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Esta é a Nossa História

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Viaduto de Sobradinho resolve problema histórico de congestionamento e compõe obras do futuro BRT Norte

Inaugurado em julho de 2023, o Complexo Viário Padre Jonas Vettoraci mudou a realidade de quem mora na região Norte do Distrito Federal. Com investimentos superiores a R$ 33,2 milhões, o viaduto de 1,2 km saiu do papel e foi erguido por este Governo do Distrito Federal (GDF) às margens da BR-020 para solucionar problemas históricos de congestionamentos e, futuramente, integrar o sistema BRT Norte. Hoje, quem transita pela região percebe não apenas a fluidez do tráfego, mas também a melhoria na qualidade de vida. O administrador James Martins da Silva, de 62 anos, foi um dos moradores que celebraram a entrega. A chegada do viaduto melhorou a qualidade de vida dele, que agora tem mais tempo livre com a família e também a da população que lidava com o trânsito intenso na BR-020. “Meu percurso, que antes levava meia hora, agora é feito em cinco ou seis minutos. Isso muda tudo, traz qualidade de vida e mais tempo com a família”, afirma. James Martins da Silva aponta a melhoria na qualidade de vida e no comércio local trazida pelo viaduto | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília Morador de Sobradinho há mais de cinco décadas, James viu a cidade crescer e evoluir. “Quando cheguei aqui, tudo era muito precário. Aos poucos, o comércio melhorou e os condomínios colaboraram para valorizar a região”, conta. “[O viaduto] Era um pedido antigo da população. Chegamos a duvidar que aconteceria, mas fomos ouvidos e essa demanda se realizou. Hoje, é uma benção”, complementa. Para o advogado Daniel Giachini, 41 anos, o impacto também foi significativo. Ele mora na região há 14 anos e lembra que o fluxo de veículos era bastante intenso antes da obra: “Eu levava uma hora e vinte minutos para chegar ao trabalho. Hoje, são no máximo 30 minutos. Se a gente tem mais tempo para estar com quem ama, isso significa que o viaduto teve uma importância muito grande na vida das pessoas”. Daniel Giachini: “Se a gente tem mais tempo para estar com quem ama, isso significa que o viaduto teve uma importância muito grande na vida das pessoas” O Complexo Viário Padre Jonas Vettoraci — nome que homenageia um importante líder religioso, ex-deputado distrital e administrador regional de Sobradinho na década de 1980 — contou com investimento superior a R$ 33,2 milhões. Executada pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER), a obra incluiu serviços de terraplenagem, pavimentação, drenagem e a construção de uma passagem para pedestres. Durante a execução, foram gerados 400 empregos diretos e indiretos. Os dois viadutos que integram o complexo viário contam com uma terceira faixa nos dois sentidos que, futuramente, será utilizada como passagem exclusiva para BRT – evitando a necessidade de alargamento. “Essa obra entregue faz parte do funcionamento do BRT Norte, que será licitado ainda neste ano. Com mais essa opção de transporte público, o fluxo de trânsito vai ficar ainda melhor na região”, esclarece o superintendente de Obras do DER, Cristiano Cavalcante. Saída Norte O viaduto de Sobradinho vem para somar a outras entregas feitas na Saída Norte. Este GDF também inaugurou o Complexo Viário Governador Roriz, composto por 23 viadutos e quatro pontes. O complexo beneficia mais de 100 mil motoristas diariamente e representa uma redução de mais de 55% no volume de trânsito. Já o projeto da terceira faixa de rolamento entre Sobradinho e Planaltina está em execução. O investimento de R$ 24,8 milhões vai garantir a ampliação da via em um trecho de 5,7 quilômetros, beneficiando os 80 mil motoristas que vêm tanto da região Norte do Distrito Federal quanto de municípios vizinhos, como Formosa (GO) e Planaltina de Goiás (GO). “É um marco. Essas iniciativas mostram que nossa cidade tem recebido a atenção que merece”, conclui James Martins da Silva.

