Cerca de 150 voluntários reforçam atendimento na rede pública de saúde do Gama e de Santa Maria
As regiões do Gama e de Santa Maria contam agora com o reforço de aproximadamente 150 novos profissionais voluntários. Eles vão complementar os atendimentos nas unidades básicas de saúde (UBSs) e no Hospital Regional do Gama (HRG). O acolhimento dos recém-chegados ocorreu na terça-feira (8), e o período de atuação é de um ano, prorrogável por igual período. Com os novos integrantes, a Região de Saúde Sul passa a contar com 371 profissionais voluntários ativos. Entre eles, há enfermeiros, técnicos de enfermagem e de radiologia, fisioterapeutas, psicólogos, dentistas, farmacêuticos, biomédicos, médicos e assistentes sociais. A Região de Saúde Sul passa a contar com 371 profissionais voluntários ativos | Foto: Divulgação/Agência Saúde-DF “A chegada desses voluntários representa uma melhora concreta na qualidade do atendimento. Eles ajudam a humanizar os serviços, especialmente em áreas como psicologia, assistência social e cuidados paliativos. São um braço que se estende para acolher, cuidar e transformar a realidade da nossa rede – tanto para o serviço quanto para os usuários”, afirma a coordenadora do voluntariado do HRG, Eliza Rodrigues. Motivações e expectativas Formado em farmácia, Ítalo Jerônimo vai trabalhar no HRG e vê no voluntariado uma oportunidade de crescimento e contribuição. “Já participei de ações sociais na faculdade, mas essa experiência é mais profunda. Ajudar a população é gratificante, e quero dar o melhor de mim para atender bem. À medida que eu entender o ritmo do hospital, pretendo ajudar a otimizar processos e somar com a equipe”, declara. A Secretaria de Saúde (SES-DF) possui atualmente mais de 2,3 mil voluntários Já para a técnica de enfermagem Janaina Ferreira, essa será a primeira experiência como voluntária na rede pública. “O acolhimento dos profissionais do HRG foi o que me motivou a querer participar do programa. Somado a isso, sei que é uma ótima oportunidade de aprimorar meus conhecimentos. Acredito que será um período enriquecedor”, avalia. Capacitação Nessa quarta-feira (9), os novos voluntários passaram por capacitações sobre infecção hospitalar, qualidade e segurança do paciente, reforçando o preparo para oferecer um atendimento ético, seguro e humano. A Secretaria de Saúde (SES-DF) possui atualmente mais de 2,3 mil voluntários, distribuídos entre os modelos de voluntariado social – com atividades lúdicas, culturais e pedagógicas – e profissional, voltado a pessoas com formação e registro na área de atuação. As inscrições para atuar na Região Sul ocorrem anualmente, no mês de março. Interessados em se tornar voluntários devem procurar o Núcleo de Ensino e Pesquisa (Nep), localizado na biblioteca do HRG, ou enviar um e-mail para: hrgvolprofissional@gmail.com. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)
Ler mais...
