Aluguel Social completa um ano garantindo dignidade e um novo começo para mulheres e seus filhos
Criado em 2024 pela Secretaria da Mulher (SMDF), o Programa Aluguel Social — que atualmente garante o benefício mensal de R$ 600 a 536 mulheres atendidas — sela o compromisso do Governo do Distrito Federal (GDF) com o acolhimento e apoio a vítimas de violência doméstica. Além do auxílio de R$ 600, programa encaminha beneficiárias a serviços de saúde e psicossociais | Foto: Divulgação/SMDF “Este programa é uma oportunidade concreta para que essas mulheres possam dar um novo passo em suas vidas, recuperando a autoestima e a esperança, elementos essenciais para que elas e seus filhos possam construir um futuro mais digno” Giselle Ferreira, secretária da Mulher A assistência oferecida vai além do apoio financeiro: as beneficiárias também são acompanhadas nas unidades da secretaria, onde recebem avaliação detalhada das demandas emocionais e sociais, permitindo o direcionamento para serviços que contribuem para a reconstrução da autonomia e do bem-estar. Libertação Moradora de Planaltina e mãe de cinco filhos, Ana Karina é a voz de uma entre várias mulheres que enfrentaram a difícil decisão de romper com um ciclo de violência. “Para mim, o Aluguel Social foi um ato extraordinário, porque garante que mulheres assim como eu não precisem mais se submeter à violência doméstica”, relata. “Foi uma libertação muito grande”, enfatiza. “Sou acompanhada em todas as áreas, e todos os profissionais me tratam bem — desde o recepcionista até a psicóloga. Me sinto segura. Se não fosse a Secretaria da Mulher, eu ainda estaria em um grande quadro de depressão e sozinha. Foi a equipe que me ajudou.” “Cada chave entregue representa uma vitória, um passo rumo a um futuro mais justo, a uma sociedade que valoriza e protege as mulheres” Celina Leão, vice-governadora A secretária da Mulher, Giselle Ferreira, lembra que o benefício traduz a sensibilidade e o compromisso da gestão pública com a garantia dos direitos humanos: “Este programa é uma oportunidade concreta para que essas mulheres possam dar um novo passo em suas vidas, recuperando a autoestima e a esperança, elementos essenciais para que elas e seus filhos possam construir um futuro mais digno”. A vice-governadora Celina Leão reforça a importância da iniciativa: “O Aluguel Social representa o compromisso do GDF com a dignidade das mulheres que enfrentam situações difíceis. Ao completar um ano, o programa se consolida como uma iniciativa humanizada que transforma vidas. Cada chave entregue representa uma vitória, um passo rumo a um futuro mais justo, a uma sociedade que valoriza e protege as mulheres”. Encaminhamentos [LEIA_TAMBEM]O Aluguel Social também estimula o acesso a programas sociais complementares e ao cadastro em programas habitacionais, fortalecendo a rede de proteção e apoio. Entre as ações disponibilizadas estão a análise da composição familiar, o agendamento de consultas de acompanhamento, a elaboração do chamado mapa da vida e o suporte jurídico e assistencial. Conforme a necessidade de cada caso, o acompanhamento pode ser feito de forma mensal ou quinzenal, garantindo um suporte contínuo e personalizado. Para ter acesso ao benefício, é fundamental que a mulher resida no Distrito Federal e esteja em atendimento por algum dos equipamentos da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência da SMDF. Têm prioridade os casos de mulheres acolhidas na Casa Abrigo e na Casa da Mulher Brasileira, assim como aquelas com filhos de até cinco anos, desde que atendam aos critérios exigidos para o recebimento do benefício. *Com informações da Secretaria da Mulher
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Psicóloga da rede pública de saúde alerta sobre atenção dos pais com redes sociais
O recente falecimento de uma criança de oito anos após participar de um desafio viral nas redes sociais reacendeu um alerta urgente sobre os perigos escondidos no universo digital. A tragédia comoveu o país e levantou discussões sobre os limites e cuidados necessários do acesso de crianças e adolescentes a redes sociais e plataformas na internet. Psicóloga da infância da SES-DF alerta: mundo digital pode confundir até mesmo os adultos | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde “Separar o que é real do que é falso, o que é seguro do que é perigoso, exige maturidade – algo que ainda está sendo construído nessas faixas etárias” Fernanda Jota, psicóloga da infância da Secretaria de Saúde A psicóloga da infância Fernanda Jota, da Secretaria de Saúde (SES-DF), lembra que a supervisão dos pais e o diálogo aberto são fundamentais para a proteção de crianças e adolescentes no ambiente digital. “É essencial que os pais orientem seus filhos sobre conteúdos perigosos, violentos ou que causem qualquer tipo de desconforto”, aponta. “Converse com seu filho sobre o que ele vê na internet. Ensine-o a refletir sobre o conteúdo consumido e a adotar uma postura crítica e de dúvida. É importante que ele saiba que pode procurar você sempre que se sentir inseguro ou incomodado.” Fernanda destaca que o mundo digital pode confundir até mesmo os adultos, e isso se intensifica para crianças e adolescentes, que ainda estão em fase de desenvolvimento cognitivo e emocional. “Separar o que é real do que é falso, o que é seguro do que é perigoso, exige maturidade – algo que ainda está sendo construído nessas faixas etárias”, alerta. Tecnologia a favor da segurança A especialista recomenda o aplicativo gratuito Family Link, da Google. Com essa ferramenta, os pais podem monitorar o uso do celular dos filhos, controlar o tempo de tela e autorizar ou bloquear downloads de aplicativos. A plataforma também impede a navegação anônima, o que contribui para evitar o acesso a conteúdos impróprios, como pornografia. O Tempo de Uso, da Apple, oferece serviço semelhante. “Quando você entrega um celular a uma criança, ele precisa vir com regras claras e com uma configuração que permita o acompanhamento do que está sendo acessado”, pontua a psicóloga. “O Family Link permite essa supervisão com responsabilidade e respeito à privacidade. Seu filho precisa entender que você está presente para protegê-lo e não apenas para vigiá-lo. Quando há conexão, o adolescente compreende que o limite é uma forma de cuidado.” Recomendações A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda que adolescentes usem telas por, no máximo, duas horas por dia, e que crianças menores tenham o uso ainda mais limitado. O ideal é que os pais estejam atentos não apenas ao tempo de exposição, mas principalmente à qualidade do conteúdo acessado. A SBP também orienta que os pais acompanhem as tendências virais e conheçam os aplicativos mais populares entre os jovens, para que possam conversar de maneira mais próxima e atualizada com seus filhos. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Bem-estar do servidor: especialista elogia programas adotados pelo GDF
A Secretaria de Economia do Distrito Federal (Seec-DF), por meio da Secretaria-Executiva de Valorização e Qualidade de Vida (Sequali), recebeu nesta sexta-feira (8) a presidente da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV), Rita Passos, em uma visita institucional. A especialista destacou o compromisso do Governo do Distrito Federal (GDF) com o bem-estar de seus servidores e empregados públicos. Reconhecida nacionalmente pela promoção de programas nesta área e pela realização do Prêmio Nacional de Qualidade de Vida (PNQV), a ABQV premia empresas de alto desempenho com as categorias ouro, prata e bronze. Com isso, incentiva práticas que priorizam o bem-estar dos colaboradores em ambientes corporativos. No GDF, a presidente pôde conferir de perto iniciativas voltadas a este fim. A Secretaria-Executiva de Valorização e Qualidade de Vida (Sequali), recebeu nesta sexta-feira (8) a presidente da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV), Rita Passos | Foto: Divulgação/Seec-DF No evento, Rita Passos teve a oportunidade de conhecer, por meio de um vídeo, as principais ações de QVT, incluindo o trabalho do Espaço Qualidade de Vida, do Berçário Institucional Buriti e da Academia Buriti, entre outros. Esses espaços promovem satisfação e atendem às necessidades físicas e emocionais dos servidores. Rita relembrou, por sinal, a premiação do GDF nas categorias ouro e prata, concedida em 2021 e 2022, e reforçou o mérito das iniciativas. Segundo a presidente, o trabalho que o GDF realiza é inspirador e coloca o Distrito Federal entre os principais exemplos no país na promoção de ambientes de trabalho saudáveis e humanizados. Rita destacou seu encantamento com o projeto. “Ele é cuidadosamente planejado e estruturado”, diz. Ela destaca que os resultados positivos servem como referência para outros estados e esferas governamentais interessados em adotar políticas semelhantes. “Tudo isso, com certeza, traz mais saúde, satisfação e produtividade ao dia a dia dos servidores’’, ressaltou. Para a subsecretária de Valorização do Servidor, Tânia Monteiro, o reconhecimento valida o trabalho da equipe. “É uma motivação a mais para seguirmos aprimorando nossas ações e buscando sempre o melhor para o quadro funcional do GDF,” ressalta ela. Para o secretário-executivo de Valorização e Qualidade de Vida, Epitácio Júnior, somente a presença da especialista já representa um importante reconhecimento ao trabalho feito. “Isso reafirma nosso compromisso em consolidar práticas que promovam a saúde física, mental e social dos servidores”, destacou o gestor. *Com informações da Secretaria de Economia do Distrito Federal (Seec-DF)
