Saúde reforça vigilância contra doenças respiratórias
Cerca de 30 profissionais de saúde participaram, nesta quinta-feira (6), de uma oficina de capacitação para o monitoramento de doenças respiratórias. No encontro promovido pela Secretaria de Saúde (SES-DF), houve troca de experiências e mostra de boas práticas para as unidades-sentinela de síndromes respiratórias — pontos estratégicos de acompanhamento dessas viroses. Durante a oficina, foram mostradas práticas que asseguram um fluxo contínuo de amostras para análise dos vírus | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF “A unidade-sentinela é um termômetro; se um vírus for introduzido, conseguimos detectar precocemente”, explica a gerente de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis e de Transmissão Hídrica e Alimentar da SES-DF, Renata Brandão. Para fazer a detecção precoce, a SES-DF coleta exames em dez postos de monitoramento em unidades básicas de saúde (UBSs), unidades de pronto atendimento (UPAs) e hospitais, tanto da rede pública quanto da privada. Esses exames, após envio ao Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF), permitem que sejam identificados novos vírus ou variantes daqueles já conhecidos como os causadores da gripe e da covid-19. [LEIA_TAMBEM]Na capacitação — a quarta do tipo em dois anos —, os profissionais de saúde estudaram boas práticas para assegurar um fluxo contínuo de amostras para análise, o que ajuda a SES-DF a identificar rapidamente eventuais surtos. “No final de 2021 e início de 2022, por exemplo, conseguimos sinalizar o aumento do número de casos do vírus influenza, atípico para o período”, lembrou a enfermeira Cleidiane Carvalho. “Os dados da Vigilância são fundamentais para realizar estratégias, como de vacinação ou disponibilidade de leitos”. Um dos participantes, o enfermeiro Heloy Silveira, coordenador da UPA do Núcleo Bandeirante, falou sobre a importância da atualização: “Vejo como uma oportunidade contínua de aprendizagem e sempre trago a equipe técnica, para que possa também acompanhar as evoluções e as atualizações”. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Lacen-DF recebe certificação por excelência em exames laboratoriais
O Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF) conquistou o Selo Prata de Desempenho na Avaliação Externa de Qualidade da Rede Nacional de Quantificação da Carga Viral do HIV, concedido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e pelo Ministério da Saúde. O Lacen-DF recebeu o Selo Prata de Desempenho na Avaliação Externa de Qualidade da Rede Nacional de Quantificação da Carga Viral do HIV | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A diretora do laboratório, Grasiela Araújo, destaca a importância do reconhecimento: “Receber esse selo no controle de qualidade externo reafirma o compromisso do Lacen-DF com a excelência e a confiabilidade dos seus resultados”, disse. Com mais de 258 mil procedimentos realizados apenas em 2024, incluindo 59 mil testes para HIV e 44 mil para hepatite B, o Lacen-DF se consolida como peça-chave no diagnóstico laboratorial e na vigilância epidemiológica. A Secretaria de Saúde (SES-DF) segue investindo na capacitação da equipe, modernização da infraestrutura e adoção de tecnologias avançadas para assegurar exames cada vez mais precisos e seguros. Segundo o gestor da Gerência do Sistema de Qualidade do Lacen-DF, José Garcia Júnior, o laboratório segue normas internacionais, como as ISO 15189 e ISO 17025. “Também aplicamos a RDC 512 da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], e participamos de rigorosos programas de controle de proficiência, assegurando a excelência dos exames e um atendimento de qualidade à população”, assegura. Certificação de excelência Além do Selo Prata, o Lacen recebeu a certificação da Fundação Ezequiel Dias pelo Programa Nacional de Controle de Qualidade (PNCQ), após demonstrar alto desempenho em exames de arboviroses, leishmaniose visceral, leptospirose, dengue IgM e chikungunya IgM. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)
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Nova metodologia aprimora o diagnóstico de coqueluche no Distrito Federal
