GDF fortalece turismo rural com criação de espaço para rotas do queijo e do vinho na Expoabra 2025
Produtores das rotas do Queijo e das Uvas de Brasília ganharam um espaço especial na 33ª edição da Expoabra, a maior feira agropecuária do Distrito Federal. Os visitantes podem degustar e adquirir os queijos artesanais e os vinhos de terroir brasiliense no Pavilhão Pilotis, até sexta-feira (5), das 17h às 21h, e no final de semana, das 10h às 21h. O evento ocorre no Parque de Exposições da Granja do Torto desde a última sexta-feira (29) e segue até o próximo domingo (7). A entrada é gratuita. Como uma vitrine do campo do Quadradinho, o espaço visa fortalecer as duas cadeias produtivas, um compromisso deste Governo do Distrito Federal (GDF). Entre as queijarias presentes, estão a Cabríssima e a Malunga, que oferecem turismo rural e, portanto, fazem parte da Rota dos Queijos. No lado da enocultura, a Vinícola Brasília representa dez produtores da região do PAD/DF, que integram a Rota das Uvas. O Pavilhão Pilotis, na 33ª edição da Expoabra, vai abrigar produtores das rotas do Queijo e das Uvas de Brasília | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília “É a primeira vez que temos essa feira específica para os vinhos e queijos do Distrito Federal. É uma ideia da Secretaria de Governo junto com o Fórum da Cadeia Produtiva do Queijo, uma comissão que foi realizada para alavancar e desenvolver a cadeia e mostrar todos os produtos de qualidade que nós temos”, explica a técnica da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Camila Braz Ribeiral. O relatório final do Fórum da Cadeia Produtiva do Queijo será entregue nesta terça (2). Formada em janeiro, a comissão teve encontros semanais ao longo de 150 dias para pensar em medidas para promover estudos e definir ações de fomento, apoio e incentivo à cadeia produtiva do queijo artesanal no DF. O grupo foi coordenado pela Secretaria de Governo (Segov) e contou com a participação de diversos órgãos do Executivo. “O principal objetivo do fórum é mostrar que no Distrito Federal temos queijos de altíssima qualidade, garantindo segurança alimentar, geração de renda e inclusão social, para que esses produtores rurais sejam vistos pela população urbana”, salienta a técnica da Emater. O documento foi dividido em cinco eixos: Tecnologia, Pesquisa e produção, Infraestrutura rural e logística, Legislação e tributação, Fomento e industrialização, e Mercado e divulgação. Para o diretor-presidente do Parque de Exposições da Granja do Torto, Edson Rodhen, a criação dos estandes é de suma importância do ponto de vista econômico. “É uma ação voltada ao pequeno produtor para incrementar a produção agrícola e trazer melhor qualidade de vida, renda e produção para o campo”, afirma. [LEIA_TAMBEM]Uma das exposições agropecuárias mais tradicionais e importantes do DF, a Expoabra oferece uma série de atrações para o público: atividades pecuárias, técnicas, comerciais, culturais e gastronômicas, incluindo shows com artistas nacionais renomados. A programação foi divulgada pela Agência Brasília e também pode ser conferida nas redes sociais do evento. “Tem muita coisa a ser vista, muita programação pela frente, grandes shows, e, no final do evento, teremos uma cavalgada para fechar com chave de ouro”, reforça Rodhen. “Esperamos ter um público superior a 100 mil pessoas e imaginamos que a cada real investido aqui, retornam R$ 3 para o Distrito Federal, alimentando a cadeia produtiva do turismo, da hotelaria, do próprio setor agropecuário.” Um dos participantes da comissão, o produtor rural Luciano César Nunes, 50 anos, está expondo seus produtos na Expoabra 2025. Para ele, o espaço fortalece a agricultura familiar, possibilitando que a população conheça o que há de melhor no campo do Quadradinho. “O governo está empenhado em ajudar as pessoas a conseguirem vender o queijo no mercado de forma legal, com qualidade e com expressão. Aqui temos Malunga, Cabríssima, Campana, Potiguar e muitos outros”, comenta. Nesta terça (2), será entregue o relatório final do Fórum da Cadeia Produtiva do Queijo, comissão que, ao longo de 150 dias, pensou em medidas incentivar a cadeia produtiva do queijo artesanal no DF Rotas Brasília A Rota do Queijo Artesanal do DF e do Entorno foi criada pela Emater-DF em parceria com os produtores no início de 2024. A iniciativa está sendo estruturada como rota turística pela Secretaria de Turismo (Setur), seguindo o exemplo da Rota das Uvas, que impulsionou o enoturismo na capital. “As rotas turísticas fortalecem a agricultura familiar, aproximam o visitante do campo e promovem o turismo rural como experiência autêntica e sustentável. Esse é um trabalho que valoriza nossos produtores locais e amplia as oportunidades para o setor, exemplo como a rota do queijo e do vinho reforçam esse potencial econômico turístico”, afirma o secretário de Turismo, Cristiano Araújo. Luciano César Nunes, produtor rural: "O governo está empenhado em ajudar as pessoas a conseguirem vender o queijo no mercado de forma legal, com qualidade e com expressão" A Rota das Uvas foi lançada no ano passado durante o aniversário de Brasília, em 21 de abril, com o objetivo de desenvolver o enoturismo da capital federal. Estão no circuito a Vinícola Brasília, Casa Vitor, Villa Triacca, Lacustre, Irmãs Alvim, Marchese Vinhos e Vinhedos e Fazenda Califórnia. Os estabelecimentos estão espalhados no PAD/DF, São Sebastião, Paranoá, Lago Norte e Fercal. Criada em 2020, a Coleção Rotas Brasília já conta com 15 rotas apresentadas em miniguias que podem ser acessados pelo site oficial ou na versão impressa disponível nos Centros de Atendimento ao Turistas (CATs).
