Dia Mundial da Segurança do Paciente evidencia a importância dos diagnósticos precisos
O Dia Mundial da Segurança do Paciente é celebrado nesta terça-feira (17), data instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que busca mobilizar profissionais e pacientes para defender os direitos daqueles que precisam de cuidados médicos. A campanha adota o lema “Diagnóstico correto, paciente seguro” como forma de evidenciar a importância dos esforços coletivos necessários para reduzir o número de diagnósticos errados. A campanha “Diagnóstico correto, paciente seguro”, da OMS, busca melhorar o diagnóstico para a segurança do paciente, uma vez que erros ao longo das investigações sobre a doença de uma pessoa podem causar danos irreparáveis | Fotos: Arquivo/Agência Brasília A campanha da OMS busca melhorar o diagnóstico para a segurança do paciente, uma vez que erros ao longo das investigações sobre a doença de uma pessoa podem causar danos irreparáveis. A fim de oferecer maior qualidade de vida aos pacientes durante os tratamentos disponibilizados, instituições como o Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) adotam diversas medidas para garantir agilidade e precisão nos diagnósticos. “Considerando a elevada complexidade dos pacientes atendidos no HCB, bem como o amplo portfólio de recursos diagnósticos necessários, contamos com exames que são realizados internamente e ainda os especializados que são realizados por laboratórios ou serviços contratados”, explica Simone Prado, diretora de Práticas Assistenciais do HCB. Segundo ela, os exames realizados externamente possuem integração dos laboratórios externos com os sistemas do Hospital da Criança de Brasília, para que os resultados migrem direto para o prontuário do paciente. A fim de oferecer maior qualidade de vida aos pacientes durante os tratamentos disponibilizados, instituições como o HCB adotam diversas medidas para garantir agilidade e precisão nos diagnósticos Entretanto, exames precisos dependem, também, da comunicação entre os envolvidos no processo. “A comunicação escrita adequada aumenta as chances de que seja realizado o exame correto, no paciente certo e que a amostra seja encaminhada à área analítica em tempo oportuno; diagnósticos realizados com celeridade contribuem para desfechos clínicos favoráveis para o paciente e sua família – estabilização clínica e melhorias na qualidade de vida”, pontua Simone Prado. Para os exames realizados no próprio HCB, a instituição conta com laboratórios que auxiliam na busca por diagnósticos rápidos e precisos: o Laboratório de Pesquisa Translacional, que permite diagnósticos moleculares de precisão; o Laboratório de Análises Clínicas e Microbiologi, o Laboratório de Anatomia Patológica. Conta também com um robusto serviço de bioimagem (ressonância nuclear magnética, tomografia computadorizada, radiografia, ultrassonografia), exames gráficos (eletroencefalograma, eletrocardiograma, potencial evocado etc…), contribuindo para a eficácia dos diagnósticos das crianças com doenças raras, graves e complexas. “A complexidade do processo diagnóstico, que envolve coleta e interpretação precisa das informações do paciente, é um desafio significativo, pois qualquer falha nessa cadeia pode resultar em erros que comprometem a saúde do paciente”, esclarece Marina Franco, gerente de Qualidade e Segurança do Paciente no HCB. A gestora também alerta sobre como o envolvimento dos familiares é determinante para garantir a segurança nos cuidados. “No atendimento pediátrico, o envolvimento dos responsáveis legais é crucial para garantir uma assistência segura e eficaz; aqui o paciente é o centro do atendimento, refletindo o compromisso de toda a equipe em fornecer cuidados de alta qualidade e segurança”, complementa Franco. “Dispor das tecnologias adequadas para fazer o diagnóstico preciso, proporcionando os mais avançados equipamentos e protocolos clínicos, baseados nas melhores evidências científicas, é um compromisso do Icipe, que faz a gestão do HCB. Em paralelo, a capacitação dos médicos e de todos os funcionários do hospital para o emprego das tecnologias visando o diagnóstico correto e em tempo oportuno é uma agenda permanente. A segurança do paciente é o que norteia todas as ações assistenciais e da gestão do hospital, bem como aquelas de ensino e pesquisa”, afirma a diretora geral do HCB, Valdenize Tiziani. *Com informações do HCB
Ler mais...
