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Filhotes de arara resgatados em situação de maus-tratos recebem cuidados no Hfaus

As duas ararinhas não param quietas: bicam a grade, batem as asas, emitem gritos que ecoam pelo Hospital e Centro de Reabilitação da Fauna Silvestre (Hfaus) inteiro. Elas foram resgatadas em situação de maus-tratos em uma agropecuária localizada no Sol Nascente. Segundo o biólogo Thiago Marques, em duas semanas as aves devem ser encaminhadas para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), onde passarão por testes de voo e comportamento antes de uma possível reintrodução à natureza. “As araras chegaram no dia 23 de setembro, entregues pela Polícia Civil após uma denúncia. Aqui, ajustamos a alimentação, iniciamos a suplementação e o acompanhamento veterinário diário, mantendo controle de temperatura e limpeza constante. Agora elas estão bem, crescendo e começando a emplumar”, explica o biólogo que acompanha a rotina das aves desde a chegada. O resgate das ararinhas do cativeiro até o Hfaus foi resultado de uma operação da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra os Animais (DRCA) que investigava a venda ilegal de aves após denúncia de uma protetora. Segundo o delegado-chefe Jônatas Silva, a equipe marcou um encontro com o suspeito, deslocou-se até a agropecuária indicada e encontrou os filhotes presos. O resgate das ararinhas do cativeiro até o Hfaus foi resultado de uma operação da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra os Animais (DRCA) que investigava a venda ilegal de aves após denúncia de uma protetora | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília “Os animais estavam dentro de uma caixa de papelão pequena em um banheiro sujo. Dentro da caixa havia bastante fezes e fazia muito calor. Duas pessoas foram presas pelo crime de maus-tratos animais, cuja pena varia de 3 meses a 1 ano de detenção. Eles foram levados à delegacia, onde assinaram o termo circunstanciado”, explica o delegado. Atendimento 24 horas O caso dessas duas aves é apenas um entre tantos que chegam ao hospital, muitas vezes após resgates realizados pela Polícia Civil e órgãos ambientais. O Hfaus funciona 24 horas por dia e se tornou referência na reabilitação da fauna do DF. Desde a inauguração, em março de 2024, já recebeu mais de 3,4 mil animais silvestres vítimas de atropelamentos, queimadas, tráfico e maus-tratos. Segundo o biólogo Thiago Marques, em duas semanas as aves devem ser encaminhadas para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), do Ibama, onde passarão por testes de voo e comportamento antes de uma possível reintrodução à natureza “Muita gente ainda quer ter esses animais em casa como pets, mas eles não são bichos de estimação. O contato com animais silvestres assim aumenta o risco de transmissão de doenças entre animais e pessoas, como herpes, febre amarela, leishmaniose, pulgas, carrapatos e outros parasitas. Além disso, nem sempre conseguimos medir os impactos que essa interação causa na fauna silvestre", afirma Thiago. Delegacia pioneira Para combater crimes como o tráfico de aves e o maus-tratos animais, a população conta com a Delegacia de Repressão aos Crimes Contra os Animais (DRCA), especializada em investigar denúncias de comércio ilegal e crueldade contra a fauna. O Governo do Distrito Federal foi pioneiro ao criar a unidade, em agosto de 2023, tornando o DF referência no enfrentamento desse tipo de crime. Quem souber de algum caso de maus-tratos aos animais pode denunciar diretamente à PCDF, no telefone 197. “Sempre que tiverem conhecimento de pessoas anunciando animais silvestres, façam a gravação da tela e entreguem para a polícia. Nossa delegacia foi criada justamente para que possamos investigar de forma mais incisiva e rápida. Com isso, conseguimos garantir que crimes não passem impunes e que a sociedade tenha respostas rápidas”, garante o delegado.

