathan os símbolos católicos do sangue e corpo de Jesus Cristo, a serem consagrados pelo celebrante. Ao final da missa, o reitor do santuário abençoou os presentes e pediu muitas bênçãos de Dom Bosco ao Distrito Federal. Sonho de Dom Bosco Em agosto de 1883, Dom Bosco sonhou que fazia uma viagem à América do Sul, continente que jamais visitou. No sonho, ele passou por várias terras e, ao chegar à região entre os paralelos 15° e 20°, viu um local especial, próximo a um lago – onde, nas palavras de um anjo que o acompanhava em sua visão, apareceria “a terra prometida”, região de “uma riqueza inconcebível” e de onde jorraria “leite e mel”. Setenta e sete anos depois do sonho Brasília viria a ser inaugurada, exatamente dentro do intervalo de coordenadas geográficas mencionado na visão de Dom Bosco. João Belchior Bosco nasceu em 15 de agosto de 1815, na Itália. Foi ordenado sacerdote em 1841, aos 26 anos. Foi um homem dedicado aos jovens, principalmente aos pobres e abandonados. Por esta razão passou a ser proclamado “Pai e Mestre da Juventude”. Dom Bosco faleceu em 31 de janeiro de 1888, aos 72 anos, na cidade italiana de Turim. Foi canonizado pelo Papa Pio XI em 1934.
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Unidade de Assuntos Religiosos do DF aposta no diálogo com as igrejas
Criada com o objetivo de estreitar as relações entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e membros de várias igrejas e organizações sociais, a Unidade de Assuntos Religiosos do Distrito Federal (Unar) foi uma aposta do governador Ibaneis Rocha que deu certo desde o início. É um trabalho de mão dupla, com os dois lados se completando mutuamente em bons resultados. Que o diga o coordenador da pasta, Kildare Meira. Nesses dez meses de atuação, o gestor e sua equipe tem trabalhado com afinco. Um dado concreto foi a imagem restabelecida do governo junto ao segmento. “Foi um golaço do governador Ibaneis ao criar esse instrumento de diálogo, ferramenta de trabalho junto as igrejas”, defende. “Temos dialogado com todas no DF e ajudado a solucionar os problemas dessas entidades, assim como potencializado aquilo que elas podem ajudar a sociedade. O balanço tem sido positivo”, comenta. Entre as ações estão a implementação, no mês de agosto, do programa Igreja Legal, instrumento que tem facilitado a regularização fundiária entre essas entidades, parceria na criação do Museu da Bíblia, no Eixo Monumental, além da realização de atividades no combate às drogas com pessoas em situação de rua ao lado de entidades cristãs voluntárias. “Saímos a campo, multiplicando o gabinete, mapeando quais as demandas das igrejas e entidades sociais. Temos consciência de que vivemos numa comunidade formada por pessoas religiosas”, avalia. A semente tem rendido bons frutos junto à comunidade do DF e o mérito dos trabalhos da Unidade fora do nosso quadradinho. Tanto que, no final do mês, por exemplo, o coordenador Kildare Meira foi convidado para participar de dois eventos em Pernambuco. A ideia era compartilhar sua experiência no DF com representantes religiosos e sociais de todo o país. Os encontros não aconteceram, mais ficou o reconhecimento. “O fato da gente estar sendo observado por todo o Brasil, sendo convidado para compartilhar essa experiência, aumenta a nossa responsabilidade, é uma honra, sem dúvida, e um reconhecimento”, pondera Kildare.
