Resultados da pesquisa

fruticultura

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Produtoras rurais têm dia de imersão em estudos da Fazenda Água Limpa

O Instituto Movimento, em parceria com a Secretaria da Mulher (SMDF), realizou nesta sexta-feira (19), a 4ª Visita Técnica do projeto Agropecuária Sustentável: Mulheres Transformando o Campo. A ação levou mulheres para um dia de imersão nas práticas sustentáveis da Fazenda Água Limpa (FAL), da Universidade de Brasília (UnB).  Durante a visita, as participantes tiveram a oportunidade de conhecer de perto os projetos de pesquisa da UnB em diversas áreas, como fruticultura com manejo de pomares; produção de hortaliças; técnicas de piscicultura; criação sustentável de ruminantes; e uso de maquinário agrícola. Os temas foram abordados com foco no controle ecológico de pragas e em técnicas sustentáveis que podem ser implementadas nas propriedades. "As mulheres aprendem na prática sobre o preparo do solo, criação de gado, corte, leite, ovinos e manuseio de máquinas" Celina Leão, vice-governadora A vice-governadora do DF, Celina Leão, afirmou que a iniciativa visa fomentar a participação feminina no agronegócio sustentável. “Temos minicursos e também visitas técnicas até a Fazenda Água Limpa. As mulheres aprendem na prática sobre o preparo do solo, criação de gado, corte, leite, ovinos e manuseio de máquinas. O nosso compromisso é oferecer ferramentas para que cada vez mais mulheres possam liderar e prosperar, transformando o setor rural do DF." A Secretária da Mulher, Giselle Ferreira, explicou que o projeto abre muitas possibilidades para as mulheres que já trabalham com a agricultura ou que desejam ingressar na área. “As alunas contam com transporte, lanche e toda a estrutura necessária para a realização do curso. A ação traz inclusão e geração de renda para as produtoras rurais. Elas aprendem novas tecnologias e se qualificam ainda mais para o mercado de trabalho”, relatou. Maria Auxiliadora Fernandes: "Eu amo estar em contato com a natureza e com os animais. Isso é bom para o corpo e a mente, além de melhorar a nossa qualidade de vida e saúde" | Foto: Divulgação/SMDF A produtora rural Maria Auxiliadora Fernandes trabalha no campo há 15 anos e falou sobre a importância do programa. “Essa visita é muito importante para se qualificar e aprender mais sobre o campo. As mulheres têm capacidade de ser agricultoras. Aqui eu aprendo coisas novas. Eu amo estar em contato com a natureza e com os animais. Isso é bom para o corpo e a mente, além de melhorar a nossa qualidade de vida e saúde”. A programação inclui informações sobre a história da Fazenda Água Limpa e a contribuição da UnB para o avanço da agropecuária de base sustentável no país. A visita foi guiada por um engenheiro agrônomo, com o suporte de professores da universidade, assegurando um alto nível técnico e educativo. Ao final do evento, todas participantes recebem um certificado de participação por e-mail. Ao longo de sua execução, o projeto já alcançou um público de mais de 400 pessoas, somando participantes de palestras em escolas, minicursos e visitas técnicas. Sobre o projeto [LEIA_TAMBEM]O Agropecuária Sustentável: Mulheres Transformando o Campo tem como objetivo capacitar mulheres de áreas rurais do Distrito Federal e da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride), promovendo a adoção de práticas agrícolas sustentáveis. A iniciativa é uma parceria do Instituto Movimento Brasil com a Secretaria da Mulher do Distrito Federal (SMDF) e tem apoio do Grupo de Estudos em Horticultura da Faculdade de Agronomia e Veterinária da Universidade de Brasília (FAV UnB), que visa fortalecer o protagonismo feminino no setor agropecuário, ao oferecer capacitação técnica e prática por meio de minicursos, visitas técnicas e palestras. *Com informações da SMDF  

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GDF aprova regimento interno da Câmara Setorial da Fruticultura

O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF), publicou nesta segunda-feira (8) a Portaria nº 331/2025, que aprova o regimento interno da Câmara Setorial da Fruticultura do Distrito Federal (CSF/DF). A medida regulamenta o funcionamento do colegiado, criado para fortalecer a cadeia produtiva da fruticultura na região. A CSF/DF funcionará como um espaço de diálogo entre governo, produtores rurais, empresários, trabalhadores, fornecedores e consumidores, promovendo a integração de diferentes agentes do setor. O objetivo é propor soluções para o aprimoramento da produção e comercialização de frutas, estimulando tanto o mercado interno quanto a expansão para novos mercados, além de gerar emprego, renda e qualidade de vida no Distrito Federal. O regimento estabelece que a Câmara Setorial ficará sob supervisão da Seagri-DF e será formada por representantes de órgãos públicos e entidades privadas | Foto: Divulgação/Seagri-DF Para o secretário de Agricultura, Rafael Bueno, a criação e regulamentação da Câmara representam um marco histórico para o setor agrícola do DF. Segundo ele, a iniciativa reforça o compromisso do GDF em apoiar os produtores rurais, oferecendo mais organização à cadeia produtiva, apoio institucional e abertura de novos mercados. “A fruticultura é atualmente uma das atividades de maior crescimento no campo brasiliense, com destaque para culturas como goiaba, abacate, mirtilo, morango, uva e maracujá. Com a atuação da CSF/DF, a expectativa é ampliar a competitividade dos produtores locais, garantir mais renda no campo e consolidar o DF como referência nacional na produção de frutas de qualidade”, destacou o secretário.  “Nosso papel será diagnosticar os desafios do setor, acompanhar as políticas públicas e propor medidas que ajudem a tornar a fruticultura do DF mais competitiva e sustentável, sempre incentivando a troca de conhecimento entre todos os envolvidos”, afirmou o subsecretário de Políticas Econômicas Agropecuárias, Antônio Barreto. O regimento estabelece que a Câmara Setorial ficará sob supervisão da Seagri-DF e será formada por representantes de órgãos públicos e entidades privadas. A presidência e a vice-presidência caberão ao setor privado, enquanto a secretaria-executiva ficará, preferencialmente, com o setor público. Os mandatos terão duração de um ano, renováveis, e o colegiado deverá se reunir quatro vezes por ano, com possibilidade de encontros extraordinários. Também poderão ser criadas comissões especiais para tratar de temas específicos da fruticultura. *Com informações da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri-DF)

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Produção agrícola do DF movimentou mais de R$ 5,8 bilhões em 2024 com alta dos setores de frutas, flores e pecuária

O Distrito Federal movimentou mais de R$ 5,8 bilhões de valor bruto da produção agrícola (VBP) no ano passado, em uma área produtiva de 204 mil hectares. Os dados estão presentes no relatório anual da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). O resultado foi puxado pela alta de três setores: fruticultura, floricultura e pecuária - que, sozinha, arrecadou R$ 2,19 bilhões. Incentivo à diversificação de culturas é um dos fatores que resultam nos números positivos obtidos pelo DF | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília  Os números representam a soma de seis cadeias produtivas do agro brasiliense: olericultura, grandes culturas, fruticultura, floricultura, silvicultura e pecuária. Segundo o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, os indicadores apontam que o DF se mantém como referência nacional em agropecuária, graças ao incentivo à diversificação das culturas e implantação de tecnologias, além do suporte técnico oferecido a todos os produtores rurais do Quadradinho. “O DF continua sendo um expoente da agropecuária nacional, e estamos avançando também na agroindustrialização da produção”, enfatiza Duval. “Esse trabalho tem sido apoiado pelo governador Ibaneis Rocha, com a criação de grupos institucionais em prol de cadeias produtivas. Fizemos isso com a Rota da Uva e do Vinho; agora estamos trabalhando com a Rota do Queijo, valorizando a cadeia do queijo artesanal do DF, e vamos continuar avançando.” Em alta De todos os setores, a floricultura teve a maior alta registrada, com aumento de 29,39% no valor bruto de produção. Em 2024, o comércio de flores, plantas ornamentais e arranjos arrecadou mais de R$ 265 milhões - com destaque para as forrações, palmeiras e plantas de vaso em geral -, enquanto, em 2023, o resultado foi de R$ 205 milhões. [LEIA_TAMBEM]O segundo maior aumento ocorreu em fruticultura. De 2023 para 2024, o valor arrecadado passou de R$ 233 milhões para R$ 274 milhões, com alteração positiva de 18,43%. O maior resultado foi obtido pelo abacate convencional, com R$ 65,3 milhões e produção de 6,6 mil toneladas. “Na fruticultura, houve um aumento gradativo da área plantada com frutas no DF, com o abacate, goiaba, banana, açaí, mirtilo, pitaia, entre outros”, enumera Duval. “São frutas que antes não eram muito difundidas entre os produtores rurais, mas que a Emater, no seu trabalho de avaliação de mercado, indicou aos agricultores para que pudessem plantar para obter uma renda melhor para ele e sua família.” O plantio de frutas tem se expandido no DF com apoio do projeto Rota da Fruticultura, à frente do qual estão Emater-DF, Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF) e Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). O objetivo é a expansão da produção dos alimentos no DF, para gerar emprego e renda na região rural por meio da diversificação e implantação de novas culturas. Por fim, a pecuária teve crescimento de 4,54% na arrecadação no ano passado, com R$ 2,19 bilhões - equivalente a um terço do total bruto obtido pelo campo brasiliense. “Os principais produtos dessa cadeia são os ovos férteis, a suinocultura e a bovinocultura. Os dois primeiros são os maiores e, juntos, chegam a quase R$ 1,6 bilhão do total da cadeia”, explica Duval. Variedade Goiaba: somente em 2024, produção da fruta alcançou mais de 7 mil toneladas em uma área total de 396 hectares A goiaba foi a fruta mais cultivada em 2024, com produção de 7.060 toneladas em 396 hectares. Segundo o relatório anual, a fruta tem o cultivo desenvolvido por 187 agricultores e alcançou a arrecadação bruta de mais de R$ 30,3 milhões no ano passado - menos que a metade do obtido pelo plantio de abacate. O agricultor Assis Rosário, de 50 anos, começou o plantio da goiaba em 2020 com 1,2 mil pés da variedade Cortibel RG, conhecida pela alta produtividade, boa qualidade e resistência pós-colheita. Hoje, Assis conta com 1,7 mil pés e uma área de plantio de 3 hectares, com produção média de 300 caixas de 20 kg por mês dedicada, principalmente, às vendas governamentais. “É uma planta perene”, aponta ele, que, antes de aderir ao cultivo da goiaba, trabalhava com hortaliças. “Você planta só uma vez e, com o manejo adequado, consegue colher todo mês, o ano todo, com um valor agregado no mercado. Tem uma saída muito boa e, com mais pés, conseguimos ter mais receita.” Cultivo orientado O agricultor Assis Rosário (E) produz, mensalmente, uma média de 300 caixas de 20 kg de goiaba:  “Você planta só uma vez e, com o manejo adequado, consegue colher todo mês, o ano todo, com um valor agregado no mercado”  Cada etapa do plantio e manejo das goiabeiras contou com apoio técnico da Emater-DF, que auxiliou Assis na aquisição de crédito com o programa Prospera, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet-DF). O agricultor teve dois anos de carência para iniciar o pagamento do empréstimo, ganhando fôlego para trabalhar e construir um negócio sustentável. “As árvores começaram a produzir com um ano e oito meses; então, quando paguei a primeira parcela, já estava há dois meses colhendo”, relata o agricultor. “Foi muito bacana, e hoje é a goiaba que mantém a gente aqui na roça. O apoio da Emater-DF foi essencial no no plantio, com a correção de solo,  a marcação de área para plantio, a adubação. Estão presentes de todas as formas.” O engenheiro agrônomo Fernando Landim, extensionista da Emater-DF, destaca que as compras governamentais e as linhas de crédito são de suma importância para alavancar as produções. Atualmente, os agricultores do DF participam dos programas de Aquisição de Alimentos (PAA), Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e de Aquisição da Produção da Agricultura do DF (Papa), por meio de associações, e de modo individual do termo de adesão do PAA pelo Ministério do Desenvolvimento Social. “Trazemos para eles as diversas linhas de crédito que estão disponíveis, para que possam ter auxílio no desenvolvimento das plantações, além dos programas de compra, que são fundamentais para a comercialização da produção, porque pagam um preço justo aos agricultores”, explica Landim. “Ajudamos desde a inscrição dos produtores nos programas ao tratamento dos produtos, com a forma de seleção e entrega mais adequada, e a documentação para o processo.”  

