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seca no DF

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Seca histórica no DF acende alerta para riscos à saúde no Dia do Cerrado

No Dia Nacional do Cerrado, celebrado nesta quinta-feira (11), o Distrito Federal vive uma das maiores estiagens de sua história. Há mais de 110 dias sem chuva, a combinação de baixa umidade do ar e altas temperaturas acende o alerta de autoridades e especialistas para os riscos à saúde da população. O Distrito Federal registrou, na última quarta-feira (10), o dia mais quente de 2025 até agora. A temperatura chegou a 34,7 °C, na estação de Águas Emendadas, em Planaltina, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), e a umidade relativa do ar caiu a 14% na região. A umidade relativa do ar, que oscila entre 12% e 20%, está muito abaixo dos 40% recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo os meteorologistas, as chuvas só devem retornar em meados de outubro. Diante do cenário, a pneumologista do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF), Bethânia Bertoldi Soares, recomenda cuidados redobrados com a saúde. “Beber bastante água, usar soro fisiológico, aplicar colírios lubrificantes e recorrer a umidificadores ou toalhas molhadas nos ambientes”, detalha a especialista. Entre os cuidados estão evitar exercícios ao ar livre nos períodos de maior calor, usar roupas leves e manter o protetor solar como aliado diário. “Não se trata apenas de desconforto, mas de um problema de saúde pública que exige atenção de toda a sociedade”, alerta Bethânia. A hidratação é um dos cuidados recomendados em tempo de seca, além de usar roupas eves e utilizar protetor solar | Foto: Lucio Bernardo Jr./Agência Brasília Impactos na saúde A pneumologista alerta que o ar seco compromete a proteção natural do organismo, facilitando a entrada de vírus e bactérias. Entre os sintomas mais comuns estão ressecamento do nariz, garganta e olhos, além de crises de rinite, sinusite e asma. Crianças e idosos são os mais vulneráveis. “Esse tipo de clima favorece a evolução de quadros respiratórios para infecções mais graves. O ideal é reforçar a hidratação e manter as vias nasais umidificadas para evitar complicações que podem levar a internações”, explica a pneumologista. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF)

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É tempo de seca e de mais cuidados com a saúde e o meio ambiente

O mês de maio marca o início do período de estiagem no DF. O que implica, por conta da baixa umidade e escassez de chuvas, a atenção redobrada com relação à saúde e também com o meio ambiente. É a época do ano em que o brasiliense deve ficar mais atento a questões essenciais como hidratação e cuidados contra incêndios nas áreas urbanas ou verdes. O alerta quem faz é o coronel da Defesa Civil do Distrito Federal, Wender Costa. O coronel Wender Costa fala das recomendações da Defesa Civil para os cuidados necessários que a população deve ter durante a época de seca no DF | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília “A seca é uma característica do nosso clima, é inevitável. O que é evitável são essas doenças agravadas em razão da secura e da piora relacionada ao aumento da poeira”, diz o militar. Segundo a Defesa Civil, são utilizadas três classificações padrões de cautelas em relação à situação de baixa umidade do ar: – De atenção (entre 20% e 30% por cinco dias seguidos) – De alerta (entre 12% e 20% por três dias consecutivos) – De emergência (abaixo de 12% por dois dias em sequência) “Para tanto, a Defesa Civil faz muitas recomendações nesse período do ano, emitindo alertas para a população e monitorando temperaturas e umidade, que é uma combinação ruim”, destaca o coronel. [Olho texto=”“A hidratação é fundamental. Quando a pessoa começa a sentir sede significa que ela já está desidratada”” assinatura=”Ana Helena Germoglio, infectologista do Hran” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Combinação ruim mesmo, que afeta boa parte da população, sobretudo as pessoas mais vulneráveis. Segundo especialistas, a baixa umidade aumenta a incidência de doenças respiratórias, como rinite alérgica e asma, além de causar problemas na pele, nos olhos e, o que é pior, sangramento nasal. O mais preocupante é que entre as principais vítimas estão crianças e idosos, pessoas com comorbidades e que precisam de atenção especial. Por isso que uma das recomendações mais importantes repassadas tanto pela Defesa Civil quanto por profissionais da saúde é evitar atividades esportivas ou exercícios de qualquer natureza entre às 10h e 17h. Outra orientação é o uso de roupas leves, assim como a utilização de hidratantes labiais, cremes corporais, além de protetor solar. Hidratação é essencial. “A hidratação é fundamental. Quando a pessoa começa a sentir sede significa que ela já está desidratada”, orienta a infectologista do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), Ana Helena Germoglio. “Então não é para esperar sempre ter sede para aumentar a hidratação”, avisa. [Olho texto=”A Defesa Civil do DF envia informes de alertas via mensagens de SMS à população. Para receber os torpedos, é necessário se cadastrar enviando uma mensagem de SMS com o CEP de sua residência para o número 40199″ assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Outro agravante nesse período de estiagem, alerta a infectologista, diz respeito à liberação total do uso da máscara, que aumenta a circulação de muitos vírus de transmissão respiratória. As principais vítimas, segundo ela, são as crianças de menor idade. “Principalmente as crianças pequenas que retornaram às escolas, muitas delas liberadas a ficar sem máscara, estão piorando de doenças de transmissões respiratórias”, avalia. “Na seca, essa situação piora”, observa a infectologista do GDF. Com relação às escolas, os avisos de alertas são feitos com frequência pela Defesa Civil. Segundo o coronel Wender Costa, são espaços que devem operar dentro de uma normalidade nesses períodos de seca, com atividades realizadas em locais fechados, para evitar a exposição do sol ou em locais com maior controle de ventilação. “Fazemos avisos diretos às escolas, estamos sempre em contato com os coordenadores regionais de ensino”, conta. Queimadas e incêndios Calor, temperaturas altas e irresponsabilidade são ingredientes que não combinam. Para o coronel Wender Costa, o mesmo rigor no cuidado com a saúde nesse tempo de estiagem precisa ser estendido para o meio ambiente. E aí deve imperar o bom senso. Por exemplo, nas áreas urbanas, a atenção é com as instalações elétricas de prédios e construções, que sempre devem estar em boas condições. A Defesa Civil recomenda enterrar ou apagar com água todo material que puder voltar a pegar fogo. “A guimba de cigarro é mais do que suficiente para botar fogo numa vegetação inteira”, alerta o coronel Wender Costa | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Nas áreas rurais, em hipótese alguma se deve atear fogo em áreas verdes e a responsabilidade com o descarte de materiais biodegradável é individual. De modo que a destinação de materiais como sobra de cigarros e carvão são importantes. E, para a turma do luau que gosta de acampar, uma dica. Após o uso da fogueira, a atitude mais correta com relação ao material é enterrá-lo. “O ideal é não deixar lixo, mas todo esse material biodegradável que a pessoa, eventualmente, não quer carregar, tem que ter o destino correto, pois eles podem reacender”, alerta o representante da Defesa Civil. “Todo esse material que pode voltar a pegar fogo tem que ser enterrado ou apagado com água. A guimba de cigarro é mais do que suficiente para botar fogo numa vegetação inteira”, lamenta. Para quem não sabe, atenção! [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A Defesa Civil do Distrito Federal (DCDF) envia informes de alertas via mensagens de SMS à população, destacando a possibilidade de condições climáticas que possam causar transtornos à sociedade. Interessados podem fazer o cadastro para recebimento dos torpedos enviando uma mensagem de SMS com o CEP de sua residência para o número 40199. Confira as principais orientações da Defesa Civil nesse período de seca: – Manter uma boa hidratação (água, sucos naturais, água de coco, por exemplo). Sugerimos portar, sempre que possível, uma garrafa para reposição de líquidos. – Umedecer periodicamente as narinas e os olhos com soro fisiológico para evitar o ressecamento. – Utilizar hidratantes labiais e cremes corporais. – Utilizar umidificador, baldes ou bacias com água ou panos molhados, de forma a elevar adequadamente a umidade do ar em casa. – Manter a adequada limpeza dos ambientes, evitando acúmulo de pó e reduzindo a presença de ácaros e fungos, a fim de minimizar o surgimento de crises alérgicas. – Dar especial atenção às crianças e aos idosos, monitorando principalmente a questão de hidratação e doenças respiratórias. – Reduzir ou suspender, se possível, as atividades físicas entre as 10h e 17h (período mais quente do dia). – Dar preferência a refeições leves. – Usar roupas leves, chapéu ou boné. – Ficar atento à previsão do tempo e, em caso de Alerta de Baixa Umidade, intensificar os cuidados.

