Mais de 1,2 mil produtores rurais são capacitados em 2024
Com a missão de trazer mais oportunidades e qualificar os produtores rurais que residem na capital federal, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) capacitou 1.251 profissionais do campo de janeiro até a primeira semana de dezembro deste ano. Ao todo, foram realizados 68 cursos e 22 oficinas abordando temas como panificação artesanal, manejo correto na apicultura, criação de abelhas sem ferrão, inseminação artificial em gado leiteiro, e uso eficiente de agrotóxicos. A iniciativa tem como objetivo fortalecer a produção rural e promover a inclusão no mercado consumidor, atendendo às exigências de qualidade e segurança alimentar. Para participar dos cursos basta que o produtor rural procure uma unidade local mais próxima da sua propriedade. Um dos requisitos é que os alunos tenham o Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF). O objetivo dos 68 cursos e 22 oficinas é fortalecer a produção rural e promover a inclusão no mercado consumidor | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília “Os cursos e capacitações promovidos pela Emater-DF são fundamentais para fomentar a produção agropecuária e agregar valor à produção dos nossos agricultores. Estamos focados em fortalecer a agroindústria como um pilar estratégico, capacitando os produtores para transformar a matéria-prima em produtos de maior valor agregado. Essa iniciativa não apenas aumenta a renda das famílias rurais, mas também promove a sustentabilidade e a competitividade no mercado”, destacou o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. Ensino e aprendizagem Na área de processamento de alimentos, o Centro de Formação (Cefor) da Emater-DF realizou 25 cursos presenciais, com mais de 200 horas de aula e de 400 produtores e trabalhadores rurais capacitados. “A gente busca diversificar a oferta para que os interessados iniciem em novas áreas ou se aperfeiçoem em produtos de interesse, aproveitando o que já tem no quintal”, relata a Gerente do Centro de Formação, Deijane Araújo. O impacto é ainda maior quando somadas as capacitações nas áreas vegetal e animal, elevando o total para 816 produtores e trabalhadores rurais atendidos em cursos e oficinas ministrados pelo Cefor de janeiro até o momento. Localizado na sede da Emater-DF, o Centro conta com câmara fria, freezers, fogão e diversos outros utensílios que possibilitam a realização de cursos na área de agroindústria, como os de panificação, de produção de queijos, antepastos e doces, de defumação de carnes e fabricação de linguiças, de filetagem de peixe, desidratação de frutas e vegetais e produção de panetones. Além dos cursos presenciais, o público também conta com aulas em formato online. Entre as áreas contempladas com a capacitação estão panificação artesanal, manejo correto na apicultura, criação de abelhas sem ferrão Assistência para a produção “Ensinar eles a produzirem alimentos para consumo da própria família, além de mostrar possibilidades de comercialização com foco na geração de emprego e renda” é como define o instrutor em agroindústria da Emater-DF, Flávio Bonesso, sobre o objetivo dos cursos oferecidos pela empresa. Para ele, o conhecimento estendido garante mais opções de geração de renda a partir daquilo que os alunos produzem: “a importância é de valorizar a agricultura familiar, dar uma certa qualificação desses produtos e possibilitar acesso aos produtores rurais”. O técnico trabalha na Emater-DF desde 2006, quando entrou como estagiário, e atualmente ministra aulas como filetagem de tilápia, fabricação de queijos e charcutaria – ramo da indústria dedicado ao preparo e venda de produtos de carne de porco curada, como bacon, presunto e salsichas. “Juntei duas paixões: a de cozinhar e de passar conhecimento e fui ficando por aqui. Como meu pai diz, a nossa profissão de extensionista rural é muito bonita, porque a gente leva para a área rural muito conhecimento e em troca eles dão nosso prato de comida do dia a dia”, diz, orgulhoso. Geralda da Silva comemora: “Agora vou poder fazer os meus próprios alimentos para reduzir os custos no restaurante” Entre as alunas beneficiadas pelos cursos da Emater-DF está a produtora rural e dona de restaurante, Geralda da Silva, 73 anos. A empreendedora finalizou o ano com novos aprendizados na charcutaria. “Agora vou poder fazer os meus próprios alimentos para reduzir os custos no restaurante”, comemora. Moradora na área rural de Planaltina, a aposenta produz de tudo um pouco na chácara onde reside: entre milho e feijão a criação de galinha e pato. “Minha produção é mais voltada para o consumo. O que sobra, eu vendo na Feira de Sobradinho”, conta. A aposentada Isis Lobo, 64, também pretende investir na área da charcutaria após a diplomação: “Estou pensando em fazer para vender, especificamente lombo. O curso me inspirou”. Ela frequenta os cursos da Emater-DF há mais de 15 anos, após a aposentadoria. “Eu sou fominha de curso e ao morar em chácara, comecei a investir ainda mais na minha carreira”, conta. Os conhecimentos adquiridos na aulas ajudaram ela na criação de galinhas e porcos, além de plantações que ela tem no local. “Ter uma chácara e não saber mexer é jogar dinheiro fora. Por isso é muito importante o apoio que a Emater dá nas atividades agrícolas”, opina Isis. O anseio do empresário Paulo Gilvan Lopes, 53, com os ensinamentos na área da charcutaria, além de técnicas como fazer frutas desidratadas, filé de tilápia, rocambole e defumação é propor uma rede do bem: “Vou dar aula de tudo o que aprendi para pessoas mais humildes e que não tem possibilidade de ter acesso aos cursos. Conhecimento só para você não é conhecimento. Então eu vou passar para o próximo sem cobrar nada”, garante.
