Túnel Rei Pelé transforma e dá ordem ao Centro de Taguatinga
“Quem viu o Centro de Taguatinga no passado e quem vê como a região está hoje não acredita no que aconteceu aqui.” A frase do aposentado Valdecides Pereira Marques não esconde sua admiração diante de tantas mudanças. Aos 64 anos, 30 deles vividos nas proximidades da Praça do Relógio, o homem conta que o coração de uma das maiores cidades do Distrito Federal passou por uma transformação sem precedentes. O processo de transformação do Centro de Taguatinga é fruto de um estudo de impacto de vizinhança (EIV), análise que leva em consideração a influência da construção do Túnel Rei Pelé em um raio de 17,8 hectares | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília “Mudou tudo, né? As obras de infraestrutura deram mais mobilidade tanto para o pedestre quanto para o motorista. O trânsito está fluindo dez vezes melhor”, garante Valdecides. “Fora que, em termos de beleza, o centro está mais bonito, moderno. Parece outra cidade. A gente sabe que toda obra traz transtorno, tem aquele período difícil. Mas foi um desconforto que, no fim das contas, trouxe coisas boas, beneficiou toda a população.” O processo de transformação do Centro de Taguatinga, que tanto surpreende o aposentado, começou em julho de 2020, quando as obras do Túnel Rei Pelé saíram do papel. O complexo viário formado por uma passagem subterrânea, duas pistas marginais e um boulevard foi criado para substituir a antiga Avenida Central, famosa por exigir paciência e atenção dos motoristas que precisam atravessar a cidade. O secretário de Obras do Distrito Federal, Luciano Carvalho comenta: “Calçadas acessíveis, estacionamento organizado, recuperação de vias, paisagismo… As obras não acabaram. E vão continuar até que a área esteja totalmente recuperada” | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Histórico de caos Com um fluxo de aproximadamente 137 mil veículos por dia, a Avenida Central era caótica. Carros, caminhões e ônibus disputavam espaço com pedestres em oito faixas de rolamento, quatro seguindo em direção à Avenida Elmo Serejo e outras quatro rumando à Estrada Parque Taguatinga (EPTG). Motoristas que estavam de passagem para outras cidades se viam presos em um trânsito formado por aqueles que queriam acessar o comércio local. ?A falta de padronização dos estacionamentos da via também deixava o tráfego lento. Enquanto algumas vagas estavam dispostas às margens do comércio, outras ficavam no canteiro central da avenida, obrigando os pedestres a atravessarem as pistas. Os problemas eram tantos que restou ao Governo do Distrito Federal (GDF) uma única opção: construir um túnel na cidade, projeto que estava engavetado há mais de dez anos. Foram três anos de obra e R$ 275 milhões investidos até que o complexo viário ficasse pronto. Por debaixo da terra, o Túnel Rei Pelé oferece seis faixas de rolamento para carros e motos que estão de passagem, melhorando o deslocamento entre a Elmo Serejo e a EPTG. O comerciante Américo Alves da Silva está animado com as mudanças: “Estou neste ponto há 37 anos e posso dizer que a situação melhorou muito” | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Na superfície, conhecida como boulevard, pistas exclusivas do BRT agilizam a viagem de quem precisa chegar a outras cidades, como Ceilândia, Águas Claras e Plano Piloto. O complexo ainda é formado por duas pistas marginais que servem a carros e linhas de ônibus locais que atendem as áreas comercial e residencial do centro. Tudo novo de novo “Precisamos destruir o Centro de Taguatinga para construir o Túnel Rei Pelé, tamanha a grandiosidade do projeto”, comenta o secretário de Obras do Distrito Federal (SODF), Luciano Carvalho. “Ao refazê-lo, aproveitamos para resolver outros problemas da região. Calçadas acessíveis, estacionamento organizado, recuperação de vias, paisagismo… As obras não acabaram. E vão continuar até que a área esteja totalmente recuperada.” ?A requalificação urbana do Centro de Taguatinga é