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Cartas de crédito impulsionam produção agrícola do DF com juros baixos

Governo do Distrito Federal · CARTAS DE CRÉDITO IMPULSIONAM PRODUÇÃO AGRÍCOLA DO DF COM JUROS BAIXOS O governador Ibaneis Rocha entregou cartas de crédito a produtores rurais durante a visita desta sexta-feira (23) à AgroBrasília 2025. O financiamento é uma forma de impulsionar a produção agrícola e fortalecer os trabalhadores e familiares do campo. Neste primeiro repasse de 2025, serão entregues 30 cartas de crédito, totalizando mais de R$ 3,5 milhões. Deste montante, R$ 2 milhões foram destinados especificamente para investimentos em fruticultura, com recursos provenientes de emenda da deputada federal Bia Kicis.  O governador Ibaneis Rocha entregou, nesta sexta (23), na AgroBrasília, cartas de crédito a produtores rurais do DF | Fotos: Renato Alves/Agência Brasília “Hoje, o produtor do Distrito Federal tem acesso a crédito mais barato do que em outras instituições financeiras e, com certeza, a produção rural aqui no Distrito Federal só vai crescer cada vez mais. A força do agro aqui, na capital da República, é muito grande e eu falo isso porque eu conheço desde os pequenos produtores até os maiores produtores rurais que nós temos aqui na região. E todos eles investem em tecnologia, melhoramento de solo e qualidade nos seus produtos”, enfatizou o governador Ibaneis Rocha. Nesta sexta-feira (23), foram beneficiados Ellen Souto, que implantará uma lavoura de mirtilo com investimento de R$ 169.341,52, e a Vinícola Oma Sena Vinhos e Vinhedos, que receberá R$ 250 mil para a aquisição de uvas viníferas. “Essas duas cartas de crédito simbolizam a primeira vez que um governo fez aporte no Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR)”, destacou o secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rafael Bueno.  O secretário Rafael Bueno diz que o governo atua para que o DF seja reconhecido no país como o melhor ambiente de ngócio para o setor agropecuário “As cartas têm um foco muito forte na fruticultura, que é um setor que está crescendo muito no Distrito Federal. E isso é fruto de um trabalho sério e orientado pelo nosso governador para que o agro cada vez mais seja sustentável aqui, que os produtores possam, de fato, abastecer a capital com geração de emprego e de renda, fazendo esse movimento que é tão importante, e deixando o DF sendo reconhecido no país como o melhor ambiente de negócio para o setor agropecuário”, acrescentou Bueno. Financiamento O Fundo Distrital de Desenvolvimento Rural (FDR) tem como missão apoiar investimentos agropecuários por meio de financiamento rural com juros extremamente baixos — apenas 3% ao ano.  [LEIA_TAMBEM]Os valores do Fundo são sempre reinvestidos de duas formas: concessão de crédito aos produtores, com juros reduzidos, para financiamento de projetos agropecuários ou a compra de maquinários e implementos para serem disponibilizados às associações e cooperativas.  Esse apoio financeiro, viabilizado tanto por emendas parlamentares quanto por recursos orçamentários, facilita o acesso de pequenos e médios produtores do Distrito Federal ao crédito rural, promovendo o aumento da produção e a melhoria da renda na agricultura familiar. Rota da Fruticultura A Rota da Fruticultura é uma ação do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional em conjunto com órgãos parceiros, associações e entidades locais.  No DF, a iniciativa nasceu durante a AgroBrasília 2023, quando foi assinado um Acordo de Cooperação Técnica com a Codevasf, formalizando a atuação da Emater-DF e da Seagri no trabalho que vem sendo realizado junto aos produtores rurais do DF visando aumentar a produção de frutas, como açaí e mirtilo. Ela tem o objetivo de elaborar estratégias para aumentar a produção e o fornecimento de frutas para mercados internos e externos, gerar emprego e renda na região, promover o intercâmbio de experiências e tecnologias, diversificar e implantar novas culturas e fomentar e motivar novos agricultores na produção de frutas no DF e Entorno.    

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Fruticultura cresce no DF e aposta em tecnologias para aumentar produtividade

Clima favorável, solo fértil e assistência técnica gratuita são algumas das condições que têm colocado o Distrito Federal no cenário nacional quando o assunto é produção de fruticultura. Em 2024, a área plantada de frutas cresceu 8,5% e chegou a 2,5 mil hectares, enquanto a produção saltou 6,9% em relação ao ano anterior, ultrapassando as 40 mil toneladas. Entre as frutas produzidas na capital federal, o maracujá tem ganhado destaque, se tornando referência no país pela qualidade e tecnologia empregadas pelos produtores rurais assistidos pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). “O DF é, sem dúvida, um celeiro de inovação na fruticultura”, diz o produtor Júlio Menegotto | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Segundo dados do Relatório de Informações Agropecuárias (RIA), em 2024 foram colhidas 3.929 toneladas de maracujá em 126 hectares plantados, o que representa mais de 5% de toda a produção frutífera do DF. Na propriedade do engenheiro agrônomo Júlio Menegotto, 47 anos, o cultivo da fruta se tornou um verdadeiro polo de inovação. O produtor conta com 13,5 hectares dedicados exclusivamente ao maracujá. Ele investe há décadas no aprimoramento genético e no desenvolvimento de técnicas que hoje servem de modelo para diversas regiões do país. “Aqui nasceram tecnologias como o adensamento da plantação, o uso de mudas de grande porte, o protetor de tronco e o sistema de irrigação por gotejamento com adubação na água”, explica o produtor. “Hoje, nosso maracujá, chamado de Imperador do Cerrado, é considerado superpremium, com casca fina, baixo teor de acidez e alto rendimento de polpa.” A adoção de mudões — mudas mais desenvolvidas, com cerca de 1,5 metro de altura — também é uma das tecnologias pioneiras no mercado que foi adotada pelo produtor. A técnica encurta o ciclo produtivo da planta e reduz a incidência de doenças. “A gente pega uma muda e leva pro campo quando já está envelhecida. Assim, a gente consegue desenvolver o sistema imunológico dela, se tornando muito mais resistente a ataques de doenças. Isso também faz com que a planta produza em pouco tempo”, esclarece Júlio. Para render maracujás de maior qualidade, a rotina requer a polinização manual — atribuição que precisa de mão de obra qualificada. “Um dos desafios é justamente a falta de pessoas capacitadas para atuar nessa etapa, tendo em vista que é tudo feito de maneira manual”, comenta o produtor. O coordenador do programa de Fruticultura da Emater-DF, Felipe Camargo, diz que é possível triplicar a produtividade, a partir de orientação técnica correta  “É um trabalho delicado e que requer atenção diária. Por isso, damos preferência à contratação de mulheres para a polinização, porque elas são mais delicadas”, conta Júlio. De acordo com ele, as atividades na sua propriedade geram em torno de 40 empregos diretos e indiretos. Em períodos de pico, como setembro, novembro e fevereiro, são efetivados até sete trabalhadores por hectare. A Emater-DF, que oferece assistência técnica gratuita aos produtores, é uma das responsáveis por incentivar o crescimento da atividade. “O DF tem clima e solo ideais para o maracujá, especialmente em regiões como Sobradinho e Planaltina. Além disso, por ser uma fruta que depende de manejo manual, ela se encaixa perfeitamente no perfil da agricultura familiar”, explica o coordenador do programa de Fruticultura da empresa,  Felipe Camargo. “Com orientação técnica correta, é possível até triplicar a produtividade.” O avanço do setor também tem sido impulsionado por iniciativas como a Rota da Fruticultura, promovida em parceria com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e a Secretaria de Agricultura. O projeto incentiva a diversificação de culturas no DF, com a introdução de frutas como mirtilo, framboesa, açaí e pitaya. [LEIA_TAMBEM]“A fruticultura no Distrito Federal tem se expandido com o apoio do Governo do Distrito Federal, especialmente por meio do projeto Rota da Fruticultura. Nesse projeto, o GDF, agora com o Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR), fez um aporte de R$ 2 milhões para financiar projetos voltados à fruticultura, com juros bastante baixos, de 3% ao ano”, acrescenta o secretário da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF), Rafael Bueno. Além do mercado in natura, a propriedade de Júlio Menegotto aposta na transformação da fruta em produtos de valor agregado. Hoje, ele comercializa polpas com e sem sementes e, mais recentemente, lançou uma linha de geleias que já conquistou espaço nas redes de supermercados do DF. “Brasília tem um potencial enorme. As fábricas ainda estão concentradas fora da região, mas estamos mostrando que é possível inovar e agregar valor aqui mesmo”, afirma. A expectativa é de que a produção da propriedade alcance 1,2 milhão de toneladas neste ano, com distribuição para o DF, Goiás e São Paulo. E, com negociações em andamento para exportação, a meta é ainda maior. “O DF é, sem dúvida, um celeiro de inovação na fruticultura”, acrescenta Júlio. “Já temos demanda para exportação de polpa de maracujá do DF para a França e de mirtilo para os Emirados Árabes. Esperamos, nos próximos meses e anos, ampliar essa exportação para outros países”, conclui o secretário Rafael Bueno.

