Com investimento de R$ 4 milhões por ano, programa Bolsa Atleta do GDF apoia 263 competidores
Com investimento de cerca de R$ 4 milhões a cada ano, o Governo do Distrito Federal (GDF) apoia atualmente 263 esportistas por meio do programa Bolsa Atleta. A iniciativa, coordenada pela Secretaria de Esporte e Lazer (SEL-DF), oferece apoio financeiro para que atletas e paratletas de alto rendimento possam se dedicar ao treinamento e participar de competições oficiais em diferentes níveis. A soma exata do investimento anual é de R$ 3.994.035, sendo R$ 2.108.034,84 voltados às categorias olímpicas e R$ 1.983.312,96 às paralímpicas. Esses valores são reajustados a cada mês de janeiro pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Entre os contemplados pelo Bolsa Atleta está Ana Teresa Cavalcanti de Barros, 28 anos, jogadora de vôlei de praia e integrante da categoria nacional do programa. A atleta treina no Iate Clube de Brasília e utiliza o valor pago pelo GDF para custear a equipe multidisciplinar que a acompanha nas competições. “O benefício é fundamental para manter o trabalho. O esporte é a minha profissão e, com o apoio do Bolsa Atleta, consigo pagar profissionais como fisioterapeuta, nutricionista, psicóloga e preparador físico”, explica. O programa Bolsa Atleta investe cerca de R$ 4 milhões a cada ano no apoio de esportistas do Distrito Federal | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília Formada em engenharia ambiental pela Universidade de Brasília (UnB), Ana Teresa começou no vôlei de praia aos 16 anos e hoje se dedica integralmente à modalidade. Ela comenta que o incentivo é essencial para o surgimento de novos talentos. “O DF tem muitos atletas com potencial. Essas bolsas são importantes para que mais pessoas tenham condições de seguir competindo e representando a cidade”, afirma. Para ela, o incentivo público é primordial para o surgimento de novos talentos. O programa é uma das principais políticas públicas de incentivo à prática esportiva no Distrito Federal e contempla esportes como iatismo, atletismo, judô, natação, basquete, futebol, hipismo, tênis, ciclismo, ginástica, triatlo e voleibol, entre outros O treinador Léo Santos, há 20 anos dedicado ao vôlei de praia, trabalha com oito atletas profissionais no Iate Clube de Brasília, entre eles Ana Teresa e a dupla Gabriel Santiago e Felipe Alves, que disputam torneios internacionais. Para o profissional, programas como o Bolsa Atleta e o Compete Brasília são importantes para manter os esportistas em atividade. “A formação de um jogador de alto rendimento leva de cinco a oito anos, e o suporte financeiro ajuda a garantir continuidade nos treinos”, explica. “Também foi muito positivo o apoio do Iate Clube, que oferece estrutura completa para treinamento e logística, permitindo que atletas do Distrito Federal disputem competições nacionais e internacionais com respaldo adequado”, finaliza. Segundo o técnico, também é importante valorizar as equipes de base e os profissionais que atuam na identificação de novos atletas. “Seria interessante criar mecanismos de apoio para treinadores, especialmente os que trabalham nas regiões administrativas, onde estão muitos talentos em desenvolvimento”, acrescenta. O valor mensal de cada bolsa varia de acordo com a classificação dos esportistas e os níveis da modalidade, conforme a legislação vigente — são elas: estudantil, distrito e nacional. Os repasses podem chegar a R$ 6.400. Ana Teresa Cavalcanti de Barros, jogadora de vôlei de praia: "O esporte é a minha profissão e, com