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Setembro Verde

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Evento encerra Setembro Verde com pacientes, familiares e profissionais de saúde reunidos

Diagnosticada com hepatite autoimune em 2007, a professora aposentada Maria Alice de Souza, 53 anos, recebeu um novo fígado há 12 anos. “A doação de órgãos me deu um tempo inestimável e me transformou depois de processos de espera e de recuperação difíceis”, revela.  Maria Alice se recorda do passado e do esforço para se sentir bem outra vez. Hoje, não esquece de tomar os remédios e segue vigilante ao ritual de cuidados que irão acompanhá-la para sempre.  “O transplante é um tratamento, por isso, é preciso ingerir as medicações continuamente. É um procedimento que, por si só, modifica a vida, mas temos que fazer a nossa parte”, ressalta.  Em evento, o ICTDF comemorou histórias como a de Maria Alice de Souza e de tantos outros pacientes transplantados | Fotos: Matheus Oliveira/Agência Saúde DF Com o fígado em funcionamento, Maria reconhece que só leva a vida normal de hoje porque alguém aceitou doar os órgãos. “Não há um dia em minha vida que eu não agradeça à família que aceitou a escolha de alguém que se foi. É complicado: ao mesmo tempo em que meus familiares choravam pela incerteza da minha sobrevivência — e depois celebravam o novo fígado —, um outro lado chorava a perda de uma pessoa amada. Em meio à dor, eles ainda tiveram a coragem e a generosidade de autorizar a doação que iria me salvar”, conta.  Celebração Maria Alice de Souza: “Não há um dia em minha vida que eu não agradeça à família que aceitou a escolha de alguém que se foi" Para comemorar histórias como a de Maria Alice e de tantos outros pacientes transplantados, o Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF) realizou, na última quinta-feira (25), um evento em alusão ao Setembro Verde.  “Quando um paciente transplantado recebe a oportunidade de uma nova vida, todos nós também ganhamos uma nova perspectiva”, afirma o assessor de Mapeamento e Estratégia Assistencial da Secretaria de Saúde, Lucimir Henrique Pessoa Maia.  Processo de transplantes  [LEIA_TAMBEM]Para que um paciente seja inscrito na lista de espera, é necessário passar por uma avaliação médica com profissionais autorizados. Após a confirmação da necessidade de um novo órgão, a pessoa será inserida na lista única do Sistema Nacional de Transplantes (STN).  Na capital federal, a Central Estadual de Transplante (CET-DF) coordena todo o processo de transplantes, desde o gerenciamento do cadastro de receptores até a logística e a distribuição dos órgãos. A lista é nacional e o gerenciamento passa pelo SUS, ainda que alguns transplantes possam ser realizados na rede complementar.  Atualmente, o DF realiza transplantes de coração, rim, fígado, pele, córnea, medula óssea, válvula cardíaca e músculo esquelético. Na rede pública, o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) é a referência para transplantes de pele. Outros procedimentos passam pelas equipes do Hospital de Base (HB-DF), Hospital Universitário de Brasília (HUB) e ICTDF. Já o Hospital da Criança de Brasília (HCB) é responsável pelo transplante de medula óssea autólogo pediátrico. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Novo episódio de podcast debate o Setembro Verde

