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Hospital da Criança atualiza protocolo de neutropenia febril

Profissionais do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) participaram do movimento Hora Dourada, voltado à ação da equipe em casos de neutropenia febril – febre em crianças que estão em tratamento oncológico. Os funcionários de diferentes áreas da unidade passaram por treinamentos para se atualizar quanto ao novo protocolo do HCB, que busca o diagnóstico precoce dos casos e ação em tempo adequado. A diretora executiva da unidade, Valdenize Tiziani, reforça que o hospital sempre foi atento aos cuidados com neutropenia febril, visto que o quadro pode levar a óbito | Foto: Maria Clara Oliveira/Ascom HCB A neutropenia febril desperta cuidados porque, tanto pela doença quanto pelo próprio tratamento, os pacientes não contam com células de defesa contra infecções. “As crianças em quimioterapia são imunossuprimidas, chegam a ficar com zero neutrófilos. Quando são acometidas por algum processo infeccioso, a cada minuto a quantidade de bactérias se multiplica de forma exponencial”, explica a diretora técnica do HCB, Isis Magalhães. Segundo ela, a infecção pode se tornar uma sepse – por isso é importante intervir com agilidade, evitando o agravamento do quadro. De acordo com a diretora técnica do HCB, Isis Magalhães, a neutropenia febril desperta cuidados porque, tanto pela doença quanto pelo próprio tratamento, os pacientes não contam com células de defesa contra infecções O protocolo de neutropenia febril do HCB foi atualizado para garantir que crianças com câncer, ao apresentarem febre (temperatura acima de 38,3ºC) em casa, sejam atendidas mais rapidamente e recebam a primeira dose de antibiótico até 60 minutos depois da primeira avaliação clínica no hospital. Como o HCB não tem serviço de emergência, os pacientes da oncologia contam com o “cartão vermelho”: metodologia para sinalização das condições de risco e controle de acesso dessas crianças à assistência especializada em saúde, permitindo que elas acessem a unidade em qualquer dia ou horário. Ao sentir febre em casa, a criança em tratamento de quimioterapia deve comparecer ao HCB com o cartão vermelho, para dar início ao protocolo. A meta nacional é de que 70% dos pacientes onco-hematológicos pediátricos com neutropenia febril recebam o tratamento na primeira hora. Como o Hospital da Criança de Brasília já ultrapassa esse índice, o objetivo no HCB é de que, até março de 2025, o índice chegue a 90%. Por isso, todos os profissionais envolvidos no atendimento, iniciando com os funcionários das recepções do HCB, foram envolvidos no movimento Hora Dourada. A diretora executiva da unidade, Valdenize Tiziani, reforça que o hospital sempre foi atento aos cuidados com neutropenia febril, visto que o quadro pode levar a óbito. “As equipes estão muito sensibilizadas para isso, porém sempre temos a oportunidade de melhorar mais; o Hospital da Criança de Brasília tem, em seu DNA, a questão da melhoria contínua. Esse projeto nos coloca pari passu com os melhores centros do mundo e temos que chegar com indicadores semelhantes”, afirma Tiziani. *Com informações do HCB

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HCB reúne crianças que alcançaram sucesso no tratamento de alergias alimentares