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GDF de Ponto a Ponto: ‘Precisamos democratizar os espaços públicos de apoio a elas’, diz secretária da Mulher
As principais ações do Governo do Distrito Federal (GDF) para as mulheres foram o tema da edição desta quinta-feira (18) do podcast GDF de Ponto a Ponto, que contou com a presença da secretária da Mulher, Giselle Ferreira. Durante a entrevista, a titular da pasta destacou o trabalho do governo para apoiar as vítimas de violência doméstica, com a implantação de novos equipamentos públicos de acolhimento, criação de auxílios financeiros, investimento em capacitação profissional e mudança de protocolos para prevenir e coibir casos de feminicídio. “O mal do feminicídio não acaba com a morte da mulher, ele permanece e destroça as famílias; por isso fizemos um programa para acolher os órfãos”, afirma Giselle Ferreira | Foto: Agência Brasília Ofertar espaços seguros para as mulheres tem sido uma das prioridades do governo. Estão em construção quatro novas sedes da Casa da Mulher Brasileira (CMB) – local destinado atendimento, alojamento e capacitação de mulheres vítimas de violência – em Sobradinho II, Recanto das Emas, Sol Nascente/Pôr do Sol e São Sebastião, com investimento de R$ 8,8 milhões, e foram inaugurados os dois primeiros comitês de proteção à mulher, em Ceilândia e no Itapoã, de um total de sete unidades a serem lançadas nas administrações regionais do DF. Atendimento ampliado “Precisamos democratizar os espaços públicos de apoio à mulher”, afirmou Giselle Ferreira. “A Casa da Mulher Brasileira é um exemplo disso. É um espaço em que oferecemos serviços e capacitação. Hoje temos uma unidade em Ceilândia e estávamos sentindo falta de atender as regiões Norte e Sul. Também criamos um novo espaço e uma nova política com o Comitê de Proteção às Mulheres. É um espaço por meio do qual estamos dentro das administrações regionais nos aproximando mais da comunidade, porque a administração é o ponto-chave do governo nas cidades.” A secretária lembrou ainda que, nesta gestão, implantou o Espaço Acolher em substituição aos antigos núcleos de atendimento à família e ao autor de violência doméstica (NAFAVDs). São unidades disponíveis no Plano Piloto, Brazlândia, Gama, Paranoá, Planaltina, Santa Maria, Sobradinho, Samambaia e Ceilândia com atendimento multidisciplinar para homens e mulheres envolvidos em situações de violência doméstica tipificadas pela Lei Maria da Penha. Além disso, equipes da Secretaria da Mulher (SMDF) têm ido até as regiões administrativas com o programa Mulher nas Cidades, que disponibiliza serviços básicos e gratuitos nas áreas de promoção de saúde, desenvolvimento social, econômico e trabalho, justiça, educação, cultura e economia criativa, qualidade de vida, bem-estar e cidadania. Treze cidades já foram beneficiadas. Benefício social e autonomia econômica “O GDF tem investido e se comprometido com a empregabilidade e autonomia econômica das mulheres para que elas possam empreender ou entrar no mercado de trabalho” Essas ações são resultado da força-tarefa do GDF contra o feminicídio, que, lançada no ano passado, tem norteado as principais medidas do governo em relação à pauta feminina. Pioneiro, o DF criou os programas Acolher Eles e Elas, que concede um salário mínimo aos órfãos do feminicídio, e Aluguel Social, uma assistência financeira temporária e complementar para vítimas de violência doméstica em situação de extrema vulnerabilidade. “O mal do feminicídio não acaba com a morte da mulher, ele permanece e destroça as famílias; por isso fizemos um programa para acolher os órfãos”, detalhou Giselle. “O DF é a única unidade da Federação que preconiza o auxílio por criança. Concedemos um salário mínimo para cada criança da família.” A titular da SMDF contou também que o programa tem atuado para acolher as crianças oferecendo apoio psicológico, social e lazer: “Estamos fazendo diversas ações, como passeios com as crianças. Temos acolhido essas crianças para que elas possam virar essa página e ter uma dignidade”. Os benefícios podem ser solicitados por meio dos telefones 3330-3105 e 3330-3118. Apoio do governo Segundo a secretária, esses benefícios são uma forma de o governo apoiar as famílias e as vítimas para que elas, de fato, possam sair do ciclo de violência no qual foram inseridas. “A gente quer muito que essas mulheres não precisem do auxílio, mas vamos dar o apoio”, reforçou a secretária. “Se existe o problema, nós vamos ajudar, e queremos ajudá-las também na porta de saída”. A autonomia econômica é um dos fatores primordiais para essa mudança. A pasta tem firmado acordos de cooperação técnica para a reserva de 3% a 8% das vagas em empresas terceirizadas para mulheres vítimas de violência e ofertado cursos de capacitação profissional nos equipamentos públicos do GDF, como a Casa da Mulher Brasileira de Ceilândia. Giselle Ferreira reforçou: “O conhecimento transforma e faz com que a mulher tenha autoestima. O GDF tem investido e se comprometido com a empregabilidade e autonomia econômica das mulheres para que elas possam empreender ou entrar no mercado de trabalho”. Combate à violência “Só vamos mudar a sociedade quando criarmos meninas e meninas do mesmo jeito” Após uma alta dos crimes de feminicídio no ano passado, neste ano o DF apresentou redução de 63% nos casos. A queda nas ocorrências é fruto de um esforço conjunto do governo por meio da força-tarefa, como a mudança do protocolo de proteção às mulheres. Agora, sem necessidade de decisão judicial, as vítimas conseguem solicitar, nas delegacias especiais de Atendimento à Mulher (Deam I e II), na Asa Sul e em Ceilândia, os mecanismos de acionamento remoto de socorro e monitoramento dos agressores: Viva Flor e o Dispositivo Móvel de Proteção à Pessoa (DMPP). “Temos feito de tudo para zerar e incentivar cada vez mais a denúncia”, disse a secretária. “Nós diminuímos o número de feminicídio, mas não diminuímos as tentativas, só que elas não estão se concretizando porque estamos envolvendo toda a sociedade na luta.” O DF conta com diversos mecanismos de denúncia de casos de violência doméstica, pelos telefone 180 e 9610-0180 (Central de Atendimento à Mulher), 190 (Polícia Militar), 197 opção 0 e 98626-1197 (Polícia Civil), 129, opção 2 (Defensoria Pública). “A minha missão é fazer a prevenção em parceria com várias secretarias” A mobilização da população ocorre por meio das campanhas de identificação de violência promovidas pela Secretaria da Mulher e em parceria com o terceiro setor, como o banco vermelho – uma estrutura que, após ser instalada na Praça do Buriti, circulará pela cidade conscientizando sobre a mudança de cultura e informando sobre os canais de ajuda para as vítimas de violência. “A Secretaria da Mulher surgiu justamente para trabalhar a prevenção, porque, quando acontece a violência, a Secretaria de Segurança Pública e as polícias têm feito o seu papel de repressão”, ressaltou Giselle. “Todos os que cometeram feminicídio no DF estão presos ou mortos. A repressão acontece. A minha missão é fazer a prevenção em parceria com várias secretarias. Só vamos mudar a sociedade quando criarmos meninas e meninas do mesmo jeito.”
