Projeto apoiado pelo FAC leva espetáculo teatral e oficina de musicalização para escolas públicas do DF
Seis escolas públicas do Distrito Federal receberão a segunda edição do projeto Na Trilha do Teatro, promovido com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF). O objetivo é levar arte para dentro de sala de aula por meio de mediação, espetáculo teatral e laboratório de musicalização infantil. As atividades iniciaram, nesta terça-feira (28), na Escola Classe Kanegae, no Riacho Fundo, e continuam até 7 de novembro em unidades da Asa Sul, Paranoá, Samambaia, Ceilândia e Taguatinga. A experiência começa com a mediação teatral sobre o espetáculo que vem a seguir, intitulado como Seu Cocó e as Caixas-surpresa, permitindo que os discentes tenham acesso às referências que compõem a obra. Ao fim da conversa, entra em cena Seu Cocó, um palhaço que “toca sem saber que toca” e convida o público a conhecer um acervo inusitado, composto por canções inventadas, poesias invisíveis, trava-línguas dançados, adivinhas misteriosas e cantigas de roda. Projeto Na Trilha do Teatro leva arte para dentro das escolas | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília “O espetáculo se baseia no brincar de fazer música mesmo sem saber e mesmo sem ter um instrumento. Todo o cenário e objetos de cena são feitos de papelão — tem uma guitarra de papelão, um teclado de papelão — e é com isso que se faz o jogo de brincar, de fazer música, envolvendo a plateia para fazer junto”, explica o ator e palhaço Pedro Caroca. A próxima é a oficina de musicalização. Por meio de jogos e dinâmicas, os alunos aprendem a transformar o corpo em instrumentos, experimentando tempo, pulso, timbre e harmonia de modo prático e lúdico. “Nosso objetivo principal é formar público e o melhor lugar para isso é a escola pública, onde tem um ensino de base em que conseguimos alcançar crianças menores que estão em fase de aprendizagem com arte”, enfatiza Caroca. Pedro Caroca: “Nosso objetivo principal é formar público e o melhor lugar para isso é a escola pública, onde tem um ensino de base em que conseguimos alcançar crianças menores que estão em fase de aprendizagem com arte” Na estreia da iniciativa, todos os 158 estudantes da Escola Classe Kanegae prestigiaram a mediação e o espetáculo. Já a oficina foi feita por uma turma de 20 discentes aproximadamente. Localizada na área rural, a unidade funciona em modelo integral — com oferta de cinco refeições diárias — e recebe crianças de 6 a 11 anos nos anos iniciais do Ensino Fundamental. “É um momento muito rico e que as crianças gostam muito. Musicalização está no nosso currículo de movimento e foi tratado de uma forma lúdica, prazerosa, em que as crianças se divertiram e aprenderam”, salienta a diretora da instituição, Eliane Ferreira Soares. Alice Alves, 8 anos, e Rafael Azevedo, 7, participaram das três atividades e aprovaram a experiência. “A apresentação do teatro foi muito legal. O palhaço cantou músicas, a gente descobriu o que tinha dentro das caixas. A música faz a gente se divertir, você dança, se remexe, eu gosto”, contou a menina. Para Pedro, a melhor parte foi aprender a fazer sons com o próprio corpo. “Eu adorei cantar música, fazer sons. Aprendi a cantar melhor”, disse ele, que revelou que a escola tem uma composição autoral. O menino cantou uma parte para a reportagem: “Chegou a Liga da Justiça Escolar: Super Honesto, Capitão Amizade, Guardião do Respeito. Vamos investigar com coragem e coração, eles na missão para que tenham solução, todos pelo poder da educação.” A pequena Alice Alves aprovou a experiência: “A apresentação do teatro foi muito legal. O palhaço cantou músicas, a gente descobriu o que tinha dentro das caixas. A música faz a gente se divertir, você dança, se remexe, eu gosto” Com foco na oferta de acessibilidade ao público, as atividades do Na Trilha do Teatro contaram com interpretação em Libras e audiodescrição. Também foi entregue material pedagógico com brincadeiras e atividades sobre o projeto. Após as visitas escolares, será lançada uma exposição virtual com ilustrações e depoimentos dos estudantes, além de registros fotográficos e audiovisuais da equipe. A mostra, com curadoria do museólogo Marino Alves, ficará disponível permanentemente no site www.natrilhadoteatro.com.br. A primeira edição ocorreu em 2023, passando por 11 escolas públicas de diversas regiões administrativas. Veja a programação: 29 de outubro — Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais (CEEDV) Asa Sul; 30 de outubro — Escola Classe Itapeti no Paranoá; 5 de novembro — Escola Classe Guariroba em Samambaia; 6 de novembro — Escola Classe Córrego das Corujas em Ceilândia; 7 de novembro — Escola Bilíngue de Taguatinga.