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Fórum destaca projetos de educação ambiental em escolas públicas do DF

Em homenagem à Semana do Cerrado — que se encerrou nessa quinta-feira (11), no Dia do Cerrado —, foi realizado o VII Fórum Permanente de Educação Ambiental, na sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). O encontro, ocorrido na quarta (10), reuniu professores das coordenações regionais de ensino (CREs) e servidores da Secretaria de Educação (SEEDF) para debater o tema “A justiça climática e a construção de territórios sustentáveis”. O fórum teve como tema 'A justiça climática e a construção de territórios sustentáveis' | Foto: André Amendoeira/SEEDF Professor de biologia e servidor da Gerência de Educação Ambiental, Língua Estrangeira, Memórias e Arte-Educação (Geapla), José Ricardo Neto, 53 anos, relatou que ele e os colegas organizam o fórum anualmente com temáticas diferentes, de modo que os docentes da rede reflitam e se inspirem para elaborar planos de aula e projetos voltados à educação ambiental. [LEIA_TAMBEM]“Trazemos práticas inspiradoras de uma escola para as outras verem e se motivarem a fazer seus próprios projetos. Queremos mostrar para o professor que a proposta dele tem visibilidade”, afirmou. Entre os trabalhos apresentados, a Escola Classe (EC) 02 do Guará e a Escola Classe Paraná, de Planaltina, se destacaram com a criação de uma ecomoeda. Os alunos coletam resíduos sólidos, como garrafas PET e latas de alumínio, que depois são recolhidos por uma cooperativa. O material é pesado e gera um valor pago à rede de ensino. Com o dinheiro arrecadado, os estudantes, junto aos professores, decidem como utilizá-lo — na reforma do ginásio, na organização de uma festa ou em outras ações. Escolas de diferentes regiões do Distrito Federal apresentaram projetos de educação ambiental | Foto: Catharina Braga/SEEDF Relevância Durante a abertura, a subsecretária de Educação Inclusiva e Integral da SEEDF, Vera Barros, ressaltou a importância do fórum: "Ele não é apenas um espaço de troca de experiência e de saberes, mas também um chamado a um compromisso coletivo com o futuro das comunidades, do nosso país e do nosso planeta". O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, destacou que a maioria dos problemas enfrentados pela instituição poderia ser evitada com mais consciência ambiental da população. “Para nós, parcerias como esta trazem um aprendizado muito grande, pois estamos reconstruindo nossa estratégia nacional de educação ambiental. É justamente por meio do diálogo com quem está na ponta, fazendo educação, que conseguiremos fazer algo mais assertivo”, afirmou. *Com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)

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Celebrado nesta quinta (11), Dia do Cerrado terá o mês inteiro de atividades no DF