HRSM apresenta plano de contingência para enfrentamento da sazonalidade pediátrica a gestores da Região Sul
Para enfrentar a sazonalidade das doenças respiratórias da melhor maneira possível atendendo a alta demanda de crianças entre janeiro e junho, a pediatria do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) elaborou um plano de contingência e apresentou, nesta quinta-feira (6), para os gestores da Secretaria de Saúde do DF (SESDF) responsáveis pela Região de Saúde Sul, que abrange Gama e Santa Maria. “Vamos precisar do apoio de todos, tendo em vista que somos o único hospital da região que possui pediatria. Somos retaguarda no cuidado de pacientes encaminhados das UBSs e das UPAs, além dos pacientes do Entorno Sul. Então, é preciso que todos os níveis de atenção se unam para que a sazonalidade seja enfrentada de uma forma melhor que em 2024, garantindo o retorno da mãe e do paciente em alguma unidade, e que não falte atendimento para nenhuma criança”, destacou a superintendente do HRSM, Eliane Abreu. Em 2024, o número de atendimentos no pronto-socorro infantil do HRSM aumentou 12,97% em comparação com o mesmo período de 2024 | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF Em 2024, o número de atendimentos no pronto-socorro infantil do HRSM aumentou 12,97% em comparação com o mesmo período de 2024. Devido à epidemia de dengue registrada no DF no ano passado, que também acometeu as crianças, a busca por atendimento pediátrico foi alto desde janeiro. Porém, após os índices de dengue reduzirem, a busca continuou alta, mas por conta das infecções virais respiratórias. “No ano passado, a sazonalidade respiratória começou no final de março com 4.041 atendimentos, e tivemos o pico em abril, com 3.487 atendimentos no PS infantil. Já em 2023, o pico foi nos meses de fevereiro e março, registrando 3.393 e 3.534 atendimentos, respectivamente. Além disso, tivemos que ampliar os leitos e adequamos uma parte da recepção da emergência para criar uma terceira ala de internação, que foi a Ala C, com oito leitos disponíveis”, informou a chefe do Serviço de Pediatria do HRSM, Débora Cruvinel. Ações propostas Com a criação da Rota Amarela, pacientes de baixa complexidade poderão ir para o ambulatório do HRSM e a demanda no pronto-socorro infantil poderá diminuir Entre as ações propostas no plano de contingência está a criação da Rota Amarela no ambulatório do HRSM. Os objetivos são direcionar os pacientes de baixa complexidade para o ambulatório do HRSM e reduzir a demanda excessiva no pronto-socorro infantil. O horário de atendimento do ambulatório para estes pacientes pediátricos será das 9h às 21h. Os pacientes triados como amarelos serão encaminhados para a Rota Amarela. Se houver necessidade de internação, essas crianças serão direcionadas ao pronto-socorro, ou diretamente para enfermaria se houver vaga disponível. Já os pacientes em acompanhamento serão reagendados para garantia de atendimento de retorno com equipe médica e multidisciplinar. Outra proposta é relacionada à atuação dos médicos clínicos das UBSs da Região Sul, com a implementação nas UBSs e contra referência de crianças com classificação assistencial de menor criticidade, com atendimento em horário flexível (UBS), além de ser porta aberta para casos menos graves. Com relação ao fluxo para casos que necessitam de internação e suporte de oxigênio a ideia é que eles sejam direcionados ao HRSM, sem necessidade de regulação de leitos, sendo a retaguarda da UPA do Recanto das Emas e das UBSs da Região Sul. Além disso, foi proposto que haja ambulância à disposição para transferências rápidas ao HRSM e contra referência, contando com o apoio do Hospital Regional do Gama (HRG). Também foi destacada a necessidade do matriciamento da equipe médica e multidisciplinar, com treinamento conduzido por pediatras, enfermeiros e equipe multi do HRSM, nos meses de janeiro, fevereiro e março, que já começaram a ocorrer. Classificação de risco De janeiro a junho de 2024 foram realizados um total de 22.709 atendimentos no PS infantil do HRSM, enquanto que no mesmo período de 2023 foram registrados 20.101 atendimentos. A maioria da busca por atendimento nos dois anos foi de pacientes classificados como amarelo, laranja e verde, respectivamente. “Não podemos deixar de atender a demanda de pacientes amarelos, porque geralmente o hospital fica lotado de pacientes classificados como laranja e vermelho. Aí, é preciso fazer o bandeiramento quando não tem mais capacidade física. Precisamos de apoio na atenção primária, nas UBSs, para que estes pacientes amarelos sejam atendidos. A criança é diferente do adulto e pode piorar muito rápido, em poucas horas”, afirmou Débora Cruvinel. Os gestores da atenção primária se comprometeram em fazer esses atendimentos, mesmo que seja necessário haver um redimensionamento de equipes e horários Para resolver essa situação, os gestores da atenção primária se comprometeram em fazer esses atendimentos, mesmo que seja necessário haver um redimensionamento de equipes e horários. “O atendimento pediátrico é de demanda espontânea. Onde a criança chegar ela será atendida, independentemente de onde ela morar. A gente não faz barreira de acesso, todavia, depois que a criança é atendida, melhora, tem uma resposta, ela precisa ser encaminhada à origem dela, para que outra criança mais grave também possa chegar até nós. Podem contar conosco enquanto atenção primária da Região Sul”, garantiu o superintendente de saúde da Região Sul, Willy Filho. Ele destacou que acompanha os índices da sazonalidade respiratória e, a cada ano, há um aumento de pelo menos 10%, o que ele considera crítico e muito preocupante. “São crianças que ficam graves, o aumento do número de crianças que precisam ser entubadas. Então, vamos trabalhar para que a atenção primária consiga absorver a demanda dos pacientes com baixa gravidade, em caso de agravamento ele tem que ser direcionado para uma porta onde eu tenho um pronto-socorro pediátrico e com suporte de oxigênio, e agravou mais ainda, a gente precisa pensar que a rede tem que ajudar também com leitos de UTI pediátricos. Temos que fazer uma organização interna enquanto região”, concluiu. *Com informações do IgesDF
Ler mais...
