Representantes do Malawi conhecem propriedade-modelo em produção de pescado no DF
Representantes da Embaixada do Malawi visitaram a propriedade do casal Ademir e Sônia Gomes, no Setor de Chácaras do P Sul, em Ceilândia. O objetivo foi conhecer uma unidade-modelo em produção de peixes para levar ideias que possam fortalecer a cadeia do pescado no país africano. Comitiva da Embaixada do Malawi visitou propriedade-modelo de piscicultura em Ceilândia, nessa quinta (13) | Fotos: Divulgação/Emater-DF A chácara recebe acompanhamento da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), por meio do escritório da autarquia em Ceilândia. Essa foi a segunda visita da comitiva – a primeira foi na fazenda do piscicultor Guilherme Gonçalves, no núcleo rural Ponte Alta, no Gama. O embaixador Levi Nyondo afirmou que a visita, realizada na última quinta-feira (13), foi importante para que os diplomatas pudessem conhecer de perto como a criação de peixes pode dar certo, mesmo em chácaras de menor tamanho. “No Malawi temos muita mão de obra, mas pouca expertise. Pretendemos incentivar a piscicultura no nosso país, que tem um grande potencial de crescimento”, acrescentou. Com 20 milhões de habitantes, a nação localizada na África Oriental é forte na produção de tabaco, milho e chás. “Temos mais de mil espécies de peixes, entre elas, o chambo, da mesma família das tilápias”, informa o embaixador, que pretende levar as informações diretamente ao presidente do país, Lazarus Chakwera. De acordo com o coordenador do Programa de Aquicultura da Emater-DF, Adalmyr Borges, os malawianos se interessaram pela produção local de pescado a partir do circuito tecnológico apresentado pelos extensionistas na AgroBrasília de 2024. “Desde então, articulamos reuniões e duas visitas a propriedades locais, para demonstrar na prática como se processa a criação e comercialização dos peixes”, explicou. Com oito tanques e uma produção anual de aproximadamente 18 toneladas, Ademir e Sônia Gomes se tornaram referência na piscicultura do DF. “Antes, nós produzíamos hortaliças, mas mudamos para os peixes pois, para nós, era mais viável. Com apoio da Emater-DF, instalamos energia fotovoltaica, profissionalizamos a comercialização e temos até um tanque de ferrocimento, para fazer o manejo mais adequado dos alevinos”, relatou Ademir. “Pretendemos incentivar a piscicultura no nosso país, que tem um grande potencial de crescimento”, afirmou o embaixador do Malawi, Levi Nyondo O piscicultor contou ainda que a produção mensal varia de 1 a 1,5 tonelada. No entanto, é no período da Quaresma, os 45 dias que antecedem a Páscoa, que a lucratividade aumenta. “A Páscoa é o meu ‘Natal’, meu ‘décimo-terceiro’”, brinca Ademir. As visitas foram acompanhadas pelo assessor especial da Secretaria de Relações Internacionais do GDF, Vitor Caputo. A pasta deve intermediar um eventual acordo de cooperação técnica entre a Emater-DF e a Embaixada do Malawi no sentido de articular novas visitas entre os países e projetos de cooperação mútua. *Com informações da Emater-DF
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Curso sobre eficiência na piscicultura tem visita a propriedade modelo
O segundo módulo do curso Mão de Obra Eficiente na Piscicultura reuniu cerca de 30 produtores de diversas regiões do Distrito Federal, nesta sexta-feira (28), na propriedade do casal Ademir Gomes e Sônia Maria dos Santos Gomes, considerada uma unidade de referência em boas práticas na piscicultura pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater). O objetivo da visita à propriedade modelo em Ceilândia foi capacitar os participantes para a condução eficiente de fazendas de criação de peixes | Foto: Divulgação/ Emater-DF Na visita, os participantes conheceram o histórico da propriedade em Ceilândia que, antes de ser referência em piscicultura, trabalhava com hortaliças e tinha apenas dois tanques para peixes. “Eu fornecia para um grande supermercado, mas estava muito desgastante dar conta da demanda e as hortaliças exigiam muita mão de obra”, conta Ademir. A transição do cultivo de folhosas para a criação de peixes foi feita com a ajuda da Emater. Hoje, a família produz cerca de 10 toneladas de peixe por ano. Segundo Adalmyr Borges, responsável pelo programa de Aquicultura da Emater, o objetivo foi capacitar os participantes para a condução eficiente de fazendas de criação de peixes, abordando todos os aspectos, desde o planejamento da atividade, o manejo, a despesca e a comercialização. “Vimos os fundamentos sobre qualidade da água, alimentação, uso de energia elétrica e, em campo, mostramos como se aplica os conhecimentos teóricos de forma correta”, explicou Adalmyr. Durante a visita foram abordados aspectos práticos como medições para verificar o desempenho dos peixes e ajustes necessários para manter a qualidade da água. Além disso, foram demonstradas técnicas de despesca e as boas práticas para comercialização dos peixes. A produtora Iolanda de Lima, de Planaltina, tem procurado uma nova atividade para desenvolver na propriedade. “Meus irmãos já possuem produção e eu estou buscando informações de atividades que eu possa ter renda. Vir numa visita como essa é bom para ver na prática como um produtor está fazendo, mostrando do início ao fim como produzir e como comercializar o peixe no tempo certo”, relatou Iolanda. *Com informações da Emater-DF
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Agro do Quadrado: Criação de pescados bate recorde com formalização de produtores rurais