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Adasa anuncia fim de situação crítica de escassez hídrica

A situação crítica de escassez hídrica será oficialmente suspensa no Distrito Federal com a revogação da Resolução nº 15, de 16 de setembro de 2016. A medida poderá ser tomada porque os Reservatórios do Descoberto, em Brazlândia, e de Santa Maria, no Parque Nacional de Brasília, estão com níveis satisfatórios de armazenamento — 96,9% e 62,8%, respectivamente. Foto: Tony Winston/Agência Brasília A medida poderá ser tomada porque os Reservatórios do Descoberto, em Brazlândia, e de Santa Maria, no Parque Nacional de Brasília, estão com níveis satisfatórios de armazenamento — 96,9% e 62,8%, respectivamente. De acordo com a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico (Adasa), a resolução será revogada por meio de outra a ser publicada no Diário Oficial do DF de sexta-feira (21). O anúncio foi feito nesta segunda-feira (17), pelo diretor-presidente da Adasa, Paulo Salles, em entrevista coletiva à imprensa na sede do órgão. [Olho texto='”De acordo com nossas simulações, acreditamos que não teremos esse problema em 2019″‘ assinatura=”Paulo Salles, diretor-presidente da Adasa” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A decisão de suspender a situação crítica de escassez hídrica foi tomada em reunião da diretoria colegiada da Adasa, explicou Paulo Salles. “De acordo com nossas simulações, acreditamos que não teremos esse problema em 2019. Pode haver uma diminuição no volume dos reservatórios, mas esperamos que eles fiquem em um volume aceitável.” Com a medida, os produtores rurais também terão ampliado o período de captação de água para irrigação. Antes restrita ao intervalo das 6 às 9 horas e das 17 horas às 18h30, a depender do afluente, agora a irrigação está liberada, desde que seja observada a vazão de retirada outorgada pela Adasa para a propriedade. Apesar de a situação atual ser bem mais confortável do que há dois anos, o trabalho de acompanhamento dos recursos hídricos permanece. Entre as atribuições mantidas está a definição da curva de acompanhamento do volume útil dos reservatórios. Nível altimétrico do Lago Paranoá é definido em resolução Além disso, por meio da Resolução nº 33, publicada no Diário Oficial, ficou definido hoje o nível altimétrico adequado para garantir os usos múltiplos do Lago Paranoá. A norma estabelece a cota mínima do reservatório em 999,8 metros. Se forem necessárias a abertura de comportas da Barragem do Paranoá ou a renovação da camada superficial do espelho d’água, permite-se a redução a até 999,5 metros. A cota máxima do Lago Paranoá é de 1.080 metros. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A resolução autoriza oscilações de 2 centímetros abaixo do padrão altimétrico, caso seja preciso para a operação da Pequena Central Hidrelétrica, a Usina do Paranoá. No entanto, o nível deve ser recomposto em até dois dias. Se for constatada redução acima do permitido, a Adasa pode aplicar penalidades à CEB Geração S.A., subsidiária da Companhia Energética de Brasília (CEB). Pela norma, a companhia deve manter a vazão remanescente à jusante da barragem, ou seja, após as comportas, de 700 litros por segundo no período de estiagem — de maio a outubro. No período chuvoso, de novembro a abril, o fluxo de saída mínimo deve ser de 1,2 mil litros por segundo. Medidas de enfrentamento da crise hídrica no DF Para garantir o abastecimento de água para consumo humano, o Executivo local adotou uma série de medidas de contenção de uso. Em 16 de janeiro de 2017, foi necessário instituir o racionamento nas regiões administrativas abastecidas pelo Reservatório do Descoberto. Também no ano passado, em 21 de fevereiro, as áreas abastecidas pelo Santa Maria também aderiram ao rodízio. Somente em 14 de junho de 2018 a medida foi suspensa, depois de o DF sair da crise hídrica. Para enfrentamento da situação, reduziu-se, ainda, a vazão de retirada de água nos reservatórios do Descoberto e de Santa Maria nos reservatórios do Descoberto e de Santa Maria. Em seguida, a Adasa determinou a restrição de dias e horários para a retirada de água por produtores rurais irrigantes. Edição: Raquel Flores

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Adasa participa de conferência da ONU sobre mudanças climáticas

Exemplos de práticas de gerenciamento de recursos hídricos no Distrito Federal e de gestão participativa serão apresentados pela Agência Reguladora de Águas e Saneamento do DF (Adasa) na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 24). Como membro ativo do Conselho Mundial da Água e coorganizador do 8º Fórum Mundial da Água, em março deste ano em Brasília, o diretor-presidente da Adasa, Paulo Salles, foi convidado para falar no encontro da Organização das Nações Unidas (ONU) que ocorre na Polônia até 14 de dezembro. A conferência discute um plano de ação para implementar o chamado Acordo de Paris, firmado em 2015, que tem como meta conter as emissões de gases de efeito estufa e manter o aumento da temperatura global abaixo de 2 graus. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Entre as práticas, Paulo Salles destacará ações desenvolvidas pela Adasa como o monitoramento inteligente, a transparência sobre o volume útil dos reservatórios, a necessidade de interligação da rede de abastecimento e a ampliação das fontes de captação. No período crítico de abastecimento, são exemplos das iniciativas da agência reguladora a alocação negociada, o racionamento ou rodízio e a adoção de instrumentos econômicos, como a tarifa de contingência. Como gestão participativa dos recursos hídricos, o diretor-presidente defenderá a educação, a transparência e regulação, além do fortalecimento dos comitês de bacias hidrográficas.

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Consumo de água no DF caiu 9,5% durante racionamento

