Resultados da pesquisa

Programa de Controle do Tabagismo

Thumbnail

DF tem queda no consumo de cigarro, mas lidera uso de vapes

Além de nocivo, o hábito de fumar é a principal causa de morte evitável no mundo. No Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado na sexta-feira (29), a Secretaria de Saúde (SES-DF) promoveu evento na Escola de Governo (Egov), para reforçar as ações de conscientização da população para os danos causados pelo tabaco. De acordo com o Boletim Epidemiológico de Controle do Tabagismo, em 2023, a prevalência de pessoas que usam tabaco no Distrito Federal foi de 8,4%, totalizando 204.883 usuários. Em meio a oscilações, o número reduziu em comparação com 2019, quando o índice era de 12%, com 271.818 usuários. O boletim foi publicado em 15 de agosto pela Gerência de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde (GVDANTPS) da SES-DF. De acordo com o Boletim Epidemiológico de Controle do Tabagismo, em 2023, a prevalência de pessoas que usam tabaco no Distrito Federal foi de 8,4%  Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde DF No entanto, em relação ao último boletim publicado em 2024, referente a 2023, o Distrito Federal desponta na primeira posição no percentual de adultos que usam dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), com 5,7%. O coordenador do Programa de Controle do Tabagismo no DF, Saulo Viana, analisa o cenário com preocupação. “O DF deu uma melhorada em relação à prevalência de cigarros e ficou em 14º entre as unidades da Federação. Mas, no uso de cigarro eletrônico, o DF está em primeiro lugar. Os jovens estão utilizando vape cada vez mais cedo. E a dependência da substância sintética é bem maior”, relata. Programa de Controle do Tabagismo Em 2024, o Programa de Controle do Tabagismo da SES-DF atendeu 1.728 pacientes. Já no primeiro quadrimestre de 2025, 800 pessoas procuraram o serviço gratuito buscando parar de fumar. O programa oferece atendimento médico, acompanhamento profissional e medicamentos (quando necessário). "Os cigarros eletrônicos, muitas vezes apresentados como alternativa mais segura aos cigarros ditos convencionais, não são inofensivos" Nancilene Melo, referência técnica em tabagismo da SES-DF Nancilene Melo, referência técnica em tabagismo da SES-DF, destacou que a indústria busca modificar cheiro, sabor e aparência dos vapes como estratégia para atrair mais jovens ao consumo. A especialista reforça que não existe nível seguro de exposição ao tabaco e todas as formas de uso são prejudiciais. “Os cigarros eletrônicos, muitas vezes apresentados como alternativa mais segura aos cigarros ditos convencionais, não são inofensivos. Eles contêm nicotina altamente viciante e diversos compostos químicos que podem causar inflamações, lesões pulmonares e prejuízos cardiovasculares”, alerta. Segundo Melo, o uso por adolescentes e jovens é especialmente preocupante, pois o cérebro ainda em desenvolvimento é mais suscetível aos efeitos da dependência. “Estudos mostram que muitos usuários acabam se tornando duplos consumidores, mantendo o cigarro tradicional e o eletrônico. Por trás desses dispositivos com aparência moderna, há uma indústria que se reinventa para manter as pessoas presas à nicotina e aos riscos que ela traz para a saúde”. Fiscalização e prevenção O tabagismo ainda é o principal fator de risco para o câncer de pulmão, responsável por cerca de 85% dos casos da doença. Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) indicam que, entre 2023 e o início de 2025, o Brasil registrou cerca de 704 mil novos casos de câncer por ano, sendo cerca de 32 mil de pulmão. Fabiano dos Anjos ressaltou que o controle do tabagismo salva vidas, reduz custos para o SUS e melhora a qualidade de vida O subsecretário da Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos, ressaltou que o controle do tabagismo salva vidas, reduz custos para o SUS e melhora a qualidade de vida. “A Vigilância Sanitária tem atuado de maneira forte no comércio de cigarros eletrônicos, por meio das autuações nas madrugadas, e na educação da população”, disse. A Secretaria de Saúde oferece o Programa de Controle do Tabagismo em 78 unidades de saúde. Os pacientes são avaliados por equipes multiprofissionais, podendo ser encaminhados a tratamentos de condições específicas e convidados a participarem dos grupos. Os interessados podem procurar a unidade mais próxima do seu domicílio ou trabalho, onde serão acolhidos e receberão todas as informações necessárias. Interessados também podem acessar o site. Confira a lista completa com os centros de atendimento. [LEIA_TAMBEM]Selo Durante o evento, também foi lançado o edital do selo Equipes inovadoras no controle do tabagismo. “Queremos dar visibilidade às equipes que oferecem a prevenção e valorizar os profissionais que atuam na área, a fim de inspirar outras equipes”, contou a gerente da GVDANTPS, Mélquia Lima. Os três primeiros colocados das equipes rurais e urbanas serão convidados a apresentar suas experiências exitosas no evento de premiação do selo, que em novembro, no Dia Nacional de Combate ao Câncer. *Com informações da Secretaria de Saúde

Ler mais...