Atividade agropecuária milenar, a piscicultura tem encontrado um cenário próspero de crescimento na capital federal, detentora do terceiro maior mercado consumidor de pescados do país. Em solo brasiliense, a prática vem ganhando força especialmente entre novos produtores rurais, que contam com o apoio do Governo do Distrito Federal (GDF) para se consolidarem no ramo. “Já são mais de dez anos nessa atividade em constante crescimento, pois a demanda também é crescente e se trata de um produto de alto valor agregado e com grande apelo do consumidor local”, diz o produtor Guilherme Gonçalves | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Segundo dados da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater), em 2023 a produção de pescados superou impressionantes 2 mil toneladas – a maior da história da capital, representando um aumento de quase 25% em relação a 2019. Esse salto expressivo na criação reflete o potencial e a atratividade do negócio no Quadradinho. O Gama concentra mais de um quarto de toda a produção local e, em 2023, foi responsável pela criação de 555 mil kg de peixes Os números da Emater indicam que o quantitativo de produtores rurais dedicados à criação de peixes também acompanhou a tendência de crescimento da atividade. Nos últimos cinco anos, o montante de piscicultores cresceu 47,3%, saltando de 624, em 2019, para 919, no último ano. Nesse cenário de expansão, a Emater tem desempenhado papel fundamental na oferta de capacitação, suporte técnico e orientação tanto para os novos piscicultores quanto para os produtores rurais já consolidados na atividade. O presidente da Emater-DF, Cleison Duval, diz que a empresa atua para incentivar a agroindústria de pequeno porte “A empresa atua no sentido de ajudar os produtores a obterem o licenciamento ambiental e a outorga de água”, resume Adalmyr Morais Borges, coordenador do programa de aquicultura. “Também estimulamos a adoção de novas tecnologias e métodos de produção sustentáveis, utilizando-se da energia fotovoltaica e voltada para o menor consumo de água possível.” Do total de criadores, em torno de 100 comercializam regularmente a produção. Os demais produzem para a própria subsistência ou para o comércio informal. Para o presidente da Emater, Cleison Duval, um dos desafios da empresa está justamente na formalização desses piscicultores menores. “O nosso grande projeto é incentivar a agroindústria de pequeno porte. É uma preocupação nossa formalizar esses produtores para eles se inserirem no mercado formal e institucional”, afirma. A comerciante Rayane Araújo, dona de restaurante, compra pescado produzido no DF: “Por ser de um produtor local, o preço é bem mais em conta, sem falar na qualidade de ter um peixe fresco na mesa” Atualmente, são poucos os produtores locais capazes de acessar o mercado brasiliense, ainda que a capital esteja entre as unidades da Federação onde mais se consome peixe. “Queremos transformar Brasília em mais que um grande consumidor, mas um grande produtor também, formalizando todo o processo e conseguindo fechar esse ciclo. É fomento para a economia local, gerando mais empregos e renda para esses produtores”, defende o presidente. Gama lidera produção Nenhuma outra região administrativa do DF produz mais pescados que o Gama (veja a relação completa abaixo). Sozinha, a cidade concentra mais de um quarto de toda a produção local e, em 2023, foi responsável pela criação de 555 mil kg de peixes. Entre os maiores piscicultores gamenses, está Éber Maia, da Terra Mare Pescados. Arte: Agência Brasília No segmento há dez anos, o produtor é o único de todo o DF a exportar peixes para outros estados. Atualmente, ele concentra sua atividade na criação de tilápias juvenis, ou seja, em estágio de desenvolvimento. “Faço parte de um nicho específico da cadeia produtora. Eu recebo o peixe alevino, transformo em juvenil e posteriormente vendo para pesque-pagues e empresas de engorda da tilápia para abate”, detalha Maia. Os números de comercialização da criação impressionam. “Estamos vendendo uma média mensal de 240 mil juvenis. Em abril, foram 320 mil comercializados. É um mercado em crescimento, e a gente conta com todo apoio da Emater para seguir expandindo. Aqui, as visitas dos técnicos da empresa são periódicas”, continua o piscicultor. Um dos clientes de Maia está localizado a poucos quilômetros da sua propriedade, na Ponte Alta Norte, ainda no Gama. Trata-se da Piscicultura Olimpo, onde o peixe juvenil comercializado pelo produtor é engordado para ser abatido. “Além de produzir o nosso próprio juvenil, contamos com essa parceria para ampliar a nossa produção, que vem aumentando ano a ano”, afirma o proprietário, Guilherme Gonçalves. Na propriedade, os peixes juvenis são alimentados por seis meses em viveiros escavados sem revestimento e com solo natural. “Meu produto é o peixe gordo para ser vendido para frigorífico e restaurantes. Já são mais de dez anos nessa atividade em constante crescimento, pois a demanda também é crescente e se trata de um produto de alto valor agregado e com grande apelo do consumidor local”, diz. A comerciante Rayane Araújo é compradora recorrente das tilápias criadas por Gonçalves. “É um fornecedor de bastante confiança, e compramos com ele uma vez por semana”, conta. “Por ser de um produtor local, o preço é bem mais em conta, sem falar na qualidade de ter um peixe fresco na mesa. Aqui no restaurante, a tilápia frita é um dos pratos mais vendidos”.