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Agro do Quadrado: Produção do DF movimentou R$ 6 bilhões em 2023
O agronegócio do Distrito Federal movimentou cerca de R$ 6 bilhões de valor bruto no ano passado, em uma área produtiva de 178,5 mil hectares. O levantamento está presente no relatório do Valor Bruto da Produção Agropecuária da Emater-DF. Os números são a soma da produção da olericultura, como é o caso do tomate, da alface e do morango; das chamadas grandes culturas, como soja, milho e sorgo; da fruticultura, com goiaba, banana e abacate; da floricultura, como palmeiras, forrações e gramas; da silvicultura, como eucalipto, pupunha e guariroba; da pecuária, como carne, ovos e leite; e orgânicos. O valor bruto da pecuária cresceu quase 80%, impulsionado pela avicultura industrial, produção de ovo comercial e de ovos férteis para frango de corte | Foto: Divulgação/Seagri A carne de frango se tornou a alternativa da população para os preços elevados da carne bovina no ano de 2023. Essa mudança de hábito influenciou positivamente a pecuária do Distrito Federal. No ano passado, o valor bruto da pecuária cresceu 78%, impulsionado pela avicultura industrial (R$ 1 bilhão), produção de ovo comercial (R$ 56 milhões) e de ovos férteis para frango de corte (R$ 703 milhões). O valor bruto é um indicador conjuntural que demonstra o desempenho das safras. A metodologia é a multiplicação da produção rural pelo preço dos produtos agropecuários. O saldo positivo da pecuária foi o grande responsável pelo crescimento do valor bruto da agropecuária no ano. A pecuária se destacou no levantamento sendo responsável por um valor bruto de mais de R$ 2 bilhões registrado no ano passado, representando 35,27% do somatório geral. As hortaliças significaram cerca de R$ 1,7 bilhão no somatório do valor bruto, ficando em segundo lugar (31,85%). Na sequência estão os grãos, com o valor de mais de R$ 1,4 bilhão (24,97%). Fruticultura fecha o pódio com mais de R$ 205 milhões de valor anual bruto em 2023. “Houve um aumento de 40% a 50% do preço das hortaliças. Esse aumento de preço incentivou o cultivo e fez aumentar em mais de mil hectares a área plantada”, explica Jair Tostes, técnico da Emater-DF. As hortaliças ficaram em segundo lugar no valor bruto da agropecuária em 2023, com R$ 1,7 bilhão | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília As grandes culturas como milho e soja registraram retração de 26,8% de 2022 para 2023 pela queda dos preços internacionais. “Houve uma diminuição de área plantada dessas commodities por causa do preço. Enquanto isso, as hortaliças cresceram 18,9%”, explicou Cleison Durval, presidente da Emater-DF. Quando o critério é área produtiva por hectare, os grãos estão em 165.444,86 hectares de área cultivada e a floricultura está em 1.683,63 hectares. Já as hortaliças estão em 8.467,803 hectares. Orgânicos A produção de grandes culturas orgânicas ocupou uma área de 69,7 hectares, com um valor bruto de cerca de R$ 2 milhões. Foram cultivados feijão, milho, café, arroz, girassol, amendoim e cana de açúcar. A olericultura orgânica foi responsável por 11,7 toneladas de produção, em uma área de 462,27 hectares e com um valor bruto de mais de R$ 123 milhões. A floricultura orgânica foi responsável por uma produção de quase duas toneladas, cultivada em uma área de 99,44 hectares, em um valor bruto anual de R$ 11,5 milhões. Já a silvicultura orgânica, que é composta por guariroba e mogno no relatório, significou um valor bruto de mais de R$ 63 mil. Os orgânicos significam 3,72% do valor bruto de 2023. Relatório O relatório foi realizado calculando a produtividade de cada setor e multiplicando com o valor médio recebido pelo produtor. Os dados da produção são inseridos durante todo ano no sistema informatizado da Emater-DF. “A Gerência de Desenvolvimento Econômico compila e padroniza os dados. A Gerência de Comercialização e Organização Rural realiza o levantamento dos preços médios dos produtos agropecuários recebidos pelos produtores no ano de 2023. Depois, esses dados são consolidados em planilha para a equação do valor bruto”, finaliza Jair Tostes.