As regiões administrativas do Distrito Federal que mais reduziram o consumo de água no período de racionamento foram Plano Piloto, Ceilândia e Taguatinga, as mais populosas. Apenas Paranoá e Fercal apresentaram aumento. Os dados são da pesquisa Análise do Consumo de Água Tratada no Período de Racionamento do Distrito Federal (2016 e 2017), divulgados nessa quinta-feira (22) pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan). Durante um ano e meio, de janeiro de 2017 a junho de 2018, o Plano Piloto economizou 2.971.546 metros cúbicos (m³) de água; Ceilândia, 2.342.569 m³; e Taguatinga, 1.498.646 m³.  As reduções englobam o uso das categorias residencial, comercial, industrial e pública. [Numeralha titulo_grande=”15 milhões m³” texto=”Valor aproximado da redução do consumo de água no DF em 2016 e 2017″ esquerda_direita_centro=”esquerda”] Para a Codeplan, o aumento no Paranoá (526.215 m³) e na Fercal (16.227 m³) se deve ao crescimento populacional, consequência de entregas de moradias do programa Morar Bem. No DF, o consumo em 2016 e 2017 caiu de aproximadamente 160 milhões de m³ para cerca de 146 milhões de m³. A diminuição foi de 9,5%, mesmo com a taxa de crescimento populacional de 2%. Por categoria, as menores taxas de redução ocorreram em residência (9%), responsável por aproximadamente 80% do total consumido, e no comércio (11,2%), com cerca de 10% de contribuição do gasto de água. O setor industrial foi a categoria com a maior redução porcentual (36,7%), mas tem baixa participação no total consumido no DF (0,3%). [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A pesquisa constatou que o agrupamento das regiões com população de alta renda (Lago Sul, Lago Norte, Park Way, Sudoeste) foi o que atingiu as maiores reduções no consumo residencial — cerca de 11%. Já o grupo de classe de renda baixa (Estrutural, Fercal, Itapoã, Paranoá, Recanto das Emas e São Sebastião), apresentou 6,4% de aumento. O gerente de Estudos Ambientais da Codeplan, Alexandre Brandão da Costa, explicou que isso ocorre porque a população com maior renda consome mais. “As moradias mais espaçosas, muitas vezes com piscina e área de lazer, têm maior margem para a redução dos gastos. Nas outras regiões, o consumo já é pouco, não há o que reduzir.” Consumo de água no DF de 2013 a 2015 Em outro estudo divulgado ontem, a Codeplan analisou o consumo de água de 2013 a 2015.  Foi constatado que, em média, as maiores reduções porcentuais ano a ano ocorreram para a categoria industrial. “Provavelmente foi desencadeado pela crise econômica”, destacou Costa. Apesar de representar a maior parcela do consumo, a categoria residencial foi a que demonstrou as menores taxas de redução porcentual. Foi observado que as regiões que gastam mais água são também aquelas que têm as maiores populações: Águas Claras, Ceilândia, Plano Piloto e Taguatinga. [Numeralha titulo_grande=”110 litros de água por dia” texto=”Segundo a OMS, consumo mínimo por pessoa para saciar a sede, ter uma higiene adequada e preparar alimentos” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Já os menores gastos podem ser visualizados na Candangolândia, na Estrutural, na Fercal e no Varjão. “Nesses locais ficou evidenciado o consumo abaixo do recomendado para uma família pela Organização Mundial da Saúde [OMS]”, observou a pesquisadora e geógrafa da Codeplan Kássia Batista de Castro. De acordo com a OMS, uma pessoa necessita de, no mínimo, 110 litros de água por dia – essa medida supostamente seria suficiente para saciar a sede, cuidar apropriadamente da higiene e preparar os alimentos. Na Fercal, na Estrutural e no Itapoã, o valor fica abaixo de 90 litros por habitante. A pesquisadora concluiu que o estudo é importante porque identificou a relação da renda e a influência do padrão urbano e, mais especificamente, do tipo de moradia urbana sobre o consumo de água. “Ele serve para dar subsídio às políticas públicas referentes à gestão eficiente dos recursos hídricos”, analisou Kássia. Edição: Marcela Rocha

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Brasília encerra racionamento após economizar água e reabastecer reservatórios

A partir desta sexta-feira (15), o abastecimento de água no Distrito Federal se normalizará, com o fim do rodízio. A partir desta sexta-feira (15), o abastecimento de água no Distrito Federal se normalizará, com o fim do racionamento. Em entrevista coletiva nesta quinta (14), o governador Rodrigo Rollemberg detalhou as medidas que permitiram o encerramento do rodízio. Foto: Tony Winston/Agência Brasília Depois de um ano e cinco meses, em que a redução de consumo se aliou a investimentos no setor, o governo local se encontra com recursos hídricos suficientes para atender a população até o próximo período chuvoso. As providências tomadas para encerrar o racionamento foram detalhadas em entrevista coletiva nesta quinta-feira (14) no Palácio do Buriti. Além da recuperação dos reservatórios do Descoberto e de Santa Maria, a Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb) destaca a conclusão de novas fontes de captação e de transferência de água entre os sistemas. O início da captação no Subsistema Produtor de Água do Bananal e a retirada de água do Lago Paranoá, com a Estação de Tratamento de Água do Lago Norte inaugurada em outubro de 2017, são parte das intervenções. Juntas, essas obras colocam no sistema local 1,4 mil litros de água por segundo (l/s). Na coletiva, o governador Rodrigo Rollemberg explicou que, desse total, 550 l/s são destinados a regiões administrativas antes abastecidas pelo Descoberto. Isso diminui a pressão sobre o reservatório e permite que a captação média nele seja menor do que antes da crise hídrica. [Olho texto=”Tanto o reservatório do Descoberto quanto o de Santa Maria ultrapassaram com antecedência as metas de referência estabelecidas para junho pela Adasa-DF” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A autorização atual da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico (Adasa) para a Caesb, válida a partir de sexta (15), é para captar a vazão média mensal de 4,3 mil litros por segundo no Descoberto contra os 4,9 mil l/s permitidos antes do racionamento. No período de contenção, a quantidade foi reduzida para 3,3 mil l/s. A essas medidas se unem as chuvas dos últimos meses. A área técnica da Caesb elaborou projeções dos volumes dos reservatórios para o período de estiagem do DF e concluiu, diante de diversos cenários, que eles alcançarão níveis mínimos suficientes. A previsão é que o Descoberto chegue ao fim de outubro de 2018 com 44% e o Santa Maria, com 42%. O reservatório do Descoberto está atualmente com 92,9% de volume útil. O de Santa Maria soma 59,9% — dados dessa quarta-feira (13). Ambos ultrapassaram com antecedência as metas de referência estabelecidas para junho pela Adasa, respectivamente de 79% e de 56%. Há um ano, o Descoberto media 51,9%, e o Santa Maria, 51,4%. Para fortalecer o abastecimento nas próximas décadas, estão em construção o Subsistema e o Sistema Produtor de Água Corumbá, que, na primeira etapa de funcionamento, terá capacidade de captar 1,4 mil litros de água por segundo (l/s). O número sobe para 2,8 mil l/s na fase final. Como essa última obra é fruto de um consórcio entre DF e Goiás, metade do volume abastecerá cada unidade da Federação. No futuro, a captação poderá ser ampliada para 5,6 mil litros por segundo. Rollemberg ressaltou que, embora tenha havido contribuição das chuvas, elas ainda foram abaixo da média. “Grande parte da melhoria é resultado de um esforço conjunto, centrado no tripé investimentos; redução do consumo pela população; e colaboração dos agricultores.” Investimentos e medidas na crise hídrica Os investimentos no setor superam R$ 520 milhões. Na estação do Lago Paranoá, foram R$ 42 milhões do governo federal mais R$ 3,5 milhões da tarifa de contingência cobrada pela Caesb. Já no Subsistema Produtor de Água do Bananal, o valor foi de cerca de R$ 20 milhões. Para o Sistema Produtor de Água Corumbá, os recursos do DF somam R$ 275 milhões de verbas próprias da Caesb via financiamento — o governo de Goiás investe valor igual —, e a previsão é que a intervenção esteja pronta no fim deste ano. A Companhia de Saneamento Ambiental focou ainda na interligação dos dois principais sistemas produtores de água, permitindo a transferência do Santa Maria-Torto para o Descoberto. Para isso, investiu quase R$ 12 milhões da tarifa de contingência. [Numeralha titulo_grande=”24,2 bilhões de litros” texto=”Quantidade de água que os brasilienses economizaram desde janeiro de 2017, segundo dados da Caesb” esquerda_direita_centro=”direita”] A medida é importante para reduzir a dependência da cidade em relação ao reservatório do Descoberto. Antes da crise hídrica, ele era responsável pelo abastecimento de 1.631.549 pessoas, ou seja, mais de 60% da população. Com a transferência de água entre os sistemas, o Descoberto passou a abastecer 52,09% (1.409.817 pessoas). O de Santa Maria pulou de 20,61% (557.820 pessoas) para 28,80%, ou 779.552 habitantes. Os sistemas isolados e de pequenas captações (Brazlândia, Planaltina, São Sebastião e Sobradinho) fornecem, juntos, água para 19,11% da população, ou 517.139 pessoas. Um exemplo de como é feita a transferência entre os sistemas está na Estação de Tratamento de Água Brasília (ETA Brasília), inaugurada em abril deste ano. Ela leva água captada no Ribeirão Bananal e no Lago Paranoá para o reservatório do Cruzeiro, o mais alto da região central do DF.  De lá, o líquido vai para regiões tradicionalmente abastecidas pelo Descoberto, como Candangolândia, Guará e Vicente Pires. Também foi investido R$ 1,6 milhão no Subsistema do Gama. A tarifa de contingência foi cobrada de outubro de 2016, quando Brasília entrou em situação crítica de escassez hídrica, a junho de 2017. Outros R$ 170 milhões são investidos pela Caesb para redução e controle de perdas no sistema. Isso inclui a troca de mais de 200 mil hidrômetros no DF, válvulas redutoras de pressão, monitoramento e obras de setorização e adequação das redes de água. As perdas diárias por ligação caíram de 381 litros em 2015 para 313 litros no ano passado, superando a meta de 2017 da companhia, que era de 349 litros por dia e por ligação. Uso consciente da água deve permanecer Desde janeiro de 2017, quando o rodízio foi iniciado no DF, a Caesb avalia que foram economizados ao menos 24.197.276.250 litros de água no Distrito Federal — quantidade equivalente a cerca de 9,6 mil piscinas olímpicas cheias. A economia, entretanto, é ainda maior, de acordo com a companhia, porque desde 2016 eram feitas reduções de pressão na rede e campanhas sobre a crise hídrica. Além disso, a população atendida em 2017 e 2018 é superior à de 2016. O consumo diário de água por pessoa segue em queda no DF. A quantidade, que já foi de 189 litros em 2014, caiu para 153 litros em 2015. No ano de 2016, chegou a 147 litros e, em 2017, reduziu para 129 litros por habitante. A equipe da Caesb acredita que o uso consciente deve permanecer após o fim do rodízio. As primeiras medidas na crise hídrica do DF foram a intensificação de campanhas educativas e o aumento na fiscalização para coibir captação ilegal de água. Nas ações, identificaram-se mais de mil poços irregulares. No esforço coletivo para economizar e evitar o desperdício, brasilienses se engajaram em iniciativas com sistemas simples de captação da água da chuva. [Olho texto=”Embora os reservatórios tenham atingido níveis satisfatórios, a recomendação do governo é de cautela diante das incertezas climáticas” assinatura=”” esquerda_direita_centro=””] Produtores rurais usaram técnicas ensinadas pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) para aderir a maneiras mais econômicas e eficazes de irrigação. Com isso, espera-se que, mesmo com o fim do racionamento, haja uma redução no consumo. Com planos de manejo de irrigação e sistemas mais poupadores na área rural, a economia é de 74 litros por segundo. Além disso, revitalização de canais de irrigação diminuiu o desperdício em 76,56 l/s. Órgãos públicos também aderiram a práticas sustentáveis, como o Metrô-DF, que diminuiu o consumo em 49%. Para manter a consciência sobre o tema, a Adasa alerta que, “embora os reservatórios tenham atingido níveis satisfatórios”, a recomendação é de cautela diante das incertezas climáticas. A orientação é para: Colocar as máquinas de lavar louças e roupas para funcionar apenas na capacidade máxima Escovar os dentes com a torneira fechada Evitar água corrente para lavar carro e regar plantas, trocando por baldes e regadores, por exemplo Tomar banhos de até cinco minutos Acesse a apresentação do governador Rodrigo Rollemberg sobre o fim do racionamento de água no Distrito Federal. Edição: Marina Mercante