O 13º episódio do Fala Aí, DPDF, o podcast da Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) traz uma conversa sobre o Setembro Verde. O movimento aborda a conscientização sobre inclusão e acessibilidade das pessoas com deficiência (PCDs) durante o mês e usa a cor verde como símbolo de esperança, além de conscientizar a população e garantir mais direitos e oportunidades para esse segmento da sociedade.. A equipe do programa ouviu a defensora pública e chefe do Núcleo de Assistência Jurídica de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos da DPDF (NDH/DPDF), Amanda Fernandes; e a coordenadora de Articulação e Participação Social da Secretaria Nacional da Pessoa com Deficiência do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (SNDPD/MDHC), Isadora Nascimento. O objetivo do programa é esclarecer questões legais e aproximar a instituição da comunidade, promovendo o entendimento sobre os direitos dos cidadãos. Para o defensor público-geral, Celestino Chupel, o episódio tem um papel fundamental para conscientizar as pessoas sobre as dificuldades vividas por quem tem algum tipo de limitação de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, e de como podemos incluí-las na vivência em sociedade. “O Estatuto da Pessoa com Deficiência nos diz que elas possuem direito à igualdade de oportunidades e que não devem sofrer nenhuma espécie de discriminação. Mas a exclusão não vem apenas na forma como as tratamos, mas também quando ignoramos a falta de acessibilidade tanto nos espaços públicos quanto nos privados”, explica. O movimento aborda a conscientização sobre inclusão e acessibilidade das pessoas com deficiência (PCDs) durante o mês e usa a cor verde como símbolo de esperança | Foto: Divulgação/DPDF A defensora pública e chefe do NDH, Amanda Fernandes, explicou durante a conversa que o Setembro Verde é uma campanha sobre a luta das PCDs. “Eu falo que é para usar o verde da esperança para lembrar que essas pessoas existem. Meses temáticos são importantes porque podemos ir a vários locais, como empresas e escolas, para falar sobre a inclusão no ambiente onde se vive”, narra. A coordenadora de Articulação e Participação Social da SNDPD/MDHC, Isadora Nascimento, falou sobre sua experiência com o tema da inclusão no mercado de trabalho. “Às vezes, as pessoas com deficiência têm um currículo enorme e qualificado, mas quem está realizando a entrevista de emprego nunca vai considerar que ela será capaz de conquistar um cargo de destaque. Já se surpreenderam quando eu digo o que eu faço porque ninguém espera que uma mulher preta e PCD esteja em uma posição com tomada de posição. O próprio capacitismo estrutural atrapalha”, exemplifica. Para escutar o episódio, clique aqui. *Com informações da Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF)

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Setembro Verde: Hemocentro de Brasília já fez mais de 5 mil exames pré e pós-transplantes em 2025

