Circuito de Ciências 2025 destaca protagonismo da EJA e participação inédita do sistema prisional
A Secretaria de Educação (SEEDF) realizou, na noite de terça-feira (25), a etapa final do Circuito de Ciências 2025. A cerimônia de premiação, no Auditório Neusa França, na sede da pasta, mobilizou escolas das 14 coordenações regionais de ensino (CREs) com projetos de iniciação científica e soluções inovadoras para desafios reais das comunidades escolares e da sociedade. O evento celebrou o protagonismo dos alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Neste ano, a temática central foi “Água para quê?”, e os estudantes apresentaram trabalhos que exploraram o recurso natural sob diferentes perspectivas, destacando sua importância para o planeta, para a regulação do clima e para o desenvolvimento das comunidades. Estudantes e educadores ocuparam o Auditório Neusa França, na noite de terça (25), para celebrar os projetos vencedores do Circuito de Ciências 2025 | Foto: Vinicius Gabriel/SEEDF Ciência inclusiva A participação inédita de estudantes do sistema prisional, representados pelo Centro Educacional (CED) 01 de Brasília, foi um dos destaques. Eles foram premiados por desenvolver um projeto sobre tratamento e melhoria da água dentro do presídio. A escola conquistou o 1º lugar na categoria E (2º segmento) e o 2º lugar na categoria F (3º segmento), mostrando que a educação científica pode superar barreiras físicas e sociais. A professora de matemática Luciana Braga, que representou os alunos na premiação, reforçou o papel democratizante do evento. “A educação transforma vidas, e é isso que buscamos fazer no sistema prisional. Trabalhamos com pessoas que vivem à margem da sociedade, e acreditamos que a educação pode chegar até lá e transformar a vida delas. O Circuito de Ciências democratizou o saber no momento em que a ciência entrou no presídio”, disse. [LEIA_TAMBEM]A educadora também reforçou a relevância social das iniciativas: “A maioria dos nossos alunos vêm de comunidades carentes do DF. Por isso, é fundamental ter uma alternativa simples e de baixo custo para o tratamento de água”. Impacto na comunidade O trabalho social também marcou o projeto vencedor da Categoria F (3º Segmento EJA). A estudante Ester Gouveia Pardim, de 18 anos, do Centro de Ensino Médio (CEM) 01 de São Sebastião, integrou a equipe que desenvolveu um sistema de filtração caseira para garantir acesso a água potável. Para ela, o trabalho foi um exercício de empatia e aprendizado com a realidade. “Fizemos uma pesquisa de campo e conversamos com moradores que utilizam água de poços. Queríamos entender a rotina deles e saber se passavam mal por causa dessa água. Ter esse contato com a realidade da nossa comunidade foi muito impactante. Trouxemos amostras e, após o processo científico, ficamos felizes que nosso trabalho deu certo, mas tristes por confirmar que aquelas pessoas consumiam água contaminada”, relatou. Ester reforçou que o projeto oferece uma solução simples e econômica. “Em todas as nossas apresentações, mostramos o quanto nosso trabalho representa empatia”, finalizou a jovem cientista. A professora Luciana Braga recebeu uma premiação em nome dos estudantes do sistema prisional e ressaltou a importância de projetos de baixo custo para o tratamento da água Projetos premiados Categoria D – Primeiro segmento EJA · 1º lugar: Conta fácil: decifrando a conta de água e promovendo o consumo consciente (CEF 03 – Planaltina) · 2º lugar: Plantas medicinais e uso racional da água: sistema eletrônico de irrigação reprogramado para residências e hortas comunitárias (CED PAD-DF – Paranoá) · 3º lugar: Captação de águas da chuva para cultivo sustentável de horta orgânica e demais utilidades (CEF 113 – Recanto das Emas) Categoria E – Segundo segmento EJA · 1º lugar: Ciências e cidadania na EJA: filtro caseiro e Sodis [sistema de desinfecção de água] para melhoria da qualidade da água (CED 01 de Brasília) · 2º lugar: Microplásticos na água: um problema invisível (CEF 113 – Recanto das Emas) · 3º lugar: Alternativas para garantir acesso a recursos vitais (CEF 03 – Planaltina) Categoria F – Terceiro segmento EJA · 1º lugar: Filtração caseira: uma alternativa para o acesso à água potável em uma comunidade de São Sebastião – DF (CEM 01 – São Sebastião) · 2º lugar: Uma alternativa para o tratamento de água (CED 01 de Brasília) · 3º lugar: Profissões aquáticas e botânica (CEM 04 – Ceilândia). *Com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)
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Selo Inclusão Cidadã vai homenagear empresas que apostam na ressocialização
No ano em que celebra 39 anos de atuação em prol da ressocialização, a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso do Distrito Federal (Funap-DF), vinculada à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), lança oficialmente o Selo Inclusão Cidadã. Empresas com destaque na responsabilidade social são o foco dessa homenagem | Foto: Divulgação/Funap-DF “Esse reconhecimento fortalece nossa missão e mostra que ressocializar é um ato coletivo, que envolve poder público, iniciativa privada e toda a sociedade” Deuselita Martins, diretora-executiva da Funap-DF A certificação será concedida a empresas e órgãos públicos que se destacam pela responsabilidade social ao empregar pessoas privadas de liberdade e egressos do sistema prisional do DF. Com o lema “Respeitar, Ressocializar, Reintegrar e Reconstruir”, o distintivo é um símbolo do compromisso da sociedade civil com a transformação de vidas, promovendo dignidade, oportunidades e novos caminhos para quem busca recomeçar. “Cada empresa parceira que recebe o Selo Inclusão Cidadã é mais do que uma aliada institucional: é protagonista na transformação de vidas”, lembra a diretora-executiva da Funap-DF, Deuselita Martins. “Esse reconhecimento fortalece nossa missão e mostra que ressocializar é um ato coletivo, que envolve poder público, iniciativa privada e toda a sociedade.” Requisitos O Selo Inclusão Cidadã será concedido às empresas que atenderem a requisitos como contrato vigente com a Funap-DF no mínimo há 12 meses; percentual de contratação de reeducandos ou egressos e pontualidade com as obrigações financeiras devidas. [LEIA_TAMBEM]As empresas certificadas poderão utilizar o selo em materiais institucionais, publicitários e de endomarketing, demonstrando ao mercado e à sociedade seu compromisso com a inclusão cidadã. A proposta da Funap-DF é que o selo seja também uma forma de homenagem pública às empresas parceiras, que superam preconceitos e abraçam com coragem e responsabilidade a causa da reintegração social. Para marcar ainda mais esse compromisso, a fundação promove um evento anual de premiação, integrando a programação comemorativa de aniversário, em que os certificados serão entregues oficialmente às empresas qualificadas. A primeira entrega oficial do Selo Inclusão Cidadã será feita durante a premiação do 2º Concurso Cultural da Funap, no dia 25 deste mês, às 14h, no auditório da Administração Regional do Guará. “O Selo Inclusão Cidadã é um marco na construção de uma sociedade mais justa”, afirma a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. “Ele reconhece e valoriza as empresas que acreditam na força do recomeço e que oferecem oportunidades para que os reeducandos e egressos possam escrever novas histórias de vida.” Veja o edital publicado. *Com informações da Funap-DF
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Mais de 400 mulheres já se tornaram empreendedoras com o projeto Fazer o Bem Tá na Moda
“É especial ver roupas minhas – que não estão mais em uso, mas que têm tanto significado – poderem fazer a diferença na vida de mulheres com histórias de vulnerabilidade. É gratificante saber que elas vão transformar isso em oportunidade e empreendedorismo”. O depoimento é da analista de gestão pública Gaya Dórea, durante a cerimônia de lançamento da terceira edição da campanha Fazer o Bem Tá na Moda, realizada nesta terça-feira (19), na loja Leila Bessa Tecidos Especiais, no Lago Sul. Promovida pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), a iniciativa já beneficiou mais de 400 mulheres em situação de vulnerabilidade em suas duas primeiras edições. Agora, outras 100 mulheres serão contempladas — desta vez, as artesãs do Instituto Maria do Barro, em Planaltina. A analista de gestão pública Gaya Dórea doou roupas e acessórios que já não usava mais para a campanha Fazer o Bem Tá na Moda: “É gratificante saber que vão transformar isso em oportunidade e empreendedorismo” | Fotos: Jhonatan Vieira/Sejus-DF Desapego que gera oportunidade A dinâmica é simples: 100 mulheres com independência financeira receberam bolsas personalizadas para preenchê-las, em até 15 dias, com roupas, calçados e acessórios pessoais em bom estado que já não usam mais. Os itens doados serão destinados às artesãs do Instituto, que poderão utilizá-los no dia a dia ou transformá-los em fonte de renda. “Esta terceira edição representa não apenas mais um passo na mobilização social, mas também uma nova oportunidade de mostrar o poder de transformação que vem do nosso coletivo. Estamos unindo solidariedade, economia circular e valorização da cultura brasiliense, promovendo autonomia e visibilidade para as mulheres artesãs do Instituto Maria do Barro. Queremos que cada bolsa carregue esperança, reconhecimento e prosperidade”, destacou a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. O lançamento da terceira edição