Concessionária de energia alerta para riscos de retirada de frutas próximo à rede elétrica
Com mais de 950 mil árvores frutíferas espalhadas pelo Distrito Federal, a chegada da primavera, no próximo mês de setembro, transforma ruas e quintais em pomares cheios de manga, abacate, goiaba e outras frutas da estação. A visão parece um convite, mas atenção: colher frutas próximas à rede elétrica pode causar acidentes sérios, com risco de choques e até morte. Orientação da Neoenergia é que se mantenha uma distância mínima de 2,5 metros da rede elétrica | Foto: Divulgação/Neoenergia O alerta é da Neoenergia Brasília, que recomenda evitar o manejo de árvores localizadas perto da fiação elétrica. “A nossa orientação é clara: mantenha sempre uma distância mínima de 2,5 metros da rede, mesmo ao usar varas ou bastões para alcançar os galhos”, reforça o gerente da distribuidora, Antonio Ribeiro. “Ferramentas improvisadas, mesmo de madeira, podem conduzir eletricidade, especialmente em dias úmidos ou chuvosos”. Veja, abaixo, algumas dicas para evitar riscos: ⇒ Nunca tente pegar frutas ou objetos presos à rede elétrica. Acione a distribuidora para apoio técnico; ⇒ Evite colher frutas em árvores próximas à fiação. Dê preferência a áreas abertas e seguras; ⇒ Jamais utilize varas de metal ou materiais condutores; ⇒ Não faça a colheita em dias de chuva ou com raios. Árvores podem funcionar como para-raios naturais. Max, o cão caramelo da campanha Amigo de Verdade: personagem participa de ação de conscientização Para ampliar o alcance dessas orientações, a Neoenergia lançou a campanha Amigo de Verdade, protagonizada por Max, um simpático vira-lata caramelo que, ao lado de um eletricista da Neoenergia, apresenta situações do dia a dia em que o cuidado com a rede elétrica faz toda a diferença. A campanha está sendo veiculada em escolas, rádios, redes sociais e outros canais de comunicação, usando linguagem simples e acessível, voltada especialmente a crianças e famílias. As mensagens abordam desde o uso seguro de pipas até reformas e, agora, a colheita de frutas urbanas. *Com informações da Neoenergia
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Frutas ao alcance: Programa de arborização do DF muda a relação entre a população e as áreas verdes
Quem anda pelas ruas do Distrito Federal pode ter a grata surpresa de se deparar com uma verdadeira feira de frutas frescas – mangas, amoras, abacates, jacas, araticuns, cajuzinhos do cerrado, carambolas, graviolas e uvas do Pará. Na capital, essas delícias não estão restritas às prateleiras dos mercados; elas estão presentes nas áreas verdes e estão ao alcance de todos, gratuitamente. Desde novembro, mais de 5 mil árvores frutíferas foram plantadas em diversas cidades do DF | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília A grande presença de árvores frutíferas no DF não é por acaso. Elas representam 15% do programa de arborização da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). Tudo é feito com planejamento: o plantio ocorre no período chuvoso, entre novembro e fevereiro, garantindo as melhores condições para o crescimento das mudas. Até agora nesta temporada, mais de 5 mil árvores frutíferas foram plantadas, deixando as cidades não só mais verdes, mas também mais saborosas. “Do total plantado, reservamos de 15% a 25% para espécies frutíferas das mais variadas”, explica Raimundo Silva, diretor de Cidades da Novacap. Segundo Silva, a relação da Companhia com a arborização de Brasília é histórica. “Desde o início do programa, a Novacap é responsável pelo planejamento e execução da arborização, realizando levantamentos técnicos, produção de mudas nos viveiros e coleta de sementes em um raio de 400 km de Brasília”, detalha Silva. As espécies escolhidas são adaptadas ao clima e ao solo do Distrito Federal, com destaque para os frutos do Cerrado, como araticum, cajuzinho e pequi. Manga, amora, abacate, jaca, graviola… As espécies escolhidas são adaptadas ao clima e ao solo do Distrito Federal Plantio responsável Cada planta tem uma fisiologia específica e por isso a semeadura deve seguir um planejamento estratégico. “O abacateiro, por exemplo, é uma árvore muito grande; então, não é recomendado plantá-lo perto de redes elétricas”, explica Matheus Marques Dy Lá Fuente, assessor da Diretoria de Cidades no Departamento de Parques e Jardins da Novacap. Outra questão é a proximidade de vias de circulação de pedestres e veículos ou de estacionamentos. “A Novacap busca um manejo consciente e sustentável no cultivo das árvores frutíferas, evitando o plantio indiscriminado. Nosso compromisso é educar a população para uma ação consciente. Se desejar plantar, procure a Companhia, que fornecerá todas as orientações”, aponta Matheus. Diversidade e benefícios A colheita das frutas é livre e as árvores são cultivadas sem agrotóxicos. O Plano Piloto, por ser a área mais arborizada, concentra a maior quantidade de árvores frutíferas. Não há um censo oficial, mas a estimativa é que abacateiros, mangueiras, jaqueiras e árvores de frutas cítricas sejam predominantes. Muitas dessas foram inicialmente plantadas pela Novacap, e outras, pela própria população. Moradora do Cruzeiro, Isis Alonso costuma apanhar frutas quando sai para passear pela cidade: “Perto da minha casa tem um pé de amora e eu sempre colho para fazer geleia” Além de embelezar a cidade, as árvores frutíferas oferecem frutas frescas, sombra e um clima mais ameno para quem circula pelas ruas e avenidas de