Ação avalia nível de anticorpos dos profissionais de vigilância ambiental
A Secretaria de Saúde (SES-DF) realizou, nesta terça-feira (6), a terceira Ação de Vigilância em Saúde do Servidor para avaliar o nível de anticorpos dos profissionais de vigilância ambiental que atuam em atividades de risco e que foram previamente vacinados contra a raiva. As coletas de sorologia ocorreram no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF). Para a residente em vigilância epidemiológica, Isadora Vasconcelos, a ação é essencial para conscientizar os servidores sobre a importância da proteção contra o vírus | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF “A sorologia é essencial para avaliar a resposta imunológica dos servidores da Vigilância Ambiental expostos ao vírus rábico, como os que atuam na captura de morcegos e no laboratório da raiva”, explica a chefe do Núcleo de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho do Lacen-DF, Glauce Ideiao. O agente de vigilância ambiental Felipe Cardoso foi um dos servidores que participou da coleta. “A ação é muito importante, porque estamos expostos ao risco de transmissão da raiva. Quando visitamos residências, por exemplo, podemos ser mordidos por cães. Com a vacina em dia, o risco de contaminação é menor”, disse. A iniciativa teve como objetivo a proteção de servidores que atuam em atividades de risco, como a captura de morcegos e análises laboratoriais relacionadas à raiva Para a residente em vigilância epidemiológica da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências de Saúde (Fepecs), Isadora Vasconcelos, a ação é essencial para conscientizar os servidores sobre a importância da proteção contra o vírus. “O objetivo é instruir sobre a pré-exposição e o controle sorológico para que os servidores realizem o trabalho de forma mais segura”, afirma. Controle sorológico O controle sorológico é essencial para avaliar o esquema de pré-exposição à raiva e faz parte do Protocolo de Saúde Ocupacional (PCMSO) do NSHMT-Lacen. O Instituto Pasteur realiza a avaliação sorológica, obrigatória para todos os submetidos ao tratamento profilático pré-exposição, a partir do 14º dia após a última dose da vacina. Quem não produz anticorpos suficientes recebe uma nova dose e passa por nova avaliação após 14 dias. Profissionais que realizam pré-exposição da raiva devem repetir a titulação de anticorpos com periodicidade de acordo com o risco a que estão expostos. Aqueles em situação de alto risco, como os que atuam em laboratórios de virologia e na captura de morcegos, devem realizar a titulação a cada 6 meses. Profissionais com menor risco de exposição, como os que trabalham nas campanhas de vacinação contra a raiva, são avaliados anualmente. A atividade foi promovida pelos Núcleos de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho (NSHMT) e de Recepção (Nure) do Lacen-DF, em parceria com a Dival, com a Gerência de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis e de Transmissão Hídrica e Alimentar (Gevitha), entre outros setores. O protocolo de profilaxia da raiva humana preconizado pelo Ministério da Saúde foi atualizado em 2022 por meio da Nota Técnica nº 8/2022. *Com informações da SES-DF
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Pesquisa investiga resistência da hanseníase ao tratamento
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Pacientes oncológicos contam com monitoramento terapêutico de precisão
Pacientes de tratamentos complexos, como a quimioterapia, contam com um serviço da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) para garantir o uso dos medicamentos de maneira precisa. Somente em agosto, mais de 700 pessoas foram beneficiadas pelo monitoramento terapêutico do Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF). Na prática, o trabalho significa personalizar as doses utilizadas nos tratamentos, reduzindo os efeitos colaterais e, assim, os riscos para a saúde dos pacientes. Núcleo de Toxicologia do Lacen-DF monitora pacientes que recebem medicações psiquiátricas, imunossupressoras e anticonvulsivantes | Foto: Humberto Leite/SES Os maiores beneficiados são as crianças, para as quais pequenas variações da dosagem já podem fazer a diferença. “A dose de tratamento é muito próxima da dose tóxica, por isso, temos que monitorar de perto e bem rápido”, aponta o gerente de medicamentos e toxicologia do Lacen-DF, Rodrigo Filgueiras. [Olho texto=”“Dependendo da dosagem, rapidamente nós temos que usar algumas medicações para retirar o efeito e a toxicidade”” assinatura=”Isis Magalhães, diretora técnica do HCB” esquerda_direita_centro=”direita”] A partir de amostras de sangue, a equipe da SES verifica a concentração do fármaco no paciente e assessora a equipe de tratamento. O objetivo é agir para que não ocorra uma concentração tão alta a ponto de causar danos ao fígado, mucosas ou rins, nem tão baixa, que impeça a efetividade do tratamento. Análises No Hospital da Criança de Brasília (HCB), pacientes em tratamento de leucemia recebem a medicação a partir de um protocolo pré-estabelecido, conforme o porte físico da criança. “O metabolismo, contudo, é diferente em cada paciente; e pode haver toxicidade do quimioterápico no organismo, não pela dose, mas pela farmacodinâmica do medicamento”, explica a diretora técnica do hospital, Isis Magalhães. “Dependendo da dosagem, rapidamente nós temos que usar algumas medicações para retirar o efeito e a toxicidade.