do projeto ocorreu nesta terça (19), na loja Leila Bessa Tecidos Especiais, no Lago Sul Cultura e visibilidade nacional O Instituto Maria do Barro capacita mulheres em situação de vulnerabilidade social — a maioria mães solo e donas de casa que não tiveram oportunidades formais de trabalho – e vem conquistando projeção nacional com a Coleção Barrolândia, que retrata casas de favelas brasileiras em pequenos tijolinhos de barro. Atualmente em exposição na Casa Cor DF, as peças chamaram a atenção da cantora Anitta, que escolheu a coleção para decorar sua mansão, ampliando a visibilidade do trabalho feito por essas mulheres da comunidade. A presidente do Instituto, Dadá Silva, mais conhecida como Dadá do Barro, ressaltou a importância da parceria: “Essa iniciativa vai ajudar muito no fortalecimento do empreendedorismo das nossas mulheres. Com os itens arrecadados, elas terão mais condições de aumentar sua renda e investir no próprio trabalho. É uma oportunidade concreta de autonomia financeira que alcança não só cada beneficiada, mas também toda a comunidade em torno dela”. Dadá Silva, presidente do Instituto Maria do Barro: “Essa iniciativa vai ajudar muito no fortalecimento do empreendedorismo das nossas mulheres. Com os itens arrecadados, elas terão mais condições de aumentar sua renda e investir no próprio trabalho” Ressocialização e novos caminhos As bolsas entregues às participantes são confeccionadas por reeducandas da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap-DF), vinculada à Sejus-DF. Além de aprenderem um ofício, essas mulheres privadas de liberdade recebem remuneração e têm direito à remição de pena, reforçando o caráter de ressocialização da iniciativa. [LEIA_TAMBEM]Parceira da ação, a empresária Leila Bessa, que doou tecidos para a confecção das bolsas, destacou sua emoção em participar do projeto. “Fiquei felicíssima com o convite da Secretaria. Sempre achei essencial ocupar a mente e oferecer oportunidades reais para essas mulheres. Doar tecidos que promovem a capacitação e ressocialização é uma honra. Além disso, doar itens em bom estado, capazes de transformar vidas, é um ato de amor”, avalia. A terceira edição do projeto Fazer o Bem Tá na Moda também contou com o apoio do Unique Buffet e da cantora Isabelle Jabour. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF)
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Concurso cultural para reeducandos reforça a arte como caminho para a ressocialização
A Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso do Distrito Federal (Funap-DF), vinculada à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), lançou o 2º Concurso Cultural, destinado aos reeducandos que atuam em atividades externas, conforme edital publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta segunda-feira (11). Neste ano, o concurso contará com as modalidades redação e desenho, tendo como tema Recomeçar é possível: o poder de uma nova chance. A iniciativa faz parte das comemorações pelos 39 anos da Funap/DF e estimula a expressão artística como instrumento de reflexão, superação e reintegração social. O valor da premiação para os três primeiros colocados de cada categoria varia de R$ 1 mil a R$ 2 mil | Foto: Divulgação/Funap-DF As redações devem ser manuscritas pelo próprio participante. O tamanho deve ser entre 20 e 35 linhas. Os desenhos devem ser feitos em papel tamanho A4. Cada participante poderá se inscrever em apenas uma modalidade e apresentar um único trabalho. Os três primeiros colocados de cada modalidade receberão prêmios em dinheiro, variando de R$ 1.000 a R$ 2.000, além de certificado de participação e reconhecimento institucional. Inscrições e prazos As inscrições poderão ser feitas até 10 de setembro, no site da Funap ou presencialmente na sede da fundação (SIA Trecho 2, Lotes 1.835/1.845, 1º andar). Os trabalhos deverão ser entregues até 12 de setembro, também na sede da Funap. “Quando oferecemos espaço e incentivo para que os reeducandos se expressem, estamos abrindo portas para que eles redescubram potenciais e acreditem em novas oportunidades” Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, reforça: “Iniciativas como essa são provas concretas de que a ressocialização é possível. Quando oferecemos espaço e incentivo para que os reeducandos se expressem, estamos abrindo portas para que eles redescubram potenciais e acreditem em novas oportunidades”. Já a diretora-executiva da Funap-DF, Deuselita Martins, pontua: “A arte tem um papel essencial na reconstrução de trajetórias. Cada redação e cada desenho inscritos no concurso carregam histórias de luta, superação e esperança. Nosso papel é incentivar e mostrar que sempre há caminhos para recomeçar”. *Com informações da Funap
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Campanha Fazer o Bem Tá na Moda entrega 50 bolsas a mulheres em vulnerabilidade e impulsiona empreendedorismo
“Essa bolsa caiu do céu. É o primeiro passo para uma nova fase na minha vida: de empreendedora. Quero revender tudo e transformar isso em um recurso que mude minha história”, disse Claudineia Mendonça, 27 anos, desempregada, ao receber uma das 50 bolsas entregues na tarde desta segunda-feira (11) pela campanha Fazer o Bem Tá na Moda. Dentro, roupas e produtos de excelente qualidade, um incentivo concreto para que ela inicie uma atividade própria e conquiste independência financeira. A entrega, realizada na sede do Instituto Inclusão de Desenvolvimento e Promoção Social, em Ceilândia Norte, marcou a primeira distribuição desta nova etapa da iniciativa da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), que promove o empreendedorismo feminino e o fortalecimento da autoestima de mulheres em vulnerabilidade. O Instituto acolhe pessoas em situação de rua encaminhadas pela Central de Vagas do Governo do Distrito Federal e oferece atendimento psicossocial e psicopedagógico, além de oficinas de capacitação. Claudineia Mendonça foi uma das contempladas pela campanha Fazer o Bem Tá na Moda: "É o primeiro passo para uma nova fase na minha vida, de empreendedora" | Foto: Divulgação/Sejus-DF Entre as contempladas estava também a trancista Giane Assunção Martins, 32 anos, moradora de Taguatinga Norte, mãe de três filhos. “Não me acho muito boa para vender, mas essa bolsa cheia de peças sofisticadas mexeu com a minha autoestima. Não é porque a mulher está em vulnerabilidade que ela não pode ter vaidade. Se trabalho fazendo tranças, preciso estar com o cabelo impecável; se estou bem vestida, valorizo meu trabalho — as clientes não me veem como desleixada. Esse projeto nos ajuda a brilhar.” Rede de oportunidades Na prática, a campanha seleciona e convida 200 mulheres do DF que já têm independência financeira para montar, individualmente, uma bolsa com roupas, sapatos, acessórios, joias e bijuterias em bom estado. Cada uma dessas bolsas, confeccionadas por mulheres privadas de liberdade da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap-DF), é destinada a 200 mulheres em situação de vulnerabilidade social, indicadas por instituições parceiras da Sejus-DF. A trancista Giane Assunção Martins já sabe como vai usar as roupas e acessórios que ganhou: "Se trabalho fazendo tranças, preciso estar com o cabelo impecável; se estou bem vestida, valorizo meu trabalho — as clientes não me veem como desleixada Mais do que uma ação de arrecadação, a iniciativa aposta na economia circular, na ressocialização e no incentivo ao empreendedorismo feminino como ferramentas de mudança. Cada bolsa carrega não apenas itens de qualidade, mas também histórias de superação e recomeço. A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, idealizadora da campanha, ressaltou o alcance da iniciativa: “Essa ação é grandiosa porque transforma tanto quem doa quanto, principalmente, quem recebe. Mais do que roupas e acessórios, entregamos oportunidades e esperança para que essas mulheres reescrevam suas histórias”. Para Taisa Souza, gestora do Instituto Inclusão, a entrega representa um estímulo direto à autonomia das participantes. “Vamos trabalhar com essas mulheres a economia solidária. Elas serão orientadas para a venda e pretendemos organizar um bazar solidário na instituição. É uma ação que reacende a esperança”, observou. Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania: “Mais do que roupas e acessórios, entregamos oportunidades e esperança para que essas mulheres reescrevam suas histórias” Educação financeira A segunda edição da campanha trouxe um componente inédito: após receberem as bolsas, as participantes participaram de uma aula do curso Protagonista da Casa, da Sejus-DF, dedicada à educação financeira. O encontro apresentou orientações práticas sobre orçamento doméstico funcional, economia no dia a dia, planejamento financeiro e gestão responsável dos recursos. [LEIA_TAMBEM]A consultora de finanças pessoais Andressa de Paula conduziu a atividade, reforçando o objetivo da formação. “Queremos que essas mulheres desenvolvam uma nova relação com o dinheiro. A proposta é mostrar que, mesmo com pouco, é possível se organizar, poupar e transformar a realidade. Essa mudança começa pela consciência”, afirmou. Desde dezembro do ano passado, quando iniciou a campanha Fazer o Bem Tá na Moda, 250 mulheres em situação de vulnerabilidade foram contempladas. Nessa segunda edição, outras 150 bolsas ainda serão entregues a beneficiadas indicadas por instituições parceiras. A terceira edição já tem data marcada: será em 19 de agosto, quando mais 200 mulheres serão convidadas a montar novas bolsas que serão destinadas a outras participantes. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF)