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AgroBrasília 2025 terá, entre os destaques, dez circuitos tecnológicos

De terça-feira (20) a sábado (24), durante a AgroBrasília — uma das maiores feiras do agronegócio do país —, a Emater-DF marca presença com dez circuitos tecnológicos repletos de soluções práticas e sustentáveis voltadas ao fortalecimento da produção rural. O tema desta edição é “Agro, oportunidade para todos” . Circuito da Aquicultura vai mostrar o uso de bioinsumos, o sistema de bioflocos para produção de juvenis de tilápia e reservatórios de irrigação para criação de peixes | Foto: Divulgação/Emater-DF Promovida pela Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF), a Feira AgroBrasília 2025 tem entrada gratuita, das 8h30 às 18h, no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci (BR-251, Km 5 - PAD-DF). Neste ano, os visitantes terão acesso a uma série de tecnologias que podem ser aplicadas especialmente em pequenas e médias propriedades, com o suporte de técnicos capacitados para explicar cada solução apresentada.  "O evento é uma oportunidade para uma imersão em tecnologias acessíveis, sustentáveis e de impacto na produção, mostrando que o agro é um campo de oportunidades para todos os tamanhos de propriedade, seja para agricultores familiares, seja para patronais”, explica o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. “No espaço da Emater-DF mostraremos tecnologias que podem ser adotadas por todos, de forma a produzir melhor, com mais economia, inovação e sustentabilidade.”  O presidente da AgroBrasília, José Guilherme Brenner, pontua que a participação da Emater-DF é fundamental para a proposta da feira: “A Emater-DF foi a primeira a aderir à ideia da AgroBrasília e teve um papel essencial no início. Até hoje, continua sendo um pilar importante, trazendo tecnologias voltadas a todos os produtores e em especial aos pequenos, que também são o foco da feira. Em toda a feira, o produtor encontra soluções práticas, pensadas para sua realidade; e, para o pequeno produtor, a tecnologia é ainda mais necessária, porque ela ajuda a aliviar a rotina e melhorar os resultados no campo”. [LEIA_TAMBEM] Veja abaixo os circuitos da empresa.  Floricultura → Foco: a produção de orquídeas e bromélias com alternativas para redução de custos e melhoria dos processos. No Circuito da Fruticultura, os destaques são o consórcio de açaí com banana, o cultivo de pitaia e o mirtilo semi-hidropônico. Olericultura → Oportunidades de negócio ganham destaque: batata-doce, morango (cultivar Fênix) e tomate em meia estaca sob cultivo protegido. Bovinocultura → Técnicas de ensilagem e uso de cerca elétrica. Avicultura → Tecnologias que viabilizam a produção de ovos, reduzindo custos e melhorando a produtividade, gerando renda para o produtor rural. Aquicultura → Uso de bioinsumos na aquicultura, o sistema de bioflocos para produção de juvenis de tilápia, utilização de reservatórios de irrigação para criação de peixes. Tecnologias sociais → Informações relacionadas à saúde e bem-estar do trabalhador rural, com orientações sobre uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), alojamento, moradia e condições de trabalho, acesso à saúde, jornada e direitos trabalhistas. Agroindústria → Portaria de Registro Provisório e as estruturas necessárias para a regularização de queijarias. Gestão ambiental → Gases de efeito estufa, crédito de carbono e o mercado de carbono e ações do programa Emater-DF no Clima, que objetiva elevar o DF como referência na adaptação dos produtores rurais às mudanças climáticas. Certificação orgânica e bioinsumos → Multiplicação de microrganismos benéficos para agricultura (on farm) em biofábricas simples, permitindo a redução de custos em até 85% com agrotóxicos, além de ter muitas outras funções. Os interessados também poderão obter informações sobre o processo de certificação orgânicas, políticas públicas e mercados diferenciados para estes alimentos. Estande institucional Na área destinada à Emater-DF, haverá também o estande institucional, onde os visitantes poderão adquirir produtos de agroindústrias, mel, artesanato, entre outros itens de pequenos produtores e cooperativas rurais. Na sexta-feira (23), a Emater-DF oferecerá uma visita guiada a quem quiser conhecer as principais características de uma propriedade leiteira ambientalmente sustentável. O encontro começa às 9h, no Circuito da Bovinocultura, e não exige inscrição prévia: basta chegar no horário. Já no sábado, haverá o I Encontro da Cafeicultura do DF e Ride na AgroBrasília. As inscrições para participar podem ser feitas até quarta-feira (21), por meio deste link. O evento, promovido pela Emater-DF em parceria com a Associação de Empreendedores de Café do Lago Oeste (Elo Rural) e com o apoio da organização da AgroBrasília, será realizado no auditório anexo do Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, no PAD-DF.  O objetivo do encontro é valorizar os produtores já estabelecidos, apresentar oportunidades de mercado, difundir boas práticas e atrair novos agricultores para essa cadeia produtiva em expansão. A programação conta com a participação de representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Emater-DF e de empreendedores locais como Krilltech, Café Grão Nativo e Café Minelis.   Agrograsília 2025 → Data: de terça (20) a sábado (24), das 8h30 às 18h → Local: BR-251, Km 5 - PAD-DF, com entrada gratuita. Acesse a programação. *Com informações da Emater-DF  

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Com aumento de mais de 8% na colheita, goiaba se destaca como principal fruta cultivada no DF

Imagine mais de 600 campos de futebol cobertos de goiabeiras. Essa foi a área estimada para a produção da fruta no DF no último ano: 434 hectares, que resultaram em mais de 7 mil toneladas de frutas colhidas. O volume representa um crescimento de 8,15% em relação a 2023, quando a produção foi de 6,5 mil toneladas, reforçando a importância econômica da goiaba. Atualmente, ela é a fruta mais cultivada no Distrito Federal, com mais de 90% da produção concentrada em Brazlândia. “A cidade se tornou, naturalmente, um polo de produção de frutas e a goiaba foi aquela que melhor se adaptou ao clima e à altitude. Já tínhamos uma tradição com tangerina, com abacate e com morango e a goiaba não foi diferente e se emplacou muito bem na cidade”, explica o engenheiro agrônomo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), Claudinei Machado. “A cidade se tornou, naturalmente, um polo de produção de frutas e a goiaba foi aquela que melhor se adaptou ao clima e à altitude”, diz Claudinei Machado | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília O sucesso da goiaba é tanto que, há uma década, sua safra é celebrada na tradicional Festa da Goiaba. Este ano, o evento começa nesta sexta-feira (4) e segue até 13 de abril, na Associação Rural e Cultural Alexandre Gusmão (Arcag), em Brazlândia. O espaço conta com 36 estandes no Empório da Goiaba, onde os visitantes podem encontrar a fruta in natura e uma variedade de derivados, como doces, sucos, cremes e geleias. Além disso, o galpão do artesanato e a Florabraz reúne 30 estandes dedicados à venda de flores, plantas ornamentais e serviços de paisagismo. Entre as opções de mercadoria na Festa está o famoso creme de goiaba, produzido pela família do produtor Paulo Yukio Sudo. Ele se prepara desde o ano passado para produzir o fruto e transformá-lo em polpa. “A Festa é muito importante para a gente, porque ajuda na economia da família e a ganharmos novos clientes”, conta o produtor. Paulo Yukio Sudo colhe goiaba o ano inteiro na propriedade dele Ao todo, a propriedade da família tem cinco hectares de goiaba plantada, entre as variedades de Pedro Sato, Paluma, Cortibel e Suprema. Cada tipo de fruto é direcionado para finalidades específicas como produção de polpa, doces ou comercialização da fruta in natura. Há 20 anos no mercado, a opção pela goiaba se deu pelo sucesso de produção durante todo o ano. “Apesar de a safra principal da fruta ser entre janeiro e março, com poda e irrigação, a gente consegue produzir o fruto o ano inteiro”, conta Paulo. Comercialização Verde ou amarela por fora e vermelha ou branca por dentro, a fruta permite o consumo em variações que vão de in natura a doces e bebidas. Atualmente, a produção do fruto chama a atenção de 176 produtores, cadastrados na Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), que age como uma ponte entre a pesquisa e a comercialização para o produtor. “Recentemente a gente teve uma grande incidência de pragas de solo, a Embrapa desenvolveu uma tecnologia e a Emater levou ela para os produtores locais. Com isso, vários pomares de goiaba estão sendo trocados, com um dispositivo que traz mais resistência”, exemplifica o engenheiro agrônomo Claudinei Machado. Júlio Bispo ensina: “A gente tem que cuidar da goiabeira: adubar e regar, para ela poder dar o fruto” Todo o auxílio da Emater e conhecimento em tecnologias agrícolas beneficiam o produtor Júlio Bispo, que há 56 anos planta frutas no núcleo rural Rodeador, em Brazlândia. Atualmente a goiaba ocupa 14 hectares da chácara, que possui uma área total de 27 hectares. É impossível contar a história de Bispo, hoje com 77 anos de idade, sem falar em dedicação e mão na massa. Ele veio do interior do Maranhão para a construção da capital federal, mas acabou se encontrando na área rural. Dois dos três filhos seguiram os passos dele na produção agrícola. “Comecei mexendo apenas com hortaliças, como cenoura e beterraba, mas depois acabamos optando também pela goiaba, por ser uma fruta permanente”, relembra o produtor. O bom resultado da produção veio com esforço e dedicação. “Não há vitória sem luta. A gente tem que cuidar da goiabeira: adubar e regar, para ela poder dar o fruto. Essa é a atividade do produtor. Tem que ter sabedoria para poder cuidar do fruto. A gente tem que fazer o manejo durante todo o ano para poder colher sempre”, aconselha Júlio. Festa da Goiaba Em sua 10ª edição, a Festa da Goiaba ocorre em seis dias de evento, com entrada franca e uma série de atrações, como Mari Fernandes e Zezé Di Camargo. Com início nesta sexta-feira (4), o evento recebe fomento da Secretaria de Turismo do Distrito Federal (Setur-DF), em parceria com a Emater-DF e apoio da Administração Regional de Brazlândia e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF). A cerimônia de abertura da 10ª Festa da Goiaba ocorrerá no Galpão do Empório da Goiaba, já em seu primeiro dia de funcionamento, às 19h. Programação ⇒ Sexta-feira (4) Horário de funcionamento: 19h às 1h30 19h – Cerimônia de abertura dentro do Galpão do Empório da Goiaba 19h – Abertura das exposições 20h – Corte do bolo de goiaba Shows palco principal 18h – DJ Jeferson Mariano 18h40 – Vitor Lopes 19h50 – Heverton & Heverson 21h – Samba News 23h30 – Humberto & Ronaldo ⇒ Sábado (5) Horário: 10h às 2h 10h – Abertura dos portões 10h às 12h – Concurso Receitas com Goiaba Shows palco Culinária Japonesa 17h – Mykaella Soares 18h– Adhemar Silva 19h– Alexandre Marques 20h – Rafaela Santana Shows palco principal 18h – DJ Kito 18h30 – Ismael Márcio 19h40 – Alex Junior 20h50 – Bruno & Marlow 22h30 – Igor & Bruno 0h – Cleber & Cauan ⇒ Domingo (6) Horário: 10h às 2h 10h – Abertura dos portões Shows palco Culinária Japonesa 16h – Jocélio Cardoso 17h – Albano dos Teclados 18h – DSantos e GMagalhaes 19h – Robson Mota 20h – Stéfanny Lima Shows palco principal 18h – DJ Cleiton 18h40 – Emanuel & Mikael 19h50 – Só pra Chamegar 21h – Igor Tavares 23h30 – Zezé Di Camargo ⇒ Sexta-feira (11) Horário: 19h à 1h30 19h – Abertura dos portões Shows palco principal 18h – DJ Dudu 18h40 – Tiago Henrique 19h50 – Artur Câmara 21h – Thiago Kallasans 23h30 – Felipe & Rodrigo ⇒ Sábado (12) Horário: 10h às 2h 10h – Abertura dos portões Shows palco Culinária Japonesa 16h – Valdicio Woshigton 17h – Falcões Piseiro 18h – Luccas Ferrari 19h – Dani Ribeiro Shows palco principal 18h – DJ Rene Ricochet 18h30 – Diego Machado 19h40 – Princesinha do Piseiro 20h50- Binho Seresteiro 22h30 – Nego Rainer 0h – Felipe Araújo ⇒ Domingo (13) Horário: 10h à 1h30 10h – Abertura dos portões Shows palco Culinária Japonesa 16h – Aline Oliveira 18h – Haiko Dayko 19h – Batman 20h – Equipe Shamsa Nureen Shows palco principal 18h – DJ Jovic 18h40 – David Bessa 19h50 – Marcelo Duques 21h – Leon Correia 23h30 – Mari Fernandes

