Fórum Permanente de Educação Ambiental marca o Dia Nacional do Cerrado
No Dia Nacional do Cerrado, celebrado nesta quarta-feira (11), e em consonância com as recentes discussões promovidas sobre as mudanças climáticas enfrentadas no mundo, a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), por meio da Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin), realizou o 6º Fórum Permanente de Educação Ambiental. O evento, que teve como tema principal Tecnologias e Inteligência Artificial para a Sustentabilidade, reuniu especialistas e professores para discutir novas abordagens pedagógicas e práticas sustentáveis. O 6º Fórum Permanente de Educação Ambiental incentivou professores a incorporar tecnologias e práticas ambientais às aulas | Fotos: Mary Leal/ SEEDF A programação do fórum incluiu palestras e oficinas sobre agroecologia e metodologias pedagógicas voltadas para a sustentabilidade, com o objetivo de capacitar professores para incorporar tecnologias e práticas ambientais em suas aulas. Além disso, foi apresentado o programa Ibama de Portas Abertas, que visa ampliar a interação entre instituições de ensino e práticas de preservação ambiental. O fórum foi realizado no auditório PrevFogo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), na Asa Norte. A solenidade de abertura contou com a participação da secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, do coordenador geral do Centro Nacional de Educação Ambiental do Ibama, Vladimir Andrade Nóbrega, e do palestrante e engenheiro agrônomo da Secretaria de Agricultura (Seagri-DF), Athaualpa Nazareth. “Esperamos que a colaboração e as discussões de hoje inspirem práticas inovadoras nas escolas” Vladimir Andrade Nóbrega, coordenador geral do Centro Nacional de Educação Ambiental do Ibama A secretária de Educação ressaltou a importância do uso das tecnologias para o fortalecimento das políticas públicas e aprendizagem nas escolas. “Este fórum é uma oportunidade valiosa para discutir práticas e projetos de educação ambiental, além de explorar como as tecnologias e a inteligência artificial podem ser aliadas na proteção ambiental, especialmente do bioma Cerrado”, afirmou Hélvia Paranaguá. Representando o Ibama, Vladimir destacou o papel das tecnologias no enfrentamento dos desafios ambientais. “A parceria com a Secretaria de Educação e a realização deste fórum são cruciais para integrar novas tecnologias ao ensino ambiental. Esperamos que a colaboração e as discussões de hoje inspirem práticas inovadoras nas escolas”, pontuou. “Este fórum é uma oportunidade valiosa para discutir práticas e projetos de educação ambiental”, ressaltou a secretária de Educação do Distrito Federal, Hélvia Paranaguá Palestras e oficinas O fórum proporcionou um espaço para o desenvolvimento e a implementação de estratégias educacionais de proteção e valorização do bioma Cerrado. O engenheiro agrônomo Athaualpa Nazareth, ministrou uma palestra sobre agroecologia e a revolução dos sistemas agroalimentares. “A agroecologia é um conceito que muitas vezes parece restrito ao meio rural, mas tem um impacto direto na vida urbana. Quando falamos de agroecologia, não estamos apenas pensando nos produtores que trabalham no campo, mas também em como isso influencia a nossa alimentação nas cidades”, explicou Nazareth. O professor do Centro Educacional (CED) Agrourbano Ipê do Riacho Fundo II, Leonardo Hatano, participou do fórum e explicou que aplica os conceitos de agroecologia em sala de aula, envolvendo os alunos em práticas como o uso de bolas de semente para recuperar áreas degradadas. “Realizamos um evento há alguns anos onde testamos a germinação das sementes lançadas em uma área degradada, promovendo a recuperação do solo. Tudo isso faz parte do nosso dia a dia no agrourbano”, explicou o professor. O professor Leonardo Hatano participou do fórum e explicou que aplica os conceitos de agroecologia em sala de aula, envolvendo os alunos em práticas como o uso de bolas de semente para recuperar áreas degradadas O evento contou ainda com quatro oficinas: • Espaço verde em sala de aula é possível – Ministrada pela professora Iris Almeida, que ensinou a transformar materiais recicláveis em ferramentas educacionais para a criação de hortas e minhocários dentro da sala de aula. • Bombas