o apoio do Bolsa Atleta, consigo pagar profissionais como fisioterapeuta, nutricionista, psicóloga e preparador físico" Fomento ao esporte no Distrito Federal Para a governadora em exercício Celina Leão, o Bolsa Atleta é um pilar na política pública de fomento ao esporte do Distrito Federal. “Ao investirmos no potencial de nossos atletas, garantimos não apenas a realização de sonhos individuais, mas impulsionamos o alto rendimento, capacitando-os a representar a nossa cidade em competições nacionais e internacionais”, afirma. Celina destaca que a iniciativa transcende o esporte e promove uma cultura de saúde e bem-estar em toda a sociedade, fortalecendo o Distrito Federal como um polo esportivo de excelência e um vetor de desenvolvimento econômico. [LEIA_TAMBEM]Segundo o secretário de Esporte e Lazer, Renato Junqueira, o Bolsa Atleta garante que os atletas do DF possam se dedicar integralmente ao treinamento e representar Brasília e o Brasil com excelência. “Mais do que um apoio financeiro, é um investimento no sonho e no futuro de cada esportista”, afirma. Criado em 1999, o programa é uma das principais políticas públicas de incentivo à prática esportiva no Distrito Federal e contempla esportes como iatismo, atletismo, judô, natação, basquete, futebol, hipismo, tênis, ciclismo, ginástica, triatlo e voleibol, entre outros. No segmento paralímpico, o programa inclui atletismo, bocha, goalball, rúgbi, tênis de mesa, tiro com arco e voleibol sentado. Desde 2019, o GDF promoveu ajustes que modificaram a estrutura do benefício, entre eles a equiparação dos valores pagos a atletas olímpicos e paralímpicos. A medida reduziu a diferença existente entre as categorias e assegurou condições semelhantes de apoio. Além disso, a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou por unanimidade o Projeto de Lei (PL) 727/2023, proposto pela SEL-DF, que equipara a Bolsa Atleta Distrital Paralímpica à Bolsa Atleta Olímpica. O texto estabelece a igualdade nos valores das bolsas concedidas a atletas olímpicos e paratletas do Distrito Federal. Léo Santos, treinador: "A formação de um jogador de alto rendimento leva de cinco a oito anos, e o suporte financeiro ajuda a garantir continuidade nos treinos" Compete Brasília Outro programa do GDF voltado a atletas e paratletas de alto rendimento é o Compete Brasília, que fomenta a participação de esportistas do Distrito Federal em campeonatos nacionais e internacionais, por meio da concessão de transporte aéreo ou terrestre. A iniciativa é administrada pela Secretaria de Esporte e Lazer e complementa outras políticas públicas de fomento ao esporte de rendimento no DF. Podem participar do programa atletas e paratletas com residência fixa no Distrito Federal há pelo menos dois anos, desde que estejam federados e em plena atividade esportiva. O pedido de apoio deve ser encaminhado à secretaria com antecedência mínima de 40 dias para competições nacionais e 60 dias para internacionais, acompanhado de documentação comprobatória da competição, currículo validado pela federação e declaração de contrapartida a ser oferecida ao Distrito Federal. Com o suporte do Compete Brasília, esportistas locais conseguem representar o DF em eventos de grande porte, ampliando a visibilidade das modalidades e o intercâmbio com atletas de outras regiões. “O Distrito Federal é um dos poucos lugares do país que oferece esse tipo de auxílio. Em muitos casos, uma viagem custa mais de R$ 1 mil, o que inviabilizaria a participação de atletas sem patrocínio”, observa Ana Teresa.
Ler mais...