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Governo do DF encaminha projeto de lei para regularizar terras urbanas com características rurais

As terras urbanas com características rurais, em breve, estarão passíveis de serem regularizadas pelo Governo do Distrito Federal (GDF). O governador Ibaneis Rocha encaminhará à Câmara Legislativa o projeto de lei que altera a Lei 5.803/2017, permitindo que essas propriedades sejam legalizadas. Se aprovada pelos parlamentares, a medida beneficiará aproximadamente 4 mil famílias. “O DF tem hoje cerca de 1.800 terras nessas condições. Essa nova regulamentação vai ser um marco na história da regularização fundiária rural. Nós estabelecemos critérios e objetivos para dar qualidade de vida e segurança jurídica para os ocupantes dessas áreas”, afirmou o secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rafael Bueno. “Essa nova regulamentação vai ser um marco na história da regularização fundiária rural. Nós estabelecemos critérios e objetivos para dar qualidade de vida e segurança jurídica para os ocupantes dessas áreas”, diz o secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rafael Bueno | Foto: Renato Alves/Agência Brasília O objetivo é que os produtores tenham a garantia de continuar com as atividades agrícolas no Distrito Federal. “As pessoas que ocupam essas áreas poderão manter a característica e a atividade rural, assegurando um crescimento mais ordenado para a cidade e ao mesmo tempo dando segurança jurídica para que invistam nas propriedades. Elas podem, inclusive, buscar financiamento junto às instituições financeiras. E a gente, além de produzir mais alimento para o Distrito Federal, teremos uma cidade crescendo de uma forma mais organizada sobre as áreas rurais”, defendeu Rafael Bueno. O projeto também prevê que aquelas propriedades menores de dois hectares estarão passíveis de serem regularizadas, estando submetidas a um processo especial e mais célere. “Para tratar dessa temática, criamos um Grupo de Trabalho, coordenado pela Seagri-DF, para elaborar modelos de solução que atendam ao interesse público e tragam segurança jurídica para os produtores rurais que sejam ocupantes históricos de terras públicas urbanas”, completou o presidente da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), Izídio Santos. Fundo de Desenvolvimento Rural Com o objetivo de facilitar o investimento na propriedade rural, o governador Ibaneis Rocha vai encaminhar à Câmara Legislativa do DF um projeto para alterar as normas que regem o Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR), considerado um dos principais pontos de financiamento para o produtor agrícola do DF. “Vamos propor à Câmara Legislativa que as emendas parlamentares possam ser aportadas no fundo e virem crédito para o financiamento dos produtores. Assim, a gente busca incentivar que façam investimentos em sua produção, bem como a questão do custeio. Essa tem sido uma demanda cada vez maior. São cenários importantíssimos que nós estamos construindo para fortalecer cada vez mais a segurança agroalimentar do Distrito Federal e a manutenção desse produtor na zona rural com sustentabilidade econômica, sustentabilidade ambiental e sustentabilidade social”, explicou o secretário Rafael Bueno. Fruit Attraction 2025 Distrito Federal terá representação, em março, em uma das maiores feiras internacionais do setor de frutas e hortaliças | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Doze produtores rurais vão representar o Distrito Federal em uma das maiores feiras internacionais do setor de frutas e hortaliças, a Fruit Attraction 2025, entre os dias 25 e 27 de março em São Paulo. Na ocasião, o chefe do Executivo irá se reunir com o governador do estado, Tarcísio de Freitas, para assinar um acordo de cooperação. “A ideia é que a gente troque informações e cresça junto da fruticultura, seja no incentivo à produção dos agricultores, como também na parte de comercialização. Na prática, para os produtores do DF, vamos abrir um maior mercado que tem consumidor no Brasil, que é São Paulo. E para São Paulo é pegar as tecnologias que tem aqui no Distrito Federal e ações do nosso governo daqui que tem incentivado os produtores da nossa cidade. Então, nesse primeiro momento, será uma abertura de mercado e intercâmbio de tecnologia”, esclareceu o secretário Rafael Bueno.

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GDF impulsiona cultivo de jabuticaba no DF com suporte técnico a produtores rurais

Conhecida como “uva brasileira”, a jabuticaba é uma fruta com profundas raízes na cultura do Brasil e na biodiversidade do país. No Distrito Federal, a cerca de 30 km do centro de Brasília, há mais de duas décadas, o casal de produtores rurais Kamilla Nunes, 38 anos, e Orlando de Azevedo, 70, cultiva a fruta em uma propriedade privada no Centro Equestre Catetinho, no Riacho Fundo II. Jabuticaba se adapta bem ao clima do Cerrado e é opção de geração de renda para produtores rurais | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília A produção dos dois empresários se dá por meio de incentivo do Governo do Distrito Federal (GDF), que, graças à Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), concede suporte técnico a mais de 40 produtores de jabuticaba no DF. O apoio vai desde a escolha das mudas adequadas até as práticas de manejo sustentável. A Emater ainda oferece cursos e palestras sobre cultivo, irrigação, poda e controle de pragas, com o objetivo de aumentar a produtividade e a qualidade da fruta, que se adapta bem ao clima do Cerrado. “Damos orientações básicas, de plantio e manejo, além de pecuária. Avaliamos todo o eixo rural, a parte social, de produção, agrícola e animal. E também a questão de comercialização, crédito rural, turismo rural, saneamento. É um grande ecossistema de gestão ambiental à disposição dos produtores” Claudia Coelho, gerente da Emater-DF Segundo a empresa, foram cultivadas mais de 19 mil toneladas de jabuticaba em 4,7 hectares apenas em 2023. No mesmo ano, o valor bruto produzido chegou a R$ 214,6 mil, o que demonstra o potencial do Distrito Federal na produção da fruta, que resulta em produtos como sucos, geleias, licores e até vinhos. A chácara de Kamilla e Orlando conta com 70 pés de jabuticaba, que são cultivados por meio de irrigação e transformados em geleias, molhos e licores. O produtor rural conta que a assistência técnica da Emater foi determinante no uso do solo, uma vez que o casal quer aumentar a produção e transformar o local em um polo gastronômico para os amantes da jabuticaba. “A fruticultura, de modo geral, está se expandindo bastante no Distrito Federal. Foi uma surpresa ver esse tanto de jabuticaba aqui na terra do seu Orlando, porque geralmente as pessoas só plantam uma ou duas mudas no fundo do quintal. É importante para revelar o Cerrado e o DF como um grande lugar que tem potencial para a produção de jabuticaba”, salienta Paulo Ricardo da Silva Borges, técnico da Emater. “As pessoas estão buscando algo novo, algo genuinamente rural. Atualmente, todos dependem de supermercados e atacadistas. Aqui elas terão a oportunidade de obter o fruto diretamente da terra”, afirma a produtora rural Kamilla Nunes de Azevedo Claudia Coelho, técnica e uma das gerentes da Emater-DF, explica que o processo de suporte começa já no cadastro do produtor no sistema da empresa. “A partir do cadastro do produtor faz-se a visita técnica e são avaliados pontos como produtividade e potenciais da região. Então damos orientações básicas, de plantio e manejo, além de pecuária. Avaliamos todo o eixo rural, a parte social, de produção, agrícola e animal. E também a questão de comercialização, crédito rural, turismo rural, saneamento. É um grande ecossistema de gestão ambiental à disposição dos produtores”, detalha. Além de todo o suporte técnico, a propriedade conta com o apoio deste GDF, que está promovendo a regularização fundiária de terras da região. Para Orlando de Azevedo, a conquista do título de terra é sinônimo de reconhecimento e valorização do trabalho rural. Em 2023, foram cultivadas mais de 19 mil toneladas de jabuticaba no DF, resultando em produtos como geleias, sucos, licores e até vinhos “Este GDF tem se colocado muito à disposição para nos auxiliar em tudo que é possível. Por meio da Empresa de Regularização de Terras Rurais, tiramos dúvidas sobre a titulação. É o nosso sonho desde que mudamos para cá para adquirir terras, porque a gente deu a vida pela produção rural. Antes eu não conseguia, o acesso era difícil e burocrático. Com esse governo nós vamos receber o título de regularização ainda neste ano”, afirma o empresário. De acordo com dados da Empresa de Regularização de Terras Rurais (ETR), desde outubro de 2023, já foram analisados mais de 27 mil hectares de terras rurais pertencentes à Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), resultando em pouco mais de 400 contratos de Concessão de Direito de Uso Oneroso (CDU), equivalentes a 10.826 hectares. Festival da Jabuticaba Graças ao suporte deste GDF, Kamilla e Orlando vão realizar, nos dias 5 e 6 de outubro, a primeira edição do Festival da Jabuticaba, onde os presentes poderão degustar do sabor único da fruta por meio de diferentes pratos gastronômicos. “As pessoas estão buscando algo novo, algo genuinamente rural. Atualmente, todos dependem de supermercados e atacadistas. Aqui elas terão a oportunidade de obter o fruto diretamente da terra. Temos essa ideia de crescimento e de apoiar outros que também estão envolvidos na produção”, ressalta Kamilla. A programação contará com recepção ao espaço, degustação de licores e entradas, almoço e sobremesa, a história da jabuticaba e a importância da fruta na biodiversidade brasileira, além de uma visita às plantações da chácara. Mais informações podem ser acessadas por meio deste link.

