Creas divulga serviços para fortalecer rede de atendimento a pessoas trans
O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) da Diversidade promoveu, nesta terça-feira (30), um evento em alusão ao Dia da Visibilidade Trans, celebrado em 29 de janeiro. O encontro teve como objetivo apresentar os serviços públicos que são oferecidos a essa população, além de fortalecer a articulação da rede de atendimento para travestis, transexuais e transgêneros no Distrito Federal. [Olho texto=”“O Dia da Visibilidade Trans foi criado para isso, para dar visibilidade a uma população que sempre foi tão invisibilizada, que sofre violações de direitos. É um dia de celebrar, mas é também um dia de luta e de avaliação para planejar políticas públicas efetivas para atender e acolher essa população”” assinatura=”Ana Paula Marra, secretária de Desenvolvimento Social” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Foram convidados usuários da unidade e representantes dos órgãos e instituições que compõem essa rede. Cerca de 50 pessoas participaram do bate-papo. “É uma reativação de serviços de pessoas que trabalham com essa questão da diversidade. Nós estamos aqui há mais de dez anos como Creas da Diversidade e ainda hoje há pessoas que desconhecem o nosso serviço. Os usuários precisam ter conhecimento de toda a rede. Estamos falando de várias políticas públicas e organizações da sociedade civil. Esse trabalho de politização na unidade nós sempre fizemos para que as pessoas conheçam todos os serviços”, explicou a gerente substituta do Creas da Diversidade, Maria Alice Saad. Servidora pública e mulher trans Rubi Martins: “O papel do Creas, além do social, é de orientação, de empoderar as pessoas para que elas conheçam e lutem pelos seus direitos” | Foto: Cynthia Ribeiro/Sedes Quem fez questão de participar do encontro desta terça e compartilhar um pouco da sua experiência com os participantes foi a servidora pública Rubi Martins, 36 anos. “O fato de termos um Creas da Diversidade em Brasília é um privilégio em relação a outros estados que não têm essa importante política pública. O papel do Creas, além do social, é de orientação, é de empoderar as pessoas para que elas conheçam e lutem pelos seus direitos”, reiterou. Rubi é mulher trans e começou a ser atendida pelo Creas da Diversidade em 2015. Com o apoio da unidade, ela atuou na equipe de abordagem social no atendimento à população em situação de rua. Hoje, trabalha no governo federal e é estudante de serviço social. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Já fui usuária do Creas há muitos anos. O Creas me abriu portas para o mercado de trabalho, me ensinou a correr atrás dos meus objetivos. Então, eu sou a prova viva de que o Creas da Diversidade muda histórias, muda vidas. Foi um divisor de águas. O Creas da Diversidade me deu as ferramentas para que pudesse conquistar meu futuro e meu destino”, comemorou Rubi. Gerenciado pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF), o Creas da Diversidade foi criado para atender pessoas em situação de violência e discriminação por orientação sexual, identidade de gênero, raça, etnia ou religiosidade. A unidade fica localizada na 614/615 Sul e atende pelos telefones 3773-7498 e 3773-7499. “O Dia da Visibilidade Trans foi criado para isso, para dar visibilidade a uma população que sempre foi tão invisibilizada, que sofre violações de direitos. É um dia de celebrar, mas é também um dia de luta e de avaliação para planejar políticas públicas efetivas para atender e acolher essa população”, ressaltou a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. *Com informações da Sedes-DF
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Dia da Visibilidade Trans é celebrado neste sábado (29)
Este sábado, 29 de janeiro, é o Dia da Visibilidade Trans. A data marca os desafios que pessoas trans e travestis vivem cotidianamente, e o impacto que isso gera sobre a sua vida e a sua saúde. No Distrito Federal, a Secretaria de Saúde oferece serviços especializados para acolher as especificidades da população trans. O atendimento é realizado pelo Ambulatório de Assistência Especializada a Pessoas Travestis e Transexuais, o Ambulatório Trans. O Ambulatório Trans oferece atendimento com profissionais das áreas de psicologia, serviço social, enfermagem, fonoaudiologia, farmácia clínica e de especialidades médicas | Foto: Geovana Albuquerque/Arquivo Agência Saúde Localizado no Hospital Dia, na 508/509 Sul, o Ambulatório Trans oferta cuidado multiprofissional. “Disponibilizamos de equipe especializada para atenção integral em saúde, com foco no processo de transição de gênero e suas particularidades”, explica a psicóloga Tatiana Nardoni. [Olho texto=”“O tratamento é humanizado, tratam a gente pelo gênero de referência, a equipe é maravilhosa”” assinatura=”Rubi Martins dos Santos Correia, 34 anos” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A unidade conta com profissionais das áreas de psicologia, serviço social, enfermagem, fonoaudiologia, farmácia clínica e de especialidades