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Campeonato de Futebol para Jovens do Sistema Socioeducativo chega à reta final e mostra que esporte e ressocialização andam juntos
A terceira edição do Campeonato de Futebol para Jovens do Sistema Socioeducativo do Distrito Federal chegou à última semana. A competição é realizada pelo Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) em parceria com o programa Jovem de Expressão. A iniciativa contou com recursos provenientes de emenda parlamentar da senadora Leila Barros. O torneio é dividido em duas chaves, com três times em cada uma. Na primeira fase, todos os times jogam entre si. Os vencedores de cada grupo avançam à final. O projeto também conta com a parte cultural e social. Em todos os jogos há apresentações de MCs e DJs, promovidas pelo Jovem de Expressão. Para a secretária de Justiça e Cidadania do DF, Marcela Passamani, os jogos representam mais do que meras partidas de futebol. “São momentos de inclusão, de resgate da autoestima e de construção de novos propósitos. É quando o jovem percebe que é capaz de cooperar, respeitar regras, vencer limites e sonhar com um futuro diferente”, afirma. O projeto também conta com a parte cultural e social. Em todos os jogos há apresentações de MCs e DJs, promovidas pelo Jovem de Expressão | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A chefe da Unidade de Gestão de Políticas e Atenção à Saúde de Jovens e Adolescentes da Subsecretaria do Sistema Socioeducativo, Roberta Albuquerque Ferreira, comenta que os maiores desafios são a organização e a logística para promover as partidas entre as unidades. Participam da competição times formados por adolescentes de seis unidades de internação masculinas do DF. “Isso envolve todo um planejamento, uma logística que é feita em parceria com as unidades para que a gente pense as melhores datas, horários, formas de deslocamento dos adolescentes entre uma unidade e outra, além de todo o material necessário para organizar uma partida como essa”, enumera. Segundo Roberta, a integração entre os adolescentes é um dos principais objetivos. “Dentro das unidades são promovidas as seletivas, às vezes torneios internos, e aqui nós colocamos as unidades para participar. Uma das coisas que a gente busca é essa integração, a boa convivência, que é, sem dúvida, um dos objetivos do nosso trabalho”, explica. “O Jovem de Expressão também promoveu rodas de conversa nas unidades com os adolescentes que compõem as equipes, então foi possível abordar outras questões relacionadas ao jogo de futsal em si”, acrescenta. “Conseguir promover esses jogos entre as unidades para a gente é uma grande vitória. É a concretização do trabalho”. De acordo com Allyson Nunes, diretor da Unidade de Internação de Santa Maria, o torneio é bastante aguardado pelos jovens. “Existe toda uma preparação em que eles treinam. É uma rotina diferente, em que se consegue extrapolar os muros da unidade de internação. Com isso, acontece uma integração entre os jovens que aqui estão e os jovens de outras unidades”, afirma. “O grande objetivo do sistema socioeducativo é ressocializar. E o esporte é um direito fundamental, além de ser um instrumento para promover a ressocialização”. A psicóloga Yasmin Moreira, que atua no projeto, percorreu todas as unidades do sistema para conversar com os jovens que participam do torneio: “Eles gostaram muito da atividade, foi um momento de interação entre eles” Tathyana de Souza Lopes, diretora social e pedagógica da Unidade de Internação de Santa Maria, afirma que o futsal é o esporte mais praticado pelos adolescentes. “O futebol é o que eles mais acompanham, essa paixão nacional. Eles geralmente gostam, querem participar do time, e treinam o ano inteiro”, afirma. “O campeonato trabalha o espírito de equipe dos adolescentes”. [LEIA_TAMBEM]Desenvolvimento pessoal e cultural Uma semana antes do início das partidas, foi realizado o projeto Fala Jovem, com conversas conduzidas por uma psicóloga da equipe, baseadas em práticas terapêuticas. Esses encontros possibilitaram aos adolescentes refletir sobre a importância do esporte, aprender a lidar com vitórias e derrotas e fortalecer o sentimento de pertencimento aos times, inclusive com a escolha dos nomes das equipes. A psicóloga Yasmin Moreira, que atua no projeto, percorreu todas as unidades do sistema para conversar com os jovens que participam do torneio. “Eles gostaram muito da atividade, foi um momento de interação entre eles, já se preparando para esse momento do time, porque, querendo ou não, um time entrosado é importante também para o jogo”, afirma. Yasmin destaca a importância da parceria entre o poder público e a sociedade civil organizada: “Acho isso importante para a gente perceber que ajudar um ao outro é essencial para essa troca, para a gente conseguir viver e criar uma a sociedade que a gente quer”. Além disso, durante os jogos, também ocorre um momento cultural, com discotecagem da DJ Ketlen. A DJ, que é formada pelas oficinas do Jovem de Expressão, montou um set especialmente para essas atividades. Os rappers Nenzin MC e Biro Ribeiro, já atuantes no Sistema Socioeducativo, comandam o momento da poesia com uma apresentação musical e uma batalha de rimas de demonstração com temas sugeridos pelos jovens participantes do campeonato.
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Reeducandos utilizam a arte como instrumento de ressocialização
Um quadro produzido por reeducandos do Sistema Penitenciário do DF foi doado, na terça-feira (22), ao Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF) do Conselho Nacional de Justiça. A confecção do quadro foi realizada pelos reeducandos Jackson e Fabiano em uma das oficinas de trabalho que são oferecidas pela Penitenciária II do Distrito Federal (PDF II). Atualmente, nesta unidade penal existem cinco oficinas que auxiliam os reeducandos a desenvolverem habilidades em arte, marcenaria, mecânica, serralheria, entre outros. A confecção do quadro foi realizada pelos reeducandos Jackson e Fabiano em uma das oficinas de trabalho que são oferecidas pela Penitenciária II do Distrito Federal (PDF II) | Foto: Divulgação/Seape-DF “As oficinas de capacitação proporcionam aprendizado técnico e são essenciais para promover a ressocialização. Iniciativas como essa criam perspectivas mais positivas para que ao fim da pena os reeducandos tenham mais oportunidades e alcancem a efetiva reintegração social”, destaca Alex Fernandes Rocha, chefe de gabinete da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF). O material utilizado foi doado pela juíza da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal (VEP/DF), Leila Cury. “Eu comprei o material do meu próprio bolso e doei para eles confeccionarem os quadros. Quando ficaram prontos, o diretor da PDF II juntamente com o diretor adjunto foram me entregar. E eu achei bonito, simbólico e significativo”, afirma a juíza. O quadro teve como inspiração o Pena Justa e, como o DMF tem papel fundamental na implementação do plano, a pintura foi entregue ao juiz Coordenador Luís Geraldo Sant’Ana Lanfredi, do DMF. “O Pena Justa é fazer a Constituição Federal, que é um documento da nossa cidadania e de importância para todo brasileiro, válido e eficaz. Tem muitas disposições ali que estão diretamente relacionadas com o cumprimento de uma pena. A exemplo: tem que ser uma pena que preserve a dignidade das pessoas, que crie oportunidades, que se faça com respeito à integridade de todos que estão ali”, afirma o juiz do DMF. “A melhoria não é só para a gente que participa do projeto, mas também para todos do presídio. Além de melhoria das instalações físicas, ele ajuda na ressocialização mental. Faz com que o preso pense em um futuro muito além do que ele viveu no passado. Sei que posso transformar minha mente e minha vida através da arte”, conta o reeducando Fabiano. Jackson já trabalhava com arte antes de ser preso e sonha em ter o próprio ateliê. “Esse projeto me deu uma mudança de perspectiva, ele veio pra dar uma nova visão pro preso e para a sociedade de um modo geral. Para que o preso possa ter uma oportunidade de se regenerar, possa trabalhar, fazer cursos e sair daqui uma pessoa transformada”, afirma o reeducando. *Com informações da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF)
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Reeducandos ajudam a preservar a história da capital por meio da restauração e arquivo de documentos