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Metrô diminui 49% do consumo de água com práticas sustentáveis

A Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) tem conseguido diminuir 49% do consumo de água mensal graças a práticas sustentáveis adotadas desde o início do ano. Isso significa economia de R$ 246.975,47 na conta de água a cada mês. Consumo de água utilizada na limpeza dos vagões foi reduzido em 49%. Foto: Tony Winston/Agência Brasília Uma das medidas adotadas pela companhia foi a perfuração de dois poços artesianos, um com capacidade para 19 e outro para 13 metros cúbicos por hora. As estruturas começaram a ser construídas em dezembro do ano passado e são utilizadas desde fevereiro. A água armazenada no poço menor, com 84 metros de profundidade, serve para a lavagem dos 32 trens da empresa pública. De acordo com o engenheiro ambiental que integra o projeto Metrô Sustentável, Thiago Lyra, hoje o recurso é suficiente (com sobra) para o serviço. O outro poço, com 120 metros de profundidade, armazena água para a irrigação necessária no prédio do Centro de Controle Operacional do Metrô. Além disso, a companhia ainda faz campanha de conscientização com os funcionários e substituiu as torneiras por outras mais econômicas. [Numeralha titulo_grande=”R$ 246.975,47″ texto=”Economia na conta mensal de água do Metrô-DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Desde o início do ano, ainda são usados cinco pontos de coleta para captar a água que sai dos aparelhos de ar condicionado. São 480 litros captados por dia. “Temos alguns aparelhos que funcionam 24 horas por conta dos computadores”, detalha Lyra. Com isso, há a economia de cerca de R$ 350 mensais. A água é utilizada para a lavagem de piso, banheiros e jardins. Edição: Paula Oliveira

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Adasa estabelece curva de referência para Reservatório de Santa Maria até dezembro

Foi publicada nesta quarta-feira (30), no Diário Oficial do Distrito Federal, a resolução que estabelece a curva de referência para o acompanhamento do volume útil do Reservatório de Santa Maria para o período de maio a dezembro de 2018. A Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) elaborou a curva como instrumento de apoio à tomada de decisão para gestão dos recursos hídricos. De acordo com a Resolução nº 12, de 29 de maio de 2018, o volume útil do reservatório deverá atingir o limite mínimo de 30,3% em novembro. A Adasa fará o acompanhamento das previsões climáticas, do nível do reservatório e das vazões dos principais afluentes do Reservatório de Santa Maria (Milho Cozido, Vargem Grande e Santa Maria). Além disso, por meio de reuniões mensais com a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), analisará o cumprimento da curva de referência. Ainda segundo a resolução publicada hoje, a Caesb deverá operar os sistemas de abastecimento do Descoberto e do Santa Maria-Torto (que também conta com as captações do Bananal e Lago Paranoá, de forma integrada), com o objetivo de resguardar ao máximo o volume útil do Reservatório de Santa Maria. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”]

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Caesb alerta para importância de manter o uso consciente mesmo após o racionamento

