Saúde bate recordes de atendimento em 2024
Os números de 2024 da Secretaria de Saúde (SES-DF) revelam um ano com aumento de produtividade e ampliação na oferta de serviços para a população. Foram mais de 4 milhões de atendimentos individuais na Atenção Primária à Saúde (APS). O número é 18% maior que o registrado em 2023. Houve também avanços no atendimento ambulatorial, expansão das cirurgias e maior oferta de leitos nas unidades de terapia intensiva (UTIs). Números de 2024 da Secretaria de Saúde do DF revelam aumento de produtividade e ampliação na oferta de serviços para a população | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF “Em termos de gestão, os indicadores positivos são interessantes, mas não são apenas estatísticas”, pontua a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. “O que temos, efetivamente, é um número maior de pessoas beneficiadas. São crianças, mães, pais e idosos, todos com uma vida melhor.” 3,7 milhões Número aproximado de atendimentos registrados nas 176 UBSs do DF No caso da APS, principal porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS), foram mais de 3,7 milhões de atendimentos na rede de 176 unidades básicas de saúde (UBSs) e mais de 16 mil em domicílio. Destacaram-se, ainda, 5,7 mil ações em vias públicas, como o Consultório na Rua, que atende populações vulneráveis, e 1,5 mil em instituições como abrigos. Em instituições de ensino e creches, ocorreram 1,6 mil atividades, como parte do programa Saúde na Escola. Atualmente com 100 vagas, o Serviço de Atenção Domiciliar de Alta Complexidade, conhecido como home care, caminha para oferecer 200. Os pacientes recebem em casa serviços de técnico de enfermagem 24 horas, visita médica e de enfermeiro, nutricionista, profissionais de fonoaudiologia e da área de fisioterapia motora e respiratória. Atenção Secundária A Atenção Secundária, que atua no atendimento ambulatorial especializado e complexidade intermediária, também teve avanços. De janeiro a setembro deste ano, foram mais de 2,5 milhões de atendimentos. A média é de 283,3 mil por mês, cerca de 13,5% acima dos 249,5 mil registrados em cada mês do ano passado. Somente na atenção secundária, foram mais de 2,5 milhões de atendimentos realizados em 2024 | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF Os índices envolvem as unidades de pronto atendimento (UPAs), policlínicas, centros especializados e dos centros de Atenção Psicossocial (Caps), de Especialidades Odontológicas (CEOs) e de Especialidades para a Atenção às Pessoas em Situação de Violência (Cepavs). Hospitais Nos hospitais, as cirurgias ambulatoriais chegaram, de janeiro a outubro, a quase cinco mil por mês, 6,2% acima da média registrada ao longo de 2023. Também aumentou o uso de leitos de UTI: de janeiro a outubro de 2024, foram em média quase 13 mil diárias atendidas por mês, frente a 11 mil diárias mensais ao longo de todo o ano passado. “Todos esses dados, disponíveis para a população por meio das iniciativas de transparência da secretaria, mostram que houve um planejamento acertado para a ampliação de atendimento em todos os níveis de atenção” Lucilene Florêncio, secretária de Saúde A ampliação é fruto do aumento da oferta. Nos últimos seis anos, o número de leitos de UTI na rede pública saltou de 319, em dezembro de 2018, para 433, até novembro deste ano. De acordo com a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib), o DF tem mais que o dobro de leitos de UTI por 100 mil habitantes, na comparação com a média brasileira. “Todos esses dados, disponíveis para a população por meio das iniciativas de transparência da secretaria, mostram que houve um planejamento acertado para a ampliação de atendimento em todos os níveis de atenção”, detalha Lucilene Florêncio. A secretária ressalta ainda o investimento constante em melhorias de gestão, com processo de digitalização avançado e investimento em iniciativas como o Centro de Inteligência Estratégica para a Gestão do Sistema Único de Saúde (Cieges-DF) – uma plataforma que permite o acompanhamento de diversos indicadores. Nos hospitais, o destaque