A Administração do Plano Piloto, por meio do Setor de Arquivos (Protocolo), tem ajudado a transformar a vida de reeducandos do sistema prisional do DF. No setor, é oferecida a eles a oportunidade de desenvolver habilidades técnicas e profissionais enquanto cumprem suas penas. O projeto envolve a recuperação de arquivos históricos, documentos antigos e a organização e digitalização de registros importantes, contribuindo para a preservação da memória institucional, de patrimônios culturais e da história da capital. Iniciativa oferece aos reeducandos a chance de aprender novas competências, como técnicas de preservação de documentos e de organização de arquivos | Foto: Divulgação/Administração Regional do Plano Piloto João (nome fictício) é um dos cinco contemplados com o programa e atua na limpeza, conservação e catalogação dos documentos. Para ele, além de ter contato com documentos históricos, é a oportunidade de aprender um ofício. Thallyson pretende se qualificar e futuramente ter uma oportunidade de trabalho na área. “Por mês catalogamos cerca de 70 documentos, o que nos ajuda a ter cada vez mais experiência e como tratar cada documento. Hoje vejo um futuro na área e pretendo, com o conhecimento adquirido, ter a oportunidade de trabalhar na área”, diz, esperançoso. Os reeducandos prestam serviços à Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso do Distrito Federal (Funap-DF), e são contratados por meio de convênios com empresas públicas, privadas e do terceiro setor. A chefe do Arquivo e Protocolo da Administração do Plano Piloto, Viviane Silva, foi a idealizadora da iniciativa. Ela conta que o programa oferece aos reeducandos a chance de aprender novas competências, como o uso de softwares de recuperação de dados, técnicas de preservação de documentos e habilidades de organização de arquivos. “Além disso, essas iniciativas ajudam a promover a autoestima, a disciplina e a responsabilidade, criando perspectivas mais positivas para sua reintegração à sociedade ao fim de sua pena”, ressalta Viviane. O administrador do Plano Piloto, Bruno Olímpio, enfatiza que criar parcerias entre órgãos públicos para facilitar a inserção no mercado de trabalho dos reeducandos é uma ferramenta importante de ressocialização junto à sociedade. “Temos cerca de 60 reeducandos em diversos setores da Administração. Essa é a oportunidade que eles têm de aprender um ofício e de ter novas perspectivas de quando cumprirem suas penas, de ter a chance de vagas de emprego, já que muitos aprendem serviços de serralheria, pintura e de pedreiro, realizados na zeladoria de parquinhos e praças da região”, explica. *Com informações da Administração Regional do Plano Piloto
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Cultivo na Fazenda da Papuda viabiliza produção de mais de 50 mil fitoterápicos
Mais de 50 mil fitoterápicos já foram entregues à população do Distrito Federal, resultado do cultivo feito por reeducandos na Fazenda Modelo da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap), localizada no complexo penitenciário da Papuda. A colaboração com a Secretaria de Saúde (SES-DF), firmada há menos de dois anos, é a única experiência, em todo o Brasil, de parceria com o sistema prisional para a produção de fitoterápicos. Desde a assinatura do acordo de cooperação técnica entre a Funap e a SES-DF, em 7 de julho de 2023, o trabalho na Fazenda Modelo proporcionou o desenvolvimento de 31,6 mil unidades do xarope de guaco, 8,2 mil da tintura de alecrim pimenta e quase 10 mil géis de erva baleeira. A parceria garantiu ainda a produção de 835 mudas distribuídas pela Farmácia Viva. Fazenda Modelo da Funap sedia atividades de ressocialização, incluindo o horto agroflorestal | Fotos: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF O xarope de guaco tem funções expectorantes, sendo usado para pacientes com tosse. Já a tintura do alecrim-pimenta ajuda a combater dores de garganta. Por fim, a erva-baleeira é usada na produção de gel para tratamento de inflamações, como nos casos de problemas musculares ou nos tendões. “Eu me sinto honrado de ter a oportunidade de fazer esse trabalho. Não só porque é melhor estar aqui, mas porque o que fazemos ajuda as pessoas”, conta um dos reeducandos. Atualmente, cerca de 30 sentenciados trabalham no local, sob a supervisão de servidores da Funap. Eles atuam na produção das mudas, podas, capinação e irrigação. “É uma experiência muito bem-sucedida. Precisamos conscientizar o reeducando sobre a importância de ele devolver algo bom à sociedade”, sugere a diretora-executiva da Funap, Deuselita Pereira Martins. As plantas cultivadas e colhidas são processadas na Farmácia Viva da Secretaria de Saúde, onde se tornam medicamentos para distribuição em unidades básicas de saúde | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF Reconhecimento A cooperação da SES-DF com a Funap recebeu, nesta terça-feira (18), representantes do Ministério da Saúde. Eles conheceram a estrutura e o trabalho desenvolvido pelos reeducandos. “É uma parceria muito bem organizada e estruturada”, elogia a coordenadora de Assistência Farmacêutica substituta do Ministério da Saúde, Eidy de Brito Farias. Nesse projeto, profissionais da SES-DF levam o conhecimento técnico a respeito da produção de fitoterápicos, além do processamento na Farmácia Viva e a distribuição em 25 unidades básicas de saúde (UBSs). Qualquer cidadão pode ter acesso aos medicamentos. Já a Fazenda Modelo da Funap oferece espaço cultivável adequado – também utilizado para outras ações, além de contar com a ajuda dos reeducandos. “Os fitoterápicos produzidos pela Farmácia Viva dependem da existência de hortos com grande capacidade de realização de colheitas ao longo do ano. Nos hortos, preservamos as espécies vegetais de nossa biodiversidade e retornamos na forma de medicamentos à sociedade”, explica o chefe do Núcleo de Farmácia Viva da SES-DF, Nilton Luz Netto Júnior. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Projeto Borboleta ajuda a reconstruir a autoestima de reeducandas
“É a oportunidade de se vestir, de tirar aquela roupa branca e se sentir diferente e importante na vida; é o primeiro passo para a liberdade”, descreve a reeducanda Samantha*, 50, uma das beneficiadas pelo projeto Borboleta, da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap-DF). Vinculada à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), a iniciativa disponibiliza roupas e acessórios para elevar a autoestima dos sentenciados em sua nova fase de vida. Desde 2017, essa ação já beneficiou 5 mil pessoas. Samantha, que trabalha como manicure em regime semiaberto, é uma das beneficiárias do projeto: “Ter acesso a roupas novas de graça e poder trabalhar com dignidade é uma força muito grande – é um gasto a menos, uma preocupação a menos” | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília “A doação dessas roupas vai muito além do vestuário. Elas representam um novo começo para os reeducandos que estão retomando suas vidas no mercado de trabalho e na sociedade” Deuselita Martins, diretora-executiva da Funap-DF “Assim que eu saí da prisão, a situação financeira estava muito difícil, então ter acesso a roupas novas de graça e poder trabalhar com dignidade é uma força muito grande – é um gasto a menos, uma preocupação a menos”, relembra Samantha. Com o apoio da Funap, desde que entrou em regime semiaberto, ela atua há nove meses como manicure e, quando possível, no projeto Borboleta, ajudando outros reeducandos na nova vida. As roupas do borboletário, local onde ficam armazenadas, são adquiridas por meio de doações. Cada pessoa (homem e mulher) tem direito a cinco itens, que podem ser escolhidos em araras dispostas na sede da Funap. “O projeto Borboleta resgata autoestima, dignidade e fortalece a reintegração social e profissional dessas pessoas, contribuindo para uma sociedade mais justa e inclusiva” Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania “A doação dessas roupas vai muito além do vestuário; elas representam um novo começo para os reeducandos que estão retomando suas vidas no mercado de trabalho e na sociedade”, ressalta a diretora-executiva da Funap-DF, Deuselita Martins. “Muitos chegam sem condições de se apresentar adequadamente para uma entrevista ou para o primeiro dia de emprego, e o projeto Borboleta lhes dá esse suporte essencial, ajudando a resgatar a dignidade e a autoestima nesse momento de recomeço”, complementa a gestora. Andreia escolhe peças no borboletário: “O guarda-roupa comunitário facilita a vida do preso que está se reintegrado na sociedade, porque a gente chega aqui e consegue um sapato, uma roupa de qualidade para se apresentar no trabalho” A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, também vê na iniciativa um caminho para ressocialização. “O projeto Borboleta resgata autoestima, dignidade e fortalece a reintegração social e profissional dessas pessoas, contribuindo para uma sociedade mais justa e inclusiva”, pontua. Autoestima e recomeço O simples ato de trocar de roupa no borboletário assim que chegou à Funap -DF transformou a vida de Andreia*, 57. Depois de dez anos na prisão, a costureira saiu sem nada. “O guarda-roupa comunitário facilita a vida do preso que está se reintegrado na sociedade, porque a gente chega aqui e consegue um sapato, uma roupa de qualidade para se apresentar no trabalho e até nos outros dias, porque a gente demora 30 dias para receber o primeiro salário”, relata. Além do impacto financeiro, ela reforça a importância do projeto para a confiança das reeducandas: “Já pensou todo mundo chegando de branco ao trabalho? Seria constrangedor, né? Aqui, a gente entra presa, mas sai como qualquer outra pessoa da sociedade. Isso é muito bom para a nossa autoestima”. Como ajudar O projeto Borboleta recebe doações de qualquer item de vestuário, cosmético ou acessório, beneficiando tanto homens quanto mulheres. As peças mais procuradas são roupas de frio, calças jeans (de todos os tamanhos) e camisas, de preferência coloridas. As doações podem ser entregues de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, na sede da Funap-DF: Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), Trecho 2, lotes 1835/1845, 1º andar. Mais informações pelos telefones (61) 3686-5031 e 3686-5030. *Para preservar a identidade das entrevistadas, foram usados nomes fictícios.