Hospital Regional do Gama abre terceiro turno para atender pacientes de ortopedia
O Hospital Regional do Gama (HRG) começou a realizar cirurgias ortopédicas em um terceiro turno. Os procedimentos durante a noite têm por objetivo reduzir a espera de pacientes internados. No primeiro final de semana da ação, que ocorreu no dia 9, foram operados 12 pacientes. A iniciativa segue neste final de semana, com previsão de continuar nas próximas. Referência em ortopedia e trauma, Hospital Regional do Gama investe na ampliação do turno para garantir a qualidade do atendimento | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde “Nosso objetivo é realizar cirurgias noturnas duas a três vezes por semana, priorizando pacientes que estão na fila há mais tempo” Ruber Paulo de Oliveira Gomes, diretor do HRG “Essa medida é fundamental para garantir que todos os pacientes recebam o cuidado necessário o mais rápido possível”, avalia a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. “A colaboração entre nossas equipes tem sido essencial para o sucesso dessa iniciativa e para a melhoria contínua do serviço prestado à população, e essas ações não param por aqui: já estão em andamento em outros hospitais, como os da Região Leste [Paranoá], Ceilândia e Taguatinga”, anuncia a gestora. O diretor do HRG, Ruber Paulo de Oliveira Gomes, lembra que a unidade é referência em ortopedia e trauma, recebendo pacientes de diversas regiões de saúde, incluindo o entorno sul do Distrito Federal. Isso torna essencial a ampliação dos procedimentos cirúrgicos. “O hospital atende, em média, 400 pessoas por dia na ortopedia, muitas delas com traumas e fraturas expostas”, aponta. “Nosso objetivo é realizar cirurgias noturnas duas a três vezes por semana, priorizando pacientes que estão na fila há mais tempo.” Rotatividade O superintendente da Região de Saúde Sul (Gama e Santa Maria), Willy Pereira Filho, explica que a região está trabalhando para integrar as equipes de ortopedia, anestesia e outras áreas essenciais, como enfermagem, farmácia, à Central de Materiais Esterilizados (CME). “Também temos a cooperação da Gestão de Leitos e da Gerência de Emergência, garantindo que as cirurgias ocorram de forma eficiente e assim, podemos atender um maior número de pacientes”, pontua. A iniciativa já mostra resultados aumentando a rotatividade dos leitos e agilizando as altas hospitalares. De acordo com o diretor do HRG, Ruber Paulo de Oliveira Gomes, o novo turno permite atender de três a quatro pacientes por noite, complementando os procedimentos realizados durante o dia. “Organizamos nossa equipe para incluir essas cirurgias no terceiro turno, reduzindo o número de pacientes internados e agilizando o atendimento”, detalha. Ao todo, o HRG conta com 29 médicos ortopedistas. Madalena Martins fraturou o braço e fez a cirurgia na noite de sexta-feira: “Não demorei a ser atendida, e o acolhimento foi muito bom” Madalena Martins, 59, uma das pacientes beneficiadas pelas cirurgias realizadas no período noturno, elogia o rápido atendimento: “Não demorei a ser atendida, e o acolhimento foi muito bom”. A aposentada, que caiu em casa e fraturou o braço, fez a cirurgia na noite desta sexta (17), quando foram registrados no hospital mais quatro procedimentos, entre esses dois de grande porte. *Com informações da Secretaria de Saúde
Ler mais...