de Sementes – Ministrada pelo professor do CED Agrourbano Ipê do Riacho Fundo II, Leonardo Hatano, que ensinou os educadores a confeccionar bombas de sementes de argila e húmus, usadas para reverter a degradação ambiental em áreas afetadas. • Geotecnologias como ferramenta pedagógica para prevenção de incêndio florestais – Ministrada pelos servidores do Ibama Elisa Sette e Leonardo Bruno, a oficina teve como base o uso de tecnologias de monitoramento ambiental em sala de aula. • Uso de aeronaves tripuladas e não tripuladas nas atividades do Ibama – Ministrada por servidores do órgão, que destacaram o uso de drones e outras tecnologias no monitoramento e gestão ambiental. *Com informações da Secretaria de Educação
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Últimos militares do DF que atuavam no Rio Grande do Sul retornam a Brasília
A última equipe do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) regressou a Brasília na tarde de quinta-feira (11). Após atuar em conjunto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Sistema de Comando de Incidente (SCI) em resposta à emergência ambiental que atingiu o estado do Rio Grande do Sul, seis militares estão de volta. Desde o início da missão humanitária do Distrito Federal no Rio Grande do Sul, 53 bombeiros militares do DF foram empregados nos municípios mais atingidos pelas enchentes no estado gaúcho | Foto: Divulgação/CBMDF Durante as duas últimas semanas, os bombeiros agiram em colaboração com o órgão ambiental federal para implementar operações de resgate da fauna e da flora afetadas pela tragédia das enchentes. “Nosso trabalho em conjunto com o Ibama é uma demonstração do compromisso do CBMDF com a proteção ambiental e o cuidado com todas as formas de vida. A dedicação de nossos militares durante esta missão no Rio Grande do Sul é motivo de grande orgulho e reforça a importância da colaboração em momentos de emergência”, declarou o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Sandro Gomes Santos da Silva. As ações de resgate de fauna e de garantia de bem-estar de animais que vinham sendo desempenhadas pelo SCI ficarão a cargo da Superintendência Estadual do Ibama, no Rio Grande do Sul, de modo que os atingidos pela tragédia continuem a receber o apoio necessário. Sandro Gomes ressalta a importância da ação do Corpo de Bombeiros do DF em ações humanitárias em todo o Brasil, como no Rio Grande do Sul | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Durante a participação do CBMDF foram realizados 284 voos com drones nas ações de mapeamento da área afetada. Nas operações foram resgatados 1.319 animais silvestres, 116 animais domésticos, além da distribuição de mais de três toneladas de insumos veterinários como vacinas, medicamentos e ração aos mais de 10 mil animais domésticos que estão em abrigos. Ao todo, desde o início da missão humanitária do Distrito Federal no Rio Grande do Sul, 53 bombeiros militares do DF foram empregados nos municípios mais atingidos pelas enchentes em abril deste ano. “Nós mandamos um efetivo especializado, com militares com cursos de salvamento à altura, de mergulho, de salvamento aquático. Foi uma tropa muito capacitada que ajudou a salvar muitas vidas lá no Rio Grande do Sul”, completou o comandante-geral da CBMDF. Auxílio das forças do DF Os primeiros profissionais foram cedidos pelo Governo do Distrito Federal (GDF) em 3 de maio, seis dias depois do início das chuvas no estado. Além dos bombeiros, a missão humanitária contou ainda com seis agentes da Defesa Civil, 35 policiais militares e 11 policiais civis lotados no Departamento de Atividades Especiais (Depate). Na mesma missão, quatro papiloscopistas policiais da PCDF atuaram em abrigos do Rio Grande do Sul, onde fizeram a abordagem social para a confecção de carteiras de identidade para a população desabrigada. Os mais de 100 integrantes das Forças de Segurança que participaram da missão humanitária no RS foram homenageados nesta última semana na Câmara dos Deputados. Em uma solenidade no Auditório Nereu Ramos, os profissionais foram reconhecidos com certificados pela atuação de busca, resgate, salvamento e apoio operacional nas cidades de Porto Alegre, Canoas, Guaíba, Eldorado do Sul, São Leopoldo e Bento Gonçalves. Marílio Costa: “A partir do