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Salas de aula do sistema penal do DF são equipadas com ventiladores e bebedouros
A Secretaria de Administração Penitenciária (Seape-DF) recebeu, nesta sexta-feira (28), ventiladores e bebedouros para as salas de aula das unidades penais do Distrito Federal. A entrega foi realizada em parceria com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e a Secretaria de Educação (SEEDF). A iniciativa faz parte do projeto “Melhoria da Infraestrutura das Salas de Aula do Sistema Prisional”, do Centro Educacional 01 de Brasília, e beneficiará diretamente cerca de 2.400 reeducandos matriculados na Educação de Jovens e Adultos (EJA) e 200 professores que atuam nas unidades penais. O objetivo é proporcionar um ambiente mais adequado para o desenvolvimento das atividades educacionais, fortalecendo o processo de ressocialização e reintegração social dos custodiados. A Seape tem trabalhado para promover avanços e melhorias no sistema penal, com foco na ampliação da oferta de educação e de oportunidades de trabalho para os custodiados | Foto: Divulgação/Seape-DF Os recursos para a aquisição dos equipamentos são provenientes de Termos de Ajustamento de Conduta (TAC), que destina valores de indenizações por danos morais coletivos causados aos reeducandos para projetos que impactem diretamente a coletividade carcerária e seus familiares. A promotora de Justiça do Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional (Nupri) do MPDFT, Vanessa de Souza Farias, destacou a importância da colaboração entre as instituições: “Cada uma tem o seu papel e trabalhamos visando um objetivo em comum. Temos o compromisso de aumentar as oportunidades de capacitação e trabalho e dar condições para viabilizar uma efetiva ressocialização”. Em 2024, a iniciativa da Política de Remição de Pena pela Leitura realizou 29.092 atendimentos, um aumento de 15% em relação a 2023 A Seape trabalha para promover avanços e melhorias contínuas no sistema penal, com foco na ampliação da oferta de educação e de oportunidades de trabalho para os reeducandos. Essa busca por um sistema mais justo e ressocializador é um esforço conjunto, como destaca o titular da pasta, Wenderson Teles: “Ninguém trabalha sozinho; é uma engrenagem que depende de vários setores. Nosso foco é na melhoria do sistema prisional e entendemos o papel essencial da educação em todo esse processo”. O DF se consolidou como uma referência nacional na alfabetização de custodiados, alcançando o terceiro lugar no ranking entre as unidades federativas. O resultado destaca a educação como instrumento fundamental de ressocialização, oferecendo novas oportunidades e promovendo a reintegração social. A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, reforçou a relevância da educação como ferramenta para reduzir a reincidência criminal: “Temos que trabalhar a educação para evitar a reincidência. A educação é um processo de transformação”. Avanços na educação prisional No primeiro semestre de 2024, o Centro Educacional 01 de Brasília ministrou aulas em 59 salas, totalizando 111 turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA) no sistema prisional. No segundo semestre, os números cresceram para 77 salas e 148 turmas, representando um aumento de 30,5% no número de turmas e de 33,4% nas salas de aula. Ao todo, mais de 2 mil estudantes foram atendidos ao longo do ano. Em 2024, a iniciativa da Política de Remição de Pena pela Leitura realizou 29.092 atendimentos, um aumento de 15% em relação a 2023. O trabalho realizado levou o Distrito Federal a ser reconhecido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) como a sexta unidade federativa com maior crescimento em atividades de leitura no sistema prisional. Outro avanço expressivo foi a melhoria nos índices de alfabetização das pessoas privadas de liberdade. Em 2023, o Distrito Federal ocupava a 8ª posição no ranking nacional. Em 2024, subiu para o 3º lugar, demonstrando o compromisso com a educação e a ressocialização. A valorização da educação no sistema penal reflete o compromisso com a transformação social, oferecendo aos reeducandos novas perspectivas e caminhos para a reintegração à sociedade. *Com informações da Secretaria de Administração Penitenciária (Seape-DF)
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Encceja registra aprovação de 33 jovens que cumprem medida socioeducativa
Inscritos pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), 33 adolescentes e jovens do Sistema Socioeducativo do Distrito Federal foram aprovados no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos para Pessoas Privadas de Liberdade (Encceja PPL). Com o resultado, 15 estudantes vão cursar o ensino fundamental, enquanto 18 estarão entrando no ensino médio. No total, 178 socioeducandos fizeram a prova em outubro de 2024. Para participar das provas, socioeducandos das oito unidades de internação e de internação provisória receberam aulas preparatórias | Foto: Divulgação/Sejus-DF “Quando garantimos acesso à educação, os socioeducandos enxergam novas possibilidades e conquistam um futuro melhor” Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania As unidades de internação de Santa Maria (UISM) e de Planaltina (UIP) tiveram destaque no desempenho, com 11 e nove aprovações, respectivamente. O resultado reflete o compromisso das equipes pedagógicas e a dedicação dos estudantes, reforçando a educação como um pilar essencial na construção de novas oportunidades e perspectivas de vida. Os socioeducandos das oito unidades de internação e internação provisória receberam aulas preparatórias ministradas por professores de escolas públicas de ensino de DF. O Encceja PPL possui o mesmo nível de exigência da versão regular do exame, destinado a jovens e adultos que não concluíram os estudos na idade apropriada. Educação e cidadania A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, ressalta que essa iniciativa proporciona mais possibilidades aos jovens em cumprimento de medida socioeducativa: “Oferecer oportunidades é fundamental para romper o ciclo da violência. Quando garantimos acesso à educação, os socioeducandos enxergam novas possibilidades e conquistam um futuro melhor. A educação, aliada à justiça e à cidadania, abre caminhos mais dignos e transformadores para cada um deles”. A prova avalia conhecimentos em disciplinas como Língua Portuguesa, Matemática, Ciências e Redação. A participação dos socioeducandos no exame representa um passo importante na redução da distorção idade-série e no fortalecimento da educação como ferramenta de transformação social. Para obter a certificação do ensino fundamental, é necessário ter, no mínimo, 15 anos completos, enquanto a certificação do ensino médio exige idade mínima de 18 anos completados até o dia da prova. Além disso, os participantes precisam atingir a pontuação mínima estabelecida pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para garantir a certificação. *Com informações da Sejus-DF
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Horta contribui com ressocialização de custodiados e oferece alimentos de qualidade a instituições sociais
Alface, cenoura, couve, tomate, mandioca, quiabo, pimentão, beterraba, maxixe, entre outros alimentos, são cultivados de modo orgânico na horta comunitária do Centro de Progressão Penitenciária (CPP). Dois custodiados são responsáveis pelos cuidados com as plantações e, em troca, têm um dia de pena reduzido a cada três trabalhados, além de receberem remuneração da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap). Produção é destinada a instituições cadastradas na Seape-DF, seguindo o viés social do projeto | Foto: Arquivo/CPP “Acreditamos que o processo de reintegração não acontece apenas com o trabalho do Estado, mas também com o compromisso do reeducando, reconhecendo seu papel na sociedade” Eduardo Moura Guerra, diretor do Centro de Progressão Penitenciária O destino final das hortaliças, legumes e verduras é a mesa de quem mais precisa: os alimentos são doados a instituições sociais. “Acreditamos que o processo de reintegração não acontece apenas com o trabalho do Estado, mas também com o compromisso do reeducando, reconhecendo seu papel na sociedade”, analisa o diretor do CPP, Eduardo Moura Guerra. “E a horta ajuda nesse sentido, promovendo a consciência de que o que está sendo produzido será destinado a alguém e ajudará essa pessoa, mostrando que [a iniciativa] tem um papel social.” O projeto surgiu em 2022 para ocupar uma área ociosa do CPP localizada no Setor de Indústrias de Abastecimento (SIA) e proporcionar mais uma oportunidade de ressocialização e remição da pena aos participantes. No entanto, em 2023, a iniciativa teve que ser interrompida. O retorno ocorreu em junho do ano passado. Desde então, os custodiados se dedicam diariamente aos serviços, contando com orientação técnica e insumos, como adubo, sementes e ferramentas, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). A expectativa da direção da unidade é que mais pessoas entrem para a equipe da horta ainda neste ano. Semente para um novo futuro O contato com a terra está sendo importante para a saúde mental do custodiado J. M., 45 anos. Ele é responsável por coordenar o dia a dia da horta, garantindo que os alimentos cresçam do modo correto, com atividades como rega e controle de pragas. Nascido no Maranhão, ele viveu na roça até 2000, quando se mudou para a capital federal. Em 2006, foi detido. Rogério Lúcio Vianna Júnior, gerente de Agricultura Urbana da Emater-DF: “Uma pessoa que mora no Sol Nascente e tem um espaço vazio consegue produzir um alimento extremamente saudável e barato, utilizando os resíduos orgânicos do próprio consumo para a compostagem e captando a água da chuva para molhar a horta” | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília “É ótimo voltar para as minhas origens e perceber que eu posso recomeçar, fazer algo novo”, conta. “Estou abraçando essa oportunidade, que me gera renda e ocupa a minha mente. Quem já passou fome sabe como é ruim essa situação e nunca quer deixar que outra pessoa passe pelo mesmo.” 