médicas. O espaço atende pessoas que se identificam como travestis, mulheres transgênero, homens transgênero, pessoas transmasculinas, pessoas não binárias e de gênero dissidentes. Desde o início do funcionamento do serviço, em 2017, 545 pessoas deram entrada no local. Uma delas é Lucci Laporta, de 29 anos, que frequenta o ambulatório desde sua inauguração. “Acho que o ambulatório foi fundamental para eu ter uma transição saudável não só no sentido fisiológico, mas principalmente no quesito saúde mental, pois o começo da transição é uma fase muito difícil”, desabafa. Para Cássio Rivan Santos da Silva, de 25 anos, o apoio encontrado no grupo permitiu uma identificação e um reconhecimento de si mesmo. “Foi a porta de entrada para eu poder me entender melhor”, constata. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Já para Rubi Martins dos Santos Correia, 34 anos, atendida há 1 ano e 2 meses no ambulatório, o olhar integral é de suma importância na vida das pessoas trans. “O tratamento é humanizado, tratam a gente pelo gênero de referência, a equipe é maravilhosa”, avalia. Como acessar o ambulatório? Existem duas formas de acesso. Uma é por demanda espontânea, em que as pessoas interessadas devem encaminhar e-mail com os dados pessoais (nome, nome social, endereço, telefone, data de nascimento e número SES) para o e-mail ambtrans.sesdf@gmail.com. Atualmente, existe uma lista de espera para acesso ao serviço. A outra forma é por meio do encaminhamento de outros serviços da rede. O Ambulatório Trans atende pessoas a partir dos 18 anos de idade. Jovens de 12 a 18 anos incompletos são encaminhados ao Adolescentro. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Site reúne informações para público trans
Para promover a conscientização sobre a diversidade de gênero, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) lançou o site Cidadania Trans, o primeiro portal governamental voltado para a comunidade de Travestis, Transexuais e Transgêneros no Distrito Federal. A plataforma, que reúne políticas públicas da comunidade, foi divulgada nesta sexta-feira (29), em uma cerimônia no Salão Nobre do Palácio do Buriti, e marca o Dia da Visibilidade Trans no país. “Eu peço licença, porque eu sei que não tenho espaço de fala nessa causa trans, mas tenho responsabilidade e sensibilidade para ouvir as demandas da comunidade, e fazer políticas públicas de direitos humanos. Hoje, entregamos um site que representa mais visibilidade, respeito e cidadania para todos no Distrito Federal”, afirma a secretária Marcela Passamani. A partir de agora, quem acessar o site vai encontrar um guia prático, que reúne informações de políticas públicas sobre cidadania, saúde e direitos humanos, além de telefones para denúncias, informações de legislações, indicações de equipamentos públicos, explicações de termos e conceitos, espaço para solucionar dúvidas e orientações de retificação de prenome. “Eu acho que esse site é algo extremamente importante, porque é muito difícil a gente ter acesso a informações confiáveis das nossas próprias demandas, então ter um site governamental compilando essas informações, é algo que vai ajudar muitas pessoas trans”, diz a youtuber e militante da causa, Samanta Santos. Durante a cerimônia, a Sejus também anunciou a Lei 6.804/2021, de autoria do deputado distrital, Fábio Félix, que garante o respeito ao nome social em lápides e documentos de óbito. O texto foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), desta sexta-feira (29). Site foi lançado no Palácio do Buriti, nesta sexta-feira (29), Dia da Visibilidade Trans | Foto: Divulgação/Sejus “O Brasil é o País que mais mata travestis no mundo”, lembra o Deputado Distrital, Fábio Félix. “E hoje, nós estamos vivendo um dia histórico, porque estamos falando da garantia de direitos trans aqui no Palácio do Buriti”, destaca o parlamentar. Ainda de acordo com ele, a criação do site e a sanção da Lei dão força ao movimento. “Esse evento é muito importante para a conquista dos direitos”, avalia. Vale destacar ainda que, além do site, neste ano a Secretaria dedicou a semana para uma campanha on-line, com o objetivo de promover a conscientização sobre a diversidade de gênero, e também para aderir à luta contra a transfobia no Distrito Federal. Denúncias por LGBTfobia Em caso de agressão por motivação LGBTfóbica, a Sejus orienta a população que a denúncia seja feita de forma presencial na Decrin, no telefone 197 ou na delegacia eletrônica. Em casos de violação de direitos humanos, a vítima deve ligar para o telefone 162 ou acessar o site da Ouvidoria. Nome Social O Governo do Distrito Federal (GDF) sancionou, nesta sexta-feira (29), a lei distrital que assegura o reconhecimento do nome social de pessoas trans e travestis nas lápides de túmulos, jazigos e certidões de óbito. A iniciativa recebeu o nome de Vick Jugnet, uma jovem brasiliense que, apesar de ter adotado o nome Victória, teve a retificação negada em seu registro civil. Importância da data Em 29 de janeiro comemora-se no Brasil o Dia da Visibilidade Trans. A ideia surgiu em 2004, quando um grupo de ativistas trans participou, no Congresso Nacional, do lançamento da primeira campanha contra a transfobia, promovida pelo Departamento DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, com o objetivo de ressaltar a importância da diversidade de gênero. A data passou, então, a representar a luta cotidiana das pessoas trans pela garantia de direitos e pelo reconhecimento da sua identidade, principalmente as que se encontram em situação de vulnerabilidade. *Com informações da Sejus