fruto de um estudo de impacto de vizinhança (EIV), análise que leva em consideração a influência da construção do Túnel Rei Pelé em um raio de 17,8 hectares. Chefe da Unidade Especial de Projetos de Edificações e Urbanismo (Uneurb) da SODF, Clebiana Silva explica que as ações mitigadoras ajudam a melhorar o acesso ao complexo viário. O complexo que compreende o Túnel Rei Pelé é formado por duas pistas marginais que servem a carros e linhas de ônibus locais que atendem as áreas comercial e residencial do Centro de Taguatinga | Foto: Anderson Parreira/Agência Brasília Os trabalhos de recuperação começaram a ser feitos nas marginais no Túnel Rei Pelé. “Já finalizamos a construção dos estacionamento, faltando apenas concluir a sinalização. Em termos de número de vagas, não houve perda – apenas organizamos e padronizamos tudo”, afirma a engenheira. “Também iniciamos a reconstrução das calçadas, todas com acessibilidade e seguinte um mesmo padrão.” Os novos passeios têm uma faixa livre com 2 m a 3 m de largura. Entre a pista e espaço destinado à circulação de pedestres, uma área de serviço de 70 cm, feita em bloquetes, alerta os deficientes visuais para os limites da calçada. “É nela que instalamos balizadores e sinalizações”, observa Clebiana. O acesso às lojas, com degraus e rampas, também está sendo feito pelo GDF. De um total de 17 mil m² de passeio, 7 mil m² já foram executados. De acordo com a engenheira, o próximo passo a ser dado é a contratação do projeto de paisagismo e de mobiliário urbano para o piso superior do Túnel Rei Pelé. “O boulevard ainda está árido, estamos atentos a isso. Vamos estudar o plantio de vegetações que ofereçam algum tipo de sombreamento, dentro das possibilidades”, ressalta Clebiana. “Também teremos lixeiras, paraciclos e bancos no local.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para além do túnel Terminada a requalificação urbana das marginais, as obras vão extrapolar o perímetro do complexo viário e atingir as ruas adjacentes ao Túnel Rei Pelé, como a Avenida das Palmeiras, e até a Praça do Relógio, que passará por uma grande reforma. ?Um montante de R$ 5,5 milhões vai custear as melhorias no ponto histórico mais icônico de Taguatinga, que vai ganhar piso novo e um número maior de rampas de acesso. A fonte e o espelho d’água da praça também passarão por reformas. Já os canteiros serão contornados por muretas com 45 cm de altura que poderão ser usadas como banco. Dono de uma lanchonete no Centro de Taguatinga, o comerciante Américo Alves da Silva, 74, está animado com as mudanças. “Estou neste ponto há 37 anos e posso dizer que a situação melhorou muito”, garante. “Não tem mais aquele amontoado de carro, o visual ficou mais limpo e as calçadas estão ficando muito boas. Ainda tem muito serviço pela frente, mas estou gostando do que tenho visto.”
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Reconstrução do asfalto da Elmo Serejo vai beneficiar 200 mil pessoas
O Governo do Distrito Federal (GDF) está reconstruindo o asfalto da Avenida Elmo Serejo e ampliando a rede de águas pluviais de Ceilândia. A extensão dos serviços de recapeamento na via de 3,5 km tem valor estimado de R$ 4,2 milhões de investimento do GDF. De acordo com o administrador da cidade, Dilson Rezende de Almeida, um terço de Ceilândia será beneficiado com as obras na região, uma estimativa de 200 mil pessoas, entre moradores, motoristas e pedestres. A troca do asfalto antigo pelo novo em uma das principais vias da cidade, que liga o Túnel Rei Pelé e o centro de Taguatinga à região do Pôr do Sol, também promove melhorias nos acessos a todas as quadras e ruas de Ceilândia Sul, Guariroba e P Sul. Arte: Agência Brasília “É uma via muito importante, de muito movimento, que estava com o asfalto bastante deteriorado. Então, por determinação do governador [Ibaneis Rocha], a Novacap e a administração fizeram o levantamento e foi contratada uma empresa, que está fazendo toda a troca do asfalto”, afirma o administrador. “Aqui não