ficou por conta das forças-tarefas para realização de cirurgias | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Atendimento sem distinção Os dados também mostram a importância da SES-DF para os 33 municípios goianos e mineiros da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride-DF). Pessoas com moradia fora do Distrito Federal (DF) são, conforme preconiza o SUS, atendidos sem distinção. De janeiro a setembro deste ano, o DF atendeu 36,3 mil pacientes da Ride-DF em internações hospitalares (UTI e alta complexidade), o que equivale a 48,5% de todas as internações dessa região. Além disso, o DF acolheu 5,1 mil pacientes de outros estados fora da região, incluindo 515 internações em UTI e 974 em alta complexidade. A saúde materno-infantil também faz parte da estatística: 71% dos partos e puerpérios da Ride-DF são realizados nos hospitais públicos do Distrito Federal, enquanto 92% das internações no período perinatal também ocorrem na rede pública de saúde da capital. Cerca de 30% dos 24,2 mil brasilienses nascidos entre janeiro e setembro, na verdade, vão morar em outros estados: Goiás, Minas Gerais, Bahia, Piauí, São Paulo, Maranhão e Tocantins. A situação se repete na oncologia. No mesmo período, das 1,6 mil autorizações de internação para cirurgias oncológicas, 246 foram para pacientes de outras unidades federativas. Além disso, até setembro, foram registrados 78,4 mil procedimentos ambulatoriais de alta complexidade para pacientes da Ride-DF. Na prática, no DF ocorrem 46,7% dos tratamentos de oncologia de habitantes do Entorno do DF, 72,2% dos cateterismos cardíacos e 40,3% dos exames de ressonância magnética e tomografia computadorizada, entre outros procedimentos de alta complexidade. Ainda no DF, foram atendidos 17 mil pacientes de outros estados fora da Ride, em procedimentos ambulatoriais de alta complexidade ao longo deste ano *Com informações da Secretaria de Saúde
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Empresas são habilitadas para ofertar mais 200 vagas de home care
Dando continuidade ao credenciamento que amplia o serviço de home care na rede pública de saúde do Distrito Federal, duas empresas foram habilitadas e já estão aptas a oferecer mais 200 vagas. O extrato foi publicado nesta quarta-feira (18) no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). A expectativa é que as novas vagas estejam disponíveis para os usuários a partir do início de 2025. O serviço de home care na rede pública de saúde do DF foi ampliado com a habilitação de duas novas empresas, que já estão aptas a oferecer mais 200 vagas | Foto: Mariana Raphael/Agência Saúde-DF A próxima etapa será a distribuição das vagas entre as empresas, realizada em sessão pública. Após essa fase e a homologação do procedimento, as empresas serão convocadas para o credenciamento e assinatura do contrato. Todos os trâmites estão previstos para serem concluídos ainda neste ano. De acordo com a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, além de ser essencial para os pacientes, o serviço de home care contribui para a humanização da assistência. “Esse tipo de atendimento domiciliar desempenha um papel vital na oferta de cuidados integrais e centrados na pessoa, resultando em menor necessidade de internações e melhor qualidade de vida”, destacou. A gestora também ressaltou que, ao viabilizar o tratamento em casa, os leitos de UTI são liberados para outros pacientes. Além de fornecer equipamentos, mobiliário e insumos, o serviço de home care inclui visitas semanais de médicos e enfermeiros, além da presença contínua de um técnico de enfermagem | Foto: Tony Winston/Agência Saúde-DF UTI em casa O Serviço de Atenção Domiciliar de Alta Complexidade (SAD-AC) – conhecido popularmente como home care – é voltado para pacientes adultos, pediátricos e neonatais totalmente dependentes, internados em unidades de terapia intensiva (UTIs) e que necessitam de ventilação mecânica invasiva, mas que podem dar continuidade ao tratamento em casa. Além do fornecimento de equipamentos, mobiliário e insumos, o serviço inclui visitas semanais de médicos e enfermeiros, além da presença contínua de um técnico de enfermagem. Nutricionistas visitam os pacientes quinzenalmente, enquanto fonoaudiólogos realizam visitas duas vezes por semana, e fisioterapeutas acompanham diariamente. Para ser elegível ao serviço, o paciente deve apresentar dependência crônica de ventilação mecânica invasiva, ter traqueostomia e gastrostomia instaladas, além de estar adaptado ao uso do ventilador pulmonar portátil. É indispensável também possuir residência fixa e estar domiciliado no Distrito Federal. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)
