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Transtorno do Espectro Autista

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Brasília recebe fórum nacional sobre empregabilidade de pessoas autistas

Apesar dos avanços no debate sobre diversidade e inclusão, jovens e adultos autistas ainda enfrentam barreiras significativas para acessar e permanecer no mercado de trabalho. Foi diante desse cenário que Brasília sediou, nesta segunda-feira (15), o 1º Fórum da Empregabilidade e das Relações Profissionais Saudáveis para o Jovem e o Adulto Autista, encontro nacional dedicado a discutir caminhos concretos para uma inclusão profissional mais justa, efetiva e sustentável. Realizado no Auditório da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), com programação presencial e transmissão online, o evento reuniu especialistas, gestores públicos, empresas, universidades, organizações da sociedade civil, famílias e a comunidade autista. A iniciativa foi realizada pela Major Tom Comunicação e Publicidade, com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF). Presente na cerimônia de abertura, o diretor-presidente da FAPDF, Leonardo Reisman, destacou que a pauta da empregabilidade de pessoas autistas precisa ser tratada como prioridade pelo poder público. Segundo ele, o desafio passa, especialmente, pela atuação do poder público enquanto empregador. “O governo é o maior empregador do Distrito Federal e, muitas vezes, nossas áreas de gestão de pessoas ainda não estão preparadas para realizar as melhores alocações e extrair, com excelência, o potencial de jovens e adultos autistas. Fóruns como este são essenciais porque informam não apenas a sociedade, mas também o próprio Estado, que precisa se preparar para ser mais inclusivo”, completou. Realizado no Auditório da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), com programação presencial e transmissão online, o evento reuniu especialistas, gestores públicos, empresas, universidades, organizações da sociedade civil, famílias e a comunidade autista | Foto: FAPDF/Divulgação A mesa de abertura contou ainda com autoridades estratégicas para a pauta do autismo no Distrito Federal, entre elas o deputado distrital Eduardo Pedrosa, presidente da Frente Parlamentar do Autismo do DF; o presidente da Specialisterne Brasil, Marcelo Vitoriano; a diretora de Inclusão Profissional da Secretaria da Pessoa com Deficiência, Andressa Matias; a subsecretária da Subsecretaria de Saúde Mental, Fernanda Falcomer; e Célia Leão, que representou a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão. A diretora de Inclusão Profissional da Secretaria da Pessoa com Deficiência, Andressa Matias, reforçou a importância de olhar para a empregabilidade a partir de uma perspectiva humana e estruturada. “Falar de inclusão profissional é falar de acessibilidade, de respeito às singularidades e de ambientes preparados para acolher diferentes formas de existir e trabalhar. Pessoas autistas têm competências valiosas e precisam de oportunidades reais”, destacou. Já o deputado distrital Eduardo Pedrosa, presidente da Frente Parlamentar do Autismo do Distrito Federal, ressaltou o papel das políticas públicas na transformação desse cenário. “A inclusão de jovens e adultos autistas no mercado de trabalho precisa sair do discurso e se transformar em ação concreta, com políticas públicas, protocolos e compromissos institucionais claros”, afirmou. Representando a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, Célia Leão também se pronunciou durante a mesa de abertura e enfatizou o caráter coletivo da pauta da inclusão. “Quando falamos em inclusão, estamos falando de um compromisso coletivo. Nós, enquanto sociedade e enquanto poder público, precisamos garantir que todas as pessoas tenham oportunidades reais, sejam tratadas com dignidade e tenham suas capacidades reconhecidas”, afirmou. Segundo ela, a construção de políticas públicas voltadas às pessoas autistas deve ser orientada pelo princípio da equidade. “Tratar todos de forma igual não é ignorar as diferenças, mas oferecer as condições necessárias para que cada pessoa possa desenvolver seu potencial e participar plenamente da vida social e profissional”, completou. O fórum contou ainda com a participação do presidente da Specialisterne Brasil, Marcelo Vitoriano. A Specialisterne é uma empresa global socialmente inovadora, presente em 26 países, especializada na oferta de serviços na área de Tecnologia da Informação (TI), como tratamento de dados e documentos, testes de software e qualidade (QA), além de software e operações. Reconhecida internacionalmente, a organização foi a primeira empresa no mundo a estruturar modelos de negócios baseados no aproveitamento das habilidades de pessoas autistas, formando equipes de consultores capazes de atuar com alto nível de qualidade, rendimento e precisão — características frequentemente associadas à chamada “paixão pelos detalhes”. Além da atuação no mercado, a Specialisterne desenvolve um Programa de Formação Inicial voltado a pessoas autistas nas áreas de TI e sociolaboral, com foco na identificação e no desenvolvimento de talentos individuais, promovendo inclusão profissional a partir de uma lógica de vantagem competitiva e impacto social. Ao longo da programação, o fórum promove palestras magnas, painéis técnicos, debates interativos e a apresentação de cases nacionais e internacionais. Um dos destaques foi a construção colaborativa da TéIA — Manual Interativo de Boas Práticas para a Empregabilidade, iniciativa inovadora que utiliza inteligência artificial para apoiar empresas e instituições na adoção de práticas inclusivas voltadas a jovens e adultos autistas. Para o Distrito Federal, o fórum chama a atenção para o papel de Brasília como espaço de diálogo, inovação social e formulação de políticas públicas voltadas à inclusão. A iniciativa contribui para o fortalecimento de práticas inclusivas no setor público, mobiliza empresas e instituições de ensino e pesquisa e amplia o debate sobre empregabilidade a partir de uma perspectiva ética e baseada em evidências. O evento contou ainda com apoio institucional e parcerias da Specialisterne, parceiro estratégico internacional, do Espaço Vivências, da Câmara Legislativa do Distrito Federal e da Universidade de Brasília (UnB). Serviço 1º Fórum da Empregabilidade e das Relações Profissionais Saudáveis para o Jovem e o Adulto Autista Local: Auditório da Câmara Legislativa do Distrito Federal Data: 15 e 16 de dezembro de 2025 Horário: 8h às 18h Público-alvo: profissionais de RH, gestores públicos, empresários, estudantes, familiares e pessoas autistas Indicação: Livre Inscrições: https://tea.mjtom.com.br Inclusão: Tradução em libras e legendagem *Com informações da FAPDF    