Especialistas orientam cuidados para a prevenção de afogamentos
Afogamentos estão entre as dez principais causas mundiais de morte de crianças e jovens de 1 a 24 anos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), anualmente, nos últimos 10 anos, quase 250 mil pessoas perderam a vida por afogamento, sendo quase 82 mil delas crianças de 1 a 14 anos. Apenas em 2019, mais de 235 mil pessoas no mundo morreram desta forma. De acordo com o diretor Samu do Distrito Federal, Victor Arimatea, apesar de toda tecnologia implementada nas centrais de regulação, as estatísticas de salvamento envolvendo afogamentos causam preocupação e é preciso responsabilidade por parte da população | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Diretor do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do Distrito Federal, Victor Arimatea ressalta que, apesar de toda tecnologia implementada nas centrais de regulação, com viaturas avançadas e operações de resgate aeromédico, as estatísticas de salvamento envolvendo afogamentos causam preocupação e é preciso responsabilidade por parte da população. “É um apelo nosso pela prevenção. Hoje temos números menores em relação ao passado, mas claro que o nosso objetivo é que seja zero, que qualquer tipo de situação de afogamento seja evitada”. Lago Paranoá Com o calor e a seca enfrentados na capital, o Lago Paranoá, um dos pontos turísticos de Brasília mais requisitados para os que desejam se refrescar, também é um local onde os casos de afogamento e acidentes são frequentes. Arte: Agência Saúde-DF No último dia 28 de julho, um idoso de 60 anos morreu afogado ao tentar atravessar um ponto do lago. Uma semana antes, um homem, de 27 anos, também faleceu após cair de uma embarcação, próximo à Ponte JK. Desde o começo deste ano até junho, o Samu registrou 27.241 atuações em intervenções móveis de urgência e emergência por unidades móveis, dos quais sete foram casos de afogamento, todos do sexo masculino. Em 2023, foram 64 mil registros de atendimento, dos quais 15 foram casos de afogamentos. Dez das vítimas eram homens. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), anualmente, nos últimos 10 anos, quase 250 mil pessoas perderam a vida por afogamento, sendo quase 82 mil delas crianças de 1 a 14 anos | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde Além de mortes, os acidentes constituem importante causa de sequelas neurológicas. Para ajudar a evitar mortes e aumentar a conscientização, o dia 25 de julho foi escolhido como o Dia Mundial de Prevenção do Afogamento. Em agosto de 2017, Alice, então com um ano de idade, se afogou em um balde com água enquanto a mãe, Luana Agatha, 34 anos, preparava o almoço. A criança foi atendida pela equipe do Samu de Taguatinga e reanimada após duas paradas cardiorrespiratórias. Diagnosticada com paralisia cerebral, hoje Alice tem 8 anos e faz acompanhamento com fisioterapeuta, fonoaudióloga, terapeuta ocupacional e psicóloga. A chefe do Núcleo de Educação em Urgências do Samu-DF, Carolina Azevedo, reforça a necessidade de atenção redobrada com os bebês e crianças próximas à água, e alerta adultos para fatores de risco como o uso de bebida alcoólica em ambientes aquáticos, que causa o comprometimento do equilíbrio, da coordenação e da velocidade de reação do indivíduo, até mesmo para quem sabe nadar, aumentando as chances de acidentes. “O afogamento ocorre quando menos se espera. Qualquer reservatório de líquidos precisa ser esvaziado após o uso. É preciso manter cisternas, poços e outros reservatórios domésticos trancados ou com alguma proteção. Os tripulantes de embarcações devem utilizar colete salva-vidas. E se fizer ingestão de álcool, não entre na água”, aponta. Como ajudar Caso o indivíduo esteja em uma piscina ou em profundidade que seja possível alcançar, é preciso retirá-lo da água o mais rápido possível. Se não, é preciso pedir ajuda para resgatá-lo com segurança ligando para o Samu pelo 192 ou Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) pelo 193. “A pessoa pode jogar algo flutuante como uma boia, uma garrafa pet vazia tampada ou uma tampa de isopor, para apoio da vítima e ligar para o Samu ou Bombeiros. Ao retirá-la da água, verifique se está respirando. Caso esteja, deite-a de lado à direita. Se a vítima não responder e não respirar, inicie as compressões conforme orientação da regulação médica a ser repassada pelo Samu pelo telefone”, ensina Azevedo. *Com informações da SES-DF
Ler mais...
