Formatura do Proerd reúne mais de 1,4 mil estudantes em escola pública no Cruzeiro
A manhã desta quinta-feira (4) marcou a formatura do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) deste ano, no Ginásio do Cruzeiro Novo, com a participação de 1.433 estudantes de diferentes coordenações regionais de ensino (CREs) da Secretaria de Educação (SEEDF). A cerimônia celebrou o encerramento das atividades do programa ao longo do ano letivo, envolvendo turmas das séries iniciais do ensino fundamental (5º ano, 7º ano) e ensino médio. Recém-formados fazem parte de um programa que é fruto de parceria da Secretaria de Educação com a Polícia Militar | Fotos: Jota Castro/SEEDF “Ninguém faz educação sozinho, precisamos de toda a sociedade e das forças de segurança para nos apoiar” Hélvia Paranaguá, secretária de Educação Durante a cerimônia, a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, lembrou a importância da integração entre as instituições para fortalecer o cuidado com os estudantes e ampliar o alcance das ações preventivas. Ninguém faz educação sozinho, precisamos de toda a sociedade e das forças de segurança para nos apoiar”, declarou, citando depois o apoio do trabalho conjunto com os batalhões de Policiamento Escolar e de Policiamento de Trânsito. A gestora também ressaltou a importância do Proerd: “Tenho grande amor por esse programa, porque ele é um programa que salva vidas. É essencial que os estudantes compreendam desde cedo que o bacana é ser saudável e ter uma vida livre de qualquer entorpecente”. A comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), coronel Ana Paula Habka, enfatizou que a parceria fortalece a proteção social dos estudantes e amplia o alcance das ações preventivas. “Quando trabalhamos com a educação, sabemos que teremos um futuro muito mais seguro, e esses jovens estão dizendo sim à vida desde já”, disse. “A Polícia Militar faz esse trabalho com muito carinho e tem uma gratidão enorme pela confiança da Secretaria de Educação e pela dedicação dos instrutores e de todos os envolvidos nesse projeto de dizer não às drogas”. Participação das escolas Participaram da formatura 15 escolas públicas e cinco privadas, totalizando 20 unidades de ensino. As escolas públicas reuniram 1.296 estudantes, enquanto as instituições privadas somaram 137 alunos. Todas essas unidades foram atendidas por instrutores do Batalhão de Policiamento Escolar durante este ano, reforçando o caráter preventivo e educativo do programa. A comandante do Batalhão de Policiamento Escolar, tenente-coronel Selani, também enalteceu o impacto do Proerd na vida dos estudantes. “[O programa] é muito importante porque, além de ensinar as crianças a ficarem longe das drogas e da violência, trabalha a importância de fazer escolhas saudáveis, já que essas decisões têm impacto direto no futuro”, afirmou. O programa Presente no Distrito Federal desde 1998, o Proerd já formou mais de 763 mil estudantes. O programa amplia competências socioemocionais, estimula boas escolhas, promove uma cultura de paz e também atua na prevenção ao bullying e ao cyberbullying, com foco no desenvolvimento integral e na segurança das crianças e jovens das redes pública e privada. Sorteada com uma bicicleta, a estudante Camila Ferreira falou sobre o programa: “É muito bom para as pessoas terem a consciência de que as drogas fazem mal e se afastarem de algo tão ruim” A cerimônia contou com atrações educativas e culturais, incluindo apresentações do personagem Lobo-Guará e dos Guardiões do Trânsito, demonstração do Batalhão de Policiamento com Cães (BPCães), entrada dos instrutores do Proerd e participação da mascote do programa, Leão Daren. A Banda do Colégio Cívico Militar 01 do Itapoã executou o Hino Nacional Brasileiro, e os estudantes fizeram o tradicional juramento do programa e participaram de sorteios de brindes, incluindo mochilas, um drone e três bicicletas. [LEIA_TAMBEM]Camila Ferreira, de 11 anos, aluna do 5º ano da Escola Classe 203 do Recanto das Emas, foi uma das ganhadoras das bicicletas e relatou que participar do Proerd a ajudou a entender, na prática, como agir diante de situações de risco. “É muito bom para as pessoas terem a consciência de que as drogas fazem mal e se afastarem de algo tão ruim”, frisou. Camila explicou que, durante o curso, as turmas participaram de jogos, dinâmicas e até uma apresentação teatral. “Simulamos uma pessoa oferecendo droga e a outra não aceitando, e explicando por que isso é errado”, exemplificou. Para ela, o aprendizado reforça a importância de procurar um professor ou alguém da direção sempre que notar algo suspeito. *Com informações da Secretaria de Educação
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Protocolo fortalece ações de resposta à violência nas escolas públicas do DF
Garantir escolas mais seguras, humanas e acolhedoras. Esse é o propósito do documento apresentado pela Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), nesta terça-feira (19), com orientações práticas e integradas para que as equipes gestoras estejam preparadas para agir em situações de violência. O material oferece repertório para respostas rápidas e eficazes e para a promoção da cultura de paz no ambiente escolar. O documento, disponibilizado para toda a rede de ensino, foi elaborado de forma colaborativa entre diferentes áreas técnicas da secretaria e contou com o apoio do Batalhão Escolar da Polícia Militar do DF. O protocolo define etapas de encaminhamento e resolução de conflitos que envolvem estudantes, profissionais e a comunidade escolar, reafirmando o compromisso da educação pública com a proteção de todos e com a transformação social, caminho que passa, inevitavelmente, pela escola. Ana Beatriz Goldstein: "A paz se aprende, se pratica e se multiplica. Quando semeada na escola, se estende ao bairro, à cidade e à sociedade" | Foto: Mary Leal/SEEDF “Este documento não é meramente um manual técnico, é um instrumento de cuidado, responsabilidade e proteção”, afirmou a chefe da Assessoria Especial de Cultura de Paz da SEEDF, Ana Beatriz Goldstein. Para ela, a iniciativa é fruto da união entre diferentes atores e instituições que acreditam na paz como prática coletiva. “A paz se aprende, se pratica e se multiplica. Quando semeada na escola, se estende ao bairro, à cidade e à sociedade. Este documento é um compromisso que reafirma nossa missão de educar transformando realidades”, completou. A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, destacou a simbologia e o valor do ambiente escolar. “Recordo-me de quando, na minha infância, ouvíamos a expressão: ‘O chão da escola é sagrado’. Para que esse espaço se mantenha assim, é imprescindível a paz, a tranquilidade e um ambiente propício ao aprendizado”, disse. Para a gestora, a construção da educação exige cooperação e engajamento coletivo. “A construção da educação é fruto do trabalho colaborativo, da cooperação mútua. Estamos aqui para reafirmar uma lição que norteia cada ação da Secretaria de Educação: proteger, acolher e formar vidas. A escola não é apenas um espaço de aprendizado de conteúdos; é um local de convivência, respeito e valores. É o lugar onde a esperança floresce e onde se constrói o futuro”, reforçou. Hélvia Paranaguá: "A escola não é apenas um espaço de aprendizado de conteúdos; é um local de convivência, respeito e valores" | Foto: Mary Leal/SEEDF Saúde mental e acolhimento A secretária também ressaltou a importância de cuidar da saúde mental dos profissionais da educação. Para ela, o bem-estar dos docentes é fundamental para que a escola funcione como um ambiente seguro, acolhedor e propício ao aprendizado, fortalecendo a convivência e o desenvolvimento de estudantes e equipe escolar. “Quando uma situação de violência acontece, é preciso acionar diferentes instâncias de proteção. Muitas vezes, o sofrimento do estudante ou de sua família está na raiz desses conflitos e precisa ser ouvido com atenção”, explicou a diretora de Atendimento e Apoio à Saúde do Estudante, Larisse Cavalcante. Ela destacou a importância de registros detalhados, comunicação imediata com os órgãos de apoio e encaminhamentos para serviços especializados, como unidades de saúde e centros de atenção psicossocial. Prevenção aos crimes cibernéticos O evento, que abordou a segurança de crianças e adolescentes nas redes sociais, reuniu 1.200 estudantes das séries finais do ensino fundamental e do ensino médio | Foto: Divulgação/SEEDF Ainda nesta semana, e com foco da disseminação da cultura de paz, a SEEDF, por meio da Assessoria Especial de Cultura de Paz, iniciou o ciclo de palestras “Prevenção aos Crimes Cibernéticos contra Crianças e Adolescentes”, que será realizado entre agosto e setembro de 2025. Na última quinta-feira (21), o evento reuniu 1.200 estudantes das séries finais do ensino fundamental e do ensino médio de todas as Regionais de Ensino, no Auditório Poupex, no Setor Militar Urbano. [LEIA_TAMBEM]As duas sessões, conduzidas pelo delegado Thiago Rodrigues, da Polícia Federal, trataram dos riscos presentes no ambiente digital e das principais formas de proteção e segurança online. A programação busca sensibilizar e orientar jovens, famílias e profissionais da educação sobre os perigos virtuais, destacando a importância da educação digital e do uso consciente das redes. Além de apresentar práticas de prevenção e aspectos legais relacionados ao tema, o ciclo reforça a necessidade de engajamento coletivo na proteção dos estudantes. “Projetos como este são fundamentais para educar nossos estudantes sobre os perigos do ambiente digital e para promover uma cultura de responsabilidade e proteção. A conscientização precoce ajuda a fortalecer o senso crítico dos jovens, capacitando-os a navegar com segurança e a preservar sua privacidade”, ressaltou Ana Beatriz Goldstein. *Com informações da Secretaria de Educação
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Escola Classe 01 do Guará trabalha o combate ao bullying de forma lúdica