O agricultor Francisco Silva de Sousa, de 42 anos, mudou o jeito de irrigar a plantação de morangos que mantém no Assentamento Betinho, em Brazlândia, durante o racionamento de água. Substituiu aspersores por microaspersores e gotejamento em agosto de 2017. O agricultor Francisco Silva de Sousa, de 42 anos, mudou o jeito de irrigar a plantação de morangos que mantém no Assentamento Betinho, em Brazlândia, durante o racionamento de água. Substituiu aspersores por microaspersores e gotejamento em agosto de 2017. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília Ele sentiu a diferença no bolso. Após a troca, o custo mensal com o serviço passou de R$ 350 para R$ 250. A água, retirada de um poço instalado na propriedade, atende à irrigação do 1,5 hectare de produção. “Foi bom mudar. Faz bem para o meio ambiente e para a economia”, diz. Em um ano e três meses de racionamento, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) registrou redução de 12% na média do volume de água captado no DF. Muito disso vem dos hábitos incorporados pela população, seja no campo, seja na cidade. “A média de chuva acumulada em Brazlândia de setembro a maio, historicamente, é de 1.480 milímetros [mm]. De setembro de 2017 a maio de 2018, foi de 1.283 mm. E, mesmo com a chuva abaixo da média, o Descoberto se recuperou”, aponta o presidente da Caesb, Maurício Luduvice. O desafio, agora, é manter a economia após o fim do rodízio, em 15 de junho. O que a população pode fazer para manter a economia de água no DF O consumo elevado, com média histórica acima de 150 litros de água por dia per capita, aliado à grilagem de terras e à ocupação desordenada do solo, mostrou que pode faltar água. Enquanto a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) auxilia produtores rurais a modernizarem a irrigação, para evitar desperdício de água, a Caesb reforça as recomendações para o uso residencial: Tomar banhos de até cinco minutos Escovar os dentes com a torneira fechada Evitar água corrente para lavar carro e regar plantas, trocando por baldes e regadores, por exemplo Colocar as máquinas de lavar louças e roupas para funcionar apenas na capacidade máxima Santa Maria terá captação de água maior apenas durante a seca A captação tanto no Descoberto quanto no Santa Maria caiu progressivamente no racionamento. Em 2016, a média foi de 4,7 mil litros por segundo no Descoberto e de 1.228 litros por segundo no Santa Maria. Em 2017, de 3.745 e 993, respectivamente. Neste ano, as quantidades são 3.181 e 121. Ao adicionar o Lago Paranoá e o Ribeirão Bananal ao sistema que também engloba o Santa Maria e o Torto, o governo de Brasília pode deixar a captação baixa no Santa Maria e incrementá-la apenas no período de seca. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Nos últimos 30 dias, a captação média no Lago Paranoá foi de 580 litros por segundo. No Bananal, de 540. No Torto, de 1.140. Já no Santa Maria, de 115. “O Santa Maria é um reservatório que enche e esvazia de forma mais lenta que o Descoberto. A captação aumentará na estiagem”, explica Luduvice. O que vai garantir a segurança hídrica a médio e longo prazos na capital federal, no entanto, é o Sistema Produtor Corumbá. A entrega está prevista para dezembro. A captação no Lago Corumbá 4 vai adicionar mais 2,8 mil litros por segundo de água para o DF. A Caesb atualiza os números todas as segundas-feiras. Os dados utilizados neste texto são de 7 de maio. Edição: Marina Mercante

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PGDF apresenta pedido suspensivo da revisão tarifária de água

A Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF) apresentou, nesta quarta-feira (9), pedido de reconsideração à Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico (Adasa-DF), em que solicita a suspensão da Revisão Tarifária Extraordinária (RTE) no porcentual de 2,06% sobre os valores das tarifas dos serviços públicos de abastecimento. A RTE foi pedida pela Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb) à Adasa para corrigir possível desequilíbrio econômico-financeiro decorrente da crise hídrica e consequente redução de mercado. O reajuste foi autorizado em 30 de abril. Contudo, no pedido de reconsideração, a Procuradoria-Geral do DF afirma que “a Caesb não muniu seu requerimento com informações sobre o aumento de custos relacionados à exploração de serviço, cingindo-se a fazer comparação entre as receitas projetadas e as receitas atuais”. A PGDF destaca ainda que os custos adicionais decorrentes da crise hídrica já são suportados pelos consumidores mediante pagamento da tarifa de contingência. No documento, a Procuradoria-Geral do DF demonstra que, se aplicado o reajuste, a tarifa da Caesb terá crescimento de 125% entre 2007 e 2017, enquanto a inflação nesse período foi de 90%.

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Adasa aponta segurança hídrica para o fim do racionamento

As simulações para o fim do racionamento de água em Brasília e para a situação hidrológica na Bacia do Descoberto foram apresentadas nesta sexta-feira (4), em entrevista coletiva, pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa-DF). Simulações para o fim do racionamento de água foram apresentadas pelo diretor-presidente da Adasa-DF, Paulo Salles, em entrevista coletiva nesta sexta (4). Foto: Tony Winston/Agência Brasília Em 15 de junho, o rodízio de fornecimento será interrompido, e a captação de água pela Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb) passará de 3,3 para 4,3 metros cúbicos por segundo. A captação média dos irrigantes também será ampliada de 3 para 6 horas por dia. As medidas constam da Resolução nº 8, publicada hoje (4). O índice de chuva na bacia registrado no primeiro quadrimestre deste ano é 19% maior do que no mesmo período do ano passado. Segundo os dados, até 30 de abril de 2018, foram 1.054 milímetros de chuva, enquanto no ano anterior foram 882 milímetros. Com a suspensão do racionamento, uma das simulações apresenta que, em novembro, no mês mais crítico, a Bacia do Descoberto estivesse com 18% da capacidade. O diretor-presidente da Adasa-DF, Paulo Salles, explicou que as análises foram feitas com as projeções esperadas de quantidade de chuva, de vazão, do consumo de irrigantes e de captação de água pela Caesb. “Fizemos várias simulações e chegamos à conclusão de que essa (suspender o racionamento) era a que fazia o equilíbrio da segurança hídrica com a minimização dos problemas do racionamento para a população”, afirmou. Salles alegou que, se o racionamento continuasse, a expectativa seria chegar a 45% da capacidade em novembro, porém haveria danos para aqueles que não têm caixas d’água ou que dependem diariamente do abastecimento para comércios. “Foi a perspectiva que consideramos a mais aceitável para Brasília.” As projeções foram discutidas por técnicos da agência com especialistas da Agência Nacional de Águas (ANA) e da Universidade de Brasília (UnB). Uso consciente da água A Resolução nº 8 estabelece a curva de referência para o acompanhamento do volume útil pardo reservatório do Descoberto para o período de maio a dezembro de 2018.. Em 2016, a captação pela Caesb era de 4,7 metros cúbicos por segundo e pela média dos irrigadores era de 12 horas por dia. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Segundo Salles, o uso racional deve ser continuado pela população também. “Estamos aprendendo a lidar de forma consciente com a água. Nós vivemos um período de muita incerteza climática. Temos de manter a população alerta”, ressaltou. O documento estabelece ainda reuniões mensais com as equipes da Caesb, da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). Edição: Marina Mercante

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Racionamento de água no DF chega ao fim em 15 de junho