O período de 23 a 29 de junho de 2024 foi definido, pela Organização Mundial da Alergia, como a Semana Mundial da Alergia – tempo em que os profissionais da área intensificam ações de conscientização sobre a doença. O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) participou da mobilização, realizando teatro e palestra para orientar sobre sintomas e cuidados. Alérgica a leite e derivados, Heloísa Santos, assistida pelo HCB, e a médica Valéria Botan participaram da mobilização promovida pela Semana Mundial da Alergia | Foto: Maria Clara Oliveira/HCB A cada ano, a Semana Mundial da Alergia aborda um tema diferente; em 2024, o escolhido foi “Superando os obstáculos da alergia alimentar”. Dessa forma, pacientes que recebem tratamento para este tipo específico de alergia participaram do evento, que também alcançou crianças e adultos que não apresentam esse diagnóstico. A peça, encenada por residentes de alergia pediátrica do HCB, contava a história de um menino que precisava explicar, na escola, o motivo de não comer o mesmo lanche que os amigos. Além de assistir à peça, as famílias atendidas pela equipe de alergia acompanharam uma palestra sobre alimentação saudável e participaram de um momento de interação com direito a lanche “Essas crianças ainda sofrem uma exclusão social por terem as limitações alimentares. É muito importante trazer um teatro como esse para mostrar que todo mundo pode ser incluído nas brincadeiras, nas festinhas da escola, independente de ter ou não uma alergia”, explica a médica responsável pelo ambulatório de alergia alimentar do HCB, Valéria Botan. Para Alana Santos, mãe de Heloísa Santos, 6 anos, essa abordagem da integração social é importante. “Tem muito preconceito, tanto a criança como a mãe são muito julgadas; as pessoas não entendem. Um evento que traz informações facilita para as pessoas entenderem e termos menos julgamento”, disse. Ao lado da mãe, Heloísa acompanhou a apresentação e contou que, quando alguém oferece algo que ela não pode comer, tem a resposta na ponta da língua: “Não, eu não quero!” Lucas Fernandes aproveitou para comer um bolo. Ele foi diagnosticado com uma alergia grave a ovo quando tinha dois anos e, assim como Heloísa, passou por um período de dessensibilização para alcançar tolerância ao alimento A menina é alérgica a leite e derivados, mas já iniciou o tratamento e passa por dessensibilização. “A gente mantém a dieta em casa; a médica orientou a fazer aos poucos: um pouquinho de leite no purê, para ver como ela vai reagir. Só o leite, mesmo, que não damos de jeito nenhum”, relata a mãe de Heloísa. De tudo que já experimentou durante esse processo, ela seleciona seus pratos preferidos: “Bolo de cenoura, de paçoca ou de chocolate; eu gosto do sabor”. Além de assistir à peça, as famílias atendidas pela equipe de alergia acompanharam uma palestra sobre alimentação saudável e participaram de um momento de interação com direito a lanche. O cardápio incluiu pratos que, graças ao tratamento, as crianças já podem ingerir. Lucas Fernandes, 9 anos, aproveitou para comer um bolo. Ele foi diagnosticado com uma alergia grave a ovo quando tinha 2 anos e, assim como Heloísa, passou por um período de dessensibilização para alcançar tolerância ao alimento. A mãe do menino, Marivone Fernandes, conta: “Se dessem uma balinha para ele, perguntava ‘tem ovo? Porque eu não posso’; ele tinha essa consciência. Agora ele recebeu alta e já está só na fase de acompanhamento, para ver se não tem nenhuma crise”. Segundo a médica coordenadora de Imunologia e Alergia do HCB, Cláudia Valente, casos como os de Heloísa e Lucas são comuns entre as alergias alimentares: “Os alimentos mais frequentes são o leite e o ovo, mas têm crescido alergias até a frutas, como a banana – temos casos graves de alergia a banana – e às castanhas, que são um alimento bastante utilizado no Brasil. No contexto do HCB, a alergia alimentar grave é uma demanda muito grande”. A médica reforça, portanto, que “é importante o paciente ser acolhido, com orientação da equipe da nutrição, dos alergistas, enfermagem, psicologia”. *Com informações do HCB

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Diagnóstico precoce de tumores pediátricos é tema de curso no DF