No mês em que se celebra o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência nas Escolas, a Escola Classe 01 do Guará dá exemplo ao promover diversas atividades lúdicas de conscientização para estudantes do 1º ao 5º ano do ensino fundamental. As crianças têm aprendido na prática a importância da empatia, do respeito e da convivência com as distintas características individuais. A professora Tiffany Carvalho, da Escola Classe 01 do Guará, criou diversas atividades lúdicas para incentivar o combate ao bullying entre alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental | Fotos: Felipe de Noronha/SEEDF A professora do 3º ano C, Tiffany Carvalho, desenvolveu ações inclusivas para tratar sobre diferentes formas de bullying. O projeto chamado Paz nas Escolas integra várias dinâmicas – uma delas é a Trilha do Bullying, na qual os estudantes assimilam, por meio de um jogo de tabuleiro, formas de gerar gentileza, explicam sobre o bullying psicológico, social, cyberbullying e aprendem como pedir desculpas. Ao final do jogo, o vencedor é chamado de Agente da Paz ou Combatente do Bullying. A professora destaca como trabalha nas dinâmicas: “Apesar de serem tão pequenos, eles aprendem rápido. Eu trabalho de forma a colocar que tudo tem consequência na vida, então, se você faz algo, terá consequência positiva ou negativa. Tento trazer para eles a importância de fazer o bem; independentemente do que aconteça, se colocar no lugar do outro, buscar entender suas emoções e a dos outros”. As ações de prevenção à violência têm rendido mudanças de comportamento entre os alunos, que estão mais solidários e empáticos Tiffany também menciona os resultados que esses projetos têm gerado: “Já tivemos crianças que tinham medo de se apresentar por conta de os colegas rirem. Com o tempo, eles começaram a incentivar: ‘você vai, porque se eu consegui, você também consegue’. Os familiares também conversam conosco dizendo que a criança está com um comportamento melhor em casa”. Ainda dentro do projeto Paz nas Escolas, há o Caderno de Elogios, que trabalha os elogios para além da aparência, e a Caixinha dos Monstros, em que os alunos identificam os seus sentimentos e falam sobre eles. Cada monstrinho indica uma emoção, de forma que eles reconheçam tanto as suas emoções quanto as do colega. Além disso, como parte do projeto, os alunos confeccionam cartazes e cordões contra o bullying para espalhar em várias partes da escola. Resultados A diretora da EC 01 do Guará, Silvana Akasaki, salienta a importância desse trabalho, integrado ao projeto político-pedagógico (PPP): “Na escola, nós trabalhamos com estudantes entre 6 e 10 anos, e percebemos que depois da pandemia, eles voltaram mais nervosos. Então desenvolvemos um projeto de prevenção à violência, que está no nosso PPP, não só em relação ao bullying, mas a qualquer tipo de violência. As ações têm dado resultado; as crianças estão mais empáticas umas com as outras”. Estudante do 3º ano, Laura Gonçalves, 8, demonstrou animação ao jogar a Trilha do Bullying e contou o que ela entende sobre o tema: “O jogo é legal, ensina muito. Bullying pode ser quando você fala mal da pessoa muitas vezes, pelas costas ou pela frente; é muito feio isso”. A menina ainda destacou como combater a prática: “Devemos conversar com a pessoa e mostrar que isso não é legal”. *Com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)
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GDF de Ponto a Ponto: ‘Precisamos democratizar os espaços públicos de apoio a elas’, diz secretária da Mulher
As principais ações do Governo do Distrito Federal (GDF) para as mulheres foram o tema da edição desta quinta-feira (18) do podcast GDF de Ponto a Ponto, que contou com a presença da secretária da Mulher, Giselle Ferreira. Durante a entrevista, a titular da pasta destacou o trabalho do governo para apoiar as vítimas de violência doméstica, com a implantação de novos equipamentos públicos de acolhimento, criação de auxílios financeiros, investimento em capacitação profissional e mudança de protocolos para prevenir e coibir casos de feminicídio. “O mal do feminicídio não acaba com a morte da mulher, ele permanece e destroça as famílias; por isso fizemos um programa para acolher os órfãos”, afirma Giselle Ferreira | Foto: Agência Brasília Ofertar espaços seguros para as mulheres tem sido uma das prioridades do governo. Estão em construção quatro novas sedes da Casa da Mulher Brasileira (CMB) – local destinado atendimento, alojamento e capacitação de mulheres vítimas de violência – em Sobradinho II, Recanto das Emas, Sol Nascente/Pôr do Sol e São Sebastião, com investimento de R$ 8,8 milhões, e foram inaugurados os dois primeiros comitês de proteção à mulher, em Ceilândia e no Itapoã, de um total de sete unidades a serem lançadas nas administrações regionais do DF. Atendimento ampliado “Precisamos democratizar os espaços públicos de apoio à mulher”, afirmou Giselle Ferreira. “A Casa da Mulher Brasileira é um exemplo disso. É um espaço em que oferecemos serviços e capacitação. Hoje temos uma unidade em Ceilândia e estávamos sentindo falta de atender as regiões Norte e Sul. Também criamos um novo espaço e uma nova política com o Comitê de Proteção às Mulheres. É um espaço por meio do qual estamos dentro das administrações regionais nos aproximando mais da comunidade, porque a administração é o ponto-chave do governo nas cidades.” A secretária lembrou ainda que, nesta gestão, implantou o Espaço Acolher em substituição aos antigos núcleos de atendimento à família e ao autor de violência doméstica (NAFAVDs). São unidades disponíveis no Plano Piloto, Brazlândia, Gama, Paranoá, Planaltina, Santa Maria, Sobradinho, Samambaia e Ceilândia com atendimento multidisciplinar para homens e mulheres envolvidos em situações de violência doméstica tipificadas pela Lei Maria da Penha. Além disso, equipes da Secretaria da Mulher (SMDF) têm ido até as regiões administrativas com o programa Mulher nas Cidades, que disponibiliza serviços básicos e gratuitos nas áreas de promoção de saúde, desenvolvimento social, econômico e trabalho, justiça, educação, cultura e economia criativa, qualidade de vida, bem-estar e cidadania. Treze cidades já foram beneficiadas. Benefício social e autonomia econômica “O GDF tem investido e se comprometido com a empregabilidade e autonomia econômica das mulheres para que elas possam empreender ou entrar no mercado de trabalho” Essas ações são resultado da força-tarefa do GDF contra o feminicídio, que, lançada no ano passado, tem norteado as principais medidas do governo em relação à pauta feminina. Pioneiro, o DF criou os programas Acolher Eles e Elas, que concede um salário mínimo aos órfãos do feminicídio, e Aluguel Social, uma assistência financeira temporária e complementar para vítimas de violência doméstica em situação de extrema vulnerabilidade. “O mal do feminicídio não acaba com a morte da mulher, ele permanece e destroça as famílias; por isso fizemos um programa para acolher os órfãos”, detalhou Giselle. “O DF é a única unidade da Federação que preconiza o auxílio por criança. Concedemos um salário mínimo para cada criança da família.” A titular da SMDF contou também que o programa tem atuado para acolher as crianças oferecendo apoio psicológico, social e lazer: “Estamos fazendo diversas ações, como passeios com as crianças. Temos acolhido essas crianças para que elas possam virar essa página e ter uma dignidade”. Os benefícios podem ser solicitados por meio dos telefones 3330-3105 e 3330-3118. Apoio do governo Segundo a secretária, esses benefícios são uma forma de o governo apoiar as famílias e as vítimas para que elas, de fato, possam sair do ciclo de violência no qual foram inseridas. “A gente quer muito que essas mulheres não precisem do auxílio, mas vamos dar o apoio”, reforçou a secretária. “Se existe o problema, nós vamos ajudar, e queremos ajudá-las também na porta de saída”. A autonomia econômica é um dos fatores primordiais para essa mudança. A pasta tem firmado acordos de cooperação técnica para a reserva de 3% a 8% das vagas em empresas terceirizadas para mulheres vítimas de violência e ofertado cursos de capacitação profissional nos equipamentos públicos do GDF, como a Casa da Mulher Brasileira de Ceilândia. Giselle Ferreira reforçou: “O conhecimento transforma e faz com que a mulher tenha autoestima. O GDF tem investido e se comprometido com a empregabilidade e autonomia econômica das mulheres para que elas possam empreender ou entrar no mercado de trabalho”. Combate à violência “Só vamos mudar a sociedade quando criarmos meninas e meninas do mesmo jeito” Após uma alta dos crimes de feminicídio no ano passado, neste ano o DF apresentou redução de 63% nos casos. A queda nas ocorrências é fruto de um esforço conjunto do governo por meio da força-tarefa, como a mudança do protocolo de proteção às mulheres. Agora, sem necessidade de decisão judicial, as vítimas conseguem solicitar, nas delegacias especiais de Atendimento à Mulher (Deam I e II), na Asa Sul e em Ceilândia, os mecanismos de acionamento remoto de socorro e monitoramento dos agressores: Viva Flor e o Dispositivo Móvel de Proteção à Pessoa (DMPP). “Temos feito de tudo para zerar e incentivar cada vez mais a denúncia”, disse a secretária. “Nós diminuímos o número de feminicídio, mas não diminuímos as tentativas, só que elas não estão se concretizando porque estamos envolvendo toda a sociedade na luta.” O DF conta com diversos mecanismos de denúncia de casos de violência doméstica, pelos telefone 180 e 9610-0180 (Central de Atendimento à Mulher), 190 (Polícia Militar), 197 opção 0 e 98626-1197 (Polícia Civil), 129, opção 2 (Defensoria Pública). “A minha missão é fazer a prevenção em parceria com várias secretarias” A mobilização da população ocorre por meio das campanhas de identificação de violência promovidas pela Secretaria da Mulher e em parceria com o terceiro setor, como o banco vermelho – uma estrutura que, após ser instalada na Praça do Buriti, circulará pela cidade conscientizando sobre a mudança de cultura e informando sobre os canais de ajuda para as vítimas de violência. “A Secretaria da Mulher surgiu justamente para trabalhar a prevenção, porque, quando acontece a violência, a Secretaria de Segurança Pública e as polícias têm feito o seu papel de repressão”, ressaltou Giselle. “Todos os que cometeram feminicídio no DF estão presos ou mortos. A repressão acontece. A minha missão é fazer a prevenção em parceria com várias secretarias. Só vamos mudar a sociedade quando criarmos meninas e meninas do mesmo jeito.”