Thumbnail

Uso de cigarro eletrônico acende alerta para riscos à saúde

Dados do Ministério da Saúde (MS) apontam um aumento de 25% no número de fumantes no Brasil entre 2023 e 2024, levantando um alerta para a crescente popularidade do cigarro eletrônico. Embora considerado inofensivo, o dispositivo também é derivado do tabaco e leva sérios riscos à saúde. Dispositivos eletrônicos, segundo estudos da Organização Mundial de Saúde, expõe usuários a sérios riscos, como a síndrome de Evali, uma lesão pulmonar | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde Apesar de não apresentarem substâncias comuns aos cigarros tradicionais, como monóxido de carbono e alcatrão, os dispositivos eletrônicos têm se mostrado muito prejudiciais ao organismo. No caso dos cigarros eletrônicos, há a possibilidade de contrair a síndrome de Evali, uma lesão pulmonar associada ao uso destes dispositivos. Pesquisa A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que esses dispositivos eletrônicos vêm atraindo adolescentes e jovens por meio de estratégias de marketing e apelo tecnológico. Segundo a última Pesquisa Vigitel, em 2023, cerca de 2,1% da população adulta usou cigarros eletrônicos, sendo a maior prevalência entre os jovens de 18 a 24 anos - ou seja, 6,1% dos entrevistados. O pneumologista Paulo Fontes, do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), alerta que o uso dos cigarros eletrônicos, mesmo com sabores e aromas diferenciados, são um risco à saúde. “Apesar de ainda não termos todas as respostas sobre os efeitos de longo prazo dos cigarros eletrônicos, o que já vemos na prática clínica é muito preocupante”, aponta o médico. “São pacientes com pulmões extremamente comprometidos, com processos inflamatórios intensos. Temos visto muitos jovens com forte agressão ao parênquima pulmonar”. O especialista lembra que os danos podem ser mais severos que os causados pelo cigarro comum: “A síndrome de Evali é um exemplo claro disso. Embora nem tudo possa ser afirmado com certeza ainda, já é evidente que o uso do vape ou desses tipos de dispositivos não é seguro”. Enfrentamento No país, o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas e Agravos Não Transmissíveis 2022-2030 tem como uma das metas reduzir para 40% o percentual da população que fuma. Segundo o documento, o percentual de fumantes no país em 2019 era de 9,8% da população. Quatro anos depois, esse índice figurava em 9,3%. A expectativa é reduzir para 5,9% até 2030. No DF, dados de 2023 apontam que 8,4% dos adultos eram fumantes. Desse total, o hábito é maior entre os homens (10,7%); entre as mulheres o percentual é de 6,4%. Onde procurar ajuda A Secretaria de Saúde (SES-DF) presta atendimento a pessoas que lutam contra o tabagismo em mais de 80 unidades. O Programa de Controle do Tabagismo na capital segue orientação da coordenação nacional do MS com foco em ações educativas. Os pacientes são avaliados por equipes multiprofissionais, podendo ser encaminhados a tratamentos de condições específicas e convidados a participarem dos grupos.  *Com informações da Secretaria de Saúde      

Ler mais...