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Repúblicas para público LGBT+ em situação vulnerável
Assistentes sociais, psicólogos, pedagogos e profissionais de abordagem social de rua e acolhimento institucional da secretaria fizeram uma reunião nesta quinta (28) para definir locais, formas de acesso e perfil dos moradores | Foto: Renato Raphael/Sedes O Governo do Distrito Federal (GDF) está em fase final de articulação para a implantação de três repúblicas voltadas para o público LGBT+. A previsão é que as unidades comecem a funcionar ainda neste primeiro trimestre. A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), em parceria com o Instituto Ipês, vai cuidar da gestão dos locais que devem abrigar até 20 pessoas. Assistentes sociais, psicólogos, pedagogos e profissionais de abordagem social de rua e acolhimento institucional da secretaria estiveram reunidos nesta quinta-feira (28) para definir os locais, as formas de acesso e o perfil dos moradores. Os endereços não podem ser divulgados por questão de segurança e para não estigmatizar a estrutura no território. Porém, a ideia é que fiquem nas proximidades de Restaurantes Comunitários. As repúblicas vão diferir das unidades de acolhimento pelo fato de darem mais autonomia a seus moradores. “Nosso objetivo é desinstitucionalizar essas pessoas”, enfatiza a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha. “Pode vir a ser um protótipo para ser empregado junto a outros públicos atendidos pela assistência social do DF”, completa. [Olho texto=”Com investimento de aproximadamente R$ 500 mil, fruto de emendas parlamentares, os locais serão referenciados pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) da Diversidade, na 914 Sul. Isso quer dizer que as pessoas seguem acompanhadas pela equipe dessa unidade, com suporte do Serviço Especializado de Abordagem de Rua, também da Sedes, em parceria com o Instituto Ipês” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”centro”] Com investimento de aproximadamente R$ 500 mil, fruto de emendas parlamentares, os locais serão referenciados pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) da Diversidade, na 914 Sul. Isso quer dizer que as pessoas seguem acompanhadas pela equipe dessa unidade, com suporte do Serviço Especializado de Abordagem de Rua, também da Sedes, em parceria com o Instituto Ipês. Quem quiser colaborar com itens para compor as casas, uma página na internet, a partir da próxima semana, vai descrever utensílios mínimos de mobiliário e de uso cotidiano a serem doados. O Instituto Ipês ficará responsável pelo recebimento dos donativos. A Sedes está ainda em processo final para a ampliação de 600 vagas de acolhimento, a serem divididas em casas com até, no máximo, 50 pessoas. Há a possibilidade de alguma dessas instituições priorizarem o público LGBT+. Dia da Visibilidade Trans Nesta sexta-feira (29), celebra-se o Dia da Visibilidade Trans. De acordo com Rubi Martins, coordenadora de equipe do Serviço Especializado em Abordagem Social de Rua, uma das causas mais recorrentes em 2020 constatadas pela equipe foi a transfobia familiar. “Muitas pessoas deixaram suas famílias, pois não tinham mais como contribuir financeiramente em casa devido aos problemas econômicos acarretados pela pandemia”, explica. A abordagem tem uma listagem de 101 pessoas LGBT+ ativa atualmente, ou seja, que teve algum tipo de atendimento nos últimos três meses. Desses, 84 pessoas são transexuais. Muitas recorreram ao Creas Diversidade, que computou cerca de mil atendimentos de março a dezembro. Por conta da pandemia, o serviço oferecido tradicionalmente no modelo presencial passou a ser feito via telefone, com espaço de escuta, identificação de demandas e solicitação de benefícios, provimentos de segurança alimentar, inserção em políticas de transferência de renda e encaminhamentos para demais políticas públicas. “Cidadãos que não nos procuravam, passaram a nos acionar, pois a pandemia atingiu diretamente as finanças de cada um”, conta a gerente do Creas Diversidade, Arina Cynthia dos Santos Costa. “Boa parte vivia de alguma renda vinda da rua e a necessidade do isolamento social afetou isso”, complementa. Após ato contra a transfobia no Congresso Nacional em 2004, a data passou a representar a luta cotidiana das pessoas trans pela garantia de direitos e pelo reconhecimento da sua identidade, principalmente as que se encontram em situação de vulnerabilidade. *Com informações da Sedes
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