O governador Rodrigo Rollemberg anunciou nesta quinta-feira (3) o fim do rodízio no fornecimento de água no Distrito Federal em 15 de junho. A medida, tomada em virtude da crise hídrica que atingiu a capital do País, será encerrada após o reservatório do Descoberto ultrapassar 90% da sua capacidade. O fim do racionamento de água no DF foi anunciado em coletiva de imprensa pelo governador Rollemberg, nesta quinta-feira (3). Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília O chefe do Executivo local atribuiu o resultado ao “esforço da população nesse 1 ano e 3 meses [de racionamento] e dos agricultores, que mudaram a forma de irrigação, e das obras de captação de água inauguradas pelo governo de Brasília.” Rollemberg destacou que a população reduziu em cerca de 12 a 13% o consumo de água, o que ele considera o “grande legado” no rodízio de fornecimento. Ele enfatizou, ainda, que as captações no Ribeirão Bananal e no Lago Paranoá incrementaram o sistema em 1,4 mil litros por segundo. “O menor nível de afluência do Descoberto fica para o fim de novembro, algo em torno de 21,9% da capacidade do reservatório, quando já teremos novamente o período de chuvas e, em dezembro, o sistema Corumbá em operação, com 2,8 mil litros por segundo a mais de água para o DF”, disse. Soma-se a isso o fato de que, hoje, 550 litros de água que são captados a cada segundo no Ribeirão Bananal, no Lago Paranoá e no Sistema Santa Maria-Torto são usados para abastecer cidades que antes recebiam água da Barragem do Descoberto. Obras para reverter a crise hídrica no DF Após 17 anos sem intervenções para ampliar o abastecimento de água na capital do País, o governo de Brasília entregou a Estação de Tratamento de Água do Lago Norte e o Subsistema Produtor de Água do Bananal, interligou os dois principais sistemas produtores de água permitindo a transferência do Santa Maria-Torto para o Descoberto e avança nas obras do Sistema Corumbá. Mais de 70% das obras da adutora de água tratada do Sistema Produtor Corumbá, em Santa Maria (DF), estão prontos. Em outubro de 2017, o governador Rodrigo Rollemberg inaugurou a Estação de Tratamento de Água do Lago Norte. Nela, foram investidos R$ 42 milhões, com recursos provenientes do governo federal. A obra teve duração de cinco meses. A unidade capta água por meio de balsas flutuantes e faz o tratamento do recurso no próprio local. A estrutura fica na ML 4, no Setor de Mansões do Lago Norte, e trata-se de uma estação compacta, com membranas de ultrafiltração, uma das mais modernas tecnologias na área. No mesmo mês, o Distrito Federal também ganhou reforço de até 726 litros por segundo com a captação de água por meio do Subsistema Produtor de Água Bananal. A estrutura fica em uma saída da Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia), entrada da Granja do Torto. O investimento foi de R$ 20 milhões, do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste, do Banco do Brasil. Além disso, a elevatória da Estação de Tratamento de Água Brasília (ETA Brasília), que foi entregue em abril deste ano, é fundamental para levar água captada no Ribeirão Bananal e no Lago Paranoá para regiões tradicionalmente abastecidas pelo Sistema Produtor Descoberto. O início do racionamento no DF Em 2016, a escassez de chuvas em Brasília levou a Barragem do Rio Descoberto a atingir o nível mais baixo de sua história. O reservatório, responsável à época por abastecer 65% do Distrito Federal, estava com apenas 40% da capacidade no dia 16 de setembro. Por isso, na época, a Adasa declarou estado de alerta por situação crítica de escassez hídrica para a capital do País. O diretor-presidente da agência, Paulo Salles, assinou a Resolução nº 15, de 2016, que recomendava medidas para assegurar a manutenção dos recursos, pois o ideal é que o reservatório se mantenha acima de 60% de seu volume útil. As primeiras medidas anunciadas foram intensificar as campanhas educativas e aumentar a fiscalização para coibir captação ilegal de água. Ainda em setembro, a Caesb começou a fechar, como medida temporária, o abastecimento de algumas regiões para preservar os níveis de reservação e evitar falta de água em maior proporção. Em outubro, quando o volume de água do Rio Descoberto atingiu 24,97%, a Caesb começou a aplicar 20% de tarifa de contingência na conta de água do consumidor. O recurso foi utilizado, entre outras ações, para promover campanhas publicitárias de conscientização, intensificar a fiscalização para evitar fraudes e substituir redes com vazamento. Por fim, para assegurar a capacidade hídrica da cidade, em janeiro de 2017 foi anunciado pelo governo rodízio no fornecimento de água das regiões administrativas abastecidas pela Barragem do Descoberto. E as regiões abastecidas pelo Reservatório de Santa Maria, responsável pelo fornecimento de água de 24% da população de Brasília, entraram no rodízio em fevereiro do mesmo ano. Leia o pronunciamento do governador Rodrigo Rollemberg. Edição: Paula Oliveira

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Audiência pública vai definir quantidade de água necessária para cada tipo de uso no DF

As quantidades médias de água para que a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa) conceda outorgas para cada tipo de uso dos recursos hídricos serão definidas em 15 de maio. Nessa data, vai ocorrer uma audiência pública no auditório da Adasa (Setor Ferroviário, Parque Ferroviário de Brasília, Estação Rodoferroviária, Sobreloja Ala Norte), das 9 às 12 horas. O encontro serve para o público tomar conhecimento dos valores preestabelecidos pelo corpo técnico da agência reguladora, bem como propor alterações na minuta de resolução. De acordo com Vitor Rodrigues Lima dos Santos, regulador de serviços públicos da Adasa e responsável pela minuta de resolução, os valores foram definidos em estudos e podem ser alterados. “Pesquisamos os valores de referência em trabalhos técnicos, com o pessoal da Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária] e da Emater-DF [Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF], mas pode ser que alguém apresente algum estudo. Nosso principal objetivo é referendar os números, ver se estão de fato compatíveis com a realidade”, afirma. Os sete tipos de uso da água previstos pela Adasa são: Aquicultura: criação de peixes, anfíbios, plantas aquáticas, entre outros Comercial: estabelecimentos de prestação de serviços onde o uso da água é indispensável Abastecimento humano: demandas básicas das pessoas em suas residências, como higiene, ingestão e preparação de alimentos Criação animal: item para bichos não aquáticos Irrigação de culturas e pastagens: água como auxílio na agropecuária Irrigação paisagística: jardins, gramados, entre outros Uso industrial ou na construção civil: água como insumo no processo produtivo industrial, na refrigeração e combate a incêndios em empreendimentos industriais, bem como execução de obra na construção civil e em atividades semelhantes Edição: Paula Oliveira

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Adasa homologa reajuste de tarifas de água e de esgoto a partir de 1º de junho

A partir de 1º de junho, o valor do serviço de água e de esgoto em Brasília deverá ser corrigido em 2,99%. O ajuste foi homologado nesta segunda-feira (30), por meio de resolução da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa-DF), publicada no Diário Oficial do Distrito Federal. As tarifas ficam reajustadas em 2,99% — 0,93% referentes ao Índice de Reajuste Tarifário (IRT) e 2,06% referentes à Revisão Tarifária Extraordinária (RTE). Hoje de manhã, em visita às obras da adutora de água tratada de Santa Maria (DF), o governador Rodrigo Rollemberg disse que vai “avaliar efetivamente a necessidade do reajuste”. Ele ressaltou que o valor é determinado pela Adasa, e não pelo Executivo local. “O que estamos fazendo são os investimentos necessários para garantir o abastecimento para a população de Brasília.” Como exemplo, Rollemberg citou a inauguração de outras duas intervenções para captação de água: a do Bananal e a do Lago Paranoá. O que são os dois índices tarifários da Caesb IRT: concedido anualmente, o índice de reajuste tarifário faz parte do contrato de concessão com a Caesb. O reajuste é definido após estudos baseados, principalmente, nos índices inflacionários. RTE: a revisão tarifária extraordinária é solicitada pela Caesb para corrigir possível desequilíbrio econômico-financeiro decorrente da crise hídrica no DF e consequente redução de mercado. De acordo com a legislação vigente e com o contrato de concessão, a Adasa é a responsável por fixar as tarifas praticadas pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb). Os valores são determinados após a agência analisar os números apresentados pela companhia. O reajuste anual dos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário foi debatido em audiência pública em 23 de abril deste ano e recebeu sugestões pela internet até a mesma data. Após o reposicionamento tarifário, os consumidores pagarão os seguintes valores, com base no volume gasto em metros cúbicos (m³): Para atividades residenciais Faixa de consumo (m³) Tarifa popular (R$) Tarifa normal (R$) De 0 a 10 2,28 3,04 De 11 a 15 4,25 5,63 De 16 a 25 5,57 7,20 De 26 a 35 10,64 11,64 De 36 a 50 12,83 12,83 Acima de 50 14,07 14,07   Para atividades comerciais, públicas e industriais Faixa de consumo (m³) Tarifa comercial e pública (R$) Tarifa industrial (R$) De 0 a 10 7,70 7,70 Acima de 10 12,74 11,62 De acordo com a atividade exercida pela unidade consumidora, os tipos de tarifas de água são divididos em: residencial (inclui templos religiosos ou entidades declaradas de utilidade pública pelo governo de Brasília e construções de casa própria sob encargo do proprietário) comercial (engloba atividades não previstas nas outras categorias e água para irrigação) industrial pública (órgãos e entidades da administração direta e indireta do Distrito Federal, dos municípios e dos estados, da União, organizações internacionais e representações diplomáticas) No serviço de esgoto, o cálculo das faturas, com base no abastecimento de água, tem duas categorias: para sistema convencional de esgotamento sanitário (que varia de 50% a 100% da cobrança da água) para sistema condominial (100% na rede própria externa e 60% na interna) A tarifa popular é aplicada para famílias de baixa renda cadastradas em programas sociais do governo.

