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Estudantes com deficiência auditiva visitam exposição de artista surdo 

Olhares com o brilho da representatividade pairavam no ar do Museu Nacional da República, refletidos em dezenas de alunos que visitavam a exposição de arte Estrela do Silêncio, em cartaz até domingo (16). Nesta semana, turmas de alunos surdos das escolas bilíngues de Taguatinga e da Asa Sul tiveram a oportunidade de conhecer as obras do artista plástico Marcos Anthony. Estudantes de escolas bilíngues puderam ver de perto a produção do artista | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília Com transporte e acesso gratuito ao equipamento público, os estudantes admiraram empolgados as obras. Diversos quadros possuíam tecnologia interativa pela câmera do celular, o que deixou tudo ainda mais dinâmico, além das interações com a escola e o artista. Já tendo marcado presença em mostras nacionais, na Espanha e nos Estados Unidos, Marcos é o primeiro artista surdo a formar-se em arquitetura no Brasil. Sofia Pontes Santos, 15, mostrou-se entusiasmada com a visita. “Estou sentindo verdadeiramente a emoção que é transmitida nessa exposição, e no futuro eu quero seguir essa área”, disse. “Acho importante ter exposições como essa para ter empatia com o outro, perceber que o surdo é capaz e que [a arte] não é só um desenho, mas transmite a história dele. Mostra essa comunicação com a arte”. Marcos Anthony interagiu com os estudantes durante a visita: “Isso para mim é muito grande, porque aqui eu falo muito sobre alcançar os sonhos e que todos somos capazes de qualquer coisa. Não há limitações” As obras retratam a história de vida do artista, que descreveu as pinturas a óleo como uma forma de expressar a importância do amor e de contar sua trajetória desde a infância. O projeto é uma realização da Tangará Desenvolvimento Social, em rede de parcerias com o Instituto Bem Cultural, a Raruti Comunicação e Design e a Oitava Casa. “É uma honra mostrar essa exposição para esse público”, afirmou Marcos Anthony. “Uma criança olhou para mim e disse: ‘quando eu crescer, quero ser igual a você’. E isso para mim é muito grande, porque aqui eu falo muito sobre alcançar os sonhos e que todos somos capazes de qualquer coisa. Não há limitações”. “Os nossos estudantes surdos verem um artista surdo e pensarem que têm essa possibilidade de um dia se tornarem um profissional que está expondo em um lugar que é de suma importância” Alliny Andrade, diretora da Escola Bilíngue do Plano Piloto A diretora da Escola Bilíngue do Plano Piloto, Alliny Andrade, reforçou a importância da visita a um dos pontos importantes da capital federal e, principalmente, do contexto da ação. “Os nossos estudantes surdos verem um artista surdo e pensarem que têm essa possibilidade de um dia se tornarem um profissional que está expondo em um lugar é de suma importância”, acentuou. “Principalmente para nós, que somos de Brasília, é algo primordial. Eles se encontram nessa questão do espelhamento.”   Mais que uma exposição Fran Favero, diretora do Museu da República: “É importante que o museu não seja visto meramente como uma galeria de arte, porque ele não é isso. É um espaço de formação, educação, criação de memória, pesquisa, encontro, e tudo isso faz o museu acontecer” O museu é um espaço acessível ao público, com a mediação em Língua Brasileira de Sinais (Libras) desempenhando um papel importante incluído em ações pedagógicas – como o projeto Museu é o Mundo, que tem verba do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF). O programa educativo atende escolas públicas e privadas, além de grupos comunitários para atividades que exploram diversas linguagens artísticas. “Nossas visitas abordam isso de uma forma sensível, não somente traduzindo, mas trazendo interpretação e abrangendo a visualidade nessa outra chave, que é a linguagem deles. É como se a escola virasse um mirante para a arte e para o mundo” Rebeca Borges, coordenadora do projeto Museu é o Mundo A coordenadora pedagógica do projeto, Rebeca Borges, ressaltou que essa iniciativa tem transformado a experiência dos visitantes e ampliado o alcance da arte na sociedade. “Visitas mediadas em Libras possibilitam que pessoas surdas tenham uma experiência completa e enriquecedora, permitindo a compreensão plena das exposições e da história das obras”, detalha. “Nossas visitas abordam isso de uma forma sensível, não somente traduzindo, mas trazendo interpretação e abrangendo a visualidade nessa outra chave, que é a linguagem deles. É como se a escola virasse um mirante para a arte e para o mundo.” A diretora do Museu Nacional da República, Fran Favero, também destacou que o espaço localizado no coração da capital federal tem compromisso com a democratização da cultura e o acesso à educação, desenvolvendo um programa educativo que integra a educação patrimonial, a arte-educação e o amplo acesso. “O museu é um espaço gratuito e aberto a todos, então estamos sempre criando estratégias de acessibilidade e entendendo as necessidades da população para que ela possa experimentar e se sentir bem-vinda”, frisou. “É importante que o museu não seja visto meramente como uma galeria de arte, porque ele não é isso”, pontuou a diretora. “É um espaço de formação, educação, criação de memória, pesquisa, encontro, e tudo isso faz o museu acontecer. Todos esses braços são igualmente relevantes, e a educação é peça central.” A oferta de transporte gratuito é restrita para escolas públicas e possui vagas limitadas. Para a disponibilização do transporte, é necessário que o número de alunos não seja inferior a 40 alunos. Faça aqui seu agendamento.