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Ibaneis Rocha elogia incentivo à geração de emprego e ao empreendedorismo
Em visita à Conferência Global, Ibaneis Rocha elogia fé e empreendedorismo do evento religioso. Foto: Renato Alves/Agência Brasília O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, incentivou ações para a geração de emprego e o empreendedorismo na região. Em agenda neste sábado (27), o chefe do Executivo mostrou essa disposição ao visitar a Conferência Global 2019 e o Brasília Capital Moto Week. Nos dois eventos, Ibaneis destacou que as iniciativas cumprem papel importante para o desenvolvimento do DF. “Temos pessoas do mundo tudo na Conferência Global e isso nos alegra porque incentiva a parte do emprego e da renda e gera uma expectativa nova para o DF, como centro ecumênico desse país”, disse Ibaneis. Em relação ao Brasília Capital Moto Week, o governador falou sobre a intenção de ampliá-lo em 2020. “Vamos investir ainda mais para o próximo ano, dando mais estrutura e qualidade e atraindo mais participantes”, destacou. Na edição deste ano, o Brasília Capital Moto Week recebeu 750 mil visitantes. Os organizadores estimam que o evento movimentou R$ 50 milhões. Na visão do governador, tanto a Conferência Global, promovida pela Comunidade das Nações, como o Brasília Capital Moto Week elevam o nome de Brasília para o restante do país e do mundo. Fé e empreendedorismo Sobre a feira, que ocorre no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, Ibaneis pontuou a importância religiosa e empreendedora. “Ela traz uma nova visão não só de preparar os mais necessitados, mas, também, de dar futuro a eles. Essa visão vocês trazem e são eventos dessa natureza que queremos na nossa cidade”, afirmou, durante a visita. No Dia do Motociclista, comemorado neste sábado (27), Ibaneis falou que o Brasília Capital Moto Week está garantido para 2020, seja no Parque Granja do Torto – que será entregue à iniciativa privada – ou em outro local. “O evento vai permanecer em Brasília”, assegurou.
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Via Sacra de Planaltina faz jus à tradição e entrega belo espetáculo
Encenação da Via Sacra no Morro da Capelinha, em Planaltina, nessa sexta-feira (19). Foto: Divulgação Mais de quatro horas de apresentação e 1,4 mil voluntários envolvidos. A tradicional Via Sacra do Morro da Capelinha, realizada há 46 anos, tombada como patrimônio cultural imaterial de Brasília, levou emoção a milhares de pessoas, que assistiram em Planaltina, nessa sexta-feira (19) a encenação de julgamento, condenação, execução e ressurreição de Jesus Cristo. Nos bastidores, pouco antes do evento começar para o grande público, o clima era de ansiedade. Reunidas no Centro Educacional 01 de Planaltina, as equipes de produção, organização e atores faziam os últimos ajustes e repassavam as cenas que seriam apresentadas mais tarde no Morro da Capelinha. Entre trocas de figurinos e retoques de maquiagens, os voluntários falavam sobre o sentimento em trabalhar no evento. A dona de casa Eronilda dos Santos participa há 19 anos da Via Sacra e não escondeu a emoção ao falar da realização do sonho que foi entrar para o grupo, onde interpreta uma aldeã. “Sempre assisti a Via Sacra e achava muito bonito e emocionante. Disse em uma ocasião aos meus amigos e familiares que um dia estaria do outro lado, representando. Hoje estou aqui, realizando esse trabalho tão bonito”, contou. Novidades Uma das novidades da Via Sacra é a presença do demônio, interpretado por Leandro Lira, 32 anos, que há 12 participa das encenações. Com uma caracterização muito diferente dos demais, que conta com lentes de contato e unhas postiças, o ator e dançarino encara o papel como um desafio. Ele explica que é um personagem com uma carga muito forte, que exige