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Obras da adutora de água tratada em Santa Maria estão 70% executadas

Mais de 70% das obras da adutora de água tratada do Sistema Produtor Corumbá, em Santa Maria (DF), estão prontos. As intervenções foram vistoriadas na manhã desta segunda-feira (30) pelo governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg. O governador Rollemberg, acompanhado do presidente da Caesb, Maurício Luduvice, vistoriou as obras da adutora de água tratada em Santa Maria,parte do Sistema Produtor Corumbá. Foto: Dênio Simões/Agência Brasília “Essa é uma obra estruturante, a maior em curso no Brasil de captação e tratamento de água, e está de vento em popa”, destacou o governador. A vazão prevista inicialmente é de 1,4 mil litros por segundo, que poderá chegar a 2,8 mil litros por segundo para o Distrito Federal e a mesma quantidade de água para Goiás. “Com isso vamos dar tranquilidade para toda a população de Brasília no que se refere ao abastecimento”, acrescentou Rollemberg. A adutora terá 13 quilômetros de comprimento, com tubulações soldadas em aço com 1,3 mil milímetros de diâmetro. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] De acordo com o presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), Maurício Luduvice, a obra permitirá trazer a água processada na estação de tratamento de água em Valparaíso (GO) para o sistema de reservatórios existente em Santa Maria (DF). Até agora, segundo a Caesb, já foram instalados cerca de 9 mil metros de tubulações. O custo da obra é estimado em R$ 40,8 milhões, com recursos do governo de Brasília. O que são as obras do Sistema Produtor Corumbá As obras do Sistema Produtor Corumbá são fruto de consórcio entre DF e Goiás. Além da adutora de água tratada, cabe à Caesb a construção da Estação de Tratamento de Água, em Valparaíso (GO), e de 15,3 quilômetros de adutora de água bruta. Os 12,7 quilômetros restantes de adutora, a captação e a estação de bombeamento, em Luziânia (GO), são de responsabilidade da Saneamento de Goiás S.A. (Saneago). As regiões administrativas do DF que vão receber a água serão Gama e Santa Maria, em um primeiro momento; depois, Planaltina, Recanto das Emas e Riacho Fundo. Quatro municípios goianos do Entorno fecham a lista: Cidade Ocidental, Luziânia, Novo Gama e Valparaíso. Edição: Raquel Flores

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Ibram promove workshop sobre recursos hídricos nesta quinta (26)

O Instituto Brasília Ambiental (Ibram) promove, nesta quinta-feira (26), a segunda edição do workshop Conceitos relacionados aos recursos hídricos. Aberto ao público, o encontro será das 8 horas às 17h30 no auditório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Distrito Federal (Crea-DF), na 901 Sul, Conjunto D. O objetivo é debater a crise hídrica, incluindo a população nas discussões sobre proteção dos recursos hídricos. Para participar, basta se inscrever pelo e-mail gerhi@ibram.df.gov.br. É necessário enviar nome completo, instituição e telefone. O primeiro workshop do tipo ocorreu em dezembro de 2017, com conceitos mais técnicos e voltado para especialistas. Mais de 100 profissionais ligados a órgãos ambientais ou de pesquisa participaram. Neste ano, a proposta é diferente, de acordo com Vandete Maldaner, superintendente de Estudos, Programas, Monitoramento e Educação Ambiental do Ibram. “Pretendemos envolver a comunidade, em especial os voluntários que participam de programas que incentivam boas práticas, como o Programa Adote uma Nascente, criado em 2001 e desenvolvido pelo Ibram”, comentou. Workshop Conceitos relacionados aos recursos hídricos 26 de abril (quinta-feira) Das 8 horas às 17h30 Auditório do Crea-DF (901 Sul, Conjunto D, Asa Sul) Informações: (61) 3214-5657

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DF dá início à prevenção de incêndios florestais

Como forma de prevenir incêndios florestais, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal organiza uma série de atividades no âmbito da Operação Verde Vivo. Nesta primeira fase da operação Verde Vivo, governo de Brasília se antecipa ao período da seca com a capacitação dos bombeiros para ações de prevenção às queimadas. Foto: Dênio Simões/Agência Brasília Dividida em quatro fases, a mobilização ocorre de forma gradual e acompanha a variação da umidade relativa do ar e da quantidade de focos de incêndio. O DF está na fase 1, momento em que os bombeiros passam por capacitação. Uma das medidas de prevenção a queimadas foi a definição do estado de emergência ambiental no DF, feita pelo Decreto nº 38.993, publicado na quinta-feira (19). Por meio dele, o governo de Brasília fica autorizado a restringir ou suspender autorizações para a queima de áreas agricultáveis. Além disso, a norma dá sinal verde para a intensificação de ações de educação ambiental, como as blitze educativas, e de fiscalização. Outra garantia proporcionada pelo decreto é a possibilidade de compra emergencial de material para combate a incêndios florestais. No entanto, esse expediente só será usado em situações excepcionais. Em anos anteriores, o estado de emergência ambiental era decretado quando o período da seca já estava instaurado — em maio ou junho. Em 2018, a opção de adiantar a publicação da norma visa a uma maior eficácia. “Foi um momento excelente para a instituição do decreto. A fase 1 é a hora de fazermos a conscientização da comunidade e a capacitação dos militares”, explica o comandante do Grupamento de Proteção Ambiental (Gpram) do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Ricardo Vianna. Participação da comunidade é fundamental para evitar queimadas A população do DF tem papel primordial no combate ao aparecimento de focos de incêndio. Para isso, deve-se evitar atear fogo a restos de poda de árvores e a entulhos, sob pena de responder por crime ambiental. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Provocar incêndios florestais, de forma intencional ou por acidente, rende punição em instâncias variadas. Os autores respondem em esfera administrativa — com multa, por exemplo — e criminal, por dolo ou culpa. Em todos os casos, é obrigatório recompor a vegetação destruída. A prevenção é enfatizada em campanhas de conscientização e nas blitze educativas, como explica a subsecretária de Serviços Ecossistêmicos da Secretaria de Meio Ambiente, Nazaré Soares. “A mudança de comportamento se resolve no longo prazo. Ainda enfrentamos, todos os anos, a questão cultural de que o fogo resolve problemas. Infelizmente, no Cerrado, ele é o gerador de vários deles”, destaca. Uma blitz educativa já foi feita, em 7 de abril, no Lago Oeste, e quatro estão programadas até julho: 5 de maio — na BR-080, próximo à Floresta Nacional de Brasília 23 de maio — nas proximidades da Estação Ecológica de Águas Emendadas 26 de maio — nas imediações do Jardim Botânico 14 de julho — na via de acesso ao Park Way Apesar das dificuldades, o DF tem conseguido reduzir a área total queimada no território nos últimos anos. De acordo com o Corpo de Bombeiros, em 2017 foram atendidas 10.105 ocorrências de incêndios florestais, em 16.331,37 hectares. Em 2016, foram 6.944 ocorrências dessa natureza, com 17.441,95 hectares consumidos pelas chamas. Em 2018, até então, foram registrados 36 chamados para combate a incêndios florestais, com 14 hectares queimados. “Os dados mostram que o fogo, em 2017, não se alastrou tanto quanto em anos anteriores. Isso foi possível graças à melhoria no tempo de resposta do Corpo de Bombeiros e à atuação dos brigadistas voluntários”, avalia a subsecretária. Fases da Operação Verde Vivo: 1ª fase: abril e maio Esta etapa foca na conscientização da comunidade, em especial dos moradores de áreas rurais. O objetivo é reforçar os perigos de atear fogo a lixo e a restos de podas de árvore. É também o período em que bombeiros são capacitados para atuar no combate a incêndios no Cerrado. 2ª fase: junho e julho A partir desse estágio, unidades do Corpo de Bombeiros na Asa Norte, em Brazlândia, na Candangolândia, no Recanto das Emas, em Santa Maria e em Taguatinga ficam de prontidão para o combate às chamas. 3ª fase: de agosto a outubro É o período mais crítico da seca, em que os casos de queimadas tendem a aumentar consideravelmente. É quando todas as unidades do Corpo de Bombeiros ficam mobilizadas para o atendimento a casos de incêndios no Cerrado. Por dia, cerca de 300 militares se dedicam integralmente ao enfrentamento do fogo. O efetivo pode chegar a 1,5 mil bombeiros por dia. 4ª fase: novembro O início das chuvas permite a desmobilização gradual das equipes destacadas exclusivamente para as queimadas. Edição: Marina Mercante