Atletas do COP de São Sebastião vão defender a seleção brasileira de goalball no Parapan do Chile
Os atletas paralímpicos Kauã Victor Mendes, 15 anos, Ícaro Dantas e Kemilly Vitória Costa, ambos de 17 anos, da equipe de goalball do Centro Olímpico e Paralímpico de São Sebastião, estão entre os 12 convocados pelo Brasil para os Jogos Parapan-Americanos de Jovens no Chile. Os jogos ocorrerão de 28 de outubro a 11 de novembro deste ano. Eles também participarão do Campeonato Brasileiro de Jovens em São Paulo, em 14 de outubro. Os três são estudantes da rede pública de ensino do Distrito Federal e recebem apoio do Programa Bolsa Atleta, além de contarem com o Programa Compete Brasília, para o custeio das viagens das competições. Para o secretário de Esporte e Lazer, Renato Junqueira, os programas de incentivo têm papel direto nessas conquistas. “O Bolsa Atleta e o Compete Brasília permitem que nossos jovens se dediquem integralmente ao esporte e alcem voos cada vez mais altos. O resultado está aí: atletas do DF na seleção brasileira representando o país no exterior.” “É um sonho realizado. Será a primeira vez que viajo para fora do país. Quero voltar com uma medalha e representar bem o Brasil”, disse Kauã, que conheceu o esporte ainda criança, ao acompanhar a mãe em treinos e torneios. Os três são estudantes da rede pública de ensino do Distrito Federal e recebem apoio do Programa Bolsa Atleta, além de contar com o Programa Compete Brasília, para o custeio das viagens das competições | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília O caminho do jovem atleta até a seleção foi marcado por histórias de superação. Ícaro perdeu a visão por complicações de glaucoma e enfrentou períodos de depressão. Encontrou no esporte não apenas motivação, mas uma nova perspectiva de vida.“Antes eu não tinha expectativas para o futuro. Hoje penso em seguir carreira como atleta de alto rendimento. Ser convocado já me torna um grande atleta”, afirmou. Kemilly, por sua vez, vive a segunda experiência com a seleção. “Representar o Brasil é gratificante. No início do ano cheguei a perder o foco, mas retomei os treinos e sei que estou no caminho certo. O esporte mudou minha vida”, disse. Centro Olímpico e Paralímpico de São Sebastião O trabalho desenvolvido no COP de São Sebastião é considerado referência no país. Desde 2014, a unidade já revelou mais de dez atletas que chegaram ao alto rendimento. Atualmente, 19 jovens com deficiência visual treinam a modalidade no local. “Primeiro buscamos qualidade de vida, inclusão e lazer. Mas o resultado desse trabalho também são talentos que chegam à seleção brasileira”, afirmou o coordenador do COP, Gabriel Goulart, que integra a comissão técnica da equipe nacional de base. A professora Carolyne Lima, treinadora dos convocados, reforça o caráter social do espaço: “O COP é gratuito, aberto à comunidade, e oferece estrutura para que meninos e meninas da rede pública se tornem atletas e mudem de vida”. Os Centros Olímpicos e Paralímpicos são mantidos pelo Governo do Distrito Federal em 12 regiões administrativas. O objetivo é oferecer acesso gratuito a atividades esportivas e de lazer, com prioridade para pessoas em situação de vulnerabilidade social e com deficiência. Kemilly vive a segunda experiência com a seleção: “Representar o Brasil é gratificante" Brasil no Parapan A sexta edição dos Jogos Parapan-Americanos de Jovens ocorrerá entre 31 de outubro e 9 de novembro em Santiago, no Chile, reunindo cerca de 1,5 mil atletas de 33 países em 13 modalidades. O Brasil terá 104 representantes, sendo 12 no goalball. Na última edição, em 2023, em Bogotá, a delegação brasileira conquistou 52 medalhas e terminou campeã geral.
Ler mais...