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Coleção Rotas Brasília destaca os diferentes potenciais turísticos da capital federal
Com o objetivo de tornar as riquezas naturais, culturais e gastronômicas de Brasília mais conhecidas por moradores, visitantes e turistas nacionais e internacionais, o Governo do Distrito Federal (GDF) desenvolveu o projeto Coleção Rotas Brasília. Coordenada pela Secretaria de Turismo (Setur-DF), a iniciativa apresenta itinerários que destacam os diferentes potenciais turísticos da capital federal. O conteúdo é elaborado por meio da curadoria de um grupo de trabalho que reúne vários órgãos do GDF. “As rotas turísticas desenvolvidas pela Secretaria de Turismo são ferramentas importantes que tornam as informações mais acessíveis e práticas para moradores e visitantes. Temos trabalhado com empenho para que o turismo da capital siga em constante crescimento. Estamos levando Brasília para o mundo, participando de feiras, congressos e eventos que mostram todo o potencial turístico da nossa cidade”, defende o secretário de Turismo, Cristiano Araújo. O projeto Coleção de Rotas conta com 15 trajetos e mais dois estão em estudo | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Lançado em 2020, o projeto já conta com 15 rotas apresentadas em miniguias que podem ser acessados pelo site oficial ou na versão impressa disponível nos Centros de Atendimento ao Turismo (CATs). “Brasília sempre foi vista como um destino político, uma cidade administrativa. Só que há muito mais. Por isso criamos a Coleção Rotas Brasília, para mostrar que a capital federal é muito mais do que política. Temos o céu mais lindo do Brasil, somos a capital do rock, contamos com um potencial náutico, temos regiões administrativas com muita história como Planaltina, há o ecoturismo de Brazlândia. Tudo isso é mostrado no projeto”, explica a turismóloga da Setur, Yula Moura. As rotas são elaboradas por um grupo de trabalho que leva em conta o turismo e também infraestrutura, segurança e atendimento | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília [LEIA_TAMBEM]Há tanto roteiros clássicos, como a Rota Cívica e a Rota Arquitetônica – a mais acessada, segundo a Setur –, como os considerados inusitados, a exemplo da Rota das Uvas – a mais recente a ser oficialmente criada –, da Rota sobre Rodas e da Rota da Diversidade, essa última voltada para as atrações ao público LGBTQIA+. Atualmente, a pasta trabalha para criar mais duas temáticas: do Queijo e da Cachaça, sendo a primeira em desenvolvimento e a segunda ainda em estudo. Cada rota é criada a partir de um grupo de trabalho composto por servidores de diferentes órgãos do GDF. Para que o trajeto vire um circuito turístico oficial, a equipe fica responsável pela curadoria e pela visita técnica. Muitos aspectos são levados em consideração. Para além do potencial turístico, o grupo avalia infraestrutura, segurança e atendimento. “A contemplação faz parte, mas o turista precisa de uma rota estruturada e completa, com segurança e infraestrutura”, completa a turismóloga.