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Primeira escola do Itapoã Parque leva conforto e educação de qualidade para cerca de 800 crianças

Inaugurada no Itapoã Parque em 28 de fevereiro de 2023, a Escola Classe 502 (EC 502) facilitou o acesso de cerca de 800 crianças à educação de qualidade. Construída por este Governo do Distrito Federal (GDF) com investimento de R$ 9,4 milhões, a unidade rompeu um ciclo de mais de uma década sem a entrega de nenhuma escola na região administrativa. Com isso, os pequenos moradores do conjunto habitacional podem estudar perto de casa em uma estrutura moderna e bem equipada. Desde fevereiro de 2023, a Escola Classe 502 oferece educação de qualidade a  800 crianças do do Itapoã Parque | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília “Essa escola foi uma bênção na vida de todos aqui. Foi uma conquista muito grande porque nem o asfalto é tão importante quanto a educação”, celebra a autônoma Sandra Barbosa, 38 anos. Ela é mãe do Bernardo, 9, estudante da EC 502, e mudou com a família para o conjunto habitacional em 2023, antes da entrega da unidade. “Para mim, isso aqui foi um presente, porque quando cheguei ainda estava construindo e não tinha data para abrir. Quando abriu, a sensação foi de felicidade mesmo.” A ausência de uma escola na região era a maior preocupação de Sandra, que chegou a matricular o filho em uma unidade do Paranoá. Para chegar a tempo das aulas, ela e filho precisariam sair com 1h de antecedência indo de ônibus ou gastar com transporte por aplicativo. O cenário, no entanto, não chegou a ser concretizado graças à entrega da EC 502. “Nas vezes em que fui, demorei uns 35, 40 minutos para chegar lá. Aqui não são nem cinco minutos e meu filho já está na escola, é muito perto”, revela. A rotina escolar de Bernardo é uma mistura entre aprendizado e diversão. “Primeiro, a gente toma café. Depois, tem as atividades e o recreio. Eu brinco bastante. Depois, estuda mais um pouquinho e chega a hora do almoço”, conta. “A sala de aula é bem legal, bem confortável, e as brincadeiras são bem divertidas. Gosto muito dessa escola, da diretora Paula, de todos os professores e das matérias”. Mãe da primeira estudante matriculada na escola, a servidora pública Tatiane Alexandre Dias, 38, também destaca a praticidade que é dispor de uma unidade de ensino próxima de casa. “Dá para vir a pé, então a gente vem andando, conversando, e isso melhorou bastante a nossa qualidade de vida. Quando ela estava no jardim de infância, tínhamos que levá-la de ônibus ou de carro. Agora, não temos essa necessidade”, afirma. Tatiane elogia a estrutura moderna do espaço e a dedicação do corpo docente. “Também me formei em escola pública e essa daqui, sem dúvida, é muito bonita. Os professores são comprometidos e a direção também, e isso cria em nós, que somos pais, uma vontade de participar, de estar presente na escola, o que é nossa responsabilidade”, observa. “A Malu recebeu uma base de ensino muito boa na escola anterior, com professores muito comprometidos, e sinto que aqui ela está se desenvolvendo ainda mais”. A estudante Maria Luiza Alexandre, 9, conta que o conhecimento adquirido na EC 502 “explode” seus neurônios. “Eu aprendo muito nas aulas. A minha cabeça fica assim ó”, mostra ela, mexendo a cabeça. A matéria preferida da pequena é ciências: “Adoro aprender sobre os planetas. Gosto de estudar, de brincar com meus amigos. E estou bem mais esperta, todo mundo me ensina bastante coisa”. A rotina de Bernardo Barbosa na EC 502 equilibra aprendizado e diversão: “A sala de aula é bem legal, bem confortável, e as brincadeiras são bem divertidas” | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília Ambiente inclusivo A EC 502 oferece turmas de educação infantil para crianças de 4 anos e do 1º ao 5º anos do ensino fundamental, abrangendo estudantes de 5 a 11 anos. Os alunos são beneficiados com duas