Arquivo Público do DF é o primeiro do país a integrar a Rede Nacional de Arquivos Audiovisuais
O Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF) recebeu, nesta terça-feira (28), representantes da Unesco e do Ministério da Cultura (MinC) para celebrar o Dia Mundial do Patrimônio Audiovisual, comemorado em 27 de outubro. Além da homenagem, o encontro marcou a adesão do ArPDF à Rede Nacional de Arquivos Audiovisuais, sendo o primeiro do país a integrar oficialmente a iniciativa. Durante celebração pelo Dia Mundial do Patrimônio Audiovisual, o ArPDF aderiu à Rede Nacional de Arquivos Audiovisuais | Fotos: Divulgação/ArPDF O coordenador do Setor de Comunicação e Informação da Unesco no Brasil, Adauto Soares, destacou que a data foi criada para reforçar a importância da preservação da memória por meio dos acervos audiovisuais. “O cinema e os acervos audiovisuais são suportes analógicos muito frágeis, que sofreram com a alternância de formatos ao longo dos anos, o que dificulta a preservação. O Programa Memória do Mundo busca justamente garantir que os países mantenham seus registros de memória em documentos, fotografias e acervos audiovisuais”, explicou. [LEIA_TAMBEM]A coordenadora-geral de Políticas para Preservação Audiovisual da Secretaria de Audiovisual (SAv), Jéssyca Paulino, ressaltou a relevância da articulação entre as instituições públicas: “Por muito tempo, os arquivos brasileiros atuaram de forma isolada. A rede vem para unir esforços, compartilhar saberes, técnicas e recursos humanos, fortalecendo a área de preservação audiovisual”. O superintendente do Arquivo Público, Adalberto Scigliano, comemorou a adesão e destacou o apoio de diferentes instituições: “Hoje é um dia de grandes celebrações. Preservar o acervo da história de Brasília só é possível graças ao reconhecimento de parceiros como a Unesco, a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), o Instituto Latinoamérica e, agora, o Ministério da Cultura”. Os convidados puderam conhecer o Projeto Filmográfico do ArPDF, que prevê a digitalização de mais de mil películas Preservação e reconhecimento Durante o evento, os convidados conheceram o Projeto Filmográfico do ArPDF, viabilizado pela FAPDF, que prevê a digitalização de mais de mil películas. Participaram também representantes da Cinemateca Brasileira, do Ministério da Cultura e da equipe técnica do Arquivo Público. O ArPDF é reconhecido pelo Comitê Regional para a América Latina e o Caribe do Programa Memória do Mundo da Unesco (MoWLAC) como uma das principais instituições de preservação de memória e história do país. Em 2007, o Fundo da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), que integra o acervo do Arquivo, foi inscrito como Patrimônio Documental pelo programa. Rede Nacional de Arquivos Audiovisuais Criada em 30 de junho de 2024, a Rede Nacional de Arquivos Audiovisuais faz parte do Programa de Preservação do Audiovisual Brasileiro, instituído pela Portaria MinC nº 221. O objetivo é promover a conservação de obras e acervos audiovisuais considerados patrimônios culturais, indicando instrumentos e diretrizes para a patrimonialização e a preservação desses bens. *Com informações do Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF)
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Arquivo Público do DF é o primeiro a aderir à Rede Nacional de Arquivos Audiovisuais do MinC
Em 27 de outubro é comemorado o Dia Mundial do Patrimônio Audiovisual. Para celebrar a data, nesta terça-feira (28), às 16h30, o Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF) fará a assinatura de adesão à Rede Nacional de Arquivos Audiovisuais do Ministério da Cultura (MinC). O órgão será o primeiro a assinar a aderir ao grupo. Durante o evento, os convidados irão conhecer o Projeto Filmográfico do ArPDF, viabilizado pelo Fundo de Amparo à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF). No total, são mais de mil películas que passarão pelo processo de avaliação para serem digitalizadas. O Arquivo Público se destaca como uma das principais instituições de preservação de memória e história do Brasil | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A Rede Nacional de Arquivos Audiovisuais, do Programa de Preservação do Audiovisual Brasileiro do MinC, foi criada em 30 de junho deste ano e oficializada pela Portaria MinC nº 221, publicada no Diário Oficial da União. O programa tem como finalidade promover a preservação de obras e acervos audiovisuais que possam ser reconhecidos como patrimônios. Ele indica instrumentos para assegurar a patrimonialização e a preservação de bens culturais audiovisuais, aplicáveis tanto às obras individuais quanto aos acervos sob responsabilidade das instituições gestoras ou promotoras da preservação. [LEIA_TAMBEM]Reconhecimento da Unesco O Arquivo Público se destaca como uma das principais instituições de preservação de memória e história do Brasil, com reconhecimento do Comitê Regional para a América Latina e o Caribe do Programa Memória do Mundo da Unesco (MoWLAC). Criado em 1992, o Programa Memória do Mundo visa identificar e preservar documentos e arquivos de valor histórico. Formado por fotos, textos, filmes, mapas e plantas arquitetônicas, o Fundo da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), do Arquivo Público do Distrito Federal, recebeu o reconhecimento de Patrimônio Documental concedido pelo MoWLAC em 2007. *Com informações do Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF)
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Dia do Arquivista é celebrado com programação especial durante três dias
