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Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF)

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Distrito Federal registra aumento de transplantes nos seis primeiros meses de 2025

De janeiro a junho de 2025, foram realizados 424 transplantes no Distrito Federal , um aumento de 3,92% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram feitas 408 cirurgias. Transplante é o procedimento cirúrgico de substituição de um órgão ou tecido doente por um saudável, que pode ser proveniente de um doador vivo ou falecido. O número de transplantes realizados no Distrito Federal de janeiro a abril de 2025 aumentou 3,92% em relação ao mesmo período do ano passado | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília No Distrito Federal, podem ser transplantados coração, rim, fígado, pele, córneas e medula óssea. A rede privada oferece as mesmas modalidades, com exceção do transplante de pele — apenas o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) está habilitado para fazer esse tipo de transplante no DF. Já no Hospital de Base e no Hospital Universitário de Brasília são feitos os procedimentos de rim e córnea. Os transplantes de coração, rim, fígado, córnea e medula óssea podem ser feitos no Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF), que é contratado pela Secretaria de Saúde. O transplante de medula óssea autólogo pediátrico é feito pelo Hospital da Criança de Brasília José Alencar. Segundo Marcos Antônio Costa, superintendente do ICTDF, o Distrito Federal é um centro de referência para todo o país na área de transplantes. “O DF conseguiu essa estatura porque o instituto está bem preparado, bem equipado. Os nossos profissionais são de altíssima qualidade, a maioria veio do InCor [Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo]. Então, a nossa equipe é muito bem capacitada”, afirma. A coordenação das atividades de transplantes no DF é feita pela Central Estadual de Transplantes (CET). A gerente geral de Assistência do ICTDF, Maria de Lourdes Worisch, explica que existe uma logística complexa para fazer com que os órgãos doados cheguem aos pacientes. “Desde o momento da escolha do doador, garantir o tempo necessário para a retirada do órgão, entender se o órgão doado é viável, se é apropriado para o receptor que está aguardando o transporte do órgão, o preparo do receptor… A equipe precisa estar pronta, o hospital pronto, material pronto”, enumera. De acordo com Rafael Costa Filgueiras, responsável pelo setor de Transplantes do ICTDF, o instituto já realizou, desde 2009, mais de 2.800 transplantes de órgãos e tecidos. Foram 878 trasplantes de fígado, 806 de medula óssea, 452 de rim, 426 de coração e 244 de córnea. O Instituto também é o único do Distrito Federal a fazer transplante cardíaco em adultos e crianças pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Só neste ano, a gente já realizou 133 transplantes até junho. Ano passado, foram 261 transplantes de coração, fígado, rim, medula e córnea”, contabiliza. Superintendente do ICTDF, Marcos Antônio Costa afirma que o Distrito Federal é um centro de referência para todo o país na área de transplantes Desafios Figueiras afirma que são vários os desafios logísticos para que os órgãos cheguem a tempo aos pacientes. “Cada órgão tem seu tempo de isquemia [redução ou ausência do fluxo sanguíneo para um tecido ou órgão, resultando em falta de oxigênio e nutrientes essenciais para sua função normal]. Para o coração são quatro horas; fígado, 12 horas; rins, já são 48 horas. E para isso, dependemos das parcerias da Força Aérea Brasileira, Detran, Corpo de Bombeiros e também do setor de malhas aéreas, para conseguirmos fazer esses órgãos chegarem a tempo. Dependemos de todo esse apoio, tanto com as aeronaves, quanto em relação a helicóptero e transporte terrestre. Então, contamos com o apoio de todos”, afirma. No entanto, toda essa logística depende de um fator essencial: é preciso haver doadores. Maria de Lourdes aconselha a quem queira doar órgãos que converse com os familiares para deixar a opção clara. “Hoje, para você doar, é preciso sempre ter uma boa conversa com a família, porque aqueles registros antigos já não valem mais. A família toma a decisão de doar ou não. Então, é muito importante que o cidadão compartilhe essa intenção com a família”, explica. Rafael Costa Filgueiras, responsável pelo setor de Transplantes do ICTDF, informa que o instituto já realizou, desde 2009, mais de 2.800 transplantes de órgãos e tecidos A diretora da Central Estadual de Transplantes do Distrito Federal, Daniela Salomão, acrescenta: “Existe a máxima que diz que sem doação não há transplante. Então, nós precisamos muito incentivar a