'Trilhas, Noite Cheia de Lua de Sol' estreia circulação nacional nesta sexta-feira (24), em Ceilândia
Encenada pela primeira vez em 2022, a peça Trilhas, Noite Cheia de Lua de Sol inicia, nesta sexta-feira (24), a partir do Distrito Federal, circulação nacional. Com texto, direção e atuação de Cláudia Andrade, o espetáculo cênico imagético é atravessado por elementos como a videoarte, música, dramaturgia contemporânea e as artes visuais. Na construção desse universo, cruzam-se os dilemas do feminino, a maturidade, os jogos de poder, a finitude e os contrastes sociais que moldam e desafiam a existência humana. Sob os holofotes estão os preconceitos arraigados em uma sociedade falsa e desigual, bem como o convite à libertação e redenção a partir do reconhecimento do outro em si mesmo. A turnê, com 12 apresentações, integra o projeto Resistência nos Trilhos — Remontagem & Circulação, contemplado pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC-DF) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF) e passa por Ceilândia (DF) — Teatro Sesc Newton Rossi; Vitória (ES) — Casa da Música Sônia Cabral; Belo Horizonte (MG) — Palácio das Artes; São Paulo (SP) — Teatro Ruth Escobar, e Brasília (DF) — Teatro Nacional Cláudio Santoro. As quatro primeiras apresentações, na estreia, em Ceilândia, serão gratuitas. Os ingressos poderão ser retirados na plataforma Sympla. A turnê, com 12 apresentações, integra o projeto Resistência nos Trilhos — Remontagem & Circulação, contemplado pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC-DF) | Foto: Divulgação “A Secretaria de Cultura e Economia Criativa tem o compromisso de apoiar, por meio do FAC, produções artísticas que dialoguem com a diversidade de nosso povo e alcancem públicos que, muitas vezes, estão distantes das salas de teatro. É uma alegria ver um espetáculo como Trilhas, Noite Cheia de Lua de Sol circulando por várias regiões do país, levando cultura de qualidade, emoção e reflexão a quem mais precisa. A arte tem esse poder: chegar com delicadeza e força aos corações, promover encontros e transformar realidades. É com esse espírito que seguimos trabalhando — para que a cultura seja, de fato, um direito de todos", destacou o titular da pasta, Claudio Abrantes. A exemplo do que aconteceu na estreia, esta nova jornada de Trilhas busca a conexão com a plateia. “Risos, pessoas cantando juntas, choros contidos, a procura por abraços e fotos ao final dos espetáculos e os depoimentos mais emocionantes do mundo. Essa reação foi o combustível que deu vontade de pôr o pé na estrada de novo e levar essa experiência para outros públicos. Provocar emoções, questionamentos e transformações é o que move qualquer artista”, afirma Cláudia Andrade. No tablado desta remontagem, Cláudia segue com as companheiras de cena Eloisa Cunha e Genice Barego, atrizes também 50+ com uma vasta trajetória teatral. Essa continuidade cria um entrosamento raro, fruto de uma evolução conjunta, em que cada atriz foi aprofundando sua personagem e sua relação com as demais. O resultado é um espetáculo mais maduro, com camadas de interpretação que se refinaram ao longo do tempo e que prometem se refletir em ainda mais qualidade artística nas apresentações. Referências Guiada por sua vivência multifacetada, Cláudia reúne referências que vão da sabedoria ancestral às linguagens contemporâneas. Um exemplo disso é a fala inicial projetada no início do espetáculo. Originária da língua Hopi, do povo indígena norte-americano, essa mensagem, que primeiro tocou a diretora ao ser revelada nas telas do filme Koyaanisqatsi, de Godfrey Reggio, agora é reinventada no palco. “Vida maluca, vida em turbilhão, vida fora de equilíbrio, vida que pede uma outra maneira de se viver” norteia o espírito da peça em sua proposta de refletir sobre os caminhos que cada um escolhe percorrer. A trama discorre a partir do encontro entre duas mulheres com mais de 50 anos: Silvia (Eloisa Cunha) e Gimena (Cláudia Andrade). De origens e vivências distintas, elas se cruzam ao acaso numa parada de ônibus, em alguma estrada erma do interior do Brasil. Iniciam, então, uma jornada marcada por embates, estranhamentos, memórias, afetos, contrastes sociais, revelações e mitos. As personagens são acompanhadas por Gaivota (Genice Barego), figura diáfana, agênera, atemporal e mística que transita pela cena como símbolo de conexão, intuição e mistério. O espetáculo reafirma seu compromisso com a diversidade de olhares, vozes e linguagens ao alcançar novos públicos em sua circulação por diferentes regiões do país. Acessibilidade e inclusão Trilhas é um convite à empatia. Cláudia leva para o palco sua compreensão sobre a vida, defendendo que, independentemente do tamanho da conta bancária, da origem ou do status educacional e