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GDF entrega Selo de Acessibilidade a 23 ouvidorias e reforça compromisso com inclusão

Na tarde desta terça-feira (12), o Teatro Caesb, em Águas Claras, foi palco de um marco na promoção da acessibilidade no Distrito Federal. A Controladoria-Geral do Distrito Federal (CGDF), em parceria com a Secretaria da Pessoa com Deficiência (SEPD-DF), realizou a cerimônia de entrega do Selo de Acessibilidade das Ouvidorias do GDF – 2024. O evento reconheceu 23 órgãos do governo que se destacaram por oferecer atendimento inclusivo e acessível às pessoas com deficiência, garantindo que suas demandas sejam ouvidas e resolvidas com respeito e eficiência. Na primeira edição 24 órgãos participaram espontaneamente e 99,9% deles pontuaram em todas as categorias. Nesta terça (12), 23 órgãos do GDF receberam o Selo de Acessibilidade, em reconhecimento a ações como capacitação de servidores em Libras, disponibilização de QR Code do DF Libras e a acessibilidade física | Foto: Divulgação/CGDF O Selo de Acessibilidade, que será disponibilizado digitalmente às ouvidorias, simboliza a adaptação desses espaços para atender a todos os cidadãos, independentemente de suas necessidades específicas. Entre os critérios avaliados estão a capacitação dos servidores em Libras, a disponibilização de ferramentas como o QR Code do DF Libras, a acessibilidade física e a adoção de práticas inclusivas no atendimento. “Com o selo, estabelecemos um padrão claro de acessibilidade. Queremos que as ouvidorias ofereçam mais do que atendimento. Queremos que ofereçam respeito e inclusão para todos” Daniela Pacheco, ouvidora-geral do DF O controlador-geral do Distrito Federal, Daniel Lima, enfatizou a importância da iniciativa: “O Selo de Acessibilidade é um passo fundamental para garantir que as ouvidorias do GDF sejam espaços verdadeiramente inclusivos. Ele não só reconhece boas práticas, mas também incentiva que todos os órgãos se adaptem para oferecer um atendimento mais humano e acessível.” Já o secretário da Pessoa com Deficiência, Flávio Santos, reforçou que a iniciativa é um avanço na luta por direitos iguais. “Esta é uma iniciativa fundamental para garantir que as pessoas com deficiência tenham acesso pleno aos serviços públicos, sem barreiras físicas, comunicativas ou atitudinais”, afirmou. Com essa iniciativa, o GDF avança na direção de um serviço público mais acessível e inclusivo, garantindo que todos os cidadãos, independentemente de suas limitações, tenham voz e sejam atendidos com dignidade. O Selo de Acessibilidade das Ouvidorias do GDF – 2024 é um legado que inspira outros órgãos e setores a adotarem práticas que promovam a igualdade e o respeito. Impacto Para o cidadão, ter uma ouvidoria acessível significa mais do que um local adaptado; representa a garantia de que suas demandas serão atendidas de forma digna e eficiente. Pessoas com deficiência visual, auditiva, física ou intelectual poderão contar com serviços que eliminam barreiras comunicativas e físicas, como intérpretes de Libras, rampas de acesso e atendimento especializado. Além disso, o selo permite que os cidadãos identifiquem, por meio de um mapeamento, as ouvidorias mais próximas e adequadas às suas necessidades. “Com o selo, estabelecemos um padrão claro de acessibilidade. Queremos que as ouvidorias ofereçam mais do que atendimento. Queremos que ofereçam respeito e inclusão para todos”, destacou a ouvidora-geral do DF, Daniela Pacheco. Ela ressaltou ainda que qualquer demanda pode ser registrada em qualquer ouvidoria, independentemente do órgão responsável, pois os registros são centralizados no sistema Participa DF e direcionados automaticamente ao setor competente. De acordo com dados do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), em 2021, mais de 113 mil pessoas com deficiência residiam no DF, representando 3,8% da população. Desse total, 43,2% possuem deficiência visual, 22,6% múltipla, 19,8% física, 7,2% auditiva e 7,2% intelectual/mental. Além disso, o número de usuários que se declararam com deficiência no cadastro do Participa DF cresceu significativamente nos últimos anos, passando de 478 em 2019 para 2.980 em 2023. *Com informações da CGDF