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Oferta de serviços de home care será ampliada na rede pública de saúde
Está em andamento, pela Secretaria de Saúde (SES-DF), o credenciamento de empresas para prestar o Serviço de Atenção Domiciliar de Alta Complexidade (SAD-AC), também conhecido como home care. O serviço é destinado a pacientes adultos, pediátricos e neonatais totalmente dependentes, atualmente internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e com necessidade de ventilação mecânica invasiva, mas que podem seguir o tratamento em casa. Além de ampliar o atendimento, a medida permite desobstruir vagas de UTI para pacientes com maior gravidade. O atendimento em casa prevê visitação semanal de médico e enfermeiro, presença contínua de técnico de enfermagem, visita quinzenal de nutricionista, duas sessões de fonoaudiologia por semana e sessão diária de fisioterapia motora e respiratória | Foto: Tony Winston/Agência Saúde-DF Com o credenciamento em curso, a SES-DF vai ampliar de 100 para 200 os leitos de home care disponibilizados. O investimento anual é de mais R$ 76 milhões e inclui visitas multiprofissionais e assistência 24 horas por dia, sete dias por semana. “Oferecer o serviço de home care é uma parte relevante do esforço para entregar um atendimento integral a cada paciente, conforme as necessidades, trazendo qualidade de vida”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. O atendimento em casa prevê visitação semanal de médico e enfermeiro, presença contínua de técnico de enfermagem, visita quinzenal de nutricionista, duas sessões de fonoaudiologia por semana e sessão diária de fisioterapia motora e respiratória. Também são disponibilizados equipamentos, mobiliários e insumos – como máquinas de ventilação mecânica, nebulizadores, oxímetros, aspiradores e estimuladores de tosse, por exemplo. Gerente de Serviços de Atenção Domiciliar (Gesad) da SES-DF, a fisioterapeuta Silvana Leal destaca que o home care é um componente importante do Programa Melhor em Casa, iniciativa de âmbito nacional executada no DF pelos Núcleos Regionais de Atenção Domiciliar (NRAD) da secretaria. “O programa tem por finalidade proporcionar a humanização do atendimento, a redução de internações, a eficiência do sistema de saúde e a promoção da qualidade de vida dos pacientes”, pontua. Leal ainda enfatiza que o SAD-AC possibilita a oferta de vagas de UTI para pacientes mais graves. “Os núcleos trabalham em parceria com as unidades hospitalares para proporcionar o giro de leitos, ampliando assim a rotatividade e o acesso à hospitalização de outros usuários do Sistema de Saúde”. Para serem elegíveis ao SAD-AC, os pacientes precisam preencher requisitos clínicos e administrativos, como apresentar dependência crônica de ventilação mecânica invasiva, ter traqueostomia e gastrostomia instaladas e estar adaptados ao ventilador pulmonar portátil. Também é necessário que tenham residência fixa e sejam domiciliados no Distrito Federal. A lista completa de critérios exigidos consta na página 2 do edital de credenciamento, tópico 2.5. O quantitativo de pacientes pelas empresas que serão contratadas será distribuído de forma equânime entre as instituições credenciadas até o limite da capacidade operacional de cada uma. O quantitativo de empresas a serem credenciadas dependerá da disponibilização de vagas no momento do credenciamento. *Com informações da SES-DF
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Rede pública oferece atendimento de saúde em domicílio
