Estudantes do CEF 11 de Ceilândia lançam livro inspirado no DF
Os estudantes do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 11 de Ceilândia lançaram, na sexta-feira (12), no auditório do Campus Ceilândia da Universidade de Brasília (UnB), o livro P.Q.P – Palavras que provocam: escrevendo o meu lugar no mundo. A obra é resultado de um percurso formativo viabilizado pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC-DF), que envolveu a realização de oficinas de escrita criativa e visitas a patrimônios culturais do Distrito Federal, com destaque para espaços de Ceilândia. Ao todo, 45 estudantes do 9º ano do CEF 11 participaram da iniciativa, produzindo poemas, contos e manifestos que ampliaram seus olhares sobre o território, as memórias e as próprias trajetórias, fortalecendo o protagonismo juvenil. Projeto promoveu oficinas de escrita criativa e passeios culturais a patrimônios do Distrito Federal | Fotos: André Amendoeira/SEEDF Idealizador do projeto, o psicólogo escolar do CEF 11, André Santos, explicou que a iniciativa nasceu da necessidade de fortalecer o vínculo dos jovens com o território: “O PQP nasceu da minha vivência como psicólogo escolar. Percebi que os alunos tinham muita necessidade de trabalhar a questão do território, então propus um projeto maior. Levamos os estudantes para saídas a locais culturais do DF e recuperamos suas vivências nas oficinas de escrita. O produto final de tudo isso é o livro que lançamos hoje, a culminância de todo esse processo”, contou. A diretora do CEF 11, Alzira Formiga, destacou a importância de garantir que os estudantes tenham acesso ao patrimônio cultural do Distrito Federal e ocupem esses espaços como protagonistas, ressaltando que experiências como as do projeto ampliam o repertório cultural, fortalecem o pertencimento e estimulam a autoria. [LEIA_TAMBEM]“Esse projeto trouxe muito aprendizado e ampliou a dimensão cultural e social dos nossos estudantes. Tenho certeza de que esses meninos estarão, amanhã, ocupando universidades e faculdades, porque receberam uma carga riquíssima de conhecimento”, ressaltou. Ela acrescentou que espera ver o projeto crescer e alcançar outras escolas de Ceilândia e do Distrito Federal, ampliando o acesso dos jovens à leitura, à escrita e às vivências culturais nos territórios onde vivem. O evento de lançamento contou ainda com a presença de escritores e artistas brasilienses. A escritora Maíra Valério, coordenadora editorial e curadora da obra, destacou que o P.Q.P. é, antes de tudo, um projeto de educação patrimonial e escrita criativa, que aproxima os estudantes da arte em suas múltiplas formas. Responsável por ministrar parte das quatro oficinas, Maíra ressaltou que se surpreendeu com o forte interesse dos jovens pelos caminhos da escrita e pelas visitas aos espaços culturais. Segundo ela, as atividades combinaram técnicas e gêneros literários com conversas, trocas de referências e vivências do próprio território, permitindo que os estudantes transformassem suas experiências em criação e, ao final, participassem coletivamente da produção do livro que agora chega ao público. Já a escritora e oficineira Meimei Bastos, mestre em Culturas e Saberes pela UnB, contou que ministrar as oficinas do Palavras que provocam foi uma experiência marcante, especialmente pelo contato direto com os territórios dos estudantes. “A partir das vivências nos próprios lugares onde esses jovens moram, criamos textos que revelam as potências da periferia. Levamos a poesia do papel para o corpo e para a voz, e o resultado foram produções muito potentes, como eu já esperava de jovens periféricos”, afirmou. Os alunos foram surpreendidos pela riqueza cultural dos espaços visitados, reconhecendo aspectos da história e da arte da região que antes passavam despercebidos Novos talentos Entre os talentos revelados pelo projeto está Letícia Machado, de 15 anos, que transformou sua vivência no PQP em um passo decisivo para a trajetória como jovem escritora. O texto que produziu, Territórios, agora publicado no livro do projeto, foi indicado por André Santos para concorrer ao Prêmio Candanguinho 2025, iniciativa que reconhece talentos da escrita entre estudantes do Distrito Federal. Concorrendo com mais de 1.200 candidatos, Letícia conquistou o 3º lugar do prêmio, resultado que ela atribui diretamente ao estímulo e às experiências proporcionadas pelo projeto. “Foi uma experiência que eu vou levar para a vida. A cerimônia foi no Teatro Nacional, e foi emocionante comemorar com meus pais e amigos”, relembrou. Os passeios aos patrimônios culturais também foram marcantes para Letícia, que descobriu, em Ceilândia, lugares aos quais antes não tinha acesso, ampliando seu contato com a história da cidade e com artistas locais. *Com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)
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UPA de Samambaia recebe poltronas reformadas
Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do DF receberam 156 poltronas que serão usadas para medicação de pacientes. Os móveis foram reformados pelas gerências de Patrimônio e de Manutenção do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF). Foram substituídos os antigos forros que se encontravam danificados e foram trocados os estofamentos. Agora elas possuem material mais resistente e confortável para os pacientes. Nesta segunda-feira (8) foram entregues 16 poltronas reformadas na Unidade de Pronto Atendimento de Samambaia. A equipe de Patrimônio aproveitou a oportunidade para recolher mais 16 poltronas que necessitavam de reforma. “Esse material é catalogado e registrado no sistema com rastreabilidade para que seja possível acompanhar onde elas estão e o estado de conservação”, garantiu o gerente de Patrimônio, André Torres. Depois das reformas, as poltronas têm material mais resistente e confortável para os pacientes | Fotos: Izabella de Carvalho/ IgesDF A gerente da UPA de Samambaia, Regilane Fonseca, destacou que a ação ajuda a trazer mais dignidade ao usuário da unidade: “Queria agradecer a todos os envolvidos, pois isso tem impactado de forma muito positiva aqui na UPA.” A Gerência de Patrimônio do IgesDF foi criada em novembro de 2023, com o objetivo de catalogar e resolver questões que envolvessem bens sem utilidade das unidades gerenciadas pelo instituto como o Hospital de Base, o Hospital Regional de Santa Maria, o Hospital Cidade do Sol e as 13 UPAs. Utilizando da nova ferramenta GLPI, os gestores das unidades podem solicitar à Gerência de Patrimônio, o recolhimento de bens que apresentam defeito para que sejam reparados pela oficina ou até mesmo substituídos. “A equipe de Manutenção vai até a unidade, faz o recolhimento e avalia se há possibilidade de reparação. Precisamos incentivar os nossos colaboradores a utilizarem e conhecerem a plataforma”, lembrou André. No próximo trimestre, poltronas devem ser entregues no Hospital de Base e no Hospital Regional de Santa Maria Na Gerência de Manutenção, os equipamentos que podem ser reformados entram em uma fila de prioridades e urgências e são realizados os procedimentos necessários. Além da reforma recente dessas poltronas, estão em levantamento reformas de longarinas, cadeira de rodas, suportes de soro, escadas dois degraus, entre outros. Para o próximo trimestre estão previstas a reforma e a entrega de mais 300 poltronas do mesmo tipo para o Hospital de Base e para o Hospital Regional de Santa Maria. “Estamos reformando dois berços hospitalares que serão enviados para a UPA de Sobradinho que deve começar a realizar atendimento pediátrico em breve”, disse o assessor da Gerência Geral de Logística e responsável pelas manutenções, Rogério Souza. *Com informações da IgesDF
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#TBT: Ermida Dom Bosco, refúgio de fé, natureza e história em Brasília
Arte: Agência Brasília Quem procura um lugar na capital que seja amplo, cercado por natureza e com uma bela vista da cidade, encontra tudo isso na Ermida Dom Bosco, no Lago Sul. Tradicional monumento e ponto turístico de Brasília, o prédio fica sob o paralelo 15S (15 graus ao sul do plano equatorial da Terra), conforme o sonho do salesiano Dom Bosco, em 1883, homenageado pela construção das capelas no local. A Agência Brasília transporta você ao passado, caminhando pela antiga Ermida Dom Bosco em mais uma matéria da série especial #TBTdoDF, que utiliza a sigla em inglês de Throwback Thursday (em tradução livre, quinta-feira de retrocesso) para relembrar fatos marcantes da nossa cidade. Local de fé Da área externa é possível ter vista para alguns dos melhores ângulos de Brasília | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília A Ermida foi a primeira construção de alvenaria da cidade, inaugurada em 1957, antes mesmo de Brasília. Ao redor estende-se o Parque Ecológico Ermida Dom Bosco, recentemente categorizado como Monumento Natural. Em 2020, o local passou por reformas que trouxeram mais acessibilidade, como rampas de acesso, pisos táteis e placas com orientações em Braille. Monumento foi inaugurado antes de Brasília | Foto: Arquivo Público do DF Da capela projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, é possível contemplar um dos melhores ângulos de Brasília, no ponto principal do Parque Ecológico Dom Bosco, que fica à margem do Lago Paranoá. O monumento, que virou uma unidade de conservação em 1999, foi construído em homenagem a Dom Bosco (1815-1888), padre italiano que profetizou a construção de Brasília. O sacerdote católico difundiu a obra salesiana, que no Brasil teve início em 1883, com a fundação do Colégio Salesiano Santa Rosa, de Niterói (RJ). Natureza e paz Sempre que tem tempo, a veterinária Isabela Simas vai à Ermida: “Ter um refúgio onde você pode vir, se sentir próximo à natureza, acalma a mente e deixa a gente melhor para enfrentar o dia a dia” | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Aproximadamente 20 mil pessoas passam pela Ermida Dom Bosco por mês. Entre elas, a médica veterinária Isabella Simas, 30 anos, que, aproveitando a tarde com os amigos em um piquenique, comentou sobre a acessibilidade do local, com as reformas feitas em 2020. “É importante porque cada vez mais pessoas conseguem vir e desfrutar desse lugar, então ter acessibilidade para cadeirantes e deficientes visuais, por exemplo, faz com que essas pessoas possam sentir a maravilha que é ficar aqui, próximo da natureza”, disse. Isabella contou que gosta de ir à Ermida quando não está trabalhando. “A natureza é um lugar que traz paz, então, às vezes, no meio da confusão da cidade, ter um refúgio onde você pode vir, se sentir próximo à natureza, ouvir os pássaros e ver os bichos, longe de todo esse caos, acalma a mente e deixa a gente melhor para enfrentar o dia a dia”, ressaltou. O produtor musical Israel Batista conheceu a Ermida este ano: “É um lugar muito bom para relaxar, ficar tranquilo, praticar um esporte e curtir com a família” | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Já o produtor musical Israel Albuquerque Batista, 25, morador do Núcleo Bandeirante, neste ano foi pela primeira vez ao parque ecológico. Jogando uma partida de frisbee, ele contou que pretende voltar mais vezes. “É um lugar muito bom para relaxar, ficar tranquilo, praticar um esporte e curtir com a família, sem contar o pôr do sol maravilhoso e aquela visão linda da cidade, incomparável”, elogiou. Pôr do sol A Ermida Dom Bosco é, de fato, conhecida por ser um dos locais com o pôr do sol mais bonito de Brasília, especialmente no período da seca. Também há trilhas e espaços para andar de skate e bicicleta, além de um cais que dá acesso ao Lago Paranoá. O autônomo Leonyller Felix, 30, levou a sobrinha Isabella Souza, 17, para conhecer o espaço público. Ele frequenta o parque há 15 anos e lembrou que sempre tomava banho no lago com os colegas quando era adolescente. “É um ponto de reunião de amigos”, acentuou. “O pessoal gosta muito de tirar fotos, e considero um dos lugares mais bonitos de Brasília. É sempre uma experiência bacana vir aqui”. Isabella, que vai se mudar para a Argentina e aproveitou para conhecer lugares diferentes na capital antes de se despedir, complementou a fala do tio: “É um lugar muito lindo, e eu gosto de lugares calmos. Acho que é importante ter um espaço público assim, para a população frequentar”. Espaço preservado [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] As equipes do Instituto Brasília Ambiental, da Administração Regional do Lago Sul e da Novacap cuidam da manutenção do parque, com recursos que vêm por emendas parlamentares ou de compensações ambientais. O Serviço de Limpeza Urbano (SLU) também ajuda com a limpeza. O presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, destacou a importância dos atributos naturais que a região apresenta, como a vegetação nativa, fauna, recuperação das águas degradadas e educação ambiental – com o projeto Parque Educador –, além de programas de pesquisa de ecossistemas locais. “A população usa muito também a região para ensaios de casamento, festa de 15 anos, fora as missas e as atrações para turistas”, enumerou. “É uma região que mistura cultura, misticismo, religião e preservação”. Para o gestor, o local é parte da identidade do DF, sendo uma herança cultural e histórica da cidade.
