Resultados da pesquisa

Distrito Federal

Thumbnail

Com crescimento recorde no turismo no primeiro semestre, DF se consolida como destino em alta

O Distrito Federal encerra o primeiro semestre de 2025 como destino turístico consolidado, com cada vez mais visitantes do Brasil e do exterior. Neste ano, Brasília foi eleita um dos 25 destinos globais mais procurados, segundo pesquisa da Airbnb, e entrou para o ranking global da InsureMyTrip como destino favorito para trabalhadores digitais. Neste ano, Brasília foi eleita um dos 25 destinos globais mais procurados, segundo pesquisa da Airbnb | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Para se ter uma ideia do aumento do número de visitantes no Distrito Federal, o movimento de turistas internacionais no Aeroporto Internacional de Brasília cresceu 39%. Em abril, o terminal atingiu volume recorde de passageiros, conforme dados divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Foram contabilizados 890.989.974 passageiros-quilômetros pagos (RPK), métrica utilizada na aviação para medir a demanda por transporte aéreo. O aumento no turismo reflete, também, a movimentação gerada por grandes eventos realizados na capital federal. O Aniversário de Brasília, por exemplo, reuniu cerca de 1 milhão de pessoas, a Via Sacra do Morro da Capelinha contou com 150 mil fiéis e o 33º Congresso Abes/Fitabes trouxe mais de 10 mil participantes. O presidente da Associação de Artesãos da Área Externa da Catedral Metropolitana de Brasília, Glauco Lopes, afirma que o período tem sido lucrativo A arquitetura, as atrações cívicas e as belezas naturais já não são as únicas atrações de Brasília.  A capital federal foi eleita pela segunda vez a cidade mais sustentável do Centro-Oeste, segundo o Ranking de Cidades Sustentáveis 2025, da plataforma Bright Cities. Segundo o secretário de Turismo do Distrito Federal, Cristiano Araújo, os bons resultados são fruto de uma gestão que aposta no potencial cultural, cívico e criativo da cidade. “Temos trabalhado com planejamento, inovação e diálogo com o setor para transformar experiências e fortalecer a imagem da capital como destino nacional e internacional”, revela. Para o secretário, o turismo em Brasília não é apenas uma atividade econômica.  “É, também, uma forma de conectar pessoas à história, à arte e à diversidade do nosso território," conclui. O técnico da assessoria da Secretaria de Turismo Bernardo Córdova estima que o número de visitantes cresceu exponencialmente na capital O presidente da Associação de Artesãos da Área Externa da Catedral Metropolitana de Brasília, Glauco Lopes, afirma que o período tem sido lucrativo. “Aumentou em 100% o turismo. Só temos a agradecer à Catedral Metropolitana, que tem parceria conosco, que nos deixa mostrar nosso artesanato e ao Governo de Brasília também. Somos muito gratos e esperamos que continuemos assim com o nosso turismo bem aquecido aqui no DF”, comemora. [LEIA_TAMBEM]Entre os investimentos do Governo do Distrito Federal (GDF)  estão os repasses para a manutenção da Catedral. Foram pagos R$ 957 mil de um total de quase R$ 3 milhões, que será repassado em quatro parcelas até abril de 2026. O recurso será utilizado no restauro e conservação de vitrais, esculturas, sinos, pinturas e mobiliário litúrgico, além de intervenções técnicas especializadas em conformidade com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O técnico da assessoria da Secretaria de Turismo Bernardo Córdova estima que o número de visitantes cresceu exponencialmente na capital. “Do meu ponto de vista pessoal, acho que os turistas aumentaram em uns 250%, pelo menos, porque o volume de atendimento dentro dos CATs [Centros de Atendimento ao Turista], já dobrou e está quase triplicando. Então a gente vê um aumento exponencial”, estima. Córdoba falou com a reportagem na Casa de Chá, espaço gastronômico na Praça dos Três Poderes, reaberto desde junho de 2024. O local já é um dos pontos mais visitados do Centro Histórico, e recebe mais de 14 mil visitantes por mês. O espaço funciona também como café-escola e Centro de Atendimento ao Turista (CAT).