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Agro do Quadrado: Rota da Fruticultura desperta interesse de missão da Malásia

“Nós todos somos seres humanos e podemos ajudar uns aos outros a ter uma vida melhor”, afirmou a embaixadora da Malásia no Brasil, Gloria Corina Anak Peter Tiwet, durante visita à propriedade rural Flor do Cerrado, no Lago Oeste. “Vim não apenas como embaixadora, meu interesse é também pessoal. Queria saber como funciona o trabalho da Emater com os produtores, como os produtores produzem as frutas vermelhas aqui, como a Emater ajuda no aumento de renda do produtor. Quis ver como é o dia a dia do produtor, todo o plantio e a colheita.” A embaixadora se interessou pelo trabalho da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater) em visita ao estande da empresa na AgroBrasília, feira de tecnologia e negócios voltada para empreendedores rurais de diversos portes e segmentos, que ocorreu em maio.  Comitiva da Malásia pôde acompanhar o processo de produção desenvolvido com assistência da Emater | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “No dia internacional da AgroBrasília nós recebemos vários embaixadores para mostrar o agro brasileiro”, lembrou o presidente da Emater, Cleison Duval. “Na ocasião, a embaixadora se interessou em conhecer a nossa área rural. Ela viu que o Distrito Federal é pujante na agricultura quando ela viu a feira. O projeto escolhido para ser apresentado à embaixadora foi a Rota da Fruticultura, que é um programa novo, promissor, grande e que visa a exportação, fazendo o DF um grande exportador de frutas vermelhas.” Frutas vermelhas A Flor do Cerrado é uma propriedade que produz framboesa e conta com o apoio do GDF por meio da Emater. O pequeno estabelecimento faz parte do programa Rota da Fruticultura, coordenado pela Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do DF (Seagri) e pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). “Nós temos condições climáticas excepcionais, um mercado gigante interno e externo, e incluímos dentro desse programa, além das frutas vermelhas como mirtilo, morango, framboesa e amora, o açaí” Cleison Duval, presidente da Emater A Rota da Fruticultura visa à expansão da produção de frutas vermelhas na zona rural do Distrito Federal para transformá-lo em um grande polo. Em 2023, foram plantados 380 hectares de açaí no DF e no Entorno. Já para este ano o foco é o mirtilo: a Emater vai plantar 500 mil mudas, atendendo 250 pequenos produtores rurais.  “Esse é um projeto que veio do governo federal, o projeto Rotas, e começou em 2020 no DF”, relatou Cleison Duval. “A Codevasf escolheu a produção de frutas vermelhas para a produção aqui. Nós temos condições climáticas excepcionais, um mercado gigante interno e externo, e incluímos dentro desse programa, além das frutas vermelhas como mirtilo, morango, framboesa e amora, o açaí. É um projeto que atende os agricultores familiares.” Tecnologia A Emater atua no projeto com a assistência técnica do manejo e também na gestão do negócio. A empresa trata a propriedade como um empreendimento que precisa de apoio de contabilidade. Todo esse trabalho atraiu a atenção da Embaixada da Malásia no Brasil para acompanhar em campo como os frutos são plantados, colhidos e preparados para o agronegócio, além da tecnologia aplicada na produção. Em 2023, foram produzidas no Distrito Federal 49,50 toneladas de açaí e 6.589 toneladas de morango. A arrendatária rural gaúcha Ledir Cecília Klein, 61, chegou a Brasília em 2022 e colaborou para esse número. Hoje já tem mais de 3,5 mil mudas produzidas para o mercado de sorveterias, confeitarias e cervejas artesanais. Na última quarta-feira (12), ela recebeu a embaixadora Gloria Corina Anak Peter Tiwet para mostrar a produção. “Em 2017, eu ainda morava no Rio Grande do Sul e plantava morango, também assistida pela Emater de lá”, contou. “Para acompanhar meus filhos que vieram para Brasília, eu vim também. Eu já vinha pesquisando o mix completo do programa das frutas vermelhas. Em 2022, comecei a trabalhar com a framboesa e com o morango. Quando me mudei para Brasília, o primeiro órgão que procurei foi a Emater, que me assistiu desde o início. Esse apoio mostra para a gente como é o mercado e como podemos dar vazão à nossa produção. Não posso reclamar, estamos crescendo a cada dia.”

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Agro do Quadrado: produção de orgânicos dispara no DF e leva mais saúde à mesa dos brasilienses

Indo além de uma escolha baseada em saúde, o consumo de alimentos orgânicos tem relação também com a proteção da biodiversidade e os impactos das mudanças climáticas. O Distrito Federal tem disparado na produção orgânica, levando alimentos mais saudáveis até as mesas mais vulneráveis por meio de programas sociais que fazem parcerias com os produtores rurais locais. A cada ano a produção de alimentos orgânicos vindos da agricultura do Distrito Federal tem aumentado. Em 2023, a safra bateu o recorde e alcançou um Valor Bruto da Produção (VBP) de mais de R$ 142 milhões, sendo fonte de renda para vários produtores e movimentando a economia local com cada vez mais adeptos a esse estilo de alimentação saudável. Produção de alimentos orgânicos tem crescimento no DF, com apoio técnico aos produtores rurais e políticas públicas que asseguram a compra para reforçar a alimentação de estudantes da rede pública | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília A fruticultura orgânica, por exemplo, movimentou mais de R$ 17 milhões em 2023. Um salto em comparação com 2022, que teve um VBP em torno de R$ 11 milhões, e um ainda maior se comparado a 2021, que teve uma produção de cerca de R$ 6 milhões. Na floricultura orgânica também houve um aumento expressivo de produção. De 13.500 vasos produzidos em 2022 e um VPB em torno de R$ 172 mil, foi para 31.965 vasos produzidos em 2023, com um VPB de mais de R$ 253 mil. Atualmente são 253 cadastros de agricultores orgânicos do DF, às vezes com mais de uma pessoa nas unidades de produção. Os dados são recolhidos pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), responsável pelo contato das pessoas do campo com o governo. Arte: Agência Brasília “A gente sempre estimula o agricultor, se ele tiver a condição, a fazer uma conversão para a agricultura orgânica – não só por fatores econômicos, mas principalmente ambientais”, afirma o gerente de agroecologia e produção orgânica da Emater, Daniel Rodrigues. Para o extensionista rural, o efeito pós-pandemia pode ter influenciado no aumento da procura por produtos orgânicos. “Depois da covid-19 as pessoas começaram a repensar o que é importante, incluindo a alimentação. Geralmente a pessoa que vai atrás de um produto orgânico tende a comer alimentos mais frescos e ter hábitos de vida mais saudáveis, então ela começa a considerar isso não como um gasto, mas como um investimento na saúde”. Mais saúde nas escolas O gerente de agroecologia ressalta que na capital brasileira há políticas públicas que estimulam a produção orgânica, que tem um potencial maior para conseguir atender as demandas das escolas públicas. Um exemplo é o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), no qual foi ampliada em cerca de 50% a demanda de alimentos orgânicos. “É muito gratificante ver um alimento orgânico chegando para uma criança que, muitas vezes, está em uma situação de vulnerabilidade social. É um papel do Estado proporcionar melhor ensino e melhor alimentação para todo mundo. E a escola pública tende a ser um local onde as famílias têm menor condição de estabelecer isso em casa”, explica Rodrigues. O consultor do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Carlos Castro, é um dos produtores rurais que fornecem para diversos pontos do DF, incluindo escolas. Ele trabalha com morangos agroecológicos há sete anos e destaca as vantagens desse tipo de produção. “A importância de produzir no DF é tornar tudo mais acessível”, afirma o consultor do Senar Carlos Castro “Nós temos uma tradição de escutar na mídia que orgânico é tudo sem agrotóxico. Isso é um dos elementos, mas o principal é que a produção seja boa para o produtor, para o consumidor e para o meio ambiente, sem prejudicar e sem malefícios”, observa. Carlos ressalta que todo o manejo dos morangos é feito de forma local e livre de agrotóxicos, incluindo o adubo feito na propriedade e o húmus agroecológico com minhocas. “A água que goteja o solo não contamina nada. Normalmente o morango produz por dois anos no máximo. Com a tecnologia de hoje, nós conseguimos produzir a mesma planta por até cinco anos, de janeiro a janeiro, com colheita até duas vezes por semana”. A propriedade com as hortaliças fica em Sobradinho, na Associação Amide. As mudas que o produtor rural utiliza vieram da Espanha, e, das três estufas com 4,5 mil plantas, atualmente saem de 25 a 30 caixas por semana, em torno de 30 kg de morangos. A demanda é grande, e a produção já chegou a 50 caixas por semana, produtos que vão principalmente para escolas da rede pública de Brasília. “A importância de produzir no DF é tornar tudo mais acessível. Tem muita gente que procura e às vezes manda comprar de longe, mas nós temos bem aqui um produto livre de agrotóxico. Temos clientes que só comem esse tipo de morango”, acrescenta Carlos.