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#TBT: W3 Sul, o coração comercial de Brasília
A W3 Sul é uma das vias mais movimentadas de Brasília. Tombada no conjunto urbanístico, durante muitos anos foi considerada uma espécie de shopping a céu aberto, com diversos comércios representando boas opções para o público desde a fundação da capital. Local de muitas boas histórias e algumas tragédias que marcaram o imaginário popular, a W3 Sul já foi palco dos desfiles das escolas de samba e carrega uma tradição de mais de 60 anos, reunindo uma variedade de lojas, restaurantes, mercados e espaços culturais. A Agência Brasília conta a história dessa avenida histórica na série #TBTDoDF – pacote de matérias que aproveita a sigla em inglês de Throwback thursday para mostrar episódios e lugares que marcaram a capital brasileira. Centro urbano Década de 1960: avenida era a principal atração do Plano Piloto | Foto: Arquivo Público do DF/12.3.1964 [Olho texto=”“O comércio, que seria virado para a W2 no projeto original, acabou virado para a W3 porque ali se tornou o calçadão de Brasília, o centro vivo da cidade”” assinatura=”Felipe Ramón Moura Rodrigues, subsecretário de Patrimônio Cultural ” esquerda_direita_centro=”direita”] A W3 Sul foi construída com um propósito modificado pelo próprio urbanista Lucio Costa, pioneiro da arquitetura modernista no Brasil e reconhecido mundialmente pelo projeto do Plano Piloto de Brasília. Já em 1958, o arquiteto percebeu que os lotes, antes à disposição para hortas urbanas e produção alimentícia, não seriam adequados para a população que começou a se acumular na nova capital. Logo ele mudou a função do traçado do Plano Piloto de Brasília, para que houvesse casas geminadas e de poucos andares. Comércio foi se instalando no espaço que assumia configurações de calçadão | Foto: Arquivo Público do DF/22.4.1960 Nos primeiros anos da capital, a W3 Sul acabou se tornando o centro de Brasília. “O comércio, que seria virado para a W2 no projeto original, acabou virado para a W3 porque ali se tornou o calçadão de Brasília, o centro vivo da cidade”, relata o subsecretário de Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec), Felipe Ramón Moura Rodrigues. De acordo com ele, com o passar do tempo, esse centro se espalhou ao longo das superquadras e do setor comercial. “Depois dos grandes carnavais e desfiles, passamos por um período onde ela [a W3 Sul] teve pouco uso cultural”, ilustra. “Ele [o trecho] continuou existindo sempre, mas era pouco recorrente e com eventos esporádicos”. De pai para filho Dono de uma banca de revistas na comercial da 510 Sul, Carlos Nobel de Araújo acompanha a história da W3 Sul desde 1960. Ele resgata lembranças de seus 2 ou 3 anos de idade, quando dormia embaixo do balcão de atendimento e via os vários pés de clientes andando pela loja. Carlos Nobel Araújo: “Meu pai chegou da Serra de Ibiapaba, do Ceará, sem nada. Aí construiu essa banca, que nos criou e até hoje está aqui para o que der e vier” | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “Cresci em cima desse balcão e dessas revistas”, conta. “Venho para cá desde bebezinho, meu pai sempre mexeu com isso. Hoje, na W3, somos considerados resistentes, porque a maioria das bancas só quer vender coisas de lanchonete. Então, somos pouquíssimos que ainda vendemos cultura – livros, revistas, vinis, CDs e DVDs.” Carlos assumiu a loja há dez anos, após o falecimento de seu pai, Antônio Ferreira de Araújo. O livreiro recorda que o pai começou na região antes de existir ao redor qualquer coisa construída e que, na época, era tudo terra. Seu Antônio trocou um radinho de pilha por um punhado de madeiras e pagou o serviço de um marceneiro para construir um barraquinho. Em seguida, começou a vender revistas: ia às casas e pedia as revistas velhas, trocando cada dois exemplares por um. Depois ele conseguiu uma autorização com o GDF e foi o único permissionário, passando o negócio de pai para filho. Obras duradouras “Ele viu a ideia em São Paulo e no Rio, e foi assim que ele começou, criando um sebo”, lembra Carlos. “Meu pai chegou da Serra de Ibiapaba, do Ceará, sem nada. Aí construiu essa banca, que nos criou e até hoje está aqui para o que der e vier.” Para ele, que frequenta a região desde que a W3 Sul era considerada “os olhos de Brasília”, as lembranças são muitas. [Olho texto=”“As outras obras eram sempre superficiais, sempre rachavam. Agora não vai rachar mais” ” assinatura=”Carlos Nobel Araújo, comerciante” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Era um formigueiro”, relata. “As pessoas que trabalhavam aqui enriqueciam, porque tinha muita gente, o local de compras era aqui. Era o coração de Brasília. O comércio de meu pai ficava aberto até as 22h. Aí o comércio foi ficando mais variado, as pessoas começaram a migrar para outros lugares, vieram os shoppings. Então, foi caindo. As lojas e os aluguéis foram ficando caros, e o povo [estabelecimentos comerciais] foi fechando por falta de clientes. Com cada vez mais lojas abandonadas, foi ficando deserto.” Carlos cita a reanimação da avenida após trabalhos recentes empreendidos pelo GDF: “Com essas novas obras, está melhorando bastante, deu até uma aumentada nas vendas. Esse piso na frente das lojas da W3 foi renovado, [bem como] a obra de concretagem onde os ônibus passam. As outras obras eram sempre superficiais, sempre rachavam. Agora não vai rachar mais”. Repaginada Entre altos e baixos, a W3 Sul teve seu momento mais triste em 20 de abril de 1997. Quem passa pela praça entre as quadras 703 e 704 percebe uma placa preta com a silhueta de um homem em posição de defesa. O personagem lembrado na obra de arte é Galdino Jesus dos Santos, cacique da tribo Pataxó Hã-hã-Hãe, queimado vivo por jovens de classe média alta enquanto dormia em um ponto de ônibus da W3. O crime chocou o Brasil e escancarou a realidade da W3 daquela época. A ficha caiu: o que antes era visto como o coração pulsante da área central da capital da República estava se transformando em um local decadente, que só voltaria a ter destaque e atenção do poder público muitos anos depois. Início das obras que resultariam no viaduto entre a W3 Sul e a W3 Norte: expansão de um projeto bem-sucedido | Foto: Arquivo Público do DF/ 10.7.1975 Desde 2019, o Governo do Distrito Federal (GDF) vem transformando a mais famosa avenida comercial da capital. Na primeira etapa das obras, foram entregues novos estacionamentos, canteiros centrais e novas calçadas no lado comercial da W3 Sul. Atualmente, a via passa por obras de mobilidade nas quadras 700, com a construção do pavimento rígido em concreto armado da faixa exclusiva de ônibus. A repaginada no visual já foi feita em várias quadras residenciais e se concentra na altura da 711. Renovação total O local, que sofreu com o desgaste do tempo, recebeu melhorias na infraestrutura, dando mais comodidade para quem passa por ali. As calçadas das quadras 500, em frente ao comércio local, que antes eram cheias de buracos e pedras portuguesas soltas, receberam piso novo e com acessibilidade para o trânsito de pessoas com limitações físicas. [Olho texto=”“Depois que a obra está entregue, a gente recebe muito elogio e agradecimento. Tudo isso valoriza a região, traz mais investimento e novos comércios”” assinatura=”Luciano Carvalho, secretário de Obras” esquerda_direita_centro=”direita”] A iluminação da W3 Sul foi toda trocada por lâmpadas de LED, o que permite mais claridade para quem passa pela região à noite. Os becos entre os blocos comerciais também receberam melhorias, assim como a via W2, que ganhou uma melhor organização e possibilitou a carga e descarga das lojas sem parar o fluxo dos carros. As sinalizações de trânsito também foram renovadas, e os estacionamentos estão mais amplos, com acesso facilitado. De acordo com o secretário de Obras do DF, Luciano Carvalho, a W3 era uma demanda antiga dos comerciantes e moradores da região. “A W3 sempre teve esse protagonismo em relação ao comércio, e tinha perdido muito disso”, afirma o secretário. “Uma área degradada, sem manutenção. Então a gente vem, faz calçadas novas, acessíveis. E são obras difíceis de fazer, porque você faz na porta do comércio. Então, obviamente, o comerciante sempre reclama, nunca quer. Mas, depois que a obra está entregue, a gente recebe muito elogio e agradecimento. Tudo isso valoriza a região, traz mais investimento e novos comércios. Tinha muita loja fechada, e hoje você já não se vê tanto”. Espaço Renato Russo Nos últimos anos, a renovação da W3 não foi apenas estrutural, mas também social. Segundo Felipe Ramón, as alterações urbanas na W3 geram um fluxo humano mais eficiente, o que