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Abertas inscrições para pesquisadores bolsistas nas áreas de ciências sociais
Até o dia 19 deste mês, o Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) mantém aberto o período de inscrições para pesquisadores bolsistas no âmbito do projeto “Preconceito, discriminação e violência no ambiente escolar no Distrito Federal”. O tema aborda as diferentes formas de violência em que se expressam, suas causas, consequências, formas de enfrentamento e possíveis soluções. A pesquisa buscará conhecer as percepções da comunidade escolar sobre aspectos relacionados ao tema, entender os protocolos de atuação e a capacitação da gestão escolar e dos professores diante das situações desse tipo. O Edital de Chamada Pública nº 01/2024 prevê a contratação remunerada de 14 pesquisadores, com sete vagas para mestres e sete para graduados, no período de seis meses, nas modalidades Assistente de pesquisa I e III, com bolsas de R$ 3.050 e R$ 4.250, respectivamente. A seleção é para as áreas de ciências sociais, ciência política, sociologia, psicologia, pedagogia, antropologia, economia, demografia, estatística, ciência de dados, políticas públicas, gestão pública, administração pública, serviço social, política social, educação e direito. As inscrições devem ser feitas no site do IPEDF. Basta preencher o formulário de apresentação de candidatura disponível no Edital nº 01/2024 e encaminhar a documentação exigida para o e-mail selecaoedital01@ipe.df.gov.br. *Com informações do IPEDF
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Viaduto do Itapoã/Paranoá vai ganhar passarela
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Direito Delas vai oferecer atendimento a vítimas de violência
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Iniciativa orienta mulheres do campo sobre enfrentamento à violência
A Secretaria da Mulher (SMDF) implementará ações específicas para a prevenção e o enfrentamento de todas as formas de violência contra as mulheres rurais. Nesta terça-feira (8), foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) o Programa + Direitos para as Mulheres do Campo e do Cerrado. A iniciativa consiste em visitas itinerantes às áreas rurais, levando projetos e ações da SMDF nas áreas de saúde, educação, autonomia econômica e prevenção à violência contra a mulher. A iniciativa consiste em visitas itinerantes nas áreas rurais, levando projetos e ações da SMDF nas áreas de saúde, educação, autonomia econômica e prevenção à violência contra a mulher | Foto: Divulgação/SMDF Por meio de unidades móveis, o Programa + Direitos para as Mulheres do Campo e do Cerrado terá como foco o atendimento às regiões administrativas mais remotas. Para a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, é essencial que o programa atue em áreas rurais, localidades remotas ou distantes dos centros urbanos de todo o território do Distrito Federal e Entorno. “As mulheres do campo, muitas vezes, enfrentam mais riscos de violência de gênero devido à distância dos locais onde vivem, longe da rede de apoio, como vizinhos, familiares ou serviços emergenciais. Por isso, é fundamental a conscientização da mulher sobre o que é a violência de gênero e seus direitos”, destaca. Em sintonia com o II Plano Distrital de Políticas para Mulheres, o programa tem como objetivo promover o acesso das mulheres rurais às políticas públicas, com foco na promoção, proteção e garantia dos direitos. Além de promover ações para garantir e proteger os direitos das mulheres rurais em situação de violência, considerando questões culturais, étnico-raciais, geracionais, de orientação sexual, de deficiência e inserção social e econômica, de diferenças regionais e territoriais, também realizará ações para desconstruir estereótipos de gênero e modificar padrões sexistas, perpetuadores das desigualdades de poder entre homens e mulheres e da violência de gênero, considerando as diversidades existentes entre as mulheres e pautando-se pelas especificidades presentes nas comunidades rurais. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Fórum Distrital Permanente das Mulheres do Campo e Cerrado O projeto teve origem a partir das demandas compartilhadas pelas mulheres no Fórum Distrital Permanente das Mulheres do Campo e Cerrado, estabelecido pelo Decreto nº 40.220, de 31 de outubro de 2019, que ocorre bimestralmente com a presença de lideranças femininas do campo. Esse é o momento em que elas têm a chance de apresentar as necessidades da comunidade e solicitar serviços ao governo. O Fórum Distrital Permanente das Mulheres do Campo e do Cerrado, um órgão colegiado, de caráter consultivo e vinculado à SMDF, é composto por mulheres representantes de diversos grupos, como quilombolas, indígenas, mulheres rurais, ciganas, entre outras, e por membros dos órgãos do governo do Distrito Federal. O fórum tem a missão de debater propostas de políticas voltadas para a promoção da saúde, dos direitos e da autonomia econômica das mulheres do DF. *Com informações da Secretaria da Mulher (SMDF)
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Estudantes têm apoio para superação da ansiedade e do medo
Terapia em grupo para vencer o medo e a ansiedade que os alunos têm apresentado ao ir às aulas. Um projeto das secretarias de Saúde (SES) e de Educação (SEEDF) promove rodas de terapia comunitárias por meio de conversas e dinâmicas nas escolas para criação de uma rede solidária entre os estudantes. As ações foram reforçadas neste período de apreensão, após casos recentes de violência dentro das salas de aula. Uma das mais participativas durante as conversas realizadas no CEF 5 do Gama, Dyana Vitória é uma dos 740 estudantes beneficiados mensalmente pelas sessões em grupo na escola | Fotos: Agência Saúde-DF Desde 2018, o projeto Terapia Comunitária Integrativa (TCI) já atendeu mais de 2.000 alunos e está ativo em dez escolas: nove no Gama e uma em Santa Maria. A previsão é de que o atendimento seja reforçado, uma vez que 26 docentes comunitários foram capacitados. Já as famílias contam com apoio de grupos semanais, na Coordenação Regional de Ensino do Gama, aos sábados, às 16h; e no Jardim de Infância 3 do Gama, nas quartas-feiras, às 19h. Dyana Vitória, de 14 anos, foi uma das mais participativas durante as conversas realizadas no Centro de Ensino Fundamental 5 do Gama nesta terça-feira (25). A aluna do 9º ano é uma dos 740 estudantes beneficiados mensalmente pelas sessões em grupo na escola. “Eu venho há mais de um ano e sempre me ajudou demais. Antes, ficava mais calada, mas agora consigo me comunicar sobre tudo”, conta Dyana. A terapia é “um espaço onde não me sinto julgada. Deixo por lá o que é ruim e levo comigo algo que é bom”, diz. Doralice Oliveira Gomes, que organiza as sessões, considera que é “importante que as histórias desses alunos sejam ouvidas, pois muitos vêm de lares vulneráveis. Isso contribui para a relação entre eles e para toda a questão pedagógica” Cada sessão aborda um tema distinto e é organizada pela Referência Técnica Distrital em TCI da SES, Doralice Oliveira Gomes. “Os estudantes têm um ambiente de acolhimento para suas emoções e sentimentos dentro da escola. Acho importante que as histórias desses alunos sejam ouvidas, pois muitos vêm de lares vulneráveis. Isso contribui para a relação entre eles e para toda a questão pedagógica”, destaca. “O projeto trouxe momentos de escuta, além da criação de vínculos mais consistentes entre os estudantes e a escola. Os alunos gostam de ficar na escola e de participar das ações”, afirma a coordenadora regional de ensino do Gama, Cássia Maria. Escola: lugar seguro Sobre o cenário recente de ataques e casos de violência nas escolas brasileiras, a coordenadora do Centro de Ensino Fundamental 5 do Gama, Valquíria Vicente, esclarece que a família pode contar com a instituição e que os pais devem pedir orientações, participar e deixar sugestões. “É fundamental deixar claro que a criança pode ir para a escola com tranquilidade, sim, porque é um ambiente protetivo. Há problemas? Há! Mas o aluno precisa continuar a vida com regularidade, que é o que vai fazer com que ele tenha saúde mental”, avisa a especialista. O estudante João Pedro diz que “as rodas nos ajudam nessa questão (se expressarem), pois são como um lugar pacífico para conversar e nos dão aquele pequeno empurrão para nos ajudar a dizer o que sentimos” O estudante João Pedro, de 16 anos, está em sua terceira participação e revela que existem vários alunos com dificuldade de se expressar. “As rodas nos ajudam nessa questão, pois são como um lugar pacífico para conversar e nos dão aquele pequeno empurrão para nos ajudar a dizer o que sentimos”, reflete. O cuidado e a atenção melhoraram também o desempenho dos estudantes. “O foco da escola é a aprendizagem. O projeto contribui tanto com a saúde emocional como com o estudo. Ele conseguiu incluir alunos que, antes, não eram notados”, diz Doralice. O professor de português Luís Carlos Loyola, morador do Gama e pai de três filhos, apoia as práticas terapêuticas nas escolas. “Há um ano participo dos grupos e acredito que as sessões também mostram como os problemas são parecidos. Com as rodas, cresce o sentimento de empatia e de acolhimento”, afirma. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Terapia Comunitária Segundo Doralice, a TCI possibilita a troca de experiências de vida e hoje envolve centenas de pessoas no país por ser adotada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em diversos estados. “O princípio é simples porque, ao conversarem sobre seus problemas, as pessoas conseguem encontrar caminhos para solucionar suas dores.” A terapia em grupo nas escolas é, como conta Doralice, uma das várias práticas integrativas de saúde disponíveis na SES. “Toda a comunidade está convidada a abraçar as escolas. É importante que não fiquemos acuados, pois o coletivo é mais forte do que tudo isso que está acontecendo”, defende. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Diretores de escolas públicas terão formação contra violência