Ler mais...

Thumbnail

Cerca de 300 estudantes fazem avaliação de proficiência em língua inglesa para o programa Pontes para o Mundo

Na manhã deste domingo (8), os irmãos gêmeos Tiago Felipe e José Pedro Lima Travassos, de 16 anos, chegaram à Faculdade Senac da 913 Sul com o mesmo objetivo: conquistar uma vaga no programa de intercâmbio Pontes para o Mundo, da Secretaria de Educação (SEEDF). A prova de proficiência em língua inglesa, etapa classificatória do programa, foi aplicada a cerca de 300 alunos aprovados na fase inicial da seleção, que vai levar 100 estudantes da rede pública ao Reino Unido por 17 semanas, entre setembro e dezembro. O resultado final da seleção dos alunos será divulgado no final deste mês. Avaliação foi aplicada no domingo (8) a cerca de 300 alunos aprovados na fase inicial da seleção, que levará 100 estudantes da rede pública ao Reino Unido | Fotos: Jotta Casttro/SEEDF Alunos do Centro Interescolar de Línguas (CIL) de Ceilândia, os gêmeos chegaram para fazer a prova de proficiência em língua inglesa acompanhados pelos pais, Maria Aparecida Lima e Elizabeto Travassos. Os irmãos contam que foi durante a pandemia da covid-19 que começaram a estudar inglês por conta própria. Agora, enxergam no programa uma oportunidade real de transformar os estudos em uma vivência internacional.  “Comecei a praticar inglês por volta de 2020, talvez até um pouco antes, de forma bem autodidata. Aprendi muito assistindo filmes, jogando e conversando com estrangeiros pela internet. Eles falavam inglês comigo, eu respondia, e assim fui pegando o jeito”, conta Tiago Felipe.  O irmão José Pedro Lima estava confiante na avaliação. “Acho que a prova vai ser relativamente fácil, nível A1 ou B1, então deve ser tranquilo. Vai ser de boa mesmo”, brincou o estudante. Animado com a possibilidade de sair do país pela primeira vez, ele já tem em mente o que pretende fazer assim que desembarcar. “Estudar e aprender uma cultura completamente diferente da minha vai ser incrível. Mas a primeira coisa que eu vou fazer chegando lá, se eu passar, será comprar coisas, com certeza. Quero levar lembranças para casa. Roupas também, sem dúvida”, diz João Pedro.  Expectativa em família A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, com os irmãos Tiago Felipe e José Pedro, de 16 anos, e os pais, Maria Aparecida Lima e Elizabeto Travassos Ver os filhos crescerem e conquistarem o mundo é o sonho de muitos pais. Para Maria Aparecida Lima, dona de casa, e Elizabeto Travassos, esse momento chegou mais cedo do que imaginavam. Com os dois filhos perto de fazer a primeira viagem internacional, o casal vive uma mistura de alegria, ansiedade e orgulho. “A gente nunca ficou longe deles. Eles são muito inteligentes, sempre foram. Um deles se formou no CIL com apenas 15 anos, o aluno mais novo da unidade a se graduar”, conta Maria Aparecida. “Eles sempre tiveram muita facilidade com idiomas, aprenderam inglês e até francês sozinhos, em casa, durante a pandemia, sem curso nem professor.” Para o pai, Elizabeto, além da saudade, há também a missão de manter a família firme. “O coração fica apertado, claro. Além de sentir falta deles, eu ainda tenho que acalmar a mãe. Mas a gente sabe que eles estão conquistando algo que ninguém tira, que é o conhecimento. Nós trabalhamos a vida inteira por isso, para que eles tenham asas e possam voar. É o futuro deles”, concluiu.  