aumenta, consequentemente, a fruição cultural. O Espaço Cultural Renato Russo, nome que homenageia o líder da Legião Urbana, é ponto icônico da avenida | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “Isso é o mais importante, que as pessoas usem aqui [a W3] não só como uma via de passagem, mas como uma via de vivência”, ressalta. “Aumentando o público que vivencia a cidade de verdade, aumenta o público dos espaços culturais e entra num ciclo virtuoso que só tende a crescer. A região vai tendo um público mais vivo, que se estende até outros horários, tornando a estadia mais segura, então uma coisa vai puxando a outra”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A W3 Sul vem se reestruturando e adquirindo o caráter de centro urbano, com um espaço não só de compra, venda e aquisição de mercadoria, mas de convivência também – impulsionado, em grande parte, pelo Espaço Cultural Renato Russo, localizado na 508 Sul. O centro cultural, além de ter duas galerias de arte, também possui ações formativas desde sua gênese, para que as pessoas não apenas consumam arte, mas também a criem. “Esse é o grande diferencial desse espaço aqui que leva o nome do patrono das artes desta cidade, que é o grande Renato Russo [vocalista e líder do Legião Urbana, falecido em 1996] que residia aqui perto, inclusive, e produzia arte nesta região”, ressalta o subsecretário de Patrimônio Cultural. “O patrimônio histórico é o que nos mantém enraizados onde vivemos”, avalia Ramón. “É superlegal que a gente esteja falando desse patrimônio que é a W3, que nos mostra de onde a gente veio. E, sabendo de onde a gente veio, a gente pode saber para onde a gente vai”.
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Aberta licitação para compra de carros para Sistema Socioeducativo
Foi publicado na manhã desta quarta-feira (14), no Diário Oficial do Distrito Federal, o aviso de licitação, por meio do pregão eletrônico n° 08/2021, para aquisição de nove veículos automotores novos, zero quilômetro, tipo SW/SUV, ano fabricação/modelo 2021 ou superior, para atender demandas das unidades de internação da Subsecretaria do Sistema Socioeducativo (Subsis), vinculada à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus). [Olho texto=”“É mais uma grande iniciativa, entre as várias já desenvolvidas para fortalecer o Sistema Socioeducativo e oferecer aos jovens e adolescentes segurança e dignidade”” assinatura=”Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania” esquerda_direita_centro=”direita”] O tipo de licitação será no modelo menor preço por item. A data e horário definidos para a abertura do certame será 27 de julho, às 14h. O edital pode ser acessado nos endereços eletrônicos www.gov.br/compras e www.sejus.df.gov.br, a partir desta quarta (14). A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, destaca que a aquisição dos veículos vai contribuir com o trabalho dos servidores, além de oferecer dignidade e segurança aos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa. “É mais uma grande iniciativa, entre as várias ações já desenvolvidas para fortalecer o Sistema Socioeducativo, e também oferecer aos jovens e adolescentes segurança, dignidade e, consequentemente, uma grande melhoria para o GDF”, afirma a secretária. Por meio do Sistema Socioeducativo, o GDF executa medidas socioeducativas de prestação de serviços à comunidade, liberdade assistida, semiliberdade e internação | Foto: Sejus/Divulgação O subsecretário do Sistema Socioeducativo, Demontiê Alves Filho, destaca: “A publicação do edital para aquisição desses novos veículos vai possibilitar que o Sistema Socioeducativo continue ofertando um transporte digno e seguro aos adolescentes e servidores nos deslocamentos realizados para atendimento em saúde, comparecimento em audiências, encaminhamentos às unidades socioeducativas e outras atividades essenciais à política de socioeducação”. Sistema Socioeducativo Por meio do Sistema Socioeducativo, sob responsabilidade da Sejus, o Governo do Distrito Federal executa medidas socioeducativas de prestação de serviços à comunidade, liberdade assistida, semiliberdade e internação. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O Sistema Socioeducativo possui atualmente nove Unidades de Internação, 15 unidades de atendimento em meio aberto e seis unidades de semiliberdade e um Grupo de Apoio Operacional (GAO). Outras iniciativas são desenvolvidas, hoje, pela Sejus para o fortalecimento da política de socioeducação. São exemplo a inauguração do laboratório de Robótica, na unidade de internação de Santa Maria, e da Unidade de Internação Feminina do Gama. Também podem ser destacados o início das atividades na Unidade de Brazlândia; a entrega de 300 radiocomunicadores para uso em todo o sistema e a destinação de recursos para reforma de unidades, mobiliários e computadores novos. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus)
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Após 16 anos, monumentos de Samambaia são reformados
A 22 quilômetros do Plano Piloto – referência em monumentos tombados como Patrimônio Cultural da Humanidade – Samambaia também tem sua galeria de arte a céu aberto. Para valorizar as estruturas que contam a história da cidade, a administração regional vai reformar oito obras de arte – em parceria com artistas plásticos e empresários. Criadas a partir de 2005 (com exceção da construção “Casinhas de Boneca”, dos anos de 1960), elas vão passar por uma série de reparos. A obra “Lugar ao Sol”, de Elton Skartazini, foi criada em 2005 dando início ao projeto Monumentos para Samambaia | Fotos: Divulgação As estruturas fazem parte do projeto Monumentos para Samambaia – criado em 2005 pelo mestre em educação, Clayton Braga, e o artista plástico e pioneiro da cidade, Elton Skartazini. Autor do primeiro monumento, Lugar ao Sol – localizado no balão da Avenida Central – , Skartazini explica que a obra de arte é composta por três casas coloridas: amarelo, azul e vermelho. As residências homenageiam a população recém-chegada em Samambaia. “A ideia era dar um presente de aniversário de 16 anos para a cidade. Quase que a cada ano, fazíamos um monumento. Cada um deles tem um significado para Samambaia”, lembra o artista plástico. “Como eu ainda não tinha muita experiência, utilizei materiais que não eram tão resistentes. Agora estamos usando materiais que vão durar 200 anos”, garante o artista plástico. Para Elton Skartazini, além do GDF prestigiar um projeto cultural da cidade, a reforma também motiva outros artistas da cidade. “O governo local está reconhecendo a importância dessas obras, que são públicas, da comunidade. Nossa intenção também é incentivar aqueles que têm vontade de criar novos monumentos”, adianta. Identidade O professor Clayton Braga destaca que as estruturas passaram a ser a identidade da cidade. “A reforma incentiva os moradores a conhecerem a história do lugar onde moram. Os monumentos precisam e merecem essas reformas depois de tantos anos”, ressalta. “Cada canto da cidade conta uma história. Desde pequeno acompanhei o desenvolvimento de Samambaia e esses monumentos são motivo de orgulho para os moradores”, destaca o administrador da região, Gustavo Aires. “Reformar essas estruturas é uma forma de honrar essas memórias”, completa. As “Casinhas de Boneca” foram criadas na década de 1960 e incorporadas ao projeto Monumentos para Samambaia Conheça os monumentos de Samambaia: – Lugar ao sol, 2005: localizado no balão da segunda Avenida Norte e Central, é uma homenagem à população recém-chegada na cidade; – Luz do Saber, 2007: localizado no balão da primeira Avenida Norte e Central, representa a importância do conhecimento; – Transparência, 2009: localizado no balão da segunda Avenida Sul e Central, faz referência ao fórum de Samambaia. – Encontro, 2010: localizado no balão da primeira Avenida Sul e Central, tem esse nome por estar no centro urbano da cidade; – Figuras do Agreste, 2021: localizado na Avenida Leste, próximo ao viaduto do Recanto das Emas, é uma parceria com o artista plástico Ramon Rocha. O monumento faz referência às pessoas que vieram do nordeste; – Três Meninas, 2005: localizado no balão da Avenida Leste e Norte, em frente ao Hospital Regional de Samambaia, a obra de arte é do artista Lia Samara e faz referência à obra Casinha de Bonecas; – Asas da Imaginação, 2006: localizado na entrada da expansão da região, a estrutura foi feita pelo artista Lia Samara e é uma forma das pessoas refletirem por meio da imaginação e – Casinhas de Boneca, 2011: localizado no Parque Três Meninas, é uma homenagem que o pioneiro Inezil Penna Marinho fez às suas filhas ao dar o nome de Três Meninas ao local.