De galhos retorcidos que resistem ao fogo à vastidão de raízes que guardam umidade no subsolo, o Cerrado apresenta contrastes e força. Conhecido como a “caixa-d’água do Brasil”, por alimentar oito das 12 grandes bacias hidrográficas do país, ele é também um dos mais ameaçados biomas. Para celebrar sua importância ecológica e cultural, a Secretaria do Meio Ambiente (Sema-DF) promove, ao longo deste mês, uma série de atividades em comemoração ao Dia Nacional do Cerrado, celebrado oficialmente nesta quinta-feira (11). Com centenas de espécies catalogadas da fauna e da flora, o Cerrado é um bioma que precisa cada vez mais de ações de preservação | Foto: Nicoly Silva/Jardim Botânico de Brasília A programação terá fóruns, bate-papos, eventos educativos e oficinas técnicas. Entre os destaques estão o projeto Terças-Feiras Sustentáveis, voltado à capacitação de servidores em temas como biodiversidade, clima e gestão ambiental; o Fórum Permanente de Educação Ambiental, que discutirá justiça climática e territórios sustentáveis; e o Fórum Distrital da Comissão de Defesa do Meio Ambiente (Comdema), que busca fortalecer a participação social e as soluções locais em políticas ambientais.  “Quando cuidamos do meio ambiente, estamos cuidando das próximas gerações. E isso só é possível quando cada cidadão entende que também é responsável por essa transformação” Gutemberg Gomes, secretário do Meio Ambiente Além das ações educativas em escolas públicas, o mês inclui palestras sobre recursos hídricos e combate a incêndios florestais, oficinas sobre resíduos sólidos e eventos em parceria com universidades, como a UnDF. No Parque Veredinha, em Brazlândia, um encontro de sustentabilidade marcará a data com atividades voltadas à conscientização ambiental da comunidade. Políticas públicas A Sema-DF aproveita para reforçar suas principais políticas em curso, como a implantação da primeira usina pública de energia fotovoltaica, o incentivo às reservas particulares do patrimônio natural (RPPNs), a política de florestas urbanas e a ampliação de sistemas de logística reversa e compostagem. O Sistema Distrital de Informações Ambientais (Sisdia), plataforma digital de dados georreferenciados, avança como ferramenta de apoio à tomada de decisão nas áreas ambiental e territorial. “Celebrar o Cerrado hoje é semear esperança para o amanhã” Celina Leão, vice-governadora “Nosso trabalho é transversal: envolve educação, planejamento, agricultura, ciência e participação social”, define o secretário do Meio Ambiente, Gutemberg Gomes. “Quando cuidamos do meio ambiente, estamos cuidando das próximas gerações. E isso só é possível quando cada cidadão entende que também é responsável por essa transformação.” A governadora em exercício, Celina Leão, reforça: “Celebrar o Cerrado hoje é semear esperança para o amanhã. Cada árvore protegida, cada nascente recuperada, cada criança que aprende a importância da natureza representa um passo na construção de um Distrito Federal mais resiliente e sustentável. Quando cuidamos desse bioma, estamos plantando os recursos que garantirão qualidade de vida às próximas gerações”. Patrimônio natural [LEIA_TAMBEM]Todas as ações referentes ao mês do Cerrado integram as diretrizes do Plano Estratégico 2019–2060 e sinalizam o papel do DF como referência nacional em políticas ambientais. “Estamos avançando em ações que unem inovação, participação social e preservação”, afirma o titular da Sema-DF. “O Cerrado é vital para o Brasil, e cabe a nós proteger esse patrimônio natural que garante água, biodiversidade e qualidade de vida para todos”. Em tempos de crise climática, o Cerrado resiste e o Distrito Federal celebra, educa e planta as sementes de um futuro sustentável. A Sema-DF também tem atuado de forma intensiva na prevenção e no combate aos incêndios florestais, um dos maiores inimigos do Cerrado. A secretaria coordena o Plano de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Ppcif), que reúne órgãos como Corpo de Bombeiros (CBMDF), Defesa Civil, Instituto Brasília Ambiental, Ibama, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e outros parceiros. O comandante do Centro de Comunicação Social do CBMDF, tenente-coronel Omar Oliveira, ressalta que o combate às queimadas vai além da resposta operacional. “Celebrar o Dia do Cerrado é também renovar o nosso compromisso com a vida”, enfatiza. “Nós estamos presentes diariamente na defesa da vida e do meio ambiente, atuando em prol da preservação da natureza e da segurança da população. Precisamos de toda a comunidade ao nosso lado, pois cuidar do Cerrado é cuidar de nós mesmos”. *Com informações da Secretaria do Meio Ambiente

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Zoo de Brasília conta com novo casal de primatas em risco de extinção

Após um período de dois meses de adaptação conjunta, o Zoológico de Brasília agora conta com um novo casal de macacos-aranha-de-testa-branca, da espécie Ateles marginatus. Em 2019, a fêmea, Kika, foi resgatada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e acolhida no Zoológico de Brasília. O macho Chicão chegou a Brasília em maio de 2025, transferido do Zoológico de Goiânia. Ambos já são adultos. Já adaptados ao ambiente do zoo, os pequenos primatas são conhecidos por sua grande agilidade | Foto: Betânia Cristina/Jardim Zoológico de Brasília A chegada de Chicão ao Zoológico de Brasília faz parte de uma iniciativa de manejo voltada à preservação de espécies ameaçadas. Segundo a classificação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o macaco-aranha-de-testa-branca está na categoria “em perigo”, o que demanda esforços coordenados e urgentes das equipes de conservação. [LEIA_TAMBEM]“Chicão e Kika podem, no futuro, contribuir para a reprodução dessa espécie”, explica o diretor-presidente do Zoológico de Brasília, Wallison Couto. “Além disso, a chegada do Chicão representa um importante avanço para o bem-estar de ambos e, ainda, para o manejo de uma espécie em perigo de extinção em um ambiente controlado. A integração harmoniosa entre Kika e Chicão é resultado do trabalho diário dedicado de toda a equipe do Zoológico de Brasília.” O macaco-aranha-de-testa-branca é endêmico do Brasil. A espécie pode ser encontrada nos estados do Pará e Mato Grosso. Ele tem a pelagem totalmente negra e possui esse nome porque a face é circundada por pelos brancos. A espécie se destaca pela agilidade, pois possui braços longos e uma cauda que colabora para o deslocamento entre os galhos. * Com informações do Zoológico de Brasília

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