doação. Nós temos mais pacientes aguardando hoje do que doações de órgãos. Precisamos aumentar a doação para que, cada vez mais, esse paciente que entra em lista tenha menos tempo de espera e consiga realmente ter o seu transplante e melhorar a qualidade de vida”, afirma. Segundo Daniela, o DF vem se posicionado a cada ano como destaque no cenário nacional para a realização de transplantes. “O Distrito Federal tem conseguido não só aproveitar as doações que ocorrem dentro do nosso distrito. Nós também conseguimos ir a outros estados, fazer a captação para retornar e fazer o transplante aqui. Essa opção de utilizar as doações no Distrito Federal e também de outros estados é o que nos proporciona esse destaque nacional em transplante”, afirma. “Mas antes de tudo isso, tem que vir a vontade dos cidadãos de serem doadores, a vontade de ajudar o próximo”. [LEIA_TAMBEM]‘O transplante salva e recupera a vida’ Há oito anos, o empresário Robério Melo foi diagnosticado com cirrose. “Foi um susto, porque eu nunca bebi na vida, não tinha esse hábito”, conta. A médica que o acompanhava disse que sua única chance de sobreviver seria um transplante de fígado, pois a doença já estava muito avançada, e o encaminhou para o ICTDF. No entanto, o quadro dele se agravou e era preciso encontrar um fígado compatível em pouco tempo. “Eu não podia ir à consulta no ICTDF pois estava internado. O instituto enviou uma equipe multidisciplinar ao hospital para me avaliar e entrei para a fila do transplante. Fiquei uma semana na fila e não poderia esperar mais, pois, de acordo com os exames, eu sobreviveria poucos dias se não recebesse o transplante”, recorda. “Foi ali, nos ‘45 minutos do segundo tempo’, que apareceu um órgão e eu fiz o transplante. Foi de um rapaz de 19 anos que sofreu um aneurisma cerebral e teve morte encefálica, isso é tudo que podemos saber. Graças à doação da família dele, estou vivo. O transplante salva e recupera a vida.” O Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF) faz transplantes de coração, rim, fígado, córnea e medula óssea Robério afirma que o atendimento que recebeu da equipe do ICTDF foi de excelência. “É um atendimento humanizado, sabe? Os profissionais são comprometidos com o transplante e com o paciente”, avalia. O empresário, que conta com acompanhamento dos médicos do ICTDF para assegurar a saúde diante de qualquer intercorrência, fundou o Instituto Brasileiro de Transplantados (IBTx), uma rede de apoio formada por voluntários para dar suporte a transplantados e às pessoas que precisam de transplante. “Damos suporte psicológico, jurídico e, às vezes, a gente ajuda com a cesta básica, paga uma conta. A gente presta esse auxílio social também”, conta. Segundo Robério, o IBTx já ajudou mais de 120 pessoas de outros estados a virem receber transplantes no Distrito Federal. “Nossas ações visam organizar projetos que vão beneficiar pacientes em pré e pós-transplante. Todos os voluntários que compõem o Instituto são transplantados e conhecem as necessidades que surgem após o recebimento do novo órgão. Pretendemos dar suporte para diversas pessoas que passarão ou já passaram pela cirurgia e precisam se adaptar à nova vida”, explica. Segundo Robério, um dos grandes desafios para diminuir a fila dos transplantes é conscientizar as pessoas sobre a importância da doação de órgãos. “É preciso deixar bem claro que o sistema de transplante do Brasil, do SUS, é muito confiável e é auditável de ponta a ponta. Um coração, por exemplo, que saiu de uma cidade tem que chegar ao seu destino e tem que ser transplantado. Se ele não for transplantado, tem que justificar a razão. Posso assegurar que o sistema de transplante do Brasil é auditável e totalmente confiável”, afirma. “O transplante salva vidas. Eu estou aqui porque o SUS salvou a minha vida. Eu devo a minha vida ao SUS”.  A gerente geral de Assistência do ICTDF, Maria de Lourdes Worisch, conta que existe uma logística complexa para fazer com que os órgãos doados cheguem aos pacientes: "A equipe precisa estar pronta, o hospital pronto, material pronto" Transplantes de órgãos e tecidos no Brasil O Brasil é um dos líderes mundiais em transplantes e tem o maior sistema público de transplantes do mundo, segundo o Ministério da Saúde. O Sistema Nacional de Transplantes (SNT) organiza e monitora todo o processo, desde a identificação de doadores até a realização dos procedimentos. A fila é nacional e obedece critérios específicos, como a compatibilidade do órgão entre doador e receptor, independentemente de classe social. Além disso, o SNT atua na capacitação de profissionais da saúde, na conscientização da população sobre a importância da doação e na garantia da qualidade e segurança dos procedimentos de transplante.