O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) reúne, durante dois dias – sexta (17) e sábado (18) -, profissionais das áreas de biologia, farmácia, biomédicos e médicos hematologistas para a troca de experiências e estratégias de diagnósticos com uso da citometria de fluxo. “Aqui no hospital temos várias ferramentas para chegar ao diagnóstico de precisão”, disse o médico patologista Pedro Pinto, responsável pelo Laboratório de Anatomia Patológica do HCB | Fotos: Divulgação/HCB A ferramenta é utilizada pelas equipes de oncologia do HCB e da UFRJ e o trabalho é referência internacional. É a primeira vez no país que é realizado um curso com teoria e prática para o aprimoramento de estudos de “imunofenotipagem por citometria de fluxo” para tumores sólidos pediátricos. O recurso é estudado há mais de 15 anos pela UFRJ mas, só a partir de 2008, foi incorporado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para diagnóstico de tumores sólidos pediátricos. O citômetro de fluxo é um equipamento que oferece uma resposta rápida e precisa, com diagnósticos nas primeiras 24 horas, e que avalia a célula individualmente (single-cell). Esse é o desafio, pois a célula precisa estar dissociada do sangue e da medula. Por isso, a dificuldade de incorporar na rotina de diagnóstico. Cristiane de Sá Facio, do Laboratório de Citometria de Fluxo da Universidade Federal do Rio de Janeiro, ao falar da ferramenta como aliada nos diagnósticos, se disse otimista quanto à cura universal do câncer infantil em mais de 60% por volta de 2030. “A OMS pretende que o diagnóstico precoce do câncer seja um dos motivos para melhorar as taxas de cura do câncer infantil. A citometria de fluxo vem como auxiliar no diagnóstico precoce. Não é uma tecnologia cara e é rápida a resposta do laudo. Ao expandir o conhecimento da UFRJ para Brasília e o Brasil, e implementar não somente em instituições isoladas, acredito que seja o primeiro passo para demonstrar que isso realmente funciona e que possa auxiliar no diagnóstico precoce “, comemorou Cristiane Facio. De acordo com Elaine Sobral, da UFRJ, o Brasil passou a ser referência no mundo e integra o Euro Flow juntamente com 13 países e 17 laboratórios de ponta Elaine Sobral, da UFRJ, que já realiza trabalhos conjuntos na linha de diagnósticos com o HCB, comentou sobre a evolução dos diagnósticos até chegar a integrar o Consórcio Euro Flow. O Brasil passou a ser referência no mundo e integra o Euro Flow juntamente com 13 países e 17 laboratórios de ponta. “Os diagnósticos de tumores são feitos tradicionalmente pela patologia e demoram, em média, 15 dias, até um mês nos tumores raros. Crescem muito rápido. Então, há mais de 10 anos começamos a fazer uma série de testes para diagnóstico rápido com citometria de fluxo e se tornou uma realidade. Em junho de 2020, patenteamos esse método junto ao Consórcio Euro Flow de citometria de fluxo, e o Laboratório da UFRJ é o único, fora da Europa, a integrar o Consórcio. Somos os investigadores principais na parte de tumores sólidos pediátricos. Isso começou a ser testado em vários países. Em 2021 publicamos, e já estamos com 900 amostras de testagem. Tivemos adesão de outros serviços como o Hospital da Criança”, disse a pesquisadora da universidade do Rio, que elogiou os profissionais dos laboratórios do Hospital da Criança na conclusão dos diagnósticos rápidos. O Hospital da Criança fez um upgrade no Laboratório Translacional que realiza mais de 24 mil exames por ano. Novos equipamentos adquiridos vão propiciar buscas de alterações genéticas nos tecidos, com a aquisição da Plataforma de Sequenciamento de Nova Geração, o que amplia a possibilidade de diagnósticos e prognósticos. Os tratamentos podem ser ainda mais assertivos e menos tóxicos com uma terapia específica para cada criança, disse o chefe do Laboratório Ricardo Camargo. “O acondicionamento do material biológico para futuras pesquisas, o monitoramento e evolução das terapias serão de extrema importância para atualização das investigações científicas, além das trocas de amostras entre outros centros de pesquisa”, disse o biomédico, a considerar a complexidade do câncer infantil e as lacunas do conhecimento que precisam ser resolvidas para chegar a uma medicina de precisão. Isso será possível também com a criação do Biobanco. O médico patologista Pedro Pinto, responsável pelo Laboratório de Anatomia Patológica do HCB, apresentou o Laboratório de Citotécnica, Histotécnica, a Sala de Congelação e Necropsia Clínica, para onde são enviadas as amostras patológicas. O patologista reforçou a importância de “amostras frescas” para um diagnóstico preciso. E compartilhou com os alunos as informações que subsidiam o trabalho diário dos patologistas. O livro da OMS e da Agência Internacional de Pesquisas sobre o Câncer (IARC) padroniza as práticas diagnósticas. Essa publicação era atualizada a cada 20 anos, lembrou o médico, mas a evolução das novas pesquisas na patologia tem levado a uma reedição a cada dois anos da publicação, considerada a “bíblia da patologia”. “Aqui no hospital, temos várias ferramentas para chegar ao diagnóstico de precisão”, disse o médico. Mas ele ressaltou, também, a importância da clínica médica, “pois uma criança, ao apresentar um tumor, o fato já enseja uma investigação da história clínica que vai sondar a história familiar. No câncer infantil, há possibilidade do fator da hereditariedade”, afirmou o patologista. “A atuação multidisciplinar dos profissionais tem contribuído para o enfrentamento do câncer infantil e a sobrevida de pacientes em números que superam estatísticas nacionais e aproximam o HCB dos centros de referência em países mais evoluídos.” É o que afirma a diretora técnica do HCB, a médica pediatra hematologista Isis Magalhães. “Esse desenho do cuidado correto da oncologia pediátrica no HCB vem nos trazendo, agora, os resultados de melhoria de sobrevida. Hoje, podemos ter curvas de sobrevida do câncer mais comum, a Leucemia Linfoblástica Aguda. As crianças classificadas com risco padrão chegam a apresentar sobrevida de até 80%. Em trabalhos de doutorado recentes do HCB já se sustentam informações sobre a cura em níveis que chegam a 87%. “No caso do Tumor de Wilms, antes, o mundo mostrava a melhoria de sobrevida onde tem um trabalho multidisciplinar muito estreito. Esse esforço, nesse tempo, se transformou na real melhoria de sobrevida”, conclui a médica hematologista, reforçando a importância do tratamento multidisciplinar da instituição. *Com informações do HCB  