1.530 Número de custodiados que, por meio da Funap, trabalham no projeto da horta O estímulo à criação de hortas comunitárias na área urbana faz parte do programa Brasília Verde de Agricultura Urbana, promovido pela Emater-DF para colaborar com a segurança alimentar da população brasiliense. Outros órgãos receberam o suporte, como escolas, unidades de saúde e de assistência social. Também foram ofertados insumos para cerca de 600 famílias em situação de vulnerabilidade alimentar. Produção saudável O gerente de Agricultura Urbana da Emater-DF, Rogério Lúcio Vianna Júnior, detalha a dinâmica: “Trata-se de um trabalho educativo que tem como objetivo disseminar o conceito da horta comunitária, produzindo o próprio alimento saudável e seguro. Por exemplo, uma pessoa que mora no Sol Nascente e tem um espaço vazio consegue produzir um alimento extremamente saudável e barato, utilizando os resíduos orgânicos do próprio consumo para a compostagem e captando a água da chuva para molhar a horta”. O chefe do Núcleo de Conservação e Reparos do CPP, Antônio Neto, lembra que a orientação técnica da Emater-DF contribui diretamente com o sucesso da iniciativa de ressocialização. “A Emater nos ajuda, principalmente, com a análise do solo, com o sistema de irrigação, em que criamos um tanque para ser usado no período de seca, além do fornecimento de sementes, adubo e ferramentas, como pás e enxadas, essenciais para o plantio”, enumera. Conforme informações da direção, o CPP recebe 1.530 custodiados, dos quais cerca de 1.100 estão trabalhando por meio da Funap. Outra parte atua junto ao projeto Mãos Dadas, contribuindo com ações de manutenção de equipamentos públicos das regiões administrativas, como pintura, instalação de bocas de lobo, limpeza, entre outros.
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Trabalho em viveiros ajuda a transformar a vida de mulheres em processo de ressocialização
A sociedade tem buscado alternativas eficazes para reintegrar pessoas privadas de liberdade ao convívio social. Entre as estratégias mais promissoras, o trabalho se destaca como uma ferramenta essencial para a construção de novos caminhos. Um exemplo inspirador dessa transformação está nos viveiros de plantas da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), onde mulheres em processo de ressocialização encontram a oportunidade de reconstruir suas vidas. Ali, elas aprendem a cuidar não apenas da terra, mas também de si próprias, semeando esperança de um futuro próspero. Maria Silva (nome fictício), de 32 anos, chegou ao sistema prisional há três anos e encontrou nos viveiros a chave para um recomeço. Ela compartilha, emocionada, como o trabalho tem transformado sua vida: “Aqui aprendi a cuidar das plantas e, mais importante, aprendi a cuidar de mim mesma. Quando cheguei, não sabia como seria possível seguir em frente. Hoje, vejo meu futuro de uma forma diferente. O trabalho me trouxe uma nova perspectiva”. Atualmente, os viveiros produzem cerca de 3.564 mudas por semana, resultando em milhares de mudas mensais destinadas a projetos de arborização | Foto: Carlos Vilaça/Novacap A parceria com a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap) começou em 2017, quando 12 participantes passaram a atuar na Novacap. Atualmente, quase 80 reeducandas prestam serviço nos dois viveiros da companhia. “Pretendemos aumentar nos próximos meses. Já há tratativas em torno disso”, comenta a chefe da Divisão de Agronomia da Novacap, Janaina González. “A Funap acredita no poder transformador do trabalho. Cada muda cultivada representa um passo em direção a uma nova história de vida” Deuselita Martins, diretora-executiva da Funap Essas mulheres se dedicam ao cultivo e à produção de mudas de espécies nativas e ornamentais. Mais do que aprender sobre jardinagem, elas adquirem habilidades essenciais para sua reintegração à sociedade após o cumprimento das penas. Maria, assim como as demais colegas, trabalha de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, com uma hora de intervalo. Ela participa de todas as etapas do processo, desde a semeadura, o enchimento de sacos com terra adubada até a montagem das “bandejas” com mudas prontas para transporte. Além do aprendizado técnico, o trabalho em equipe a impactou profundamente. “Nos ajudamos mutuamente; no final, não estamos apenas cultivando plantas, estamos cultivando nossa própria transformação”, afirma. Foco na mulher Apenas mulheres trabalham nos viveiros. Essa escolha, além de estratégica, é humanitária. Projetos de ressocialização voltados ao público feminino são raros, o que torna essa iniciativa uma oportunidade singular de recuperação, autodescoberta e reconstrução da dignidade. Atividades como o cultivo de mudas exigem paciência, dedicação e atenção aos detalhes – qualidades que muitas mulheres têm naturalmente. “Anualmente, os dois viveiros da Novacap desenvolvem mais de 80 espécies de flores, 300 espécies de arbustos e mais de 200 tipos de árvores”, afirma o presidente da Novacap, Fernando Leite. “Plantamos milhares de mudas de árvores por ano, e este ano planejamos uma grande ação para deixar a cidade ainda mais verde e florida.” Atualmente, os viveiros produzem cerca de 3.564 mudas por dia, resultando em milhares de mudas mensais destinadas a projetos de arborização. Impacto no processo de ressocialização O trabalho nos viveiros vai além da capacitação técnica. Ele oferece uma chance de independência, fortalecimento da autoestima e renovação de perspectivas. Para mulheres muitas vezes esquecidas pela sociedade, cultivar plantas simboliza a possibilidade de florescer novamente. “Esse trabalho não apenas melhora a qualidade de vida das reeducandas, como impacta a sociedade. Aqui eu tenho uma reeducanda que está há mais de sete anos comigo. Tenho muito orgulho de ver as árvores que plantamos e de contribuir para uma cidade mais bonita”, enfatiza a responsável pelos viveiros, Janaina González. Para Maria, o trabalho na Novacap deu uma nova perspectiva. “Aqui, aprendi a ser mais responsável e a entender que tenho um papel a desempenhar na sociedade. Eu não sou só mais uma pessoa no sistema, eu sou capaz de mudar, e isso faz toda a diferença para quem, como eu, sentiu que não havia mais esperança”, conta. “Aqui me chamam pelo nome e me sinto alguém”. Além disso, destaca que, com o valor da bolsa-auxílio, consegue se manter e ajudar em casa na criação dos filhos. “A Funap acredita no poder transformador do trabalho. Quando oferecemos às reeducandas oportunidades como essa nos viveiros da Novacap, não estamos apenas contribuindo para o embelezamento da cidade, mas também plantando as sementes da ressocialização e da esperança. Cada muda cultivada representa um passo em direção a uma nova história de vida, tanto para elas quanto para a sociedade como um todo”, enfatiza a diretora-executiva da Funap, Deuselita Martins. *Com informações da Novacap
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Governo incentiva produção e comercialização de produtos feitos por reeducandos do DF
Magali Costa Neves, 68 anos, reeducanda da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap-DF), órgão vinculado à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), aprendeu a costurar em aulas oferecidas nas oficinas de profissionalização ainda dentro da Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF). Em regime aberto, ela participa dos cursos na sede da Funap e se sente realizada ao ver os seus produtos expostos e vendidos: “Isso é o maior prazer da gente: produzir alguma coisa e ver as pessoas gostarem, independentemente das mãos que foram feitas”. Cursos da Funap oferecem capacitação em diferentes práticas, possibilitando reintegração aos reeducandos | Foto: Divulgação/Funap Magali é uma das mais de 280 pessoas que participam dos programas de capacitação dos apenados da Funap, por meio de oficinas profissionalizantes. Além de costura, essas oficinas oferecem especialização em áreas como serigrafia, marcenaria, concretagem, agricultura, cozinha industrial, manutenção de carrinhos e artesanato. Durante as oficinas de capacitação, os reeducandos aprendem, passo a passo, a fazer uma série de produtos, incluindo camas pet, tapetes de crochê, tábuas de carne, bandejas de madeira, roupas infantis, bonecas de pano, porta flores de madeira, espreguiçadeira de madeira e nichos de parede. Alguns desses produtos são expostos para venda e encomenda nas edições do programa GDF