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Simpósio discute boas práticas hemoterápicas e transfusionais

Nesta quinta-feira (27), o Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF), em parceria com o Hospital das Forças Armadas (HFA), realizou o III Simpósio de Hemoterapia. O evento teve como objetivo discutir boas práticas hemoterápicas e transfusionais, com foco no uso racional do sangue, na segurança transfusional e na importância da doação de sangue. O secretário-adjunto de Assistência à Saúde da Secretaria de Saúde do DF (SES), Marcus Antonio Costa, ressaltou a relevância do encontro. “Esse evento é de extrema importância para quem trabalha com vidas. Nossa missão é garantir que os profissionais da saúde estejam sempre bem-preparados e atualizados. O sucesso deste simpósio é um reflexo do nosso esforço contínuo para melhorar os serviços prestados à população”, afirmou. O evento reuniu médicos, enfermeiros, biomédicos e farmacêuticos | Fotos: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF O comandante logístico do HFA e general, Luiz Gonzaga, enfatizou que a prioridade é sempre o paciente. “Entre os vários enfoques como forma de priorizar o paciente estão o sangue, os produtos que envolvem a sua administração e os cuidados que devemos ter com a gestão dos hemoderivados. Esse simpósio é uma ótima oportunidade para compartilharmos nosso conhecimento”. Promovido pelo Núcleo de Ensino e Pesquisa e o Serviço de Apoio Diagnóstico Terapêutico do ITCDF, o simpósio reuniu profissionais envolvidos no processo transfusional, incluindo médicos, enfermeiros, biomédicos e farmacêuticos. Durante o evento, foram ministradas palestras que abordaram a importância da hemoterapia e protocolos para garantir a segurança dos pacientes durante as transfusões de sangue. Um dos palestrantes foi o chefe da unidade técnica da Fundação Hemocentro de Brasília, Marcelo Freitas. “O Hemocentro é o principal ator na hemoterapia do DF. Por isso, é essencial transmitir esse conhecimento aos profissionais que utilizam os produtos fornecidos pela unidade, para que compreendam como funcionam os processos”, explicou Freitas. Para a gerente de ensino e pesquisa do ICTDF, Klícia Matioli, o simpósio é uma experiência que gera expectativas positivas ao atualizar o conhecimento dos profissionais. “Este simpósio visa educar todos os profissionais da saúde para o uso consciente do sangue, de forma a aproveitar o máximo possível as doações, além de incentivá-las”, disse. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Grupo de trabalho atua para garantir prestação de serviços no ICTDF

A Secretaria de Saúde (SES-DF) publicou no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta quinta-feira (18), a Portaria nº 13, que estabelece as atribuições do Grupo de Trabalho de Intervenção (GT-Interv) no Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF). O objetivo é garantir a prestação de serviços essenciais à população. A SES-DF reforça que o atendimento no ICTDF está garantido e que a intervenção é uma medida necessária para a continuidade dos serviços essenciais aos usuários | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF A pasta estima que cerca de 85% dos procedimentos de cardiologia e transplantes são obtidos por meio da complementaridade da rede pública com o instituto. Portanto, a intervenção, decretada pela SES-DF em dezembro de 2023, assegura a continuidade de serviços como assistência médica, transplantes, cirurgias cardíacas, regularidade dos atendimentos e fornecimento de insumos. Presidente do GT, Rodrigo Conti garante que o grupo tem atuado “incessantemente para que os procedimentos essenciais não sejam interrompidos”. Entre as medidas imediatas determinadas pela SES-DF, destaca-se o recadastramento de todos os colaboradores, incluindo a atualização de dados de contato pessoal. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Com a Portaria, o grupo passa ainda a exercer diretamente o poder organizacional sobre a gestão de pessoal, podendo utilizar o site oficial e redes sociais do ICTDF para comunicados e, se necessário, notificar ou afastar gestores de alta cúpula que não colaborarem com as atividades da intervenção. Outras ações incluem a listagem de necessidades de insumos para o trimestre, a contratação de colaboradores em áreas específicas e um escritório de contabilidade para auxiliar nas atividades. O grupo de interventores não tem prazo determinado para atuar na gestão. A SES-DF reforça que o atendimento no ICTDF está garantido e que a intervenção é uma medida necessária para a continuidade dos serviços essenciais aos usuários. *Com informações da SES-DF