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Complexo Cultural da República recebe manutenção e limpeza
[Olho texto=”“Esse trabalho é um conjunto de ações extensivas, chegando, agora, ao entorno do Museu Nacional Honestino Guimarães e da Biblioteca Nacional Leonel Brizola. Essa paisagem forma um dos mais belos cartões-postais da capital”” assinatura=”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”direita”] Um dos espaços públicos mais visitados de Brasília, a Praça do Complexo Cultural da República está no rol de ações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) para manutenção e preservação do patrimônio. Frequentada por skatistas, artistas, visitantes do Museu e da Biblioteca e transeuntes, a área passou por uma reforma por meio de parceria com o Serviço de Limpeza Urbana (SLU). Foram feitos os serviços de fresagem, varrição, catação, lavagem e pintura dos meios-fios. As ações integram o programa Brasília, Cidade Patrimônio, lançado neste ano pela Secec. O próximo passo é a manutenção e limpeza dos dois espelhos d’água, que terão a estrutura de concreto recuperada, em uma operação que necessitará da remoção segura e acondicionamentos dos peixes. Depois, os bancos serão pintados. Essa segunda fase da reforma segue para contratação de empresa. Espaço público recebe ações de limpeza e organização, um trabalho executado em parceria com o SLU | Foto: Divulgação/Secec “A Secec escolheu, como eixo central para 2021, o zelo e a salvaguarda do patrimônio, e tivemos, como símbolo, a reabertura do Museu de Arte de Brasília [MAB], moderno, inclusivo e sustentável, depois de 14 anos de abandono. Esse trabalho é um conjunto de ações extensivas, chegando, agora, ao entorno do Museu Nacional Honestino Guimarães e da Biblioteca Nacional Leonel Brizola. Essa paisagem forma um dos mais belos cartões-postais da capital”, afirma o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Outros pontos A Secec segue ainda com frentes de manutenção em equipamentos, como o Memorial dos Povos Indígenas (novo sistema de proteção contra incêndios, troca de piso) e o Conjunto Fazendinha (ações emergenciais). Neste semestre, nove espaços culturais sob gestão da Secec passaram por melhorias e ações preventivas. Um deles foi o Teatro Nacional Claudio Santoro (sistema de refrigeração). Neste momento, o equipamento segue em fase decisiva para acessar recurso de R$ 33 milhões do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD) para a reforma da Sala Martins Pena. “O segundo semestre será de outras importantes entregas, a exemplo da Concha Acústica, que formará, ao lado do MAB, um pulsante polo cultural na orla da Vila Planalto”, aponta o secretário executivo da Secec, Carlos Alberto Jr. *Com informações da Secec
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Crimes contra o patrimônio caem 34%
Um dos investimentos que têm contribuído com o trabalho das forças de segurança para a redução criminal é a instalação de câmeras de videomonitoramento | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Os crimes contra o patrimônio, aqueles que atentam aos bens ou poderio econômico de uma pessoa, diminuíram 34% no mês de janeiro em todo o DF comparado ao mesmo período do ano passado. É o que diz levantamento da Secretaria de Segurança Pública (SSP), que aponta para a redução de outros tipos de ocorrências, como latrocínio (-71,4%) e estupro (-35,3%). No primeiro mês deste ano, foram registrados 2.371 ocorrências relacionadas a crimes contra o patrimônio, contra 3.595, no mesmo mês de 2020. Entram na lista da categoria criminal: roubo a transeunte, roubo a veículo, roubo em transporte coletivo, roubo em comércio, roubo em residência e furto em veículo. “Os crimes contra o patrimônio são os principais responsáveis pela sensação de insegurança da população. Por isso, focamos nossas ações integradas com base em estudos que apontam dia, hora e local em que cada crime mais acontece”, explica o secretário de Segurança Pública, Anderson Torres. Uma atuação conjunta entre as forças de segurança do DF aliada também à utilização da tecnologia – como câmeras de videomonitoramento fixas e móveis espalhadas pelas regiões administrativas – reforçaram os resultados positivos. “A redução desses crimes significa mais qualidade de vida para a população e está em consonância com a orientação do governador Ibaneis Rocha, que é o de transformar o DF em um local cada vez mais seguro”, finaliza o secretário de Segurança Pública. No Setor de Indústria de Abastecimento (SIA), a redução dos crimes contra o patrimônio foi de 67,6% entre janeiro de 2021 e de 2020 (11 e 34 ocorrências, respectivamente). A administradora regional do SIA, Luana Machado, ressalta o diálogo e o investimento como principais fatores para a queda: “Nosso planejamento é feito junto com a Secretaria de Segurança Pública, e também investimos R$ 2,5 milhões em câmeras de videomonitoramento e iluminação pública, por meio de emendas parlamentares”. No ano passado, o DF também registrou o menor patamar de homicídios pelo segundo ano consecutivo, atingindo a marca de 11,4 homicídios por 100 mil habitantes, índice mais baixo desde 1980. Além disso, a redução dos feminicídios em 2020 foi de quase 50% no comparativo com 2019: 17 e 32 mortes registradas pelo crime de gênero, respectivamente.
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W3 e 308 Sul vão ganhar sinalização turística especial
Superquadra 308 Sul, cuja história se mistura com a de Brasília, receberá nova sinalização | Foto: Divulgação Transformar a W3 Sul num distrito turístico é a meta da Secretaria de Turismo (Setur) compartilhada por outros órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF). Parte desse planejamento começou a ser executada com o trabalho do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) na recuperação e substituição de placas. “Essas placas precisavam mesmo de conserto”, ponderou Jéssica Roberta Custódio de Sousa, 37 anos, moradora de Sobradinho. “Ando aqui há muito tempo e nunca tinha visto eles reformarem a sinalização. Estava feio demais. Isso aqui é o coração de Brasília!” Quadra-modelo Além de ser uma das principais avenidas da capital federal, a W3 Sul serve de acesso a outros pontos turísticos, como a quadra-modelo 308 Sul – que faz parte da história de Brasília. Entre os blocos residenciais de concreto, há atrativos por toda a parte. O projeto urbanístico de Lucio Costa inclui três jardins de Roberto Burle Marx, azulejos de Athos Bulcão fixados na fachada dos prédios, a Igrejinha e a Escola Parque de Oscar Niemeyer. Visando também à integração dessa localidade vizinha à W3 Sul, a Setur prepara um tipo de sinalização – as placas de sinalização turística – que vai orientar e informar às pessoas que transitarem pela redondeza sobre o valor simbólico e o significado dessa quadra para o brasiliense e para o país. “Passo aqui todos os dias para esperar meu ônibus e não sabia dessa quadra-modelo”, disse Jessica Roberta. Assim como ela, muitas outras pessoas desconhecem a história dessa quadra. As sinalizações vão estar por toda parte. Haverá placas de boas-vindas. Outras vão indicar que a pessoa está no serpentário, nas praças dos Cogumelos ou Espelho d´Água, na Igrejinha ou na Escola Parque 308 – inaugurada em 1959 pelo presidente Juscelino Kubitschek. A sinalização turística e os totens com mapa das quadras residenciais obedecerão ao modelo criado pelo designer Danilo Barbosa. Haverá um outro tipo de sinalização com placas de direcionamento para indicar os pontos turísticos internos. Com isso, a Setur espera que a 308 Sul seja ainda mais vista, admirada e visitada do que já é. A intenção é que esse novo modelo de sinalização desperte a consciência de pertencimento a esse pedaço da história da nossa capital. Visitas técnicas Ano passado, a secretária de Turismo, Vanessa Mendonça, e a secretária executiva de Acompanhamento e Monitoramento de Políticas Públicas da Secretaria de Governo, Meire Mota, fizeram visitas técnicas à W3 Sul. Ao verem de perto os principais problemas locais, começaram a pensar nas soluções. Elas percorreram o comércio, a Praça das Avós, a Praça 21 de Abril, a Biblioteca Demonstrativa de Brasília, o Espaço Cultural Renato Russo e a Igreja Nossa Senhora de Fátima, projetada por Oscar Niemeyer em 1958 e tombada, em 2007, como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. A titular da Setur apresentou um projeto – Como Lisboa e Wynwood – inspirado em exemplos bem-sucedidos de destinos turísticos que investiram em espaços esquecidos e relegados ao abandono. Segundo ela, a semelhança da W3 com o distrito de Wynwood, em Miami (EUA), é enorme. Até a década de 1990, Wynwwod era um bairro operário. Com pinturas em grafite nas paredes dos prédios e no chão, além de abertura de restaurantes, galerias de arte e outras ações, a região foi reformada e se transformou num polo de turismo criativo. Rota criativa Com inspiração nessa tendência, a Setur criou uma rota para revitalizar os patrimônios locais, incentivar e fortalecer a cultura e promover o bem-estar da população. Essa rota compreende um trecho de 3 km entre as quadras 504 e 508 Sul até o Cine Brasília (106/107 Sul). [Olho texto=” “O turismo tem essa capacidade de valorizar a arquitetura e, ao mesmo tempo, valorizar a consciência histórica” ” assinatura=”Vanessa Mendonça, secretária de Turismo” esquerda_direita_centro=”direita”] “O turismo tem essa capacidade de valorizar a arquitetura, trazer luz para a reforma e o restauro dos patrimônios culturais e, ao mesmo tempo, valorizar a consciência histórica, a memória e identidade de um povo por meio de seus espaços”, destaca Vanessa Mendonça. “Por isso, sempre que criamos uma rota, pensamos também na jornada vivenciada, tanto pela população local quanto pelo turista, para promover ao máximo a experiência desse visitante. Ele tem que conhecer a história que está sendo contada por meio dos espaços e sair encantado.” Quem mora ou passa por aquela região vai se perceber numa área turística. Essa é a sensação que experimenta Teodora Anita de Melo, 60 anos, diariamente, ao longo dos 30 anos vividos na SQS 308. “É um orgulho morar aqui”, resume a aposentada. * Com informações da Setur
