Direito Delas comemora um ano com mais de 6 mil atendimentos
A vida da aposentada M. R., 67, recomeçou graças ao programa Direito Delas, da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF). “Aqui encontrei um lugar para mim, me reencontrei”, relata ela, que passou por situações de violência doméstica e enfrentou uma depressão severa. “Hoje tenho coragem para viver o mundo, como fazia antes de tudo acontecer. Sei que ninguém pode me agredir, nem com palavras, nem com nada. Me reconheci e hoje sou feliz, vou atrás dos meus direitos”. Mulheres que passam por situações de violência podem recorrer aos programas geridos pela Secretaria de Justiça e Cidadania | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Em um ano de atividade, celebrado nesta sexta-feira (29), o Direito Delas prestou 6.319 atendimentos em dez unidades, localizadas no Plano Piloto, Ceilândia, Guará, Itapoã, Paranoá, Planaltina, Recanto das Emas, São Sebastião, Samambaia e Estrutural. Ainda este ano, será inaugurado o núcleo do Guará, ampliando a rede de acolhimento e suporte às vítimas de violência. O programa surgiu da reestruturação do Pró-Vítima, por meio do decreto nº 39.557/2018, para expandir o alcance dos serviços de apoio a quem sofre violência. Os serviços são ofertados por equipe técnica multiprofissional, formada por assistentes sociais, psicólogos, servidores especialistas em direito e legislação e profissionais da área administrativa. É previsto atendimento às vítimas diretas e seus familiares, além de acompanhamento psicossocial para famílias de órfãos, como requisito para o recebimento de auxílio financeiro. Parceria “As redes de apoio protegem e coíbem todas as formas de violações de direitos e ajudam a inserir as mulheres no mercado de trabalho, para que elas comecem um novo dia, mais leve, mais feliz” Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania O suporte jurídico é prestado em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal (OAB-DF), firmada por meio do acordo de cooperação técnica (ACT). Em um ano, já foram registradas 203 assistências, orientações e direcionamentos sobre direitos e mecanismos de defesa. Por meio da Subsecretaria de Apoio às Vítimas de Violência (Subav), a Sejus-DF também promove ações complementares ao programa, como Banco de Talentos, Papo Delas, Converse com Eles, Rejunte com Elas, Pelo Olhar Delas, Grupos Reflexivos e Mentes em Movimento. “Nossas ações de acolhimento e sobre empreendedorismo feminino funcionam como algo libertador”, afirma a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. “As redes de apoio protegem e coíbem todas as formas de violações de direitos e ajudam a inserir as mulheres no mercado de trabalho, para que elas comecem um novo dia, mais leve, mais feliz.” Novos horizontes O Direito Delas pode ser acionado diretamente pelos núcleos de atendimento ou por encaminhamento dos órgãos governamentais competentes. Nos dois casos, ocorre o acolhimento inicial; e, com a verificação de que a mulher se enquadra nos requisitos, são agendados seis encontros pelas semanas seguintes. Após esse período, a pessoa é inserida nos grupos de apoio semanais. A.N.L. conseguiu romper um relacionamento abusivo e teve apoio do programa: “Depois de muito tempo, consegui me reconhecer de novo. São palavras de conforto e encorajamento que fazem a diferença” Para a dona de casa A. N. L., 40, o suporte psicológico foi essencial. Natural da Bahia, ela conheceu o serviço de apoio no ano passado por indicação da escola em que estuda seu filho de 7 anos. “Estava em um relacionamento abusivo, sem ninguém da minha família aqui no DF, e me falaram do programa”, lembra. “Foi minha salvação. Meu filho chegou a ser atendido quando ainda era o Pró-Vítima, e eu continuei. Venho até hoje para os encontros em grupo”. “Aqui você consegue perceber que não está sozinha no mundo e que não é a única a passar por aquilo” I. S. R. Dois dias após ter contato com o Direito Delas, foi expedida uma medida protetiva contra o ex-companheiro da dona de casa. “Fiquei com o sentimento de culpa