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Atleta apoiada por programa do GDF é classificada para as Paralimpíadas de Paris
A Secretaria de Esporte e Lazer do DF (SEL) segue com o compromisso de apoiar os atletas da cidade. O trabalho desenvolvido nos centros olímpicos e paralímpicos (COPs) é um exemplo: apoiada por programas da secretaria, a atleta do COP Samambaia Daniele Souza, 31, foi classificada nas Paralimpíadas de Paris deste ano. A atleta é a primeira mulher brasileira da modalidade do parabadminton a participar de uma paralimpíada. Daniele Souza: “A ficha ainda não caiu, mas vou dar o meu melhor” | Foto: Divulgação/Comitê Paralímpico Brasileiro O processo de classificação para as Paralimpíadas de 2024 levou Daniele a buscar inicialmente a vaga na dupla feminina, mas a classificação foi alcançada na categoria simples. Ela iniciou no esporte em 2012. Treinando no COP Samambaia e no COP da Estrutural, ela também obteve destaque no Parapan de Santiago (Chile) 2023, onde se sagrou campeã na categoria simples WH1. “O apoio da secretaria é de suma importância”, afirma Daniele. “Com a Bolsa Atleta e o programa Compete Brasília, temos conseguido prosseguir em nossa jornada. Os centros olímpicos e paralímpicos fazem um trabalho incrível.” “Daniele é um exemplo de superação e determinação. Seu sucesso é um reflexo do trabalho e dedicação que vemos nos nossos centros olímpicos e paralímpicos” Renato Junqueira, secretário de Esporte e Lazer Desde sua primeira convocação para a seleção brasileira em 2016, Daniele, que sempre teve incentivo de sua mãe, tem se dedicado intensamente ao parabadminton. “Eu amo o que faço, e o que mais me motiva a seguir é lembrar de tudo que passei e vivi, e ver onde estou hoje”, conta. “Deus é o meu alicerce, ele que me sustenta e me dá forças para seguir”. Determinação O secretário de Esporte e Lazer, Renato Junqueira, comemora o bom desempenho de Daniele e o trabalho desenvolvido pela pasta nos COPs: “Daniele é um exemplo de superação e determinação. Seu sucesso é um reflexo do trabalho e dedicação que vemos nos nossos centros olímpicos e paralímpicos. Estamos extremamente orgulhosos de tê-la como representante de Brasília em Paris”. Para as Paralimpíadas deste ano, a atleta segue firme nos treinos. “A ficha ainda não caiu, mas vou dar o meu melhor”, anuncia. “O trabalho será pesado, e preciso fazer aprimoramento de algumas coisas. Agora é dedicação dobrada”. “O esporte mudou a minha vida”, fiz. “Graças a ele, sou independente. Ele me fez ver que o limite não existe quando se tem força de vontade. O esporte é vida, tanto na vida pessoal quanto na profissional. Surgirão obstáculos, mas com fé e determinação, tudo é possível”. *Com informações da SEL
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Assistência jurídica à população em vulnerabilidade será ampliada em 2024
A Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) ampliou, este ano, os programas de atendimento à população em situação de vulnerabilidade. O aumento da oferta de serviços tem como objetivo intensificar a prestação de assistência jurídica integral, gratuita e de excelência aos necessitados. Programas que atendem a população vão ganhar reforço na Defensoria Pública do DF | Foto: Divulgação/DPDF [Olho texto=”Novo equipamento itinerante a ser entregue em breve vai ajudar na descentralização do atendimento nos núcleos de assistência jurídica” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A ação mensal gratuita Dia da Mulher é uma das iniciativas a serem ampliadas. Iniciado em maio de 2023, o projeto terá a rede de parceiros estendida para diversificar ainda mais a oferta de serviços para mulheres em situação de vulnerabilidade. São disponibilizados exames citopatológicos, mamografias, inserção de DIU, exames de DNA, atendimento odontológico, consultas com uma médica da família e profissionais de enfermagem, além de atendimentos de mediação, orientação jurídica e psicossocial, entre outros. A ação já atendeu mais de 4 mil mulheres durante as oito edições realizadas. A unidade móvel de atendimento itinerante da DPDF também ofertará mais serviços para garantir direitos fundamentais às famílias em situação de vulnerabilidade. Isso porque um novo equipamento itinerante mais moderno e acessível será entregue, em breve, para descentralizar o atendimento dos núcleos de assistência jurídica (NAJs) da DPDF, aproximando a instituição das comunidades que mais precisam. Carreta da Defensoria Conhecido como Carreta da DPDF, o equipamento itinerante percorreu, em 2023, Fercal, Samambaia, Vicente Pires, São Sebastião, Jardim Botânico, Taguatinga, Ceilândia, Sol Nascente, Recanto das Emas, Planaltina, Samambaia, Estrutural, Gama, Guará, Recanto das Emas, Sol Nascente, Brazlândia, Riacho Fundo, Plano Piloto, Núcleo Bandeirante e Sobradinho. Também foram visitados os presídios do DF, o Centro Pop de Taguatinga, a Casa de Ismael – Lar da Criança, a Rodoviária do Plano Piloto e o Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade. Outra iniciativa a ser ampliada é o projeto Paternidade Responsável, que atende, extrajudicialmente, demandas relacionadas à investigação de material genético, sem custos. A ação é essencial para a garantia do exercício pleno dos direitos individuais das famílias atendidas, incentivando o reconhecimento voluntário da paternidade e ofertando exames de DNA entre as partes, desde que todos estejam de acordo. Gênero O projeto Cidadania Não Binária também ampliará a quantidade de mutirões para retificação de nome e gênero em documentos de pessoas trans ou que não se identificam com nenhum dos gêneros. A próxima etapa é a emissão das certidões de nascimento retificadas com a requalificação de gênero e nome. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A iniciativa, fruto de uma cooperação entre a DPDF, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e a sociedade civil organizada, visa à efetivação de direitos, garantindo visibilidade e cidadania a essa parcela da população. O aumento dos mutirões carcerários também está no foco da atuação da DPDF neste ano, com apoio da unidade móvel de atendimento itinerante. O serviço oferta assistência jurídica e psicossocial, além de fiscalizar as condições de saúde e alimentação dos detentos e facilitar o contato dos presidiários com seus familiares. “A ampliação dos serviços da Defensoria Pública não apenas proporciona acesso à justiça a um número maior de pessoas, mas também contribui para o fortalecimento do estado de direito e permite que todos sejam tratados com igualdade perante a lei, promovendo, assim, a inclusão social”, reforça o defensor público-geral, Celestino Chupel. *Com informações da DPDF
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DF tem mais de 35 mil profissionais qualificados em programas do governo
Os dois principais programas de capacitação do GDF, o QualificaDF e o RenovaDF, somam 35 mil pessoas treinadas e encaminhadas ao mercado de trabalho desde 2021. O quantitativo vai crescer em 2023, com a previsão de mais 45 mil vagas ofertadas nestes e nos demais programas da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet). Treinamento do RenovaDF: participantes desenvolvem noções de jardinagem e construção civil enquanto ajudam a recuperar espaços públicos | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Iniciativas da pasta têm ajudado profissionais a sair da incerteza e conquistar um emprego. Assim ocorreu com o agora jardineiro Marconi Santos. Após uma temporada de “bicos” e vagas temporárias, ele obteve o certificado do RenovaDF, por meio do qual aprendeu serralheria, pintura e a própria jardinagem para ter a carteira assinada. [Numeralha titulo_grande=”24 mil ” texto=”profissionais foram formados pelo QualificaDF em 2022″ esquerda_direita_centro=”direita”] “Depois que fiz o curso, foi difícil um dia em que fiquei desempregado”, comemora. “Não só eu, como todos do meu grupo, que eram mais de 100 pessoas, hoje estão todos empregados. E, no meu caso, consegui um emprego de jardinagem no Sesi Lab.” O programa que ajudou Marconi a voltar ao mercado de trabalho foi lançado em 2021 e já capacitou mais de 11 mil pessoas, em sete ciclos, com parceria do Senai-DF. Os participantes aprendem noções básicas de construção civil e jardinagem enquanto recuperam os espaços públicos da cidade, como parquinhos, praças, quadras poliesportivas e campos sintéticos de futebol. Mais de 1,2 mil equipamentos foram reformados em 15 regiões administrativas por meio desse programa. QualificaDF Já o QualificaDF capacita pessoas nas áreas que mais contratam no DF. Ou seja, as opções acompanham a demanda do mercado e colaboram para que o aluno conclua o curso com uma vaga de emprego encaminhada. Em 2022, foram 24 mil alunos formados, número que, para este ano, tem estimativa de ultrapassar a casa dos 27 mil. Na atual turma, mais de 8 mil alunos participam gratuitamente de 40 cursos nas áreas de vendas, indústria, agronegócio, serviços e saúde. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Tanto o RenovaDF quanto o QualificaDF são coordenados pela Sedet. Somando os investimentos desde 2021 e os previstos para 2023, o GDF destina cerca de R$ 221 milhões aos dois programas – R$ 100 milhões para o RenovaDF, desde 2021, e R$ 121 milhões no QualificaDF, no período compreendido entre 2022 e este ano. Para o titular da Sedet, Thales Mendes, o sucesso na oferta de empregos deve-se a pelo menos três fatores: “Primeiro, o reaquecimento da economia com a permissão para reabertura das empresas; depois, a quantidade de obras do próprio governo e os incentivos oferecidos; e, em terceiro lugar, o trabalho de buscar junto às entidades representativas de cada segmento o acesso às empresas, para que possamos oferecer nossos serviços de agenciamento”. Para quem tem interesse em buscar qualificação, as informações sobre inscrições dos programas podem ser encontradas no site da secretaria.
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No Dia do Agricultor, conheça os programas que beneficiam produtores
Brasília, 22 de julho de 2022 – Todo dia 28 de julho, o agricultor, um dos principais motores da economia brasileira, é celebrado. A data em homenagem ao profissional está prevista em decreto publicado em 1960 pelo presidente Juscelino Kubitschek, como forma de reconhecer os profissionais que cultivam os produtos da terra e os levam para a casa dos brasileiros. DF tem mais de 20 mil agricultores que atuam em produção diversificada | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “Hoje o agricultor tem uma importância ímpar, porque produz o alimento para satisfazer um terço da população do mundo; é um grande investidor, um apaixonado pela terra e pela preservação do meio ambiente”, comenta o secretário de Agricultura, Candido Teles. “O produtor rural exerce a agricultura por afinidade e amor, por gostar de cultivar, semear e colher. Aqui no DF, o produtor rural tem um atendimento muito especial.” Produção local Só no Distrito Federal, há mais de 20 mil agricultores produzindo uma diversidade de insumos, como mel, soja, algodão, leite, trigo, uva, goiaba e morango. Para incentivar o desenvolvimento rural, os profissionais têm acesso a sementes, adubos, calcário, assistência técnica e equipamentos ofertados gratuitamente pelo GDF, via Secretaria de Agricultura (Seagri) e Emater-DF. As sementes são retiradas na Granja Modelo do Ipê, no Park Way, onde está localizado o Banco de Sementes Comunitário. Cada produtor pode levar uma quantidade até o campo e depois devolver o dobro em sementes para que o banco continue renovado, com capacidade para atender um público ainda maior. Estão disponíveis sementes florestais, de espécies agrícolas, crioulas, de adubação verde e de plantas alimentícias não convencionais (Pancs). Ao todo, o banco conta com 40 espécies diferentes. Para ter acesso à programação do sistema de troca de sementes, o produtor deve se cadastrar na Granja Modelo do Ipê, da Seagri, pelo telefone 3380-3112 ou pelo e-mail getec@seagri.df.gov.br. Outra iniciativa é o Programa Reflorestar, que fornece mudas nativas do cerrado para recuperação e proteção dos recursos hídricos e a conservação do solo de áreas de preservação permanente (APPs), bem como para recomposição de reserva legal. O acesso pode ser feito por meio de solicitação de vistoria na propriedade diretamente na Seagri ou nos escritórios regionais da Emater.?