A professora Dayane Lopes, 39 anos, passou por um transplante de rim em agosto, após ter rins e pâncreas comprometidos por uma condição congênita. A trajetória da moradora da Candangolândia dá sentido ao Setembro Verde, mês de conscientização sobre a doação de órgãos, e evidencia o papel essencial da Fundação Hemocentro de Brasília (FHB), responsável pelos exames de alta complexidade que viabilizam os transplantes no Distrito Federal. Só em 2025, a fundação já fez mais de 5 mil análises pré e pós-transplantes. Para que pudesse fazer um transplante de rim, Dayane Lopes realizou exames de alta complexidade no Hemocentro de Brasília | Foto: Arquivo pessoal A jornada de Dayane começou quando, ao ajudar uma aluna com deficiência em crise, sofreu uma lesão no joelho que exigiu quase dois anos de tratamento. Durante esse período, o uso de anti-inflamatórios desencadeou 19 episódios de pancreatite. Com o agravamento do quadro, veio o diagnóstico de pâncreas divisum — uma malformação congênita. Em 2020, após a gravidez da filha, sua saúde piorou. Exames mostraram uma capacidade de funcionamento dos rins de apenas 11%, em uma situação irreversível. Ela passou por uma cirurgia para colocação de prótese pancreática, que controlou as crises, mas os danos já eram permanentes. “Naquele momento, eu já havia perdido totalmente a função renal, o que impactou profundamente minha vida”, relembra. Com os dois rins comprometidos, a única alternativa era o transplante. Em junho de 2024, entrou na lista de espera, onde permaneceu até agosto deste ano. Segundo o portal InfoSaúde da Secretaria de Saúde (SES-DF), em 2025, até agosto, foram realizados 427 transplantes no DF. O Laboratório de Imunologia de Transplantes do Hemocentro tem equipamentos de alta precisão, reagentes importados da Alemanha e dos Estados Unidos e equipe especializada | Foto: Divulgação/Hemocentro Suporte Durante todo o processo, Dayane precisou ir ao Hemocentro de Brasília diversas vezes para exames e coletas de sangue. Ela conta que, em cada visita, foi recebida com atenção e acolhimento. Esse suporte humano fez toda a diferença nos momentos de fragilidade e foi decisivo para que se mantivesse firme até a hora da cirurgia. “Todos os profissionais foram amorosos e atenciosos, inclusive com a minha filha, quando me acompanhava”, lembra.  [LEIA_TAMBEM]Antes e depois de qualquer transplante no DF, o Hemocentro realiza uma série de análises para garantir a segurança e o sucesso do procedimento. São testes que verificam a compatibilidade genética entre doador e receptor, a presença de anticorpos que poderiam causar rejeição e a reação direta entre amostras de sangue. Paralelamente, o Laboratório de Sorologia confirma que não há risco de transmissão de doenças como HIV, hepatites, HTLV, sífilis e malária. No Laboratório de Imunologia de Transplantes (LIT), equipamentos de alta precisão, reagentes importados da Alemanha e dos Estados Unidos e uma equipe especializada atuam 24 horas por dia, sete dias por semana, explica o diretor de Procedimentos Especiais do Hemocentro, Pedro Henrique Diogo. “É um trabalho caro e altamente especializado, mas que garante que cada transplante realizado no DF tenha segurança e qualidade máximas. Além de referência em coleta e distribuição de sangue, a instituição reafirma sua relevância no suporte aos transplantes”, afirma. Antes do transplante, o Laboratório de Sorologia confirma que não há risco de transmissão de doenças como HIV, hepatites, HTLV, sífilis e malária | Foto: Divulgação/Hemocentro Recomeço O transplante de rim de Dayane foi realizado no Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF). Ela relembra o momento em que recebeu a notícia: “Eu estava na terceira posição da fila, mas os dois primeiros não estavam aptos. Foi quando o telefone tocou e eu soube que era a minha vez. A emoção foi indescritível, chorei muito, foi a sensação de uma nova chance de vida chegando”. Desde então, segue em recuperação, adaptando-se ao uso de imunossupressores e às restrições do pós-operatório. Dayane recebeu o órgão de um doador falecido, dentro do processo previsto pela legislação brasileira. No país, a doação só ocorre com autorização da família, ainda que a pessoa tenha manifestado o desejo em vida. Por isso, especialistas reforçam a importância de conversar com familiares sobre essa decisão. No momento da perda, são eles que autorizam ou não o gesto de generosidade que pode salvar várias vidas. Ela expressa sua gratidão a quem tornou possível o recomeço. “Mesmo sem saber quem foi, agradeço profundamente ao meu doador. À sua família, deixo minha mais profunda gratidão. Quero que saibam que, em meio a essa dor imensa, vocês permitiram que outra vida florescesse. Prometo honrar essa oportunidade, vivendo cada dia com esperança e responsabilidade”, afirma. *Com informações da Fundação Hemocentro de Brasília (FHB)

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Setembro Verde: Doação de órgãos salva vidas