refeições por turno, sendo café da manhã e almoço no matutino, e almoço e lanche no vespertino. Em 2024, a escola atendeu 759 alunos e, para este ano, a previsão é receber cerca de 800 crianças. Do total, 40 estudantes possuem algum tipo de deficiência. Para atendê-los de forma inclusiva, propiciando a atenção e dedicação necessária, as turmas são reduzidas. A instituição fica na Quadra 502 do ltapoã Parque e dispõe de 5.654 m² de área construída. São 17 salas de aula, acessibilidade, ginásio poliesportivo, área de convivência, parquinho com piso emborrachado e teatro de arena, entre outros espaços úteis para estudantes e professores. “Sempre digo que temos a escola mais bonita do DF e o Itapoã Parque está muito feliz com isso; temos acessibilidade, quadra de esporte coberta, salas de aulas totalmente arejadas. E a escola só tem a crescer, porque a comunidade está junto com a gente e o GDF”, salienta a diretora da instituição, Paula Augusto da Silva, que está à frente da gestão desde o início. “As crianças saem daqui super felizes, alimentadas e com o melhor da escola pública, que é o ensino de qualidade.” Fã das aulas de ciências, a estudante Maria Luiza Alexandre conta que já aprendeu muita coisa na EC 502: “Estou bem mais esperta, todo mundo me ensina bastante coisa” | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília A estrutura moderna também impacta nos resultados da sala de aula. “Uma sala ampla, bem ventilada e iluminada, facilita o aprendizado. A criança não fica com calor, não fica estressada”, conta a professora Ingred de Paiva Liberino. Ela foi nomeada em julho de 2024 para atuar na unidade e também reside no Itapoã Parque. “Trabalhar perto de casa é uma bênção e em um bairro organizado é melhor ainda. Demoro quatro minutos no máximo para chegar aqui”, revela. Para seguir com o desenvolvimento da comunidade e ampliar o número de equipamentos públicos disponíveis, está em construção a Escola Classe 401 e, em março de 2024, este GDF entregou a EC 203. Erguida com aporte de R$ 10.588.209, o espaço tem capacidade para atender até 1.200 estudantes da educação infantil e do 1º ao 5º anos do ensino fundamental. O Itapoã faz parte da Coordenação Regional de Ensino do Paranoá, e as duas cidades, juntas, somam 37 escolas e 28 mil alunos.

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Unidades de pronto atendimento agilizam socorro à população e ampliam acesso a serviços de saúde

O atendimento ágil e preciso da unidade de pronto atendimento (UPA) do Gama foi essencial para que o comerciante João Idelfoncio do Amorim, 66 anos, sobrevivesse a um infarto. “Quando cheguei, já tinha infartado havia três dias. Achava que eram dores normais. Aqui, foi tudo muito rápido”, revela ele, que hoje tem três pontes de safena e não ficou com sequelas. “Moro no Novo Gama. Cheguei aqui em 20 minutos e pouco depois já estava sendo atendido, passando pelos exames e depois pelo tratamento. Salvaram a minha vida, agradeço por terem construído uma coisa tão boa para nós”. A construção das novas UPAs, como a do Gama, cumpriu determinação do governador Ibaneis Rocha para desafogar os prontos-socorros e os ambulatórios dos hospitais da rede pública da capital | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília A UPA do Gama foi uma das sete unidades inauguradas pelo Governo do Distrito Federal (GDF) desde 2021. Os equipamentos foram construídos em pontos estratégicos de Brazlândia, Ceilândia, Gama, Paranoá, Planaltina, Riacho Fundo II e Vicente Pires. R$ 139 milhões Investimento na construção de sete novas UPAs O empenho deste GDF mais do que dobrou o número de espaços disponíveis – antes havia apenas seis estabelecimentos – fortalecendo o acesso da população a serviços de saúde. Todas oferecem atendimento 24 horas com estrutura com aparelho de raio-X, eletrocardiograma, laboratório de exames e leitos de observação. A construção das novas UPAs