por muito tempo, mas as conversas me ajudaram a abrir a mente e ver que o que eu estava vivendo não era meu”, conta. “Depois de muito tempo, consegui me reconhecer de novo. São palavras de conforto e encorajamento que fazem a diferença. Tive coragem, por exemplo, de buscar o diagnóstico de autismo do meu filho, algo que não fazia por causa do ex-marido”. Programas Os encontros em grupo também foram destacados pela vendedora I. S. R., 42: “Aqui você consegue perceber que não está sozinha no mundo e que não é a única a passar por aquilo. Mostra que não somos culpadas”. Ela se separou do companheiro em 2020 e passou a conviver com perseguições e ameaças. “Em 2023, ele foi ao meu serviço e correu atrás de mim com uma faca”, relata. “Registrei o boletim de ocorrência, e ele sumiu. Em junho deste ano, voltou. Fui atrás dos meus direitos e consegui o dispositivo Viva Flor e o Provid [Policiamento de Prevenção Orientada à Violência Doméstica]. Também me encaminharam para cá.” O Viva Flor é um equipamento de vigilância semelhante a um smartphone, que permite o acionamento remoto de socorro. Já o Provid, iniciativa da Polícia Militar do DF, realiza policiamento preventivo e educativo após atendimentos emergenciais às vítimas, atuando para prevenir a violência doméstica e familiar. “Com essas medidas, sinto que estou protegida e sei que terei ajuda se precisar”, afirma I.S.R. Atendimento Todos os serviços do Direito Delas são gratuitos. Podem ser beneficiadas mulheres em situação de violência doméstica e familiar, vítimas de crimes contra a pessoa idosa, crianças e adolescentes de 7 a 14 anos vítimas de estupro de vulnerável e vítimas de crimes violentos. Também podem receber o atendimento familiares das vítimas diretas – cônjuges ou companheiros, ascendentes e descendentes de primeiro grau e parentes colaterais de segundo grau, desde que não sejam os autores da violência. Veja os meios de ajuda a vítimas de violência no DF acessando a Cartilha Direito Delas.
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Samambaia ganha unidade do Pró-Vítima
Mais uma unidade do Programa de Atendimento Multiprofissional às Vítimas de Violência (Pró-Vítima) da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus) foi inaugurada, nesta semana. Ela está localizada na QS 402, Conjunto G, Lote 1 de Samambaia. Semanalmente, o local tem capacidade de prestar uma média de 80 atendimentos psicológicos e 60 na área de assistência social a pessoas que sofrem atos de violência, especialmente, violência doméstica, intrafamiliar, psicológica, física, sexual e institucional. Atualmente, o núcleo atende 57 pessoas que já foram acolhidas e estão em acompanhamento. A Sejus inaugurou mais uma unidade do Pró-Vítima, desta vez em Samambaia. Semanalmente, o local terá capacidade média para 80 atendimentos psicológicos e 60 na área de assistência social | Foto: Divulgação/Sejus-DF A secretária de Justiça e Cidadania do Distrito Federal, Marcela Passamani, participou da inauguração e destacou a importância dessa política pública que pode atender mulheres, homens, idosos, crianças e adolescentes. “A Sejus conta com um grupo de excelência de psicólogos e assistentes sociais que realizam uma escuta qualificada para a mudança na vida de todos que buscam apoio no programa. O Pró-Vítima atua, principalmente, para romper ciclos de violência, dando a cada um dos participantes a oportunidade de seguirem suas vidas com saúde mental”, afirma. [Olho texto=”“A Sejus conta com um grupo de excelência de psicólogos e assistentes sociais que realizam uma escuta qualificada para a mudança na vida de todos que buscam apoio no programa. O Pró-Vítima atua, principalmente, para romper ciclos de violência, dando a cada um dos participantes, a oportunidade de seguirem suas vidas com saúde mental”” assinatura=”Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Também estiveram presentes na inauguração a subsecretária de Apoio às Vítimas de Violência da Sejus-DF, Janandréia Rafael; o administrador de Samambaia, Marcos Leite; a coordenadora do Núcleo de