A Campanha Setembro Verde, celebrada nesta sexta-feira (27), tem por objetivo chamar a atenção para a doação de órgãos. A data tem o objetivo de conscientizar sobre a importância desse ato e incentivar a conversa familiar aberta sobre esse gesto de esperança e solidariedade, já que a autorização é feita pela família. O mote da campanha do Ministério da Saúde (MS) deste ano é “Doação de órgãos: precisamos falar sim”, que alerta para o diálogo e desmistificação do assunto. Cerca de 66,2 mil pessoas aguardam na lista de espera por um órgão no Brasil. A lista para transplantes é única e vale tanto para pacientes do SUS quanto da rede privada. No Distrito Federal (DF), são 1,6 mil pessoas no aguardo: 801 por rins, 732 por córneas, 44 por coração e 23 por fígado. Até agosto deste ano, foram realizados 545 transplantes, sendo 207 de córnea, 177 de órgãos (incluindo rim, fígado e coração) e 161 de medulas ósseas. Campanha Setembro Verde tem o objetivo de conscientizar sobre a importância desse ato e incentivar a conversa familiar aberta sobre esse gesto de esperança e solidariedade | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF Desde 2007, foram realizados mais de 400 transplantes de coração no DF. O cirurgião e chefe do transplante cardíaco do Instituto de Cardiologia e Transplantes do DF (ICTDF), Fernando Atik, destaca que a campanha é necessária para esclarecer e sensibilizar sobre doação. “O transplante cardíaco é o tratamento padrão ouro para pacientes com insuficiência cardíaca avançada e aumenta a sobrevida neste grupo de pacientes com melhoria substancial da qualidade de vida e da capacidade física e funcional”, aponta. De acordo com o Registro Internacional de Transplante de Coração e Pulmão, a sobrevida após o transplante de coração é de 13 anos, em média. Alguns critérios podem fazer o receptor ter prioridade na lista, como pacientes com maior gravidade no quadro de saúde, por exemplo, uma vez que a condição clínica inspira maior cuidado. Também é levado em conta a impossibilidade de diálise, para pacientes renais; a insuficiência hepática aguda grave, entre doentes do fígado; a assistência circulatória, para cardiopatas; e a rejeição a órgãos recém-transplantados, além de tipagem sanguínea, compatibilidade genética, peso e altura do paciente. Caso dois pacientes atendam aos mesmos critérios, é respeitada a ordem de entrada na lista. Doadores Há dois tipos de doador: O doador vivo que pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão. O segundo tipo é o doador falecido. São vítimas de lesões cerebrais irreversíveis, com morte encefálica comprovada pela realização de exames clínicos e de imagem. A técnica de enfermagem Rita de Kassia de Souza Santos autorizou a doação de rins, coração, fígado e córneas de seu filho Gabriel Henrique de Souza Veras: “O meu sim renovou e restaurou outras vidas” | Foto: Arquivo Pessoal A técnica de enfermagem do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Rita de Kassia de Souza Santos, 40, praticou um ato de amor diante da perda de seu filho Gabriel Henrique de Souza Veras, que morreu em janeiro de 2023, aos 18 anos, após um choque elétrico durante uma partida de futebol. Ela doou os rins, o coração, o fígado e as córneas do jovem. “Em algumas conversas comigo, ele me contou que gostaria que seus órgãos fossem doados. Quando foi constatada a morte encefálica do meu filho, lembrei e fiz o desejo dele”, conta Rita diz ainda que acredita ter feito a escolha certa. “Pensar no próximo, ter amor e empatia foi a parte mais linda dessa história. Essa data tem um significado importantíssimo na minha vida porque, através do meu filho, salvamos outras seis famílias. O meu sim renovou e restaurou outras vidas. Falar em doação de órgãos, por mais que me doa, aquece meu coração”, completa. Serviço de transplante no DF A Central Estadual de Transplantes do Distrito Federal (CET-DF) é responsável pela coordenação das atividades de transplantes no âmbito do DF, abrangendo a rede pública e particular de saúde. A diretora Gabriella Ribeiro Christmann, ressalta a importância da conversa com a família na busca pela ampliação de possíveis doadores de órgãos. “Sem a autorização familiar, não há doação. Por isso é muito importante que as pessoas que desejam doar conversem sobre esse assunto com seus familiares e deixem claro a sua vontade. Quando a pessoa fala que quer doar, facilita para a família tomar a decisão e aceitar a doação”, explica. Na saúde pública, o ICTDF, contratado pela SES-DF, faz transplantes de coração, rim, fígado, córnea e medula óssea. O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) realiza transplante de medula óssea autólogo pediátrico. No Hospital de Base (HB) e no Hospital Universitário de Brasília (HUB) são feitos procedimentos de rim e córnea. O HUB também realiza transplante de medula óssea. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

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