Hospital de Base inaugura novo arco cirúrgico e reforça capacidade assistencial
O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) inaugurou, nesta quinta-feira (18), um novo arco cirúrgico, equipamento essencial para procedimentos que exigem visualização interna precisa e em tempo real durante as cirurgias. Além de ampliar o parque tecnológico do hospital, o aparelho contribui para tornar os procedimentos mais seguros e eficientes. O investimento fortalece a autonomia cirúrgica da maior unidade hospitalar do Distrito Federal, amplia o acesso da população a procedimentos complexos e reafirma o compromisso do Instituto de Gestão Estratégica em Saúde (IgesDF) com uma saúde pública moderna, segura e resolutiva. A nova tecnologia representa uma versão mais moderna e avançada dos outros oito aparelhos do tipo já existentes no Hospital de Base. O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) inaugurou um novo arco cirúrgico, equipamento que contribui para tornar os procedimentos mais seguros e eficientes | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF O nome arco cirúrgico faz referência ao formato em “C” do aparelho, que permite mobilidade e a captação de imagens em diferentes ângulos, sem a necessidade de movimentar o paciente durante o procedimento. O recurso é utilizado em cirurgias de ortopedia, cardiologia, neurologia, urologia e gastroenterologia. Segundo o diretor de Atenção à Saúde do IgesDF, Edson Gonçalves, o novo equipamento incorpora avanços tecnológicos importantes, como menor emissão de radiação e integração imediata ao sistema de prontuário eletrônico, o que possibilita acesso mais rápido às imagens durante os procedimentos. “Com a visualização imediata, o médico não precisa esperar a revelação de filmes radiográficos para confirmar se um procedimento foi bem-sucedido. Ele já consegue ver na hora”, detalha. [LEIA_TAMBEM]Na prática, esses avanços impactam diretamente a rotina cirúrgica da unidade. Além de reduzir a dependência de equipamentos mais antigos, o novo arco cirúrgico amplia a capacidade cirúrgica com suporte de imagem, otimiza o uso das salas operatórias e contribui para a redução das filas de espera. A especialista clínica Maria Carolina Campelo destaca que o aparelho garante maior eficiência tanto em procedimentos complexos quanto nos de menor porte. “Essa máquina tem resolução muito alta, o que permite ampliar a imagem com bastante zoom e visualizar a região operada com muitos detalhes e alta acurácia”, complementa. Para a gestão do IgesDF, a entrega do equipamento reforça uma estratégia mais ampla de modernização da rede. O presidente do Instituto, Cleber Monteiro, ressalta que o novo arco cirúrgico representa um avanço concreto na qualidade da assistência prestada pelo Hospital de Base. “Temos buscado tecnologias que vão realmente fazer a diferença para o paciente, e isso é a nossa razão de ser. Podem ter certeza de que estamos em tratativas para adquirir outros equipamentos do mesmo nível, para que todos tenham acesso ao melhor equipamento possível”, afirma. O nome arco cirúrgico faz referência ao formato em “C” do aparelho, que permite mobilidade e a captação de imagens em diferentes ângulos, sem a necessidade de movimentar o paciente durante o procedimento Modernidade e benefícios A aquisição do novo arco cirúrgico representa uma solução tecnicamente superior, mais segura e alinhada à política institucional de redução de riscos e modernização da infraestrutura hospitalar. A Gerência de Engenharia Clínica do IgesDF foi responsável pela especificação técnica do equipamento e pela condução de todo o processo de instalação, assegurando conformidade regulatória, segurança operacional e plena integração à rotina assistencial do Hospital de Base. O investimento foi de R$ 1,27 milhão, viabilizado por emendas parlamentares da bancada do Distrito Federal na Câmara dos Deputados. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
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Voluntários fortalecem humanização e ampliam apoio a pacientes no Hospital de Base
No Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), humanizar é um ato diário e boa parte dessa corrente de cuidado nasce das mãos de quem doa tempo, escuta e carinho. Nesta sexta-feira (5), Dia Internacional do Voluntário, quatro entidades que atuam na unidade celebram o impacto de um trabalho que vai muito além das doações: elas acolhem, emocionam, transformam rotinas e fazem a diferença na vida de pacientes e familiares. Administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF), o hospital conta com uma rede de voluntários que se tornou parte essencial da experiência de quem passa pelo maior hospital público do Centro-Oeste. Antonia Gonçalves Leite: "O voluntariado transformou meu processo de cura emocional e espiritual" | Fotos: Divulgação/IgesDF Ao longo de 2025, a Associação de Amigos do Hospital de Base, o Serviço Auxiliar de Voluntários (SAV), a Rede Feminina de Combate ao Câncer (RFCC) e o Movimento de Apoio ao Paciente com Câncer (MAC) somaram esforços que resultaram na arrecadação de mais de 127 cadeiras de rodas, cinco mil cestas básicas, 100 mil lanches e outros 10 mil itens, como remédios, materiais de higiene e fraldas. Além das doações, os grupos promovem atividades de humanização que incluem música, contação de histórias, feirinhas, reiki, oficinas e ações de escuta ativa. Para muitos voluntários, o primeiro contato com o grupo ocorre justamente durante essas atividades. Foi o caso de Antonia Gonçalves Leite. Em 2010, enquanto aguardava atendimento para tratar um câncer de mama, ela ouviu o som de um violino ecoar pelo ambulatório. Ao seguir a música, encontrou uma voluntária da Rede Feminina tocando para os pacientes. Encantada com o gesto, Antonia se cadastrou como voluntária naquele mesmo dia. “Aqui eu fui abraçada, acolhida, fiz parte de projetos que me ajudaram em todos os sentidos. Desde o início, eu disse que não queria apenas receber, queria doar também. O voluntariado transformou meu processo de cura emocional e espiritual”, relata. Gerações que cuidam Monica Bezerra: “O trabalho voluntário traz uma realização interior profunda, um sentimento de dever cumprido" O caminho até chegar ao voluntariado não é o mesmo para todas as pessoas. Para Monica Bezerra, o convite veio de dentro de casa. A mãe dela, Temis Lima, era membro do SAV oferecendo reiki e chamou a filha para fazer parte também. O convite foi aceito em 2008, e ela continua atuando até hoje. Monica chegou a atuar como presidente do SAV por alguns anos, mas prefere o contato direto com o paciente. “O trabalho voluntário traz uma realização interior profunda, um sentimento de dever cumprido. E é isso que é a vida, é fazer aquilo que te traz o bem todos os dias”, comenta. A dedicação de Monica também inspirou a filha, Rafaela Sales, que atuou por alguns anos no SAV, trabalhando ao lado da mãe e da avó e dando continuidade a uma trajetória familiar construída com afeto, espiritualidade e cuidado com o próximo. O voluntariado costuma ajudar também a quem o exerce, não apenas aos que recebem os serviços Outro caso marcante é o de Larissa Bezerra, coordenadora da Rede Feminina, que segue o trabalho iniciado pela mãe. Vera Lúcia Bezerra da Silva, a Verinha, dedicou quase três décadas à Rede, levando acolhimento a pessoas em situação de vulnerabilidade. Após seu falecimento, em 2024, Larissa assumiu a responsabilidade. “Desde criança acompanhei minha mãe. No começo foi difícil assumir esse desafio, mas hoje encontro forças no propósito dela: ajudar o próximo”, diz Larissa. Histórias que se cruzam O voluntariado também chega por acaso, como aconteceu com Vanessa Rocha, enfermeira do HBDF. Ela sempre observava os voluntários da Associação de Amigos circulando pelo hospital, até que um dia entrou na loja da entidade e encontrou doações desorganizadas. Ajudou espontaneamente, e não parou mais. Há quatro anos, dedica parte do horário de almoço para apoiar o grupo. “O voluntariado te torna mais humano. A convivência com tantas histórias nos deixa mais empáticos e nos faz olhar para o próximo com mais atenção”, destaca. [LEIA_TAMBEM]Foi também por curiosidade que Ivana Amaral conheceu o MAC. Ao acompanhar a filha médica pelo Hospital de Base, viu os desenhos de coração com três letras e quis entender do que se tratava. A descoberta a levou a integrar o movimento. “O papel do voluntário é acolher, apoiar e levar esperança. Se precisam conversar, estou totalmente disponível enquanto estou ali”, explica. Como participar ou contribuir ⇒ Serviço Auxiliar de Voluntários (SAV): (61) 99982-6626 ⇒ Associação de Amigos do Hospital de Base: 3550-8900, ramal 9031/ (61) 99659-0365 ⇒ Rede Feminina de Combate ao Câncer (RFCC): 3550-8900, ramal 9178 (Sala de Atendimento)/ 3550-8900, ramal 9277 (Sala de Acolhimento)/ 3364-5467 (Administração) ⇒ Movimento de Apoio ao Paciente com Câncer (MAC): 3550-9900, ramal 9029/ (61) 99219-3998 *Com informações do IgesDF