Dados do último boletim epidemiológico sobre a coqueluche no Distrito Federal indicam um aumento significativo no número de registros da doença. Em 2024, foram notificados 575 casos suspeitos, dos quais 256 foram confirmados — 161 pelo critério laboratorial, 59 por critério clínico e 36 por critério clínico-epidemiológico. No ano anterior, apenas 34 casos suspeitos foram registrados, com cinco confirmações — duas pelo critério laboratorial e três pelo clínico. No entanto, os números dos dois anos não são diretamente comparáveis, pois, em abril de 2024, o Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF) implementou uma nova metodologia para diagnosticar a doença. Desde abril de 2024, o Lacen-DF usa nova metodologia para detectar a bactéria Bordetella pertussis, causadora da coqueluche | Foto: Arquivo/Agência Saúde-DF “Boa parte do aumento se deve à introdução do RT-PCR [reação em cadeia da polimerase em tempo real], um método mais sensível para a detecção da coqueluche”, explica Renata Brandão, gerente de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis e de Transmissão Hídrica e Alimentar (Gevitha) da Secretaria de Saúde (SES-DF). A coqueluche é uma infecção respiratória altamente transmissível causada pela bactéria Bordetella pertussis. Até 2023, o único método diagnóstico laboratorial utilizado no Lacen-DF era o isolamento da bactéria por cultura, a partir de material colhido da nasofaringe do paciente. O maior risco da doença ocorre em recém-nascidos não vacinados; por isso, é essencial completar o esquema vacinal com a pentavalente “Fatores como uso prévio de antibióticos, tempo de duração dos sintomas, idade, estado vacinal e a presença de outros patógenos na nasofaringe podem interferir no crescimento bacteriano. Já o RT-PCR permite diagnóstico até o terceiro dia de uso de antibióticos e até a terceira semana após o início dos sintomas”, destaca Brandão. O Distrito Federal é a quarta unidade da federação — depois de São Paulo, Paraná e Minas Gerais — a realizar o RT-PCR para detecção da coqueluche na rede pública. Desde 2024, o Lacen-DF também passou a realizar a testagem completa para o gênero Bordetella, abrangendo as espécies pertussis, parapertussis e holmesii. Capacitação contra resistência bacteriana Em 2023, profissionais do Lacen-DF participaram do Projeto Pertussis: Monitoramento de Resistência aos Macrolídeos, uma parceria entre a Sociedade Americana de Microbiologia e o Instituto Adolfo Lutz (IAL). O objetivo do programa é aprimorar o diagnóstico da coqueluche e identificar os fatores de risco para o surgimento e a disseminação da resistência microbiana aos medicamentos. Os servidores do Lacen-DF participaram de três treinamentos, sendo dois no Brasil e um no México, aprimorando conhecimentos em procedimentos e tecnologias específicas para o tratamento da bactéria. “A participação do Lacen-DF neste projeto é fundamental não apenas para investigar possíveis falhas no tratamento, mas também para direcionar estratégias de prevenção, controle e monitoramento epidemiológico”, afirma Grasiela Araújo, diretora do laboratório. Sintomas da coqueluche A doença evolui em três etapas: → Fase catarral: sintomas leves, semelhantes aos de uma gripe, com coriza, febre, mal-estar e tosse seca. → Fase paroxística: tosse intensa e prolongada, com acessos finalizados por uma inspiração forçada e ruidosa — o chamado guincho inspiratório. Esses episódios podem ser seguidos de vômitos, dificuldade para respirar e coloração arroxeada nas extremidades. → Fase de convalescença: os acessos de tosse diminuem gradativamente, dando lugar a uma tosse comum. O quadro é mais grave em bebês com menos de 6 meses, que ainda não completaram o esquema vacinal e apresentam maior risco de complicações, como infecções de ouvido, pneumonia, insuficiência respiratória, convulsões, lesões cerebrais e até morte. Arte: Agência Saúde-DF Vacinas e prevenção A vacinação é a principal estratégia de prevenção da coqueluche. O maior risco da doença ocorre em recém-nascidos não vacinados; por isso, é essencial completar o esquema vacinal com a pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae B), aplicada aos 2, 4 e 6 meses de idade, além de dois reforços com a DTP (difteria, tétano e coqueluche), aos 15 meses e aos 4 anos. Além disso, a vacina dTpa (difteria, tétano e coqueluche acelular) deve ser aplicada a cada gestação, a partir da 20ª semana, garantindo a proteção do bebê por meio da transferência de anticorpos da mãe para o feto. A vacinação é a principal medida de prevenção para a coqueluche, independentemente do período de sazonalidade | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF “Nos primeiros meses de vida, o sistema imunológico do bebê ainda está em formação. Por isso, além da vacinação da gestante, é fundamental seguir o calendário infantil corretamente”, reforça Brandão. A gerente da Gevitha também destaca que parteiras, estagiários e profissionais de saúde — especialmente os que atuam em maternidades e unidades de internação neonatal — devem receber a vacina dTpa, conforme orientação do Ministério da Saúde. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)
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Lacen-DF adquire insumos para maior precisão nos diagnósticos de Chagas e sífilis
O Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF) iniciou processo de aquisição de insumos que vão aprimorar o diagnóstico de casos suspeitos da doença de Chagas e sífilis. A obtenção será realizada mediante o processo de comodato, que funciona como um empréstimo e é considerada uma forma mais eficiente e vantajosa do ponto de vista econômico. “A disponibilização da tecnologia de quimioluminescência por meio do processo de comodato permitirá que o Lacen-DF atenda integralmente à demanda das unidades públicas de saúde, assegurando qualidade e confiabilidade dos resultados emitidos”, ressalta diretora do Lacen-DF, Grasiela Araújo. Com o fornecimento contínuo dos reagentes, o Lacen-DF poderá agir com mais precisão e confiabilidade no diagnóstico de Chagas e Sífilis | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde Neste contrato, o fornecimento contínuo dos reagentes para os diagnósticos das doenças será garantido. Os insumos vão viabilizar a implantação de uma metodologia denominada “imunoensaio quimioluminescente”, que oferece mais precisão e confiabilidade nos resultados laboratoriais dos casos suspeitos. Atendendo recomendações do Ministério da Saúde para que os testes sejam realizados com alta sensibilidade e especificidade, a técnica reduz a interferência por reações cruzadas com outras patologias – como leishmaniose visceral, hanseníase e doenças autoimunes. Isso minimiza a ocorrência de resultados falsamente positivos ou negativos. “A implementação não apenas viabiliza a modernização do diagnóstico, mas também promove maior eficiência na gestão dos recursos públicos” Grasiella Araújo, diretora do Lacen-DF Para a diretora do Lacen-DF, essa forma de empréstimo resulta também em economia aos cofres públicos, uma vez que não requer grande investimento inicial na aquisição do equipamento. “A implementação não apenas viabiliza a modernização do diagnóstico, mas também promove maior eficiência na gestão dos recursos públicos, garantindo acesso à tecnologia de ponta sem comprometer o orçamento destinado à saúde pública”, explica. Doença de Chagas e sífilis A doença de Chagas é uma infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e transmitida pelo inseto barbeiro. Durante o seu curso no organismo da pessoa, a doença apresenta duas fases, uma aguda – podendo ser sintomática ou não – e uma crônica, podendo ser cardíaca, digestiva ou cardiodigestiva. Já a sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. Muitas vezes, apresenta sintomas discretos e a procura tardia pode causar complicações. No Distrito Federal, de 2019 a 2023, foram registrados 12 mil casos de sífilis adquirida, quase 5 mil de sífilis em gestantes e 1,6 mil casos em menores de um ano, incluindo abortos e natimortos. Ambas as doenças possuem cura e tratamento oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). *Com informações da Secretaria de Saúde
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