Thumbnail

Saúde pública alerta para os perigos do cigarro eletrônico

O aroma, o sabor e o formato dos cigarros eletrônicos podem até ser diferentes dos convencionais, mas os riscos à saúde são os mesmos. Ainda que esteja disfarçado de algo recreativo, o cigarro eletrônico também é derivado do tabaco e, por isso, causa a inalação de monóxido de carbono, alcatrão e tantas outras substâncias prejudiciais ao organismo. Além disso, pode conter nicotina, uma droga que causa vício e morte, dependendo do fabricante. Como os cigarros eletrônicos são pequenos, podem ser disfarçados de chaveiros ou pen drives | Foto: Joedson Alves/Agência Brasil A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) faz, desde dezembro, uma consulta pública sobre os cigarros eletrônicos no Brasil. A pesquisa termina nesta sexta-feira (9) e deve ser feita pelo formulário eletrônico específico, disponível no portal da agência. Basta preencher os campos de identificação da pessoa interessada e enviar as contribuições. A consulta é sobre a manutenção da proibição dos dispositivos eletrônicos para fumar no país e uma proposta de norma que prevê ainda a proibição da fabricação, importação, comercialização, distribuição, armazenamento, transporte, publicidade e divulgação destes produtos ao público, sendo ele consumidor ou não. Os principais riscos do consumo do cigarro eletrônico são o surgimento de câncer, doenças respiratórias e cardiovasculares, como infarto, morte súbita e hipertensão arterial. Há, ainda, a possibilidade de contrair a doença pulmonar chamada Evali, sigla em inglês para lesão pulmonar associada ao uso de produtos de cigarro eletrônico ou vaping. Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), os principais sintomas são tosse, dor torácica e dispneia, além de dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia, febre, calafrios e perda de peso. Os principais riscos do consumo do cigarro eletrônico são o surgimento de câncer, doenças respiratórias e cardiovasculares, como infarto, morte súbita e hipertensão arterial | Foto: Joedson Alves/Agência Brasil “É uma doença aguda em que o pulmão fica muito enrijecido e não há remédio para isso. É uma situação muito grave em que precisamos usar uma série de remédios para melhorar a saúde da pessoa”, explica a pneumologista da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), lotada no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), Gilda Elizabeth Fonseca. Os danos causados pelo consumo do cigarro eletrônico incluem ainda envelhecimento precoce, falta de ar e cansaço excessivo. ?A fumaça inalada passivamente também é perigosa: “São os mesmos riscos do cigarro convencional. Se a pessoa está próxima, em ambiente fechado, por um bom tempo, está se expondo aos mesmos riscos”, esclarece a médica. “Tem muita nicotina e muitos metais pesados que causam mal ao serem queimados e inalados. A fumaça chega muito rápido ao pulmão e ao cérebro, é muito volátil. Isso faz com que seja mais fácil viciar e causar dependência química”, aponta. A consulta pública da Anvisa sobre venda do cigarro eletrônico no Brasil fica no ar até esta sexta-feira | Foto: Divulgação/Ministério da Saúde ?Os eletrônicos foram popularizados com a prerrogativa errônea de que são uma alternativa para a interrupção do uso dos convencionais. A informação não é reconhecida pelo Ministério da Saúde e, inclusive, a comercialização, importação e propaganda dos cigarros eletrônicos é proibida pela Anvisa. “Nenhum cigarro está isento de riscos”, frisa Fonseca. “Para quem já tem algum problema cardiorrespiratório, os malefícios são ainda mais graves. E também já temos casos de jovens com doenças que antes eram mais comuns em pessoas mais velhas, como câncer no pulmão sem histórico na família”, acrescenta. ?A especialista da SES-DF alerta a importância da conscientização sobre os riscos do consumo do cigarro eletrônico. Gilda ressalta, ainda, que, pelo fato de os cigarros eletrônicos serem mais populares entre adolescentes e jovens, os pais e responsáveis devem ficar atentos aos hábitos dos filhos. “Como (os cigarros) são pequenos, podem ser facilmente escondidos em estojos, bolsos… É preciso cuidado para que nossa juventude não se vicie”, destaca. Diferentemente do convencional, o modelo eletrônico não utiliza fogo, uma vez que funciona a bateria, e é apresentado em diferentes formatos, como pen-drive e caneta. Além disso, a formulação inclui aditivos para saborizar a fumaça e mascarar os efeitos danosos do consumo. ?Com saúde, sem cigarro [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A melhor opção, tanto para o consumo dos cigarros eletrônicos quanto dos convencionais, é sempre parar de fumar. A Secretaria de Saúde coordena o Programa de Controle do Tabagismo no DF, conforme orientação da Coordenação Nacional do Programa de Controle do Tabagismo/ Instituto Nacional do Câncer (INCA/MS). A pasta oferece tratamento e atendimento aos pacientes em 77 unidades de saúde do DF, além da prevenção para que o hábito não atinja mais pessoas. Interessados em interromper o vício devem procurar a unidade de saúde mais próxima de casa ou do trabalho. O tratamento consiste em encontros individuais ou em grupo com médico e equipe da Estratégia Saúde da Família. Inicialmente, são quatro encontros semanais e, ao longo do avanço do paciente, as reuniões passam a ser quinzenais e mensais, com duração total de um ano. O objetivo é avaliar o grau de dependência em relação ao cigarro e traçar um plano terapêutico individual, de modo cognitivo-comportamental e medicamentoso, se necessário. Acesse aqui a relação dos Centros de Atendimentos de Tabagismo.