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DF registra queda nos crimes contra mulheres
[Olho texto=”“Esse trabalho, em parceria com outros órgãos de governo, tem garantido cada vez mais segurança e acolhimento às vítimas de violência doméstica” ” assinatura=” – Júlio Danilo, secretário de Segurança Pública” esquerda_direita_centro=”direita”] As ações de enfrentamento ao feminicídio e à violência doméstica da Secretaria de Segurança do Distrito Federal (SSP) pelo programa DF Mais Seguro garantiram reduções expressivas nos crimes contra a mulher. É o que mostram os dados do primeiro bimestre de 2022. Nos crimes de violência sexual, a redução foi de 38,4%, no comparativo com o primeiro bimestre de 2021. Foram 125 registros dessa natureza criminal em 2021 contra 77 este ano. Além dos procedimentos adotados pela SSP, o incentivo à denúncia contribuiu para uma redução de 14% nos dados de violência doméstica registrados no primeiro bimestre deste ano, em comparação ao mesmo período em 2021. Com base na Lei de Feminicídio (Lei nº 13.104, de 9 de março de 2015), houve uma vítima a menos desse crime no primeiro bimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Durante todo o ano passado, as delegacias especiais de atendimento à mulher (Deam 1 e 2) registraram 876 flagrantes relacionados à Lei Maria da Penha | Fotos: Divulgação/SSP-DF O secretário de Segurança Pública, Júlio Danilo, ressalta que a proteção e a garantia dos direitos da mulher são prioridade nas políticas de segurança pública e devem ser amplamente discutidas em todos os segmentos de governo e da sociedade civil. “Em março do ano passado, iniciamos um programa com uma série de projetos e ações para o enfrentamento qualificado aos crimes de gênero”, afirma. “Esse trabalho, em parceria com outros órgãos de governo, tem garantido cada vez mais segurança e acolhimento às vítimas de violência doméstica”. [Olho texto=”Lançado pela Secretaria de Segurança Pública, o Painel Interativo de Feminicídios permite o acesso interativo aos dados apresentados” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Iniciativas Prioridade na atual gestão, as estratégias de prevenção pelo programa Mulher Mais Segura reúnem medidas, iniciativas e ações de enfrentamento aos crimes de gênero e fortalecimento de mecanismos de proteção. Entre as ações propostas, está o Dispositivo de Monitoramento de Pessoas Protegidas, método pioneiro de acompanhamento por meio do qual dispositivos monitoram, simultaneamente, vítima e agressor, estabelecendo uma distância de segurança entre eles, impedindo que o agressor se aproxime. Até o momento, a Diretoria de Monitoramento de Pessoas Protegidas (DMPP) já acompanhou 46 vítimas de violência doméstica encaminhadas pelo Judiciário. Em parceria com a Secretaria da Mulher, foi inaugurada uma sala de acolhimento no Centro de Integrado de Operações de Brasília (Ciob), o Centro Especializado de Atendimento à Mulher IV (Ceam IV). Houve, ainda, a ampliação dos canais de denúncia e do atendimento às vítimas de violência doméstica com a inauguração de uma nova delegacia da mulher (Delegacia de Atendimento Especial à Mulher, Deam 2), além da possibilidade de a vítima registrar o boletim de ocorrência por meio da Maria da Penha Online, da Polícia Civil. Em mais de 70% dos casos de feminicídio não havia registro de violência anterior – ou seja, a denúncia permite a atuação dos órgãos responsáveis antes que crimes mais graves aconteçam. A denúncia ou o registro policial é muito importante para que as medidas de proteção possam ser ofertadas e implementadas, ressalta a delegada-chefe da Deam 2, Adriana Romana “Temos a missão e o dever de realizar um atendimento especializado e eficiente para todas as mulheres e destacamos a importância das denúncias para o sucesso desse trabalho”, esclarece a delegada-chefe da Deam 2, Adriana Romana. “Muitas vezes a mulher está sendo vítima de crimes no âmbito da Lei Maria da Penha e não procura a delegacia para o registro policial. Essa situação pode representar um risco extremo. Por isso, é muito importante a denúncia e/ou registro policial para que as medidas de proteção possam ser ofertadas e implementadas.” [Olho texto=”“A atuação integrada das instituições que compõem a rede de enfrentamento à violência doméstica contra as mulheres contribui para que as mulheres conheçam os canais de denúncia, além do trabalho preventivo voltado a essa temática que vem sendo desenvolvido”” assinatura=” – Major Regiane Borges, subchefe do CPSP” esquerda_direita_centro=”direita”] Durante todo o ano passado, as delegacias especiais de atendimento à mulher (Deam 1 e 2) registraram 876 flagrantes relacionados à Lei Maria da Penha. A Polícia Militar do DF tem aumentado a frequência das visitas do programa de Prevenção Orientada à Violência Doméstica (Provid), que, com policiamento especializado para casos de violência doméstica, efetuou quase 23 mil visitas familiares em 2021. “A atuação integrada das instituições que compõem a rede de enfrentamento à violência doméstica contra as mulheres contribui para que as mulheres conheçam os canais de denúncia, além do trabalho preventivo voltado a essa temática que vem sendo desenvolvido mediante, por exemplo, a realização de palestras”, pontua a major Regiane Borges, subchefe do Centro de Políticas de Segurança Pública (CPSP) da PMDF. “As equipes do Policiamento de Prevenção Orientado à Violência Doméstica e Familiar (Provid) da PMDF acabam criando e estreitando ainda mais os laços de confiança com as vítimas e famílias que estão sendo acompanhadas por esse policiamento, auxiliando na prevenção e interrupção do ciclo de violência.” A SSP lançou o Painel Interativo de Feminicídios, que norteia gestores públicos, sistema de justiça, acadêmicos, imprensa e população no debate sobre o tema Para mais transparência e aumento da interação com os diversos segmentos da sociedade e do governo no enfrentamento à violência contra a mulher, a SSP também lançou o Painel Interativo de Feminicídios, com dados apresentados de forma dinâmica e interativa. O material norteia gestores públicos, sistema de justiça, acadêmicos, imprensa e população no debate sobre o tema. As informações são atualizadas periodicamente e podem ser acessadas por meio do site da SSP, inclusive pelo celular. Viva Flor Também faz parte do programa DF Mais Seguro o dispositivo Viva Flor, direcionado para mulheres vítimas de violência doméstica e família e componente do Programa de Segurança para Ofendidas em Medida Protetiva de Urgência. A iniciativa tem como principal função o acionamento prioritário de emergência e funciona por meio de aparelho similar a um smartphone, disponibilizado de acordo com critérios estabelecidos pela Justiça. Uma vez acionado, o aparelho emite um chamado de forma prioritária na tela do computador do despachante do Ciob, que encaminha, imediatamente, uma viatura da Polícia Militar ao local. Estratégias de prevenção Em busca de conscientizar cada cidadão sobre o seu papel no combate ao feminicídio e à violência contra a mulher, a SSP lançou, em maio de 2019, a campanha #MetaaColher. Com o slogan “A melhor arma contra o feminicídio é a colher”, o movimento busca incentivar a denúncia como ferramenta de prevenção a esse crime. A campanha convida a sociedade a repensar a máxima de que “em briga de marido e mulher não se mete a colher”. O projeto busca expor o papel de responsabilidade de cada cidadão como engrenagem importante na cruzada contra o feminicídio. O entendimento é que é necessário desconstruir o padrão de comportamento omisso que muitas vezes uma testemunha assume diante de uma cena de violência doméstica. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A SSP ainda conta com o projeto Aliança Distrital – Instituições Religiosas e Sociais no enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar. A partir de acordo com instituições religiosas de diferentes segmentos, os participantes recebem orientações diversas, como oficinas de mediação de conflitos, divulgação dos serviços de acesso a direito familiar e conhecimentos sobre proteção às vítimas de violência sexual, práticas restaurativas e de responsabilização dos homens autores de violência doméstica e familiar, entre outras. Canais de denúncia Para denunciar, a SSP disponibiliza quatro canais: a denúncia online, o telefone 197 (Opção zero), o e-mail denuncia197@pcdf.df.gov.br e o WhatsApp (61) 98626-1197. A Polícia Militar do DF também se coloca à disposição a todas as vítimas de violência doméstica, que podem entrar em contato por meio do telefone 190. A viatura será deslocada de forma imediata à residência da vítima a fim de que sejam tomadas todas as providências cabíveis. *Com informações da Secretaria de Segurança Pública
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Com apoio do GDF, judoca brasiliense é destaque internacional