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Governador inaugura segunda escola integral bilíngue em Libras-Português do DF

Brincar, aprender e conversar com os colegas na mesma língua pode parecer algo simples, mas, para Juca Polejack, 13 anos, representa inclusão e acessibilidade. Estudante da recém-inaugurada Escola Integral Bilíngue Libras-Português do Plano Piloto, Juca agora tem a oportunidade de vivenciar o ambiente escolar e a infância de forma plena e igualitária. “Eu gosto muito de estudar aqui, porque já tive contato com outras escolas e não me sentia tão bem. Aqui, todo mundo conversa em Libras, é a nossa primeira língua”, relata o aluno. “As pessoas, nas escolas inclusivas, só conversavam oralizando e eu me sentia sozinho, mas agora eu aprendo e me comunico na minha língua”, prossegue. A escola tem capacidade para atender 145 alunos em dois turnos e conta com uma estrutura de 1.624,52 m² de área construída, sendo 17 salas de aula | Foto: Renato Alves/Agência Brasília A nova unidade de ensino, que fica na 912 Sul, foi entregue nesta sexta-feira (14) pelo governador Ibaneis Rocha. Na ocasião, o chefe do Executivo destacou a importância da escola para a inclusão de estudantes surdos e reforçou o compromisso do Governo do Distrito Federal (GDF) com a educação bilíngue. “Essa é uma obra iluminada, porque atende exatamente aqueles que mais precisam no sentido da inclusão, preparando essas crianças e esses adolescentes para o mercado de trabalho que hoje está tão aberto, tão acessível para pessoas com deficiência. Então, nós estamos muito felizes aqui nessa data e, com certeza, vai ajudar muita gente e iluminar governantes de outros estados para que sigam no mesmo caminho”, afirmou Ibaneis Rocha. Para a vice-governadora Celina Leão, “essa é uma entrega que nos dá muito orgulho, pois a melhoria e ampliação do espaço físico da Escola Pública Integral Bilíngue Libras e Português Escrito do Plano Piloto vai significar melhores condições de ensino para todos os estudantes da unidade. É inclusão e cidadania que transforma a vida dos alunos e de suas famílias.”Segundo a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, essa é mais uma demanda da população que foi atendida: “A entrega dessa escola é uma grande conquista para a comunidade surda do DF. Eles haviam pedido por isso há muito tempo e agora pudemos concretizar esse sonho para as famílias de crianças surdas que querem e precisam desse tipo de atendimento para os seus filhos. Isso faz parte do nosso programa de inclusão. Vamos acolher alunos em todas as etapas da educação básica,  até 18 anos de idade”. Juca Polejack, 13 anos, é estudante da recém-inaugurada Escola Integral Bilíngue Libras-Português | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Investimento A escola tem capacidade para atender 145 alunos em dois turnos e conta com uma estrutura de 1.624,52 m² de área construída, sendo 17 salas de aula, incluindo espaços para aprendizado em arte, informática e um cantinho para leitura. Foram investidos quase R$ 5 milhões na construção do colégio, que está com matrículas abertas e os interessados devem procurar a secretaria da unidade. As aulas no centro de ensino já começaram e os novos alunos aprovaram a estrutura. “Eu gostei muito da escola, está muito linda”, conta a pequena Ana Clara Castro, de 8 anos. “Gosto muito de estudar, do lanche, das atividades de arte e, principalmente, das brincadeiras”, continua. Esta é a segunda escola integral bilíngue do Distrito Federal, destinada a alunos surdos e deficientes auditivos. A primeira funciona em Taguatinga e foi criada em 2013. Os dois espaços atendem crianças e adolescentes da educação infantil e anos iniciais até os anos finais do ensino fundamental e médio. “A escola bilíngue para surdos e deficientes auditivos do DF é uma realidade agora no Plano Piloto. Aqui, o estudante vai poder se comunicar na língua dele porque todos os nossos professores são bilíngues. As aulas são projetadas e planejadas pedagogicamente respeitando o aspecto visual do estudante surdo, em que todo conteúdo é passado por meio do visual e o conhecimento é trabalhado a partir da visualidade dele”, explica a diretora Alliny Matos.         