momento que a gente pode servir alguém, estamos alcançando o objetivo de existir como policial militar” | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Uma das homenageadas foi a tenente-coronel Paula Tiemy do Corpo de Bombeiros Militar. Ela esteve na primeira equipe da corporação a desembarcar no Rio Grande Sul. Foram 19 dias de trabalho que resultaram no resgate de 150 adultos, 30 crianças e bebês e vários animais. “Foi uma experiência diferente de tudo que já passei. Trabalhei na operação do Haiti, que foi terremoto, entretanto o desastre do Rio Grande Sul teve inundações e a questão do deslizamento de terra. Retiramos inúmeras vítimas dos bairros alagados e simultaneamente outra equipe atuava nas áreas de deslizamento”, lembrou. O sargento Marílio Costa, da Polícia Militar, contou que atuar em ações humanitárias traz o sentido real da profissão. “A sensação é de que estamos sendo úteis. Prezamos sempre por servir e proteger. Então, a partir do momento que a gente pode servir alguém, estamos alcançando o objetivo de existir como policial militar”, definiu. A equipe em que Marílio Costa atuou fez socorro a 57 pessoas que estavam ilhadas na região, com auxílio de um helicóptero e uma aeronave, além do transporte de materiais às vítimas. Sobre o reconhecimento, o sargento definiu como uma valorização a mais ao trabalho da corporação. “O nosso maior reconhecimento é ver as pessoas recebendo as doações e sendo resgatadas, mas ser reconhecido pela população do DF e pelos nossos representantes é muito gratificante”, defendeu.
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GDF atua para combater crime de maus-tratos contra os animais; veja como denunciar
Quem decide criar algum animal tem uma série de responsabilidades a cumprir para garantir o bem-estar e a integridade do bicho, caso contrário é passível de responder administrativa e criminalmente. O GDF tem forte atuação nesse sentido. Foi pioneiro ao criar a Delegacia de Repressão aos Crimes contra os Animais (DRCA), em agosto do ano passado, além de outros órgãos que trabalham para proteger os animais. A população pode e deve ajudar os órgãos responsáveis. Abusos e maus-tratos contra qualquer tipo de animal devem ser denunciados aos órgãos do GDF | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “A criação da nossa delegacia reflete o compromisso da Polícia Civil do Distrito Federal [PCDF] em promover a proteção dos animais e garantir que quem cometa crimes contra eles seja responsabilizado efetivamente” Jônatas Silva, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes contra os Animais Apenas neste ano, a Polícia Civil do DF (PCDF) registrou 99 crimes de crueldade e maus-tratos; em 2023, foram 591 casos. Os brasilienses também contam com uma legislação específica para a proteção dos animais – a lei nº 4.060, de 18/12/2007, que define sanções a serem aplicadas pela prática de maus-tratos. Além de atos de abuso ou crueldade contra qualquer animal, incluído o abandono, também são atitudes passíveis de punição manter os bichos em lugares sem higiene ou que impeçam a sua respiração, o movimento ou o descanso, ou deixá-los em locais sem ventilação ou luz. Animais também não podem ser presos por correntes ou similares que os impeçam de se movimentar. O delegado-chefe da DRCA, Jônatas Silva, explica que as pessoas precisam se conscientizar sobre as condutas que são tipificadas como maus-tratos. “A DRCA foi criada em agosto de 2023 como resposta à crescente preocupação com o bem-estar animal e a necessidade de uma ação mais efetiva no combate aos maus tratos e outras violências contra os animais”, afirma. “A criação da nossa delegacia reflete o compromisso da Polícia Civil do Distrito Federal [PCDF] em promover a proteção dos animais e garantir que quem cometa crimes contra eles seja responsabilizado efetivamente”. Conscientização e fiscalização Outro importante órgão que atua para garantir o bem-estar animal no DF é o Instituto Brasília Ambiental, que verifica casos de maus-tratos tanto de animais silvestres quanto domésticos. A superintendente de fiscalização do instituto, Simone Moura, explica que todas as denúncias são verificadas. A depender de cada caso, pode ser dada advertência ao tutor. Após o prazo estabelecido, o Brasília Ambiental volta