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Audiência propõe criação do Estatuto das Famílias Atípicas do DF​

As famílias atípicas enfrentam desafios peculiares. Pensando nessa realidade, a Secretaria da Família e Juventude do DF (SEFJ-DF) promove, no dia 30 de abril, uma audiência pública que discutirá o anteprojeto de lei que institui o Estatuto das Famílias Atípicas do DF, o documento que expressa os direitos e deveres desse núcleo da sociedade. A reunião está prevista para iniciar às 14h, no auditório da SEFJ-DF, localizado na Quadra 04, edifício Luiz Carlos Botelho, 6° andar, Setor Comercial Sul – Asa Sul. A audiência é aberta a entidades representativas de pessoas com deficiência, famílias e à sociedade civil interessada. O governo deseja ouvir sugestões e contribuições que possam enriquecer a elaboração deste importante documento. A audiência é aberta a entidades representativas de pessoas com deficiência, famílias e à sociedade civil interessada | Foto: Divulgação/SFJ-DF Na ocasião, os participantes poderão apresentar sugestões, discutir melhorias e trocar experiências com o objetivo de reunir o máximo de informações necessárias para a criação do Estatuto. “As famílias atípicas existem e precisam estar no radar das políticas públicas, muitas das vezes, olhamos apenas para a pessoa atípica, mas esquecemos que existe uma família para oferecer o suporte necessário às custas de um desgaste emocional, econômico e social muito grande. pela primeira vez, temos um governo atento às mudanças que precisam acontecer para que essas famílias possuam direitos reconhecidos por elas mesmas e pela sociedade como um todo”, destacou, Rodrigo Delmasso, gestor da SEFJ. Maria Ricardina é mãe de Jonatas Novais, uma criança de 10 anos com transtorno do espectro autista e comemora esse momento de discussão sobre a pauta. “As famílias atípicas enfrentam desafios enormes desde o diagnóstico à inclusão do nosso familiar ao ambiente social, são desafios na educação especial, nos cuidados e nas terapias necessárias para o desenvolvimento. Eu e o pai dele nos revezamos, às vezes, precisamos sair mais cedo do trabalho ou chegar um pouco mais tarde, devido à atenção que o nosso filho exige. Mas, nem sempre, as pessoas entendem e um documento como esse é o início de uma transformação de mentalidade da sociedade e aceitação”, revelou. De acordo com o edital, durante a audiência, será permitida a manifestação oral dos participantes que previamente inscreverem-se pelo e-mail subadf.sefj@buriti.df.gov.br, ou de forma presencial na secretaria. O tempo de fala será de cinco minutos por entidade inscrita, podendo ser ajustado conforme a quantidade de inscritos. Após formatado, o anteprojeto de lei seguirá para análise da Casa Civil e, posteriormente, para análise e aprovação da Câmara Legislativa do DF. Serviço Audiência Pública sobre Anteprojeto de Lei que Institui o Estatuto da Família Atípica no Distrito Federal • Data: 30 de abril • Horário: 14h • Local: Setor Comercial Sul – Edifício Luiz Carlos Botelho Quadra 4, Bloco A, 5° andar, Asa Sul. *Com informações da Secretaria da Família e Juventude do Distrito Federal (SFJ-DF)