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Dia das Crianças terá programação gratuita com diversão, arte, música, cinema e literatura
A celebração do Dia das Crianças no Distrito Federal será repleta de arte, brincadeiras e muita diversão para os pequenos. A programação se estende por todo o fim de semana e reúne eventos apoiados pelo Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), além de atividades promovidas em equipamentos públicos, como o Cine Brasília, o Planetário de Brasília e o Zoológico. Um dos espaços mais visitados pelo público, o Zoológico de Brasília terá dois dias dedicados à data. No sábado (11) e no domingo (12), a programação inclui brinquedos infláveis, atividades recreativas e educativas — que valorizam a convivência, o cuidado com os animais e o amor pela natureza —, vacinação gratuita, feira de artesanato e lançamento de livro. A entrada no Zoológico será gratuita no sábado e no domingo, em função do programa Lazer Para Todos. Parte do projeto do GDF, o Jardim Botânico também tem entrada franca no Dia das Crianças. A programação especial do Dia das Crianças no Zoo terá brinquedos infláveis e atividades recreativas e educativas | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Para comemorar a data, o Cine Brasília estende a mostra de clássicos do Studio Ghibli. No domingo, serão exibidas sessões das animações Meu Amigo Totoro, às 14h, e A Viagem de Chihiro, às 16h. De 1988, o primeiro filme narra a história de duas irmãs explorando o interior do Japão após a mudança da família para o campo, quando conhecem Totoro, uma criatura mágica. Já o segundo foi lançado em 2001 e venceu o Oscar de Melhor Animação. A história acompanha Chihiro, uma garota de 10 anos que, ao se mudar com os pais, acaba presa em um mundo fantástico habitado por deuses, espíritos e criaturas misteriosas. Ingressos a R$ 10 (meia) e R$ 20 (inteira). No Planetário de Brasília, as crianças são convidadas a uma jornada cósmica no sábado e no domingo. Durante dois dias, o espaço público se transforma em um universo de descobertas, com observação do Sol com telescópios, oficinas de foguetes e nebulosas, realidade virtual, sessões na cúpula e muito mais. Toda a programação é gratuita, com retirada presencial de ingressos 30 minutos antes das atividades. Funcionamento a partir das 11h. O filme A Viagem de Chihiro será exibido no Cine Brasília neste domingo (12), às 16h; ingressos a R$ 10 (meia) e R$ 20 (inteira) | Foto: Divulgação Ações descentralizadas Em São Sebastião, a pedida é o evento Piquenique Literário, no Parque do Bosque. Em sua segunda edição, o projeto terá programação sexta-feira (10) e sábado (11), a partir das 14h, com contações de histórias, teatro, mágica, mamulengo e oficinas. O dia também terá entrega de pipoca e algodão doce de forma gratuita. O evento conta ainda com audiodescrição e intérprete de Libras. A realização ocorre com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC-DF). Em Taguatinga, no sábado, a escola de samba Capela Imperial abre as portas para o Ensaio Aberto — Edição Dia das Crianças, em frente à sua sede, no Setor J Norte, a partir das 14h. Com apoio do projeto Distrito Criativo, parceria entre o Distrito Drag e a Secec-DF, o evento mistura samba, diversidade e brincadeira em uma grande festa comunitária. O grupo Canto das Pretas e a Bateria Chapa Quente comandam o som, enquanto as crianças aproveitam recreação com pula-pula, piscina de bolinhas, pintura de rosto e animadores. Também haverá apresentações do casal de mestre-sala e porta-bandeira e das passistas da agremiação. A escola de samba Capela Imperial abre suas portas no sábado (11) para o Ensaio Aberto — Edição Dia das Crianças | Foto: Divulgação No domingo (12), o Teatro Engrenagem, localizado na 712 Norte, recebe o espetáculo Roça Cri-criativa, da artista Nambir, voltado especialmente para a primeira infância. Em duas sessões (11h e 15h), o show mistura música, yoga, respiração e consciência ambiental em uma experiência interativa e sensorial. As apresentações também contam com recursos do FAC, com entrada franca mediante retirada de ingressos no site parceiro.