Mais Perto do Cidadão. Como a Funap não possui fins lucrativos, os itens são comercializados a preços abaixo do valor de mercado, e o dinheiro arrecadado é usado para a compra de material para manter a produção das oficinas. Além das vendas, a fundação também confecciona itens para doação. Um exemplo é o kit enxoval doado a gestantes e mães de recém-nascidos participantes do projeto Nasce Uma Estrela – um curso oferecido pelo GDF Mais Perto do Cidadão. Recuperando vidas “Com essas oficinas, provamos que a ressocialização não é apenas possível, mas essencial para oferecer novas oportunidades e construir um futuro melhor para todos” Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania O trabalho aliado à solidariedade é uma das formas mais eficazes de transformar a vida dos privados de liberdade. O reeducando Diego Lacerda, 39, conta como o programa mudou sua forma de ver o mundo: “A gente que errou na vida, entendia que só podia viver naquilo, mas quando a gente começa a produzir, aprender novas profissões e ajudas as pessoas com nosso trabalho, passa a ver as coisas de outra forma”. A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, ressalta a importância do trabalho desenvolvido pelas oficinas da Funap: “A capacitação profissional abre caminhos para a transformação social. Com essas oficinas, provamos que a ressocialização não é apenas possível, mas essencial para oferecer novas oportunidades e construir um futuro melhor para todos”. Marcenaria O curso de marcenaria oferecido pela Funap aos reeducandos é ministrado no Complexo Penitenciário da Papuda. Durante as oficinas, a mão de obra prisional é usada para a confecção de diversos produtos. Em julho do ano passado, mais de 500 rodos foram doados para a retirada da lama nas áreas afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Essas iniciativas não apenas garantem renda para os reeducandos e suas famílias – que recebem uma bolsa de ressocialização -, mas também fomentam sua reinserção no mercado de trabalho. Além disso, a participação das oficinas é feita em um sistema de remição de pena. A cada cinco dias de trabalho, um dia de pena é retirado. A Funap tem como principal finalidade contribuir para a inclusão e reintegração social das pessoas presas, oportunizando melhorias em suas condições de vida por meio da qualificação profissional e oportunidades de inserção no mercado de trabalho. Mais de 3 mil cidadãos que passaram pela Funap foram reintegrados ao mercado de trabalho. “As oficinas representam mais que aprendizado técnico”, reforça a diretora da Funap, Deuselita Martins. “Elas são um resgate da dignidade e uma oportunidade de transformação. Cada reeducando que passa por essas capacitações sai mais preparado para a reintegração social.” *Com informações da Sejus-DF
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Oficinas de profissionalização são oportunidades de transformação para reeducandos no DF
As oficinas de profissionalização da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap-DF), órgão vinculado à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), têm se consolidado como uma poderosa ferramenta de transformação social, oferecendo aos reeducandos não apenas capacitação técnica, mas também esperança de um futuro digno e produtivo. Oficinas de profissionalização geram renda para reeducandos e suas famílias e facilitam sua reinserção no mercado de trabalho | Fotos: Divulgação/Funap-DF Com a coordenação da Diretoria Adjunta para Assuntos de Produção e Comercialização (Dircop), as oficinas abrangem diversas áreas, como costura, serigrafia, marcenaria, concretagem, agricultura, cozinha industrial, manutenção de carrinhos e artesanato, incluindo um projeto voltado especificamente para o público transgênero. “A profissionalização é um passo essencial para quebrar o ciclo da reincidência. Por meio dessas oficinas, estamos mostrando que a ressocialização é possível e que todos merecem uma segunda oportunidade” Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania Atualmente, mais de 250 reeducandos estão inseridos em postos de trabalho intramuros e extramuros, bem como nas oficinas, aprendendo habilidades que vão desde o cultivo agrícola até a confecção de produtos como camas PET, bolsas recicladas e brinquedos de madeira. Essas iniciativas não apenas garantem renda para os reeducandos e suas famílias, mas também fomentam sua reinserção no mercado de trabalho. João*, de 32 anos, reeducando no Centro de Internamento e Reeducação (CIR), encontrou na oficina de marcenaria uma nova perspectiva de vida. “Quando entrei na oficina, eu nunca tinha segurado uma ferramenta na vida. Hoje, faço cabideiros, tábuas de carne e até brinquedos. Quero usar essa experiência para abrir meu próprio negócio quando sair daqui. A Funap me deu uma chance de recomeçar”, afirma. As oficinas ensinam reeducandos a produzir camas PET, bolsas recicladas e brinquedos de madeira, entre outros itens Roberta*, de 28 anos, reeducanda na Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF), compartilha como a oficina de costura transformou sua vida: “Antes, eu não tinha nenhuma profissão e achava que não era capaz de nada. Aprendi a costurar roupas, bolsas e uniformes escolares. Esse aprendizado não só me dá esperança de ter um trabalho digno quando sair, mas também me faz acreditar que sou capaz de recomeçar. O apoio que recebo aqui mudou a forma como enxergo meu futuro”. Além da capacitação, a Funap também destina parte dos itens produzidos para doação, fortalecendo seu papel social. Projetos como a confecção de enxovais para bebês, bolsas maternidade e brinquedos de madeira são exemplos de como as oficinas beneficiam tanto os reeducandos quanto a comunidade em ações no GDF. Na área agrícola, a produção também é significativa: mandioca e milho plantados em 10 hectares, mudas de árvores nativas e frutíferas, mais de 7 mil blocos de concreto fabricados para uso interno, venda direta e projetos de doação, além do cuidado com uma diversidade de animais, como suínos, bovinos e aves. “As oficinas representam mais que aprendizado técnico; elas são um resgate da dignidade e uma oportunidade de transformação. Cada reeducando que passa por essas capacitações sai mais preparado para a reintegração social”, afirma a diretora-executiva da Funap, Deuselita Martins. A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, reforça a relevância do trabalho da Funap: “A profissionalização é um passo essencial para quebrar o ciclo da reincidência. Por meio dessas oficinas, estamos mostrando que a ressocialização é possível e que todos merecem uma segunda oportunidade”. * Nomes fictícios. *Com informações da Funap-DF
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Distrito Federal conquista 3º lugar em alfabetização de internos prisionais
O Distrito Federal se consolidou como uma referência nacional na alfabetização de internos do sistema prisional, alcançando o terceiro lugar no ranking entre as unidades federativas. O resultado destaca a educação como instrumento fundamental de ressocialização, oferecendo novas oportunidades e promovendo a reintegração social. Um dos pilares desse avanço é a remição de pena por leitura, que reafirma o compromisso do Distrito Federal com a inclusão e a cidadania. A Secretaria de Educação (SEEDF) tem desempenhado um papel central nesse cenário, por meio de programas voltados à educação de internos. Essas iniciativas buscam garantir educação de qualidade, ampliar as possibilidades de transformação social e contribuir para a remição de pena por meio do aprendizado e da leitura. “Nenhuma unidade da Federação no país teve uma ampliação tão significativa como a nossa. A gente chegou em sexto lugar justamente porque tivemos mais de 100% de aumento nas atividades de leitura nos presídios”, destaca Lilian Sena, diretora da Educação de Jovens e Adultos (EJA) Educação no sistema prisional No primeiro semestre de 2024, o Centro Educacional 01 de Brasília atendeu 59 salas de aula, totalizando 111 turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA) no sistema prisional. No segundo semestre, os números cresceram para 77 salas e 148 turmas, representando um aumento de 30,5% no número de turmas e de 33,4% nas salas de aula. Ao todo, 2.090 estudantes foram atendidos ao longo do ano, reflexo do empenho da SEEDF em expandir o acesso à educação e fomentar a inclusão social. Outro destaque é a Política de Remição de Pena pela Leitura, instituída pela portaria conjunta nº 11/2022, que envolve parceria entre a SEEDF, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seape-DF), a Polícia Militar (PMDF) e a Polícia Civil (PCDF). Em 2024, foram realizados 29.092 atendimentos nessa modalidade, um aumento de quase 15% em relação a 2023. Esse esforço levou o Distrito Federal a ser reconhecido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) como a sexta unidade federativa com maior crescimento em atividades de leitura no sistema prisional, registrando um aumento expressivo de 108% entre 2023 e 2024. “A cada obra lida e resumida com aprovação, o preso tem direito à remição de quatro dias de pena. Essa é uma política que faz grande diferença”, ressalta Lilian Sena, diretora da EJA da SEEDF. Parceria com o governo federal Uma colaboração entre a SEEDF e o Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio do Departamento Penitenciário Nacional (atualmente Secretaria Nacional de Políticas Penais), possibilitou atender internos da Penitenciária Federal em Brasília. Em 2024, seis estudantes foram matriculados nos três segmentos da EJA, com quatro concluindo a educação básica. Além disso, foram realizadas 411 validações de resumos de leitura voltados para a remição de pena. Os avanços alcançados demonstram o empenho da secretaria em integrar os internos do sistema prisional à rede pública de ensino. Essas iniciativas ampliam o acesso à educação e reforçam a ideia de que o aprendizado é um instrumento essencial para a ressocialização e para a construção de um futuro mais equitativo. *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)