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Valor bruto da produção agropecuária do DF teve aumento de 13,46% em 2022
A Emater-DF publicou o relatório do Valor Bruto da Produção (VBP) Agropecuária do Distrito Federal de 2022. O VBP ultrapassou os R$ 5,1 bilhões no último ano, crescendo 13,46% em relação a 2021, quando o valor chegou a R$ 4,5 bilhões. Grãos lideram a lista das cadeias produtivas do DF com o maior VBP, que chegou a R$ 2 bilhões | Foto: Divulgação/Emater O VBP é uma forma mais simplificada de medir, em moeda corrente, o valor da produção de um país, estado ou região. O cálculo multiplica o total da produção pelo preço médio praticado na região. Grãos, descritos como grandes culturas no relatório, lideram a lista das cadeias produtivas do DF com o maior VBP, que chegou a R$ 2 bilhões. Em seguida vem a cadeia da pecuária, com R$ 1,4 bilhão e, logo depois, a olericultura com quase R$ 1,3 bilhão. Dentro da olericultura, o destaque vai para a produção de tomate, que lidera as principais olerícolas com o VBP de R$ 194 milhões. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O VBP é um dos indicadores conjunturais utilizados pela Emater-DF para acompanhar o desempenho da produção agropecuária no Distrito Federal. Ele também foi um dos indicadores considerados na hora de calcular o Balanço Social da Emater-DF, que apontou que a cada R$ 1 investido na empresa R$ 6,43 voltam para a sociedade. Outro relatório usado pela empresa é o Relatório de Informações Agropecuárias (RIA) do DF, que também já tem a versão 2022 disponível para consulta. Serviço ? VBP 2022 ? RIA 2022 ? Balanço Social *Com informações da Emater
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DF terá declaração de vacinação de animais de interesse pecuário
De 1º de maio a 12 de junho deste ano, todos os produtores rurais do DF devem declarar a vacinação do seu rebanho e atualizar o cadastro de suas propriedades e explorações pecuárias. A orientação é da Portaria nº 11, publicada pela Secretaria da Agricultura (Seagri) no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). Garantir o controle sanitário dos rebanhos é o objetivo da campanha | Foto: Arquivo/Agência Brasília A campanha de declaração de vacinação e atualização cadastral é uma medida a ser adotada em substituição à campanha de vacinação contra febre aftosa, atendendo as novas diretrizes do Programa Nacional de Vigilância para Febre Aftosa (PNFA). Segundo o diretor de Sanidade e Fiscalização Agropecuária da Seagri, Vinícius Campos, com a decisão do Ministério da Agricultura de suspender a vacinação contra febre aftosa no DF a partir de 2023, a atualização de cadastro e a vacinação dos animais contra doenças como raiva e brucelose ganham peso determinante na vigilância para doenças em animais de interesse pecuário. “O objetivo é garantir o controle sanitário dos rebanhos, evitando a entrada e disseminação de doenças que possam trazer impactos para a saúde pública ou para a economia brasileira”, afirma o gestor. Raiva A portaria publicada recomenda a vacinação anual contra raiva dos bovinos, bubalinos e equídeos no DF na campanha de declaração de vacinação e atualização cadastral, além da imunização das fêmeas bovinas e bubalinas contra brucelose. “Apesar de não ser obrigatória a vacinação contra raiva no DF, exceto quando há focos da doença, a vacinação anual é uma forte recomendação, porque mais de 90% dos casos de raiva em animais de interesse pecuário no DF nos últimos dez anos estavam relacionados a falhas no esquema de vacinação”, explica a gerente de Saúde Animal da Seagri. “Muitos casos ocorrem em animais jovens, o que evidencia a necessidade do reforço vacinal após 30 dias da primeira vacinação contra raiva nos bovinos, bubalinos e equídeos.” Controle de doenças Já a atualização cadastral será feita por meio da conferência e alteração dos dados pessoais dos proprietários dos animais, além dos dados da propriedade e das explorações pecuárias, como número de animais por espécie, gênero e faixa etária. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Essas informações são essenciais para o controle de doenças nos rebanhos”, explica Vinícius Campos. “Além de nortear o planejamento das ações de sanidade animal, o cadastro atualizado permite que o Serviço de Defesa Agropecuária consiga comunicar rapidamente aos produtores as medidas a serem adotadas na ocorrência das doenças, assim como investigar outros animais passíveis de serem contaminados.” Os produtores rurais que descumprirem o prazo para atualização cadastral ficam sujeitos às sanções administrativas. “Além das sanções, enquanto não regularizar a situação cadastral junto à Defesa Agropecuária da Seagri, o produtor não poderá emitir a GTA [Guia de Trânsito Animal] para entrada ou saída de qualquer animal da sua propriedade”, adverte Janaína Licurgo. *Com informações da Secretaria de Agricultura
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