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Vinhos do Cerrado superam rótulos internacionais em pesquisa inédita
Vinhos produzidos no Cerrado de Altitude, no Distrito Federal, têm surpreendido especialistas do setor ao apresentarem qualidade superior à de rótulos consagrados da França, Itália, Espanha, Austrália, Argentina e África do Sul. A constatação vem de uma pesquisa recente e inédita coordenada por Rafael Lavrador Sant Anna, do Instituto Federal de Brasília (IFB), em parceria com as pesquisadoras Caroline Dani (ABS-RS) e Fernanda Spinelli (Laren-RS e OIV). O estudo recebeu investimento de R$ 1,5 milhão da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), por meio dos editais FAPDF Learning Agro 2022 e 2023. Pesquisa financiada pela FAPDF aponta que vinhos produzidos no Cerrado têm qualidade superior à de rótulos consagrados da França, Itália, Espanha, Austrália, Argentina e África do Sul | Foto: Kennedy Barros A pesquisa avaliou as safras de 2022 e 2023 da variedade Syrah, uva símbolo da produção local. Os vinhos brasilienses demonstraram concentração excepcional de compostos fenólicos e antioxidantes, fatores determinantes para a estrutura, longevidade e complexidade aromática da bebida. Os dados foram comparados com padrões internacionais, utilizando protocolos reconhecidos pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), sediada em Dijon, na França, responsável por estabelecer e manter padrões para a indústria vinícola no mundo inteiro. “Os resultados foram tão expressivos que refizemos os testes. Os índices de resveratrol e outros compostos estavam acima do esperado, superando vinhos de regiões tradicionais”, afirmou Rafael Lavrador, coordenador do estudo. Pesquisador Rafael Lavrador (ao centro) coleta amostras dos vinhedos de Brasília | Foto: Arquivo pessoal As análises foram feitas em laboratório especializado de Caxias do Sul (RS), único no país capaz de aplicar os rigorosos padrões internacionais. Os pesquisadores também destacam a importância da adaptação da Syrah ao solo do DF, principalmente com o uso da técnica da dupla poda, que favorece o amadurecimento ideal da uva no inverno. Com essas concentrações, os vinhos do Cerrado garantem não apenas uma cor marcante e identidade varietal autêntica, mas também alta qualidade técnico-científica, com potencial para reconhecimento internacional e futura Indicação Geográfica (IG). O presidente da FAPDF, Marco Antônio Costa Júnior, reforça: “Essa pesquisa comprova que Brasília não apenas entrou no mapa da vitivinicultura nacional, como também já pode ser considerada referência internacional. O Cerrado brasileiro tem mostrado um potencial surpreendente, e o papel da FAPDF é justamente apoiar iniciativas inovadoras como essa, que combinam ciência, desenvolvimento regional e geração de valor para a sociedade”. Indicação Geográfica A equipe de pesquisadores já pensa na construção da primeira Indicação Geográfica brasileira com base em critérios laboratoriais e não apenas sensoriais. A ideia é utilizar os compostos fenólicos como elementos técnicos para garantir a autenticidade e rastreabilidade da produção. “Queremos que Brasília seja pioneira no país ao adotar uma IG que considere dados bioquímicos. Isso traria mais segurança ao consumidor e agregaria valor ao produto local”, defende Rafael Lavrador. A proposta já foi apresentada à Vinícola Brasília, uma das principais produtoras da região, e pode ser viabilizada com novos editais de fomento. As concentrações encontradas nos vinhos do Cerrado garantem não apenas uma cor marcante e identidade varietal autêntica, mas também alta qualidade técnico-científica | Foto: Kennedy Barros Saúde na taça Os compostos fenólicos presentes em maior quantidade nos vinhos brasilienses também oferecem benefícios à saúde: · Resveratrol – Atua na prevenção de doenças cardiovasculares e neurodegenerativas; · Antocianinas – Fortalecem o sistema imunológico e a microbiota intestinal; · Catequinas – Têm ação antioxidante e anti-inflamatória, ajudando a retardar o envelhecimento celular. Trajetória O resultado atual é fruto de uma trajetória iniciada há mais de 20 anos. Pesquisadores mineiros identificaram no Cerrado um ambiente favorável à vitivinicultura de qualidade, especialmente com o uso da técnica da dupla poda, trazida pelo pesquisador Murilo Albuquerque Regino, da Epamig. Essa técnica permite colher uvas no inverno, em condições ideais de maturação. Em 