GDF nomeou 38% a mais de servidores para a saúde em 2024 do que ano passado
Para atender as demandas de uma população cada vez mais crescente, a Secretaria de Saúde (SES-DF) nomeou, neste ano, 2,3 mil servidores. O número é 38,7% maior que as designações feitas em 2023, quando foram chamadas quase 1,7 mil pessoas. “As novas nomeações mostram que estamos de olho nas demandas da sociedade. Trabalhamos permanentemente para garantir um atendimento de qualidade nas unidades do Distrito Federal”, assegura a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. As carreiras com mais provimentos são as de médico, técnico de enfermagem e agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (Avas) e Comunitário de Saúde (ACSs). Ao todo, são mais de 31 mil profissionais no quadro da pasta. As carreiras com mais provimentos são as de médico, técnico de enfermagem, Avas e ACS | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF A última chamada para integrar a SES-DF foi feita em novembro deste ano, com a designação de 400 ACSs e 400 Avas para atuar, principalmente, contra as arboviroses. “Os provimentos recentes fazem parte de uma estratégia que antecipa o combate ao Aedes aegypti, permitindo que a pasta dê respostas rápidas. Quanto mais profissionais, mais capacidade a Secretaria tem de realizar visitas e monitorar, por exemplo, a dengue”, detalha o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos. Ambas as carreiras irão trabalhar em diversas frentes como vacinação antirrábica de cães e gatos e acompanhamento da qualidade da água e do ar. Somada às nomeações por concursos públicos, a SES-DF ainda investiu R$ 20 milhões na contratação de 150 anestesistas para diminuir as demandas de cirurgia. A expectativa é realizar cerca de 26 mil procedimentos da lista de espera, ao longo dos dois anos de vigência do contrato. Com a contratação de 150 anestesistas, a expectativa é realizar cerca de 26 mil procedimentos e zerar a lista de espera em dois anos | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF A pasta conta também com certames em andamento para várias especialidades médicas, enfermeiros, cirurgiões dentistas, técnicos de enfermagem, Avas, ACSs e auditor de atividades urbanas. Ainda está em vigência a contratação temporária de técnico em saúde e médicos generalistas e especialistas. Contratações temporárias Em 2024, a gestão de saúde do DF admitiu, temporariamente, médicos generalistas, condutores de veículos de urgência e emergência e técnicos de apoio operacional – padioleiros. Foram 330 contratações, totalizando 6,8 mil horas de força de trabalho para a saúde. 330 Número de contratações temporárias na Saúde em 2024 De acordo com a coordenadora da Subsecretaria de Gestão de Pessoas (Sugep), Mabelle Roque, o cadastro de reserva para médicos em contratação temporária foi zerado. “De médico generalista foram convocados o total de 357 aprovados e, ao final, as 200 vagas imediatas foram preenchidas”, diz. Na categoria condutores de veículos foram ocupadas 50 vagas imediatas e 80 de padioleiros. Aumento e gratificações No mês de outubro, o Governo do Distrito Federal (GDF) reestruturou e concedeu reajuste de 15% aos técnicos de enfermagem. Já a tabela dos ACSs foi atualizada, alterando o vencimento básico do cargo e criando uma gratificação. Em agosto, todos os servidores receberam aumento de 6%, a segunda parcela do reajuste linear de 18% para servidores do GDF, dividido em três etapas. O GDF também investiu na reestruturação de carreiras como técnicos de enfermagem | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde Outra conquista dos servidores da SES-DF foi a ampliação de carga horária. A iniciativa serviu para qualificar a força de trabalho e a assistência ofertada de oito carreiras e 54 cargos. “Além de fortalecer a equipe multiprofissional do Centro de Atenção Psicossocial [Caps] onde trabalho, a carga horária ampliada me permitirá, por exemplo, planejar e desenvolver atividades específicas de saúde mental”, avalia o psicólogo André Martins, que atua no Caps II Brasília. Além de reestruturações nas carreiras, foi divulgado o resultado final do concurso interno de remoção por permuta entre enfermeiros e técnicos em enfermagem do quadro de pessoal da SES-DF. A reivindicação para trocas era uma demanda antiga dos servidores que almejavam alterar a sua lotação de trabalho. “Dessa forma, a pasta investe na qualidade de vida do profissional, que passa a estar cada vez mais perto de casa, diminuindo tempo e custos de deslocamento”, afirma Roque. O lema é cuidar de quem cuida. Em 2024, as iniciativas da Política de Qualidade de Vida no Trabalho (PQVT), promovidas pela SES-DF e voltadas à valorização, saúde e bem-estar de seus trabalhadores, foram premiadas com o Selo QualiVida. A honraria reconhece ações focadas no aprimoramento do ambiente de trabalho em órgãos públicos. *Com informações da Secretaria de Saúde