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Inaugurado complexo que produz 30 vezes mais peixes com 90% menos de água
Com investimentos de cerca de R$ 380 mil, o Governo do Distrito Federal (GDF) inaugurou, nesta terça-feira (26), a Unidade de Experimentação de Produção Intensiva de Peixes da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). Trata-se de um sistema de inovações tecnológicas, localizado na sede da empresa, que promete transformar a rotina de quem trabalha na aquicultura. O complexo permite uma produção de 30 vezes mais peixes com 90% menos de água em relação aos sistemas convencionais de tanques escavados. O complexo é composto por tanques de criação em sistemas diferentes, produção de hortaliças em aquaponia – que promove reaproveitamento integral do efluente, evitando a descarga de resíduos no meio ambiente – e um equipamento de captação de energia solar. Com a unidade de experimentação, o objetivo é que os produtores de peixes do DF sejam capacitados sobre os benefícios de implementar o sistema tecnológico e se sintam interessados em investir nos próprios equipamentos. Secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo: “A unidade de experimentação é uma grande revolução e nós somos exemplo disso no Brasil” | Fotos: Ana Nascimento/Emater-DF “Hoje é um dia muito especial para a Emater. Estamos trabalhando na montagem dessa unidade há quase três anos. Não fizemos contratação de empresa para construir. A mão de obra foi toda dos nossos técnicos da empresa. O nosso objetivo é incentivar e promover o desenvolvimento da área rural do DF e, com essa estrutura, somada à Granja Modelo do Ipê, mostramos que estamos, de fato, preparados para alcançar o nosso objetivo de desenvolver essa cadeia produtiva”, afirmou o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. Também presente na solenidade de inauguração, o secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo, comemorou mais uma tecnologia que promete beneficiar os produtores do Distrito Federal. “Fiquei animado quando vi tudo isso aqui. A unidade de experimentação é uma grande revolução e nós somos exemplo disso no Brasil. Para nós, hoje é um dia de muita alegria”, pontuou. Ao lado do secretário de Governo, José Humberto, o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, disse: “O nosso objetivo é incentivar e promover o desenvolvimento da área rural do DF e, com essa estrutura, somada à Granja Modelo do Ipê, mostramos que estamos, de fato, preparados para alcançar o nosso objetivo de desenvolver essa cadeia produtiva” A unidade de experimentação, erguida graças ao investimento do deputado distrital Roosevelt Vilela, integra a estrutura do Centro de Formação Tecnológica e Desenvolvimento Profissional (Cefor) da Emater e vai ser útil na oferta de cursos e oficinas para aperfeiçoar o conhecimento e as técnicas dos produtores locais. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Todo o complexo está no âmbito do projeto Pró-Acqua, cujo objetivo é aproveitar o potencial de comercialização, já que Brasília é o terceiro maior consumidor de pescados no país, e buscar alternativas de viabilizar a pequena propriedade com geração de renda e emprego no campo, fixação do jovem na área rural, melhoria da qualidade de vida das famílias rurais e aquecimento da economia local. Sistema modular O complexo é composto de cinco unidades demonstrativas: energia solar e o uso de backup com baterias de lítio; um sistema de criação de peixes com recirculação de água; um de criação de peixes integrada com plantio de vegetais, com o aproveitamento dos efluentes da piscicultura, ricos em nutrientes que alimenta as hortaliças; um sistema de bioflocos, com tanques de ferrocimento; e o uso de sensores inteligentes no controle da produção, monitorando a temperatura da água, alimentação dos peixes e outros detalhes que auxiliam o empreendedor a reduzir os custos. Produção de destaque no DF [Numeralha titulo_grande=”1,8 milhão” texto=”Quantidade de toneladas de pescado produzidas em 76 hectares de área inundada somente em 2022 no DF, sendo 90% tilápias” esquerda_direita_centro=”direita”] O complexo visa aproveitar o potencial de comercialização e buscar alternativas de viabilizar a pequena propriedade com geração de renda e emprego no campo, fixação do jovem na área rural, melhoria da qualidade de vida das famílias rurais e aquecimento da economia local. Brasília é o terceiro maior consumidor de pescados no país. Somente em 2022, o DF produziu 1,8 milhão de toneladas de pescado em 76 hectares de área inundada. Desta produção, cerca de 90% é de tilápias.
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