Diretores das escolas públicas do DF vão receber orientações relativas à prevenção e ao enfrentamento de situações de violência no espaço escolar. A ação faz parte do plano de segurança para as escolas anunciado em entrevista coletiva, nesta quinta-feira (13), pelos secretários de Educação, Hélvia Paranaguá, e de Segurança Pública, Sandro Avelar. Os secretários de Educação, Hélvia Paranaguá, e de Segurança Pública, Sandro Avelar: pastas se alinham para garantir a segurança nas escolas | Foto: Mary Leal/SEE [Olho texto=”“Estamos vivendo um novo momento em todo o Brasil que gera uma comoção social muito grande. Nossos diretores precisam estar atentos, saber como vão chamar os pais” ” assinatura=”Hélvia Paranaguá, secretária de Educação” esquerda_direita_centro=”direita”] Proferida por profissionais da área de segurança pública, a palestra está agendada para segunda-feira (17), durante todo o dia, no Auditório Coronel José Nilton Matos, da Academia de Bombeiros Militar, no Setor Policial Sul. No encontro, os protocolos de segurança definidos pela SSP serão transmitidos aos diretores das unidades de ensino. “Todos os diretores precisam saber como agir para manter o ambiente escolar seguro”, afirma a secretária Hélvia Paranaguá. O objetivo é que os diretores sejam multiplicadores do conhecimento e repassem as orientações para a comunidade escolar. “Essa é a melhor forma de fazer a formação em tempo rápido para os 40 mil professores”, explica Hélvia. “Eles levarão tudo às suas equipes, o que inclui não somente os professores, mas orientadores, pedagogos, porteiros, os presentes no dia a dia da rotina escolar. Temos que repassar essas orientações. Estamos vivendo um novo momento em todo o Brasil que gera uma comoção social muito grande. Nossos diretores precisam estar atentos, saber como vão chamar os pais”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Para o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, a aproximação com educadores e gestores da educação é muito importante no momento. “Não só pela oportunidade de troca de experiências entre os profissionais de segurança e de educação, mas para tratar sobre as ações preventivas de segurança pública que visam dar tranquilidade ao pleno funcionamento das instituições de ensino”, avalia. A formação será dividida em dois grupos, de acordo com as etapas de ensino de cada escola. Pela manhã, das 8h30 às 12h, reúne-se o Grupo 1, formado por diretores de unidades escolares de educação infantil, ensino fundamental (anos iniciais) e de instituições educacionais parceiras. Já entre as 14h e as 17h30, será a vez do Grupo 2: diretores de unidades escolares de ensino fundamental (anos finais), do ensino médio, de Educação de Jovens e Adultos (EJA), de educação profissional e ensino especial. *Com informações da Secretaria de Educação
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Casa Abrigo garante acolhimento a mulheres vítimas de violência
Mais do que um local seguro, a Casa Abrigo é um lugar de recomeço. De lá, as mulheres podem buscar uma nova vida, com mais oportunidades e sem violência. Para começar sua jornada na Secretaria da Mulher do Distrito Federal (SMDF), a secretária Giselle Ferreira de Oliveira está visitando os equipamentos que oferecem serviços de atendimento voltados para o acolhimento e proteção das mulheres em situação de violência doméstica. [Olho texto=”“Há saída para as mulheres vítimas de violência no DF. Temos um conjunto de esforços para proteger, assegurar e promover a reinserção delas no mercado de trabalho e na sociedade”” assinatura=”Giselle Ferreira, secretária da mulher” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O primeiro lugar a ser visitado foi a Casa Abrigo. Trata-se de um equipamento que acolhe as vítimas de violência doméstica com risco de morte. Localizada em endereço sigiloso para garantir a proteção das mulheres e de seus dependentes, constitui unidade pública estatal de prestação de serviços de Proteção Social Especial de Alta Complexidade. Durante o período na casa, as mulheres e seus dependentes recebem cuidados na área da saúde, orientações para o retorno ao mercado de trabalho e direcionamento escolar, a depender das necessidades de cada caso | Foto: Divulgação / SMDF Para ingresso na unidade, a mulher precisa ser encaminhada por meio das delegacias de polícia do DF, após registro de boletim de ocorrência e solicitação de medida protetiva. As que precisarem de abrigo para os filhos poderão levar crianças do sexo masculino, de até 12 anos de idade incompletos, e do sexo feminino, sem limitação de idade. O espaço comporta 40 pessoas, entre vítimas e seus dependentes. Por até 90 dias, é oferecido acompanhamento psicossocial multidisciplinar, com servidores das áreas de assistência social, psicologia, jurídica e pedagogia, além do encaminhamento para serviços e benefícios socioassistenciais, bem como o acesso a políticas públicas às quais elas têm direito após deixarem a moradia temporária oferecida pelo governo. Entre os serviços, está o auxílio aluguel, o acompanhamento nos Cras e Creas e nos Centros Especializados de Atendimento à Mulher, caso a atendida deseje. Durante o período na casa, as mulheres e seus dependentes recebem cuidados na área da saúde, orientações para o retorno ao mercado de trabalho e direcionamento escolar, a depender das necessidades de cada caso. “Há saída para as mulheres vítimas de violência no DF. Temos um conjunto de esforços para proteger, assegurar e promover a reinserção delas no mercado de trabalho e na sociedade”, destaca Giselle. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Regulamentação Nos últimos anos, a Secretaria da Mulher adotou uma série de medidas para unificar e fortalecer os serviços de acolhimento e atendimento oferecidos pela Casa Abrigo, coincidindo com as determinações do referido projeto de lei, de autoria da Comissão Parlamentar de Inquérito do Feminicídio. A pasta publicou a Portaria nº 62, de junho de 2021, que estabeleceu diretrizes e normatizou os serviços do equipamento, tornando obrigatório o cumprimento normatizado de diversas etapas do atendimento à vítima. *Com informações da SMDF
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‘Guardião Rural’ já atende 540 propriedades no campo
As propriedades rurais que participam do ‘Guardião Rural’ são identificadas com placa reflexiva, além de fazerem parte de um grupo do aplicativo WhatsApp da região onde estão localizadas | Fotos: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília O casal de produtores rurais Cláudia, 52, e Guiomar Czizeschi, 56, mora há 30 anos em uma fazenda no Núcleo Rural Tabatinga, em Planaltina. Ali, tiram seu sustento com uma lavoura variada, criação de peixes, e puderam também construir a casa para os filhos e o irmão de Guiomar. Há cinco anos, um episódio de violência abalou a família: a casa da filha Kely, vizinha a dos produtores, foi assaltada e os moradores ficaram sob a mira de revólveres. A partir daí, a família Czizeschi reforçou a segurança da propriedade e, o melhor, estreitou o contato com o Batalhão de Policiamento Rural da Polícia Militar (BP Rural), na região de sua propriedade. “Foi um momento difícil, a minha neta estava em casa. Levaram tudo que tinha de valor na casa e ainda foi um dia de tarde”, recorda Cláudia. “Aí depois de recuperar a nossa propriedade aqui, a gente passou a conhecer os policiais do batalhão e estamos felizes de entrar no programa”, diz. Cláudia e Guiomar Czizeschi passaram por um drama familiar há cinco anos, quando a casa da filha foi assaltada na região. Hoje, os produtores rurais são atendidos pelo programa Guardião Rural Esta semana, eles se tornaram novos moradores atendidos pelo ‘Guardião Rural’, programa de policiamento comunitário da Polícia Militar que atende toda a área de campo do DF. Uma população que só cresce: até o final de setembro, já eram em torno de 540 propriedades rurais assistidas em toda a capital. Guardiães escalados para levar segurança a áreas acessadas por estradas de terra e que, muitas vezes, apresentam sinal de celular precário. Com a entrada no programa, os residentes no campo passam a participar de um grupo do aplicativo WhatsApp da região onde moram, sempre com a presença de um policial do batalhão. O grupo funciona 24 horas por dia para qualquer sinal de alerta. Além do mais, o proprietário recebe uma placa reflexiva, desde que cumpra alguns requisitos, como possuir a documentação da propriedade. Nela, há o aviso de que o local é monitorado pela polícia e há também um QR Code em que constam os dados de cadastro do morador e os bens da propriedade. [Olho texto=”“Vamos contribuir apontando como é a logística na área rural, como é o melhor acesso às propriedades. Temos uma capilaridade grande nesta região, com nossos 15 escritórios espalhados pela capital”” assinatura=”Pedro Ivo Passos, coordenador de operações da Emater” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Podemos dizer que os índices de crimes têm baixado na área rural. Porque hoje o atendimento é bem mais rápido. Além do que, o criminoso, quando vê a presença da polícia ali, não retorna ao local”, revela o subcomandante do batalhão, capitão Wegrison Oliveira. Ele lembra que são quatro companhias de polícia atuando no campo, divididas de acordo com a região (veja abaixo). “O contato que tínhamos com o proprietário era muito distante. Hoje, com os grupos, isso melhorou muito e se cria até um vínculo com eles. Todo mundo quer ter sua placa”, brinca o sargento Luciano Gomes, um dos guardiães que atua na área rural Leste. Parceria com a Emater Com o objetivo de fortalecer o programa, um acordo de cooperação técnica será assinado entre o batalhão e a Emater-DF. A empresa de assistência técnica rural calcula que atualmente são 397 mil hectares de campo em todo o Distrito Federal e vai dividir sua expertise para encorpar a segurança neste imenso território. “Vamos contribuir apontando como é a logística na área rural, como é o melhor acesso às propriedades. Temos uma capilaridade grande nesta região, com nossos 15 escritórios espalhados pela capital”, diz o coordenador de operações da empresa, Pedro Ivo Passos. “E queremos colaborar para aumentar a sensação de segurança.” Serviço [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Batalhão de Policiamento Rural – PMDF Telefone geral: 99985.6080 • Companhia de Policiamento Rural Leste Atendimento: áreas rurais de Planaltina, Fercal, Rota do Cavalo (Sobradinho), Paranoá, Lago Oeste e PAD-DF Contato: (61) 99503.4781 (WhatsApp) e 3190.7100 • Companhia de Policiamento Rural Oeste Atendimento: áreas rurais de Brazlândia, Ceilândia e Recanto das Emas Contato: (61) 99173.6965 (WhatsApp) e 99131.7294 • Companhia de Policiamento Rural Sul Atendimento: áreas rurais do Gama, Santa Maria e Tororó, até as margens do Rio São Bartolomeu Contato: (61) 99985.6080 (WhatsApp) *Com informações do Batalhão Rural da Polícia Militar
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Programa Pró-Vítima já fez mais de 4 mil atendimentos no DF em 2022