Ler mais...

Thumbnail

Mulheres são maioria nos tratamentos contra tabagismo no DF

Um grave problema de saúde individual e pública, o tabagismo é considerado, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a principal causa de morte evitável no mundo. Os dados são alarmantes: o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas por ano, sendo 7 milhões pelo uso direto da substância e 1,2 milhão de não fumantes, expostos ao fumo passivo. Esta terça-feira, 29 de agosto, é o Dia Nacional do Combate ao Fumo, com o objetivo de conscientizar sobre os riscos do tabaco e de outras formas derivadas da nicotina. No primeiro quadrimestre de 2023, houve atendimento no Distrito Federal para 527 tabagistas, sendo 55% do sexo feminino e 45% do sexo masculino, tendo a maior parte da faixa etária (70%) entre 18 a 59 anos. Atualmente, o Programa Distrital conta com 78 unidades de saúde cadastradas para realizar tratamento de tabagismo. Neste ano, foco da campanha são os riscos de dispositivos que mascaram a nicotina com diferentes sabores | Foto: Arquivo/Agência Saúde-DF Conforme informe sobre o Perfil de Atendimentos no Programa de Controle do Tabagismo no Distrito Federal, em 2022, houve atendimento inicial de 1.650 tabagistas nas unidades de saúde, o que representou um aumento de 85,6% em relação ao ano de 2021. Deste número, a maioria é do sexo feminino, com 57,8% de predominância, sendo que a maior parte está na faixa etária de 18 a 59 anos. [Olho texto=”“Vivemos uma pandemia de tabaco e seus derivados há muitos anos. Ele é a maior causa de adoecimento e morte evitável no mundo, além de onerar os custos com os tratamentos de saúde.”” assinatura=”Nancilene Melo, RTD de tabagismo” esquerda_direita_centro=”direita”] Dos 1.650 pacientes que realizaram os atendimentos iniciais do tabagismo no ano passado no DF, 97,6% seguiram no atendimento da primeira consulta de avaliação clínica. Destes, 86,1% participaram ainda da primeira sessão estruturada. O protocolo de atendimento no programa consiste em uma primeira consulta, que deve ser uma avaliação clínica. Em seguida, o paciente passará por quatro sessões de aconselhamento, com o intervalo de uma semana entre cada uma. Dos atendidos, 13,8% (223) dos pacientes desistiram entre a primeira consulta de avaliação clínica e a primeira sessão de aconselhamento. No entanto, o percentual dos pacientes que participaram das quatro sessões estruturadas iniciais de tratamento foi de 47,2%. O prejuízo à saúde é devastador, de acordo com a médica pneumologista e Referência Técnica Distrital (RTD) de tabagismo, Nancilene Melo. “Vivemos uma pandemia de tabaco e seus derivados há muitos anos. Ele é a maior causa de adoecimento e morte evitável no mundo, além de onerar os custos com os tratamentos de saúde.” A auriculoterapia é uma das práticas integrativas de saúde (PIS) adotadas no grupo de combate ao tabagismo da UBS 1 do Cruzeiro | Foto: Divulgação/Agência Saúde-DF Embora as consequências sejam graves e conhecidas, parar de fumar não é tão fácil. A nicotina é uma droga cuja dependência é uma das mais difíceis de tratar. “O sucesso do tratamento depende do grau de motivação e determinação da pessoa. Em casos específicos, é necessário o auxílio de profissionais especializados na abordagem cognitivo comportamental e medicamentos para alívio para a síndrome de abstinência”, explica a especialista. [Olho texto=”Há diversos produtos derivados de tabaco, como cigarro, charuto, cachimbo, cigarro de palha, tabaco para narguilé e dispositivos eletrônicos para fumar” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O tabaco é uma planta cujas folhas são utilizadas na confecção de diferentes produtos que têm como princípio ativo a nicotina, que causa a dependência. Há diversos produtos derivados de tabaco, como cigarro, charuto, cachimbo, cigarro de palha, tabaco para narguilé, dispositivos eletrônicos para fumar e outros. Atualmente, com o advento dos dispositivos eletrônicos, a agressividade da nicotina é mascarada por meio de aromatizantes, permitindo o consumo de uma dosagem elevada, que leva a efeitos negativos à saúde dos usuários mais precocemente. Por isso, o tema da campanha de combate ao fumo deste ano é “Sabores e aromas em produtos derivados de tabaco: uma estratégia para tornar a população dependente de nicotina”. O objetivo é alertar