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GDF nomeia 800 agentes de saúde para reforçar o combate à dengue
O Governo do Distrito Federal (GDF) nomeou, nesta sexta-feira (29), 400 agentes de vigilância ambiental em Saúde (Avas) e 400 agentes comunitários de saúde (ACSs) para o reforço do combate à dengue e outras arboviroses na capital do país. Com as nomeações, os profissionais já estão aptos a realizar ações de campo como visitas domiciliares e comunitárias, além de atuarem nos serviços de atenção básica. A cerimônia de assinatura do decreto de nomeação dos 800 novos servidores do GDF foi realizada no auditório do Centro de Convenções Ulysses Guimarães e contou com a presença do governador Ibaneis Rocha. Na ocasião, o chefe do Executivo exaltou o trabalho realizado pelos profissionais para manter a população segura. Ibaneis Rocha: “Nessa profissão vocês vão ter contato direto com as pessoas, vão visitar as casas, as famílias, as empresas, sempre com o coração realmente aberto para cuidar de gente” | Fotos: Renato Alves/Agência Brasília “Estamos aqui, na data de hoje, nomeando vocês todos para essa missão, que é uma missão de pátria, uma missão de cuidar das pessoas – a mais importante da vida da gente. Nessa profissão vocês vão ter contato direto com as pessoas, vão visitar as casas, as famílias, as empresas, sempre com o coração realmente aberto para cuidar de gente”, defendeu o gestor. O governador lembrou que os recém-nomeados se somam aos mais de 7 mil servidores nomeados na Secretaria de Saúde (SES-DF) desde 2019. “A saúde é uma área extremamente difícil, requer muitos investimentos e os recursos são curtos. Por mais que a gente tenha aumentado os investimentos e contratado mais de 7 mil profissionais da área, ainda tem deficiências na nossa cidade que precisam ser vencidas e vão ser vencidas ao longo do tempo. A vantagem é que este governo tem a consciência de que precisamos melhorar e trabalhamos todos os dias para que isso aconteça”. “A nomeação será um reforço muito importante, principalmente, com o período de chuvas e a intensificação do trabalho de prevenção e combate à dengue” Celina Leão, vice-governadora A vice-governadora Celina Leão ressaltou que quem ganha com as nomeações é a população do DF. “Além de mais um compromisso cumprido pelo governador Ibaneis, a nomeação será um reforço muito importante, principalmente, com o período de chuvas e a intensificação do trabalho de prevenção e combate à dengue. Neste GDF, não poupamos esforços para levar constantes melhorias para a saúde da nossa população e contamos com cada um dos novos agentes para nos ajudar a cuidar e proteger a nossa população”, afirmou. Assistência ampliada Para tornar realidade a nomeação dos servidores, foi necessária uma alteração na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), enviada à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) e aprovada em 29 de outubro. No início de novembro, o governador sancionou o projeto de lei que permitiu esse reforço nas equipes de saúde. O impacto financeiro estimado até 2026 com as contratações é de mais de R$ 314 milhões. A secretária Lucilene Florêncio reforça que os novos agentes devem entrar em ação nas regiões com mais demanda de campo, como Oeste, Sudeste e Norte Segundo a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio, a expectativa é de que os Avas e os ACSs sejam distribuídos nas regiões de atuação conforme a demanda de cada área. “Estamos tendo bastante cuidado, bastante zelo em fazer toda essa distribuição desses agentes para que eles estejam nas regiões de saúde onde havia menos profissionais e, também, onde há uma maior demanda. Hoje, as regiões Oeste, Sudoeste e Norte registram as maiores demandas de campo”, explicou. A tão esperada nomeação foi muito comemorada pelos novos servidores. Entre eles, Luciano Franklin de Carvalho, 36 anos. “É um grande dia e simboliza a conquista de uma jornada; uma conquista não só para quem passou, mas para a comunidade, que vai ter um serviço de excelência”. “A vitória é para a comunidade, que vai ter um serviço de excelência”, diz Luciano Franklin, um dos nomeados A recém-nomeada Welida Borges Maraues, 37, fez questão de levar a mãe Cleonice Borges de Macedo, 72, para a nomeação. “A aprovação e a nomeação são resultados de muita dedicação. Passei um ano estudando dentro de casa, em bibliotecas, fazendo escolhas para poder estar aqui”, disse. “Nunca duvidamos da palavra do governador