[Olho texto=”Além de tratar o lado emocional, o programa tem outras frentes de suporte: prevenção e combate à violência e o banco de talentos, que incentiva a profissionalização das mulheres atendidas” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Brasília, 14 de setembro de 2022 – Até agosto de 2022, o programa Pró-Vítima, da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), realizou 4.140 atendimentos a vítimas ou familiares de vítimas de violência, oferecendo assistência psicossocial de forma gratuita. Instituído por decreto em dezembro de 2018, o programa consiste no atendimento multiprofissional, acolhendo e orientando cidadãos vitimados no âmbito social e psicológico. O ingresso dos atendidos no programa ocorre de três formas: espontânea, quando a vítima ou os familiares procuram o programa pelos núcleos de atendimento localizados em oito regiões administrativas ou nas versões itinerantes que ocorrem durante o Sejus Mais Perto do Cidadão; encaminhada por instituições e órgãos; e busca direta, com a Subsecretaria de Apoio a Vítimas de Violência (Subav), que integra a Sejus, entrando em contato com as vítimas e os familiares de casos noticiados pela mídia para oferecer o programa. “Nosso interesse é chegar cada vez mais às pessoas que precisam”, declara a subsecretária de Apoio a Vítimas de Violência, Janandréia Rafael | Fotos: Renato Araújo/Agência Brasília O Pró-Vítima considera os seguintes crimes violentos para o atendimento das vítimas ou pessoas próximas: homicídio, feminicídio, latrocínio, estupro, estupro de vulnerável, crimes de violência doméstica e familiar (Lei Maria da Penha), roubos com restrição de liberdade, crimes cometidos na direção de veículos automotores e sequestro e cárcere privado. Apesar de a maior parte dos atendidos serem mulheres, o programa não faz distinção de gênero e idade para o suporte. Homens, idosos, crianças e adolescentes também podem ser acolhidos. “O nosso primeiro momento é o acolhimento. Nesse momento, a vítima tem uma escuta especializada”, diz a chefe do Núcleo Pró-Vítima de Brasília, Ana Maria Machado O atendimento inicia com um assistente social da Sejus. Cabe ao profissional orientar a vítima sobre a violência e encaminhar, quando necessário, o atendido para os equipamentos públicos, como unidades básicas de saúde (UBSs) e centros de referência de assistência social (Cras). Além disso, o assistente social verifica a necessidade do acompanhamento psicológico. Quando há necessidade, o atendido conta com 12 a 15 sessões para fortalecer o lado emocional e mental. O atendimento é individualizado e com marcação. “O nosso primeiro momento é o acolhimento. Nesse momento, a vítima tem uma escuta especializada. Fazemos a coleta de dados para identificar as demandas e, então, realizamos as intervenções cabíveis, como os encaminhamentos para os equipamentos de rede do DF e do Entorno”, explica a assistente social e chefe do Núcleo Pró-Vítima de Brasília, Ana Maria Gomes de Oliveira Machado. “Muitos chegam aqui com problemas de vulnerabilidade social, mas também emocional”, complementa. Prevenção e capacitação Além de tratar o lado emocional, o programa tem outras frentes de suporte: prevenção e combate à violência e o banco de talentos. O primeiro tem como objetivo levar às escolas, instituições e órgãos conhecimento e informação por meio de palestras, cursos e intervenções. [Olho texto=”“Eu estava desempregada, sem perspectiva de nada. O Pró-Vítima me mostrou que eu ainda era capaz de muita coisa. Eu já fazia bijuterias havia algum tempo. Fiz cursos e passei a participar da feira de talentos todo mês”” assinatura=”Nadialis Nunes Barbosa Franco, 38 anos, atendida pelo programa” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “A gente trabalha desde a parte do atendimento quando o fato já está consumado até a prevenção, justamente nas escolas, no sistema socioeducativo e nas instituições”, afirma a diretora de Prevenção e Combate à Violência na Subav. O passo seguinte é o percurso do empoderamento do atendido com cursos de capacitação e profissionalizantes. “A maior parte dos atendimentos é para mulheres vítimas de violência. Muitos psicólogos dizem que elas não se afastam da violência porque têm essa dependência econômica. Não conseguem se recolocar no mercado de trabalho ou estudar e estão há muito tempo paradas. A própria situação da violência causa essa paralisação”, diz. Assim nasceu o banco de talentos, que incentiva a profissionalização das mulheres atendidas com cursos sobre venda digital, microempreendedor individual (MEI), inteligência emocional e empreendedorismo. Mensalmente ocorre a Feira de Talentos, onde essas mulheres podem expor produtos e comercializá-los. Costumam participar de 12 a 15 atendidas por edição. Nadialis Nunes Barbosa Franco, 38 anos, é uma das mulheres que integra o banco de talentos. Ela entrou no Pró-Vítima após uma situação envolvendo a filha. Após muita procura, acabou sendo encaminhada por um enfermeiro para o programa da Sejus. “O projeto Pró-Vítima é muito bom. Mas demorei muito para chegar até ele pela falta de conhecimento das pessoas. Mas lá eu tive o acolhimento que precisava”, recorda. [Olho texto=”Atualmente, o DF conta com oito núcleos do Pró-Vítima localizados em Brasília, Ceilândia, Guará, Paranoá, Planaltina, Taguatinga, Itapoã e Recanto das Emas” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Quando entraram no programa, a mulher e a filha foram acolhidas e tiveram assistência psicológica por quatro meses. Nesse período, ela entrou para o banco de talentos. “Eu estava desempregada, sem perspectiva de nada. O Pró-Vítima me mostrou que eu ainda era capaz de muita coisa. Eu já fazia bijuterias havia algum tempo. Fiz cursos e passei a participar da feira de talentos todo mês. Foram as feiras que me deram o apoio financeiro que eu precisava”, afirma. Hoje, ela tem uma loja física de brechó na Estrutural e produz joias especificamente para vender na feira de talentos. Sobre o programa, ela diz que nem consegue explicar com palavras o tamanho da importância dele em sua vida. “Não sei nem explicar, acho que chegou na hora que eu mais precisava. A equipe sempre quer ajudar. Estão muito focados no nosso melhor”, define. Atendimento e servidores Só nos primeiros quatro meses de 2022, o Pró-Vítima atendeu quase 2 mil pessoas. Em 2019 foram contabilizados 3.383 atendimentos. No ano seguinte, foram 4.598. Em 2021, o número atingiu 5.771. “Estamos à disposição mesmo da população. É uma felicidade para a gente [o número de atendimentos], e ao mesmo tempo não, porque os números só aumentam. Mas nosso objetivo, que era sair do institucional e ir para as ruas, foi alcançado. Nosso interesse é chegar cada vez mais às pessoas que precisam”, declara a subsecretária de Apoio a Vítimas de Violência, Janandréia Rafael. Atualmente, o DF conta com oito núcleos do Pró-Vítima localizados em Brasília, Ceilândia, Guará, Paranoá, Planaltina, Taguatinga, Itapoã e Recanto das Emas. Os espaços funcionam de segunda a sexta, das 8h às 17h, exceto Planaltina, que tem horário especial das 12h às 19h. Já os telefones ficam disponíveis 24 horas. Todo o atendimento é feito por servidores da Sejus. O programa ganhou mais profissionais com as nomeações feitas ao longo da gestão. Os servidores seguem um protocolo de diretrizes de atendimento e constantemente são capacitados com cursos e formações. “Temos profissionais especializados e eles também são capacitados. Como recebemos dois grandes números de novos servidores estamos estruturando uma capacitação para eles, para que possam dar o melhor atendimento à população. A capacitação é para toda equipe, não só os psicólogos e assistentes sociais, mas os administrativos também”, completa Janandréia. Núcleos Pró-Vítima no DF ? Brasília (Estação Rodoferroviária, ala central, térreo) Horário de atendimento: 8h às 17h. Contatos: (61) 2104-4289 / 2104-4288 ? Ceilândia (Shopping Popular de Ceilândia – espaço do Na Hora) Horário de atendimento: 8h às 17h. Contatos: (61) 2104-1480 / 99245-5207 (também WhatsApp) ? Guará (QELC, Alpendre dos Jovens Lúcio Costa) Horário de atendimento: 8h às 17h. Contatos: (61) 99276-3453 ? Itapoã (Praça dos Direitos, Quadra 203, Del Lago II) Horário de atendimento: 8h às 17h. Contatos: (61) 2104-4218 ? Paranoá (Quadra 5, conjunto 3, Área Especial D, Parque de Obras) Horário de atendimento: 8h às 17h. Contatos: (61) 3369-0816 / 99288-5585 ? Planaltina (Fórum Desembargador Lúcio Batista Arantes, 1º andar, salas 111/114) Horário de atendimento: 12h às 19h. Contatos: (61) 3103-2405 / 99276-5279 ? Recanto das Emas (Estação da Cidadania/Céu das Artes, Quadra 113, Área Especial 1) Horário de atendimento: 8h às 17h. Contato: (61) 3332-1032 ? Taguatinga (Administração Regional de Taguatinga, Praça do Relógio) Horário de atendimento: 8h às 17h. Contatos: (61) 3451-2528 / 99108-1274 (também WhatsApp)
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‘Vamos abrir 283 novas salas de aula e atender a mais 17.320 alunos’
À frente de uma rede composta por 430 mil estudantes e 27 mil professores, a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, comanda a nova configuração da pasta com contratações de professores e de funcionários administrativos. Foram autorizadas 812 vagas para chamamento imediato – com o cadastro reserva, são 3.334 vagas. Na estrutura das unidades da rede pública de ensino estão sendo investidos mais de R$ 133 milhões na construção e em reformas de unidades. Entre as 21 obras em andamento, comenta a secretária, o Centro de Ensino Infantil (CEI) 10 de Taguatinga foi entregue na última quarta-feira (23) pelo governador Ibaneis Rocha. Em entrevista à Agência Brasília, a titular da Secretaria de Educação também falou sobre a violência nas escolas. De acordo com ela, está sendo elaborado um plano de reforço de segurança. Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista. Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília A Secretaria de Educação está se preparando para realizar concurso, ainda este ano, visando à admissão de professores? Nós zeramos o banco de professores que estavam na lista de espera para serem chamados e agora estamos solicitando às empresas interessadas em fazer o concurso para que apresentem suas propostas. O certame deverá ser realizado e homologado até o dia 30 de junho. O concurso é para quantas vagas? Foram autorizadas 812 vagas para chamamento imediato, mas, contando com o cadastro reserva, no total são 3.334 vagas. A área administrativa também será contemplada. Precisamos suprir as vagas deixadas pelos servidores aposentados. Uma reivindicação antiga dos docentes, o aumento na gratificação dos diretores finalmente foi atendida pelo Governo do Distrito Federal. Esse gesto serve como estímulo ao trabalho desses gestores? [Olho texto=”“A escola não é uma via apenas de aprendizagem, mas também de socialização. Ali a criança aprende a lidar com frustrações, aprende a dividir, aprende que existem limites, a cumprir ordens e a seguir rotinas”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Desde 2014 a gratificação não era reajustada. O processo inflacionário destruiu os rendimentos dos trabalhadores da educação. A gratificação foi um pedido feito ainda no governo Agnelo, mas não foi atendido. Depois veio Rollemberg, e também não houve reajuste. O governador Ibaneis honrou o compromisso assumido, sensibilizado pelo trabalho de excelência feito pelos gestores, principalmente nesse período de pandemia. Esses profissionais foram o elo entre a escola e os estudantes durante o ensino remoto. Muitas vezes, para se tornarem coordenadores, os professores precisavam abrir mão de outras gratificações de valores acima da de gestor. O reajuste funciona como um estímulo para que o profissional assuma um trabalho que é bem pesado. Para