Segundo a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, essa é mais uma demanda da população que foi atendida: “A entrega dessa escola é uma grande conquista para a comunidade surda do DF. Eles haviam pedido por isso há muito tempo e agora pudemos concretizar esse sonho para as famílias de crianças surdas que querem e precisam desse tipo de atendimento para os seus filhos. Isso faz parte do nosso programa de inclusão. Vamos acolher alunos em todas as etapas da educação básica, de 0 aos 18 anos de idade”. A escola tem capacidade para atender 145 alunos em dois turnos e conta com uma estrutura de 1.624,52 m² de área construída, sendo 17 salas de aula, incluindo espaços para aprendizado em arte, informática e um cantinho para leitura. Foram investidos quase R$ 5 milhões na construção do colégio, que está com matrículas abertas e os interessados devem procurar a secretaria da unidade. Juca Polejack, 13 anos, representa inclusão e acessibilidade é estudante da recém-inaugurada Escola Integral Bilíngue Libras-Português do Plano Piloto | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília As aulas no centro de ensino já começaram e os novos alunos aprovaram a estrutura. “Eu gostei muito da escola, está muito linda”, conta a pequena Ana Clara Castro, de 8 anos. “Gosto muito de estudar, do lanche, das atividades de arte e, principalmente, das brincadeiras”, continua. Esta é a segunda escola integral bilíngue do Distrito Federal, destinada a alunos surdos e deficientes auditivos. A primeira funciona em Taguatinga e foi criada em 2013. Os dois espaços atendem crianças e adolescentes da educação infantil e anos iniciais até os anos finais do ensino fundamental e médio. “A escola bilíngue para surdos e deficientes auditivos do DF é uma realidade agora no Plano Piloto. Aqui, o estudante vai poder se comunicar na língua dele porque todos os nossos professores são bilíngues. As aulas são projetadas e planejadas pedagogicamente respeitando o aspecto visual do estudante surdo, em que todo conteúdo é passado por meio do visual e o conhecimento é trabalhado a partir da visualidade dele”, explica a diretora Alliny Matos.

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DF Alfabetizado amplia inclusão social e oferta ensino de qualidade para população

O sonho de concluir o ensino médio e iniciar uma formação profissional parecia inalcançável para a chef de cozinha Eline Maria da Silva, 39 anos. Casada ainda na adolescência, a moradora da Colônia Agrícola Samambaia, em Vicente Pires, era impedida de estar em sala de aula pelo próprio marido, com quem ficou até 2022. Logo após a separação, munida de força de vontade e amor próprio, ela resgatou o antigo objetivo. A formatura no Ensino para Jovens e Adultos (EJA) ocorreu em 2023 e, agora, mais um sonho está em andamento: Eline está cursando técnico em enfermagem. “Precisamos reconhecer a nossa força e abraçar cada oportunidade”, diz Eline Maria da Silva, que diz ter a vida transformada pelo EJA e hoje estuda para ser técnica de enfermagem | Fotos: Arquivo pessoal “Casei com 16 anos e abandonei os estudos. Quando quis voltar, ele não deixou. Só consegui quando nos separamos, 20 anos depois”, desabafa Eline. “O EJA mudou a minha vida. Achava que não teria capacidade, duvidava de mim, mas consegui. Durante o curso conheci pessoas que desistiram dos estudos por vários motivos, mas que ganharam uma nova oportunidade graças ao GDF, que tem nos proporcionado o ensino sem importar a idade.” “O DF Alfabetizado representa a nossa crença de que a educação é a chave para a emancipação, e é um orgulho ver tantas histórias de transformação e superação ao longo de suas edições” Hélvia Paranaguá, secretária de Educação Histórias de superação e resiliência como a de Eline são cada vez mais comuns devido ao Programa DF Alfabetizado, promovido pela Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF). Criada em 2012, a iniciativa foi suspensa em 2018 e retomada no ano passado, com o atendimento de cerca de 800 pessoas em 50 turmas, reafirmando o compromisso deste GDF em fortalecer o EJA, combater o analfabetismo adulto e promover a inclusão social por meio