Profissionais da saúde recebem capacitação sobre economia solidária e saúde mental
Capacitar por meio do empreendedorismo, permitir o protagonismo e estimular a autoestima dos usuários assistidos pelo serviço especializado de saúde mental. Esse é objetivo do curso Economia Solidária e Saúde Mental — fortalecimento das ações de geração de trabalho, renda e arte criativa no DF. A aula inaugural ocorreu na tarde desta terça-feira (12), no auditório da Faculdade de Saúde da Universidade de Brasília (UnB). A parceria é da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Rio de Janeiro e capacitará em torno de 50 profissionais dos 18 centros de Atenção Psicossocial (Caps), somando 30 horas-aula na modalidade on-line. Em uma segunda fase, serão qualificados também usuários e familiares dos serviços de saúde mental. “A ideia é que, com essas iniciativas, possamos profissionalizar e instrumentalizar os usuários dos Caps para produzir peças que possam permitir a geração de renda. Esse curso aborda temas como o associativismo e o cooperativismo, e buscará instrumentalizar para que a produção possa virar uma fonte de renda, o que é excelente, porque ajuda na autonomia e na reabilitação psicossocial”, apontou a subsecretária de Saúde Mental (Susam), Fernanda Falcomer. Iniciativa capacitará em torno de 50 profissionais dos 18 Caps, somando 30 horas-aula na modalidade on-line | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde DF O curso demonstra meios de formalização dos empreendimentos de economia solidária no âmbito da saúde mental, enfatizando os princípios dessa forma de produção, que valoriza a cooperação, autogestão, sustentabilidade, solidariedade, o comércio justo e o consumo solidário, oferecendo uma possibilidade de vinculação das pessoas com transtorno mental à geração de trabalho e renda. “As pessoas que utilizam o serviço têm problemas sociais graves, muitas vezes em situações de vulnerabilidade, não têm formação. Então, além de uma nova forma de cuidado em saúde e liberdade, é também constituir outras possibilidades de organização da vida. Essa pessoa precisa ter uma geração de renda, e não só no sentido de dar um emprego, é uma questão de sociabilidade”, ressaltou o pesquisador sênior da Fiocruz e presidente de honra da Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme), Paulo Amarante. Subsecretária de Saúde Mental, Fernanda Falcomer: "A ideia é que, com essas iniciativas, possamos profissionalizar e instrumentalizar os usuários dos Caps para produzir peças que possam permitir a geração de renda" Experiência Uma das participantes, a gerente do Caps AD de Santa Maria, Adriana Câmara, destacou que a medida possibilita ainda a troca de experiências exitosas entre os serviços. “Nas outras regiões, às vezes tem algum serviço que já está dando certo e podemos implementar ou a gente tem dicas de como fazer e repassamos. Isso é essencial para oferecermos um atendimento com cada vez mais qualidade”, afirmou. [LEIA_TAMBEM]Já a supervisora do Caps III Samambaia, Juliana Neves Batista, reforçou que a inclusão dos pacientes nessas atividades promove a emancipação e a cidadania: “Tem muitos usuários que possuem renda, mas têm dificuldade de se reinserir. Ter um curso que viabilize isso é muito bom, porque eles conseguem ter essa desenvoltura”. Reintegração social A gerente de Desinstitucionalização da Susam/SES-DF, Jamila Zgiet, explicou que a reabilitação psicossocial tem como foco promover a reintegração social e a qualidade de vida de pessoas com sofrimento psíquico, buscando a superação da vulnerabilidade e a participação ativa na sociedade. "Além dos atendimentos clínicos, estamos investindo também na parte mais prática para que os serviços consigam ajudar os usuários e familiares a desenvolver empreendimentos de economia solidária, com atividades como artesanato, pintura, horta, iniciativas já realizadas nos Caps." A ação contou ainda com a participação da Ana Paula Guljor, psiquiatra, coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental e Atenção Psicossocial (Laps) da Fiocruz e presidente da Abrasme; e da psicóloga Leandra Brasil, mestre em psicologia social e doutoranda na Universidade Lanús, na Argentina. Os professores são referências da luta antimanicomial no Brasil. Paulo Amarante, pesquisador