Com jovens talentos do DF, Jogos da Juventude desembarcam em Brasília na maior edição da história
O judoca Luiz Coelho, de 16 anos, é o atual campeão dos Jogos da Juventude, na categoria de 66kg. Depois da conquista em João Pessoa, na Paraíba, no ano passado, ele se prepara para voltar ao tatame e defender o título em casa. A capital federal sedia a competição nacional, entre os dias 10 e 25 de setembro. Luiz é um dos cerca de 5 mil jovens atletas de até 17 anos, de todas as regiões do país, que desembarcam no Distrito Federal em busca de medalhas nas 20 modalidades da maior edição na história do torneio. “Com oito anos meu pai me colocou no judô e com dez anos eu comecei a competir. Ano passado, eu fui campeão dos Jogos da Juventude e, esse ano, aqui em Brasília, eu pretendo ser campeão de novo. Eu treino de 6 a 7 horas por dia todos os dias e nos finais de semana faço o curso de faixa preta”, afirma o atleta, que hoje é faixa marrom. Para chegar ao topo, Luiz conta com o Bolsa Atleta, que ajuda a manter os treinos, a suplementação alimentar e os equipamentos. Ele também integra o Programa Compete Brasília, que oferece transporte aéreo e terrestre para competições fora do DF. Em março, Luiz foi pela primeira vez pra Europa participar de uma competição internacional, na Alemanha. Campeão em 2024, Luiz é um dos talentos do DF nos Jogos da Juventude Caixa Brasília 2025 e defenderá o título atuando em casa | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília Segundo o pai, Júlio César da Silva Coelho, o incentivo dos programas é essencial para possibilitar conquistas futuras. “Apoiar o atleta na base, igual ele está agora, na sua formação, é essencial porque é quando eles realmente precisam. O meu sonho é continuar apoiando ele, independente da medalha”, diz, orgulhoso. Competição histórica Os Jogos da Juventude Caixa Brasília 2025, competição organizada pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), com apoio da Secretaria de Esporte e Lazer do DF (SEL-DF), têm patrocínio de empresas viabilizado pela Lei de Incentivo ao Esporte. A delegação do Distrito Federal contará com 235 jovens competidores. Para o secretário de Esporte e Lazer, Renato Junqueira, é um orgulho mostrar que os programas do Governo do Distrito Federal, como o Compete Brasília e o Bolsa Atleta, têm sido fundamentais para transformar sonhos em realidade. “Esses investimentos garantem que jovens talentos possam competir em alto nível, com as condições necessárias para evoluir em suas carreiras esportivas. Cada atleta que participa é prova viva de que o esporte é uma ferramenta de inclusão, cidadania e transformação social”, afirma o secretário. Isabely Vasconcellos, de 15 anos, também participa dos programas Bolsa Atleta e Compete Brasília. A moradora de Planaltina treina junto com o Luiz, em Taguatinga. Ela começou no judô com sete anos de idade e, agora, pela segunda vez, vai disputar os Jogos da Juventude. “Eu comecei o judô em um projeto social. Hoje, a minha rotina de treino é bem puxada. Esse ano, eu conquistei o terceiro lugar no campeonato brasileiro. Agora nos Jogos da Juventude quero ser campeã. Meu sonho é continuar crescendo, me classificar para o Mundial e até chegar nas Olimpíadas”, acredita Isabely. Parceira de treino de Luiz e treinada por Phyllis Marques, Isabely também disputará os Jogos da Juventude Caixa Brasília 2025 Luiz e Isabely se inspiram na treinadora Phyllis Marques, que além de comandar a equipe de judô da academia de Taguatinga, também é tricampeã brasileira no campeonato de veteranos. “Eles veem que o esporte é para a vida toda. O que a gente ensina, o que a gente fala é para a vida toda. A gente compra os sonhos deles com eles. Isso é muito importante para o atleta. Ter não só a família, mas toda essa rede de apoio”, diz a treinadora. Do tatame para as piscinas Além do judô, os Jogos da Juventude reúnem jovens talentos de 20 modalidades esportivas. Outro destaque do Distrito Federal é a nadadora Maria Eduarda Borges da Nóbrega. Aos 15 anos, a atleta já tem uma rotina que poucos adolescentes encaram: treinos de natação diários, quase sempre em dois turnos, percorrendo cerca de 50 