é tapa-buraco, é a troca da base até a capa, refazendo tudo. É um trabalho permanente e duradouro”, acrescenta Dilson. Obra na região do Instituto Federal de Brasília, campus Ceilândia da Universidade de Brasília (UnB) | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília De acordo com ele, a obra segue no ritmo previsto e está em estágios avançados na região do Instituto Federal de Brasília, campus Ceilândia da Universidade de Brasília (UnB) e Estação Centro Metropolitano. As equipes também fazem encabeçamentos, que são espécies de rampas com declividade que dá condições de um carro ou caminhão subir e atravessar para os acessos das vias que ainda não receberam intervenções. A aposentada Iondes Marçal Ferreira, 76 anos, mora em Ceilândia e passa pelo local quase todos os dias para chegar em casa. Para ela, a reforma vai trazer conforto e segurança aos condutores. “A importância [da obra] é muito grande, porque às vezes a gente passa de carro e está um buracão, que estraga o carro da gente. Arrumando assim vai ficar ótimo”, destaca. Wellington Marçal Ferreira: “Acho muito importante a atenção do governo aqui” O filho de Iondes, Wellington Marçal Ferreira, reforçou o benefício da nova via para que os veículos pesados consigam passar e manter a velocidade. Próximo dos 60 anos, o eletricista também pontuou sobre outras renovações feitas na região. “É importante para os ônibus e caminhões que passam, porque aqui não é BR, mas de manhã os ônibus já estão esquentando o asfalto. É ótimo contar, não só com essa obra, mas com as reformas que fizeram também nas nossas quadras, nossas ruas. Acho muito importante a atenção do governo aqui”, observa o morador. Uma nova calçada foi liberada para uso, com uma ciclofaixa que faz ligação com o campus Ceilândia da UnB e o Instituto Federal, dando acesso à Estação Ceilândia Sul do Metrô. A obra veio de uma emenda parlamentar do deputado distrital Gabriel Magno. Segundo o administrador regional de Ceilândia, a calçada proporciona acessibilidade de estudantes aos pontos de ônibus. “Antes era só terra e agora tem uma rota acessível para os alunos. É uma demanda da comunidade que foi atendida e eles estão muito satisfeitos”, relata Dilson. Chuvas Com o período das chuvas, as obras de asfalto vão ter que ser paralisadas. Mas, de acordo com o administrador, para o ano que vem já existe a previsão de implementar o mesmo trabalho de reconstrução de pavimento em outras grandes vias da região administrativa. “A Novacap está em fase de projeto para contratação, então os trabalhos não param por aqui e o recapeamento iniciará quando as chuvas pararem novamente”, aponta Dilson.
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Corredor exclusivo do Túnel Rei Pelé é liberado para ônibus
A partir das 9h de segunda-feira (2), os ônibus do transporte público coletivo do DF passarão a utilizar o corredor exclusivo e as vias marginais do Túnel Rei Pelé, em Taguatinga. O corredor exclusivo será liberado para os ônibus com portas dos dois lados, que permitem embarque e desembarque de passageiros no canteiro central do boulevard. Com a medida, trânsito ficará mais aliviado, beneficiando motoristas e passageiros | Foto: Divulgação/Semob [Olho texto=”Corredor exclusivo abrigará 97 ônibus com portas dos dois lados; pelas vias marginais, serão 279 coletivos” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Desde julho de 2020, os ônibus que transitam no sentido Plano Piloto fazem desvio pela Avenida das Palmeiras. São linhas que circulam pelas avenidas Elmo Serejo, Samdu Sul ou Comercial Norte em direção à EPTG e ao viaduto do Pistão. Com a conclusão das obras na Avenida Central, os veículos seguirão direto pelo corredor exclusivo ou pelas marginais, e não farão mais a passagem pela Avenida das Palmeiras. Fluidez São 97 veículos de 25 linhas de ônibus que terão acesso liberado ao corredor exclusivo. Pelas vias marginais circularão 279 coletivos de 73 linhas. Ao todo, a operação vai beneficiar passageiros de 376 