Oficina capacita servidores da saúde para parceria internacional
A equipe do Escritório de Assuntos Internacionais do Governo do Distrito Federal (EAI/GDF) participou, nesta quarta-feira (17), da Oficina para Implementação do Termo de Cooperação Técnica Internacional, na qual apresentou o Panorama da Cooperação Técnica Internacional no âmbito do GDF. O evento foi promovido pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES/DF), que celebrou acordo de cooperação com o Ministério da Saúde (MS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS). O acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde será um instrumento importante para o fortalecimento institucional da Secretaria de Saúde, beneficiando diretamente a população do Distrito Federal| Foto: Divulgação/EAI [Olho texto=”“Esse acordo de cooperação técnica demonstra a relevância e o potencial das parcerias globais, descritas no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 17 da Agenda 2030, que tem norteado nosso trabalho diariamente no EAI”” assinatura=”Renata Zuquim, chefe do EAI” esquerda_direita_centro=”direita”] O objetivo da oficina, que continua até quinta-feira (18), é capacitar servidores para que possam entender o termo de cooperação e identificar projetos especiais que possam ser executados por meio dele. Para a chefe do EAI, Renata Zuquim, o acordo será um instrumento importante para o fortalecimento institucional da SES, beneficiando diretamente a população do Distrito Federal. “Esse acordo de cooperação técnica demonstra a relevância e o potencial das parcerias globais, descritas no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 17 da Agenda 2030, que tem norteado nosso trabalho diariamente no EAI”, ressalta Zuquim em sua fala na mesa de abertura do evento. Ao lado dela, a coordenadora substituta de Cooperação Internacional do MS, Thaise Cotrim, afirma que, para o órgão, é muito importante atuar como interveniente do acordo com a Opas. “É um parceiro de tantos anos do ministério, que tem conferido importantes contribuições para a saúde no país e, com certeza, será muito benéfico ao Governo do Distrito Federal”, diz. Segundo o secretário de Saúde do GDF, general Pafiadache, o objetivo principal dessa capacitação é conhecer conceitos básicos para a implementação de processos de cooperação internacional. “Gostaria muito que, por meio dessa oficina, cada participante já possa identificar, em sua área, onde e como podemos utilizar as possibilidades que a Opas oferece para nós, aquilo que é possível fazer em benefício da população do Distrito Federal”, sugere. Na ocasião, a representante da Opas/OMS no Brasil, Socorro Gross, enfatiza que “o SUS tem feito diferença nesta pandemia”. Para ela, “a oficina vai proporcionar um envolvimento em atividades e resultados, de maneira conjunta, para darmos passos largos rumo a um sistema de saúde melhor”. Gross também relatou que “esse termo de cooperação é particularmente diferente, pois foi elaborado em muitos momentos. Temos oito eixos de trabalho. Foi realmente muito estruturado”, confirmou a representante. *Com informações do Escritório de Assuntos Internacionais
Ler mais...