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Dados do Hospital de Base mostram que quedas matam mais que ferimentos por armas de fogo
Quando se fala em casos graves que levam à morte no pronto-socorro de hospitais do Distrito Federal, é comum imaginar acidentes de trânsito ou ferimentos por armas de fogo. No entanto, o grande vilão da sala vermelha do Centro de Trauma do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF), são as quedas. Apesar de frequentemente subestimados, esses acidentes, desde escorregões em casa até quedas simples na rua, representam risco significativo, especialmente pelos impactos na cabeça que podem causar lesões graves. Entre pessoas idosas, o risco é ainda maior. Dados catalogados em 2023 e divulgados pela equipe do Centro de Trauma do HBDF mostram que quase metade dos atendimentos por queda envolveu pessoas acima de 60 anos. Um terço das vítimas era mulher. Telecilia Leite Borges, 72 anos, moradora de Redenção do Gurgueia (PI), conta que escorregou enquanto puxava água com um rodo e não se lembra do momento da queda, apenas de acordar no chão. Após dois dias de dor de cabeça, buscou atendimento em uma cidade próxima, fez tomografia e foi liberada. Dias depois, com perda de força na perna esquerda, caiu novamente e machucou os joelhos. O filho, morador do Distrito Federal, levou a mãe para o Hospital de Base, onde ela foi internada com hemorragia cerebral e passou por cirurgia. “Estou me sentindo muito melhor. Assim que me liberarem, estou pronta para ir para casa”, relata. Dados catalogados em 2023 e divulgados pela equipe do Trauma do HBDF mostram que quase metade dos atendimentos por queda envolveu pessoas acima de 60 anos | Foto: Divulgação/IgesDF A dificuldade em identificar rapidamente um traumatismo craniano é um dos principais desafios no atendimento a vítimas de queda, explica o cirurgião-chefe do Centro de Trauma do HBDF, Rodrigo Caselli. Após qualquer queda com impacto na cabeça, ele recomenda observar sinais de alerta como dores intensas, tonturas, desmaios, vômitos e convulsões. Entre idosos, o risco é ainda mais elevado, já que lesões graves podem surgir mesmo sem sintomas imediatos. O cirurgião orienta que toda pessoa idosa que bater a cabeça seja levada ao hospital. “É melhor descobrir que não há nada de errado do que esperar e ter uma situação muito pior depois”, alerta. Quedas que matam Os dados mostram que quedas causaram mais mortes do que ferimentos por arma de fogo no Pronto-Socorro do HBDF. Entre as 166 mortes registradas em 2023 na Sala Vermelha, por casos de alta gravidade, 33 foram resultantes de quedas, 26 decorrentes de colisões ou quedas de motocicletas, 22 por atropelamentos, 17 por quedas de grande altura e 13 por perfuração por arma de fogo. Segundo o especialista, o alto índice de letalidade das quedas está relacionado aos impactos na cabeça que podem levar a lesões sérias. Das 95 pessoas atendidas por queda ao longo de 2023, 66 apresentaram traumatismo craniano fechado. “Nossas maiores causas de morte são hemorragia e traumatismo craniano. A gente tem um serviço preparado e organizado para atender o paciente de forma muito rápida. Então nós conseguimos salvar a pessoa que está sangrando, mas é mais difícil salvar a pessoa que bateu a cabeça”, afirma. Prevenção Como grande parte das quedas ocorre dentro de casa, nem sempre é possível preveni-las totalmente. Caselli reforça o uso de equipamentos de proteção por quem anda de skate, patins, patinete ou similares. “Às vezes, são quedas bobas, mas elas acontecem muito rápido por causa das rodas, o que aumenta a força do impacto e, consequentemente, o risco”, detalha. Também é recomendado instalar barras de apoio em banheiros e áreas de risco, especialmente em imóveis onde vivem pessoas idosas. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IgesDF)
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Paciente também é protagonista na prevenção de infecções hospitalares e proliferação de superbactérias