coletivos de 98 linhas, que realizam 2.255 viagens diárias em dias úteis e 1.951 aos sábados e domingos. “A entrega dessa parte da obra do Corredor Oeste, que é a parte superior do túnel, contribuirá para a melhoria da qualidade do serviço de transporte, reduzindo o tempo de deslocamento do usuário”, afirma o secretário de Transporte e Mobilidade, Flávio Murilo Prates, lembrando que cerca de 52 mil passageiros circulam diariamente de transporte público no Centro de Taguatinga. As regiões que terão mais fluidez na circulação dos ônibus são Taguatinga, Ceilândia, Brazlândia, Pôr do Sol, Sol Nascente, Samambaia, Recanto das Emas, Riacho Fundo, Riacho Fundo II, Gama, Santa Maria, Águas Claras, Guará e Cidade Estrutural. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Corredor central A circulação pelo corredor exclusivo (pista central) será somente para as 25 linhas que operam com ônibus de portas dos dois lados, totalizando 97 veículos alocados que fazem 703 viagens diárias nos dias úteis e 630 nos finais de semana. “A obra recém-entregue possui melhores condições de trafegabilidade, melhor infraestrutura e mais paradas, o que permite maior nível de conforto ao usuário”, reforça o subsecretário de Operações da Secretaria de Transporte e Mobilidade, Márcio Antônio de Jesus. Via marginal Os ônibus tradicionais com porta de acesso apenas do lado direito vão acessar a via marginal, que passa em frente ao banco Bradesco. São 48 linhas de ligação e 25 linhas circulares que farão esse trajeto, totalizando 1.552 viagens diárias nos dias úteis e 1.321 aos sábados e domingos. Os coletivos que vão operar pelo corredor exclusivo e pelas vias marginais da região são das concessionárias Urbi, Marechal, São José, Piracicabana e Pioneira. Abrigos de ônibus Com a desativação do trânsito de coletivos pela Avenida das Palmeiras, duas paradas de ônibus localizadas entre a Comercial Norte e o Pistão Norte serão desativadas. Na Avenida Central, onde passarão veículos com porta do lado esquerdo, haverá uma parada entre a Samdu e a Comercial e outra entre a Comercial e o Pistão. Arte: Divulgação/Semob *Com informações da Semob
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Elmo Serejo terá trechos interditados para obras de manutenção
Nesta sexta-feira (15), o trecho da Avenida Elmo Serejo que liga a via P1 ao Pôr do Sol será liberado para o tráfego de veículos. No entanto, em razão da nova etapa das obras de manutenção realizadas naquela avenida, em Ceilândia, novos trechos serão interditados. As informações são da Administração Regional de Ceilândia, que acompanha cada etapa de realização das obras. As interdições acontecerão em três etapas distintas: Na primeira etapa, o trecho da Elmo Serejo que fica entre as vias N3 e P1, sentido P Sul, será totalmente fechado na altura do trevo para a Samambaia (DF-459), a partir da sexta-feira (15). Por isso, o acesso ao setor P Sul e ao Pôr do Sol será feito pela via N3, passando pela via paralela à Casa do Cantador e acessando a via P1. A segunda etapa, ainda sem data definida para iniciar, vai interditar uma faixa de rolamento, à direita da via, no trecho que vai da N3 até o viaduto do metrô, sentido Taguatinga. Neste trecho, que passa em frente à UnB de Ceilândia, a via Elmo Serejo estará com tráfego de veículos liberado em apenas uma faixa. Na terceira etapa, a interdição se dará em uma das faixas de rolamento da Elmo Serejo no trecho que vai da via Leste (entrada para o La Casa) até o viaduto do metrô, na via N2 (Guariroba), sentido P Sul e Pôr do Sol. O trânsito de veículos ficará restrito à faixa da esquerda. O Detran-DF recomenda aos condutores evitarem os trechos em obras e, caso seja necessário trafegar por lá, faça com atenção redobrada, observando a sinalização local e reduzindo a velocidade, a fim de evitar acidentes de trânsito. Arte: Divulgação/Detran-DF Arte: Divulgação/Detran-DF Arte: Divulgação/Detran-DF *Com informações do Detran-DF
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