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Produtores rurais recebem kit com mudas e adubo para incentivar a produção

A Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri-DF) fez a entrega de 104 mudas e adubo para produtores rurais, nesta sexta-feira (22). A ação é um impulso para o programa Rota das Frutas no DF, que promove estratégias para os pequenos agricultores familiares na integração de sistemas agroflorestais e fruticultura. O evento ocorreu na Casa do Cerrado, localizada na Asa Norte, e reuniu produtores das regiões administrativas de São Sebastião, Ceilândia, Taguatinga, Lago Oeste/Sobradinho, Planaltina, Gama e Recanto das Emas. A Seagri-DF fez a entrega de 104 mudas e adubo para produtores rurais de São Sebastião, Ceilândia, Taguatinga, Lago Oeste/Sobradinho, Planaltina, Gama e Recanto das Emas | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “A gente sabe que a fruticultura é uma atividade que em pequenas áreas dá grandes ganhos e um retorno muito bom, gerando renda, empregos e aquecendo a economia local”, afirmou o secretário-executivo de Agricultura, Rafael Borges Bueno. A produtora rural Maria Nilza da Costa foi uma das que receberam os kits. Ela cultiva frutas como laranja, manga e limão e diz estar animada para expandir a pequena produção com as novas mudas. “O apoio deles faz diferença, porque eles orientam a gente. Estou feliz da vida”, declarou. Dois tipos de kits foram entregues: o kit Rota das Frutas, para o plantio de açaí; e o kit Sistema Agroflorestal (SAF). O primeiro, recebido por 54 famílias, é composto por 26 sacos de 25 kg do adubo orgânico tipo cama de frango, sete sacos de 25 kg de calcário e três sacos de 40 kg de termofosfato magnesiano. Já o segundo, entregue para 50 famílias, contém os mesmos itens do primeiro, mais um kit com 80 mudas de limão, 32 de abacate e 20 de baru. Foram entregues dois tipos de kits: o kit Rota das Frutas para o plantio de açaí para 54 famílias e o kit Sistema Agroflorestal (SAF) para 50 famílias Com uma produção de frutas e hortaliças orgânicas em São Sebastião, a produtora rural Armina Felix da Cunha descreve esse apoio como essencial. “São órgãos importantíssimos para a gente, assentado da reforma agrária, porque são eles que nos dão assistência e apoiam nessas produções. Isso é um incentivo para a gente produzir ainda mais, de forma orgânica e agroecológica.” Produtora rural Armina Felix da Cunha: “Isso é um incentivo para a gente produzir ainda mais, de forma orgânica e agroecológica” Ainda segundo ela, além da expansão da plantação, os kits vão ajudar na correção do solo. “Vão vir vários adubos, então eu fiquei muito feliz, porque é o alimento da terra que vai ajudar a planta a crescer. É um kit completo para a gente e chegou na época boa, das chuvas”, acrescenta a produtora. A emenda de R$ 200 mil para a aquisição de adubos, insumos e mudas veio por meio do deputado distrital Thiago Manzoni. De acordo com Bueno, as mudas recebidas vão dar para plantio de cerca de 0,4 hectare, uma quantidade suficiente para se iniciar um pomar. Açaí no DF O plantio de açaí por meio da Rota da Fruticultura também foi um destaque no evento. O programa tem parceria com a Seagri e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF). Os insumos entregues nesta sexta-feira (22) foram para produtores que já estão cultivando açaí por meio do Rota. Há mais de um ano o produtor rural Abrão Clementino de Sá cultiva açaí em sua propriedade, que fica no assentamento de Ceilândia. Ele começou a produção com as mudas fornecidas pela Embrapa e reforçou a importância das orientações em relação à irrigação na produção. “Ajuda muito. Esse é um incentivo muito bom para o produtor rural, porque, às vezes, a gente tem dificuldade de adquirir esses insumos para o plantio e com isso aí a gente vai ficar um pouco mais animado”, comenta. Há mais de um ano o produtor rural Abrão Clementino de Sá cultiva açaí em sua propriedade, em Ceilândia Presente na entrega dos kits, o presidente da Emater, Cleison Duval, ressaltou o papel de preparação e assistência da empresa pública junto aos pequenos produtores rurais, além de apontar o DF como um importante produtor de frutas, com grandes áreas de plantação de banana (220 hectares), goiaba (350 hectares), uva (85 hectares), tangerina (60 hectares) e limão (200 hectares). “Nós temos um projeto prioritário, que é desenvolver a cadeia produtiva da fruticultura aqui, porque nós somos grandes consumidores e produtores. E isso é reflexo da parceria dos produtores com os técnicos da Emater, porque é o dia a dia. É nas visitas que a gente está ensinando e acompanhando a produção. Nosso cinturão verde é muito forte para atender os cinco milhões de habitantes do DF e Entorno. Então veio com mais um incentivo para que eles possam incrementar a sua produção e ter uma renda maior na sua propriedade, porque fruta com certeza dá uma rentabilidade maior para as famílias”, observa.

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Inspira Brasília estimula negócios locais e uma plataforma de conexões 

O Governo do Distrito Federal (GDF), a Câmara Legislativa do Distrito Federal, a Federação de Agricultura e Pecuária do DF (Fape-DF), a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do DF (Fecomércio), a Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do DF (Sebrae-DF) apresentam nesta quarta-feira (29), a partir das 9h, no Sesi Lab, o Inspira Brasília, movimento que tem como objetivo divulgar produtos, serviços, atrações e eventos que representam a diversidade econômica e cultural do DF. Inspira Brasília é um canal que promoverá no DF eventos de diferentes setores da economia, entre fevereiro e março de 2024  | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília O Inspira Brasília foi criado como um extenso guarda-chuva de eventos que abrangerá diversos setores da economia, a serem realizados entre 28 de fevereiro e 10 de março de 2024 em Brasília e região.  [Olho texto=”Produtores culturais e demais instituições poderão propor eventos para o calendário do GDF” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A proposta é estimular a expansão dos negócios locais, potencializar oportunidades de desenvolvimento e ampliar os horizontes da população que reside na capital. O movimento nasce para ser uma plataforma de conexões, um hub de eventos que impulsionará a economia criativa do Distrito Federal. Impulso na economia Como iniciativa conjunta, o Inspira Brasília visa estimular a economia local em um período historicamente desafiador para os negócios. O propósito é que o DF seja reconhecido como centro de negócios inspiradores, inovadores e criativos, onde tanto instituições públicas quanto privadas podem promover ações em prol do desenvolvimento econômico, social e humano da capital. O movimento oferecerá ao público uma experiência única, destacando soluções capazes de impulsionar a economia local, como uma grande inspiração para micro, pequenos e médios negócios dos setores de turismo, economia criativa, inovação, comércio, serviços e indústrias. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] No lançamento, que contará com a participação de representantes de todas as instituições envolvidas, também será apresentada a landing page do Inspira Brasília, na qual produtores culturais e outras instituições terão a possibilidade de propor novos eventos que podem ser acrescentados ao calendário.  Atrações confirmadas Confira, abaixo, as atrações já garantidas para o Inspira Brasília em 2024. ?Federação de Agricultura e Pecuária do Distrito Federal (Fape-DF) ? Circuito Agro Senar BB ? Colha e Pague – Fruticultura ? Fape-DF/Senar Jovens Lideranças ? Oficinas de Fruticultura Senar – Parque Granja do Torto ?Fecomércio-DF ? Paladar Internacional ? Fecomércio mais perto de todos ? Exporta Games DF ?Fibra ? Festival Sesi de Robótica ? Corrida Inspira Brasília – Sesi Lab, com visitação gratuita nos dias do Inspira Brasília e as atrações especiais Fim de Semana Cultural e Night Lab Sebrae-DF ? Movement Serviço Lançamento do movimento Inspira Brasília ? Data: quarta-feira (29), às 9h ? Local: Sesi Lab – Setor Cultural Sul, Bloco A, Asa Sul (ao lado da Rodoviária do Plano Piloto). * Veículos de imprensa interessados em cobrir o evento no museu Sesi Lab devem solicitar, até as 15h desta terça-feira (28), credenciamento, pelo e-mail imprensa@cni.com.br.

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Missão busca trazer ao DF técnicas peruanas para a produção de mirtilos

Termina nesta sexta-feira (14) a missão brasileira ao interior do Peru, pela Rota da Fruticultura da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride-DF), para conhecer a produção de mirtilo e de outras frutas, entender o processo produtivo peruano, estabelecer contatos e aprimorar técnicas de produção. A visita técnica é uma iniciativa da Rota da Fruticultura e conta com a participação de técnicos da Emater-DF, além de representantes da Secretaria de Agricultura do DF, da Embrapa e da Codevasf. O Peru é o maior produtor mundial de mirtilo. Missão brasileira contou com representantes do Distrito Federal, com o objetivo de conhecer as técnicas de produção do Peru, maior produtor mundial de mirtilos | Foto: Divulgação/Emater O ponto principal da missão foi visitar o campo de mirtilos do produtor Pablo Masuoka, na província de San Vicente de Cañete, que possui uma propriedade com 30 hectares irrigada 100% por gravidade, em meio às montanhas, e não há gasto com energia elétrica. A comitiva foi recepcionada por autoridades locais e visitou a Universidade Nacional de Cañete, onde conheceu a produção científica sobre controle biológico, melhoramento genético e produção de mudas de alta tecnologia. A universidade também presta assistência técnica aos produtores locais. Além disso, o grupo conheceu uma agroindústria de processamento de mirtilos, abacate e maçã; tipos de manejos diferentes de variedades de uva e mirtilo que ainda não existem no Brasil; campos de produção de abacate, uva e mirtilo e viveiros de mudas dessas frutas. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A equipe da Emater-DF foi composta pelos extensionistas Revan Soares, Claudinei Vieira, Kleiton Aquiles e Adriana Nascimento, que representou a diretoria da empresa. “Todo o conhecimento que está sendo adquirido por todos durante a missão da Rota da Fruticultura ao Peru, certamente, será revertido em expertise para o trabalho de assistência técnica e extensão rural que desenvolvemos junto aos produtores, como para a própria rota das frutas construir novas relações comerciais e entrar no cenário mundial de frutas”, disse Adriana. Rota da Fruticultura A Rota da Fruticultura é uma ação do Ministério do Desenvolvimento Regional em conjunto com órgãos parceiros, associações e entidades locais, com objetivo de elaborar estratégias para aumentar a produção e o fornecimento de frutas para mercados internos e externos, gerar emprego e renda na região, promover o intercâmbio de experiências e tecnologias, diversificar e implantar novas culturas e fomentar e motivar novos agricultores na produção de frutas no DF e Entorno. Durante a AgroBrasília 2023, foi assinado um Acordo de Cooperação Técnica com a Codevasf, formalizando a atuação da Emater-DF e da Seagri no trabalho que vem sendo realizado junto aos produtores rurais do DF visando aumentar a produção de frutas, como açaí e mirtilo no DF. *Com informações da Emater

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Licença ambiental permite ampliação de armazenamento de grãos