Brasília. Além disso, aves como periquitos, tucanos e outras espécies frequentam os pomares, principalmente nas quadras do Plano Piloto. As plantas também têm o poder de humanizar a cidade, reconectando a população com prazeres simples, como colher frutas no pé e descobrir novos sabores. Essa prática incentiva o uso dos espaços públicos, tornando a convivência urbana mais leve e agradável. Durante os passeios pelo Cruzeiro, região onde mora, Isis Alonso, 19 anos, costuma apanhar algumas frutas. “Perto da minha casa tem um pé de amora e eu sempre colho para fazer geleia”, conta. As mangas também são uma preferência da estudante, para fazer suco. “A fruta do pé é muito mais gostosa do que as que vendem no mercado”, observa. “É muito bom ter um jardim comunitário perto de casa”, opina Isis. Durante as andanças por Brasília, o aposentado Pedro Jeferson Bueno, 70, também costuma colher frutas, principalmente manga e abacate. “Normalmente levo para instituições como igrejas e para pessoas que estão passando por alguma necessidade”, relata. Na opinião dele, ter frutas à disposição na capital federal é positivo, principalmente para quem precisa; são alimentos que podem matar a fome de alguém”, observa.
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Cardápio de frutas a céu aberto faz a alegria dos brasilienses
É com uma sacola nas mãos que nos dias de folga o militar do exército Sílvio Lopes, 49 anos, aproveita esta época do ano para percorrer a conhecida Avenida das Mangueiras, no Cruzeiro, e colher mangas maduras das dezenas de pés da região. Ao todo, o Distrito Federal possui cerca de 950 mil árvores frutíferas plantadas pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). No fim do ano, as mangas são os principais destaques, e em diversos cantos e regiões administrativas, é possível aproveitar os frutos das árvores | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “Fui criado na roça, e pegar frutas no pé sempre fez parte da minha infância. Por coincidência, moro aqui em Brasília perto de uma rua repleta de mangueiras, e estou aproveitando a época para colher as mangas maduras, que caem das árvores, e levá-las para casa”, conta o militar. “Brasília é ótima, tem uma variedade de frutas nas ruas, como manga, jaca, abacate, ingá. Basta saber a época do ano e ir atrás”, recomenda o morador do Cruzeiro. Entre as quadras e avenidas de todo o DF, os pedestres têm à disposição pelo menos 35 espécies de árvores com frutas tradicionais, como manga, jaca, goiaba, amora, tamarindo, caju, jabuticaba, pitanga, e as nativas do Cerrado, como araçá, baru, cagaita, cajá, ingá, pequi e jatobá. As árvores frutíferas fazem parte da arborização da capital desde o início de sua construção. De acordo com a Novacap, o plantio na cidade segue ainda hoje o planejamento do urbanista Lucio Costa. “A ideia de transformar Brasília em um grande pomar a céu aberto faz parte do projeto original da cidade, visando o benefício da fauna e da população. Quando chega o período chuvoso, a natureza trabalha com mais vigor, as mangas estão prontas para a colheita, assim como as jacas e os abacates. Temos um cardápio de frutas, com 10 espécies do Cerrado, e diversos pontos tradicionais na capital, como a Avenida das Jaqueiras, a Avenida das Mangueiras e o Parque da Cidade”, explica o técnico do Departamento de Parques e Jardins da Novacap, Leonardo Rangel. Rangel destaca que a companhia realiza o plantio das árvores frutíferas como parte do programa de arborização que ocorre de outubro a março, quando as chuvas são mais intensas e constantes. “Plantamos, em média, 15 mil árvores em cada programa anual”, completa. Lândia Pereira: “Todas as vezes que vejo as mangas, pego minha sacola e vou colhê-las” Colheita à vontade No fim do ano, as mangas são os principais destaques, e em diversos cantos e regiões administrativas, é possível aproveitar os frutos das árvores. Além disso, aves como periquitos, tucanos e outras espécies frequentam os pomares, principalmente nas quadras do Plano Piloto. Outro destaque é que as árvores frutíferas têm o poder de humanizar a cidade, reconectando a população com prazeres simples, como colher frutas silvestres no pé e descobrir novos sabores, incentivando o uso dos espaços públicos. Apenas em frente ao Eixo Monumental, entre o Palácio do Buriti e o Memorial dos Povos Indígenas, 100 mangueiras fazem a alegria daqueles que passam diariamente pela região, sendo comum encontrar pessoas colhendo os frutos. É o caso de Lândia Pereira, uma saladeira de 40 anos, moradora do Entorno do DF, que percorre diariamente o trecho no caminho para o trabalho. “É o meu caminho, e todas as vezes que vejo as mangas, pego minha sacola e vou colhê-las. São doces e saborosas. Levo para as minhas filhas, elas adoram. Faço receitas, me alimento e levo para casa para saborear com a família, é muito bom”, relata. Plantio Apesar de todos os benefícios, o plantio das árvores pela população requer cuidados. A Novacap, com foco na sustentabilidade e na sucessão ecológica das árvores do DF, não recomenda o plantio indiscriminado e sem planejamento. “Recomendamos que a população não plante sem o conhecimento dos locais apropriados. Existem regiões em que não plantamos e nem recomendamos o plantio, como próximo aos estacionamentos. Se desejar plantar, procure a Novacap, que fornecerá todas as orientações. No entanto, a colheita é livre, e as frutas são cultivadas sem o uso de agrotóxicos”, finaliza o técnico Leonardo Rangel, da Novacap.