Hospital Regional de Santa Maria sedia Fórum de Saúde Mental da Região de Saúde Sul
Na terça (17) e nesta quarta-feira (18), os conselhos regionais de saúde do Gama e de Santa Maria promoveram o Fórum de Saúde Mental da Região de Saúde Sul, no auditório do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). Com uma ampla programação, o Fórum teve o objetivo de discutir a importância de tratar a saúde mental, apresentar propostas e sugestões de ferramentas que possam resultar em melhorias para o tratamento dos transtornos psíquicos de toda a Região de Saúde Sul (Gama e Santa Maria). Fórum realizado no Hospital Regional de Santa Maria discute políticas públicas de saúde mental e promove atividades com práticas integrativas | Foto: Divulgação/IgesDF “O propósito do fórum é chamar a atenção das autoridades para que vejam a importância que é a saúde mental. Vamos sacudir essa bandeira, vestir a camisa da saúde mental, que hoje é uma pauta muito importante para todos, tanto para o trabalhador quanto para a nossa comunidade, onde a gente vê crescendo o número de crianças e adolescentes com algum tipo de transtorno. Precisamos ter uma atenção voltada para isso”, destaca a presidente do Conselho Regional de Saúde de Santa Maria, Denise Bastos. Atualmente, a Região Sul conta com um Centro de Atenção Psicossocial (Caps), localizado em Santa Maria, e isso foi bastante debatido pelos participantes do evento que compuseram a mesa de abertura. Para o superintendente da Região de Saúde Sul, Willy Pereira da Silva Filho, é fundamental a abertura de um novo Caps no Gama, mas sem esquecer de compor a força de trabalho de equipes especializadas para atuarem com a atenção psicossocial. “Precisamos de mais espaços, mas também precisamos de equipe multidisciplinar pra trabalhar atendendo a demanda de pacientes, que tem sido cada vez mais alta”, lembra. A diretora clínica do HRSM, Janaína Cristina Machado, destacou a importância de um olhar sensível à causa, tendo em vista que a saúde mental é um problema constante nos dias atuais. “Essa é uma luta sensível, pois trabalhamos com pessoas cada vez mais no seus limites. Aqui dentro do IgesDF temos o projeto Acolher, voltado para os colaboradores que quiserem fazer um acompanhamento com a equipe multidisciplinar para tratarem sua saúde e bem-estar, o que é essencial para a vida”. No primeiro dia do fórum ocorreram duas palestras voltadas para as políticas públicas para a saúde mental infantojuvenil. Uma foi apresentada pela Diretoria de Serviços de Saúde Mental (Dissam), da Secretaria de Saúde do DF, que abordou as principais legislações acerca do tema e os serviços disponíveis na rede pública de saúde, destacando a Rede de Atenção Psicossocial (Raps). Já a segunda palestra foi apresentada pela psicopedagoga Thais Holanda, do Instituto Social Santa Maria, com o tema O cotidiano pode ser adoecedor. Ela abordou a importância do uso controlado das telas, do bullying e do cyberbullying, dos transtornos atuais, principalmente os que podem ser piorados com o uso excessivo de telas, e a saúde mental das crianças, em especial as que estão dentro do Transtorno do Espectro Autismo (TEA) e as possibilidades terapêuticas com TEA. Também foram realizadas práticas integrativas com os participantes, com a prática de automassagem e reiki. Nesta quarta, o evento abordou as políticas públicas voltadas para a saúde mental adulta e realizou uma palestra com o tema Discutindo emoções e iniciativas para a valorização da vida, além da realização de oficinas temáticas para discussão de possíveis propostas de melhorias. *Com informações do IgesDF
Ler mais...