a população sobre como o consumo destes produtos representa um risco por aumentar a experimentação entre crianças, adolescentes e jovens; ser um fator agravantes na dependência; e causar mais prejuízos. Mudança de hábito “O processo de parar de fumar é mais complexo, é mudança de hábito, mudança de estratégia”, explica a farmacêutica da UBS 1 do Cruzeiro, Anna Eliza, que atua no Grupo de Combate ao Tabagismo, uma das 73 unidades que oferecem o programa. Em uma roda com sete profissionais de saúde, nove pacientes em tratamento ao fumo trocam experiências sobre o combate ao vício. Na sessão, cada um relata suas lutas e avanços. Para Carlúcio Pereira de Araújo, de 39 anos, uma conquista importante foi ficar um mês sem fumar. O incentivo? Ele passou as férias com o filho, de 2 anos, e não queria ser um mau exemplo. [Olho texto=”“Não queria que meu filho me visse fumando e eu quero jogar bola com ele. Quando ele estiver com 14 anos, eu vou estar com 50 e estarei lá, jogando bola com ele”” assinatura=”Carlúcio Pereira de Araújo, participante do Grupo de Combate ao Tabagismo” esquerda_direita_centro=”direita”] Participante do grupo desde maio, ele começou a fumar jovem, quando tinha apenas 14 anos. O vício cresceu ao começar a trabalhar e ter o próprio dinheiro para comprar cigarros. Quanto mais o tempo passava, mais ele experimentava jeitos diferentes de tragar nicotina: vaper, paiol, tabaco, cigarro. “Eu comecei a repensar meu vício, quando comecei a passar muito mal. Sofri uma tosse muito intensa, muito forte, escarrando sem parar. Também comecei a ter refluxo e gastrite”, relata. O estopim e a decisão de mudar vieram quando o cigarro tornou-se um problema em relacionamentos e o filho usou uma caneta para “brincar” que estava tragando. “Não queria que meu filho me visse fumando e eu quero jogar bola com ele. Quando ele estiver com 14 anos, eu vou estar com 50 e estarei lá, jogando bola com ele”, conta sobre a motivação. Mais de 1,6 mil atendimentos Grupo de Combate ao Tabagismo da UBS 1 do Cruzeiro integra as 73 unidades cadastradas e aptas no DF para o tratamento | Foto: Divulgação/Agência Saúde-DF Toda segunda-feira, às 15h, o grupo se reúne na tenda da UBS para realizar uma roda de diálogo e discutir práticas para quem quer largar o fumo. As sessões são abertas para qualquer paciente, basta ir ao local e se sentar. “O benefício do paciente participar do grupo é conviver com pessoas que sofrem do mesmo vício que ele, compartilhar as dores e as dificuldades, mas também as coisas que deram certo. A troca de experiência alivia, no primeiro momento, e funciona como motivação”, pontua a farmacêutica Anna Eliza. Após a sessão, a equipe de saúde faz uma entrevista com o paciente, analisa em qual estágio de dependência se encontra e quais medidas podem ser utilizadas. Além de medicação, que é avaliada caso a caso, no grupo são criadas estratégias de Práticas Integrativas de Saúde (PIS). “A cada sessão, temos auriculoterapia, tai chi chuan, meditação. São medidas para alívio dos sintomas”, acrescenta. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Programa de Controle ao Tabagismo O Programa de Controle do Tabagismo no Distrito Federal segue as diretrizes do Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PCNT), coordenado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), cujo objetivo é a prevenção à iniciação ao tabagismo, a redução da prevalência de fumantes e da morbimortalidade relacionada ao consumo de produtos derivados do tabaco, por meio do desenvolvimento de ações educativas, de comunicação e de atenção à saúde, além de ações legislativas e econômicas. Na Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), estão cadastradas 73 unidades para realizar o tratamento contra o tabagismo. Os interessados podem procurar a unidade mais próxima do seu domicílio ou trabalho, onde serão acolhidos e receberão todas as informações necessárias. Interessados também podem acessar este link ou o Disque Saúde 136. Confira aqui a lista completa com os centros de atendimento. Nesta terça-feira (29), a SES-DF, por meio da Subsecretaria de Vigilância Sanitária (SVS), promoverá evento da campanha, às 15h, na Estação do Metrô Galeria. *Com informações da Secretaria de Saúde

Ler mais...

Ordenar

Ordenar

Faceta do tipo

Tipo

Filtro personalizado

Faceta da marca

Marcador