de que essa nomeação sairia; ele sempre foi um aliado nosso em entender nossa necessidade e a da população”. Prevenção Somada às nomeações dos 800 agentes, o GDF, por meio da Secretaria de Saúde do DF, tem intensificado as ações de controle vetorial, com a incorporação de novas tecnologias. No momento, equipes da pasta trabalham na implementação de estações disseminadoras de larvicida (EDLs) em locais de maior risco, bem como ações de borrifação residual intradomiciliar. O objetivo é maximizar as demais atividades rotineiramente implementadas, como a realização de levantamento de índices de infestação, monitoramento de armadilhas ovitrampas, visitas domiciliares para eliminação de focos de transmissão, orientações à população e tratamento de focos que não sejam passíveis de eliminação. Uma média de 5 mil imóveis é visitada diariamente, além de contar com a atividade de 25 carros fumacê, quando necessário. Recentemente, a pasta também anunciou a fase final de desenvolvimento do aplicativo e-Visit@ DF Endemias. Com a ferramenta, os Avas poderão reunir informações de maneira ágil sobre a doença. De acordo com a pasta, o teste-piloto será lançado em dezembro, seguido por um treinamento de profissionais da área. Números Considerando que as chuvas este ano se iniciaram na semana epidemiológica (SE) 41 (6/10/2024 a 12/10/2024), a SES informou que, entre a SE 44 e 47 de 2024 foram notificados 1.498 casos prováveis de dengue no Distrito Federal, no mesmo período em 2023 foram notificados 2.393 casos prováveis. Ressalta-se, no entanto, que esses dados são parciais e estão sujeitos a modificação, tendo sido atualizados na última segunda-feira (25). É importante ressaltar que a colaboração da população é imprescindível para o sucesso das estratégias de controle, pois sem o envolvimento ativo dos cidadãos na eliminação de focos, os esforços de controle podem ser insuficientes para interromper a cadeia de transmissão.
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Agentes comunitários de saúde e de vigilância ambiental são homenageados na Câmara Legislativa
Os agentes comunitários de saúde (ACSs) e agentes de vigilância ambiental em saúde (Avas) foram homenageados em sessão solene na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), nesta terça-feira (29). Durante o evento, foi exaltada a atuação dos profissionais na promoção do bem-estar, no fortalecimento de vínculos com a população e na prevenção de enfermidades. A coordenadora de Atenção Primária à Saúde da Secretaria de Saúde (SES-DF), Sandra França, destacou o papel dos agentes para o fortalecimento da rede, especialmente na criação de laços com a comunidade: “A atenção primária só existe por conta desse vínculo fundamental que os agentes realizam. ACSs e Avas, sintam-se orgulhosos.” A solenidade exaltou a importância do vínculo que os agentes criam junto às comunidades, aproximando saúde e população | Foto: Ualisson Noronha/ Agência Saúde-DF Reforçando o papel das carreiras, o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos, destacou que os agentes exercem uma função estratégica no cuidado da população e do meio ambiente. “Há muito trabalho nos bastidores. Zelar pela saúde das comunidades vai além do que se percebe. Os agentes são mais que agentes de cuidado, são agentes de escuta das pessoas”, avaliou. A presidente da Confederação Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias (Conacs), Ilda Angélica Correia, concordou: “Realizar visitas e orientar a população não é tão fácil como pode se imaginar. Isso porque, geralmente, há mudanças de hábito envolvidas.” Sobre as carreiras Os Avas atuam na prevenção de doenças, em ações de campo e visitas domiciliares e comunitárias. Eles integram programas de saúde ambiental, abordando fatores biológicos e não biológicos, além de fazer o controle de endemias, zoonoses e outras medidas alinhadas às diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). Já os ACSs desenvolvem papel fundamental dentro da equipe de Saúde da Família (eSF). Além de cadastrar usuários nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), eles realizam visitas domiciliares, busca ativa de pacientes, entrega de insumos e oferecem apoio a comunidades vulneráveis. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Agentes comunitários levam saúde para onde o paciente está