cumpriu determinação do governador Ibaneis Rocha para desafogar os prontos-socorros e os ambulatórios dos hospitais da rede pública da capital federal, com investimento de mais de R$ 50,3 milhões em obras, mobiliário hospitalar e maquinários. A atenção à saúde dos cidadãos é um dos temas destacados na série de reportagens Esta é a Nossa História. Os depoimentos coletados pela Agência Brasília mostram como os projetos executados por este governo melhoraram a vida de pessoas e comunidades inteiras nos últimos anos. “Salvaram a minha vida, agradeço por terem construído uma coisa tão boa para nós”, destacou João Idelfoncio Além de João Idelfoncio, outro exemplo da eficácia do pronto atendimento oferecido pelas UPAs é o empresário Lúcio Eduardo Carvalho, 43. “Tive um infarto no dia 1º de novembro de 2024. Cheguei aqui com quadro bem grave, sentindo muitas dores. Mas como a UPA do Gama tem um protocolo para atendimentos cardíacos, tudo foi muito rápido e logo eu estava sendo medicado. Isso salvou a minha vida”, conta. Todos os exames necessários para o diagnóstico do infarto, bem como a medicação e internação relacionada à doença, foram disponibilizados pela unidade. “A UPA fica em um local de fácil acesso e a poucos minutos da minha casa. Depois que cheguei, em 40 minutos eu já estava medicado. A rapidez foi muito importante”, disse. Este foi o segundo atendimento de Lúcio no espaço. Na primeira vez, o desconforto era renal. “Sempre que preciso, sou bem-atendido. Esse investimento melhorou muito a qualidade de vida da população”. “Cheguei aqui com quadro bem grave, sentindo muitas dores. Mas como a UPA do Gama tem um protocolo para atendimentos cardíacos, tudo foi muito rápido e logo eu estava sendo medicado”, afirma Lúcio Eduardo Carvalho Segundo o coordenador de enfermagem da unidade, Otávio Maia dos Santos, são promovidos cerca de 5 mil atendimentos por mês. “Temos uma equipe multiprofissional, composta por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionistas, assistentes sociais, fisioterapeutas, oferecendo um cuidado amplo ao paciente”, afirma. “Essa UPA faz a diferença não só para o Gama, mas também para Santa Maria e para a população da Ride, que são os municípios ao redor do DF que procuram atendimento aqui”. Para ampliar ainda mais a cobertura de saúde, este GDF construirá mais sete novas UPAs, estrategicamente em Água Quente, Arapoanga, Guará, Sol Nascente/ Pôr do Sol, Estrutural, Taguatinga Sul e Águas Claras. Nenhuma dessas regiões dispõem dos equipamentos atualmente. A medida atende a crescente demanda por serviços de saúde em cidades com grande densidade populacional e mobiliza investimento de R$ 139 milhões. O aviso de licitação para a execução das obras foi publicado no Diário Oficial do DF (DODF) em agosto do ano passado. Quando procurar Enquanto os hospitais realizam atendimento de alta complexidade e as unidades básicas de saúde (UBSs) são voltadas à atenção primária, as UPAs são definidas como estabelecimentos de saúde de nível secundário, ou seja, atendem os casos de emergência e urgência. Os equipamentos estão ligados ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192), com funcionamento 24 horas, todos os dias da semana. Cada uma é equipada com salas verde, amarela e vermelha, conforme quadro clínico dos pacientes, sala de classificação de risco e consultórios. Os cidadãos devem procurar a UPA em caso de parada cardiorrespiratória, dor no peito – dor cardíaca, falta de ar – dificuldade para respirar, convulsão, vômitos ou diarreias que não param, vômitos com sangue, dor abdominal de moderada a grave, dor de cabeça intensa, rigidez na nuca, queda súbita de pressão, elevação de pressão arterial a partir de 160×100 mmHg, dor aguda, alergia severa (coceira e vermelhidão intensa pelo corpo), envenenamento e tentativa de suicídio, entre outros motivos. Acesse aqui o endereço e telefone para contato de cada unidade.