sênior da Fiocruz e presidente de honra da Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme): "Além de uma nova forma de cuidado em saúde e liberdade, é também constituir outras possibilidades de organização da vida" Projeto Libertarte Há também outras iniciativas da SES-DF em conjunto com a Fiocruz, como o projeto Libertarte, com oficinas criativas aos pacientes dos Caps. A iniciativa conta com o trabalho de oficineiros dedicados a atividades artísticas e de produção. Esses profissionais serão responsáveis por colocar em prática as oficinas de arte, cultura e geração de renda, além de qualificar e ampliar o que já é realizado nos centros, contemplando as áreas de artesanato, música, horta, crochê e pintura. Atualmente, a Rede de Atenção Psicossocial (Raps) do Distrito Federal conta com 18 Caps em funcionamento. Clique aqui e saiba mais. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Rede de Hortos é selecionada como caso bem-sucedido em agricultura urbana
A Rede de Hortos Agroflorestais Medicinais Biodinâmicos (RHAMB), iniciativa da Secretaria de Saúde (SES-DF) em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Brasília, foi selecionada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) enquanto experiência bem-sucedida em agricultura urbana e periurbana. A chamada pública tem como objetivo mapear as práticas desenvolvidas nacionalmente em serviços de saúde e assistência social. RHAMB aparece como uma proposta dedicada ao cultivo de plantas medicinais e Plantas Alimentícias Não Convencionais (Pancs) em espaços ocupados por unidades de saúde da rede pública do DF, abertos às comunidades | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF O resultado final foi publicado nesta quarta-feira (16), quando é celebrado o Dia Mundial da Alimentação. Instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1979, a data sugere uma reflexão sobre a fome global e o desenvolvimento de ações efetivas que garantam uma melhor gestão mundial da alimentação. A Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN) visa promover e garantir o direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade Nessa linha, o RHAMB aparece como uma proposta dedicada ao cultivo de plantas medicinais e Plantas Alimentícias Não Convencionais (Pancs) em espaços ocupados por unidades de saúde da rede pública do DF, abertos às comunidades. São 19 hortos instalados nas sete regiões de saúde e mais sete em fase de implementação – com conclusão prevista para dezembro deste ano, período em que se encerra o curso de aperfeiçoamento sobre o tema, com participação de 60 profissionais da SES-DF. O coordenador da iniciativa pela pasta e gerente de Práticas Integrativas em Saúde (PIS), Marcos Trajano, salienta que os hortos promovem o bem-estar por meio de atividades que criam vínculos com a população local. “A educação em saúde nesses espaços é feita na prática. Enquanto coloca a mão na massa, a pessoa entende como pode adotar hábitos alimentares mais saudáveis”, explica. Além do cultivo comunitário, os usuários também podem levar sementes e mudas para a produção em casa. Segurança alimentar e nutricional A Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN) visa promover e garantir o direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade. O desenvolvimento de ações articuladas e coordenadas, de forma intersetorial, é uma das premissas básicas desse processo. Segundo a nutricionista da SES-DF Karistenn Brandt, integrante da Gerência de Serviços de Nutrição (Gesnut), a RHAMB corrobora com as políticas e planos distritais ao lançar um olhar sobre a saúde de forma ampla e integral. “Os hortos trazem à tona práticas alimentares promotoras de saúde, que respeitam a diversidade cultural e que são socialmente sustentáveis. O projeto é capaz de envolver, de forma sistemática, usuários, trabalhadores e gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) em torno de um mesmo propósito”, aponta. *Com informações da SES-DF
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Bancos de leite humano do DF passarão por auditoria da Fiocruz