Por vezes, o atendimento à população exige ações de porta em porta, em especial para os pacientes em situação de vulnerabilidade. E é aí que se enquadra o trabalho dos 1.034 agentes comunitários de saúde (ACSs) da Secretaria de Saúde (SES-DF), que integram as equipes de Saúde da Família (eSF) nos serviços de atenção primária. A atuação dos profissionais compreende uma variedade de ações que vão desde o levantamento de informações sobre uma comunidade até o acompanhamento de perto das pessoas atendidas, do recém-nascido à terceira idade. A rede pública de saúde do DF conta com 1.034 agentes comunitários | Fotos: Jhonatan Cantarelle/ Agência Saúde-DF “O trabalho do ACS, em um primeiro momento, consiste em mapear o território de sua microárea, por meio do cadastramento das famílias que ali residem. Dentro desse cadastro, existem perguntas específicas sobre escolaridade, renda familiar, doenças, medicações controladas, gravidez e outros indicadores, como a falta ou não de saneamento, o consumo de álcool e drogas, a estrutura familiar”, descreve o agente comunitário Manoel Morais, da Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 de Candangolândia. “A Atenção Primária à Saúde é um espaço próximo da casa das pessoas e conta com equipes multiprofissionais, com servidores que conhecem esses pacientes e sabem a melhor forma de tratá-los” Sandro Rodrigues, diretor de Estratégia de Saúde da Família da SES-DF Morais explica que os dados colhidos são inseridos no e-SUS do Ministério da Saúde, responsável por gerar informações sociodemográficas em âmbito nacional. Após realizar o cadastro das famílias, os ACSs devem ainda assistir as demais demandas dos pacientes. “No caso de uma gestante, o pré-natal é acompanhado de perto, e marcamos consultas. Caso ela falte, nós fazemos uma busca ativa para saber se está tudo bem. Também cuidamos de hipertensos, diabéticos… Se houver um paciente acamado, fazemos visitas domiciliares com médico e enfermeiro, acompanhamos se o idoso está tomando as medicações, entre outras tarefas”, diz. Porta de entrada A Atenção Primária à Saúde (APS) é a porta de entrada preferencial do cidadão ao Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o diretor de Estratégia de Saúde da Família da SES-DF, Sandro Rodrigues, por volta de 85% dos problemas de saúde da população podem ser resolvidos pelas equipes da APS. Depois de cadastrar as famílias visitadas, os ACSs cuidam das demandas dos pacientes, acompanhando de perto a saúde da comunidade “A atenção primária à saúde é um espaço próximo da casa das pessoas e conta com equipes multiprofissionais, com servidores que conhecem esses pacientes e sabem a melhor forma de tratá-los. Então, para as ocorrências mais frequentes, do dia a dia, a população procura os serviços da APS em uma UBS de referência. Lá as pessoas são atendidas, avaliadas e podem até ser encaminhadas à atenção especializada, caso necessário”, explica Rodrigues. O agente comunitário também pode inserir o paciente em programas sociais do governo, como o Bolsa-Família, o programa Prato Cheio ou o Cartão Gás, conforme as circunstâncias em que o cidadão se enquadre O papel dos ACSs ultrapassa o campo da saúde, em especial quanto às populações vulneráveis. “Nós colhemos informações e debatemos com a equipe multidisciplinar, formada por profissionais como assistentes sociais, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e farmacêuticos, que podem acompanhar os ACSs para uma visita in loco”, relata Morais. “A partir das observações, buscamos alternativas como acionar outros órgãos, a exemplo do Cras [Centro de Referência de Assistência Social], do Conselho Tutelar e, dependendo do caso, do Caps [Centro de Atendimento Psicossocial]”, completa Morais, que atualmente está no oitavo semestre do curso de psicologia e espera ajudar sua UBS com mais essa especialidade no futuro. O agente comunitário também pode inserir o paciente em programas sociais do governo, como o Bolsa-Família, o Prato Cheio ou o Cartão Gás, conforme as circunstâncias em que o cidadão se enquadre. “Hoje, passados 13 anos, tenho orgulho em ser agente de saúde. Eu me sinto abraçado pela comunidade, reconhecido por todos, e isso me impulsiona a querer fazer melhor meu trabalho”, afirma Morais. Em 1978, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reafirmou a saúde como um direito humano fundamental, enfatizando desde então que a atenção primária é a chave para garantir esse direito às pessoas. Do ponto de vista acadêmico, tem grande influência a contribuição da pesquisadora Barbara Sterfield, da Universidade Johns Hopkins (EUA), que atribuiu à APS quatro características essenciais: primeiro contato do indivíduo com o sistema de saúde, longitudinalidade (garantia de uma fonte continuada de atenção, assim como sua utilização ao longo do tempo), integralidade da atenção (acesso a todos os serviços necessários) e coordenação da atenção dentro do sistema. *Com informações da Secretaria de Saúde
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