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Aniversário do sonho de Dom Bosco é comemorado com reformas e missa
Sem custos extras aos cofres públicos, reforma é executada com mão de obra direta de diversos órgãos do GDF | Foto: Renato Alves / Agência Brasília No dia em que se comemora 137 anos do sonho de Dom Bosco, padroeiro da capital, o Governo do Distrito Federal (GDF) entrega à população a reforma do parque que ostenta o nome do padre italiano que profetizou Brasília em 30 de agosto de 1883. Com a presença de frequentadores e autoridades, foi realizada neste domingo (30) uma missa campal no Monumento Natural Dom Bosco para celebrar a fé, comemorar a data e entregar o espaço público totalmente revitalizado. Foram cumpridas à risca todas as medidas de proteção recomendadas pelas autoridades de saúde contra o coronavírus, como mostram as imagens desta reportagem. Veja mais no vídeo: Os relatos do público resumem a qualidade do trabalho no local. Priscila Bastos, 35 anos, não participava de uma celebração presencial desde que a pandemia do coronavírus começou. “Escolhi estar aqui hoje, com a minha família, por ser um lugar aberto. Me surpreendi com as reformas que foram feitas no parque. Está um lugar mais bonito e agradável, e fico muito feliz de participar de um momento como esse”, elogia a nutricionista. A ciclista Débora Almeida, 32, escolheu o domingo ensolarado para pedalar com amigas e também aprovou a ampla revitalização do espaço. “Das outras vezes que vim aqui estava muito abandonado”, lembra. “Desta vez está muito organizado, com ciclofaixas e lixeiras. É fundamental ter um lugar seguro para praticarmos esportes. Com certeza vamos voltar mais vezes”, acrescenta a dona de casa. Nutricionista, Priscila Bastos curtiu sua primeira celebração presencial desde o início da pandemia: “Me surpreendi com as reformas. Está um lugar mais bonito e agradável” | Foto: Renato Alves / Agência Brasília Integração O secretário de Governo, José Humberto Pires, lembra que a ação só foi possível, em tão pouco tempo, por causa da integração de vários órgãos do Poder Executivo local. “O parque estava muito depredado e precisava de uma reforma, que não era feita há anos”, lembra. “Além do GDF, também contamos com o apoio da sociedade civil. Isso significa que todos estão incluídos na recuperação da cidade. Agora o local está cuidado, zelado e organizado para receber a população”, arremata o gestor. Sem custos extras aos cofres públicos, as intervenções são executadas desde 18 de agosto com mão de obra direta de diversos órgãos do governo. Os serviços incluem limpeza e revitalização geral tanto da área verde quanto das estruturas que fazem parte do Monumento Natural Dom Bosco. Participam da força-tarefa as secretarias de Meio Ambiente, de Governo, de Turismo e de Cidades. [Olho texto=”“Precisamos trabalhar para que essa cidade seja a terra prometida, uma cidade do bem e da prosperidade para todos”” assinatura=”Padre Jonathan de Souza, reitor do Santuário Dom Bosco” esquerda_direita_centro=”centro”] Além das pastas, integram as ações a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), a Companhia Energética de Brasília (CEB), a Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb), o Departamento de Trânsito (Detran-DF), o Departamento de Estradas de Rodagem (DER/DF), o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e a Administração Regional do Lago Sul. Socioeducandos da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap), órgão subordinado à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), também reforçam a lista de trabalhadores no projeto. Débora Almeida elogia segurança, organização e limpeza do parque: “Com certeza vamos voltar mais vezes” | Foto: Renato Alves / Agência Brasília Reforma Com o trabalho, agora será possível ver a verdadeira cor das pedrarias que compõem o anfiteatro, o palco, as escadarias e a arquibancada do equipamento público. A beleza dos detalhes ainda foi ressaltada com novas pinturas, reposição de vidros, troca de fechaduras e reforma de calçadas. Além disso, os três conjuntos de banheiros tiveram a parte hidráulica reformada, louças trocadas e pintura executada. Presidente do Brasília Ambiental, Cláudio Trinchão explica que as intervenções não param por aí. Em breve, também serão entregues pistas com acessibilidade que facilitarão o deslocamento de pessoas com dificuldade de locomoção. “Será uma reforma contínua, pois a ideia é fazer manutenções constantes nesses espaços. Além de organizado e limpo, o espaço revitalizado também traz o conforto aos frequentadores”, enfatiza Cláudio. Também começou a substituição de luminárias e foram instaladas novas lixeiras. O investimento também engloba itens de segurança, com instalação de guarda-corpo e corrimão, e em acessibilidade, com construção de rampas. O monumento Eu ♥️ Brasília recebeu novas demãos de tinta e todos os píeres de madeira foram consertados, com troca das ripas, e envernizados. Andar com fé: público respeitou as regras de distanciamento e uso de máscaras | Foto: Renato Alves / Agência Brasília Administrador do Lago Sul, Rubens Santoro Neto, lembra que, antes da pandemia, cerca de cinco mil pessoas frequentavam o parque semanalmente. “Além de valorizar o patrimônio público histórico e ecológico do DF, atraímos mais visitantes para o local. A Ermida Dom Bosco antecede a história de construção de Brasília e sua preservação resgata compromissos ambientais e históricos. Para nós é um legado que preservamos com orgulho”, declara. Turismo Durante todo o mês de agosto, a partir das homenagens ao padroeiro de Brasília, foi realizada uma série de atividades de estruturação e divulgação do turismo religioso, unindo na figura do santo as mais diversas crenças religiosas. É o que explica a secretária de Turismo, Vanessa Mendonça. “Promovemos várias atividades on-line voltadas para mostrar este enorme potencial do turismo religioso, respeitando a pluralidade das manifestações sagradas que tornam Brasília este local tão especial e místico”, afirma. Em dia de sol convidativo à população, águas azuladas do Paranoá realçam a vegetação do Cerrado | Foto: Renato Alves / Agência Brasília Entre os produtos apresentados pela Secretaria de Turismo está o programa Ciclo da Paz, que oferece um roteiro turístico voltado para quem tem interesse em conhecer melhor esta Brasília espiritual. O roteiro foi criado para que visitantes – e moradores – possam conhecer templos e monumentos de fé erguidos na capital federal, de modo que todas as crenças dialoguem em torno da ideia de cidade sonhada por Dom Bosco. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] De acordo com o padre Jonathan de Souza, reitor do Santuário Dom Bosco, realizar uma celebração aberta na Ermida é tornar concreto o sonho do santo italiano. “Precisamos trabalhar para que essa cidade seja a terra prometida, uma cidade do bem e da prosperidade para todos. Por isso, celebrar esse sonho de Dom Bosco é também sermos visionários, sonhar com o futuro de uma sociedade melhor”, destaca o religioso, que acompanhou de perto a preparação da missa. Mayara: “É muito importante que um governo acredite em todas as religiões, pois são elas que direcionam a população” | Foto: Renato Alves / Agência Brasília A secretária de Desenvolvimento Social, a primeira-dama Mayara Noronha Rocha, também prestigiou o evento e ressaltou a importância de investir no turismo religioso na capital. “É uma forma de resgatar a fé da nossa cidade. É muito importante que um governo acredite em todas as religiões, pois são elas que direcionam a população. Dom Bosco idealizou essa cidade. Nós, enquanto poder público, temos que investir para que a profecia de Dom Bosco continue se cumprindo nesta cidade”, reforça. Além da primeira-dama, participaram da celebração os secretários de Governo, José Humberto Pires, e da Unidade de Assuntos Religiosos, Kildare Meira, entre outros importantes atores sociais da capital | Foto: Renato Alves / Agência Brasília Para o secretário da Unidade de Assuntos Religiosos, Kildare Meira, o turismo religioso também é importante, pois movimenta a economia do DF. “A catedral é um dos locais mais visitados na nossa cidade. Se cuidamos desses espaços, estamos cuidando também daqueles que frequentam esses locais. Acreditar no sonho de Dom Bosco também é acreditar em Brasília”, destacou. 11° parque A Ermida Dom Bosco é o 11º parque reformado desde o ano passado. Na lista de reformas constam os seguintes: Saburo Onoyama, Cortado, Olhos D’Água, Águas Claras, Parque das Garças, Denner, Ezechias Heringer, Copaíbas, Tororó e Areal. Outros espaços públicos do gênero devem ser revitalizados até o final deste ano.