Aos 20 anos, Kamilla Viana tem muitas histórias para contar. Moradora do Núcleo Rural Rajadinha II, em Planaltina, ela recebe assistência em casa por meio do Serviço de Atendimento Domiciliar de Alta Complexidade (SAD-AC), da Secretaria de Saúde (SES). Kaline (à direita), com a irmã Kamilla e uma enfermeira do serviço especial: “O home care, para nós, foi de uma ajuda absurda” | Foto: Tony Winston/Agência Saúde Kamilla tinha uma vida comum até os 11 anos. Corria e jogava bola, como toda criança. “Era superarteira e sapeca”, conta a irmã, Kaline Viana, 40 anos. Certo dia, a jovem começou a sentir dores nas pernas. Os incômodos continuaram, e, aos 15, veio o diagnóstico de distrofia muscular de cintura, doença que causa atrofiamento progressivo dos músculos. A jovem, então, passou a receber tratamento no Hospital da Criança de Brasília (HCB) até que, em maio de 2019, foi contemplada pelo serviço de atendimento domiciliar (home care). A assistência em domicílio da SES é indicada para pessoas em grau de vulnerabilidade quando a atenção em casa é considerada a melhor alternativa – caso de Kamilla. [Olho texto=”“Eles não deixam faltar nada, estão sempre dispostos a ajudar”” assinatura=”Kamilla Viana, assistida pelo Serviço de Atendimento Domiciliar de Alta Complexidade ” esquerda_direita_centro=”direita”] Executado por empresa contratada pela SES, o serviço, atualmente, atende 94 pessoas no DF que, a exemplo de Kamilla, precisam de equipamentos como ventilação mecânica, nebulizador, oxímetro, aspirador, estimulador de tosse, entre outros. Kamilla é assistida 24 horas por quatro enfermeiros que se revezam. Além disso, a garota recebe visitas de terapeuta organizacional e psicólogo às terças e quintas-feiras, fisioterapeuta toda semana e nutricionista a cada 15 dias. Assistência integral “Eles não deixam faltar nada, estão sempre dispostos a ajudar”, conta Kamilla. Sua irmã reforça: “O home care, para nós, foi de uma ajuda absurda. Nós fizemos festa quando fomos contemplados. Quando algum aparelho quebra, eles sempre mandam rápido.” É Kaline quem cuida da jovem. As irmãs perderam a mãe aos 7 anos, o pai aos 15 e a avó aos 16. “Foi quando ela veio morar comigo”, relembra Kaline. “Eu falei: ‘Milla, agora você vem ser minha filha, porque nossa base maior se foi’”. E assim, por meio do home care, Kamilla pode ser atendida e ao mesmo tempo ficar próxima à família. Ela passa o tempo livre assistindo a filmes e séries e ouvindo música – gosta de AC/DC e Nirvana. “Meu pai sempre gostou de rock, acho que peguei isso dele”, conta. Outro hobby da jovem é desenhar: “Sou apaixonada. É um estímulo que me deixa feliz, alegre”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A analista da Gerência de Serviços de Atenção Domiciliar (Gesad) Ana Paula Oliveira lembra que o atendimento domiciliar reforça o vínculo afetivo com a família. “Possibilita que o paciente fique no ambiente familiar, da maneira mais acolhedora”, diz. Para ter acesso ao SAD-AC, o familiar ou responsável pelo paciente deve entrar em contato com o Núcleo Regional de Atenção Domiciliar (NRAD) da Regional de Saúde onde mora Prioridade Em parceria com a SES, a Neoenergia Brasília dá prioridade ao atendimento a pacientes em home care. Portanto, quem usa aparelhos médicos que precisam de energia elétrica tem atenção diferenciada quando ocorre alguma interrupção momentânea no fornecimento. No caso de haver desligamento programado, a família do paciente em home care recebe um aviso personalizado, seja por meio de carta, e-mail ou outro canal de comunicação da companhia, com antecedência mínima de cinco dias úteis, informando a data e a hora da interrupção. Para tanto, o cliente precisa fazer um cadastro junto à empresa informando dados pessoais e qual sua condição especial. Com o cadastro preenchido, as informações devem ter confirmação do médico responsável pelo acompanhamento do paciente. A concessionária avalia o pedido e retorna com posicionamento em até 15 dias. *Com informações da Secretaria de Saúde
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