preparo físico e espiritual. “Realizar essas obras é o que nos fortifica como cristãos, e poder evangelizar é o combustível para fortalecer tudo o que eu faço”, conta. Pouco antes do grupo de 900 atores, divididos em 72 coordenações se dirigir ao Morro da Capelinha, o coordenador do evento Antônio Carlos lembrou que para a realização da Via Sacra foi montada uma estrutura robusta, pronta para receber as mais de 100 mil pessoas esperadas para a ocasião. “Estamos muito felizes em ver que o que planejamos vai ser concretizado. O apoio e empenho da Secretaria de Cultura e do GDF para isso acontecer foi fundamental”, disse emocionado. O secretário de Cultura, Adão Cândido, acompanhou os preparativos e falou da relevância da celebração da Via Sacra para a cultura do Distrito Federal. Para ele, a encenação, que é tombada como patrimônio cultural imaterial, deve ser valorizada. Segundo ele, o fato de pessoas de outras religiões, regiões administrativas e estados acompanharem o evento mostra a força da encenação. “Este tipo de atividade, que valoriza e fomenta a cultura local, deve ser prioridade”, acrescentou. Emoção A adolescente Talita Nascimento, 16 anos, aproveitou para cumprir uma penitência. Subiu o Morro da Capelinha descalça rezando o terço. Segundo a jovem, o esforço valeu a pena. “Estou me sentindo bem espiritualmente. Dói, mas é por um propósito. Venho desde pequena acompanhar a encenação, mas é a primeira vez que fiz uma promessa” contou. Depois de quase 25 anos seguidos de subidas ao morro para acompanhar a Via Sacra, a vigilante Aparecida Ferreira Aquino conta, bem humorada, que não é fácil chegar ao topo. Entretanto, as visitas são gratificantes. “Fiz um propósito e, na época, eu não tinha fé que aconteceria, mas se concretizou. Venho todos os anos desde então e também para buscar mais bençãos”, confessou. O momento preferido do servidor público William Rosa da Silva é quando Cristo renasce. Para ele, a data comemorativa é motivo de alegria. “É a 43a vez que venho, ou seja, desde o início do Morro da Capelinha. É um sentimento de conforto, de renovação carismática. Nesse mundo complicado que vivemos, renovar a fé é fundamental”, opinou. Qualidade Foi um espetáculo dinâmico, iniciado pela entrada dos soldados romanos, alguns a cavalo, do povo pobre de Jerusalém e dos prisioneiros. No primeiro momento, Cristo é acusado de ser perigoso e de se proclamar rei dos judeus. Ele foi preso em uma cela, enquanto eram proferidas acusações. O cenário seguinte é o palácio onde Herodes, o rei de Israel, desfruta de comida e bebida abundantes enquanto indigentes perambulam sem qualquer piedade por parte da realeza. Entre os julgamentos junto aos príncipes e ao governador romano da província da Judeia, Pôncio Pilatos, Jesus foi açoitado, maltratado e teve a condenação pedida pelos populares. O momento de crucificação foi um dos momentos de maior emoção do espetáculo. Já era noite quando Cristo começou a carregar a cruz. A saga até a execução da pena de Jesus prendeu a atenção dos presentes. Um show de música católica e a exibição de vídeos produzidos pelas paróquias de Planaltina antecederam o momento da ressurreição de Jesus Cristo, na Sexta-feira da Paixão, no Morro da Capelinha. Efeitos especiais e fogos de artifício garantiram um desfecho ainda mais grandioso. O subsecretário de Promoção e Difusão Cultural da Secretaria de Cultura, Pedro Paulo, classificou a experiência como uma demonstração de cultura e fé. Ele explicou que a preparação para a encenação começa antes mesmo da Quarta-feira de Cinzas e reúne representantes de várias paróquias de Planaltina. “Foi um enorme esforço da Secretaria para executar este evento, com a população. É gratificante ver os esforços empregados em uma festa tão bonita, que reúne tantas pessoas de todo o DF”, concluiu.