eles, o reajuste foi linear, de R$ 250 reais. O trabalho é importante da base ao ensino médio. Por isso a gratificação tem que ser linear. Também foi criada a figura do coordenador escolar, que é quem coordena os demais. Para esses foi dada uma gratificação de R$ 300 reais. A Secretaria de Educação iniciou, neste mês, um diagnóstico da rede pública de ensino. Qual o objetivo? Queremos conhecer os prejuízos causados pela pandemia aos alunos e também aos professores. E já existe uma conclusão? Estamos finalizando. Mas, diante do cenário nacional, a situação do Distrito Federal não será diferente. O ensino remoto trouxe muitos prejuízos em todas as áreas. A violência é um dos reflexos do ensino remoto. A escola não é uma via apenas de aprendizagem, mas também de socialização. Ali a criança aprende a lidar com frustrações, aprende a dividir, aprende que existem limites, a cumprir ordens e a seguir rotinas. Tudo isso a escola estabelece de forma muito pontual. Imagine uma criança que não tinha aula presencial… O aluno recebia um vídeo e assistia quando queria. Com isso, ele perdeu toda a referência de horário, de tudo que a escola traz. Hoje, temos uma criança que volta à escola para restabelecer o que foi perdido. O professor também está reaprendendo? Sim. O professor também está. É um aprendizado para a rede como um todo. Todos nós estamos reaprendendo. Cada professor estava isolado em sua casa, mantendo contato com seu coordenador pedagógico, com o diretor da escola e com sua turma. Não tinha a troca que normalmente existe. A coordenação acontecia pelo Meeting [canal de reuniões virtuais]. Estamos nos acostumando a trabalhar juntos novamente. Qual o nível foi o mais prejudicado, educação básica ou ensino médio? Foi ruim para todos. Quando tivermos os dados à disposição, poderemos fazer um estudo a respeito do ensino a distância, saber em que parte ele funcionou melhor e onde não funcionou. Mas imagino que as maiores perdas tenham sido nos anos iniciais. Pense em uma criança que chega para ser alfabetizada, e aí vem a pandemia e ela fica quase dois anos tendo aulas remotas. Outro caso é o de uma criança que estava no terceiro ano, ainda não alfabetizada. Com a pandemia, ela não aprendeu e ainda perdeu o que sabia. Assim, existe aquele que perdeu o que aprendeu e o que não aprendeu nada. Como está sendo feita essa avaliação? A avaliação acontece em toda a rede, para estudantes a partir do segundo ano. Consiste em um teste escrito, de língua portuguesa e de matemática, inclusive em Braille, com intérprete, e com Libras. A Educação de Jovens Adultos [EJA] também foi avaliada. O aluno sabendo ler, tendo o raciocínio lógico desenvolvido, consegue deslanchar em todas as matérias; o céu é o limite. Precisamos saber como ele está. O que será feito com o resultado do diagnóstico? [Olho texto=”“Nós queremos chegar a um nível de conhecimento individual do aluno, porque o aluno não é um conjunto, ele é um indivíduo”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Não vamos voltar ninguém no tempo por não ter aprendido. A partir do resultado, vamos entrar com as intervenções pedagógicas, recompor as aprendizagens perdidas. Por exemplo: uma pessoa que no terceiro ano do ensino médio não esteja alfabetizada não será penalizada por uma circunstância alheia à sua vontade. Se fizermos o aluno voltar para uma série anterior, estaremos aumentando a distorção idade/série. A área pedagógica está fazendo um planejamento que inclui aulas em TV para o aluno assistir no contraturno, projetos pedagógicos interessantes, entre outras coisas. Como fazer para tornar todas as escolas da rede escolas-modelo? Cada escola tem autonomia para montar sua política pedagógica. Quando vemos casos de sucesso, buscamos conhecer para levar às demais. Toda vez que uma escola precisa de projeto pedagógico na área da matemática ou de alfabetização, ela busca. Esses casos de sucesso são uma junção de vários fatores, como um corpo docente comprometido. O resultado deixa todos motivados. Por isso é importante avaliar as escolas, não apenas nesse diagnóstico que está acontecendo agora – a avaliação deve ser feita no mínimo bimestralmente. O ideal seria uma avaliação a cada mês. A iniciativa serve para fazer correções em falhas e permitir as intervenções pedagógicas, tão necessárias. É importante também para que se conheça a formação do profissional. Nós queremos chegar a um nível de conhecimento individual do aluno, porque o aluno não é um conjunto, ele é um indivíduo. A avaliação constante faz com que se chegue ao indivíduo. Que avaliação a senhora faz da vacinação nas escolas? Começou com os alunos acima de 12 anos e do ensino médio. Foi um sucesso. Entre os alunos de 5 a 11 anos, temos quase 55% de estudantes vacinados. A escola é um bom caminho para vacinar os estudantes e também seus familiares. Na Estrutural, ficamos o dia inteiro, e foi possível vacinar e conversar com os pais. Lá vacinamos mais de 500 crianças e pais. No Guará, nenhuma UBS vacina nos finais de semana, e pais que trabalham aos sábados pela manhã puderam levar os filhos à tarde. Todos os pais disseram que preferem vacinar os filhos aos sábados porque não têm tempo durante a semana. Neste final de semana estaremos no Centro de Ensino Médio do Guará e depois vamos para Sobradinho. As próximas localidades serão definidas pela Secretaria de Saúde. A escola é um ambiente lúdico, extramuros da saúde. No dia da vacinação, tinha pula-pula e balões. Mas é preciso deixar claro que não existe obrigatoriedade ou passaporte. E os casos recorrentes de violência nas escolas? O que fazer para resolver? Sempre houve a cultura da paz na rede, mas a violência sempre existiu. Agora percebemos um aumento da violência com a volta do ensino presencial. Concluímos que crianças e adolescentes ficaram muito segregados em suas casas durante a pandemia. Vamos fazer um trabalho em parceria com outras secretarias. Esta é uma questão da sociedade. É preciso envolver pais, professores, a Secretaria de Saúde – que tem programa de saúde mental –, a Secretaria da Juventude, que dispõe de programas como bate-papos, e, finalmente, a Secretaria de Segurança, parceira de primeira hora. Estamos trabalhando juntos em um plano que prevê reforço da segurança no combate a essa violência toda. Queremos oferecer aos estudantes uma rede de proteção. E as obras? Escolas estão sendo construídas e reformadas. Isso permitirá um aumento de quantas salas de aula e o ingresso de quantos novos alunos na rede? [Olho texto=”“A criança deve estar na escola para aprender. Se conseguirmos que a criança retome o seu papel principal, que é aprender a fazer com que a rede tenha essa compreensão e olhe para o aluno, estará cumprido o papel fundamental”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A previsão é abrir 283 novas salas de aula e atender 17.320 alunos. As obras estão em quase todo o DF. Algumas áreas que cresceram muito, como Paranoá, São Sebastião, Sol Nascente/Pôr do Sol e Recanto das Emas, são as prioridades na construção de escolas. Queremos ampliar inclusive as escolas em tempo integral. Essas unidades permitem que os alunos tenham acesso, em um único local, a aulas de língua estrangeira e esportes, por exemplo. Abre-se o leque para manter o aluno na escola com outras atividades que não apenas as da grade curricular. O estudante amplia suas possibilidades na escola. É vantagem para todos. Qual o legado que a senhora quer deixar para a educação do Distrito Federal? Voltar para o que é mais importante. A criança deve estar na escola para aprender. Ali é um espaço onde ela se socializa, aprende, percebe o outro, a sociedade e a lidar com frustrações. Se conseguirmos que a criança retome o seu papel principal, que é aprender a fazer com que a rede tenha essa compreensão e olhe para o aluno, estará cumprido o papel fundamental. Não existe professor, não existe merendeira, não existe diretor, nem supervisor ou coordenador, nada, sem o estudante. Se eu sair da secretaria deixando um resgate e a compreensão de voltar todo nosso foco para o estudante, eu saio daqui realizada.
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Hospital oferece suporte a mulheres vítimas de agressão
A violência contra a mulher afeta a todos e precisa do engajamento da sociedade para ser superada. No Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF), as mulheres vítimas de violência recebem, desde maio deste ano, assistência por meio de um serviço especializado. No centro, os profissionais de enfermagem fazem o primeiro contato com as vítimas, que contam também com médicos, psicólogos e assistentes sociais | Fotos: Divulgação/HRSM Ele é feito por médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais no Centro de Especialidade para Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual, Familiar e Doméstica (Cepav) Flor do Cerrado, que também dá apoio a crianças e adolescentes. Desde a inauguração, cerca de 300 atendimentos foram realizados. Nesta quinta-feira (25), Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, a chefe do Cepav, Lara Borges, comemora a data com a conclusão do primeiro Grupo Multiprofissional de Mulheres, criado para apoiar as vítimas de agressão: “De outubro a novembro, foram realizados oito encontros semanais com dinâmicas e reflexões, trabalhando temas como os tipos de violência, ciclo da violência, direitos da mulher, autoestima e sentimentos”. [Numeralha titulo_grande=”300″ texto=”atendimentos, aproximadamente, foram realizados no centro desde a inauguração, em maio” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Em todos os casos, são os profissionais de enfermagem que fazem o primeiro contato com as vítimas. “Nesse momento, eles recolhem as informações necessárias para iniciar o atendimento da vítima e avaliam quais os primeiros encaminhamentos relacionados à saúde e de proteção devem ser feitos”, ela explica. Em seguida, os pacientes passam a receber, de forma individual ou em grupo, o atendimento psicossocial. Para ter acesso ao serviço, basta a vítima buscá-lo de forma espontânea (quando a vítima procura a instituição) ou por meio de encaminhamento realizado por outras instituições, como conselho tutelar, escolas, órgãos judiciais e unidades básicas de saúde (UBSs). Data internacional O Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1999 e é celebrado anualmente no dia 25 de novembro. A data faz homenagem às irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa), assassinadas por se oporem à ditadura de Rafael Leónidas Trujillo na República Dominicana. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A comemoração tem como objetivo alertar e erradicar os casos de violência contra as mulheres no mundo todo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a definição de violência contra a mulher é todo ato de violência baseado no gênero que tem como resultado o dano físico, sexual e psicológico, incluindo ameaças, coerção e privação arbitrária da liberdade, seja na vida pública ou na vida privada. Serviço Flor do Cerrado/HRSM Local: Prédio anexo à entrada principal do Hospital Regional de Santa Maria Telefone: 4042-7770 – ramal 5525 Email: cepavflordocerrado@gmail.com