Saúde tratou mais de 700 pessoas contra o tabagismo em 2020
O tabagismo é considerado uma doença crônica causada pela dependência à nicotina e causa, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de oito milhões de mortes por ano. Além de representar um risco individual, o ato de fumar é fator preocupante para pessoas não-fumantes expostas ao chamado fumo passivo. Durante o ano de 2020, foram atendidos na rede pública de saúde do Distrito Federal 757 usuários, sendo 320 homens (42,27%), e 434 mulheres (57,33%) . Pelos dados, observa-se que no DF, em 2020, as mulheres buscaram mais o tratamento do que os homens. Quando se analisa a faixa etária do público atendido pelo serviço, verifica-se que 603 (79,65%) estão entre 18 e 59 anos de idade, 153 (20,21%) são pessoas com mais de 60 anos, e apenas 1 (0,13%) tem menos de 18 anos. Os dados constam no Relatório Consolidado de Tratamento de Cessação do Tabagismo no Distrito Federal, elaborado pela Gerência de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde, da Secretaria de Saúde do DF, e publicado em julho de 2021. [Olho texto=”“Por se tratar de mudança de comportamento, que é algo bem complexo, a desistência é uma realidade no tratamento de qualquer dependência, e com a nicotina não é diferente”” assinatura=”Márcia Vieira, gerente da Gvdantps” esquerda_direita_centro=”direita”] Adesão O relatório aponta que houve melhora nos índices de adesão ao tratamento e de pacientes abstinentes – sem fumar – ao longo de 2020, passando de 44,64% no primeiro quadrimestre para 64,39% no terceiro. Além disso, também aumentou o percentual de pacientes que utilizaram medicação para cessação do tabagismo no período, subindo de 80,58% no primeiro quadrimestre para 97,56% no terceiro. “O sucesso do tratamento do tabagismo está associado à mudança de comportamento, que é a abordagem cognitivo-comportamental realizada durante o acompanhamento dos pacientes. O medicamento é uma parte do processo, e não tem caráter decisivo para a abstinência, eles apenas auxiliam na redução da síndrome de abstinência nas primeiras semanas sem fumar”, ressalta a titular da Gerência de Vigilância das Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção à Saúde (Gvdantps), Márcia Vieira. Continuidade do tratamento Os dados apontam que o número de pacientes atendidos na primeira consulta é de 753, já o total dos que participaram da quarta sessão é 359, configurando um percentual de desistência de 52,32%. “Por se tratar de mudança de comportamento, que é algo bem complexo, a desistência é uma realidade no tratamento de qualquer dependência, e com a nicotina não é diferente. Em anos anteriores, comparando o número de pacientes no primeiro atendimento e no final das quatro sessões, a desistência fica em torno de 50%”, aponta Márcia. Ela comenta que esse cenário é esperado, tendo em vista que a motivação é flutuante e passa por diversos estágios. “Por isso, é muito importante ter uma oferta contínua do serviço de cessação do tabagismo. De acordo com a literatura, depois da terceira ou da quarta tentativa é que as pessoas conseguem parar de fumar definitivamente”, indica a gerente. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Um ponto positivo mostrado pelo relatório é que 247 pacientes chegaram à quarta sessão sem fumar, configurando eficácia do tratamento de 68,80%, superior aos índices de sucesso apontados na literatura, que é de 35%. Como funciona o tratamento? Na rede pública de saúde do DF, o tratamento para auxiliar quem deseja parar de fumar é oferecido em cerca de 80 centros cadastrados, distribuídos nas sete Regiões de Saúde. Quem tiver interesse, deve procurar a unidade básica de saúde mais próxima da sua residência ou trabalho e fazer a inscrição. Segundo a pneumologista e Referência Técnica Distrital (RTD) de Tabagismo, Nancilene Melo, o tratamento segue uma abordagem cognitivo-comportamental, associado, quando necessário, a medicamentos que visam aliviar os sintomas da crise de abstinência causada pela dependência da nicotina. [Olho texto=”229″ assinatura=”Atendimentos realizados em 13 unidades nos primeiros quatro meses do ano” esquerda_direita_centro=”direita”] “A abordagem é feita por equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, farmacêuticos, assistentes sociais, nutricionistas, psicólogos, entre outros. O atendimento é realizado em grupos – aberto e fechado – e de forma individual. São realizados encontros semanais no primeiro mês e acompanhamento periódico até completar um ano”, informa a RTD de Tabagismo. De acordo com Nancilene, no primeiro quadrimestre de 2021 foram 229 pessoas atendidas em 13 unidades. Destas, 95 pararam de fumar. Pandemia “Com a pandemia do novo coronavírus, tivemos que nos reinventar. Os atendimentos tiveram uma redução devido à reorganização dos serviços para o combate à doença. As unidades que conseguiram manter a assistência, realizaram atividades em grupos on-line, atendimentos individuais presenciais e em pequenos grupos que ocorreram em tendas abertas, obedecendo todas as medidas de segurança que o momento exige”, esclarece a pneumologista. *Com informações da Secretaria de Saúde
Ler mais...