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Justiça autoriza intervenção do GDF no Instituto de Cardiologia

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) autorizou o Governo do Distrito Federal (GDF) a intervir administrativamente no Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF). A entidade é responsável por 85% dos serviços de cardiologia e transplantes no DF, recebe repasses da administração pública e chegou a suspender os serviços. O ICTDF é uma instituição privada sem fins lucrativos (filantrópica) que atende pacientes particulares e conveniados por planos de saúde e presta serviço complementar à Secretaria de Saúde | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A autorização é assinada pelo desembargador Niwton Carpes da Silva. As decisões judiciais têm se desenrolado no Rio Grande do Sul pelo fato de o processo de recuperação judicial da Fundação Universitária de Cardiologia (FUC), mantenedora do instituto, tramitar no estado. Na decisão, o desembargador defendeu a prestação ininterrupta do serviço como direito da população. “No caso em apreço, não há dúvidas, deve prevalecer o interesse público de prestação de serviço de saúde à população sobre o interesse privado e patrimonial da recuperanda (Fundação Universitária de Cardiologia).” [Olho texto=”“A fundação não deve paralisar a prestação de um serviço essencial como é a saúde e de extrema urgência como os serviços envolvendo doenças cardíacas e conexas”” assinatura=”Trecho da decisão do desembargador Niwton Carpes da Silva” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Em outro trecho, o magistrado escreve que a fundação não deve “paralisar a prestação de um serviço essencial como é a saúde e de extrema urgência como os serviços envolvendo doenças cardíacas e conexas.” Entenda o caso A Secretaria de Saúde (SES) publicou a Portaria nº 486/2023, determinando a imediata intervenção pública no Instituto de Cardiologia como forma de manter a prestação de serviços e não prejudicar a população. A norma chegou a ser suspensa no sábado (16) pela Vara Regional Empresarial de Porto Alegre, em decisão de caráter liminar do juiz Gilberto Schäfer, após um pedido da Fundação Universitária de Cardiologia (FUC). Na terça-feira (19), a 6ª Câmara Cível do TJRS acolheu o recurso apresentado pelo Distrito Federal e autorizou a intervenção no instituto. A portaria prevê que a força de trabalho do ICTDF passa a ser gerida pela Secretaria de Saúde e que o instituto, enquanto durar a intervenção, funcionará como uma unidade de saúde pública. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Institui também um Grupo de Trabalho para coordenar as ações e nomeia o médico intensivista Rodrigo de Sousa Conti como presidente do grupo e interventor. Caberá ao médico tomar as decisões de forma unipessoal, podendo consultar os demais integrantes do grupo, formado por outros médicos e técnicos da Secretaria de Saúde. Segundo o texto, a intervenção durará o prazo necessário à estabilização dos serviços de cardiologia e transplantes. Ao seu término, serão realizados os encontros de contas e valores devidos, eventualmente, como indenização, à anterior mantenedora. Outra medida que será discutida ao final da intervenção, juntamente com o Ministério da Saúde, é a necessidade de um novo chamamento público para uma nova entidade mantenedora. O ICTDF é uma instituição privada sem fins lucrativos (filantrópica) que atende pacientes particulares e conveniados por planos de saúde e presta serviço complementar à Secretaria de Saúde. Ele atua nos serviços de alta complexidade cardiovascular e transplantes e foi criado a partir de um acordo entre a União e o GDF.

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