profissional, todos compartilham dores, sonhos e desafios comuns. Entre esses desafios, estão, de forma evidente, as lutas e limitações enfrentadas pelas mulheres em uma sociedade ainda marcada pelo patriarcado. “Mais do que uma obra a ser analisada, Trilhas é uma experiência a ser vivida: um espetáculo que quer tocar o público, chegar ao coração, proporcionando um momento de lazer e emoção”, explica Cláudia. Importante reforçar o compromisso de Trilhas em levar cultura a quem normalmente não tem acesso. Para isso, o projeto investe em ações de acessibilidade, oferecendo sessões com intérpretes de Libras e audiodescrição para pessoas com deficiência visual, em dias específicos da programação, para garantir uma experiência completa para pessoas com deficiência auditiva e visual. Além disso, contempla ações sociais, como transporte e cortesias para turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e grupos de pessoas com deficiência visual, permitindo a esses públicos vivenciar a experiência teatral de forma plena e acolhedora. O projeto prevê ações formativas que ampliam seu alcance artístico e educacional, como rodas de conversa com o público após as apresentações, criando espaços de troca e diálogo, além de duas oficinas de interpretação — sendo uma delas com audiodescrição — e um debate nacional virtual com o tema O Desafio da Circulação Teatral Nacional no Brasil. Serviço Espetáculo: Trilhas, Noite Cheia de Lua de Sol Data: 24 a 26 de outubro de 2025 Local: Teatro Sesc Newton Rossi — Sesc Ceilândia (QNN 27 Área Especial, Ceilândia Norte, Brasília – DF) Sessões 24/10 (sexta-feira), às 20h – com audiodescrição 25/10 (sábado), às 16h – com audiodescrição 25/10 (sábado), às 20h – com Libras 26/10 (domingo), às 18h Ingressos: Gratuitos, retirada via Sympla Classificação indicativa: 16 anos Próximas apresentações 6 e 7/11/2025 - Casa da Música Sônia Cabral - Vitória, ES 27 e 28/11/2025 - Teatro João Ceschiatti - Palácio das Artes - Belo Horizonte, MG 9 a 11/1/2026 - Teatro Ruth Escobar - Sala Dina Sfat - São Paulo, SP 28/2 e 1/3/2026 - Teatro Nacional Cláudio Santoro - Sala Martins Pena - Brasília - DF *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF)
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Com apoio do FAC-DF, grupo Nutra Teatro completa 19 anos e inicia grande circuito de espetáculos
O Nutra Teatro está em festa! O grupo brasiliense celebra 19 anos de trajetória com uma temporada especial de espetáculos que promete levar a arte teatral e a alegria da palhaçaria para as escolas públicas e espaços culturais do Distrito Federal. As apresentações ocorrem entre esta segunda-feira (20) e quinta (23), com encerramento no dia 17 de novembro, com shows em quatro espaços: no Centro de Ensino Médio 804, do Recanto das Emas; na Escola Técnica, de Ceilândia; na Escola Classe 26 de Setembro, em Taguatinga; e no espaço Galpão do Riso, em Samambaia. A turnê tem apoio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC-DF), na linha de Manutenção de Grupos, que busca a valorização, formação e continuidade de coletivos artísticos da cidade. As apresentações ocorrem entre esta segunda-feira (20) e quinta (23), com encerramento no dia 17 de novembro | Foto: Jéssica Lima/Divulgação Mergulho na palhaçaria Um dos destaques da temporada é o espetáculo Le Porpusa, dirigido por Ricardo Puccetti, do renomado Lume Teatro, de São Paulo. A peça é uma investigação da palhaçaria como linguagem poética e corporal, mesclando humor, ritmo e improviso. “Esse trabalho é fruto de um mergulho profundo no universo do palhaço e nas nossas próprias trajetórias como artistas e pesquisadores da cena”, compartilha Paula Sallas, atriz do grupo. O projeto é um marco de retomada artística para o grupo após o período da pandemia, viabilizado pelo FAC em 2021. A iniciativa vai além dos palcos, incluindo a publicação de 15 textos reflexivos no site do grupo, a realização de cinco lives com artistas parceiros e o lançamento de um e-book sobre a história do Nutra. Além disso, inclui intervenções de palhaçaria, palestras em escolas de ensino médio e demonstrações de trabalho em universidades. Teatro acessível Antes da apresentação do Le Porpusa, o Nutra circulou o espetáculo Solo io, um solo de palhaço de João Porto, que aproximou a arte teatral de jovens estudantes em três colégios: a Escola Classe 26 de Setembro, em Taguatinga, o Centro de Ensino Médio 01, do Gama, e a Escola Técnica de Ceilândia. O circuito comemorativo tem seu último dia em 17 de novembro. A celebração termina com o espetáculo Canoa de Encantos, no Espaço Galpão do Riso. O evento marca o fim de quase duas décadas de pesquisa teatral do grupo. Para o ator João Porto Dias, a essência do grupo reside em sua acessibilidade. “Nosso propósito sempre foi ir onde o público está, seja nas ruas, nas escolas ou nos lares de idosos. O FAC nos permitiu retomar essa essência e continuar oferecendo arte como experiência viva e acessível”, afirma. Confira a agenda completa: Le Porpusa 20 e 21 de outubro Horário: 16h50 (segunda) e 10h50 (terça) Local: Centro de Ensino Médio 804 do Recanto das Emas 22 de outubro Horário: 16h Local: Escola Técnica de Ceilândia 23 de outubro Horário: 16h Local: Escola 26 de Setembro (Taguatinga) Canoa de Encantos 17 de novembro Horário: 20h Local: Espaço Galpão do Riso