da educação. “Com a continuidade deste programa, esperamos alcançar ainda mais cidadãos, proporcionando a eles não apenas o conhecimento básico da leitura e escrita, mas também uma nova perspectiva de futuro”, enfatiza a titular de Educação, Hélvia Paranaguá. “O DF Alfabetizado representa a nossa crença de que a educação é a chave para a emancipação, e é um orgulho ver tantas histórias de transformação e superação ao longo de suas edições.” Segundo o Censo divulgado pelo IBGE em 2024, o Distrito Federal tem o segundo melhor índice de pessoas alfabetizadas de todo o país. Mais de 97% da população brasiliense sabe ler e escrever Para o primeiro semestre deste ano, está prevista a formação de 50 turmas, com um total de 1.250 vagas, em áreas urbanas e rurais, com início em março e finalização em agosto. Os grupos de alunos são formados nas comunidades por meio da busca ativa por jovens a partir de 15 anos, adultos e idosos em situação de analfabetismo, com apoio de voluntários alfabetizadores. Pessoas interessadas em fazer parte dessas turmas podem ligar no telefone 3318-2913, da Diretoria de Educação de Jovens e Adultos, para que sejam encaminhadas às turmas mais próximas das suas residências. Novo edital No último dia 20, a SEEDF divulgou o edital do processo seletivo simplificado para a contratação de alfabetizadores e tradutores-intérpretes de Libras voluntários para atuar no programa. As inscrições estarão abertas entre 1º e 15 de fevereiro e devem ser realizadas exclusivamente pelo formulário online, nesse período. A Secretaria de Educação lançou edital do processo seletivo simplificado para a contratação de alfabetizadores e tradutores-intérpretes de Libras voluntários para atuar no DF Alfabetizado; inscrições começam no dia 1º de fevereiro | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília O programa oferece 25 vagas imediatas para alfabetizadores e outras 25 para formação de cadastro reserva. Já o número de vagas para tradutores-intérpretes de Libras será definido de acordo com a demanda apresentada pelas coordenações regionais de ensino. A carga horária mínima para os dois modelos de voluntariado é de 15 horas semanais e a bolsa-auxílio mensal deste ano será de R$ 1.200. “Estamos comprometidos com a transformação educacional do Distrito Federal, e o Programa DF Alfabetizado é uma das ações mais significativas nesse processo. Nossa missão é garantir que mais pessoas tenham a oportunidade de superar a barreira do analfabetismo e, assim, conquistar uma vida mais digna”, salienta Paranaguá. Resiliência Segundo o Censo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2024, o Distrito Federal tem o segundo melhor índice de pessoas alfabetizadas de todo o país. Mais de 97% da população brasiliense sabe ler e escrever. O desempenho coloca a capital federal atrás apenas de Santa Catarina, com 97,3% de alfabetizados. “Meu sonho é que o Distrito Federal se torne um território livre do analfabetismo, e a nossa meta é clara: trabalhar incansavelmente para que isso se torne realidade. Este é o compromisso que temos com nossa população e com o futuro de nossa região”, frisa a secretária. O esforço em ampliar o acesso à educação resulta em benefícios reais na vida de cada estudante. Eline, por exemplo, antes mesmo de concluir o EJA, já notava os resultados do aprendizado no dia a dia. Ela, que nunca tinha trabalhado fora de casa, conquistou uma vaga como auxiliar de cozinha, e, em seis meses, passou para cozinheira. “Voltei à ativa e as coisas foram acontecendo. Quero continuar estudando”, comenta. Os próximos planos são concluir o curso na área de saúde e iniciar uma formação em gastronomia. A chef de cozinha também conta que sentiu medo e insegurança ao voltar a estudar, mas conseguiu superar cada obstáculo. “Na idade em que estava, sentia vergonha, achava que não teria capacidade de evoluir como as pessoas mais jovens”, diz. “Mas isso foi mudando aos poucos com o amor que recebi dos professores e diretores. Fui me adaptando, fazendo amizades, e hoje sei que somos capazes de realizar os nossos sonhos. Precisamos reconhecer a nossa força e abraçar cada oportunidade.”

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