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GDF investe em oportunidades de emprego para pessoas com deficiência

Cuidar da população é assistir e prestar serviços em todas as áreas. Mais do que isso, um governo deve promover oportunidades independentemente do público. No Distrito Federal, as pessoas com deficiência (PcDs) têm apoio do Governo do Distrito Federal em áreas essenciais, da mobilidade ao emprego e também no esporte. A Agência Brasília apresenta, a seguir, alguns relatos que fazem parte da série de reportagens Esta é a Nossa História, com o objetivo de levar o cidadão a conhecer como os projetos do governo mudaram a realidade das pessoas nestes últimos seis anos. O programa DF Acessível ajuda Deise Maria da Silva a levar o filho Enzo a compromissos semanais: “Os motoristas são muito educados. As vans chegam sempre com uma hora de antecedência e, quando há algum imprevisto, sempre nos avisam” | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília No campo da mobilidade, o programa DF Acessível representa segurança, conforto e economia para cerca de 2 mil pessoas com mobilidade reduzida severa. Lançada em 2021, a iniciativa fornece transporte gratuito na modalidade “porta a porta” para pacientes inscritos no Cadastro da Pessoa com Deficiência (CadPcD) e acompanhantes a consultas, terapias e outros serviços de saúde, sejam públicos ou particulares. R$ 18 milhões Investimento em três anos para a ampliação do programa DF Acessível Uma dessas duas mil pessoas é a estudante Deise Maria da Silva, 30 anos. Moradora de Planaltina, ela utiliza o programa há cerca de um ano para levar o filho Enzo Emanuel, 8, a compromissos semanais. O menino está em estado vegetativo persistente e requer cuidados especializados. “Ele é tractomizado e precisa do meu apoio constante”, pontua a mãe. Antes, os deslocamentos até as consultas eram feitos por conta própria e comprometiam o orçamento da dona de casa. Semanalmente, o gasto com combustível chegava a R$ 350 e prejudicava o pagamento de outras contas da família. Agora, basta selecionar a data e o horário da consulta previamente e pronto: transporte garantido. “Esse benefício é muito importante, principalmente para as mães. O custo para levar meu filho para todos os lugares era muito alto”, conta Deise. Sobre o atendimento, ela tem apenas elogios: “Os motoristas são muito educados. As vans chegam sempre com uma 1h de antecedência e, quando há algum imprevisto, sempre nos avisam.” O DF Acessível passa por todas as regiões administrativas e, atualmente, conta com 35 vans, que levam de dois a quatro pacientes por vez. “Moro no Núcleo Rural Pipiripau II, em Planaltina, e, sempre que faço o agendamento, eles vão até lá para me buscar. A estrada de chão não é obstáculo”, conta a dona de casa Ana Lídia Gonçalves, 40, mãe do pequeno Levi, 10, que é autista, e de Gael, 5, cadeirante. A distância da residência da família até o Plano Piloto é de cerca de 40 km. Em média, ela usa o programa seis vezes por mês para consultas do Gael com fisioterapeuta, neuropediatra e neurocirurgião, entre outras especialidades. “Não preciso mais vir dirigindo e acabo economizando uns R$ 400, com certeza”, conta Ana Lídia. “Esse serviço facilitou muito a minha vida. Eles nos pegam no horário certinho, normalmente não tem atraso, e nos levam em segurança”. Ampliação A dona de casa Ana Lídia Gonçalves usa o DF Acessível seis vezes por mês para consultas médicas de Gael: “Não preciso mais vir dirigindo e acabo economizando uns R$ 400, com certeza” Neste ano, o serviço atenderá também a população com doença renal crônica (DRC) que necessita de terapia renal substitutiva (TRS), levando os pacientes para a realização de hemodiálise no Complexo Regulador em Saúde ou em redes conveniadas. O DF Acessível – TCB Hemodiálise será operado pela TCB em colaboração com a Secretaria de Saúde. Em três anos, a ampliação do programa receberá um investimento de R$ 18 milhões. A expectativa é que mais de 350 pessoas sejam