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Em apoio ao HCB, a equipe do Lacen-DF faz a entrega das análises em até duas horas a partir do recebimento das amostras. “Como é crítico, temos que dar uma resposta rápida ao paciente”, aponta a servidora Manoela Uema, do Núcleo de Toxicologia. Para isso, são utilizados três equipamentos, operados pelos cinco farmacêuticos da equipe. Além de pacientes da oncologia, o Núcleo de Toxicologia do Lacen-DF faz o monitoramento terapêutico de pacientes que recebem medicações psiquiátricas, imunossupressoras e anticonvulsivantes. Somente em agosto deste ano, foram 1.159 amostras analisadas. A novidade é o início da análise da vancomicina, antibiótico utilizado para casos de infecções graves. O serviço está disponível para todos os hospitais da rede pública, incluindo as unidades do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF), o HCB e o Hospital Universitário de Brasília (HUB). “O Lacen trabalha no acompanhamento daqueles pacientes que realmente necessitam de cuidados especiais; a equipe se sente realizada neste contexto da garantia do melhor tratamento”, afirma a diretora da unidade, Grasiela Araújo. Centro de referência O Lacen-DF é a unidade de referência da SES para análises de material biológico na identificação de doenças. O laboratório também avalia alimentos, bebidas, medicamentos e outros produtos utilizados na área de saúde. Os 240 servidores trabalham em parceria nos serviços de vigilância epidemiológica, ambiental e sanitária, tendo se destacado durante a pandemia de covid-19 pela capacidade de processamento de exames e de sequenciamento genético para a confirmação das variantes. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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Laboratório público do DF é referência para tuberculose e biossegurança
O Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF) é referência regional para exames de tuberculose. A instituição é a única da capital federal apta a fazer testes de sensibilidade da bactéria causadora da doença, procedimento que requer uma estrutura física com níveis altos de biossegurança. [Olho texto=”“O portador da doença pode ser contaminado por uma cepa que não responde bem aos medicamentos do esquema básico. Além disso, se o paciente não fizer o tratamento de forma adequada ao longo de seis meses, a bactéria pode se tornar resistente aos antibióticos”” assinatura=”Glaura Caldo Lima, chefe do Núcleo de Bacteriologia” esquerda_direita_centro=”direita”] ?A classificação foi conquistada pelo laboratório público em 2019. E o coloca como referência técnico-científica para estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e Maranhão. Das 27 unidades do Lacen espalhadas por todo o Brasil, apenas outras três compartilham o mesmo título: Espírito Santo, Rio de Janeiro e Manaus. ?Chefe do Núcleo de Bacteriologia do Lacen-DF, Glaura Caldo Lima explica que o teste de sensibilidade é usado para verificar a resistência da Mycobacterium tuberculosis aos antibióticos usados no esquema básico do tratamento, oferecido pelo sistema público de saúde. Caso as drogas não surtam o efeito esperado, é preciso trocá-las. “O portador da doença pode ser contaminado por uma cepa que não responde bem aos medicamentos do esquema básico”, afirma Glaura. “Além disso, se o paciente não fizer o tratamento de forma adequada ao longo de seis meses, a bactéria pode se tornar resistente aos antibióticos.” Laboratório público que trabalha com análise de amostras tanto humanas e não-humanas, o Lacen-DF realiza cerca de 280 procedimentos nas áreas de biologia médica, medicamentos, toxicologia e controle de qualidade em produtos e ambientes | Foto: Divulgação/SES-DF Para que possa fazer testes de sensibilidade bacteriana, o laboratório precisa ter uma área de biocontenção nível 3, destinada ao trabalho com microrganismos de elevado risco individual. No Lacen-DF, o procedimento é realizado em um ambiente com pressão negativa, evitando que o ar se espalhe para cômodos vizinhos, como corredores. “Nosso laboratório tem renovação de ar constante, além de portas intertravadas de entrada e saída com fluxo único – quando uma se abre, a outra não consegue ser aberta”, aponta a chefe do Núcleo de Bacteriologia. “Também contamos com uma autoclave de barreira. Todo e qualquer material só sai da sala depois de ser esterilizados.” O Lacen-DF já fez 330 testes de sensibilidade bacteriana desde janeiro de 2023. “Todas as culturas feitas em novos portadores da doença passam por teste de sensibilidade, é um procedimento padrão”, reforça Glaura. Desse total, 204 exames foram requisitados pela rede pública de saúde do DF, enquanto os demais foram demandados por outros estados. Serviços amplos Laboratório público que trabalha com análise de amostras tanto humanas e não-humanas, o Lacen-DF realiza cerca de 280 procedimentos nas áreas de biologia médica, medicamentos, toxicologia e controle de qualidade em produtos e ambientes. Diretora do Lacen-DF, Grasiela Araújo: “Os laboratórios dos hospitais regionais fazem apenas análises clínicas, exames de rotina como hemogramas, bioquímica, dosagem de hormônio. Todo o resto fica a cargo do Lacen” | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Cabe à instituição, por exemplo, investigar doenças epidemiológicas, de notificação compulsória, como dengue, chikungunya, zika, covid-19, vírus respiratórios, HIV e hepatite. Também faz análises de amostras de água, alimentos e surtos decorrentes de contaminações. “Trabalhamos em parceria com a Vigilância Sanitária e a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep), além de atendermos toda a rede pública de saúde do Distrito Federal”, conta a diretora do Lacen-DF, Grasiela Araújo. “Os laboratórios dos hospitais regionais fazem apenas análises clínicas, exames de rotina como hemogramas, bioquímica, dosagem de hormônio. Todo o resto fica a cargo do Lacen”. https://www.flickr.com/photos/agenciabrasilia/albums/72177720311359885
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