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Funap-DF registra recorde histórico de vagas de trabalho preenchidas em 2024
O ano de 2024 foi marcante para a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso do Distrito Federal (Funap-DF), que reafirmou seu compromisso com a ressocialização e a transformação de vidas. Com 4.013 oportunidades de trabalho criadas, a Funap alcançou um recorde histórico, tendo outubro como o melhor mês do ano, com 505 vagas de trabalho preenchidas. Funap-DF promove oficinas no sistema prisional para incentivar a ressocialização e a reinserção de reeducandos no mercado de trabalho | Foto: Divulgação/Funap-DF Entre os destaques do ano, está o sucesso do 1º Concurso Cultural da Funap, que celebrou os talentos artísticos e criativos dos reeducandos nas categorias redação, poesia e desenho. A iniciativa premiou os participantes com valores de até R$ 2.000, incentivando a expressão artística como ferramenta de transformação e ressocialização. Outra conquista de 2024 foi o 2° Leilão de Semoventes na área agrícola da Funap, que reforçou o compromisso da Fundação em gerar recursos para a ampliação de projetos voltados à capacitação e ao trabalho dos reeducandos. O evento demonstrou o potencial das iniciativas agropecuárias como estratégia sustentável e inovadora no sistema prisional do Distrito Federal. A excelência da Funap também foi reconhecida com premiações. Pelo quinto ano consecutivo, a Fundação recebeu o Prêmio ITA 100% Transparência, e, pelo segundo ano seguido, foi contemplada com o Prêmio Alto Nível – Categoria Ouro, consolidando-se como referência em gestão pública ética e eficiente no Governo do Distrito Federal (GDF). Com oficinas produtivas operando no sistema prisional e mais de 4 mil reeducandos inseridos no mercado de trabalho, a Funap segue contribuindo para a redução da reincidência criminal e oferecendo novas perspectivas de vida para seus assistidos. O impacto positivo da Fundação em 2024 reafirma sua missão de ressocialização e transformação social, destacando-a como um exemplo de políticas públicas que promovem mudanças reais e duradouras. *Com informações da Funap-DF
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Mudas nativas do Cerrado cultivadas em fazenda na Papuda serão comercializadas
As mudas nativas do Cerrado cultivadas por reeducandos na fazenda do Complexo Penitenciário da Papuda serão vendidas pela Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap-DF), vinculada à Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF). O objetivo da comercialização é dar vazão à produção e garantir recursos para serem investidos no projeto que faz a ressocialização de reeducandos por meio da profissionalização na área agrícola. Atualmente, o cultivo e a produção são feitos por 39 internos do Complexo Penitenciário da Papuda. O viveiro conta com espécies tradicionais do bioma Cerrado, além de árvores frutíferas | Foto: Divulgação/Funap-DF A iniciativa ainda está em fase de implementação e tem como público-alvo pessoas interessadas na aquisição de plantas para reflorestamento ou plantação própria em chácaras, sítios e fazendas. Além das mudas, o projeto também prevê a oferta de mão de obra para a plantação. “Temos o projeto do viveiro há muitos anos. Mas durante muito tempo só produzimos para a Novacap. Agora vamos expandir para pessoas que querem recuperar uma área degradada ou simplesmente queiram mudas frutíferas para suas chácaras e sítios. As principais funções do projeto são a ressocialização e a profissionalização dos internos”, explica o gerente da Área Agrícola da Funap-DF, Claudionor Rodrigues. Atualmente, o cultivo e a produção são feitos por 39 internos do complexo prisional. O viveiro conta com espécies tradicionais do bioma Cerrado, como aroeira, flamboyant e ipê-roxo, que são bastante usadas para reflorestamento e embelezamento urbano, além de árvores frutíferas, a exemplo de jabuticabeira, limoeiro e mangueira. Para a aquisição de mudas, os interessados devem solicitar orçamento, lista completa de mudas e informações sobre a contratação diretamente à Funap pelo telefone (61) 3686-5000 ou pelo e-mail: direx.funap@sejus.df.gov.br. Missão O projeto da Fazenda da Papuda tem como missão oferecer profissionalização aos reeducandos do sistema prisional. As atividades agrícolas são feitas intramuros e costumam ter um resultado bastante positivo. A estimativa da Funap-DF é que até 80% dos internos que atuam no projeto não voltam a cometer crimes e conseguem inserção no mercado de trabalho. “É uma oportunidade dos reeducandos aprenderem um novo ofício que possa representar uma nova história fora do sistema. Além disso, atribui novos conhecimentos em cuidados com meio ambiente que, em contrapartida, beneficia o DF com arborização e proteção da flora local”, destaca a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. Para a diretora-executiva da Funap-DF, Deuselita Martins, o projeto reforça o compromisso da fundação com a ressocialização dos internos e com o cuidado ao meio ambiente. “A oferta de mudas do Cerrado, juntamente com a mão de obra especializada, representa nosso esforço em contribuir para a sustentabilidade e apoiar o desenvolvimento de uma sociedade mais inclusiva e consciente”, comenta.
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Abertas inscrições para o III Concurso de Desenho Infantil Desenhando o Amor
A Secretaria de Administração Penitenciária (Seape-DF) lança o III Concurso de Desenho Infantil Desenhando o Amor, iniciativa voltada para estreitar os laços afetivos entre crianças e seus familiares em processo de ressocialização. Além de incentivar a expressão artística, o concurso reforça a conscientização sobre a importância desses vínculos no contexto do sistema penitenciário. Trabalhos poderão ser inscritos até abril de 2025 | Foto: Divulgação/Seape-DF A partir do tema proposto, o concurso convida crianças a expressarem, por meio da arte, o carinho e a conexão que sentem pelos seus familiares, em privação de liberdade, que inspiram suas criações. As inscrições e a entrega dos desenhos serão realizadas presencialmente entre esta segunda-feira (25) e 30 de abril de 2025, nos pontos de coleta indicados no edital. Podem participar crianças de 2 a 11 anos que possuam um dos seguintes vínculos com internos custodiados pela Seape-DF: ⇒ Ser visitante com o cadastro ativo na Seape-DF; ⇒ Ser filho, filha, irmão, irmã de interno ou interna; ⇒ Ser filho ou filha de visitante cadastrado(a) como companheiro ou cônjuge de interno ou interna; ⇒ Ser filho ou filha de visitante cadastrado(a) que possua parentesco com o interno ou interna. A participação só será válida mediante autorização expressa, assinada pelos pais ou responsáveis legais, conforme previsto no edital. É vedada a inscrição sem essa autorização. Pontos de coleta Os desenhos e os formulários de inscrição devem ser entregues, em envelope fornecido nos locais, nos seguintes pontos: ⇒ Penitenciárias do Distrito Federal I, II e IV – Complexo Penitenciário da Papuda, DF-465 Km 4, São Sebastião/DF; ⇒ Centros de Detenção Provisória – Complexo Penitenciário da Papuda, DF-465 Km 4, São Sebastião/DF; ⇒ Penitenciária Feminina do Distrito Federal – Granja Luís Fernando, Área Especial nº 2, Setor Leste, Gama/DF; ⇒ Postos da Seape no Na Hora – Riacho Fundo I, Ceilândia, Taguatinga e Rodoviária do Plano Piloto; ⇒ Ouvidoria da Seape – Setor Bancário Sul Quadra 02 Bloco G, Brasília/DF. Cada criança poderá enviar apenas um desenho, que deve ser inédito e produzido em folha A4, na cor branca. Podem ser utilizados diversos materiais e técnicas, como aquarelas, guache, canetas hidrográficas, colagens e tecidos. Os desenhos não devem conter mais de dez palavras, caso o artista opte por incluir texto. O formulário de inscrição, disponível no edital, deve ser preenchido integralmente e entregue juntamente com o desenho. Acesse o formulário completo. Premiação Os seis melhores desenhos, avaliados por uma comissão julgadora, serão premiados com uma maleta de pintura infantil contendo 150 peças. Além disso, os desenhos vencedores serão expostos no site da Seape-DF por uma semana e poderão integrar publicações oficiais da secretaria e de seus parceiros. O resultado será divulgado em 16 de maio de 2025, no site oficial da Seape-DF. A cerimônia de premiação ocorrerá até 60 dias após a divulgação dos vencedores. Confira a íntegra do edital. *Com informações da Seape
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