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Abertas as inscrições para a 1ª Conferência Brasileira de Montadores e Riggers de Circo na UnB
Já estão abertas as inscrições para a 1ª Conferência Brasileira de Montadores e Riggers de Circo, que ocorre nos dias 26, 27 e 28 de agosto, na Faculdade de Educação Física, no Campus Darcy Ribeiro da Universidade de Brasília (UnB). Serão três dias de imersão em que artistas, pesquisadores, técnicos e especialistas discutirão temas como a segurança circense e as condições de trabalho dos profissionais do segmento. Os interessados podem se inscrever até 25 de agosto por este link. Com recursos do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretária de Estado da Economia Criativa (Secec), a conferência é uma atividade de extensão da Faculdade de Educação Física da UnB. Segundo Ludmila Condé, produtora da conferência, o apoio do GDF foi fundamental para a viabilidade do evento. “A verba do FAC garante estrutura, acessibilidade, vinda de profissionais de referência nacional e internacional, além de permitir que as atividades sejam amplamente divulgadas e gratuitas, democratizando o acesso ao conhecimento especializado”, comemora. Serão três dias de imersão em que artistas, pesquisadores, técnicos e especialistas discutirão temas como a segurança circense | Foto: Divulgação A organização é do projeto Entre Nós, voltado à cultura de segurança no circo no Distrito Federal, e da empresa Aerius Soluções em Altura — empresa de Campinas (SP) especializada em segurança no circo, rigging, acesso e resgate —, com o apoio do Avante, Grupo de Pesquisa e Formação Sociocrítica em Educação Física, Esporte e Lazer da UnB. Atividades e especialistas [LEIA_TAMBEM]O evento terá palestras, oficinas, mesas-redondas e vivências práticas. Entre os temas, estão normativas e certificações, a cultura de segurança como parte do processo criativo, o ensino do risco no circo, segurança em circos itinerantes, mulheres e equidade no mercado técnico; e aulas inclusivas para pessoas com deficiência. As oficinas incluirão temas como sistemas de vantagem mecânica, inspeção e manutenção de equipamentos de segurança (EPIs), ancoragens seguras, estruturas suspensas e vivências práticas de acesso por corda. Estão confirmadas participações especialistas como a de Marco A. Bortoleto, um dos principais pesquisadores/acadêmicos sobre circo no Brasil; Fábio Marcelo, autor de livros sobre segurança em altura; e Diego Ferreira, autor da obra Segurança no circo: questão de prioridade. A pluralidade da cena técnica circense estará representada por oradores como Tum Aguiar, fly-in rigger do Cirque du Soleil, e Mateus Bonassa, artista e rigger com experiência em produções como O Teatro Mágico e Circo Vox. Além deles, técnicos e artistas de outras regiões do Brasil compartilharão experiências que entrelaçam segurança, estética e ética no fazer circense.
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Festival Trilha da Inclusão começa nesta quinta (10), com exposição de artes visuais
Começa nesta quinta-feira (10) a segunda edição do Festival Trilha da Inclusão, organizado pela Guia Acessibilidade Inclusiva, com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF). O evento tem como objetivo dar visibilidade a artistas com deficiência. Quem abre a programação é a mostra de fotografias e esculturas Monumento Aleijado, de Céu Vasconcellos, no Espaço Cultural Renato Russo, na 508 Sul. “É uma exposição em que eu disputo e discuto o direito ao corpo, à cidade, à memória, à fabulação e à permanência de corpos com deficiência”, descreveu Céu, que é cearense. Foto: Ana Pinho/Divulgação “Desde o início da minha trajetória, eu pesquiso história das próteses. Tenho uma deficiência na mão direita e sempre recebi muitos questionamentos sobre as próteses, questionamentos capacitistas, como se fosse um corpo que falta. [A ideia é] desmistificar a deficiência e trazer para perto, sem estigmas, mas com liberdade. O problema não está na deficiência, mas, sim, no mundo que não está preparado para lidar com a gente”, acrescentou. Além da mostra, o Trilha da Inclusão terá uma vasta programação multicultural, também no Espaço Cultural Renato Russo, no fim de semana de 1º a 3 de agosto. O público poderá conferir curtas-metragens produzidos por artistas surdos e espetáculos de teatro e dança. Todas as atividades são gratuitas e contam com acessibilidade. Para Céu, iniciativas como o Trilha são “de uma importância enorme”. “São projetos que não só trazem PCDs, como muitos espaços fazem, como cota. Mas que de fato propõem um espaço de protagonismo. A comunidade ‘def’ está aí há muito tempo, produzindo, criando, mas, infelizmente, o mundo não olha para nós, os equipamentos culturais, os museus, os espaços ignoram a nossa presença. São projetos muito importantes por fazer lembrar e trazer para o centro da discussão o nosso corpo, a nossa perspectiva. Estamos produzindo e precisamos de espaço”, arrematou.
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