Em comemoração ao Dia do Arquivista, celebrado, nesta segunda-feira (20), o Arquivo Público do Distrito Federal, a Faculdade de Ciência da Informação e o Arquivo Central da Universidade de Brasília realizam a 1ª Jornada Arquivística do Planalto, com uma programação especial de três dias de comemoração. No 1º dia de evento, o público contou com palestras e debates dos organizadores e convidados, no Espaço Israel Pinheiro, em Brasília. O superintendente do Arquivo Público, Adalberto Scigliano, abriu as falas, seguido do diretor do Arquivo Central da UnB, Marcus Vinícius Gonçalves; do professor Renato Tarcísio Barbosa de Souza; e do diretor da Faculdade de Ciência da Informação da UnB; Flávio Noronha, membro da ABrasci. Primeira Jornada Arquivística do Planalto tem programação especial de três dias de comemoração | Foto: Divulgação/ArPDF A mesa de debate contou a participação do professor Paulo Alencar, coordenador do Curso de Arquivologia; de Elcio Gomes, arquiteto da Câmara dos Deputados — autor do livro Os Palácios Originais de Brasília; de Paola Caliari Ferrari Martins, coordenadora do Centro de Documentação Edgar Graeff da Biblioteca Setorial FAU/UnB; de Vinícius Coêlho, coordenador de Arquivo Permanente ACE/UnB; e de Hélio Júnior, um dos arquivistas do Arquivo Público do DF. Dando continuidade à 1ª Jornada Arquivística do Planalto, nesta terça-feira (21) será exibido na Faculdade de Ciência da Informação da UnB, às 19h, uma sessão do Documentário Brasília 65 anos – Do Sonho ao Concreto: Heróis Anônimos. Filme dirigido por Walther Neto, lançado pelo ArPDF e Casa de Chá, na Praça dos Três Poderes, em junho deste ano. Como parte das comemorações e encerrando o evento, o filme será exibido, no Espaço Israel Pinheiro, às 19h, nesta quarta-feira (22/10). A entrada é gratuita e o evento é aberto ao público. *Com informações do Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF)
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SQS 106 recebe placas que destacam marcos históricos de Brasília e aproximam moradores da memória da capital
Há mais de seis décadas, quando Brasília ainda era poeira vermelha, concreto fresco e sonhos em construção, os primeiros moradores chegaram carregando esperança e coragem. Foram os pioneiros que deram vida aos prédios recém-erguidos, e é justamente essa memória que o Projeto Passos Pioneiros busca homenagear com a inauguração de cinco placas históricas na SQS 106, neste sábado (30), às 9h, próximo ao bloco D da quadra. “Essa região é onde Brasília começou a ser construída, onde os primeiros blocos residenciais foram construídos e os três primeiros blocos que tiveram pessoas habitando são esses aqui na SQS 106”, explica Giordano Bazzo, vice-prefeito da quadra, referindo-se aos blocos C, D e I. Cada placa instalada destaca um capítulo da história de Brasília | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília Os primeiros oito blocos foram projetados por Oscar Niemeyer em parceria com a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), sendo o único projeto de blocos residenciais do arquiteto em Brasília. Os três blocos restantes da quadra foram criados por Wagner Urubatan Neves, responsável por 11 blocos nas quadras 106 e 306 sul. Memória preservada Cada placa instalada destaca um capítulo da história de Brasília: os primeiros prédios entregues em 1959; a transformação do conjunto residencial IAPC na SQS 106; a inauguração do Centro de Ensino Fundamental 01, a quarta escola do Plano Piloto; curiosidades sobre o Cine Brasília, onde é sediado o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, o mais tradicional do país, e a entrequadra 106/107, tombados em 2007. Além de fatos marcantes da área comercial, como os primeiros semáforos e as tesourinhas construídas. A pesquisa dessas informações foi feita com o Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF). “Nós cedemos todas as fotos desde o início da quadra 106. Também o projeto de organização dos blocos e outros documentos” afirma Elias Manoel, historiador do Arquivo Público. Para ele, a importância de resgatar essa história é vincular o passado ao presente. “Aquilo que você não lê, você não retoma, você esquece. A história quando não é revisitada, é esquecida. Revisitar a história é olhar uma placa como essa”, complementa o historiador. Novos olhares Letícia Nunes tem 21 anos, nasceu em Brasília e mora no Guará com a família. Ela trabalha como operadora de caixa em um mercado da quadra e confessa que nunca tinha parado para perceber sua importância histórica. “Eu passo todo dia por aqui e não tinha ideia que era a quadra que iniciou tudo. Eu só passava por esse lugar sem ter ideia, como se fosse um lugar qualquer. Achei muito interessante essas placas que identificam. Agora, vou passar por aqui e sempre lembrar disso”, diz Letícia. Já o servidor público Fábio Lacerda mora na quadra 106 há 5 anos. Ele conta que, embora soubesse que a quadra existia há décadas, nunca tinha se dado conta da relevância histórica do local que mora. “Eu sabia que era uma quadra antiga, mas não sabia que tinha toda essa história. Recentemente, passando por aqui, vi essas placas e consegui conhecer um pouco mais e achei bastante interessante”, afirma Fábio. Letícia Nunes tem 21 anos: “Eu passo todo dia por aqui e não tinha ideia que era a quadra que iniciou tudo. Eu só passava por esse lugar sem ter ideia, como se fosse um lugar qualquer. Achei muito interessante essas placas que identificam. Agora, vou sempre lembrar disso”, diz Letícia Recuperação histórica Além da inauguração das placas, a quadra também recebe reformas. Servidores do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF) trabalham na manutenção do espaço e da infraestrutura local. “A instalação das placas e a recuperação da quadra aproxima os moradores e visitantes porque elementos históricos não estão em qualquer lugar por aí. E ao defrontar-se com uma placa dessa, aproxima a comunidade porque a comunidade se irmana com um diálogo histórico. Porque, se a gente não tiver lugares que se possa ler conteúdos de história, como é que você vai saber que aquele lugar é histórico?”, questiona o historiador do Arquivo Público.
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