Os 14 bancos de leite humano (BLHs) do Distrito Federal e sete postos de coleta vão se tornar ainda mais qualificados para atender os recém-nascidos de risco que precisam do alimento – fundamental para o desenvolvimento dos bebês. Programa de Certificação Fiocruz de Bancos de Leite Humano foi apresentado a gestores de unidades hospitalares do DF | Foto: Divulgação/Agência Saúde [Olho texto=”“Com essa qualificação, teremos um salto de qualidade. Tudo é pensado para melhorar a saúde dos bebês e reduzir as chances de doenças crônicas ao longo da vida” ” assinatura=”Miriam Santos, da Comissão Nacional de Bancos de Leite Humano” esquerda_direita_centro=”esquerda”] No Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), gestores de hospitais da Secretaria de Saúde (SES-DF) que possuem BLHs ou postos de coleta participaram do primeiro workshop de implantação do Programa de Certificação Fiocruz de Bancos de Leite Humano (PCFioBLH). A iniciativa, que reúne a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Ministério da Saúde, fortalece as capacidades científica, produtiva, tecnológica, gerencial e de garantia da qualidade da Rede Global de Bancos de Leite Humano. “São mais de 230 bancos de leite humano no Brasil”, aponta a pediatra Miriam Santos, da Comissão Nacional de Bancos de Leite Humano. “Com essa qualificação, teremos um salto de qualidade para melhorar o trabalho dos profissionais envolvidos na Rede BLH. Tudo é pensado para melhorar a saúde dos bebês e reduzir as chances de doenças crônicas ao longo da vida.” Referência nesse segmento, o DF conta com bancos de leite humano há 45 anos. Além de ofertar leite humano com qualidade certificada, a rede presta atendimento voltado ao aleitamento materno e ajuda as mães em todo o processo de amamentação. Os BLHs são formados por equipes multiprofissionais, aponta a coordenadora de Políticas de Aleitamento Materno da SES-DF, Mariane Curado. “É um trabalho que contribui para uma sociedade justa e solidária, que se preocupa com a segurança alimentar”, afirmou. “Por isso, é importante que nossa rede seja vista, lembrada e valorizada. Realizamos pequenas ações, com tecnologia de baixo custo e que mudam a vida de diversas pessoas”. Certificação no DF A decisão de qualificar os bancos de leite no Brasil a partir de Brasília não foi casual. Decorreu da constatação de que a Rede de BLH do DF há muito tempo vem trabalhando com êxito a garantia de acesso, gerando condições que a aproximam da autossuficiência em leite humano para recém-nascidos internados. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Na garantia de acesso e de qualidade e em pilares da segurança alimentar, a certificação é decisiva, e o PCFioBLH é uma inovação nesse campo”, pontuou o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Eduardo Chaves Leal. “O resultado da união de esforços decorrente dessa iniciativa certamente permitirá que o Brasil tenha, em médio prazo, a primeira rede de bancos de leite humano de uma de suas unidades federativas, certificada em ambos os pilares da segurança alimentar e nutricional no país.” Durante dois dias, os auditores do programa vão visitar os bancos de leite e postos de coleta para avaliar o serviço. A expectativa é que a certificação saia no início de 2024. Bombeiros, valiosa parceria [Olho texto=”“É importante qualificar e capacitar os profissionais para que a população sinta e veja o que o serviço público tem a oferecer” ” assinatura=”Luciano Agrizzi, secretário adjunto de Assistência à Saúde ” esquerda_direita_centro=”direita”] A parceria da Rede de Bancos de Leite Humano do DF com o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) existe há 34 anos. Para doar, não é preciso deslocar-se aos postos de coleta, pois uma equipe da corporação vai à residência da doadora deixar o kit e, posteriormente, buscar os vidros cheios. A comandante-geral do CBMDF, Monica de Mesquita Miranda, doadora de leite enquanto amamentava as três filhas, foi homenageada durante o workshop. “Sou realizada por ter sido uma doadora e por fazer parte de uma corporação que é parceira e faz um trabalho lindo, ao lado da rede BLH”, contou. “Parcerias são essenciais para avançar e melhorar ainda mais a nossa Rede de Banco de Leite Humano”, ressaltou o secretário adjunto de Assistência, Luciano Agrizzi, que representou a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, no encontro. “É importante qualificar e capacitar os profissionais para que a população sinta e veja o que o serviço público tem a oferecer.” *Com informações da Secretaria de Saúde