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Workshop atualiza conhecimentos sobre ventilação mecânica na pediatria

O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) realiza, nesta quinta (21) e sexta-feira (22), o primeiro Workshop de Ventilação Mecânica em Pediatria. Voltado para médicos intensivistas e fisioterapeutas, o evento busca atualizar conhecimentos sobre suporte respiratório em casos de insuficiência na respiração. São repassadas informações teóricas e práticas, além de experiências vividas na área. A data da oficina foi escolhida por esta ser a época de maior incidência de problemas respiratórios em pediatria, o que aumenta os casos de necessidade de ventilação mecânica. Workshop de ventilação mecânica foi voltado para médicos intensivistas e fisioterapeutas | Fotos: Divulgação/ HCB Segundo a coordenadora da UTI, a médica intensivista Selma Kawahara, o momento educativo é voltado tanto a profissionais do HCB quanto aos de outros hospitais. “A ventilação mecânica é um dos pilares do manejo do paciente crítico. Tínhamos pensado em fazer o workshop só para o HCB, mas vimos que era uma necessidade da rede como um todo. Então, achamos importante que fosse um evento para todo o Distrito Federal, tanto para rede pública como para hospitais particulares”, afirma Kawahara. A responsável técnica de fisioterapia na UTI do Hospital da Criança de Brasília, Raíssa Aragão, ressalta a relevância da oficina para os fisioterapeutas. “O paciente em ventilação mecânica é acompanhado desde o início até a alta. Trabalhamos com os parâmetros ventilatórios para fazer o desmame e tentar extubar o quanto antes, além de evitarmos danos associados à ventilação – o ventilador é quase um braço do fisioterapeuta”, compara. A médica intensivista Selma Kawahara fala sobre a importância da ventilação mecânica: “É um dos pilares do manejo do paciente crítico” A diretora executiva do HCB, Valdenize Tiziani, participou da abertura do evento e falou sobre as particularidades do cuidado ao paciente crítico. “Temos uma UTI com 46 leitos, de altíssima complexidade, com pacientes extremamente graves – a grande maioria, em ventilação mecânica. É um desafio muito grande, mas salta aos olhos o excelente trabalho que é feito no hospital”. A diretora técnica do HCB, Simone Prado, elogiou o interesse dos profissionais em se preparar. “Sabemos que a ventilação mecânica em crianças precisa ser muito assertiva, necessitando de conhecimentos específicos voltados para aquela faixa etária. A tecnologia tem evoluído muito; estamos no caminho certo, nos preparando cada vez mais. Acredito que não existe outro caminho que não seja o conhecimento”. Diretora técnica do HCB, Simone Prado, elogiou o interesse dos profissionais na oficina: “Estamos no caminho certo” Os participantes do evento iniciaram o aprendizado com a palestra “Fisiopatologia da insuficiência respiratória e modalidades básicas da ventilação mecânica”, conduzida pelo médico intensivista pediatra da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) e coordenador do Programa de Reanimação Pediátrica da Sociedade de Pediatria do Distrito Federal, Andersen Othon Rocha. Partindo da pergunta “Por que respiramos?”, ele uniu conhecimentos matemáticos e analogias com situações do cotidiano (como encher um balão ou calibrar o pneu de um carro) para falar sobre as formas de ventilar pacientes de acordo com a doença apresentada por cada um. Cesar Augusto Melo, fisioterapeuta da Universidade de Brasília (UnB) e do Núcleo de Integração Funcional, deu seguimento à programação. Com a palestra “Interação cardiopulmonar na ventilação mecânica”, ele ofereceu ao público informações sobre a relação entre pulmões e coração, e como ela pode ser afetada pela necessidade de ventilação. A programação do workshop envolve palestras, mesas redondas e oficinas práticas. A responsável técnica relaciona alguns temas tratados nas oficinas: “Vamos abordar mecânica ventilatória, modos ventilatórios mais avançados, ultrassonografia diafragmática e outras terapias depois de extubar: ventilação não invasiva, com máscara; ventilação de alto fluxo, que é só o oxigênio, mas que também gera uma pressão e pode ser usada em casa”, explica Raíssa Aragão. *Com informações do Hospital da Criança de Brasília

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