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Janeiro Branco

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Investimento em saúde mental de bombeiros reflete no bom atendimento à população do DF

Em um ambiente onde o preparo físico e a resistência emocional são fundamentais, o Governo do Distrito Federal (GDF) tem atuado para garantir o bem-estar psicológico dos militares das forças de segurança. Na esteira da campanha do Janeiro Branco, que reforça a importância da saúde mental, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) desenvolve serviços internos para apoiar os profissionais que ficam na linha de frente com a população. Pioneiros na implementação da políticas de qualidade de vida no trabalho, bombeiros do DF participam de programas preventivos para minimizar impactos emocionais da atuação profissional | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília Como parte desse esforço contínuo, o CBMDF tornou-se o primeiro corpo de bombeiros do Brasil a implementar políticas de qualidade de vida no trabalho, um marco no fortalecimento das ações voltadas à promoção do equilíbrio mental, social e espiritual dos bombeiros e seus dependentes. As iniciativas vão além dos atendimentos especializados: o setor mantém programas preventivos que buscam minimizar os impactos emocionais do trabalho operacional. “Houve uma qualificação do trabalho e da relevância que a saúde mental tem no cuidado com a tropa, sempre com a ideia de que, se a gente cuidar dos nossos servidores, eles também vão cuidar bem da população” Tenente-coronel Vinícius Neves Alencar, comandante do Centro de Assistência do CBMDF “O serviço do bombeiro militar é desgastante porque exige tanto da parte física quanto da mental, porque ele precisa estar sempre bem-preparado e pronto para atender situações críticas, de pessoas que precisam de ajuda – então, muitos deles acabam absorvendo essa carga do serviço”, avalia o comandante do Centro de Assistência do CBMDF, tenente-coronel Vinícius Neves Alencar. “O que a gente espera é que eles saibam que têm com quem contar e que nos procurem antes de chegar a um estágio crítico.” Acolhimento e orientações Por meio da Seção de Assistência à Saúde Mental e Ocupacional (Sasmo), a equipe composta por 21 profissionais acolhe os bombeiros militares com atendimentos clínicos e ações de prevenção.  “A corporação tem ampliado a percepção da importância da saúde mental da tropa, isso porque, até 2017, nós tínhamos dois servidores no setor e hoje temos mais de 20, entre psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais”, esclarece o capitão Ademário Britto, psicólogo organizacional integrante da Comissão Interna de Qualidade de Vida no Trabalho do CBMDF. “De lá para cá, houve uma qualificação do trabalho e da relevância que a saúde mental tem no cuidado com a tropa, sempre com a ideia de que, se a gente cuidar dos nossos servidores, eles também vão cuidar bem da população”, conclui o capitão Britto. Bem-estar psicológico Entre os programas oferecidos pela Sasmo, destacam-se o Viva Melhor, que promove palestras psicoeducativas em unidades da corporação; o Preparar, voltado à transição para a reserva remunerada; e o Respirar, criado para auxiliar no manejo da ansiedade. Além disso, há iniciativas voltadas à saúde financeira, à atenção a dependentes químicos e para incidentes críticos e fatores de estresse organizacional. O apoio espiritual também faz parte das ações desenvolvidas pela corporação. Por meio da capelania, a equipe oferece suporte aos militares com celebrações religiosas, visitas a hospitais, clínicas de recuperação e aconselhamentos. Os números reforçam a importância desses serviços. Em 2024, foram prestados 6.364 atendimentos individuais em psiquiatria, psicologia e serviço social, além da execução de 327 atividades em grupo que beneficiaram mais de 2.300 participantes. A Capelania Evangélica registrou 1.116 atividades, atendendo 22.145 pessoas, enquanto a Capelania Católica teve 3.209 ações, impactando 50.879 bombeiros e familiares. O secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, reforça a necessidade de ampliar os programas de suporte psicológico e psiquiátrico: “O desgaste emocional é imenso, refletindo, inclusive, na expectativa de vida, que é significativamente menor que a da população geral. Estamos ampliando os programas de apoio psicológico e psiquiátrico para garantir que os agentes tenham condições de cuidar da saúde mental”.