Em uma das paredes da casa da judoca Bianca Reis, no Jardim Botânico, há uma coleção de medalhas e de troféus. Fruto de uma trajetória no judô iniciada quando ela ainda tinha 7 anos. Hoje, aos 16, a brasiliense almeja mais vitórias para a coleção e está perto de conseguir. Em março, ela participa do Meeting Nacional, em Porto Alegre, e em abril compete nos Jogos Sul-Americanos da Juventude, em Rosário (Argentina). Essa rotina de viagens só é possível graças ao programa do Governo do Distrito Federal Compete Brasília, que incentiva a participação dos esportistas em competições, patrocinando passagens aéreas e terrestres. Bianca já utilizou o auxílio em sete oportunidades desde 2017 para competir em Lima (Peru), Guaiaquil (Equador), Santiago (Chile), Guadalajara (México), Pindamonhangaba (SP) e São Paulo. Em todas as oportunidades, voltou com 11 medalhas – nove de ouro, uma de prata e uma de bronze. A atleta em ação: com apenas 16 anos, desempenho já lhe garantiu várias medalhas importantes | Foto: Renato Araújo/Agência Brasília [Olho texto=”Em 2021, programa Compete Brasília beneficiou 1.233 atletas do DF” assinatura=” ” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “O Compete Brasília tem me ajudado muito nas minhas últimas competições, tanto nacionais quanto internacionais”, conta a jovem. “Consegui passagens para mim, para o meu pai e para o meu sensei [professor, orientador]. Na maioria das vezes a gente vai de avião, mas já fui de ônibus também. Independentemente do meio de transporte, já é uma ajuda.” Incentivo Além do Compete Brasília, que só em 2021 investiu R$ 3,3 milhões e beneficiou 1.233 atletas, Bianca Reis, desde 2018, conta com recursos de outro programa, o Bolsa Atleta. Concedido pela Secretaria de Esporte e Lazer (SEL), o benefício consiste em patrocínio mensal para atletas de alto rendimento com bons resultados em competições. No ano passado, foram investidos R$ 2,2 milhões para custear 230 desportistas. Por causa do Bolsa Atleta, o esporte se banca sozinho. Antes, os custos para treinamento, competições, equipamentos e quimonos eram bancados pela a família ou por meio de almoços e rifas. “A gente não tem que mais tirar do bolso”, lembra o pai de Bianca, Marcos Reis. “No início, era pesado. Quando ela foi para a primeira competição internacional, conseguimos as passagens com o Compete Brasília, mas tínhamos que pagar a inscrição, o hotel, comprar dólar. Fizemos rifa e almoços”. Com esse auxílio, Bianca e o pai podem ter como foco exclusivo os treinos e a preparação para as competições. A atleta tem levado o nome de Brasília pelo país e pelo mundo. Já conquistou prêmios nas categorias sub 21 e sênior. O sonho, claro, é conseguir um dia a classificação para as Olimpíadas. Bons resultados [Olho texto=”“Não vamos medir esforços. Queremos cada vez mais levar os nossos atletas para participar de competições” ” assinatura=” – Giselle Ferreira, secretária de Esporte e Lazer” esquerda_direita_centro=”direita”] “Tanto o Compete Brasília quanto o Bolsa Atleta incentivam esportistas de diversas modalidades”, reforça a secretária de Esporte e Lazer, Giselle Ferreira. “Conceder esses traslados é uma contribuição do Estado, porque a gente sabe que essas despesas oneram muito. Poder contribuir com essas alegrias não em preço. Não é um gasto, mas um investimento.” A gestora ressalta que o Compete Brasília é um “grande orgulho”, inclusive por se tratar do único programa desse tipo entre as todas unidades da Federação. “Estamos tendo muitos resultados positivos”, aponta. “Não vamos medir esforços e, para este ano, já aumentamos os recursos. Queremos cada vez mais levar os nossos atletas para participar de competições”. Em 2022, anuncia a secretária, serão destinados aproximadamente R$ 6 milhões para o programa. Outra novidade é a digitalização do programa. Os procedimentos de cadastro e requerimento do Compete Brasília agora são feitos online pelo site. O pedido deve ser protocolado no prazo máximo de 40 dias, para viagens nacionais, e de 60 dias, para as internacionais, antes do início competição . Já o Bolsa Atleta terá uma atualização com a apresentação de um projeto de lei que ainda está na fase técnica. “Estamos trabalhando para incrementar o programa porque algumas modalidades do paradesporto não estão inclusas; queremos modernizar e incluir modalidades como a paracanoagem, que está crescendo muito em Brasília”, informa a secretária. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Trajetória A paixão de Bianca Reis pelo judô começou nos tatames de jiu-jítsu, quando acompanhava o pai. “Na época, eu treinava e levava a Bianca comigo”, conta Marcos Reis. “Ela ficava lá vendo, fazendo cambalhotas, brincando e correndo. O meu professor sugeriu que a colocasse no judô”. Atualmente, Bianca treina todos os dias na Academia Corpo Arte, no Guará, com o orientador Oswaldo Navarro. “Ela está com a gente desde os dez anos”, conta o professor. “É muito gratificante vê-la, porque a gente sempre tenta despertar os alunos, fazer com que eles gostem do esporte”. Foi Navarro quem incentivou a menina a entrar no mundo das competições. “Ela foi se destacando, porque é superdisciplinada, aguerrida e bem competitiva”, avalia. “Fico feliz de termos conseguido despertar isso na Bianca”. A primeira competição oficial de Bianca foi o Campeonato Brasileiro de Judô, em 2016. Ela perdeu na primeira luta, mas não desistiu. No ano seguinte, conquistou o primeiro lugar na Copa São Paulo. Voltou ao Brasileiro e ficou na segunda colocação. No mesmo ano, garantiu o ouro no Pan-Americano e no Sul-Americano no sub 13. “Foi quando despertou de vez a minha paixão pelo esporte. Comecei a levar mais a sério do que antes. Os treinos começaram a se intensificar”, afirma a judoca. A partir daí, Bianca foi premiada duas vezes no Pan-Americano (2018 e 2019) com prata e ouro, duas vezes no Sul-Americano (2018 e 2019) – quando ganhou duas medalhas de ouro –, no Campeonato Brasileiro sub 21 e sênior (2021) – ouro e bronze – e nas seletivas Nacional (sub 18 e sub 21) e Sul-Americana, em 2022, conquistando três ouros.
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Famílias fortes e amparadas, sociedade melhor e mais segura
A família é a base da sociedade, já preconiza o artigo 226 da Constituição Federal. Com esse tipo de organização, o ser humano vem se desenvolvendo ao longo da história da humanidade. Algumas se organizam com pais e filhos, outras com avós, filhos e netos. Seja como for a configuração, o Governo do Distrito Federal (GDF) desenvolve políticas públicas buscando o fortalecimento de vínculos e a proteção integral desses grupos. Esse é o trabalho da Secretaria Extraordinária da Família (Sefam), vinculada à Casa Civil. [Olho texto=”“Para amenizar os impactos nas famílias do DF, desenvolvemos projetos que levaram à população serviços gratuitos e a conscientização sobre o papel e a importância da família”, diz o secretário extraordinário da Família, Martins Machado ” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Criada em meio à pandemia, a secretaria realizou um importante trabalho, em 2021, com mais de 1,1 mil pessoas atendidas. “Para amenizar os impactos nas famílias do DF, desenvolvemos projetos que levaram à população serviços gratuitos e a conscientização sobre o papel e a importância da família”, resume o secretário extraordinário da Família, Martins Machado. “Em 2022, teremos vários cursos profissionalizantes, e já estão em andamento novos projetos que beneficiarão a população”, anuncia. A pasta foi criada por meio do decreto nº 41.425, de 25 de setembro de 2020, e pauta suas ações baseadas nos três eixos de atenção à família: formação, desenvolvimento e fortalecimento. A expectativa para este ano é chegar ao mínimo de 3,3 mil atendimentos. Criada em meio à pandemia, a Secretaria Extraordinária da Família realizou em 2021 mais de 1,1 mil pessoas atendidas. Para este ano, a expectativa é chegar a, no mínimo, 3,3 mil atendimentos | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Uma das principais iniciativas da pasta é o SOS Família, programa social feito em parceria com o Instituto Semeadores do Amor que leva assistência social, psicossocial, jurídica (por meio dos conselhos tutelares e defensoria pública), de educação e de saúde a famílias em situação de vulnerabilidade social. No ano passado, oito encontros aos finais de semana foram realizados em diversas regiões administrativas do DF, como Ceilândia, Samambaia, Santa Maria, Recanto das Emas e Sol Nascente/Pôr do Sol. [Olho texto=”“Por meio da assistência social, pudemos entender as dificuldades e fazer os encaminhamentos aos setores responsáveis do governo, ouvindo efetivamente as demandas da comunidade”, afirma o coordenador de Formação, Desenvolvimento e Fortalecimento da Família, Mateus Lolas” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O coordenador de Formação, Desenvolvimento e Fortalecimento da Família, Mateus Lolas, explica o diferencial dessa ação em termos de família. “Por meio da assistência social, pudemos entender as dificuldades e fazer os encaminhamentos aos setores responsáveis do governo, ouvindo efetivamente as demandas da comunidade”, afirma. Outro projeto em prática é o Amor Pela Família, que, por meio de mentorias, fortalece o vínculo entre adolescentes e seus familiares. Atualmente, cerca de 300 jovens e suas famílias são atendidos no Centro de Ensino Médio (CEM) 12 de Ceilândia. Durante as etapas de atendimento, são combatidos a falta de diálogo, o uso de drogas, o consumo patológico de meios digitais, o bullying, a automutilação e o suicídio. Secretário extraordinário da Família, Martins Machado: “Em 2022, teremos vários cursos profissionalizantes, e já estão em andamento novos projetos que beneficiarão a população”| Foto: Divulgação Trabalho e família Atuando na diretriz da empregabilidade, o Escola Digital DF é uma iniciativa da pasta, realizada em parceria com a instituição Obras Sociais Jerônimo Candinho, que visa incentivar a segurança financeira familiar. No âmbito do programa, foram oferecidos 600 cursos na área digital, como marketing, design gráfico e empreendedorismo, para pessoas de 16 a 65 anos residentes no DF. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Mateus Lolas explica o motivo pela escolha da oferta de cursos digitais para a iniciativa: “São cursos de alta absorção, em um período em que o ambiente virtual está valorizado. Isso gera capacitação, encaminhamento para o mercado de trabalho e segurança econômica para as famílias”. Ainda há vagas para os cursos. Está interessado? Basta acessar o site da Escola Digital e seguir as orientações.