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Cultura para tudo quanto é lado
A Agência Brasília publica uma série de matérias que mostram ações do Governo do Distrito Federal em relação à reforma e manutenção dos espaços culturais. Na sexta-feira (7), o destaque foi para os monumentos culturais do Plano Piloto. Neste sábado (8), apresentamos as reformas no Catetinho e nos complexos culturais de Planaltina e Samambaia. No Catetinho, placas externas de educação ambiental foram instaladas próximas ao estacionamento, pela trilha ecológica e do lado de uma famosa nascente. Foto: Acácio Pinheiro | Agência Brasília Ele foi a primeira construção com traços modernistas da cidade. Para o poeta Nicolas Behr, mato-grossense de alma candanga, o espaço é filho do cateto, não se sabe se com a hipotenusa, mas, de nome Catetinho, entrou para história de Brasília como o marco da construção da saga que foi o surgimento da nova capital. E mais: “É um lugar estratégico no DF, com acesso à água nascente e um pôr do sol lindo”, observa Behr. “Sempre que passo por ali, indo para o Gama ou Valparaíso, fico pensando como aquele lugar é bonito”, constata, deslumbrado. Não há como se encantar. Construído em apenas dez dias, após amigos do presidente Juscelino Kubitschek ficarem indignados em ver o chefe da nação dormindo numa barraca do exército, enquanto visitava os canteiros de obras, um dos museus mais peculiares do País tem relevância histórica inenarrável. É um patrimônio cultural como poucos. E a preservação, cuidado, zelo e manutenção de toda sua estrutura, mais do que indiscutível. É o que está fazendo nessa gestão, de forma sistemática e carinhosa, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec), com a ajuda de órgãos parceiros. “O lugar tem uma importância inquestionável, é um dos símbolos da transferência da capital”, chama a atenção Artani Grangeiro Pedrosa, no comando há um ano e, desde 2017, servidora do agradável ambiente. “São equipamentos que fazem parte da história da nossa cidade, alguns tombados e que precisam ser zelados. Essa é a nossa preocupação”, enfatiza o secretário de Cultura, Bartolomeu Rodrigues. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”] As novidades por lá são muitas e estão em duas fases. A que estão em execução, a que já foram realizadas e as que ainda não saíram do papel. Mas vão sair. Há algumas vitórias, mesmo que no âmbito virtual, como as tratativas para o Acordo de Cooperação Técnica com o Brasília Country Club, parceria que visa a interligação de ações entre Museu do Catetinho e Museu Casa Velha Fazenda Gama, um pedaço dos primórdios do DF. “Foi uma das grandes conquistas que tivemos, esse acesso permite que os visitantes percorram um circuito histórico, era uma ligação histórica que foi resgatada”, diz, exultante Artani, formada em Biblioteconomia, com especialização em cultura patrimonial e museografia. “O novo acesso pelo Country diminuiu consideravelmente a distância do museu para a comunidade e visitantes”, observa. Sinfonia da Alvorada Na prática, placas externas de educação ambiental foram instaladas próximas ao estacionamento, pela trilha ecológica e do lado da famosa nascente onde um dia JK tomou a água de beber que deu origem à canção homônima que se tornou o primeiro registro musical na capital. O ano? 1959… Seus autores dispensam apresentação. “Essa história é muito emblemática na gênese da cidade, o Tom e o Vinícius passaram um tempo lá para compor a Sinfonia da Alvorada”, contextualiza Nicolas Behr. “Essas sinalizações são importantes porque dão ênfase de que estamos dentro de uma área de proteção ambiental”, explica a gestora Artani. Tanto é sério essa preocupação que um acordo firmado com o Museu do Cerrado, da Universidade de Brasília (UnB), irá dar início, no período de chuva, à criação de um espaço revitalizado e reflorestado com plantas nativas. “Essa é uma das missões do Museu do Catetinho, também: a preocupação com a preservação do Cerrado”, destaca. O Complexo Cultural de Planaltina dispõe de galeria e palco em estilo italiano com estrutura para camarins, além de um anfiteatro para 450 pessoas. Foto: Acácio Pinheiro | Agência Brasília A imponência cultural de Planaltina Com uma vida cultural intensa, Planaltina há tempos reivindicava a construção de amplo complexo cultural para a cidade mais antiga do DF, algo que aconteceu em 2018. Pela grandeza do local, a manutenção e reparos são serviços recorrentes. “A importância da revitalização se dá na manutenção da estrutura física do espaço público de cultura, garantindo vida útil do equipamento, além do conforto do público e dos agentes culturais que frequentam o Complexo”, explica Júnior Ribeiro, gerente do complexo cultural local. Então, mãos às obras. De março para cá, aproveitando a ociosidade do local devido à pandemia do novo coronavírus, revitalizações pontuais foram feitas, assim como de grandes portes. Detalhes que, como destaca o gestor da área, vão fazer diferença. Assim, placas de sinalização foram aplicadas nos banheiros, estacionamento e teatro de arena. Na parede do foyer, antes bem descascada, foi colocado um adesivo contando a história da área, o que deu novo frescor ao saguão. “Percebemos, também, que as árvores em volta do complexo estavam comprometendo a rede elétrica. Então, acionamos a Administração Regional por meio da Ouvidoria e o problema foi solucionado”, detalha Ribeiro, que destaca a poda e roçagem da grama ao redor do enorme prédio. Localizado no centro da cidade, quase do lado da sede administrativa do centenário município, o edifício cultural dispõe de galeria, palco em estilo italiano com estrutura para camarins, além de arquibancadas para um anfiteatro com capacidade para 450 pessoas. Dentro, o público pode chegar a 340 almas apreciadoras da arte. “O complexo deu vida nova a uma cidade que é rica em artistas e atividades culturais”, pontua o professor José Manoel, morador há mais de 40 anos de Planaltina. “Sem falar que é um ótimo ambiente para grandes apresentações, não deixando nada a desejar aos que existem no Plano Piloto”, compara. No Complexo Cultural de Samambaia, banheiros foram consertados, o piso de madeira da Sala de Dança passou por raspagem, lixamento e aplicação de verniz. E os jardins foram impermeabilizados. Foto: Divulgaçãoi | Secec Em Samambaia, um jovem equipamento cultural Com sua imponente forma de tenda, o Complexo Cultural de Samambaia, construído em 2018, é um jovem equipamento cultural que, apesar do pouco tempo, já precisou de manutenções regulares. Situação natural para um lugar com 14 mil metros quadrados. De modo que banheiros masculinos e femininos foram consertados, o lindo piso de madeira da Sala de Dança passou por raspagem, calafetagem, lixamento e aplicação de verniz. E os amplos jardins foram impermeabilizados. A água que se acumulou na laje, após a última chuva, foi toda escoada e as luminárias, reparadas. Grades de segurança foram colocadas na bilheteria e o forro da sala de administração foi consertado. “O Complexo Cultural Samambaia é um palco que abriga várias manifestações culturais, vai do teatro à música, da dança à poesia. E, portanto, precisa ser preservado”, comenta Élvia Sousa, gerente do ambiente. “Neste sentido, as revitalizações que foram e são realizadas pela Secec são importantes para manter o espaço em pleno funcionamento, contribuindo para que possamos atender a comunidade e preservar esse lugar de cultura lindo e que foi tão sonhado pela população de Samambaia”, agradece. *Leia neste domingo (9) – A reforma que está sendo feita no Museu de Arte de Brasília (MAB), que está prestes a ser reinaugurado após 13 anos fechado
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Crimes contra o patrimônio caem mais de 21% no DF
O número de crimes contra o patrimônio diminuiu 21,25% nos cinco primeiros meses de 2020 comparado ao mesmo período do ano passado. De janeiro a maio, foram registradas 14.908 ocorrências relacionadas às seis tipificações de roubos e furtos que englobam a classificação (veja arte). Nesse mesmo intervalo em 2019, eram 14.875. Apesar das ruas mais esvaziadas pela prevenção à disseminação de coronavírus, a Polícia Militar manteve o emprego operacional ostensivo pela capital. Os dados de criminalidade no Distrito Federal são monitorados mensalmente pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) e ajudam no planejamento de ações preventivas e repressivas dos órgãos. Conforme a última atualização, com registros até o fim de maio, a maior queda foi nos roubos a pedestres, com 24% de casos a menos. Neste ano, 9.284 pessoas foram roubadas nas ruas do DF, contra 12.282 no ano passado. Também foi 23% menor a quantidade de ocorrências de roubos em ônibus – foram 474 neste ano e 620 no passado. Os roubos de carros reduziram 22%. Neste ano, 1.132 carros foram roubados, 320 a menos. Os furtos em veículo regrediram de 3.828 em 2019 para 3.343 em 2020, uma queda de 13%. Mesmo com parte dos estabelecimentos fechados, o roubo a comércio diminuiu 15%: 469 ocorrências contra 554. Para o comandante do Centro de Comunicação Social da PMDF, coronel Souza Oliveira, a corporação manteve uma ação principal que gerou consequências. “Com a redução de pessoas nas ruas e fechamento do comércio, a Polícia Militar não reduziu o emprego operacional. Pelo contrário, manteve a quantidade de policiais em atuação, tornando mais contundente com aumento de produtividade”, observa. Entre todos os crimes contra o patrimônio, o único índice a crescer foi o de roubos a residências, que passou de 195 casos para 206. O coronel diz que uma hipótese é que, com a população mais em casa, o que seria um pequeno furto pode ter virado roubo, com emprego de violência. “A recomendação é adotar todas as medidas preventivas possíveis, como maior cautela ao chegar e sair, orientar porteiros, manter portão fechado”, orienta. “O oportunista sempre vai existir, então é preciso diminuir a chance de sucesso”, emenda. Sensação de segurança “Parece que tem mais policiais nas ruas”, aponta Luisa Matos. Técnica em enfermagem de 36 anos, a moradora de Ceilândia não pode ficar em casa, já que presta serviço essencial de enfrentamento à pandemia. “Eu só saio para trabalhar ou comprar comida e sempre cruzo com viaturas ou policiais no caminho”, diz. “A gente sabe que criminoso não tem empatia, não dá para relaxar”, diz a mulher que teve o carro arrombado no ano passado. Proprietário de um comércio em Planaltina, João Pedro Ferreira, de 42 anos, acredita que ficar mais tempo em casa contribui para a sensação de segurança. “A gente fica menos exposto aos riscos que podemos encontrar nas ruas”, observa. Ao manter as portas da sua loja fechada, porém, ele ficou apreensivo. “É exatamente o oposto porque se torna vulnerável e sempre há medo de se aproveitarem para roubar, mas não tive qualquer problema… Graças a Deus”, afirma. Produtividade Com proporção maior de militares pelas cidades, mais armas e drogas foram retiradas de circulação. “Todas essas apreensões estão diretamente ligadas à prevenção de outros crimes, como roubos, homicídios e acertos de contas”, explica. Neste ano, a PMDF recolheu 19,18% armamentos a mais que em 2019. Na ponta do lápis, foram 727 ante 610 na comparação dos mesmos cinco meses. Além disso, a quantidade de apreensões de quase todos os entorpecentes, alucinógenos e estimulantes superou o primeiro semestre do ano passado. O número de selos de LSD recolhidos passou de 131 para 410. De comprimidos de Rohypnol subiu de 3.589 para 5.721. Das unidades de ecstasy, de 131 para 1.455. “Estamos a todo vapor nas ruas para diminuir ainda mais todos os índices”, diz o coronel. Registros de ocorrência Para evitar aglomerações em tempos de prevenção ao coronavírus, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) ampliou as possibilidades de fazer ocorrências online. Entre os delitos que podem ser registrados pela internet estão: roubo, violação de domicílio, furto em residência ou comércio, roubo de veículos ou cargas e demais crimes contra o patrimônio com emprego de violência física. Para fazer o boletim de ocorrência, basta acessar o site da Delegacia Eletrônica, que está disponível 24 horas. Após o preenchimento dos dados e envio do formulário, a ocorrência é analisada por um policial civil, que poderá entrar em contato com o comunicante para tirar dúvidas. O atendimento nas delegacias continua normal, com protocolos específicos.