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Canal do Rodeador tem projeto executivo de revitalização finalizado

Com a revitalização do Canal do Rodeador, o abastecimento de água na região da Bacia do Descoberto, em Brazlândia, será reforçado. Isso porque a implementação de tubos onde hoje a água corre em chão batido permitirá reduzir em 50% a vazão de retirada do Ribeirão Rodeador. [Numeralha titulo_grande=”50%” texto=”Possibilidade de redução de vazão de retirada do Ribeirão Rodeador” esquerda_direita_centro=”direita”] É o que propõe o projeto executivo de revitalização do canal, finalizado pela Agência de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa-DF) no início do mês. O plano prevê a instalação de tubos em PVC e polietileno nos 13,7 quilômetros do ramal principal e nos 15,7 quilômetros dos dez ramais secundários. Os materiais foram escolhidos em razão da resistência e do custo reduzido. As intervenções vão possibilitar reduzir a outorga de captação, ou seja, a autorização para retirada de água, de 480 litros por segundo para 260 litros por segundo. Dessa forma, menos água do Ribeirão Rodeador será usada para atender à irrigação dos cerca de 900 hectares da área produtiva. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Hoje, a captação tem de considerar a evaporação e a infiltração da água no solo para garantir o atendimento de todos os usuários do canal. “Com os tubos, a perda hídrica será mínima. Assim, faremos chegar a mesma quantidade de água às propriedades sem retirar tanta água do Ribeirão Rodeador”, explica o superintendente substituto de Recursos Hídricos da Adasa, Hudson Rocha de Oliveira. A expectativa é que 102 propriedades sejam beneficiadas — 96 de integrantes da Associação Rural e Cultural Alexandre de Gusmão e seis de produtores independentes. Próxima etapa é obter recursos por meio de empréstimo internacional Com a conclusão do projeto executivo, o governo de Brasília aguarda empréstimo pedido ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e ao Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata). As intervenções estão orçadas em 41,1 milhões de dólares (cerca de R$ 140 milhões) e previstas no programa Brasília Capital das Águas. A autorização para captar o investimento foi dada por meio do Projeto de Lei nº 1.762, aprovado pelo plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal. Plano considera controle individual da distribuição de água Um avanço permitido pelo projeto é a instalação de válvulas que permitem abertura e fechamento da água no acesso das propriedades e na saída principal do canal, no Ribeirão Rodeador. “Com isso, só entrará a quantidade de água de que os produtores, de fato, necessitam”, explica o técnico da Adasa. A distribuição igualitária, por sua vez, será viável por meio do processo de pressurização. Isso significa que, em determinados pontos do canal, o tubo será enterrado em maior profundidade, para permitir o fluxo da água por gravidade. Revitalização do Canal do Santos Dumont, em Planaltina, inspirou melhorias no Rodeador A recuperação do Canal do Rodeador foi elaborada pela A1MC Projetos Eirele, empresa contratada pela Adasa por meio de processo licitatório. O contrato, assinado em 22 de março de 2017, tem o custo de R$ 154,8 mil. A contratada também foi responsável pelo projeto de tubulação do Canal do Santos Dumont, em Planaltina. Entregue em novembro de 2016, o plano está em análise pela agência reguladora. Somente após essa etapa, pode-se iniciar a compra dos materiais necessários para a obra. Edição: Marina Mercante

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Adasa divulga dados de monitoramento dos reservatórios de água do DF

A Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico (Adasa) reuniu informações de monitoramento da Barragem do Descoberto, do Paranoá e de Santa Maria. As peças podem ser acessadas pelo Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos, nas abas correspondentes a cada um dos reservatórios. Estão disponíveis gráficos que indicam, por exemplo, o volume de água, a comparação com outros anos, a quantidade de chuvas atual, o histórico dos últimos anos e a média acumulada por dia. No mesmo site é possível ter acesso também a relatórios de consumo de água tratada, a dados sobre as estações de monitoramento superficial e à série histórica do nível dos reservatórios desde 1987. O sistema de informações foi lançado em setembro de 2017 e está em fase de implementação. Futuramente serão divulgados no canal registros de outorgas de captação de águas superficiais e subterrâneas e fiscalização. O Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos está previsto na Lei Distrital 2.725, de 2001, que institui a Política de Recursos Hídricos e o Sistema de Gerenciamento.

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Elevatória da ETA Brasília é inaugurada nesta terça (10)

Inaugurada nesta terça-feira (10), a elevatória da Estação de Tratamento de Água Brasília (ETA Brasília) será fundamental para levar água captada no Ribeirão Bananal e no Lago Paranoá para regiões tradicionalmente abastecidas pelo Sistema Produtor Descoberto. Elevatória da ETA Brasília levará até 1,2 mil litros por segundo para o reservatório do Cruzeiro, 700 deles destinados a regiões tradicionalmente abastecidas pelo Descoberto. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília A estrutura vai levar até 1,2 mil litros de água por segundo para o reservatório do Cruzeiro, o mais alto da região central do DF. Dessa quantidade, até 700 litros serão transferidos para locais como Candangolândia, Guará I e II, Águas Claras e Vicente Pires. Os outros 500 ficam na área central. “Esse tipo de obra traz versatilidade e sustentabilidade ao sistema de captação de água do DF”, destacou o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, que observou que a quantidade de chuva que caiu no Descoberto variou pouco de 2015 a 2017 — 1.237,8 milímetros (mm), em 2015; 1.244,6 mm, em 2016; e 1.222 mm, em 2017. “Ainda assim, estamos com quase 82% do Descoberto cheio. No mesmo período do ano passado, eram 55%. São as obras de engenharia as principais responsáveis pelos níveis dos reservatórios e, com isso, o racionamento deve acabar em breve”, afirmou o governador. O chefe do Executivo local ainda destacou os investimentos do governo em água e esgoto: A captação do Bananal A captação do Lago Paranoá A Estação de Tratamento de Água Lago Norte A rede de esgoto de Águas Lindas (GO) Elevatórias e obras em andamento do Sistema Produtor Corumbá. Qual é o caminho da água na elevatória da ETA Brasília e o preço da obra A elevatória fica na ETA Brasília. Por ela, passarão as águas tratadas na própria estação e na do Lago Norte, que passa pelo booster do Noroeste — estrutura entregue em 2017 e que permitiu a distribuição da água do Lago Paranoá para além do Lago Norte e parte da Asa Norte. “Esse tipo de obra, assim como o booster do Noroeste, permite levar a água do Lago Paranoá e a do Bananal por todo o DF, diminuindo a carga sobre o Descoberto e o Santa Maria”, explicou o presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), Maurício Luduvice. A obra custou cerca de R$ 6,5 milhões, recursos provenientes da arrecadação com a tarifa de contingência. Funcionário da Caesb é homenageado na inauguração de elevatória da ETA Brasília Na cerimônia de hoje, foi homenageado o superintendente de Manutenção Industrial da Caesb responsável pela obra, André Luiz de Pádua Pereira. Ele morreu em março deste ano, vítima de câncer de próstata, aos 61 anos. “O trabalho dele permitiu a melhor distribuição da água em todo o DF”, frisou Rollemberg. “Eu até tinha oferecido uma assessoria, mas ele rejeitou, queria continuar na função, mesmo após o diagnóstico”, disse Luduvice. O nome de André Luiz está registrado na placa de inauguração da elevatória. Leia o pronunciamento do governador Rodrigo Rollemberg na inauguração da elevatória da ETA Brasília. Edição: Paula Oliveira

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