Nascimento de tamanduá-mirim no Zoo reforça engajamento na conservação
O Zoológico de Brasília comemora o nascimento de um tamanduá-mirim, filhote da fêmea Pitica e do macho Jujubo. O novo integrante da família – cuja sexagem ainda não foi feita pela equipe do zoo – nasceu em 25 de janeiro e já pode ser visto pelos visitantes. Este é o segundo filhote do casal, que teve Amendoim em dezembro de 2023. Filhote de tamanduá-mirim fica nas costas da mãe até adquirir independência | Foto: Divulgação/Jardim Zoológico de Brasília A equipe multidisciplinar do zoo, composta por veterinários, biólogos e tratadores, monitora constantemente o desenvolvimento do filhote. Os profissionais avaliam sua alimentação, crescimento e comportamento, garantindo que ele receba todos os cuidados necessários para um desenvolvimento saudável. “A chegada desse novo filhote é motivo de grande alegria para nós”, afirma o diretor-presidente do Zoológico, Wallison Couto. Isso mostra que o trabalho realizado aqui no Zoológico de Brasília está proporcionando condições adequadas para a reprodução e bem-estar da espécie.” Importância da conservação O nascimento desse filhote é uma conquista significativa para os programas de conservação da espécie. Encontrado em diversas regiões da América do Sul, o tamanduá-mirim enfrenta ameaças como a perda de habitat devido a desmatamentos, atropelamentos e ataques de cães. O tamanduá-mirim é um animal solitário, conhecido por sua habilidade em escalar árvores em busca de formigas e cupins, sua principal fonte de alimentação. Possui uma língua longa e pegajosa, que pode atingir até 40 centímetros, facilitando a captura de insetos. As fêmeas costumam carregar os filhotes nas costas até que eles se tornem independentes, o que ocorre por volta dos seis meses de idade. O Zoológico de Brasília segue com projetos de educação ambiental e conscientização sobre a importância da preservação da fauna silvestre. A chegada do novo filhote reforça a necessidade de proteger os ambientes naturais e promover a convivência harmoniosa entre os humanos e a vida selvagem. *Com informações da Fundação Jardim Zoológico de Brasília
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DF ganha Dia de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres
O calendário oficial de eventos do Distrito Federal conta, agora, com o Dia de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres, 29 de setembro. A Lei nº 7.401, que institui a data, foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta terça (16). É de autoria do deputado distrital Daniel Donizet. Segundo o biólogo Thiago Silvestre, “estima-se que quatro em cada cinco animais silvestres vítimas do tráfico morram durante o transporte ou dentro de um ano após a captura” | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental Para o biólogo, gerente de fauna silvestre em exercício do Instituto Brasília Ambiental, Thiago Silvestre, a instituição deste dia é de grande importância. “Ela joga luz sobre um assunto altamente relevante para a conscientização da população com relação a este problema que afeta diversas espécies da fauna nativa todos os anos. Estima-se que quatro em cada cinco animais silvestres vítimas do tráfico morrem durante o transporte ou dentro de um ano após a captura”, informa. O gerente ressalta que o DF é uma das principais rotas do tráfico de animais silvestres do país. “Esses animais são capturados em determinadas localidades do país e viajam em condições deploráveis até chegarem aos grandes centros urbanos em que estes animais viram pets. Somente no ano de 2022 foram apreendidos 62,7 mil animais silvestres no país.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Thiago Silvestre destaca que um grande desafio para quem trabalha na área ambiental é viabilizar meios de comunicação eficazes que atinjam todos os estratos da sociedade, demonstrando quais as consequências do tráfico de animais silvestres para a biodiversidade. “Esse tráfico pode vir a causar a extinção de centenas de espécies, caso os números de apreensões anuais continuem tão alarmantes”, destaca. A nova lei estipula que, por ocasião do Dia de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres, o poder público organizará palestras e debates e distribuirá material informativo sobre o assunto à população. *Com informações do Instituto Brasília Ambiental
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Loba-guará Pequi morre atropelada e acende debate para conscientização
Foram exatos 258 dias vivendo todas as experiências de um animal silvestre em seu habitat natural, o Cerrado. Depois de um longo período de reabilitação e adaptação, a loba-guará Pequi finalmente conquistou a liberdade fora do cativeiro em 17 de abril deste ano. O seu destino seria trágico se não fosse o cuidado inicial recebido no Zoológico de Brasília após ser encontrada órfã, ainda filhote, no estado da Bahia, em junho de 2020. Depois de receber o acolhimento para se desenvolver bem, iniciou-se o período de aclimatação para, então, Pequi ser devolvida ao Cerrado. Após ser solta em uma área de preservação ambiental no Distrito Federal, ela pôde experimentar a independência para caçar, reproduzir, forragear e, sobretudo, sobreviver. A luta para conseguir se manter viva, aliás, é desde seus primeiros dias de vida, ainda na Bahia, mas este ciclo chegou ao fim na madrugada da última quinta-feira (14). A loba, considerada embaixadora de projetos de conservação ambiental, foi encontrada já sem vida, às margens da BR-080, após ter sido vítima de um atropelamento. Como portava um rádio-colar em seu pescoço, os pesquisadores da ONG Jaguaracambé verificaram uma sinalização diferente na emissão do sinal de satélite. Pequi era monitorada por meio de um rádio-colar | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília “Há três meses ela estava muito certinha, sempre frequentando duas fazendas. Num determinado momento, ela saiu em disparada para outro local, precisando