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Política do GDF para infância é destacada em evento nacional
O Distrito Federal está entre as cidades homenageadas pelo governo federal pelas ações realizadas em atenção à primeira infância. A secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, foi condecorada durante a solenidade de encerramento ao Mês da Primeira Infância, promovida pelo Ministério da Cidadania. [Olho texto=”“Estamos felizes em ver a condução do trabalho da equipe do DF. Inclusive, vimos o esforço em aumentar o número de famílias atendidas, passando para 3.200”” assinatura=”Luciana Siqueira Lira, secretária nacional de Atenção à Primeira Infância do Ministério da Cidadania” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O reconhecimento se deu pelo trabalho desenvolvido à frente do programa Criança Feliz Brasiliense, tornando o DF uma cidade modelo na implantação de políticas públicas para o público infantil. A cerimônia foi realizada nesta terça-feira (31). “Estamos muito felizes em ver a condução do trabalho da equipe do DF. Inclusive, vimos o esforço em aumentar o número de famílias atendidas pelo programa, passando para 3.200, e isso é muito importante”, disse a secretária nacional de Atenção à Primeira Infância do Ministério da Cidadania, Luciana Siqueira Lira. A gestora nacional ressaltou ainda que “essa parceria com o DF vem acontecendo durante todo o ano, um trabalho incrível. A nossa ideia é ampliar essas ações, para que a capital federal seja modelo para os demais estados.” Mayara Noronha Rocha comemorou o reconhecimento. A secretária distrital destacou a importância do governo em investir em políticas públicas voltadas à primeira infância: “Uma gestão que não investe no desenvolvimento infantil terá uma geração que se perde, fica sem referências.” A secretária nacional de Atenção à Primeira Infância do Ministério da Cidadania, Luciana Siqueira, e a secretária Mayara Noronha Rocha: “Que a capital federal seja modelo para os demais estados” | Fotos: Renato Raphael/Sedes “Os primeiros três anos de vida são fundamentais e vão definir o resto desse ciclo de vida desses indivíduos”, explicou Mayara Noronha, destacando o trabalho das equipes do Criança Feliz Brasiliense, que foi ampliado para 16 regiões administrativas. “Iniciamos com oito RAs. Agora, estamos dobrando esse número, para ampliar ainda mais as visitas domiciliares.” [Numeralha titulo_grande=”27.645″ texto=”atendimentos foram feitos pelo Criança Feliz Brasiliense em 2020″ esquerda_direita_centro=”direita”] “Temos como meta atender os mais vulneráveis entre os mais vulneráveis. Até porque uma criança que tem um cuidado responsivo, que tem a segurança de saber que há um cuidador ali por ela, torna-se muito mais confiante e tende a se arriscar mais na exploração do mundo. É a criança sendo apenas criança”, destacou a secretária. Programa distrital O programa Criança Feliz é considerado uma das seis iniciativas mais inovadoras do mundo no enfrentamento aos desafios globais da educação. No DF, o programa Criança Feliz Brasiliense é coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) e já acompanhou 1,6 mil crianças e mães em 2020, quando foram realizados 27.645 atendimentos. “O programa Criança Feliz Brasiliense atende famílias com filhos de 0 a 6 anos de idade, contribuindo com o desenvolvimento neurológico, cognitivo, psicomotor e emocional das nossas crianças”, destacou Mayara. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Durante o Agosto Verde, mês dedicado à primeira infância, a gestão do programa desenvolveu diversas atividades para debater a temática. Foram realizadas lives para explicar o programa e suas ações e o Palácio do Buriti foi iluminado na cor verde, como forma de chamar atenção da sociedade sobre a importância do desenvolvimento das crianças nos primeiros seis anos de vida. Também foi realizado o VII Festival Internacional de Artes Cênicas para a Primeira Infância, que teve uma apresentação de peça teatral exclusiva para famílias atendidas pelo programa Criança Feliz Brasiliense. Para mais informações sobre o programa acesse o site criançafelizbrasiliense.gov.br.
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BRB movimenta R$ 7,7 bi para diminuir impacto da pandemia
[Olho texto=”“Agimos para atender aos nossos clientes pessoas físicas e jurídicas e, assim, contribuímos com a preservação de empregos e funcionamento das empresas” ” assinatura=”Paulo Henrique Costa, presidente do BRB” esquerda_direita_centro=”direita”] Os programas criados pelo Banco de Brasília (BRB) para minimizar os impactos financeiros provocados pela pandemia da covid-19 já movimentaram R$ 7,7 bilhões. Por meio do Supera-DF, lançado em 2020, e do Acredita-DF, que entrou em vigor em março deste ano e segue até o próximo dia 31, o BRB atendeu mais de 140 mil clientes PF (pessoas físicas) e 11 mil clientes PJ (pessoas jurídicas). Banco mantém até o dia 31 o programa Acredita-DF com condições especiais e as menores taxas do mercado | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “O BRB foi o primeiro banco do país a anunciar um programa de recuperação dos impactos econômicos decorrentes da pandemia, ainda no ano passado, com o Supera-DF; e, como banco público, exerceu seu papel de atuar pelo desenvolvimento econômico, social e humano do Distrito Federal”, ressalta o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa. “Em 2021, não foi diferente. Agimos para atender aos nossos clientes pessoas físicas e jurídicas e, assim, contribuímos com a preservação de empregos e funcionamento das empresas.” [Olho texto=”Supera-DF movimentou mais de quatro vezes o valor previsto” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Além da liberação de novos créditos, tanto o Supera-DF quanto o Acredita-DF permitiram a suspensão de pagamentos de parcelas de financiamentos contratados – em todas as linhas – por até 180 dias. Inicialmente criado com a expectativa de liberar R$ 1 bilhão, o Supera-DF terminou em setembro do ano passado com R$ 4,4 bilhões, ou seja, movimentou mais de quatro vezes o valor previsto. O programa foi encerrado com o atendimento a 36 mil pessoas físicas e 8,5 mil pessoas jurídicas. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Já o Acredita-DF, lançado em março, entrou em vigor com a expectativa de atingir R$ 2,5 bilhões em crédito. Perto do fim, já movimentou R$ 3,2 bilhões e atendeu 104 mil clientes pessoas físicas e quase 3 mil empresas. Condições O Acredita-DF chega ao final na próxima segunda-feira (31) com uma série de condições especiais e as menores taxas do mercado. No caso de novas contratações, a taxa de juros para o crédito consignado é a partir de 0,79% ao mês (a.m.). Para renegociação de dívida, a taxa praticada será a partir de 0,80% a.m. Já no crédito pessoal, parte de 1,50% a.m. Para os clientes PJ, o Acredita-DF tem capital de giro a partir de 0,80 % a.m. e carência para pagamento de até 12 meses. Para investimento, a carência pode chegar a até 24 meses. *Com informações do BRB
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Comunidade LGBT+ conta com rede de proteção
Felipe Areda, da Sedes: “O Estado está se responsabilizando a construir um caminho em que as diferentes relações, desejos, identidades, corpos possam existir plenamente sem precisar ter medo ou receio” | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Ninete Nascimento tem 37 anos. Cabeleireira, a moradora da M Norte viu seu emprego ir embora durante a pandemia de coronavírus. Em casa, a comida minguou, a água foi cortada por falta de pagamento e o dia seguinte virou uma incógnita. Em situação de vulnerabilidade, ela conseguiu socorro da rede de proteção do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) da Diversidade, focado no atendimento LGBT+. “O Creas da Diversidade está me salvando, me tirando de um lugar do qual eu não conseguiria sair sozinha”, desabafa a mulher trans. “Eu estava vivendo uma situação totalmente lastimável, não tinha o que comer ou como tomar banho. Era preciso bater na porta dos vizinhos pedindo sobras”. Agora ela tem assistência jurídica e acesso aos auxílios destinados às pessoas em vulnerabilidade. “Não vou passar o resto da vida vivendo de auxílio. Estou fazendo bicos e tentando me especializar”, conta. Ninete: “O Creas da Diversidade está me salvando, me tirando de um lugar do qual eu não conseguiria sair sozinha” Ninete diz que se sente respeitada nos equipamentos públicos onde é atendida. “Sabemos que preconceito existe, mas se você tiver educação, pode entrar e sair de qualquer lugar, independentemente de quem você é”, observa. “Muitos não sabem que há assistência, que há pessoas dispostas a ajudar no governo, com muito carinho.” Para aprimorar o tratamento, servidores que trabalham em toda a rede de acolhimento participaram de uma oficina temática inédita. Em outubro, a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) promoveu uma capacitação sobre reconhecimento e respeito às identidades de gênero e orientações sexuais nos serviços de acolhimento. A intenção é esclarecer e multiplicar os conhecimentos sobre o tema para garantir atendimento de qualidade. “A política de assistência social possui um papel importante na garantia e na promoção de direitos para a população LGBT+, com a perspectiva da equidade e da diversidade no desenvolvimento das ações, programas, benefícios, serviços e projetos”, enfatiza a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha. A Sedes mantém ações contínuas para garantir os direitos socioassistenciais a essa população, por meio dos serviços e programas do Sistema Único de Assistência Social (Suas). [Olho texto=”“A política de assistência social possui um papel importante na garantia e na promoção de direitos para a população LGBT+, com a perspectiva da equidade e da diversidade”” assinatura=”Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social” esquerda_direita_centro=”centro”] “É gratificante estar junto a trabalhadores e trabalhadores na estruturação de uma rede de atendimento. O Estado está se responsabilizando a construir um caminho onde as diferentes