atendidas já neste ano. “É um serviço gratuito importantíssimo para garantir a cidadania dessas pessoas com deficiência. Nosso objetivo é expandir a quantidade de vans disponíveis para que mais pessoas tenham acesso a serviços essenciais para a saúde e qualidade de vida delas”, declara o secretário da Pessoa com Deficiência, Flávio Pereira dos Santos. Para solicitar uma viagem, a pessoa com deficiência deve estar com o cadastro aprovado no Cadastro da Pessoa com Deficiência (CadPcD) e, então, realizar o agendamento por meio do site Agenda DF. Mais informações estão disponíveis no site da TCB e da Secretaria da Pessoa com Deficiência. Emprego e dignidade Diagnosticada desde os 14 anos com visão monocular, Danielce Soares é uma das 130 pessoas beneficiadas pela cooperação entre a Secretaria da Pessoa com Deficiência (SEPD) e empresas do DF O GDF também se faz presente no campo do emprego. Para a assistente administrativa Danielce Maria Soares Alves, 40, a palavra oportunidade traduz a mudança de trajetória de vida ao adentrar no mercado de trabalho por meio do programa Cadastro de Empregabilidade. “Passei muitos anos me especializando na minha área para me destacar; e, se não fosse a chance de mostrar meu trabalho, se não acreditassem em mim, eu não teria conseguido”, admite. Danielce é uma das 130 pessoas beneficiadas pela cooperação entre a Secretaria da Pessoa com Deficiência (SEPD) e empresas do DF. De acordo com dados do setor de empregabilidade da SEPD, de fevereiro de 2024 até janeiro deste ano são 59 parceiras com vagas disponíveis. A parceria com as empresas foi firmada por meio de um Acordo de Cooperação Técnica com o Ministério Público do Trabalho, que exige que as empresas que não cumprem a Lei de Cotas reservem um percentual de vagas para o segmento de PcDs. “Possibilitamos que as pessoas com deficiência conquistem espaços, estejam em lugares de decisão e ocupem profissões necessárias dentro da sociedade. É uma forma de viabilizar que as qualificações das pessoas com deficiência sejam utilizadas e promover representatividade dentro dessas grandes empresas” Flávio Pereira dos Santos, secretário da Pessoa com Deficiência Diagnosticada desde os 14 anos com visão monocular, Danielce Maria Soares Alves, 40, enfrentou dificuldades até conseguir a vaga que almejava. “Por ser PcD, os gestores e as pessoas acabam olhando para a gente como seres incapazes; mas, na verdade, o que a gente quer é mostrar nossa capacidade, que somos fortes e que estamos ali para contribuir com o crescimento do país e também da capital”, destaca a assistente administrativa. Nesse processo, Danielce enfrentou diversos questionamentos, entre eles a possibilidade de não se identificar como pessoa com deficiência ou de duvidar se apareceriam oportunidades para ela. “Durante o período em que eu trabalhei como não PCD, busquei me qualificar para não ser vista apenas como cota e sim, ter visibilidade como a profissional que merecia uma oportunidade igual a todos no mercado de trabalho”, diz, orgulhosa. Assim como Danielce, Matheus Marques Luiz, 28, também encontrou uma oportunidade no programa. “Fui diagnosticado com autismo aos 21 anos e sempre enfrentei dificuldades para interagir com as pessoas. Então, quando consegui a vaga de ajudante de eletricista e pude ficar em uma área mais reclusa, fiquei muito satisfeito”, conta. Outro benefício da vaga foi o respeito dentro do local de trabalho. “Nas outras vagas que trabalhei acabei ficando pouco tempo, porque as empresas me demitiram sem dar um motivo. Agora estou realmente satisfeito, porque encontrei uma área que me adaptei e que as pessoas me respeitam”, comemora Matheus. A fim de reduzir as barreiras de acesso a postos de trabalho, o cadastro de empregabilidade tem como objetivo assegurar o processo de inclusão do cidadão PcD no mercado de trabalho, atendendo ao Estatuto da Pessoa com Deficiência do Distrito Federal, estabelecido pela lei nº 6.637, de 20 de julho de 2020. “Possibilitamos que as pessoas