Seleção A avaliação realizada no domingo é uma das etapas decisivas do processo seletivo do programa. A prova foi aplicada nos turnos matutino e vespertino, nos campi do Senac (913 Sul) e do Instituto Federal de Brasília (IFB), no Riacho Fundo, com a proposta de avaliar quatro competências linguísticas - escuta, fala, leitura e escrita, com base no Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas (QECR), considerando níveis de proficiência entre A1 e B2. A prova avalia a competência linguística dos estudantes; selecionados vão participar de intercâmbio no Reino Unido A iniciativa é voltada para estudantes do ensino médio e da educação profissional da rede pública do DF. Os alunos selecionados deverão se dedicar integralmente aos estudos em instituições estrangeiras, com a obrigação de aprovação nas disciplinas cursadas. Para garantir a tranquilidade dos jovens durante a experiência no exterior, o Governo do Distrito Federal (GDF) oferece uma ajuda de custo mensal e ações de acolhimento e cuidado com a saúde emocional. Segundo a SEEDF, a proposta é mais do que ensinar inglês: é construir pontes para o mundo por meio da educação pública de qualidade. “Ao implantar o programa, a Educação dá um passo ousado e necessário rumo a uma escola pública mais inclusiva, moderna e conectada com o mundo. Estamos investindo na formação integral dos nossos jovens e reafirmando que acreditamos no potencial de cada um deles. Este é um compromisso com o presente e, sobretudo, com o futuro da nossa educação”, afirmou a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, que acompanhou a avaliação dos alunos. O secretário-executivo da Educação, Isaías Aparecido, também acompanhou a aplicação das provas e destacou a importância da iniciativa para a rede pública: “Hoje é um dia muito importante para os nossos estudantes da rede pública de ensino. Eles estão participando da prova de proficiência em língua inglesa como parte do programa Pontes para o Mundo, uma iniciativa do Governo do Distrito Federal que representa um marco no avanço da educação pública no Distrito Federal”. Novos horizontes [LEIA_TAMBEM]Para a subsecretária de Educação Básica, Iêdes Braga, o programa representa mais do que uma oportunidade educacional, mas uma estratégia de transformação que prepara os estudantes da rede pública para os desafios de um mundo cada vez mais globalizado e competitivo. “Este programa vai muito além do aprendizado de um novo idioma. Ele abre portas para o conhecimento, amplia horizontes e cria oportunidades reais de crescimento pessoal, acadêmico e profissional. Dominar a língua inglesa é, hoje, uma habilidade essencial para quem deseja acessar melhores oportunidades no mercado de trabalho, participar de intercâmbios e acompanhar os avanços da ciência e da tecnologia”, afirma Iêdes Braga. À frente da coordenação do programa Pontes para o Mundo, David Nogueira destaca que esta fase é decisiva para garantir que os estudantes estejam preparados para a experiência internacional. Ele também aponta os desafios logísticos, pedagógicos e emocionais envolvidos em levar os alunos para uma imersão no exterior, sem deixar de lado a continuidade dos estudos e o acompanhamento individual. “Esta etapa avalia a competência linguística dos estudantes, já que eles passarão meses no Reino Unido. Além da seleção, nossos maiores desafios envolvem preparar as escolas, engajar as famílias, garantir apoio à saúde física e mental dos estudantes e escolher parceiros no exterior que ofereçam acolhimento e segurança. É uma responsabilidade enorme, mas os benefícios para os jovens e para a educação pública fazem tudo valer a pena.” *Com informações da SEEDF  