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Portal InfoSaúde-DF alcança recorde de 1 milhão de acessos em 2023
O Portal de Informações e Transparência da Saúde (InfoSaúde-DF) alcançou recorde de acessos anual. Em 2023, de janeiro a outubro, já foram mais de 1 milhão de consultas, frente aos 788 mil cliques ao longo de todo o ano de 2022. O portal foi desenvolvido pela Secretaria de Saúde (SES-DF), em parceria com consultores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Brasília, e disponibilizado publicamente em 2020. Desenvolvido pela Secretaria de Saúde, portal apresenta informações públicas em formato de painéis | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde Pioneira no Brasil, a iniciativa é uma inovação em transparência e na gestão da saúde pública por meio do uso da ciência de dados (Business Intelligence – BI). Em formato de painéis, as informações públicas referentes à situação de saúde do DF são organizadas e disponibilizadas a usuários, servidores, pesquisadores e gestores. Além de servir para prestação de contas à população, os dados são úteis também no dia a dia – do acesso ao planejamento de serviços e tomadas de decisão. Atualmente, estão em funcionamento 235 painéis. Desse total, 97 compõem o menu da Sala de Situação de Saúde do DF – seção destinada a fornecer um balanço consolidado dos atendimentos e procedimentos realizados diariamente pelos três níveis de atenção à saúde. Painéis A transformação digital do monitoramento – antes feito por mecanismos analógicos ou assíncronos – é o motivo da existência atual do InfoSaúde-DF, conforme pontua o subsecretário de Planejamento em Saúde, Rodrigo Vidal: “Hoje em dia nós temos disponíveis publicamente vários painéis informativos atualizados quase que em tempo real da situação de saúde do DF. Este é um ganho monumental para a democratização da informação”. [Olho texto=”“É um painel simples, bem completo e que revolucionou a assistência de medicamentos especializados no DF” ” assinatura=”Thiago Mendonça, coordenador de Controle de Serviços de Saúde e de Gestão da Informação da Subsecretaria de Planejamento em Saúde ” esquerda_direita_centro=””] Um único painel em todo o portal é responsável por 11% dos acessos recordes deste ano: a consulta de medicamentos da farmácia de alto custo. Por meio dessa seção, os usuários que necessitam das medicações podem verificar a disponibilidade em estoque de cada uma das unidades, de modo atualizado. Segundo o coordenador de Controle de Serviços de Saúde e de Gestão da Informação da Subsecretaria de Planejamento em Saúde, Thiago Mendonça, o benefício à comodidade do paciente é o fator de destaque do serviço. “É um painel simples, bem completo e que revolucionou a assistência de medicamentos especializados no DF”, ressalta. Acessibilidade e inovação [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O InfoSaúde-DF também apresenta mapas alimentados por geolocalização, com o intuito de facilitar o acesso da população aos endereços das unidades de saúde da capital federal. No menu principal, no ícone nomeado “Busca Saúde”, é possível conhecer, por exemplo, a indicação da Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência mais próxima, apenas pelo número do CEP. O mecanismo contribui para que gestores visualizem e planejem com assertividade a distribuição de equipamentos de saúde no território distrital. O sistema é mantido pelo trabalho de uma qualificada estrutura de profissionais. As melhorias e os ajustes são constantes ao longo desses três anos de existência do portal. A implementação mais recente é o Centro de Inteligência Estratégica para a Gestão do Sistema Único de Saúde (Cieges-DF), apresentado na última semana durante a 6ª Feira de Soluções para a Saúde, em Brasília. O Cieges é uma plataforma de monitoramento que permite acompanhar dados atualizados e unificados de diversos indicadores de gestão, servindo à tomada de decisões sobre os serviços ofertados à população. Apenas o DF, o Rio de Janeiro e Pernambuco possuem esse tipo de centro de inteligência ativo. Acesse os painéis informativos. *Com informações da Secretaria de Saúde
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