A Cooperativa Agrícola do Rio Preto (Coarp) recebeu nesta terça-feira (4) uma licença ambiental de ampliação para armazenamento e beneficiamento de grãos. Atualmente, a Coarp tem 60 cooperados e conta com oito silos que armazenam 990 mil sacas de grãos. Com a ampliação, a cooperativa vai construir mais dois silos e passar a ter capacidade para até 1,2 milhão de sacas. [Olho texto=”“Ouvir as demandas e auxiliar nossos produtores e produtoras rurais é assegurar nossa qualidade de vida, e arrisco dizer que o nosso futuro. A cidade não vive sem o campo. Temos uma riqueza muito grande aqui e devemos cuidar e incentivar para que eles tenham condições e desejo de permanecer”” assinatura=”Roney Nemer, presidente do Instituto Brasília Ambiental” esquerda_direita_centro=”direita”] A licença foi concedida nesta terça-feira (4) pelo Instituto Brasília Ambiental. O presidente da instituição, Roney Nemer, visitou as instalações da Coarp e fez a entrega, que foi acompanhada por produtores, além do presidente da Emater-DF, Cleison Duval, do gerente da empresa na região, Eduardo Damásio, do supervisor Regional Leste, Fabiano Ibraim, e do extensionista Rodrigo Marques. A Emater-DF presta assistência técnica aos produtores e também à cooperativa. O grupo foi recebido pelo presidente da Coarp, Valter Baron. “Temos uma necessidade de fazer com que a nossa atividade seja vista de forma diferenciada. Estamos aqui constantemente buscando melhorias para a população da área rural”, disse ele, também destacando que fazer com que o homem queira viver e produzir no campo é essencial para manutenção da atividade agrícola. O presidente do Brasília Ambiental, Roney Nemer, visitou as instalações da Coarp e fez a entrega da licença ambiental de ampliação para armazenamento e beneficiamento de grãos | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental “Ouvir as demandas e auxiliar nossos produtores e produtoras rurais é assegurar nossa qualidade de vida, e arrisco dizer que o nosso futuro. A cidade não vive sem o campo. Temos uma riqueza muito grande aqui e devemos cuidar e incentivar para que eles tenham condições e desejo de permanecer”, afirmou o presidente do Brasília Ambiental. Em maio deste ano, por meio de articulação da Emater-DF, Roney Nemer esteve na região ouvindo as demandas dos produtores. A licença da cooperativa foi um dos temas, na época, do encontro. “A Coarp é uma referência na produção de grãos no Distrito Federal e, nos últimos anos, tem crescido e se tornado também uma referência em inovação e gestão, utilizando novas espécies como a Canola e Crambe. Essa licença vai ampliar o poder de armazenamento e garantir que os produtores cooperados vendam seus produtos a preços justos”, ressaltou o presidente da Emater-DF. A utilização de silos para armazenagem de grãos é uma alternativa viável para produtores que desejam ter o controle sobre o que foi produzido. Com o armazenamento, a cooperativa tem a possibilidade de comercializar os grãos em momento mais rentável e evitar a perda de dinheiro na pós-colheita. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Principalmente nesses cenários de safrinha, quando o preço do milho está em baixa, ter espaço para armazenamento proporciona a oportunidade do cooperado segurar o produto para repassar por um preço melhor depois. É a cooperativa fazendo seu papel fundamental de dar apoio ao cooperado, garantindo melhores oportunidades de negócio e crescimento”, afirmou o gerente Eduardo. Na região, a Emater atende mais cerca de 1.100 pessoas, entre produtores patronais, familiares e moradores da região, que é formada pelos núcleos rurais do Rio Preto, São José, Curral Queimado, Riacho das Pedras e São Gonçalo. Entre as principais atividades desenvolvidas estão o cultivo de grãos, a olericultura, a fruticultura, a avicultura, a suinocultura e a bovinocultura – de corte e de leite. *Com informações do Brasília Ambiental  

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Produtores rurais participam de oficina sobre cultivo e poda de pitaya

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) promoveu, nesta terça-feira (16), um dia de oficinas sobre poda e manejo de pitaya. Cerca de 30 produtores participaram da atividade, que foi realizada no espaço da Emater, no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, onde vai acontecer a AgroBrasília, na região do PAD-DF. Questões como a condução da planta, a importância da poda para a melhora da produção e técnicas de cultivo foram alguns dos temas abordados durante a oficina. Os próprios participantes, sob orientação dos técnicos da Emater Daniel Oliveira e Carlos Morais, podaram as plantas e separaram as mudas para cultivarem diretamente em suas propriedades. Cerca de 30 produtores participaram da oficina sobre poda e manejo de pitaya | Foto: Divulgação/Emater-DF Por ser rústica, a pitaya pode ser cultivada sem uso de defensivos agrícolas. Suas únicas exigências são adubação e água. “É uma planta propícia ao cultivo orgânico e exige poucos tratos culturais [práticas que proporcionam melhores condições para o crescimento e desenvolvimento das plantas]. Pode ser usada como uma opção para diversificar a renda da propriedade rural”, explicou Oliveira. [Olho texto=”“É uma planta propícia ao cultivo orgânico e exige poucos tratos culturais. Pode ser usada como uma opção para diversificar a renda da propriedade rural”” assinatura=”Daniel Oliveira, técnico da Emater-DF” esquerda_direita_centro=”direita”] O produtor Dante Mafra, do Núcleo Rural Córrego da Onça, afirmou que tem interesse em cultivar a fruta. “Vim participar para conhecer melhor sobre o cultivo e aprender sobre as podas. Pretendo voltar na AgroBrasília para buscar mais informações sobre como plantar”, contou. A AgroBrasília 2023 será realizada na próxima semana, de 23 a 27 de maio, das 9h às 17h. No espaço da fruticultura da Emater haverá técnicos de plantão para receber produtores e explicar mais detalhes sobre o cultivo da pitaya e outras frutas como o açaí, banana e maracujá. O local será uma vitrine tecnológica com quatro variedades cultivadas da fruta desenvolvidas pela Embrapa Cerrados: BRS Lua do Cerrado, BRS Luz do Cerrado, BRS Granada do Cerrado e BRS Âmbar do Cerrado. Pitaya A pitaya, uma cactácea, é uma planta considerada rústica e vendida como fruta exótica. É uma planta originária da América tropical e subtropical, mas está distribuída em todo o mundo. O cultivo da pitaya é baseado em algumas espécies que se diferem entre si quanto à coloração da casca e da polpa, presença ou não de espinhos, sabor e ainda tamanho dos frutos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Segundo Daniel, a planta necessita de duas podas de forma a aumentar a produtividade, manter a planta arejada e mais assimétrica. As mudas retiradas da planta-mãe podem ser levadas direto ao campo e plantadas ou podem ser colocadas em sacos de polietileno para que enraízem antes do transplantio. O plantio de pitaya deve ser feito com mudas maiores que 25 cm, pois estudos mostram que o tamanho da muda favorece o enraizamento e o pegamento. Os espaçamentos utilizados são de 3×3 m ou 3×2 m, pois favorecem os manuseios futuros na cultura, como podas e colheita. A colheita da pitaya ocorre entre dezembro e abril e retira-se o fruto quando a casca fica totalmente da cor característica da espécie, seja vermelha ou amarela. *Com informações da Emater

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Oficina da Emater ensina técnicas para aumentar produção de goiaba

Mais de 60 pessoas participaram, nesta terça-feira (7), da oficina Como produzir goiaba o ano todo. O evento foi realizado em uma chácara do núcleo rural Cascalheira, na Região Administrativa de Brazlândia. A atividade fez parte da programação técnica da 8ª Feira da Goiaba, que vai até o próximo domingo (12). O foco foram as técnicas de poda, que ajudam o produtor a planejar o cultivo, obtendo maior produtividade e, consequentemente, ganhos mais elevados. De acordo com o engenheiro agrônomo Felipe Camargo, coordenador do Programa de Fruticultura da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), o ciclo de produção da goiaba é de oito meses e o tempo de colheita é de aproximadamente 28 dias. “A safra vai de fevereiro a março. Já a safrinha, entre setembro e novembro. Assim, com as podas corretas, é possível colher durante o ano inteiro”, explica. A oficina fez parte da programação técnica da 8ª Feira da Goiaba | Foto: Divulgação/Emater-DF São duas podas principais: a de formação, quando a árvore da goiaba ainda está pequena, e a de produção, em um momento posterior. “A primeira serve para que a arquitetura da goiabeira seja definida, de forma que ela atinja um tamanho ideal para o cultivo”, detalha o extensionista. “Com essa poda, é possível planejar o surgimento de até 200 galhos, o que pode aumentar o potencial de produção do pé”, acrescenta Camargo. Produtores de várias regiões do Distrito Federal participaram da oficina. “Atualmente, Brazlândia concentra mais de 97% da produção de goiaba no Distrito Federal, mas a atividade vem despertando interesse de agricultores de outras localidades”, observa o coordenador. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A flor O Brasil é um dos maiores produtores de goiaba do mundo. No país, São Paulo, Pernambuco e Rio de Janeiro lideram o ranking da produção. Com a menor área agricultável das unidades da federação, o Distrito Federal se destaca pela produtividade: enquanto se produz, em média, 26 toneladas da fruta por hectare no país, na capital esse índice chega a 29 toneladas. Ao todo, 149 produtores trabalham com a goiaba, movimentando cerca de R$ 30 milhões por ano. São quatro variedades de goiaba cultivadas no Distrito Federal: Pedro Sato, Cortibel, Tailandesa e Paluma. “Cada uma possui características específicas e o produtor deve ter em mente o que deseja para escolher a mais adequada”, ressalta o agrônomo Felipe Camargo.