quilômetros por semana dentro da piscina. Além de sessões com psicólogo, fisioterapia e preparação física na academia. Esforço e comprometimento que dão resultado. No último mês, Duda, como é conhecida pelos amigos, conquistou o segundo lugar na prova de 4 km do Rei e Rainha do Mar, disputada no Lago Paranoá, com tempo de 57min34s. A atleta também é campeã brasileira nos 10 km em águas abertas e vice-campeã nos 5 km. Conquistas que foram possíveis graças ao programa do GDF Compete Brasília. No ano passado, Duda participou de toda a etapa de Águas Abertas com o benefício do programa e viajou para cidades como Palmas (TO), Fortaleza (CE), São Bernardo do Campo (SP), São Luís (MA), Salvador (BA) e Porto Alegre (RS). "Esses investimentos garantem que jovens talentos possam competir em alto nível, com as condições necessárias para evoluir em suas carreiras esportivas. Cada atleta que participa é prova viva de que o esporte é uma ferramenta de inclusão, cidadania e transformação social” Renato Junqueira, secretário de Esporte e Lazer Agora, a jovem atleta também se prepara para os Jogos da Juventude Caixa Brasília 2025, onde vai competir nas provas de piscina de 1500m, 800m e 400m livre e em águas abertas, no Lago Paranoá, nos 5 km e no revezamento. “Vai ser minha primeira oportunidade participando na federação. É muito gratificante estar aqui. Este ano, a gente está com foco no campeonato brasileiro de piscina. Eu tive ótimos resultados no último. Então, a gente quer dar uma forçada para ver se eu consigo pegar algum pódio”, conta a nadadora. Paixão que veio de casa Duda cresceu em um ambiente cercado pelo esporte. Filha de triatletas e irmã de um atleta profissional de triathlon, que hoje mora na Espanha, ela se acostumou desde cedo com a rotina de treinos. “Eu sempre tive a prática de escolinha, mas ano passado eu entrei no alto rendimento. O Waldemyr me deu uma chance e eu entrei pra equipe”, lembra a nadadora. Waldemyr Saldanha é o treinador de Duda. Há dois anos, ele veio de Curitiba para Brasília e logo percebeu o potencial da jovem nadadora. “Eu convidei ela para vir treinar no período da equipe principal, à tarde, e eu tenho certeza que foi um acerto. Ela é uma menina muito dedicada. O sucesso não está só no talento. Nesse curto período, ela tem mostrado que é uma menina com um futuro muito promissor”, afirma o treinador. Maria Eduarda é um dos grandes e promissores nomes do DF na competição nacional | Foto: Lucio Bernardo Jr./Agência Brasília Para Waldemyr, o Distrito Federal sempre revela atletas de ponta no cenário nacional, tanto na natação em piscina quanto em águas abertas. “Quando eu vim para Brasília o que mais me motivou foi a qualidade dos atletas que tem aqui no Distrito Federal”, destaca o treinador.
Ler mais...
Atletas do COP de Samambaia disputam no parabadminton com apoio do Compete Brasília
Raquete na mão, peteca no alto e olhos no pódio. Quatro atletas do Distrito Federal vão representar o Centro Olímpico e Paralímpico (COP) de Samambaia no Campeonato Brasileiro de Parabadminton, em Cuiabá (MT), entre os dias 24 e 28 deste mês. A viagem será viabilizada por este GDF, por meio do programa Compete Brasília, da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL-DF). O torneio é importante para a classificação nos Jogos Parapan-Americanos de 2027, no Peru. O COP de Samambaia será representado por quatro atletas do Distrito Federal no Campeonato Brasileiro de Parabadminton, em Cuiabá (MT) | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília Entre os talentos, está a atual líder do ranking brasileiro, Daniele Torres, 32 anos. A atleta de Samambaia, que esteve nas Paralimpíadas de Paris, no ano passado, coleciona vitórias em disputas nacionais e internacionais. Também vão participar os atletas David Guilherme Souza Lima, 15, e Maiara Almeida, 15, que já competiram outras vezes na modalidade, além de Maria Aparecida Honorato, 55, estreante nas quadras. Daniele começou no esporte aos 19 anos, por insistência da mãe. Na época, não imaginava que o parabadminton a levaria a tantos lugares, nem que mudaria sua forma de viver. “Costumo falar que o esporte é vida. Traz autonomia e novas