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Suspensão de pagamentos de contratos da carteira imobiliária tem prazo prorrogado
Foto: Arquivo / Agência Brasília A Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab-DF) prorrogou, por mais 90 dias, o prazo de suspensão dos pagamentos de parcelas dos contratos de financiamentos de sua carteira imobiliária. Não estão incluídos os imóveis que fazem parte do programa Morar Bem/Minha Casa, Minha Vida. Com a medida, estão dispensadas de pagar as parcelas durante esse período as famílias que tenham adquirido imóveis do patrimônio da Codhab-DF por meio de associações e cooperativas habitacionais vencedoras de certames licitatórios e/ou seus associados, ou por meio da venda direta. Também se incluem nesse grupo os templos religiosos. A prorrogação desse prazo, informa a companhia, tem como objetivo aliviar o impacto econômico na vida das pessoas e garantir a segurança de todos, respeitando os critérios de prevenção da Covid-90 que determinaram o isolamento social. A suspensão pode ser prorrogada ou interrompida a qualquer tempo pela Codhab. * Com informações da Codhab
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Oficinas de saber fazer mantêm viva a arte trazida pelos candangos
Abril é o mês de Brasília. A capital que celebra 60 anos no próximo dia 21 preserva sua característica ímpar de reunir povos de todos os cantos do país e do mundo. Presentes na narrativa das homenagens aos que fizeram a cidade nascer e crescer, os candangos são lembrados e homenageados em um local especial, o Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC). Regido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), o Museu Vivo, localizado entre as regiões administrativas de Candangolândia e Núcleo Bandeirante, comemora seus 30 anos no próximo dia 26, um domingo. O espaço abriga a exposição permanente “Poeira, Lona e Concreto”, que conta a história dos primeiros artistas de Brasília, assim como as primeiras fotos da construção da capital e o conjunto arquitetônico, que leva o visitante a passear pelas ruas que foram habitadas pelos construtores anônimos à época. [Olho texto=”“O Museu Vivo é um ambiente responsável por transformar vidas, além de contar uma história cheia de garra e otimismo escrita pelos candangos”” assinatura=”Guaraciaba Monteiro, tecelã e instrutora do Museu Vivo” esquerda_direita_centro=”direita”] Propositalmente tomado pela atmosfera interiorana, cenário habitual dos povos saídos de vários estados brasileiros para erguer a nova capital federal, o Museu Vivo ocupa as dependências do primeiro centro de saúde do Distrito Federal, o extinto Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira (HJKO). Construído em apenas 60 dias, o centro de saúde composto por edificações de madeira seguiu a mesma linha arquitetônica da primeira morada de JK na época da construção de Brasília, o Catetinho. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Inaugurado em 1990, o MVMC nasceu dentro dessas casas que abrigavam o antigo hospital para um projeto totalmente novo. Diante de uma demanda antiga da população do Distrito Federal em relação à memória da construção da cidade, o espaço foi ressignificado com o intuito de valorizar e preservar as tradições dos operários que ergueram o coração do Brasil. A alameda – composta de casa simples e coloridas, cercada por árvores frutíferas – faz parte do cenário que torna o museu “vivo”. Os cenários das exposições permanentes, retratados a partir de roupas, objetos, ferramentas e fotos, carregam as memórias dos trabalhadores otimistas que vieram de longe, cheios de esperança, em busca de uma vida nova. A gerente do Museu Vivo da Memória Candanga, Eliane Falcão, destaca a particularidade do centro cultural, onde os visitantes podem observar a convivência pacífica entre o passado e o presente. “O conceito do museu une o passado com os dias atuais, em momentos que filhos apontam as histórias e emoções vividas por seus pais e avós, despertando assim o interesse em aprender costumes da época em que surgiu Brasília”, ressalta. Além das exposições permanentes e itinerantes, o equipamento cultural oferece à comunidade as “Oficinas do Saber Fazer”, cursos de artesanato que resgatam os saberes populares e incentivam a interação com as novas tecnologias e possibilidades criativas. Responsáveis pela geração de emprego e renda de boa parte da população do DF, as aulas de tecelagem, artesanato produzido com barro e argila, costura, gravura, pintura, cerâmica e fotografia oferecidas pelo MVMC já capacitaram cerca de 10 mil profissionais. Referência Um dos cursos mais procurados é o de tecelagem, que se tornou um referencial de cultura e de troca de saberes para os profissionais locais. As peças produzidas, que vão desde colchas, redes e panos diversos, representam um misto da tecelagem nordestina – rica no colorido dos listrados – e das tecelagens mineira e goiana, que tem nos “repassos” sua maior expressão. A antropóloga e tecelã Ana Pina teve sua vida profissional marcada pelo Museu Vivo, onde iniciou seu processo de aprendizagem e chegou a ser coordenadora da oficina de tecelagem. “Foi o Museu Vivo que me apresentou o mundo da tecelagem manual, um universo totalmente desconhecido pra mim”, revela. Segundo a antropóloga, a criação dos cursos coincidiu com um período de efervescência cultural no Distrito Federal, em que os cursos eram bastante movimentados. Ela fala sobre a importância cultural e pedagógica da capacitação realizada no Museu. “Dei aula para homens, mulheres, pessoas que aprenderam a tecer ainda na infância.” Já a tecelã e instrutora do Museu Vivo, Guaraciaba Monteiro, conta que sua experiência durante uma despretensiosa visita em 1994 rendeu não só o passeio, mas construiu sua carreira profissional. Na oficina de tecelagem e barro, ela conheceu um modo descontraído de produzir. Hoje, Guaraciaba faz peças que vão desde vestuário até itens de decoração, como tapetes e redes. A moradora de Ceilândia destaca que o Museu Vivo possui ainda o papel de salvar vidas. “Ministrei cursos para muitos jovens com problemas psiquiátricos, que se encontraram e se reinventaram por meio do ofício do artesanato. O Museu Vivo é um ambiente responsável por transformar vidas, além de contar uma história cheia de garra e otimismo escrita pelos protagonistas do espaço, os candangos”, celebra. * Com informações da Secretaria de Cultura
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Jardim Botânico de Brasília celebra 35 anos com programação especial
| Foto: Rafael Castanheiras / Cerratenses O Jardim Botânico de Brasília (JBB) completa 35 anos no próximo dia 8 de março (domingo) e a celebração terá programação especial para os visitantes durante o fim de semana (dias 7 e 8). Entre as atividades programadas estão feiras de artesanato e orquídeas, palestra sobre meio ambiente, oficinas, exposição, passeio de trenzinho e outras ações voltadas para educação ambiental. Veja abaixo a programação completa (**). O ponto alto da comemoração acontecerá no domingo (8), às 10h, no Centro de Visitantes, quando haverá o lançamento do Selo e Carimbo Comemorativo em parceria com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios). “Na inauguração, há 35 anos, houve o lançamento desses produtos importantes e que viraram peças exclusivas de colecionadores e estão expostas no museu dos Correios. Nossa ideia neste ano foi fazer uma releitura do Selo e do Carimbo para celebrar a data valorizando as nossas maiores riquezas, que são a fauna e a flora do Cerrado”, adiantou a diretora-executiva do JBB, Aline De Pieri. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Projetos importantes serão apresentados durante a solenidade, como as obras em andamento – novo restaurante, a praça de alimentação e loja de suvenir – e parcerias fechadas com outros órgãos do GDF. “É uma maneira de mostrar ao público as mudanças que estamos promovendo e um pouco do planejamento para este ano. Queremos tornar a experiência dos visitantes por aqui ainda melhor”, complementou a diretora-executiva. Oficina da Natureza No dia 7, às 10h, haverá a inauguração da Oficina da Natureza, que será um espaço para cursos e ações de Educação Ambiental. A área de 41 m² é equipada com mesa, pia e torneira e toda a estrutura necessária para proporcionar ao público uma interação ainda maior com o Cerrado por meio de cursos práticos. Após a solenidade, a diretora Aline De Pieri vai ministrar curso gratuito de criação quadros e cartões com plantas. Os interessados vão aprender técnicas de secagem de flores e folhas para serem aplicadas em superfícies planas e que podem se tornar lindos objetos de decoração. As vagas para a atividade serão limitadas e as inscrições serão abertas na próxima semana. | Foto: Rafael Castanheiras / Cerratenses No dia 8, às 10h, terá a Oficina de Horta no Centro de Visitantes para ensinar aos visitantes técnicas de construção e manutenção de plantas em residências. Feira de Artesanato e Orquídeas A Secretaria de Turismo é parceira do JBB no aniversário de 35 anos e foi a responsável pela organização da Feira de Artesanato. O edital de chamamento para selecionar 20 artesãos interessados em expor e vender durante o fim de semana está aberto até o dia 23 de fevereiro. Os produtos a serem comercializados deverão, preferencialmente, apresentar atributos culturais e naturais referentes à Brasília e ao Cerrado. Além do artesanato, haverá exposição e venda de orquídeas que já é uma tradição no Jardim Botânico. Esta será a primeira edição do ano. Expresso do Cerrado Os passeios do trenzinho Expresso do Cerrado estão confirmados durante o fim de semana do aniversário. A ideia é levar os visitantes para um passeio lúdico pelos espaços do JBB. O veículo com capacidade para 40 pessoas sai do Centro de Visitantes. A ocupação é por ordem de chegada. | Foto: Rafael Castanheiras / Cerratenses Programação 5/3: quinta – feira: Abertura da exposição do artista visual Carlos Alvarez 7/3: sábado: 9h às 17h- Feira de Orquídeas 9h às 17h- Feira de Artesanato em parceria com Secretaria de Turismo 10h30, 11h30, 14h e 15h- Expresso do Cerrado 10h- Inauguração da Oficina da Natureza 10h30- Oficina de quadros e cartões de plantas 8/3: domingo: 9h às 17h- Feira de Orquídeas 9h às 17h- Feira de Artesanato 10h- Cerimônia do aniversário – Centro de Visitantes 11h- Plantio simbólico com as mulheres para celebrar o Dia da Mulher 10h- Oficina de Horta 10h30, 11h30, 14h e 15h- Expresso do Cerrado * Com informações do Jardim Botânico de Brasília ** A programação pode sofrer alterações