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Distrito Federal oferece condições favoráveis para produção de uvas

Fruta característica de clima temperado, a uva tem grande potencial de desenvolvimento no Distrito Federal, apesar do clima quente e seco da região. A Emater tem prestado apoio aos agricultores interessados em produzir essa fruta, que tem grande apelo comercial e pode ser explorada com foco no enoturismo ou no turismo rural. [Olho texto=”Atualmente, são 40 produtores de uva espalhados por todo o DF e 74,56 ha plantados da fruta. Isso significa um aumento de 100% no número de produtores e de 60% no tamanho da área cultivada nos últimos quatro anos” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A produção de uvas no cerrado brasiliense, fora da área de clima mais frio, de onde a planta é endêmica, tem vantagens e desvantagens. Segundo o coordenador de Fruticultura da Emater, Felipe Camargo, o inverno no Distrito Federal tem uma condição climática que possibilita uma excelente produção da fruta. “O inverno com dias quentes, noites frias e sem chuvas permite a produção de uvas mais doces que na região Sul do país”, explica. Segundo ele, essa condição aumenta o teor de açúcar na fruta e ainda permite que o produtor rural faça duas colheitas ao ano, quando faz o manejo adequado e adota técnicas como a dupla poda e a quebra de dormência. A produtividade média de uva no DF é de 22 toneladas por hectare (t/ha), valor que está acima da média nacional, de 19 t/ha | Foto: Divulgação/Emater “Isso é favorável para quem quer produzir vinhos de inverno, porque pode colher uvas de bastante qualidade, e também é positivo para quem produz uvas de mesa, porque terá uma safra que não vai competir com as grandes colheitas do sul do país, que são feitas no final do ano”, afirma o especialista. “Com isso, eu acredito que Brasília tem grande potencial de entrar na rota nacional de apreciação de vinhos finos de inverno.” Entre os maiores gastos no cultivo da cultura, o produtor vai encontrar as estacas de madeira para construção do parreiral e o sombrite. Também haverá gastos com a aquisição de boas mudas, insumos para uma adubação adequada e com a correção do solo e irrigação. [Olho texto=”“Esse número maior de produtividade na região é reflexo da assistência técnica, que incentiva o emprego de inovações tecnológicas, como utilização de variedades adaptadas de enxerto e porta-enxerto, sistemas de irrigação poupadores de água, técnicas de quebra de dormência e adoção da técnica da dupla poda para produção de uva”” assinatura=”Felipe Camargo, coordenador de Fruticultura da Emater” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “O custo de implantação é elevado, podendo variar de R$ 125 mil a R$ 185 mil por hectare”, afirma Felipe Camargo. A sugestão do técnico é iniciar com pequenas áreas e buscar fontes de investimento, como o crédito rural. O custo de produção não tem impedido o aumento gradativo do plantio de uva no Distrito Federal. Atualmente são 40 produtores de uva espalhados por todo o DF e 74,56 ha plantados da fruta. Isso significa um aumento de 100% no número de produtores e de 60% no tamanho da área cultivada nos últimos quatro anos. Segundo dados do IBGE (2020), a produtividade média de uva no DF é de 22 t/ha, valor que está acima da média nacional, de 19 t/ha. “Esse número maior de produtividade na região é reflexo da assistência técnica, que incentiva o emprego de inovações tecnológicas, como utilização de variedades adaptadas de enxerto e porta-enxerto, sistemas de irrigação poupadores de água, técnicas de quebra de dormência e adoção da técnica da dupla poda para produção de uva”, afirma Camargo. Ainda de acordo com o técnico da Emater, a maior parte do plantio no Distrito Federal é para a produção de uva tipo mesa, em especial a variedade niágara rosada. “Também temos produtores que têm investido em variedades de uvas finas, como syrah, tempranillo, barbera e cabernet franc para a produção de vinhos finos”, diz. *Com informações da Emater

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Planaltina recebe Festa da Uva e do Vinho até o dia 7 de agosto

Brasília, 23 de julho de 2022 – Até o dia 7 de agosto, a 2ª Festa da Uva e do Vinho de Brasília será realizada no Parque de Exposições de Planaltina. Os visitantes poderão apreciar a fruta in natura e seus derivados, como geleias, bolos, cucas, licores, doces a vinhos variados, além de queijos e embutidos. Para completar a programação, haverá o Salão das Flores – com 29 estandes oferecendo plantas e flores de produtores locais atendidos pela Emater-DF –, Salão do Artesanato, um pavilhão gastronômico e uma brinquedoteca. [Olho texto=”“A Emater está apostando no crescimento da fruticultura no DF e, em especial, da uva. Essa fruta tem um valor agregado muito grande, que ainda nos coloca como rota turística para amantes de parreirais. Esse evento valoriza e mostra a importância do agro, da produção local e dos nossos produtores”” assinatura=”Denise Fonseca, presidente da Emater-DF” esquerda_direita_centro=”direita”] A Associação Cresce-DF é a instituição organizadora do evento, que conta com o apoio da Emater-DF, das secretarias de Agricultura (Seagri) e de Turismo (Setur), e da Administração Regional de Planaltina. A feira teve início no final de julho e, em agosto, será realizada do dia 3 até o dia 7, sempre das 10h às 22h. “A Emater está apostando no crescimento da fruticultura no DF e, em especial, da uva. Essa fruta tem um valor agregado muito grande, que ainda nos coloca como rota turística para amantes de parreirais. Esse evento valoriza e mostra a importância do agro, da produção local e dos nossos produtores”, destacou a presidente da Emater-DF, Denise Fonseca. O diretor de Produção da Associação Cresce-DF, João Paulo de Araújo, avalia que o evento se consolida no calendário de feiras da região. Além disso, é uma oportunidade de projetar a produção da fruta e dos vinhos na cidade e em todo o país. “Há uns anos a produção de uva e de vinhos era desacreditada. Hoje, de acordo com dados da Emater-DF, produzimos vinhos coloniais e vinhos finos de inverno. Temos no DF 40 produtores que produzem, por ano, 270 toneladas da fruta, o que mostra a força dessa cadeia. Nesta edição, vamos mostrar essa potência com muita alegria, pois retornaremos com as atrações musicais na Uva Arena Music, que receberão shows do É o Tchan, Gabriel Gava, Naiara Azevedo e Léo Magalhães”, informa Araújo. *Com informações da Emater-DF  

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Fruticultura cresce no DF em área e em quantidade produzida

Nem a crise econômica causada pela pandemia do covid-19 impediu o crescimento do agronegócio e, principalmente, da fruticultura no Distrito Federal. Relatório da equipe de estatística da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) mostra um aumento de 18% em áreas e 14% na produção de 2021 em relação a 2020. No ano passado, foram cultivados 1.420 hectares e produzidas 34 mil toneladas de frutas no DF. Em 2020, foram  registrados 1.202 hectares plantados e 30 mil toneladas produzidas. No ano passado, foram cultivados 1.420 hectares e produzidas 34 mil toneladas de frutas no DF, com apoio de iniciativas da Seagri e da Emater-DF | Fotos: Divulgação/Emater-DF Para que esse crescimento se mantenha, a Secretaria de Agricultura (Seagri), em parceria com a Emater-DF, fornece subsídios para aumentar tanto as produções quanto o número de produtores existentes no DF. “É muito perceptível que o interesse aumentou, mais pessoas têm nos procurado”, conta o secretário-executivo da Agricultura, Luciano Mendes. A Seagri investe em políticas públicas nas mais variadas searas, desde a distribuição de maquinários até a maior facilidade de créditos para os produtores. “Tudo é feito de maneira bem planejada para que todos os produtores rurais sejam acolhidos da melhor maneira possível e não tenham prejuízo evidentemente”, diz Mendes. [Olho texto=”“Tudo é feito de maneira bem planejada para que todos os produtores rurais sejam acolhidos da melhor maneira possível e não tenham prejuízo evidentemente” – Luciano Mendes, secretário executivo da Agricultura” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] “Por exemplo, eles podem investir usando o Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR) da Seagri, que visa promover evolução rural no Distrito Federal, com ações que permitam o aumento da produção e da produtividade, da renda, da segurança alimentar e a permanência do homem no espaço rural. Na modalidade crédito, são financiados projetos de investimentos e custeio agropecuários”, explica o secretário. A respeito da distribuição de máquinas, Luciano Mendes conta que só no ano passado foram enviadas 40 patrulhas agrícolas, de forma gratuita, para os profissionais do setor. Cada patrulha é composta por um trator de 75 cavalos, uma carreta agrícola, um rotoencanteirador hidráulico, uma grade aradora com disco de 26 polegadas e um arado reversível hidráulico de três discos. “O produtor já começa com apoio de maquinário, que vai facilitar a vida dele no que diz respeito ao manejo do solo. Aí chega a Emater e dá auxílio técnico”, conta Mendes. “Além disso, depois que ele começa a produzir, nos comprometemos em comprar parte da produção, em caso de se tratar de um agricultor familiar, o que é mais um incentivo para que ele siga produzindo.” Gustavo Evangelista cultiva mirtilo no Núcleo Rural Boa Esperança II, Lago Norte: “Demanda interna do DF já é alta o bastante para incentivar o produtor a vender localmente”, diz | Foto: Divulgação [Olho texto=” “Todos os setores da economia sofreram com a pandemia, isso é nítido, mas a gente percebe que está tendo uma recuperação, e com o agronegócio não é diferente” – Felipe Camargo, coordenador de Fruticultura da Emater-DF” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Coordenador de Fruticultura da Emater-DF, Felipe Camargo explica que o papel da empresa é passar aos produtores as novidades de pesquisa, por meio de assistência no dia a dia da propriedade, oficinas, cursos, excursão a centros produtores e polos na produção de frutas. Ou, ainda, por projetos para financiamento da atividade, custos de produção, receitas. Camargo crê que essa é a área do momento que tende a crescer ainda mais. “Todos os setores da economia sofreram com a pandemia, isso é nítido, mas a gente percebe que está tendo uma recuperação, e o agronegócio não é diferente. Há uma grande tendência de o comércio ir abrindo com mais força, então o agro também tem a tendência de estar crescendo”. Mais investimentos Além dos maquinários, do crédito rural, das compras institucionais, do acesso a mudas de frutas e a insumos como adubos, equipamentos para associação ou cooperativas e agricultura familiar, há um investimento para que o produtor não tenha problemas com a escassez de água. “Os canais estão sendo tubulados para evitar desperdício. A ideia é que a mesma quantidade de água que entra na produção chegue até o final. Antigamente, apenas 50% chegavam até o fim”, disse o secretário-executivo da Seagri. Cada uma das 40 patrulhas agrícolas tem o custo de R$ 300 mil. Só no ramo de irrigação, o Governo do Distrito Federal (GDF), na gestão de Ibaneis Rocha, investiu R$ 7 milhões. Nas compras de alimentos de agricultores familiares foram investidos R$ 25 milhões. “Isso mostra o tanto que o Governo do Distrito Federal aposta no agro e se importa com quem entra para esse tipo de produção. Todo o suporte é dado desde a entrada até o momento em que a pessoa estiver trabalhando na área”, pontua Luciano Mendes. Felipe Camargo faz uma previsão em relação ao crescimento da fruticultura no DF: “Está sendo criada a Rota da Fruticultura no DF. Com incentivos de diversos órgãos distritais e federais, acredito que seremos um polo de referência na produção de frutas nos próximos cinco anos”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O engenheiro agrônomo Gustavo Evangelista, 36 anos, cultiva mirtilo, banana e morango juntamente com um amigo no Núcleo Rural Boa Esperança II, Lago Norte, próximo à Granja do Torto. E diz que o clima local é propício para que o DF cresça ainda mais no setor em que ele atua. “A demanda interna do DF já é alta o bastante para incentivar o produtor a vender localmente. Contando ainda com o posicionamento geográfico central, quando se fala de Brasil, é um ótimo lugar para se produzir frutas pensando também na exportação para outros estados. Outro ponto forte no DF é o clima que permite uma variedade imensa de frutas”, explica o profissional.

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