Ler mais...

Thumbnail

Atletismo paralímpico do DF treina no Parque Ibirapuera

No segundo dia em São Paulo, a equipe paralímpica de atletismo do Distrito Federal realizou um treino especial no Parque Ibirapuera, um dos cartões-postais da cidade, como preparação final para as Paralimpíadas Escolares 2024 que terão início nesta quarta-feira (27). Composta por 22 estudantes de 11 a 17 anos, a turma competirá nas modalidades de corrida, arremesso e salto. A equipe paralímpica de atletismo do DF realizou um treino especial no Parque Ibirapuera, em SP, como preparação final para as Paralimpíadas Escolares 2024 | Fotos: Fernanda Feitoza/SEEDF Entre os atletas, destacam-se os gêmeos Cristopher e Joseth Jesus Alves, de 17 anos, veteranos nos jogos e medalhistas em edições anteriores. Os irmãos, que possuem deficiência visual, são estudantes do Centro de Ensino Médio (CEM) 02 de Brazlândia e treinam desde 2023. Segundo Cristopher, o apoio da família e das treinadoras foi crucial em sua trajetória. “Nossa família nos apoia muito, mas quem mais nos ajuda são nossas treinadoras. Quando não tínhamos nada, elas nos deram calçados e lutaram por novos equipamentos para melhorar nossos treinos no Centro Olímpico”, destacou.   “O contato com as competições transforma o olhar deles sobre o esporte, gerando empoderamento e crescimento pessoal” Lucimar Neves, técnica da equipe paralímpica de atletismo do DF Joseth mencionou sua fonte de inspiração, a irmã mais velha, também atleta e medalhista. “Minha irmã foi atleta e ganhou várias medalhas. Foi por isso que decidi seguir o mesmo caminho”, comentou.  A técnica e professora da Escola Classe (EC) 104 de São Sebastião, Lucimar Neves, que acompanha a equipe paralímpica do DF desde 2017, destacou a importância dos investimentos no esporte paralímpico dentro das escolas. “A base está no treinamento escolar, nos centros olímpicos e regionais. A partir daí, eles participam de seletivas e conquistam vagas em competições nacionais. O contato com as competições transforma o olhar deles sobre o esporte, gerando empoderamento e crescimento pessoal”, explicou. Os gêmeos Cristopher e Joseth Jesus Alves, estudantes do Centro de Ensino Médio (CEM) 02 de Brazlândia, são veteranos nos jogos e medalhistas em edições anteriores Preparação Na noite de segunda (25), os organizadores da delegação distribuíram camisetas e squeezes personalizados do evento para os atletas, auxiliando na identificação durante treinos e competições.  As Paralimpíadas Escolares 2024 são o maior evento esportivo do mundo para crianças e jovens com deficiência. Idealizado e realizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), o evento deste ano reúne mais de 2 mil atletas, de 11 a 17 anos, representando os 26 estados e o Distrito Federal em 13 modalidades esportivas. A cerimônia de abertura dos jogos será nesta terça (26), às 17h30, no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, localizado no Parque Fontes do Ipiranga, na zona sul de São Paulo. *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal

Ler mais...