ao local para verificar se as determinações foram cumpridas. Quando há risco iminente para o animal, ele precisa ser retirado imediatamente do local. Animais de grande porte, como cavalos, são encaminhados para a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do DF (Seagri). Pets podem ser encaminhados para organizações não governamentais (ONGs) cadastradas no Brasília Ambiental. Já os animais silvestres seguem para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Registros Somente este ano, foram 80 casos apurados pelo Brasília Ambiental. Em 2023, foram 165. As investigações podem ocorrer paralelamente a ações de outros órgãos, como a própria PCDF. “Sempre que necessário, vamos aos locais verificar a situação e sempre damos feedback sobre o que precisa ser resolvido”, explica Simone Moura. “Mesmo havendo infração, os auditores sempre explicam o que levou àquela autuação, com o intuito de conscientizar.” As punições para quem comete crimes contra os animais variam do pagamento de um a 40 salários mínimos. Se houver reincidência, a multa é dobrada. Caso se trate de algum estabelecimento, a punição varia de multa à perda da licença para comércio de animais até a interdição do local. Quem souber de algum caso de maus-tratos aos animais pode denunciar na Ouvidoria do GDF, pelo site ou pelo telefone 162. A denúncia pode ser feita diretamente à PCDF, no telefone 197, pelo e-mail denuncia197@pcdf.df.gov.br ou pelo Whatsapp 98626-1197. O Batalhão Ambiental da Polícia Militar também está à disposição e atende 24 horas, pelo telefone 3190-5190 ou pelo WhatsApp (61) 99351-5736.
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Blitz educativa comemora Semana do Meio Ambiente no Jardim Botânico
Nesta quarta-feira (5), como parte da programação da Semana do Meio Ambiente 2024, organizada pela Secretaria do Meio Ambiente e Proteção Animal do DF (Sema), o Jardim Botânico de Brasília (JBB) promoveu uma blitz educativa, com apoio do Departamento de Estradas e Rodagem do DF (DER). Diferentemente do que ocorre nas blitze de fiscalização da Polícia Militar e do Detran, na blitz educativa os veículos são abordados para um bate-papo com os motoristas. Abordagens tiveram como foco informar e alertar sobre as principais causas de incêndios florestais no DF | Foto: Divulgação/JBB Parte do Plano de Prevenção e Combate a Incêndio Florestais do DF (Ppcif-DF), a blitz teve como objetivo alertar a população sobre os perigos da queima de lixo e de restos de poda, principais causas de incêndios florestais no DF. São riscos que ameaçam a biodiversidade do Cerrado e a saúde humana. “A gente precisa pensar nessa conscientização, visto que essa missão de cuidar do meio ambiente não é só dos órgãos ambientais, mas de toda a população” Allan Freire, diretor-presidente do JBB “A blitz tem fundamental importância para evitar a ocorrência de incêndio florestal não apenas na região do Jardim Botânico, mas também de toda a APA [Área de Proteção Ambiental] Gama e Cabeça de Veado”, reforçou a coordenadora do Ppcif, Carolina Schubart. Conscientização “A ação é importante porque gera uma sensibilidade ambiental e faz com que as pessoas evitem o uso do fogo próximo a esses locais, haja vista que 95% dos incêndios são de causa antrópica [decorrente de ação humana]; e, com esse tipo de ação, a gente diminui recorrentemente o número de incêndios”, resumiu o gerente de Preservação do JBB, Diego Miranda. “É muito legal essa ação que estamos realizando aqui junto à Sema; tem uma recepção grande da população, até por envolver crianças e pela importância do tema”, lembrou o diretor-presidente do JBB, Allan Freire. “A gente precisa pensar nessa conscientização, visto que essa missão de cuidar do meio ambiente não é só dos órgãos ambientais, mas de toda a população. Não podemos terceirizar essa responsabilidade, porque os danos causados afetam a todos nós.” Participaram da ação estudantes da Escola Classe do Jardim Botânico e representantes da Sema, Instituto Brasília Ambiental, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Marinha, Batalhão de Polícia do Meio Ambiente (BPMA), Aeronáutica, Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) e DER. *Com informações do Jardim Botânico de Brasília
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