com deficiência conquistem espaços, estejam em lugares de decisão e ocupem profissões necessárias dentro da sociedade. É uma forma de viabilizar que as qualificações das pessoas com deficiência sejam utilizadas e promover representatividade dentro dessas grandes empresas”, destaca Flávio Pereira dos Santos. Para se candidatar às vagas oferecidas pela SEPD, é necessário que o interessado esteja inscrito no Cadastro da Pessoa com Deficiência (CadPCD), que gera documentos comprobatórios, como a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea) e o Cartão de Identificação da Pessoa com Deficiência. Após cadastro e aprovação, o candidato deve preencher o formulário de Empregabilidade, no site da SEPD, e anexar o currículo. Inclusão através do esporte Centros olímpicos e paralímpicos do DF oferecem atividades inclusivas, como o goalball, esporte em que os jogadores utilizam as percepções táteis e auditivas para arremessar e defender uma bola com guizo em direção ao gol Incentivar a prática de esportes e mostrar que portar alguma deficiência não é impeditivo para se divertir e socializar. Também neste campo, o GDF oferece atividades inclusivas nos 12 centros olímpicos e paralímpicos localizados (COPs) em diversas regiões administrativas, além de seis polos de centros de iniciação desportiva paralímpicos (CIDPs) da rede pública de ensino. Entre as modalidades oferecidas nos COPs, o goalball foi a que chamou a atenção de Cauã Rodrigues de Jesus, 18, diagnosticado desde os 4 anos com retinose pigmentar, doença que compromete a visão ao longo do tempo. Referência em Brasília, o esporte é praticado por pessoas com deficiência visual, que utilizam as percepções táteis e auditivas para arremessar e defender uma bola com guizo em direção ao gol. Durante a partida os paratletas ficam com os olhos vendados. “Dentro do goalball eu aprendi que, mesmo deficiente visual, tenho a capacidade de fazer o que quiser”, afirma Cauã Rodrigues de Jesus “Depois que comecei a frequentar as aulas, minha vida melhorou muito: em questão de locomoção, de segurança e de autonomia”, relata Cauã, que pratica o esporte no COP de São Sebastião. A partir do esporte, o atleta passou a ter curiosidade e segurança para conhecer novas modalidades: “O goalball me deu coragem de começar a andar de skate, de bicicleta e a correr, por exemplo. Foi fundamental para me acostumar com a deficiência e a ganhar confiança. Dentro do goalball eu aprendi que, mesmo deficiente visual, tenho a capacidade de fazer o que quiser”, conta o jovem, que tem como objetivo participar da seleção brasileira. Jefferson Gonçalves fala da transformação em sua vida desde que começou a praticar goalball, há dez anos: “Mudou em mim a questão da maturidade, a de querer ser um humano melhor e a pensar mais no próximo, já que jogamos em coletivo” Companheira de jornada do atleta, a mãe Carlione Rodrigues, 38, percebeu uma grande mudança no filho, desde que ele entrou para o esporte. “Antes ele passava o dia inteiro trancado em casa, sem fazer nada, com depressão mesmo. Mas depois do goalball, ele se tornou um jovem alegre, com mais autonomia e hoje faz tudo sozinho. Sou muito grata aos professores e ao projeto”, comemora a manicure. Há quase dez anos no esporte, a vida de Jefferson Gonçalves, 26, também foi transformada a partir do goalball. “Mudou em mim a questão da maturidade, a de querer ser um humano melhor e a pensar mais no próximo, já que jogamos em coletivo”, reflete o atleta. Nascido em Santa Cruz Cabrália, município localizado no sul da Bahia, a família de Jefferson veio para Brasília em busca de um tratamento para o filho. Apesar de não conseguir recuperar a visão, o jovem se deparou com mais oportunidades na capital. “Quando eu vim para cá, percebi que havia muita acessibilidade na escola, além da chance de me destacar no esporte. Pelo goalball, consegui comprar minha casa própria e construir minha própria família”, relata, orgulhoso.

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