Thumbnail

Empreendedorismo feminino ganha força no DF com programas e rede de capacitação

Nesta terça-feira (19) é comemorado o Dia Internacional do Empreendedorismo Feminino, criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2014, para incentivar mulheres a gerenciarem suas próprias empresas. O Governo do Distrito Federal (GDF) tem promovido cursos de capacitação profissional e redes de apoio voltadas a empresárias de diferentes áreas, como uma forma de reconhecer a importância de ampliar as oportunidades econômicas e fortalecer pequenos negócios na capital. Entre as empreendedoras incentivadas pelos programas do GDF está a nail designer Emilly Geovana Silva Carvalho, de 19 anos. Ela fez dois cursos na Casa da Mulher Brasileira de Ceilândia em junho deste ano, onde começou com a capacitação em manicure e pedicure para depois aprender o alongamento de unhas. Atualmente, ela trabalha na própria residência e atende a domicílio, mas sonha em abrir seu salão de beleza. Ao falar de sua trajetória, a manicure reconhece a importância dos cursos de capacitação ofertados pela Secretaria da Mulher. O Governo do Distrito Federal (GDF) tem promovido cursos de capacitação profissional e redes de apoio voltadas a empresárias de diferentes áreas | Foto: Vinicius de Melo/SMDF “Estão ajudando várias mulheres, porque nem todas têm condição de ir atrás de um emprego fora, às vezes têm filhos e não podem sair, então é uma oportunidade de poder trabalhar em casa. Me ajudou e incentivou muito, porque a área do empreendedorismo e da estética não é fácil para um iniciante, mas a certificação dá mais confiança. São oportunidades boas e desistir não é uma opção”, incentivou a jovem. Emilly conheceu os cursos pela mãe, que já utilizava os serviços na Casa da Mulher Brasileira. Com interesse em fazer unha e criar sua independência financeira, ela não apenas obteve a formação como também tomou gosto pelo trabalho. Uma de suas clientes mais antigas, a babá Odileusa Barros Sousa, 45, confirma: “Continuo com ela porque adorei o trabalho dela. Trabalha com dedicação, a gente percebe que ela gosta do que faz”, assegura. Odileusa também mora em Ceilândia e reconhece a força do empreendedorismo feminino. “No início, quando a Emily fez o curso, percebi o quanto ela ficou motivada e como essas iniciativas ajudam as pessoas”. Entre as empreendedoras incentivadas pelos programas do GDF está a nail designer Emilly Geovana Silva Carvalho, de 19 anos; ela fez dois cursos na Casa da Mulher Brasileira de Ceilândia | Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília Mais iniciativas A artesã Márcia Dutra é outra empreendedora que conta com o apoio de programas do GDF. Ela integra o Banco de Talentos da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus). “Minha participação se dá em feiras de artesanato organizadas pela Sejus em espaços pouco acessíveis a nós, artesãs, porque são espaços muito caros”, explicou. “Eu trabalho com crochê há 25 anos e sempre foi uma forma de expressão para mim. Durante um período da minha vida, foi o que me salvou, pois tive uma depressão profunda e o crochê era a única coisa que me motivava a sair da cama todos os dias. Nos últimos cinco anos, meu negócio deixou de ser renda extra e passou a ser minha principal fonte de renda. Então é muito importante na vida da minha família”, acrescentou. “Quando as mulheres alcançam sua independência financeira, as chances de elas romperem com ciclos de violência são muito maiores, já que tantas vezes são perpetuados por elas não terem como arcar com o seu sustento e de seus filhos. Ao incentivarmos o empreendedorismo feminino, nós propiciamos que elas encontram as ferramentas necessárias para transformarem as suas vidas e de suas famílias, contribuindo para que tenham uma vida digna e com respeito, o que reflete positivamente em toda a sociedade”, afirma a vice-governadora Celina Leão. Para a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, conceder essa autonomia financeira é justamente o intuito da iniciativa. “O Banco de Talentos estimula a economia solidária e proporciona qualificação às mulheres em situação vulnerável e vítimas de violência. A proatividade, a resiliência e a capacidade criativa das mulheres contribuem para a autonomia financeira e novas oportunidades.” E a rede de apoio não se restringe aos programas dedicados ao empreendedorismo. Acolhidas por outras iniciativas, mulheres vítimas de violência também encontram força nessas ações para recomeçar a vida e abrir o próprio negócio. “Eu passei