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Festival Maria Maria celebra a força da mulher em Águas Claras
A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), em parceria com a artista e agente cultural Carol Guimarães e a Mauka Projetos Culturais, realiza neste sábado (30) o Festival Maria Maria, na Rua do Lazer, em Águas Claras, das 15h às 22h. O evento conta com fomento do Fundo de Apoio à Cultura (FAC-DF) e propõe um espaço onde a força da mulher, a cultura e a diversidade se encontrem para transformar e inspirar. Nesta edição, o festival presta homenagem a Rosely Roth, ativista que fez história na luta pelos direitos LGBTQIAPN+. Ela foi uma das organizadoras do primeiro grande ato público do movimento lésbico no Brasil e se tornou símbolo de coragem, resistência e liberdade — valores que ecoam no Maria Maria. Além da música, o festival terá uma feira criativa de empreendedores, performances artísticas e um amplo espaço de serviços gratuitos para a comunidade | Fotos: Hanna Amim/Divulgação A programação cultural será marcada por shows de artistas brasilienses como Flor Furacão, Anna Moura e Alhocca, entre outros nomes da cena local. Além da música, o festival terá uma feira criativa de empreendedores, performances artísticas e um amplo espaço de serviços gratuitos para a comunidade. Entre as ações oferecidas, estão atendimento jurídico, orientação ao trabalhador, elaboração de currículos profissionais, exames de saúde, palestras, oficinas, aula de defesa pessoal e iniciativas voltadas ao cuidado com a saúde mental. O evento conta com a colaboração de diversos parceiros institucionais e sociais, como o Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico do Distrito Federal (Codese-DF), a Rede Interdisciplinar de Excelência do DF (Riex-DF), o Grupo Cirandinha, o Fashion Campus, a Defensoria Pública do DF, a Superintendência do Trabalho do DF, o Instituto Procip, a Academia Newhit do Guará II e a Associação Jurídica e Social (Ajus). *Com informações da Sejus-DF
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Projeto seleciona mulheres do DF para exposição artística urbana e virtual
Mulheres do Distrito Federal têm até o dia 18 de maio para participar da seleção do projeto Uma Mulher é Uma Mulher, iniciativa que vai transformar vivências femininas em arte urbana e digital. A proposta, realizada com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC-DF), vai escolher oito mulheres para protagonizar uma exposição que une fotografia, lambe-lambe, grafite e audiovisual. Aberta a moradoras do DF com mais de 18 anos, a chamada pública busca mulheres de diferentes realidades, corpos e contextos sociais e ampliar o debate sobre desigualdade de gênero e desconstrução de estereótipos. O resultado poderá ser conferido em junho e julho em uma série de ações espalhadas pelo Distrito Federal. O projeto vai escolher oito mulheres para protagonizar uma exposição que une fotografia, lambe-lambe, grafite e audiovisual | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília “A ideia desse projeto nasce de um incômodo diante daquilo que é ou não considerado feminino. Para além disso, a iniciativa é também uma celebração da diversidade. É isso que queremos mostrar: o feminino diverso e plural”, afirma a idealizadora e diretora criativa da proposta, Waleria Gregorio. As selecionadas participarão de ensaios fotográficos e terão as imagens transformadas em painéis, lambe-lambes, grafites e vídeos que serão apresentados tanto no espaço urbano quanto em galerias e plataformas digitais - com todas as obras trazendo QR Codes com audiodescrição e caminho para a exposição virtual. As galerias a céu aberto serão montadas em Águas Claras, Taguatinga, Guará, Vicente Pires e Arniqueira. Além da exposição, o projeto oferecerá oficinas gratuitas com foco em formação artística e inclusão no meio cultural. “Eu me inspiro nas diversas formas de ser mulher. Cada trajetória revela uma essência única e poderosa”, afirma a cineasta Thaís Holanda, integrante do projeto. As interessadas podem preencher formulário de participação no site do projeto. A seleção será feita com base na representatividade e pluralidade das histórias inscritas.
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