2021, a FAPDF investiu no projeto Desenvolvimento de tecnologias para o fomento da vitivinicultura no DF e Ride, conhecido como Vinhas Brasília, coordenado pela professora Márcia Terezinha Longen Zindel, da Universidade de Brasília (UnB). O projeto estruturou a cadeia produtiva local e impulsionou o enoturismo, consolidando Brasília como nova fronteira do vinho nacional. A Vinícola Brasília, criada em 2019 no PAD-DF, já comercializa rótulos reconhecidos e, em 2024, inaugura seu complexo vitivinícola. A Syrah, uva rústica e de alta produtividade, mostrou ser a mais adaptada ao Cerrado. Com dados científicos robustos, manejo técnico avançado e apoio contínuo da FAPDF, Brasília se posiciona como nova referência internacional na produção de vinhos finos. Confira abaixo alguns destaques técnicos revelados pela pesquisa. Resveratrol · Syrah do DF: até 12,08 mg/l · Barossa Valley (Austrália): 3,85 mg/l · Médoc/Bordeaux (França): 2,9 mg/l · Toscana (Itália): 3,2 mg/l Catequinas e epicatequinas · Syrah do DF: 49,70 mg/l · África do Sul: até 17,76 mg/l · Vale do Rhône (França): cerca de 20 mg/l · Espanha (Rioja, Priorat): entre 18 e 25 mg/l Antocianinas · Syrah do DF: Malvidina até 17,90 mg/l, cianidina até 46,84 mg/l, delfinidina até 14,92 mg/l · França (Hermitage e Côte Rôtie): malvidina entre 8,5 e 11 mg/l · Argentina: Malvidina entre 7,01 e 9,75 mg/l; cianidina até 10,8 mg/l; delfinidina até 22 mg/L. *Com informações da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF)
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No aniversário de 65 anos, Brasília ganha vinho exclusivo de projeto que integra a Rota das Uvas
O vinho brasiliense já tem seu próprio terroir. Esse gostinho do Cerrado poderá ser sentido no rótulo comemorativo dos 65 anos da capital federal a ser lançado pela Vinícola Brasília, iniciativa composta por 10 produtores da região do PAD/DF que integra a Rota das Uvas criada pelo Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Turismo (Setur), para desenvolver o enoturismo da cidade. O tempranillo foi escolhido para essa edição especial por sua boa adaptação ao Cerrado, segundo a Vinícola Brasília | Foto: Divulgação/Agência Lazu “A criação desse vinho exclusivo para celebrar os 65 anos de Brasília reforça a identidade do enoturismo da nossa capital e valoriza as riquezas do Cerrado”, afirma o secretário de Turismo, Cristiano Araújo. “O enoturismo tem se consolidado como uma experiência diferenciada para os visitantes, agregando ainda mais valor à nossa oferta turística. Iniciativas como essa da Vinícola Brasília promovem não só o turismo, mas também a cultura e a gastronomia local”, completa. “A criação desse vinho exclusivo para celebrar os 65 anos de Brasília reforça a identidade do enoturismo da nossa capital e valoriza as riquezas do Cerrado” Cristiano Araújo, secretário de Turismo A edição comemorativa é um tempranillo, variedade de origem da Península Ibérica que se adaptou ao território do DF. Parte do vinho amadureceu em barricas de carvalho francesas e americanas. Foram produzidas três mil garrafas de 750ml e 65 de 1,5l, a partir de três safras 2020, 2022 e 2024. Colecionável, o rótulo da garrafa foi inspirado em um quadro criado pelo artista brasiliense Daniel Jacaré. A obra, que também ficará exposta na sede da vinícola, destaca elementos da paisagem e da identidade de Brasília. A arte representa os principais monumentos da cidade, como a Torre de TV, a Catedral Metropolitana de Brasília e o Memorial JK, além dos Candangos, estátua marcante localizada na Praça dos Três Poderes. “Nosso desejo é que este rótulo seja mais do que um vinho – um presente que celebra este momento especial e uma experiência única para quem aprecia a bebida e tem Brasília no coração. Foram meses de trabalho para criar um vinho que traduzisse a história de Brasília. O tempranillo foi escolhido para essa edição especial por sua boa adaptação ao Cerrado”, explica o diretor comercial da Vinícola Brasília, Artur Farias. Circuito A Rota das Uvas foi lançada no ano passado durante o aniversário de Brasília, em 21 de abril, com o objetivo de desenvolver o enoturismo da capital federal. Estão no circuito a Vinícola Brasília, Casa Vitor, Vila Triacca, Lacustre, Irmãs Alvim, Marchese Vinhos e Vinhedos e Fazenda Califórnia. Os estabelecimentos estão espalhados no PAD/DF, São Sebastião, Paranoá, Lago Norte e Fercal.
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