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As pagadoras de promessa de Planaltina
Osimar Martins Nascimento paga promessas no Morro da Capelinha há 46 anos e, hoje, até ajuda na Via Sacra. Foto: Vinícius de Mello/Agência Brasília O mistério da fé não tem limite. Nem o tamanho da devoção dos fiéis que, para ter seus pedidos atendidos, são capazes de fazer qualquer tipo de sacrifício. E as penitências cristãs são inúmeras. Vão desde andar longas distâncias com os pés descalços, passando pela dificuldade de subir ladeiras íngremes com enormes pedras na cabeça, até o doloroso ritual de autoflagelação. Mas, mediante qualquer graça alcançada, toda dor desse martírio pessoal é esquecida como num passe de mágica ou nuvens passageiras. “Tenho muita fé porque tudo eu consigo. É a benção de Deus”, garante Osimar Martins Nascimento, uma das clássicas pagadoras de promessa do Morro da Capelinha, palco de uma das maiores celebrações religiosa do Distrito Federal. Nascida em Natal (RN), mas desde os seis anos vivendo em Brasília, há tempos que ela acalentava o sonho de um dia participar da via sacra de Planaltina, evento tombado como Patrimônio Cultural Imaterial do DF. Devido a compromissos pessoais e profissionais, Osimar, porém, nunca arranjava disponibilidade para tanto, até um dia selar seu destino com um pacto divino que mudaria para sempre sua vida. “Eu não tinha tempo porque trabalhava no comércio. Então, fiz a promessa de não cortar o cabelo enquanto não conseguisse frequentar a via sacra. Foram dois anos sem cortá-lo. Meu cabelo ficou enorme, mas consegui”, festeja ela, sobretudo porque, agora, como gosta de dizer, está só envolvida com as “coisas de Deus”. “É o que eu mais gosto. Antes só vivia na farra, era namoradeira”, revela Osimar, há nove anos uma das mais ativas participantes da encenação. O resultado desse voto de devoção rendeu fruto e se multiplicou. Isso porque, de mera participante, Osimar Martins passou a figurante, atuando seis anos como uma das piedosas da peregrinação de Cristo. Aquelas mulheres de preto que, em dado momento da narrativa, lamentam, copiosamente, a triste jornada do Salvador rumo à crucificação. Hoje, ela é responsável pelo monitoramento de 23 idosas da Estação Nossa Senhora das Dores. “Fui ‘promovida’”, ri, sem esconder a felicidade. “Recebo essa missão com muita gratidão porque Deus tem me apoiado em tudo. Tudo que peço a Ele, recebo”, garante. Contexto emocional Tradição antiga que remonta aos tempos medievais, as promessas e todo o rito cristão que envolve essa dívida firmada com o Divino estão ligadas a um contexto religioso essencialmente emocional. Por isso, são bastante comuns périplos de fiéis pagando juramentos entre lágrimas de contrição e lamúrias de fervor. Uma cena que já virou rotina na via sacra de Planaltina. A paraibana Rita Viera de Sousa, 72 anos, que o diga. Só de lembrar dos votos que já fez nesses anos todos vivendo na cidade, embarga a voz. “Ah, meu filho, já recebi muitas graças”, confidencia à reportagem da Agência Brasília. E são muitas mesmas porque, devota de Santa Rita, desde a primeira edição oficial da via sacra de Planaltina que ela bate cartão como pagadora de promessa no evento. Ou seja, há exatos 46 anos. Nem lembra mais qual foi o primeiro voto que fez, mas não esquece a dificuldade que sofreu para andar os 6 km da sua casa até o Morro da Capelinha. “Meus pés encheram de bolhas”, conta ela, que confessa, não se envolve muito com a encenação em si. “Vou lá, pago a minha promessa e vou embora”, admite. [Olho texto=”A fé de dona Rita é tanta e tão inabalável que, volta e meia, ela é solicitada para fazer caridade até para quem não é da família.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A fé de dona Rita é tanta e tão inabalável que, volta e meia, ela é solicitada para fazer caridade até para quem não é da família. O que demonstra também o tamanho do seu espírito de solidariedade. Certa vez, o amigo de uma conhecida se machucou gravemente num acidente de trabalho. A situação era dramática, feia. Estava no caso, segundo diagnóstico médico, de a vítima perder o braço depois que um ferro ficou fincado em seu ombro. “Minha colega me contou a história dizendo que ele estava muito mal. Eu falei que ele não ia ter o braço cortado porque Deus ia ajudar. Se ele ficasse bom eu ia pagar minha promessa no Morro da Capelinha”, lembra a religiosa. “Fiz a promessa numa segunda-feira e na quinta ele já tinha recebido alta sem nenhum problema no braço. No sábado, às 6h da manhã lá fui em pagar minha dívida com Deus”, diz orgulhosa.