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Evento itinerante alusivo ao Janeiro Branco chega ao Conic

A Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) participará do evento itinerante Bem-estar Conic – Janeiro Branco, nesta quinta-feira (30), das 8h às 16h, na entrada do Conic e no hall do Ed. Boulevard. Em parceria com o Instituto Kalile, a instituição prestará assistência jurídica e psicossocial à população em situação de vulnerabilidade. O objetivo da iniciativa é chamar a atenção de toda a comunidade para o cuidado com a saúde mental, como parte da campanha Janeiro Branco. Para o defensor público-geral, Celestino Chupel, a iniciativa é essencial para sensibilizar a população sobre a importância da saúde mental, incentivando práticas de autocuidado e a busca por apoio psíquico. “O evento não apenas promove informação, mas também amplia o acesso a recursos de apoio, especialmente para pessoas em situação de vulnerabilidade, que muitas vezes enfrentam barreiras no acesso a serviços dessa natureza”, explicou. Ao entrar no cuidado com a saúde mental, a DPDF contribui para a formação de uma sociedade mais justa e acolhedora | Foto: Divulgação/DPDF A Subsecretária de Atividade Psicossocial da DPDF, Roberta de Ávila, explica que, ao integrar essas ações em sua agenda, a instituição contribui para uma sociedade mais justa e acolhedora, reforçando a importância do cuidado em saúde mental. “Não somente em janeiro, mas durante o ano inteiro, precisamos falar sobre a promoção de saúde mental de uma perspectiva crítica, que vai além do cuidado clínico individual, contemplando fatores sociais, econômicos e culturais, que influenciam o bem-estar das pessoas. Os determinantes sociais de saúde, como a renda, o acesso à educação, moradia digna, e as condições de trabalho, são fatores fundamentais que afetam diretamente a saúde mental da população, e a negligência desses elementos contribui para o aumento do sofrimento psíquico”, detalhou. Janeiro Branco O mês de janeiro destaca a importância de reduzir o estigma em torno dos transtornos psicológicos, lembrando que questões como a depressão, a ansiedade e a síndrome do pânico são comuns e podem ser tratadas com o apoio adequado. O objetivo é fazer com que as pessoas se sintam mais à vontade para falar sobre suas emoções, buscando auxílio profissional quando necessário e promovendo um ambiente de acolhimento e apoio. Assim, o Janeiro Branco é um convite a todos para refletirem sobre a importância do autocuidado, da escuta e do apoio mútuo, tornando o cuidado com a saúde mental uma prioridade ao longo do ano. A campanha atende aos objetivos da campanha de Janeiro a Janeiro, realizada pelo Conselho Federal de Psicologia, que busca chamar a atenção para a importância de cuidar da saúde mental durante todo o ano, buscando promover o cuidado integral e contínuo da saúde mental, problematizar a questão do sofrimento mental e colocar em evidência a necessidade de políticas públicas que assegurem o acesso aos serviços de saúde mental. *Com informações da DPDF

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Janeiro Branco: Espaços de convivência ajudam a diminuir a solidão e cuidam da saúde mental

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o isolamento social uma grave ameaça à saúde pública. Além do impacto na saúde mental, a sensação de estar só está associada a doenças cardiovasculares, metabólicas e à mortalidade precoce. A gerente do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) III de Samambaia, Ana Luísa Lamounier, acredita que espaços terapêuticos como os oferecidos nas unidades cumprem um papel fundamental ao oferecer um ambiente de convivência. Francisco José Pereira Júnior, de 62 anos, é paciente do Caps há mais de cinco anos, e utiliza frequentemente o espaço de convivência do centro | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF “As pessoas vêm para conversar, se encontrar e formar laços. Esses espaços não são só para cuidados de saúde, mas também para integrar. Muitas vezes, práticas como dança, fotografia ou rodas de conversa não têm o foco na atividade em si, mas no fato de estarem juntos e partilharem experiências, o que torna tudo terapêutico”, explica. O corretor e pintor Francisco José Pereira Júnior, 62, frequenta o Caps III da região administrativa há mais de cinco anos e concorda com a gerente. “Venho aqui para participar das turmas, das conversas e para ver meus amigos, como a dra. Juliana e o Gilson. Eu ajudo na horta e plantei aquela roseira ali para não me sentir tão sozinho”, relata. Ele foi diagnosticado com transtorno bipolar e utiliza frequentemente o espaço de convivência da unidade. Para ele, a solidão é o maior incômodo. Segundo a OMS, o mundo está se tornando cada vez mais solitário, apesar da projeção de 8,09 bilhões de pessoas no mundo em 2025. A instituição considera o problema uma ameaça à saúde pública e novos estudos indicam que os impactos do isolamento vão muito além da saúde mental. Entre as consequências estão diabetes, maior risco de doenças cardiovasculares, demência e a síndrome da fragilidade em idosos — condição caracterizada por perda de peso, massa muscular e força física. Para a gerente do Caps III de Samambaia, Ana Luísa Lamounier, espaços terapêuticos como o Caps cumprem um papel fundamental: “As pessoas vêm para conversar, se encontrar e formar laços” A profissional do Caps III reforça que a socialização é benéfica para todos, inclusive para pessoas introvertidas. A vivência coletiva é utilizada enquanto recurso terapêutico. “Uma pessoa introvertida pode preferir interações mais curtas e com poucas pessoas, mas isso não significa que ela não precise socializar. Ter vínculos de amizade, mesmo em grupos pequenos, faz toda a diferença”. Ela destaca que interações virtuais, como redes sociais e jogos online, não substituem o contato presencial. “A troca que ocorre no convívio pessoal é rica em informações e promove um impacto positivo na saúde. O convívio social diminui o risco de demência e outras doenças. Às vezes, mesmo quando não queremos, socializar faz bem”, conclui. “Eu acho que o amor também pode ser um tratamento muito terapêutico. Ele ajuda a desenvolver habilidades sociais que, quando estamos isolados, acabam se enfraquecendo. Criar vínculos, gostar de alguém, sentir-se apoiado — tudo isso tem um impacto enorme na felicidade das pessoas. Mesmo aqui no Caps, mesmo que o motivo principal da pessoa não seja algo relacionado ao humor, a possibilidade de compartilhar suas experiências é sempre algo muito terapêutico”, explica Juliana Neves Batista, assistente psicossocial da unidade. Onde buscar ajuda Além das unidades dos Centros de Atenção Psicossocial, é possível encontrar auxílio de forma virtual. Promovida pela Gerência de Práticas Integrativas da Secretaria de Saúde (SES-DF), a Terapia Comunitária Online é um espaço seguro, onde as pessoas podem falar das suas questões e receber ajuda profissional. Sempre às 15h de quintas-feiras, o grupo – apelidado de “SUS em casa” – se reúne de forma virtual. Para participar, basta acessar o link da ferramenta Zoom. *Com informações da SES-DF  