Atenção às Vítimas, Adalgiza Aguiar; a promotora de Justiça do Recanto das Emas, Isabella Chaves; a promotora de Justiça da Samambaia, Camila Britto, além dos representantes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar. O programa foi instituído pelo Decreto nº 39.557/2018 para ser coordenado pela Sejus. As atividades começaram em março de 2009, buscando oferecer apoio, orientação e acompanhamento individual às vítimas, com o objetivo de fortalecer e contribuir para o restabelecimento de seu equilíbrio mental e emocional. Ao todo, foram registrados 6.077 atendimentos, entre janeiro e dezembro de 2022. O atendimento ocorre gratuitamente em todas as unidades do programa espalhadas pelo Distrito Federal: Plano Piloto, Ceilândia, Guará, Paranoá, Planaltina, Taguatinga, Itapoã, Recanto das Emas e Samambaia. Como funciona o atendimento O atendimento do Pró-Vítima começa a partir da avaliação de um assistente social da Sejus. Ele orienta a vítima e a encaminha, quando necessário, para atendimento hospitalar nas unidades básicas de saúde (UBSs) e unidades do Centro de Referência de Assistência Social (Cras). O assistente social verifica a necessidade do acompanhamento psicológico. Caso seja preciso, a pessoa atendida tem de 12 a 15 sessões para fortalecer o lado emocional e mental. O atendimento é individualizado e com agendamento. O programa tem outras frentes de suporte, como a prevenção e o combate à violência desenvolvido por meio de palestras e cursos, além do banco de talentos, que incentiva a profissionalização das vítimas. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] GDF Mais Perto do Cidadão Durante a terceira edição do GDF Mais Perto do Cidadão, que está ocorrendo em Planaltina, durante três dias, quinta e sexta-feira (27 e 28), das 9h às 16h, e sábado (29), das 9h às 12h, a população também terá um estande com atendimento do Programa Pró-Vítima. Durante o evento, a equipe psicossocial do Núcleo de Atendimento Pró-Vítima de Planaltina, sendo formada por dois assistentes sociais e duas psicólogas, estarão à disposição da população. Vários órgãos públicos do DF estão com serviços gratuitos no local. O evento está com estrutura montada na Estância Mestre D’Armas 3, Módulo 7, campo de futebol. Endereços dos núcleos do Pró-Vítima no DF ? Plano Piloto (Estação Rodoferroviária, Ala Central, Térreo) Horário: 8h às 17h. Contato: (61) 2104-4289 / 2104-4288 ? Ceilândia (Shopping Popular de Ceilândia – Na Hora) Horário: 8h às 17h. Contato: (61) 2104-1480 / 99245-5207 ? Guará (QELC, Alpendre dos Jovens Lucio Costa) Horário: 8h às 17h. Contato: (61) 99276-3453 ? Itapoã (Praça dos Direitos, Quadra 203, Del Lago II) Horário: 8h às 17h. Contato: (61) 2104-4218 ? Paranoá (Quadra 5, Conjunto 3, Área Especial D, Parque de Obras) Horário: 8h às 17h. Contato: (61) 3369-0816 / 99288-5585 ? Planaltina (Fórum Desembargador Lúcio Batista Arantes, 1º andar, salas 111/114) Horário: 12h às 19h. Contato: (61) 3103-2405 / 99276-5279 ? Recanto das Emas (Estação da Cidadania/Céu das Artes, Quadra 113, Área Especial 1) Horário: 8h às 17h. Contato: (61) 3332-1032 ? Taguatinga (Administração Regional de Taguatinga, Praça do Relógio) Horário: 8h às 17h. Contato: (61) 3451-2528 / 99108-1274 ? Samambaia (QS 402, Conjunto G, Lote 1) Horário: 8h às 17h. Contato: (61) 98314-0792 *Com informações da Sejus
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Unidade Pró-Vítima de Planaltina suspende atendimento temporariamente
[Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A Unidade Pró-Vítima de Planaltina está com o atendimento suspenso até o dia 30 de janeiro, em decorrência de incêndio ocorrido no Fórum Desembargador Lúcio Batista Arantes. Nesse período, os atendimentos serão feitos por meio do telefone (61) 99834-0611. Instituído pelo Decreto nº 39.557/2018, o Programa de Atendimento Multiprofissional às Vítimas de Violência, o Pró-Vítima, é coordenado pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus). A iniciativa tem como objetivo prestar atendimentos psicológico e de serviço social a pessoas que sofrem atos de violência. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania
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Com 8 unidades no DF, Pró-Vítima prestou mais de 6 mil atendimentos em 2022
Instituído em dezembro de 2018 pelo Decreto nº 39.557, o Programa de Atendimento Multiprofissional às Vítimas de Violência, o Pró-Vítima, coordenado pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), foi criado com o objetivo de prestar atendimentos psicológico e de serviço social a pessoas que sofrem atos de violência. Em 2022, entre janeiro e dezembro, foram registrados 6.077 atendimentos nas oito unidades espalhadas pelo Distrito Federal. Elas ficam no Plano Piloto, Ceilândia, Guará, Paranoá, Planaltina, Taguatinga, Itapoã e Recanto das Emas. Os atendimentos nos espaços, realizados sempre de forma gratuita, funcionam de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 17h, exceto em Planaltina, que tem horário especial das 12h às 19h. Já os telefones ficam disponíveis 24 horas. A titular da Sejus, Marcela Passamani, dimensiona a importância do projeto: “Uma em cada quatro mulheres já sofreu violência no Brasil. A Sejus conta com um grupo de excelência, de psicólogos e assistentes sociais que realizam uma escuta qualificada que muda a vida das mulheres no DF. O Pró- Vítima atua, principalmente, para romper ciclos de violência que essas mulheres vivem, dando a elas a oportunidade de seguirem suas vidas com saúde mental”. O atendimento por telefone é ininterrupto | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Entre os atos de violência reportados ao Pró-Vítima, estão homicídio, feminicídio, latrocínio, estupro, estupro de vulnerável, crimes de violência doméstica e familiar (Lei Maria da Penha), roubos com restrição de liberdade, crimes cometidos na direção de veículos automotores, sequestro e cárcere privado. [Olho texto=”“O Pró-Vítima atua, principalmente, para romper ciclos de violência que essas mulheres vivem, dando a elas a oportunidade de seguirem suas vidas com saúde mental”” assinatura=”Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania” esquerda_direita_centro=”direita”] Apesar de a maior parte dos atendidos serem mulheres, o programa não faz distinção de gênero e idade para o suporte. Homens, idosos, crianças e adolescentes também podem ser acolhidos. O atendimento começa com um assistente social da Sejus, que orienta a vítima sobre a violência e a encaminha, quando necessário, para atendimento hospitalar nas unidades básicas de saúde (UBSs) e unidades do Centro de Referência de Assistência Social (Cras). O assistente social verifica a necessidade do acompanhamento psicológico. Se necessário, a pessoa atendida conta com 12 a 15 sessões para fortalecer o lado emocional e mental. O atendimento é individualizado e com marcação. O programa tem outras frentes de suporte, como a prevenção e o combate à violência desenvolvido por meio de palestras e cursos, além do banco de talentos, que incentiva a profissionalização das vítimas. Endereços dos núcleos do Pró-Vítima no DF ? Plano Piloto (Estação Rodoferroviária, Ala Central, Térreo) Horário: 8h às 17h. Contatos: (61) 2104-4289 / 2104-4288 ? Ceilândia (Shopping Popular de Ceilândia – Na Hora) Horário: 8h às 17h. Contatos: (61) 2104-1480 / 99245-5207 ? Guará (QELC, Alpendre dos Jovens Lucio Costa) Horário: 8h às 17h. Contatos: (61) 99276-3453 ? Itapoã (Praça dos Direitos, Quadra 203, Del Lago II) Horário: 8h às 17h. Contatos: (61) 2104-4218 ? Paranoá (Quadra 5, Conjunto 3, Área Especial D, Parque de Obras) Horário: 8h às 17h. Contatos: (61) 3369-0816 / 99288-5585 ? Planaltina (Fórum Desembargador Lúcio Batista Arantes, 1º andar, salas 111/114) Horário: 12h às 19h. Contatos: (61) 3103-2405 / 99276-5279 ? Recanto das Emas (Estação da Cidadania/Céu das Artes, Quadra 113, Área Especial 1) Horário: 8h às 17h. Contato: (61) 3332-1032 ? Taguatinga (Administração Regional de Taguatinga, Praça do Relógio) Horário: 8h às 17h. Contatos: (61) 3451-2528 / 99108-1274.
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