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“O filho de Deus está entre nós”
Mauro Lúcio da Silva Campos (à esquerda) foi o primeiro Jesus do Morro da Capelinha. A honra agora pertence a Marcelo Ramos. Foto: Vinícius de Melo/Agência Brasília Governador da província da Judeia sob o jugo do poderoso Império Romano, Pôncio Pilatos foi o juiz que selou o destino de Cristo, condenando-o à cruz, mas eternizando sua figura como símbolo duradouro da fé cristã. Quando surgiu a oportunidade de encenar um papel na Via Sacra de Planaltina, o advogado Marcelo Ramos não titubeou. Ao invés da toga de jurista, preferiu o manto simples de um carpinteiro. A estreia, no entanto, foi usando uma armadura. “Antes do papel de Jesus eu fui soldado”, conta o jovem de 31 anos, os últimos cinco como protagonista da paixão de Cristo no Morro da Capelinha. “Para mim não existe um advogado mais dedicado do que Jesus, que entregou sua própria vida para defender uma causa que é a salvação da humanidade”, avalia, traçando um paralelo entre a profissão que escolheu e o humanismo do homem que revolucionou o mundo com o poder da palavra e do amor. Aliás, amor e fé são os combustíveis sagrados que movimentam uma das mais belas vias sacras do país. Foi o que fisgou Marcelo, então um menino de 9 anos, que nem sonhava um dia ser legionário. Muito menos Jesus. Também é a fagulha que, há 46 anos, conduz milhares de fiéis ao Morro da Capelinha. Segundo dados da Secretaria de Cultura do DF, patrocinadora do evento, foram 60 mil pessoas na última edição. “A Via Sacra é uma obra de Deus que toca o coração das pessoas de uma forma inigualável. Por isso, ela é tão especial e dura tantos anos”, observa Marcelo que, mesmo morando em Águas Claras, não se importa de atravessar o Distrito Federal toda semana para participar dos ensaios. “Eu sou filho de Planaltina, amo a cidade, mas devido à distância do trabalho achamos melhor mudar”, lamenta o advogado e ator amador. Claro que, sendo “Jesus”, nenhum tipo de contratempo, empecilho ou mesmo distância é problema. E se a missão é encantar uma multidão de religiosos entorpecidos pelo mistério da fé e a força do amor, qualquer tipo de sacrifício é válido, engrandece o espírito. “Quando estou atuando me sinto como um instrumento de conversão. É como ler a Bíblia, cada um internaliza aquilo que ela precisa para o seu coração”, garante Marcelo, que quase foi ordenado padre. Jesus pioneiro de Planaltina Também nascido em Planaltina, Mauro Lúcio da Silva Campos, 65 anos, precedeu o advogado Marcelo em algumas décadas e teve a honra de viver o primeiro Cristo da Via Sacra de Planaltina. Foi no início dos anos 70. Na época, adolescente com seus 16 para 17 anos, madeixas longas e integrante do grupo da igreja, mais que natural que o papel do Salvador lhe caísse de mãos beijadas no colo. Assim, por 20 anos, ele não decepcionou a comunidade da paróquia de São Sebastião. “Para fazer o Cristo tinha que ser alguém do cursilho. E, na época, por causa dos Beatles, era moda ter cabelo grande. E o meu estava comprido, então o pessoal da Igreja pediu para não cortar”, lembra Mauro. “Fiz a primeira Via Sacra e gostaram. Com o tempo me aperfeiçoei. Nas últimas edições, porém, eu já usava peruca por causa da careca”, lembra, sorrindo. Entre o “pessoal da igreja” mencionado por Mauro Lúcio, destaca-se de forma marcante a figura do padre Aleixo Susin, 91 anos, o fundador da Via Sacra do Morro da Capelinha. E que teve a ideia de montar a encenação da paixão de Cristo em Planaltina motivado por uma revelação. “Tudo começou com ele, que achava o Morro da Capelinha bonito e queria aproveitar aquele cenário. No início, era bem precário, não tinha nada, a gente saía nas lojas pedindo roupa e equipamento de som, por exemplo”, recorda. Hoje, nas palavras do primeiro Jesus do Morro da Capelinha, a realidade é bem diferente. Mas tudo foi construído aos poucos, “tijolo por tijolo”, como se fosse uma grande construção, com dedicação e amor, espírito de união e perseverança. As inovações e evoluções surgidas a cada ano eram apresentadas em reuniões de avaliação no final de cada Via Sacra, onde todos debatiam o que tinha que ser corrigido e melhorado. “Hoje, a estrutura é maravilhosa. Plantamos uma sementinha, ela cresceu e está dando fruto até hoje”, diz, sem esconder o orgulho. Estrutura de cinema E é verdade. Uma estrutura de cinema que encheria de satisfação Cecil B. DeMille, o mítico produtor dos clássicos bíblicos de Hollywood. Segundo informações da organização do evento, pelo menos 1,4 mil voluntários participam da organização da paixão de Cristo de Planaltina. Só na encenação, entre figurantes e atores, são 800 pessoas. E há mais 600 pessoas na equipe técnica. “É como se fosse uma corrente da fé”, compara o ex-ator. Com a experiência de quem viveu por duas décadas o papel do homem mais importante do Cristianismo, Mauro Lúcio mostra o caminho da salvação para jovens como o advogado Marcelo Ramos e tantos outros que virão. “Fazer o papel com muita humildade, sem vaidade e viver, no dia a dia, a experiência de Cristo, se espelhar no que ele foi”, ensina.