atravessar a rodovia, que já era conhecida por ela, apesar de perigosa. Na atualização do GPS, nós recebemos três sinais de que Pequi estaria no mesmo ponto. A gente se deslocou para ver se estava bem ou se era só um tempo de descanso mesmo. Quando chegamos lá, vimos que ela já estava morta”, relata a coordenadora do projeto de reabilitação da Pequi e membro da ONG, Ana Raquel Faria. [Olho texto=”“São aproximadamente 450 milhões de animais vertebrados atropelados nas rodovias do Brasil por ano. Os motoristas precisam respeitar a velocidade da via e terem cuidado, principalmente à noite, que é o momento com maior movimentação da fauna”” assinatura=”Ana Raquel Faria, coordenadora do projeto de reabilitação da Pequi” esquerda_direita_centro=”esquerda”] São aproximadamente 50 pessoas, entre voluntários, pesquisadores, biólogos e médicos veterinários, que se envolveram durante todo o processo de reabilitação da Pequi, que durou cerca de três anos e meio. De acordo com eles, é importante promover ações de conscientização ambiental e de trânsito. “São aproximadamente 450 milhões de animais vertebrados atropelados nas rodovias do Brasil por ano. Os motoristas precisam respeitar a velocidade da via e terem cuidado, principalmente à noite, que é o momento com maior movimentação da fauna”, alerta. Trânsito seguro de animais Em atenção à fragilidade dos animais silvestres, o Governo do Distrito Federal (GDF) tem tomado medidas de proteção e conservação ambiental da fauna nativa do Cerrado. A mitigação dos impactos começa antes mesmo de dar início a alguma obra ou prestação de serviço que possa haver dano ao meio ambiente. Por meio dos processos de licenciamento ambiental, executado pelo Instituto Brasília Ambiental, a autarquia propõe medidas para minimizar os impactos à fauna que habita nas redondezas. O instituto recomenda, por exemplo, a implementação de passagens de fauna e redutores de velocidade, que podem ser executados pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF) em obras próximas às unidades de conservação (UCs). Desde 2019, por meio de uma parceria entre o Brasília Ambiental e o DER-DF, são levadas em conta as questões ambientais na elaboração de projetos de obras rodoviárias. Nas áreas de preservação ambiental que circundam o Distrito Federal, o DER-DF constrói passagens subterrâneas e aéreas nas rodovias para o trânsito seguro de animais. Essas passarelas já foram implementadas em diversos trechos, como na DF-001, DF-085, DF-079, DF-003, VC-533, DF-047, BR-020 e DF-285. Para reforçar ainda mais a segurança da fauna nativa, o departamento também instala telas de proteção. Foi finalizada em agosto de 2023 a implementação de pelo menos três dessas entre a rodovia DF-097 e o entroncamento com a BR-080 — importante corredor ecológico entre a Floresta Nacional de Brasília e o Parque Nacional de Brasília. Essas passagens permitem que os animais atravessem com segurança e possam se deslocar pelos corredores ecológicos, promovendo a ligação entre áreas fragmentadas. Isso estimula a dispersão de sementes entre as áreas e evita o isolamento das populações de animais, o que muitas vezes pode causar até a extinção de espécies. O centro veterinário público de reabilitação foi outra importante iniciativa em prol da vida silvestre nativa. O programa prevê a recepção, triagem, transporte, atendimento veterinário, reabilitação e destinação da fauna do Cerrado. Com investimentos de R$ 8 milhões, o termo de colaboração celebrado no último dia 11 terá duração de cinco anos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A abertura do hospital está prevista para o primeiro trimestre de 2024, em local ainda provisório. Será a primeira parceria via Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (Mrosc) para atendimento de fauna silvestre no país. Já em casos de atropelamentos fatais de animais silvestres pelas vias do DF, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) faz o recolhimento. De janeiro a setembro de 2023, o SLU recolheu 46,3 toneladas de animais mortos. Em 2022, foram recolhidas 79,95 toneladas. Os corpos de animais mortos coletados são levados para o Aterro Sanitário de Brasília.
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Novo contrato estabelece atendimento veterinário a animais silvestres
O Instituto Brasília Ambiental celebrou, nesta segunda-feira (11), uma parceria com a Sociedade Paulista de Medicina Veterinária (SPMV), vencedora do Chamamento Público n° 19/2023, para executar um programa de recepção, triagem, transporte, atendimento veterinário, reabilitação e destinação responsável da fauna silvestre nativa. Com valor estimado de R$ 8 milhões, o termo de colaboração prevê a realização do programa durante cinco anos. Mamíferos silvestres, bem como aves e répteis desse segmento, serão atendidos em um centro veterinário a ser construído | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília O programa tem como foco exclusivo mamíferos, aves e répteis silvestres com necessidades de atendimento médico e reabilitação, além de providenciar o acondicionamento adequado. “Animais domésticos como cães e gatos continuam sendo atendidos pelo Hvep, administrado pela Sema [Secretaria do Meio Ambiente e Proteção Animal/”, lembra o presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O programa poderá receber também, excepcionalmente, animais exóticos híbridos, como peixes e anfíbios. A entidade parceira é responsável por obter um local adequado para iniciar as atividades e garantir a salubridade, a segurança e o bem-estar dos animais durante todo o processo. A abertura do centro veterinário de reabilitação, ainda sem nome definido, está prevista para o primeiro trimestre de 2024, em local ainda provisório. Será a primeira parceria via Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (Mrosc) para atendimento de fauna silvestre no país. *Com informações do Brasília Ambiental
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