relações, desejos, identidades, corpos possam existir plenamente sem precisar ter medo ou receio. É um importante projeto de sociedade diversa”, define o diretor de Serviços Especializados a Famílias e Indivíduos da Sedes, Felipe Areda, que comandou a capacitação. Rede de atendimento [Olho texto=”“Entendemos que a comunidade LGBT+ compõe uma comunidade cultural que necessita de atendimento especializado”” assinatura=”Felipe Areda, diretor de Serviços Especializados a Famílias e Indivíduos da Sedes ” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Temos uma rede bem expressiva de atendimento no DF”, afirma Areda. “Entendemos que a comunidade LGBT+ compõe uma comunidade cultural que necessita de atendimento especializado, embora [seus integrantes] possam ser recebidos em outros equipamentos. Ali, [o atendimento] é voltado à população quando vítima de situação de violência, discriminação ou violação de direitos que coloque em risco social.” O Creas da Diversidade, que fica na 614 Sul, tem dez anos de funcionamento, com educadores, psicólogos e assistentes sociais. Desde o início da pandemia, foram 862 atendimentos remotos. O mesmo serviço oferecido tradicionalmente no modelo presencial é feito por telefone, com espaço de escuta, identificação de demandas e solicitação de benefícios, provimentos de segurança alimentar, inserção em políticas de transferência de renda e encaminhamentos para demais políticas públicas. [Numeralha titulo_grande=”862″ texto=”Número de atendimentos remotos no Creas da Diversidade desde o início da pandemia” esquerda_direita_centro=”centro”] O acompanhamento é feito em rede com demais equipamentos de promoção dos direitos da comunidade, como o Ambulatório Trans, o Adolescentro, a Delegacia de Repressão aos Crimes por Discriminação (Decrin) e a Defensoria Pública. Vinculada ao Creas da Diversidade há uma equipe referenciada do serviço especializado em abordagem social que, composta por pessoas LGBT+, é responsável pelo trabalho de busca ativa da população em situação de rua. Assistência conjunta Em setembro, 54 pessoas foram abordadas em 12 regiões administrativas (RAs). Nessas ações, a equipe trabalha conflitos familiares, promove atendimento conjunto com a saúde, apoia o processo de mudança de prenome, identifica alguma situação de violência e aciona a segurança pública, além de auxiliar no acesso às demais políticas. Ou, ainda, encaminha para a unidade de acolhimento. A diretora dos Serviços de Acolhimento da Sedes, Daura Carolina Meneses, estima que de 5% a 10% do total de abrigamentos é de pessoas LGBT+. Ao todo, há 1.760 vagas para vulneráveis; por dia, são registrados cerca de 70 novos pedidos de vagas na casa de passagem. [Olho texto=”“Não existe ainda nenhum equipamento específico para esse público, mas eles são atendidos diariamente dentro dos existentes”” assinatura=”Daura Carolina Meneses, diretora dos Serviços de Acolhimento da Sedes” esquerda_direita_centro=”direita”] “Não existe ainda nenhum equipamento específico para esse público, mas eles são atendidos diariamente dentro dos existentes”, explica Daura. Na unidade feminina, há um quarto específico para mulheres trans. “Nossos servidores e trabalhadores da assistência têm que saber lidar sem cometer discriminação e sem julgar; por isso esse curso que ensina as diferentes expressões de gênero é tão importante.” No âmbito da proteção social básica, há ainda o programa Caminhos da Cidadania, ligado ao Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) e voltado a adolescentes de 15 a 17 anos. Entre os públicos prioritários, estão as vítimas de discriminação por LGBTfobia, racismo e outras formas de preconceito. Atualmente são 409 pessoas que participam de atividades educativas e debates promovidos pelo trabalho de construção de cultura de reconhecimento e respeito às diversidades. Saúde e cidadania A Secretaria de Saúde (SES) tem serviços específicos para o público LGBT+ na atenção secundária: aos adultos, o Ambulatório Trans; aos menores de 18 anos, o Adolescentro. Na atenção primária, a população é atendida pelas unidades básicas de saúde, sem distinção. Está em processo de construção a Linha de Cuidado de Atenção à Saúde às Populações LGBT+, com o objetivo de traçar o itinerário do usuário no seu cuidado, por meio da organização de cada ponto de atenção da rede para uma atenção humanizada e qualificada a essa população. A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) também trata de políticas públicas voltadas a essa comunidade. São exemplos a assinatura do Pacto de Enfrentamento à Violência LGBTfóbica, a adesão ao Pacto Nacional de Combate à LGBTfobia e a criação de portaria de atendimento à comunidade no sistema socioeducativo. Estímulo à autonomia “Nosso trabalho é desenvolver políticas públicas para diferentes grupos sociais no DF, incluindo a comunidade LGBT+”, afirma a titular da Sejus, Marcela Passamani. “Por isso, promovemos o acesso à saúde, estimulamos a autonomia financeira e a autoestima desse grupo, para que eles possam conquistar cada vez mais o seu espaço na sociedade, com dignidade, respeito e cidadania.” [Olho texto=”“Nosso trabalho é desenvolver políticas públicas para diferentes grupos sociais no DF, incluindo a comunidade LGBT+”” assinatura=”Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania” esquerda_direita_centro=”centro”] Nas ações do programa Sejus Mais Perto do Cidadão também há atendimento específico, com orientações sobre direitos, formas de denunciar atos LGBTfóbicos – essas denúncias devem ser feitas na Decrin – e fornecimento de materiais informativos. Além disso, o DF tem o Procedimento Operacional Padrão (POP) da Homotransfobia – que, lançado pela Polícia Civil (PCDF), direciona o acolhimento e tratamento nas delegacias de polícia e em unidades de atendimento ao público. Neste ano, a Parada do Orgulho LGBT de Brasília foi incluída no calendário oficial, depois de 23 edições. Entenda a sigla LGBT+ vem de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros; o “+” entra com a intenção de englobar todas as outras identidades de gênero e sexualidade diferentes que não estejam na sigla e não siga o padrão da sociedade. De maneira geral, há o entendimento de que: Lésbicas são mulheres que sentem atração afetivo-sexual por mulheres; Gays são homens que sentem atração afetivo-sexual por homens; Bissexuais são homens e mulheres que se sentem sexualmente atraídos tanto por homens quanto por mulheres; Transsexuais ou transgêneros são pessoas que se identificam com o gênero diferente do que foi designado no nascimento; Travestis são homens ou mulheres que vivem em expressão diversa do sexo identificado ao nascer. É uma identidade de gênero.
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Economia do DF tem R$ 75 milhões de programas sociais
As consequências da pandemia do novo coronavírus foram sentidas tanto pelo sistema de saúde quanto pela economia do Distrito Federal. Diante da incerteza e da instabilidade do cenário, os benefícios sociais distribuídos pelo governo conseguiram mitigar o impacto provocado nos últimos meses. Até 31 de junho, o GDF já havia repassado R$ 75,5 milhões para mais de 130 mil cartões de quatro programas de assistência social. Esse dinheiro, que beneficiou a população mais carente, circulou principalmente por pequenos e médios comércios e, paralelamente ajudou os micro e pequenos empresários das regiões administrativas (RAs). Dois destes benefícios, o Cartão Prato Cheio e o Renda Emergencial, foram criados durante a pandemia e são vinculados à Secretaria de Desenvolvimento Social. Os outros dois, o Bolsa Alimentação e o Bolsa Alimentação Creche, usam a base cadastral de programas assistenciais da Secretaria de Educação (SEE): o Cartão Material Escolar e o Cartão Creche, respectivamente. A emissão dos cartões por meio dos quais os beneficiados recebem esses valores foi feita pelo Banco de Brasília (BRB). A forma de uso é variada: os benefícios voltados à alimentação (Prato Cheio, Bolsa Alimentação e Bolsa Alimentação Creche) só podem ser utilizados em estabelecimentos do ramo alimentício, como mercados, supermercados e padarias, e os cartões estão habilitados para uso apenas na função débito. Já os beneficiários do Renda Emergencial podem realizar tanto saques na rede do BRB e Banco 24 Horas quanto utilizar o cartão na função débito em qualquer estabelecimento comercial. Este mês, o GDF também começa a pagar os benefícios do programa Mobilidade Cidadã, que vai destinar R$ 4,3 milhões a cerca de 1,8 mil donos de ônibus e micro-ônibus ou outros veículos do transporte coletivo escolar e de turismo. A dona de casa Maria de Fátima Ferreira Coelho é uma das beneficiadas com o Cartão Prato Cheio. Diabética, ela integra o grupo de risco da Covid-19 e está em quarentena desde março. Mora em Samambaia Norte com duas filhas e uma neta. E reconhece: os R$ 500 que recebeu até o momento do GDF foram essenciais para o sustento de sua família. “Infelizmente, minhas duas filhas ficaram desempregadas; eu não posso sair de casa, então está ajudando muito. Pudemos comprar leite, biscoito, pão. Melhor ter esse dinheiro na mão do que nenhum voando”, relata. “Os benefícios de transferência de renda acabam sendo um suporte para as famílias em situação de vulnerabilidade social ou de insegurança alimentar, em especial as que possuem crianças e idosos. É um auxílio que evita, principalmente em um período de pandemia como esse, que várias pessoas possam ter a situação de pobreza agravada e até mesmo se envolvam na criminalidade. É uma forma de amenizar as diferenças socioeconômicas”, ressalta a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha. Auxílio providencial Segundo o economista e gestor público José Luiz Pagnussat, o auxílio financeiro que o GDF vem repassando serve como uma injeção venosa na economia local. “O dinheiro é gasto e não guardado. Com isso, se tem mais demanda, mais produção, mais emprego, mais gente comprando. É um efeito multiplicador de grande efeito, o impacto é o melhor possível”, avalia. Além de direcionar esforços para a população mais carente, o GDF, segundo Pagnussat, tem papel fundamental no cenário pós-pandemia