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Creas da Estrutural atende a cerca de 200 casos de violência por mês
Acompanhar famílias que vivem situações de violência ou violação de direitos e viabilizar a elas atendimento socioassistencial e o acesso a direitos e benefícios sociais. O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) Estrutural atende, mensalmente, cerca de 200 famílias com estes serviços. São famílias acompanhadas em sua integralidade e que recebem atendimento especializado para resgatar sua autonomia e seus vínculos familiares, com o objetivo de sair daquela situação de violência. Recentemente, o Creas da Estrutural passou por uma reforma de modernização das instalações | Foto: Renato Alves/Agência Brasília A região administrativa da Estrutural tem, aproximadamente, 45 mil habitantes. “Aqui na região, são muitas famílias em situação de vulnerabilidade social. Mesmo durante o auge da pandemia da covid-19, nós não tivemos condições de reduzir os acompanhamentos, especialmente porque houve um aumento dos casos de violência doméstica e de abuso sexual”, explica a gerente substituta do Creas Estrutural, Fabiana Aguiar. [Olho texto=”“O Creas acompanha pessoas e famílias que já estão numa situação de violência, de negligência, de abuso, e precisam do auxílio do Estado para se recuperar e ter condições dignas de retomar a vida, seja por meio dos benefícios sociais que são concedidos de acordo com a necessidade da cada família, seja pelo acompanhamento especializado com uma equipe socioassistencial”” assinatura=”Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social” esquerda_direita_centro=”direita”] Assim como todas as unidades socioassistenciais da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), a unidade da Estrutural não interrompeu as atividades e manteve todos os atendimentos por meio remoto. “Nos casos extremos, até tivemos o atendimento presencial, com todos os cuidados para garantir a segurança de usuários e servidores. Quando a família chega aos nossos serviços, nós fazemos uma escuta qualificada para identificar o grau de risco das demandas que eles trazem e avaliar como vai ser o acompanhamento e tirar as pessoas da situação de violência”, destaca a gerente da unidade. Segundo dados da Sedes, em setembro foram 157 atendimentos particularizados realizados no Creas Estrutural, isto é, pessoas que tiveram acesso a um atendimento especializado, realizado pela equipe de profissionais do Creas. “Vou dar um exemplo, teve um caso recente de uma mãe que estava sofrendo violência doméstica e se submetia àquela situação por depender financeiramente do marido. Nós viabilizamos para ela o auxílio excepcional para que ela saísse dessa casa. Hoje, ela está em outra situação e podemos atendê-la em outras demandas, com os filhos”, pontua Fabiana Aguiar. “O Creas tem um trabalho conjunto, mas diferente do Cras [Centro de Referência de Assistência Social] que atua na prevenção. O Creas acompanha pessoas e famílias que já estão numa situação de violência, de negligência, de abuso, e precisam do auxílio do Estado para se recuperar e ter condições dignas de retomar a vida, seja por meio dos benefícios sociais que são concedidos de acordo com a necessidade da cada família, seja pelo acompanhamento especializado com uma equipe socioassistencial, composta por psicólogo, assistente social, pedagogo e educador social”, reforça a a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha. Segundo dados da Sedes, em setembro foram 157 atendimentos particularizados realizados no Creas Estrutural | Foto: Divulgação/Sedes Modernização Recentemente, o Creas Estrutural passou por uma reforma de modernização das instalações. A obra foi realizada em parceria com a Secretaria do Trabalho, já que a unidade fica em um prédio cedido pelo órgão. No local, além da modernização e reforma do Creas, também foi instalada uma nova Agência do Trabalhador. O novo espaço foi inaugurado nesta quarta-feira (6) pelo governador Ibaneis Rocha e pela secretária Mayara Noronha Rocha. O valor para viabilizar a reforma do Creas, que foi descentralizado para a Secretaria de Trabalho, foi de mais de R$ 460 mil reais. Recurso totalmente investido pela Sedes. “Nós precisamos do apoio do governo aqui na Estrutural e é importante ter melhorado essa estrutura aqui. Nós precisamos disso, desse apoio dessas unidades, para passar por esse momento de crise”, comemora Clebson Miranda, morador da Estrutural. Subsecretária de Assistência Social, Kariny Alves ressalta que essa modernização do espaço beneficia a comunidade da Estrutural e proporciona mais qualidade de vida ao servidor que atende na unidade. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “É um objetivo nosso reformar todas as nossas unidades, porque é extremamente importante a população ser recebida em um local acolhedor, um local onde ela se sinta bem. Isso faz toda a diferença no atendimento que é feito nas unidades. O usuário se sente valorizado”, conclui a gestora. *Com informações da Sedes
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Roubos em coletivos caem 76% em Ceilândia
Em 2 anos e 8 meses, Ceilândia, a maior cidade populacional do Distrito Federal, acumula queda na ocorrência de crimes. Os bons resultados aparecem tanto no número de ocorrências dos crimes violentos quanto nos contra o patrimônio. A maior queda é em roubos em coletivos, que caíram 76% em 2021, se comparado ao mesmo período de 2018. De janeiro a julho deste ano, foram 35 casos contra 150 nos mesmos sete meses de 2018. Ocorrências de homicídios, latrocínios (roubo seguido de morte) e lesão corporal seguida de morte, os chamados crimes violentos letais intencionais, também caíram. Os registros de homicídios tiveram queda de 38%, os de latrocínio passaram de três para dois e as lesões corporais seguidas de morte caíram pela metade. Roubos a pedestres, roubos de veículo e em comércio, incluindo casas lotéricas e postos de combustíveis, também tiveram redução significativa, com percentuais de 45%, 50% e 47%. Uma das explicações para a queda dos índices de criminalidade na região é a Operação Epicentro, uma iniciativa local da administração regional e da Polícia Militar e Civil que atua na cidade |Foto: Divulgação PCDF Uma das explicações para a queda dos índices de criminalidade na região é a Operação Epicentro, uma iniciativa local da administração regional e da Polícia Militar e Civil que atua na cidade. A operação, um trabalho integrado entre as forças de segurança, reúne o efetivo dos dois batalhões da PM e das quatro delegacias circunscricionais de Ceilândia.É feita principalmente no centro da cidade, em locais de grande circulação de pessoas e de ocorrência de crimes como roubos e furtos a pedestres. “É feito um levantamento de dia e hora de maior cometimento de crimes. A operação começa por volta de 16h e não tem hora pra acabar”, afirma Fernando Fernandes, delegado de polícia e administrador de Ceilândia. Combate ao tráfico de drogas Segundo ele, a Polícia Civil faz um trabalho prévio de inteligência com policiais velados que observam o movimento dos traficantes de drogas, bem como dos chamados ladrões de oportunidade. “São aqueles que abordam principalmente mulheres e idosos, vítimas mais vulneráveis”, explica. “Os policiais observam onde eles agem e onde eles se escondem. No dia da operação, a PM, com apoio da Polícia Civil, aborda os suspeitos e encaminha os ladrões e traficantes para a delegacia”, acrescenta o administrador. Desde junho de 2021, seis edições da Operação Epicentro foram realizadas, a última delas na no dia 27 de agosto. Participaram da ação, cerca de 40 policiais militares, 20 agentes e escrivães e dois delegados de polícia. Em pouco mais de duas horas, a PMDF abordou 250 pessoas, das quais sete foram levadas para a delegacia e autuados por receptação, tráfico de drogas, porte de drogas e porte de arma branca. “É uma operação que demanda uma investigação prévia. O trabalho de identificação do traficante preso, por exemplo, levou dois dias”, afirma o delegado chefe adjunto da 23ª DP, Vander Braga. Segundo o delegado, a polícia pretende fazer as operações de forma rotineira no centro de Ceilândia, de uma a duas vezes por mês. Em julho, o foco foi a “Feira do Rolo” com o objetivo de coibir a prática constante de delitos naquela região, em especial o tráfico de entorpecentes, uso de drogas ilícitas e receptação de produtos provenientes de crimes, principalmente celulares. Onze pessoas foram conduzidas à delegacia sendo que, destas, sete foram autuadas pelos crimes de receptação dolosa, receptação culposa, porte de entorpecentes e de documentos falsos. Foram apreendidos 17 aparelhos celulares, entorpecentes e instrumentos cirúrgicos de alto custo pertencente ao Hospital Santa Luzia. Ainda, com a colaboração do DF legal, vários comerciantes em situação irregular tiveram suas mercadorias apreendidas administrativamente. O major Katsuhiti Ricardo Gadelha Kotama, comandante do 8º Batalhão de Polícia, ressalta que se trata de uma ação rápida que tem o objetivo de cercar o centro da cidade e impedir delitos, muitas vezes cometidos pelo próprio usuário de drogas. “Ele furta um celular e muitas vezes já o repassa ali mesmo, troca por drogas”, diz. O administrador de Ceilândia diz que o tráfico de drogas é responsável por outros crimes. “A gente sabe que onde tem o tráfico, há ocorrência de outros crimes. Onde há disputa por território há lesões corporais e homicídios. A experiência de mais de 25 anos na polícia mostra que quando se combate o tráfico de drogas, a tendência é a queda da criminalidade em geral”, afirma. Policiamento rural O administrador de Ceilândia afirma que, em conjunto com a Polícia Militar e a Polícia Civil, está tentando reativar o policiamento rural na região. “Já nos reunimos algumas vezes com os dois comandantes dos batalhões, o delegado-chefe da delegacia que cobre a área rural e o comandante do Batalhão Rural para reativar o projeto guardião rural e o policiamento rural”, afirma Fernando Fernandes. “Temos um Batalhão Rural no DF, mas é muito longe, em Planaltina. Precisamos revitalizar pelo menos os postos policiais rurais para dar mais agilidade e rapidez no atendimento das ocorrências”, afirma. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os chacareiros que participam do programa Guardião Rural podem trocar mensagens com os vizinhos e enviar a localização da propriedade para a polícia por meio de um aplicativo. Além disso, recebe uma placa confeccionada pela polícia com o número do cadastro da propriedade. Ela deve ser colocada na entrada da propriedade, avisa que o local é monitorado pela polícia e, por meio do código, os policiais acessam a ficha do morador e dos bens da propriedade, agilizando o atendimento.