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GDF e Iphan investem em educação patrimonial
Durante o evento, foram distribuídos exemplares do livro Athos Colorindo Brasília, primeiro volume da coleção Patrimônio para Jovens. Estudantes da rede pública terão acesso à publicação | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília Na manhã desta terça-feira (11), o GDF, por meio de uma parceria entre a Secretaria da Educação (SEE) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), assinou um termo de cooperação técnica para a troca de conhecimento em ações de educação patrimonial. No evento, o presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, junto ao Iphan, assinou ainda uma carta de intenção com o intuito de ampliar a proteção patrimonial do DF. O governador Ibaneis Rocha foi representado pelo vice-governador Paco Britto. Também participaram das assinaturas de documentos o secretário de Educação, João Pedro Ferraz, bem como, pelo Iphan, o superintendente, Saulo Santos Diniz e o presidente interino, Robson Antônio de Almeida. “A assinatura desse acordo aumenta as possibilidades de aprendizagem, facilita a troca de experiências e contribui também para a ampliação do nosso patrimônio cultural, histórico e ambiental de Brasília”, destacou Paco Britto, lembrando que a ação será levada a todas as escolas do DF e trará grandes benefícios aos estudantes. Educação patrimonial O termo de cooperação técnica terá vigência de cinco anos. Nesse período, serão elaborados três livros que vão compor a coleção Patrimônio para Jovens. Também serão realizadas as Jornadas do Patrimônio Distrital, entre outros eventos. A parceria poderá ser prorrogada, caso haja interesse do Iphan e da SEE, ao final do cronograma de atividades, em janeiro de 2025. A parceria firmada para o intercâmbio de experiências está alinhada à Política de Educação Patrimonial do Iphan e ao Plano Distrital de Educação (2015-2024). O intuito é propiciar uma dimensão pedagógica inovadora, com a ampliação de possibilidades de aprendizagem e a expansão dos espaços e tempos educativos a partir da integração entre a escola e os espaços culturais. Durante o evento, alunos e professores das escolas classes e jardim de infância da 308 e 316 Sul, receberam exemplares do livro Athos Colorindo Brasília – primeiro volume da coleção Patrimônio para Jovens, representando toda a rede de ensino público que será beneficiada com o projeto. “É um presente valioso para nossas escolas, pois ensinará desde cedo aos nossos alunos a importância do valor e da preservação do nosso patrimônio cultural e artístico”, comentou Paco Britto. [Olho texto=”“É um presente valioso para nossas escolas, pois ensinará desde cedo aos nossos alunos a importância do valor e da preservação do nosso patrimônio cultural e artístico”” assinatura=”Paco Britto, vice-governador do DF” esquerda_direita_centro=”direita”] Aniversário de Brasília A assinatura dos documentos foi citada como parte das celebrações do aniversário de Brasília. Em abril, a capital federal completará 60 anos de fundação e 30 anos de tombamento de seu conjunto urbanístico pelo Iphan. O superintendente do Iphan no DF, Saulo Diniz, ressaltou a sinergia e a comunicação como fatores essenciais na busca dos melhores caminhos para promover a educação patrimonial. “Temos que preservar Brasília e deixá-la para o futuro”, considerou. Capacitação e cursos O acordo prevê ainda a capacitação, o aperfeiçoamento e a especialização técnica de professores, orientadores educacionais e profissionais da carreira da assistência, por meio de cursos de formação, oficinas e palestras, além de outras atividades conjuntas e complementares de interesse comum. Diniz explicou que o plano de ação do projeto envolve 1,5 mil professores capacitados e cerca de outros três mil, por meio de estudo a distância. Ele lembrou que a educação patrimonial é um dos pilares de uma política efetiva relacionada ao patrimônio cultural. O presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, por sua vez, salientou que o banco se insere nesse contexto e fomenta o ato de leitura e a preservação da capital. [Numeralha titulo_grande=”1,5 mil” texto=”Número de professores capacitados envolvidos no projeto” esquerda_direita_centro=”direita”] Robson Almeida ponderou que essa primeira ação educativa demonstra como o instituto vem trabalhando nos últimos anos. “Transformamos o ônus [de preservação do patrimônio] em bônus”, declarou. “Precisamos de outros olhares, e o GDF vai nos ajudar nisso”. O secretário de Educação, João Pedro Ferraz, ratificou as palavras do representante do Iphan, ao considerar que a preservação do patrimônio tem um custo elevado. “Nosso exército de alunos vai estar preparado para admirar e colaborar com esse patrimônio”, anunciou. Representando o ministro Marcelo Álvaro Antônio, que estava em viagem para o Rio de Janeiro, o secretário nacional de Desenvolvimento e Competitividade do Turismo, William França, também abordou a simbiose entre os envolvidos no projeto, anunciando que a meta do Ministério do Turismo é dobrar o número de turistas em Brasília. “É preciso resgatar a necessidade de conhecer Brasília, e esse projeto pode injetar ânimo nas crianças”, atentou. A cerimônia, realizada na Sala Mário de Andrade, no Iphan, também contou com as presenças dos secretários de Governo, José Humberto, Turismo (Vanessa Mendonça), Casa Civil (Valdetário Monteiro), Desenvolvimento Econômico (Ruy Coutinho) e Desenvolvimento Urbano e Habitação (Mateus Oliveira). Participaram ainda diretores e professores da rede pública de ensino do DF, representantes do governo federal e do DF, entre outros.
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Crimes contra a vida e contra o patrimônio caem 17% em janeiro
Em um mês, o SOS DF Segurança foi responsável por uma queda de 17% nos crimes contra a vida e também contra o patrimônio no Distrito Federal. Com um conjunto de medidas de impacto, o Governo de Brasília consegue, aos poucos, resgatar a sensação de segurança dos moradores da capital. Em janeiro do ano passado, houve 35 homicídios, latrocínios (roubo seguido de morte) e lesão corporal seguida de morte em todo o DF. Em janeiro deste ano ocorreram 29 ocorrências dos crimes contra a vida. São seis crimes classificados como crimes contra o patrimônio: roubo de veículos, roubo a pedestres, roubo a coletivo, roubo a residência, roubo a comércio e furto em veículo. No primeiro mês de 2018, ocorreram 3.936 ocorrências destes crimes. Número que caiu para 3.263 em janeiro de 2019. [Numeralha titulo_grande=”SOS DF Segurança” texto=”Reabriu, de imediato, duas importantes delegacias. A 19ª DP, em Ceilândia, que atende o Sol Nascente, e a 11ª DP, no Núcleo Bandeirante, estavam funcionando das 9 às 19 horas e passaram a funcionar em tempo integral” esquerda_direita_centro=”direita”] Os bons resultados foram alcançados graças ao fortalecimento do trabalho integrado entre as forças de segurança e outros órgãos de governo. E também a um trabalho estratégico das forças de segurança. “Não tenho homens para colocar em cada esquina. Então distribuímos os policiais por manchas criminais, onde acontece o maior número de crimes”, explica o secretário de Segurança Pública, Anderson Torres. De imediato, o SOS DF Segurança reabriu duas importantes delegacias. A 19ª DP, em Ceilândia, que atende o Sol Nascente, e a 11ª DP, no Núcleo Bandeirante, estavam funcionando das 9 às 19 horas e passaram a funcionar em tempo integral. Outra medida importante alcançada pelo Governo do Distrito Federal foi a aprovação da lei que instituiu a gratificação de serviço voluntário para policiais que se proponham a trabalhar no período de folga e a criação de cargos para que policiais aposentados voltem à ativa. A proposta é que todas as 13 delegacias que ainda funcionam parcialmente atendam 24 horas por dia. O SOS DF Segurança foi reforçado ainda com a assinatura do Decreto nº 39.627, no dia 11 de janeiro, pelo governador Ibaneis Rocha, que aumentou a gratificação por serviço voluntário de policiais militares de R$ 300 para R$ 400. O serviço é prestado durante o período de folga. A medida vai reforçar o efetivo nas ruas do Distrito Federal. “Ampliamos e melhoramos o serviço da segurança pública. Para isso, aumentamos o valor das gratificações e pudemos trazer mais policiais para as ruas. Os resultados positivos já estão aparecendo”, diz Anderson Torres. Operações policiais No primeiro dia após tomar posse, o secretário de Segurança Pública comandou, pessoalmente, o início da Operação Prioridade, ao lado da comandante-geral da Polícia Militar do DF (PMDF), coronel Sheyla Sampaio. As ações aconteceram em Ceilândia, Samambaia, Planaltina, Brasília, Taguatinga, Recanto das Emas, Paranoá e Gama. A Operação realizou até agora 2,2 mil revistas pessoais e 2,3 mil veículos abordados. O trabalho policial resultou em 32 prisões em flagrante, seis armas apreendidas, 13 ocorrências de apreensões de drogas, num total de 25 termos circunstanciados e 120 ocorrências registradas. As ações se estenderão por cerca de dois meses e alcançarão todas as regiões administrativas do Distrito Federal.
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