na economia local: “Há que se implementar tanto uma sustentação da demanda, gerando renda para as pessoas, quanto também linhas de financiamento a juros baixos para os pequenos empreendedores, reativando o sistema produtivo”. Pagnussat reconhece que muitos empregos se perderam e que pequenos negócios não conseguiram se sustentar. “E, para isso ser reativado rapidamente, é preciso ajuda do governo com microcrédito e políticas públicas”, pontua. “O GDF já está implementando algumas ações nesse sentido.” Esforço consciente A estratégia do GDF com a implementação dos programas de assistência financeira durante a pandemia do coronavírus possui três eixos principais: o social, o de enfrentamento à Covid-19 e o econômico. [Olho texto=”O GDF viu que era preciso permitir à população a manutenção de suas necessidades básicas, como a compra de alimentos e remédios” assinatura=”André Clemente, secretário de Economia” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “O GDF viu que era preciso permitir à população a manutenção de suas necessidades básicas, como a compra de alimentos e remédios. Por isso, as áreas sociais do governo fizeram uma série de ações de transferência de renda, seja para pessoas em vulnerabilidade, seja para pequenos empreendedores”, explica o secretário de Economia, André Clemente. Ciente do impacto dos R$ 75 milhões injetados na economia local (até 31 de junho, fora o que circulou desde o início deste mês), o secretário destaca o desafio de continuar ajudando a população com os repasses e manter a estabilidade do orçamento do Executivo local. “Tem sido feito um grande esforço para economizar recursos a fim de garantir as verbas necessárias e, ao mesmo tempo, manter o equilíbrio das contas públicas e os pagamentos em dia”, ressalta. “O GDF vai continuar atento às necessidades da população e agindo responsavelmente de acordo com as demandas e a capacidade do Estado”. O que vem depois? A condição presente que a economia local vive é desafiadora e demanda muita atenção, mas o GDF também já está olhando para o futuro e analisando os cenários pós-pandemia. “Os prognósticos econômicos para 2020 e 2021 não são animadores. Toda ajuda, seja de ordem financeira ou assistencial, colabora de forma considerável, e o governo não medirá esforços para atenuar ao máximo os impactos da crise”, afirma a secretária de Empreendedorismo, Fabiana di Lúcia. Um dos planos que o GDF pretende colocar em prática para auxiliar a retomada após o fim da crise é o investimento em infraestrutura, principalmente na construção civil. “Vamos gerar emprego e renda para que possamos voltar a crescer, e esse é um setor que pode responder rapidamente à retomada econômica. Por isso, o governador determinou a desburocratização e simplificação na aprovação de projetos”, explica André Clemente. “O desafio é grande, mas com o apoio da população e a clara vontade dos setores organizados em contribuir nesse momento, vamos cuidadosamente voltar à normalidade”. Quem tem direito aos benefícios Cartão Prato Cheio Estão na lista para receber o auxílio famílias que já solicitaram a cesta de alimentos em alguma unidade de assistência social, como as do Centro de Referência da Assistência Social (Cras) e do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) – desde que o requerimento esteja registrado no Sistema Integrado de Desenvolvimento Social (Sids) da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) e atenda os critérios e perfil de acesso do programa. Têm direito ao benefício famílias de baixa renda – com renda familiar igual ou inferior a meio salário mínimo (R$ 522,50) per capita –, residentes no Distrito Federal e que declaram se encontrar em situação de insegurança alimentar. Entre as famílias com esse perfil, serão priorizadas aquelas que são monoparentais– chefiadas por mulheres, com crianças de zero a 6 anos –, bem como as que possuem em sua composiçao pessoas com deficiência e idosas. Renda Emergencial Têm direito ao benefício as famílias de baixa renda – com renda familiar igual ou inferior a meio salário mínimo (R$ 522,50) per capita – que residem no Distrito Federal e declaram se encontrar em situação de insegurança alimentar. O beneficiário apto para receber o auxílio precisa já ter passado ou estar passando pelo atendimento em alguma unidade socioassistencial do DF, estando, assim, cadastrado no Sids. O beneficiário não pode estar inscrito em nenhum outro programa de transferência de renda, como o Bolsa Família, DF sem Miséria, Bolsa Alfa, BPC ou o Auxílio Emergencial do governo federal. O Renda Emergencial foi instituído como enfrentamento da emergência de saúde pública, de importância internacional, decorrente do coronavírus. Bolsa Alimentação O programa é destinado a famílias beneficiárias do Cartão Material Escolar (CME), elaborado para estudantes devidamente matriculados na rede pública de ensino do Distrito Federal cujas famílias façam parte do Programa Bolsa Família. Bolsa Alimentação Creche O programa é destinado a famílias com de todas as crianças de zero a 5 anos atendidas nas creches e instituições parceiras da rede pública de ensino do Distrito Federal. * Com informações do BRB e das secretarias de Economia, de Desenvolvimento Social e de Educação
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Aumenta procura por programas de assistência
A procura pelos programas de assistência social do governo local explodiu desde a confirmação do primeiro caso de coronavírus no DF e a declaração de pandemia mundial causada pelas contaminações do novo vírus. Os atendimentos feitos pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) aumentaram 252% entre março e maio deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. Naqueles três meses de 2019, a Sedes atendeu 18.856 famílias carentes do DF. O número saltou para o total de 66.422 em março, abril e maio deste ano, época de isolamento social e outras medidas de combate à Covid-19. Só em maio, a busca por amparo do GDF cresceu 371%, com um aumento de 5.923 casos em 2019 para 21.985 em 2020. [Numeralha titulo_grande=”66.422″ texto=”Total de famílias atendidas pela Sedes entre março e maio deste ano” esquerda_direita_centro=”centro”] Os números são de atendimentos feitos por toda a rede socioassistencial do DF, incluindo o Centro de Referência de Assistência Social (Cras), o Centro de Referência Especial de Assistência Social (Creas) e o Centro Pop, que oferta serviço especializado para as pessoas em situação de rua. A maior procura é por cestas básicas, entregues a famílias que estejam enfrentando dificuldades e insegurança alimentar. Só em maio, as unidades do Cras receberam 18.395 solicitações de cestas, 83% de todos os atendimentos feitos. Cartão Prato Cheio A demanda foi tão grande que levou o GDF a criar o Cartão Prato Cheio, um auxílio que permite a transferência de crédito para aquisição de itens da cesta de alimentos e de pão e leite, como forma de garantir alimentação às famílias carentes do DF. O valor do benefício é de R$ 250, com uso restrito em estabelecimentos alimentícios (o cartão não está habilitado para a função saque). Até 1º de julho, 30 mil famílias que solicitaram as cestas básicas de alimentos em alguma das unidades de atendimento socioassistenciais do DF serão contempladas. Além dos 4 mil cartões já entregues, 26 mil unidades serão distribuídas entre os dias 22 deste mês e 1º de julho. “Antes da pandemia, conseguíamos entregar as cestas emergenciais na casa das famílias em sete dias; com o aumento da demanda, esse prazo passou para 20, 40 dias”, relata a coordenadora de proteção básica da Sedes, Nathália Eliza de Freitas. “Muitas vezes, nem tínhamos a previsão de cesta no contrato”. Segundo a gestora, o Cartão Prato Cheio também vai permitir que as famílias comprem proteínas (a cesta básica vem com um pedaço de charque) e fomentar a economia local. Outros atendimentos Nathália conta que a maioria das famílias que buscam auxílio do governo pede a cesta básica emergencial, mas lembra que a Sedes tem uma rede de assistência que auxilia a população carente de várias maneiras, com benefícios que ajudam no pagamento do aluguel, na reconstrução de uma casa que pegou fogo ou de um muro que desabou em uma tempestade, no nascimento de um novo membro da família ou em caso de morte, por exemplo. “São apoios concedidos em situações emergenciais, não são benefícios concedidos por meses continuados”, explica. O Creas tem um atendimento especializado para a proteção e atendimento a famílias e indivíduos (crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos, mulheres) em situação de ameaça ou violação de direitos – como violência física, psicológica ou sexual. Os psicólogos e assistentes sociais também atendem famílias de adolescentes que estejam cumprindo medidas socioeducativas ou se encontrem afastados do convívio familiar devido à situação de rua. Atendimento remoto O Cras e o Creas estão atendendo remotamente por telefone. A Sedes disponibilizou dois números por unidade (veja nos quadros abaixo) que funcionam tanto para os atendimentos iniciais quanto para o acompanhamento feito mensalmente pelos psicólogos e assistentes sociais. As visitas estão momentaneamente suspensas. Na Estrutural, cerca de 70% dos trabalhadores são autônomos que enfrentam dificuldade de trabalhar durante a pandemia, 1,2 mil famílias se encontram em situação de extrema pobreza e 1,8 mil são beneficiárias do Bolsa Família. Quem conta é Samantha Côrrea, gerente do Cras da cidade. “A população aqui está passando por muitas dificuldades”, aponta. “As famílias são numerosas, os cômodos das residências são pequenos, a escolaridade da população é baixa. Mensalmente, entregamos cerca de 700 cestas emergenciais aqui”. O Cras de Samambaia Sul atende mais de 100 ligações por dia. Há pessoas que vão até o portão da unidade porque não têm nem telefone em casa. Com a pandemia, várias famílias começaram a ser atendidas. “Muita gente perdeu emprego, teve o trabalho suspenso, teve queda na renda e está em situação difícil”, confirma o gerente da unidade, Ricardo Carvalho do Nascimento.
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