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Secretarias se unem em combate à violência sexual
A prevenção e o combate à violência sexual contra a mulher, o empoderamento feminino e a conscientização sobre esses temas são pautas de parceria concretizada entre as secretarias de Educação e da Mulher. As representantes das pastas, Hélvia Paranaguá e Ericka Filippelli, se reuniram nesta terça-feira (17) para debater projetos que visam a formação dos estudantes e professores da rede pública de ensino. O encontro ocorreu no gabinete da Secretaria de Educação. As secretárias Hélvia Paranaguá, de Educação, e Ericka Filippelli, da Mulher, discutiram projetos na reunião que deu início à parceria, nesta terça-feira (17) | Fotos: Mary Leal/Ascom/SEE-DF “Vamos trabalhar com nossos estudantes a desconstrução do machismo e mostrar que as mulheres não precisam ficar em relacionamentos tóxicos. A vítima de violência hoje em dia foi nossa aluna no passado, por isso temos a oportunidade de reverter essa história”, reflete Hélvia Paranaguá, secretária de Educação. [Olho texto=”“É importante estar com diálogo aberto com os estudantes para formação de uma consciência coletiva acerca dos abusos contra as mulheres”” assinatura=”Ericka Filippelli, secretária da Mulher” esquerda_direita_centro=”direita”] Uma das ações tratadas é a ampliação de iniciativas como o Programa Maria da Penha Vai à Escola. A ideia é incentivar a ampliação das discussões, nas escolas, a respeito do combate à violência sexual contra a mulher, por meio de projetos, atividades e capacitação. A parceria vai proporcionar a produção de vídeos educativos com a temática, especialmente voltados para os jovens matriculados no ensino médio. A ideia de focar essa ação nos estudantes do ensino médio surgiu como uma opção de formação para um público da educação que não teve acesso ao início das atividades do Programa Maria da Penha Vai à Escola. O debate sobre o tema também seguirá com outras atividades destinadas para as demais séries. A secretária da Mulher, Ericka Filippelli, destaca que a escola é um espaço de construção de vínculos. “É um momento de criação de relacionamentos, por isso é tão importante estar com diálogo aberto com os estudantes para formação de uma consciência coletiva acerca dos abusos contra as mulheres.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A Secretaria de Educação também vai divulgar nas unidades escolares o Programa Jornada Zero Violência contra Mulheres e Meninas. A proposta é fortalecer a rede de enfrentamento à violência, mostrando os canais de denúncias disponíveis e órgãos de acompanhamento psicossocial, apoio e acolhimento das vítimas. As secretarias pretendem, ainda, fazer formações para os servidores da educação sobre a temática, com o apoio da Subsecretaria de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (Eape). *Com informações da Secretaria de Educação do DF
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Webinário aborda os 15 anos de criação da Lei Maria da Penha
Resultado da luta da cearense Maria da Penha Maia Fernandes, brutalmente agredida pelo marido, a Lei n° 11.340, de 7 de agosto de 2006, foi batizada com o nome da vítima. Há 15 anos, a história de agressão e abusos sofridos pela farmacêutica bioquímica virou instrumento de proteção para outras mulheres vítimas de violência doméstica e familiar: a Lei Maria da Penha, que tornou crime a violência cometida dentro de casa e deu a essas mulheres uma série de direitos. A Secretaria da Mulher (SMDF) abraça a causa. [Olho texto=” “Queremos compartilhar experiências exitosas e mostrar que é possível viver uma vida sem violência” ” assinatura=”Ericka Filippelli, secretária da Mulher” esquerda_direita_centro=”direita”] Para falar sobre essas conquistas e como as mulheres podem ter acesso a elas, a pasta, em parceria com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), promove nesta sexta-feira (6) o 2º Webinário 15 Anos da Lei Maria da Penha. A abertura será na Casa da Mulher Brasileira, em Ceilândia, com transmissão ao vivo pelo Twitter da Agência Brasília e pelo Facebook do GDF. A iniciativa faz parte das comemorações do Agosto Lilás, um mês dedicado à campanha de enfrentamento e conscientização da população pelo fim da violência contra a mulher. Programação vai até o próximo dia 12 | Arte: Divulgação/SMDF Durante o evento, será apresentado, de forma didática, o caminho percorrido desde a identificação dos tipos de violência à denúncia, passando pelo acolhimento das vítimas até as formas para construir uma nova trajetória, livre de violência. “Muitas mulheres têm medo de denunciar porque desconhecem os canais de denúncia ou não sabem o que vai acontecer depois de denunciar”, pontua a secretária da Mulher, Ericka Filippelli. “Queremos esclarecer como funciona todo o processo judicial e mostrar quais direitos elas têm garantidos, além de apresentar os equipamentos disponíveis para o acolhimento e a proteção das vítimas de violência. E o mais importante: queremos compartilhar experiências exitosas e mostrar que é possível viver uma vida sem violência.” [Olho texto=” “Além de incentivar a denúncia, será mais uma oportunidade de apresentar estudos qualificados realizados pela SSP” ” assinatura=”Delegado Júlio Danilo, secretário de Segurança Pública” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Palestras Entre os dias 9 e 12, haverá palestras virtuais, abertas ao público e transmitidas pelo canal da SMDF no YouTube e pelo Facebook da pasta. Além da SMDF e da SSP, participarão dos painéis representantes da Defensoria Pública, do Ministério Público, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF), da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) e do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. “Participar de debates – em especial deste, que, além dos representantes do governo local, contará com a contribuição de representantes de órgãos federais – é uma forma de mostrar o que tem sido feito no DF para segurança e proteção deste público”, avalia o secretário de Segurança Pública, delegado Júlio Danilo. “Além de incentivar a denúncia, por meio de nossa campanha #MetaaColher, será mais uma oportunidade de apresentar estudos qualificados realizados pela SSP e a série de ações e projetos que integram o programa lançado neste ano, o Mulher Mais Segura.” Entre os temas abordados, os convidados falarão da importância de denunciar uma situação de violência e quais são os canais disponíveis para fazê-lo, como o aplicativo Proteja-se. O webinário tem a proposta de esclarecer o que acontece depois de a mulher procurar uma delegacia, como funciona a investigação e até a condenação do agressor. Também serão temas abordados as medidas protetivas, a garantia de orientação jurídica gratuita sobre guarda dos filhos, partilha de bens, o funcionamento do trabalho da Defensoria Pública, do MPDFT e do TJDFT. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Proteção e acolhimento A rede de proteção e acolhimento existente no DF para apoiar e orientar essas mulheres, antes e depois da denúncia, também será apresentada durante as palestras. A proposta é mostrar como funcionam esses equipamentos e como ter acesso aos serviços oferecidos pela SMDF, como a Casa Abrigo, a Casa da Mulher Brasileira, as unidades do Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam) e do Núcleo de Atendimento à Família e aos Autores de Violência Doméstica (Nafavd). O encerramento do webinário trará uma discussão importante sobre como construir uma vida sem violência. A proposta é trazer para o debate as alternativas de apoio emocional e as oportunidades oferecidas, na prática, para que essas mulheres possam recomeçar e contar uma nova história de vida. Para garantir que o ciclo de palestras seja esclarecedor e interativo, a Secretaria da Mulher faz um convite para que os interessados encaminhem antecipadamente suas dúvidas, a serem esclarecidas pelos convidados durante o webinário. Basta enviar um e-mail para leimariadapenha@mulher.df.gov.br ou uma mensagem para o número (61) 99415-0635. Não é preciso se identificar. Confira, abaixo, a programação. Sexta (6), às 15h: live de lançamento. Transmissão pelo Twitter da Agência Brasília e pelo Facebook do GDF. Dia 9, às 17h: A denúncia – Qual a importância de denunciar? Transmissão pelo canal da SMDF no YouTube e pelo Facebook da SMDF, assim como as demais palestras. Dia 10, às 17h: Denunciei! E agora? Dia 11, às 17h: Tudo o que você precisa saber sobre o processo judicial nos casos de violência doméstica. Dia 12, às 17h: Uma vida sem violência. *Com informações da Secretaria da Mulher
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Boletim traça perfil da violência contra os idosos no DF
No período de 2018 a 2020, foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 8.422 casos de violências interpessoais no Distrito Federal. O número de notificações referentes ao ciclo de vida das pessoas idosas é de 273 (3,2% do total do período), uma média de 91 ocorrências ao ano. Os idosos correspondem a 11,3% da população do DF e a 3,2% do total de notificações de violência registradas nos últimos três anos | Fotos: Breno Esaki/ Agência Saúde No mesmo período, foram registrados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) 1.574 casos de óbitos por agressão no DF. Desses, 62 óbitos (3,9% do total de óbitos por agressão) são referentes às pessoas idosas de mais de 60 anos, com média de 20,7 óbitos por agressão ao ano. [Olho texto=”“Essas análises baseadas em dados servem para subsidiar políticas públicas e planos de ação de enfrentamento e prevenção de violência mais efetivos”” assinatura=”Márcia Vieira, gerente de Vigilância das Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção à Saúde” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Esses dados estão no Boletim Epidemiológico de Violência Interpessoal no Ciclo de Vida das Pessoas Idosas no DF, elaborado pela Subsecretaria de Vigilância à Saúde (SVS), por meio do Núcleo de Estudos, Prevenção e Atenção às Violências (Nepav), com o objetivo de traçar o perfil da violência contra a pessoa idosa na capital federal nos últimos três anos. “Os dados permitem visualizar o perfil estabelecido para as pessoas em situação de violência e o impacto da pandemia nessa população”, explica a gerente de Vigilância das Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção à Saúde, Márcia Vieira, que também ajudou na elaboração do documento. “A sinalização de mudança de perfil é de suma relevância do ponto de vista da vigilância, uma vez que essas análises baseadas em dados servem para subsidiar políticas públicas e planos de ação de enfrentamento e prevenção de violência mais efetivos”, avalia a gestora. No período de 2018 a 2020, 67% das notificações de violência registradas pelo Sinan são de pessoas do sexo feminino, enquanto que 33% são do masculino Incidência por sexo O Distrito Federal alcançou em 2020 população de 3.052.546 pessoas. A população idosa (acima de 60 anos) é composta por 346.221 pessoas, correspondendo a 11,3% da população geral. Já a distribuição da população idosa por sexo aponta 52,2% do sexo feminino e 47,8% do masculino. Nos números apresentados pelo Sinan em relação às notificações de violência, a análise por sexo demonstra que 67% das notificações feitas no período de 2018 a 2020 são de pessoas do sexo feminino, enquanto que 33% são do masculino. [Numeralha titulo_grande=”346.221″ texto=”é o número de idosos no DF, sendo 52,2% do sexo feminino e 47,8% do masculino” esquerda_direita_centro=”direita”] De acordo com o documento, nas situações de violência contra a pessoa idosa, múltiplos atores são mais comuns, com vínculos familiares (cônjuge e filhos) e indivíduos adultos, do sexo masculino, que não fizeram uso de álcool no momento da agressão. Tipos de violência O boletim destaca que 91,8% das vítimas de violência por pessoas idosas são residentes no DF e 7,7% em Goiás. As regiões administrativas de residência desse grupo com maiores médias de prevalência no período estudado são Ceilândia, Samambaia e Guará. Os dados também demonstram que no ciclo de vida das pessoas idosas, as violências mais prevalentes são a física e a psicológica ou moral; e, com o avançar da idade, as violências financeira ou econômica e negligência ou abandono. Os meios de agressão mais prevalentes são a força física e a ameaça. Na violência sexual, o tipo mais prevalente é o estupro. A violência sexual é a mais frequente quando o autor é do ciclo de vida das pessoas idosas, com 49,5% – seguida pela violência psicológica, com 39,9%, e física, com 35,8%. O estupro ocorre em 30,8% dos casos, e o assédio sexual, em 18,3%. Os meios de agressão mais utilizados são a força corporal com espancamento, que apresentam 30,8% de frequência, e a ameaça, com 28,8%. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Atendimento especializado O Nepav oferece um conjunto de recomendações baseadas nos dados e suas análises com o intuito de fortalecer a atuação dos gestores e dos profissionais de saúde, a fim de diminuir o número de casos de violência contra os idosos e melhor notificá-los. Atualmente, a Secretaria de Saúde disponibiliza atendimento especializado para as pessoas em situação de violência. O Centro de Especialidade para Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual, Familiar e Doméstica (Cepav), com 17 unidades distribuídas em todo o DF, oferece acolhimento em horário comercial, de segunda a sexta-feira. *Com informações da Secretaria de Saúde
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