A resistência bacteriana é um dos maiores desafios da saúde pública contemporânea, e enfrentá-la depende não apenas dos profissionais de saúde, mas também dos pacientes, acompanhantes e da sociedade como um todo. No Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), uma das unidades administradas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), o Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar (Nucih) tem adotado estratégias inovadoras para ampliar essa conscientização, com foco na educação, no comportamento e na prevenção. Publicação elaborada pelo Hospital de Base orienta as pessoas sobre a importância da prevenção à transmissão de microorganismos | Foto: Divulgação/IgesDF “Pequenos gestos, como a correta lavagem das mãos, podem salvar vidas” Julival Ribeiro, infectologista do Hospital de Base “O paciente tem papel fundamental no controle das infecções”, indica o infectologista Julival Ribeiro, coordenador do Nucih. “Pequenos gestos, como a correta lavagem das mãos, podem salvar vidas.” Para aproximar esse tema do público, o Nucih desenvolveu um folheto educativo que explica, de forma simples, a importância da higiene das mãos e dos cuidados com a transmissão de microrganismos. O material é distribuído a pacientes, acompanhantes, voluntários e à equipe do projeto Humanizar, que recebe treinamento específico. “Esses voluntários têm uma atuação muito importante no acolhimento, mas é essencial que saibam como evitar, ainda que inadvertidamente, a disseminação de bactérias resistentes”, aponta o infectologista Lino Silveira. “Embora ajam com as melhores intenções, como cumprimentar ou abraçar um paciente, podem atuar como vetores dessas bactérias. O treinamento garante que as boas intenções se somem à segurança do paciente.” O impacto das infecções hospitalares As infecções em ambiente hospitalar, especialmente em pacientes com trauma grave, câncer ou outras doenças críticas, podem ter impacto direto no desfecho clínico. Mesmo um paciente que se recupera de uma hemorragia ou fratura pode evoluir para óbito em decorrência de uma infecção multirresistente adquirida durante a internação. Segundo Julival Ribeiro, o avanço da resistência bacteriana ameaça a efetividade dos tratamentos. “Estamos vendo bactérias que não respondem mais aos principais antibióticos disponíveis, e isso aumenta o tempo de internação, eleva os custos hospitalares e, sobretudo, compromete a vida dos pacientes”, alerta. Da hospitalização ao meio ambiente A atuação do Nucih ultrapassa os limites do hospital. Uma análise elaborada em parceria com a engenharia sanitária da unidade avaliou o esgoto de Brasília e identificou indícios da presença de bactérias resistentes no meio ambiente. O achado reforça a necessidade de uma visão integrada sobre o problema. “Falamos de uma questão que envolve não apenas a saúde humana, mas também a saúde animal e ambiental”, atenta o infectologista Tazio Vanni. “É o conceito de saúde única, que é entender que tudo está interligado.” Saúde única e uso racional de antibióticos [LEIA_TAMBEM]A resistência bacteriana também está ligada ao uso indiscriminado de antibióticos na agropecuária, prática que acelera a seleção de microrganismos resistentes e traz reflexos para a saúde pública. O Plano de Ação Nacional para o Controle da Resistência aos Antimicrobianos, implementado pelo governo federal e alinhado às diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), busca justamente frear esse avanço. “Desde 2013, a OMS recomenda que todos os países adotem estratégias integradas para controlar a resistência antimicrobiana”, situa Tazio. “O Brasil está na segunda versão do seu plano, o que demonstra o compromisso em tratar o tema como prioridade nacional.” Inovação e futuro Além das medidas de prevenção e controle, novas abordagens vêm sendo estudadas — é o caso do uso de recursos biológicos como vírus bacteriófagos, que atacam bactérias específicas, representando uma alternativa promissora à antibioticoterapia tradicional. “Compreender a complexidade dessa interação entre diferentes formas de vida é o que chamamos de saúde planetária”, conclui Julival Ribeiro. “Precisamos aprender com a natureza para encontrar soluções sustentáveis no combate à resistência bacteriana.” *Com informações do IgesDF
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