perspectivas, principalmente para as pessoas com deficiência. Sou muito grata ao COP de Samambaia, é um lugar muito importante para a comunidade, para crianças e adolescentes que podem começar um sonho aqui e, consequentemente, ir mais longe por causa disso”, afirma. Moradora de Samambaia, Daniele Torres esteve nas Paralimpíadas de Paris, em 2024, e coleciona vitórias em disputas nacionais e internacionais A medalhista também se orgulha do avanço de Maria Aparecida, que começou a treinar há cerca de três anos. A aposentada ficou cadeirante na década de 1990, após um acidente de carro, e não tinha nenhuma experiência com a modalidade. “Ela é muito dedicada. Recentemente investiu em uma cadeira esportiva que é melhor para os torneios, e são essas experiências que nos ajudam a avançar, alcançar novos patamares”, avalia Daniele. Antes de entrar para o grupo de atletas, Maria Aparecida prestava apoio ao COP de Samambaia na parte social. Hoje, é uma das alunas mais promissoras e está pronta para conquistar a primeira medalha nacional. “A princípio, vim pela questão da saúde, buscar movimento para o corpo, a saúde mental e física que o esporte traz como um todo. Nunca imaginei que poderia competir, ainda mais com a minha idade. Estou me preparando para dar o meu melhor”, garante. Maria Aparecida Honorato começou a treinar há cerca de três anos e está pronta para conquistar a primeira medalha nacional Dedicação e disciplina Os treinos ocorrem às terças e quintas-feiras, das 15h40 às 17h50. Com a proximidade do campeonato, o foco são elementos estratégicos que podem garantir pontos aos brasilienses, como a parte de toque de cadeira, deslocamento em quadra, batidas na peteca, mobilidade de membros superiores e trabalho de força. [LEIA_TAMBEM]“Começamos com alongamento e mobilidade, com apoio de elásticos, e depois vem a parte de musculação e fortalecimento corporal. Os andantes treinam equilíbrio, enquanto os cadeirantes trabalham mais a força para mover a cadeira, por exemplo. Também temos o deslocamento em quadra, com movimentos de jogo, e as batidas de peteca, para ver o que pode melhorar e pensar em estratégias”, explica Adriano Cardoso, treinador da equipe e professor do COP de Samambaia. O parabadminton é disputado por dois atletas, que podem ter deficiência física, intelectual ou surdez, em uma quadra retangular. Uma disputa inclui três games de 21 pontos, em que o ganhador deve ter o maior saldo de acertos em dois games. Para pontuar, é necessário que a peteca toque o chão da quadra do adversário ou que ele cometa um erro, como jogar a peteca para fora da quadra. “O truque está na força do punho. Se for forte o suficiente, o adversário pode não conseguir pegar a peteca e você faz ponto”, explica o atleta David Guilherme. Praticante do parabadminton desde os 5 anos, ele é uma das promessas do COP de Samambaia. Já viajou para outros estados, como São Paulo e Paraná, e espera voltar de Cuiabá com a tão sonhada medalha de campeão. Desta vez, vai disputar a categoria adulto. “Vai ser um desafio a mais, porque sempre joguei na categoria sub-23, mas estou confiante”, garante. David Guilherme Souza Lima, que pratica parabadminton desde os 5 anos, é uma das promessas do COP de Samambaia Incentivo ao esporte Construído em 2009, o COP de Samambaia foi o primeiro espaço dedicado ao incentivo da prática desportiva do Distrito Federal. A unidade oferece aulas de basquete, desenvolvimento motor I e II, futebol de areia, futebol feminino, futevôlei, futsal, ginástica localizada, ginástica rítmica, handebol, jiu-jítsu, judô, karatê, natação e pilates, entre outras. Atualmente, existem 12 centros olímpicos e paralímpicos no Distrito Federal, localizados em Brazlândia, Estrutural, Gama, Recanto das Emas, Riacho Fundo, Samambaia, Santa Maria, São Sebastião, Sobradinho, Planaltina, além de duas unidades em Ceilândia — Parque da Vaquejada e Setor O. As inscrições são abertas no site da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL-DF) no início de cada semestre. Os interessados podem se inscrever online ou presencialmente no COP de preferência. Acesse aqui o endereço e telefone de cada equipamento.
Ler mais...