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Com 950 mil árvores frutíferas de 35 espécies, DF é pomar a céu aberto
Um pomar a céu aberto. Assim a capital federal pode ser definida. São 950 mil árvores frutíferas de 35 espécies plantadas pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) por todo o Distrito Federal. A plantação segue o plano de arborização originalmente previsto no relatório do urbanista Lucio Costa. A estudante Venerilde Bispo lembra-se da primeira vez que colheu uma jaca diretamente da árvore, quando estava grávida: “Eu tive desejo” | Foto: Renato Araújo/Agência Brasília As árvores frutíferas vêm sendo plantadas desde a construção de Brasília. Devido à grande quantidade, atualmente a Novacap implanta apenas 10% de frutíferas das 100 mil espécies de árvores e arbustos estabelecidos no programa de arborização que ocorre de outubro a março, quando as chuvas estão mais intensas e contínuas. [Olho texto=”Entre as ruas frutíferas, destacam-se a Avenida das Jaqueiras, entre Cruzeiro e Noroeste, e a Avenida das Mangueiras, entre Cruzeiro Velho e Cruzeiro Novo ” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] “Temos uma equipe responsável pela coleta das sementes para fazer a semeadura no nosso viveiro durante o período de seca”, explica o chefe da Divisão de Projetos de Paisagismo da Novacap, José Humberto Vieira da Silva. “No período da chuva, fazemos o plantio. O próximo será de outubro de 2022 a março de 2023.” Das 35 espécies, dez são nativas do cerrado: araçá, baru, cagaiteira, cajazeira, ingá-colar, ingá-mirim, jatobá-da-mata, jatobá-do-cerrado e pequizeiro. Entre as mais comuns estão a mangueira e a jaqueira, que compõem áreas verdes em locais residenciais, avenidas e parques públicos. “Um dos [principais] pontos é a Praça do Buriti até o Memorial dos Povos Indígenas, que tem 100 mangueiras”, sinaliza José Humberto. “Temos ruas identificadas como frutíferas, como a Avenida das Jaqueiras, entre o Cruzeiro e o Sudoeste, e a Avenida das Mangueiras, entre o Cruzeiro Velho e Novo.” Arte: Agência Brasília Direto do pé Moradora do Cruzeiro, a estudante de fisioterapia Venerilde Bispo, 37 anos, conta que costuma colher mangas no período em que as árvores produtoras da fruta ficam recheadas. “Gosto de pegar porque dá para comer verde com sal, não é uma fruta que apodrece; acho muito gostoso”, afirma. No ano passado, enquanto estava grávida, a estudante foi às ruas para garantir uma jaca na Avenida das Jaqueiras. “Foi a primeira vez que peguei uma jaca direto do pé”, conta. “Eu tive desejo, então peguei para comer”. Para ela, viver em uma cidade repleta de árvores frutíferas é um privilégio: “É muito importante, não só pelas frutas em si, mas pelo bem que as árvores trazem para o ambiente”. A aposentada Maria Dalva Ferreira, 65, lembra que tinha o hábito de comer as mangas que nasciam nas árvores da rua em que vivia, no Lago Sul. Agora, morando no Cruzeiro, ainda não teve essa oportunidade. “Mas vejo o pessoal sempre colhendo; acho lindo poder ver as frutas nascendo”, diz. Importância das frutas O hábito do brasiliense de consumir as frutas disponíveis no pomar a céu aberto do Distrito Federal se mostra importante também para a saúde. “O primeiro ponto é por se tratar de uma produção natural”, avalia a nutricionista Carolina Gama, da Secretaria de Saúde (SES). “É uma fruta sem agrotóxicos, sem defensivos químicos. São frutas que respeitam a sazonalidade. Outro ponto é a questão do regionalismo. Muitas das árvores fazem parte do ecossistema do cerrado. Isso valoriza a cultura alimentar regional”. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo de 400g de frutas e hortaliças por dia, o que representa cerca de cinco porções. O baixo consumo de frutas aumenta o risco de desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade, pressão alta, câncer e diabetes. “A nossa alimentação deve ser baseada em alimentos in natura e minimamente processados, e as frutas entram nessa categoria”, ressalta a nutricionista. “São ricas em fibras, vitaminas, minerais e compostos bioativos que favorecem o funcionamento do nosso corpo”.
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