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Profissionais da Saúde participam de evento em alusão ao Janeiro Branco

Dedicada à promoção da saúde mental e emocional, a campanha Janeiro Branco sensibiliza a população para a importância do bem-estar psicológico e para a busca de acompanhamento profissional quando necessário. A fim de abordar a temática, os conselhos regionais de Enfermagem do DF (Coren-DF) e de Saúde de Santa Maria e o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) promoveram um encontro com o tema “O que fazer pela saúde mental agora e sempre?”,  nesta terça-feira (28). Encontro contou com palestras, bate-papo e um espaço para meditação | Foto: Divulgação/IgesDF “Devemos largar um pouco o celular, olhar para nós mesmos, cuidar do corpo e da mente com carinho, reconhecer e expressar sentimentos” Valda Fumeiro, enfermeira especialista em saúde mental Na abertura, representando a superintendência do HRSM, a gerente de Enfermagem, Jussara Bolandim, destacou a importância dessa discussão para quem trabalha na área da saúde: “Sabemos que somos cobrados o tempo inteiro, e este momento nos faz refletir sobre o que queremos enquanto carreira, vida pessoal, como mães, pais. Infelizmente eu já perdi colegas de profissão por não conseguirem tratar seus traumas, e isso mostra o quanto é importante cuidarmos da nossa saúde mental. Espero que seja uma oportunidade de planejar o ano, agradecer as oportunidades, por estarmos bem de saúde para cuidar de quem precisa”. Práticas integrativas Durante a tarde, os profissionais participaram de práticas integrativas e complementares em saúde (Pics) e assistiram a palestras com os temas “Gestão das Emoções” e “Jornada da Superação: Histórias de Resiliência em Momentos de Crise”, além de um debate sobre o acolhimento da pessoa em sofrimento pelo SUS. “Devemos largar um pouco o celular, olhar para nós mesmos, cuidar do corpo e da mente com carinho, reconhecer e expressar sentimentos”, afirmou a enfermeira Valda Fumeiro, especialista em saúde mental. “A resiliência é um exercício diário, e às vezes, mesmo sem perceber, somos a inspiração de alguém.” Representante da Comissão de Saúde Mental do Coren-DF, Deusenice Barcelos lembrou que o objetivo é levar o debate da saúde mental para todas as regiões de saúde e para o maior número de profissionais possíveis. “Hoje, a maioria da população está em sofrimento mental, por isso queremos trabalhar um pouco sobre a conscientização de tratar o psicológico, sobre a ansiedade, o estresse, a depressão que está sendo a doença do século”, afirmou. Também houve espaço para meditação. “Este é um momento de desligamento do ambiente de trabalho, mesmo em pleno expediente; nos faz refletir sobre o nosso autocuidado, porque às vezes a gente não percebe e precisa ser forçado a se cuidar para conseguir se manter e dar o cuidado para o próximo”, avaliou a gerente de Cuidados Ambulatoriais do HRSM, Raiane Alves. *Com  informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IgesDF)

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