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Voluntários intensificam confecção de figurinos para Via Sacra no Morro da Capelinha
Comunidade católica de Planaltina faz os últimos preparativos para a Via Sacra, que será realizada no próximo dia 19. Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Devoção e fé. São esses sentimentos que pontuam os trabalhos dos 22 voluntários que fazem parte da equipe que confecciona os figurinos que serão usados na encenação da Paixão de Cristo do Morro da Capelinha, em Planaltina (DF). Mais de 1,4 mil atores participam da Via Sacra, que está marcada para o dia 19 de abril. Ao todo, 900 roupas serão feitas. As costureiras correm contra o tempo. É o caso de Maria de Lourdes Maciel que, desde 1991, faz os figurinos para a celebração e começa a trabalhar um mês antes da Via Sacra. “Enquanto Deus me der vida e saúde, quero continuar esse trabalho”, afirma. Os figurinos mais difíceis para serem confeccionados, segundo a costureira, são os de Herodes, das dançarinas do palácio, do discípulo Ananais e do sumo sacerdote Caifás. É que eles exigem muitos detalhes para ficarem semelhantes às imagens que contam a história do Homem de Nazaré. A coroa O produtor de eventos e artesão Walterismar Francisco Maciel é o responsável pela confecção da coroa de espinhos que é colocada em Jesus Cristo pelos soldados romanos. São usados dois cipós, o japecanga e o limãozinho do mato, que, entrelaçados, formam a coroa, objeto cênico fundamental em uma das passagens mais emocionantes da encenação. A confecção demora um dia. “Acabo furando meus dedos no processo, mas usar luvas atrapalha o trabalho. Então, é preciso aguentar os furos e sentir que cada espinho é pelo nosso pecado, assim como cada gota de sangue de Jesus que foi derramada”, descreve o artesão, com a voz carregada de emoção. Barracão Em um barracão nos fundos da Casa Nossa Senhora Aparecida, em Planaltina, funcionam as confecções das armaduras, capacetes, lanças, escudos e outros objetos usados na encenação. São 17 pessoas envolvidas no processo e vários materiais são usados, como couros, inox, madeiras, ferros e borrachas. O motorista Ariosvaldo de Oliveira Rocha, mais conhecido como Val, participa dos trabalhos há 19 anos. “Foi um chamado de Deus. Desde pequeno assistia à encenação da Via Sacra e achava emocionante e empolgante, então, quis participar. Fiz a inscrição e esperei quatro anos para ser chamado para integrar o grupo”, relata. Patrimônio Patrimônio cultural imaterial do DF desde 2008, a encenação da Paixão de Cristo é realizada em Planaltina, localizada a cerca de 50 km de Brasília, e leva milhares de pessoas até o Morro da Capelinha. Em 2018, aproximadamente 60 mil fiéis foram ao local, numa prova de resignação, fé e amor. Pelo espetáculo e pela vida de Cristo.
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