pela agressão quando estava bem mais nova, meu pai tentou agredir eu e minha mãe. Nisso, teve a ocorrência e a equipe da Sejus entrou em contato com a gente e tivemos todo o acompanhamento. A cada dia, fui criando mais força e sabendo o meu valor. Com o passar do tempo, abri a minha própria esmalteria e está a coisa mais linda. Depois de tudo o que eu passei, vi o que eu poderia ser e o valor que eu tenho. O atendimento das meninas foi maravilhoso e me ajudou a me recuperar do trauma. Hoje, meu negócio é primordial na minha vida, tive uma mudança linda na minha vida depois da minha esmalteria”, contou uma participante do programa Direito Delas. Crescimento feminino Segundo o Sebrae, em 2023, as empreendedoras, em grande maioria, se concentraram no setor de serviço, com destaque para as áreas de beleza e estética, bem-estar, moda e alimentação. As mulheres correspondem a mais de 10 milhões no mercado, sendo a maioria nas classes C, D e E. De todos os empreendedores do país, 34% são mulheres. O estudo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), do IBGE, aponta que o número de mulheres empregadoras cresceu 30% entre os anos de 2021 e 2022. Entretanto, mesmo com esse aumento, a maioria das donas de negócios (87%) continua atuando sozinha em seus empreendimentos. A secretária da Mulher, Giselle Ferreira, ressaltou que além de contribuir para o crescimento da economia e para a criação de empregos, o empreendedorismo feminino transforma também as relações sociais. “É uma ferramenta poderosa para transformar vidas e promover autonomia. Quando oferecemos oportunidades para que as mulheres conquistem sua independência financeira, estamos dando a elas os recursos para sair de situações de vulnerabilidade e romper o ciclo da violência. Por meio do fortalecimento econômico, cada mulher pode construir uma trajetória de liberdade e segurança para si e para sua família”, declarou. Conheça programas ofertados pelo GDF ⇒ Rede Sou + Mulher: uma articulação de organizações públicas e privadas, que atuam no Distrito Federal e implementam ações voltadas ao combate à violência contra as mulheres, promoção da igualdade entre mulheres e homens, o empreendedorismo feminino e a autonomia econômica das mulheres. ⇒ Mão na massa: uma parceria entre a Secretaria da Mulher (SMDF)e o Instituto BRB, por meio da Rede Sou + Mulher proporciona às mulheres partícipes dos cursos, o desenvolvimento das habilidades socioemocionais, bem como a aquisição de competências específicas por meio de qualificação nas áreas de gastronomia, artesanato, moda beleza/estética e outras, possibilitando a oportunidade de empregabilidade e/ou geração de renda. Em 2023 foram qualificadas 83 mulheres. ⇒ Mulheres Mil: está inserido no plano “Brasil Sem Miséria” e integra um conjunto de ações que consolidam as políticas públicas e diretrizes governamentais de inclusão educacional, social e produtiva de mulheres em situação de vulnerabilidade. ⇒ Espaços Empreende Mais Mulher: um equipamento público instalado na Agência Trabalhador, em Taguatinga e na Casa da Mulher Brasileira de Ceilândia, destinado ao atendimento de mulheres em situação de vulnerabilidade social e de violência. Foi idealizado com o objetivo de ampliar as oportunidades de geração de renda e inserção no mercado de trabalho, por meio do estímulo à ação empreendedora e o desenvolvimento profissional de mulheres no DF como forma de transformação social e de empoderamento feminino. ⇒ Programa Realize : idealizado pela Secretaria da Mulher, tem como objetivo o desenvolvimento de competências comportamentais (soft Skills), para o trabalho e o empreendedorismo, como forma de potencializar o alcance da autonomia econômica para mulheres. ⇒ Vitrine Colaborativa: leva apoio às mulheres na exposição dos seus produtos em feiras e espaços públicos abertos, como o Anexo do Buriti, a Administração do Plano Piloto, a Feira da Torre, a Expotchê e a Feira Nacional do Artesanato. Cerca de 66 mulheres expuseram seus produtos nesses espaços em 2023. ⇒ Acordos de cooperação técnica: garantem vagas para as mulheres vítimas de violência em contratos terceirizados. Já estão formalizados junto ao Superior Tribunal de Justiça, Câmara Legislativa do Distrito Federal, Senado Federal, Ministério da Gestão e Inovação, Conselho Nacional do Ministério Público, Procuradoria Geral da República, Ministério Público do DF e Territórios e também na Procuradoria-Geral do Trabalho.

Ler mais...

Ordenar

Ordenar

Faceta do tipo

Tipo

Filtro personalizado

Faceta da marca

Marcador