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Dia do Autismo: Servidor se destaca com trabalho no Museu da Limpeza Urbana

Nesta quarta-feira (2), é celebrado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. A data foi criada em 2007 para informar as pessoas sobre as particularidades dos autistas e lutar contra o preconceito. Há décadas, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) abre oportunidades de trabalho para as pessoas com algumas limitações, sejam elas físicas ou mentais. Hoje, a autarquia conta com 73 colaboradores terceirizados pelo Instituto Lucimar Malaquias atuando em diversas áreas. Gabriel Chaib (D), é recepcionista e guia no Museu do SLU, que reúne mais de 600 peças | Foto: Divulgação/SLU “Aprendi a aceitar o meu autismo e também sobre respeito, disciplina e determinação. Ninguém é perfeito” Gabriel Chaib, servidor do SLU Um exemplo é Gabriel Chaib, que tem transtorno do espectro autista (TEA) e trabalha há 16 anos no SLU. “Quando cheguei, em 2009, foi muito difícil a adaptação ao trabalho sendo pessoa com deficiência, mas aos poucos eu fui me adaptando e me descobrindo”, conta. “Aprendi a aceitar o meu autismo e também sobre respeito, disciplina e determinação. Ninguém é perfeito”. Atualmente, Gabriel recepciona os visitantes do Museu da Limpeza Urbana, que funciona no Venâncio Shopping desde 1996 e conta com um acervo de mais de 600 peças encontradas no lixo e algumas doadas. Fora do expediente, ele pratica artes marciais e dança de salão. “Respeitamos os limites dos nossos colaboradores e servidores e suas individualidades para que possam desempenhar suas atribuições com entusiasmo e felizes com o ambiente de trabalho” Luiz Felipe Carvalho, diretor-presidente do SLU   “Eu me sinto muito bem em receber as pessoas”, afirma ele. “Elas olham o nosso acervo e se lembram de épocas que viveram, se emocionam e ficam felizes. Hoje no SLU eu me sinto muito valorizado e respeitado. Trabalhar com a comunicação e a mobilização realmente fez bem para minha autoestima, e hoje estou muito feliz e realizado.” O diretor-presidente do SLU, Luiz Felipe Carvalho, reforça: “Respeitamos os limites dos nossos colaboradores e servidores e suas individualidades para que possam desempenhar suas atribuições com entusiasmo e felizes com o ambiente de trabalho”. Tratamentos Os transtornos do espectro autista (TEAs) são condições que começam na infância e podem durar a vida toda. Geralmente, os primeiros sinais aparecem antes dos 5 anos de idade. Pessoas com TEA podem ter outras condições, como epilepsia, depressão ou ansiedade. O autismo afeta cada pessoa de um jeito: algumas precisam de muita ajuda, enquanto outras vivem de forma independente. Os sintomas variam muito, mas podem incluir dificuldade em se relacionar com outras pessoas, problemas para falar ou usar a fala para se comunicar, repetição de movimentos, interesse excessivo em alguns assuntos, alta capacidade de linguagem e inteligência e dificuldade em manter contato visual. As principais formas de tratamento são terapias e programas de treinamento para pais que ajudam na comunicação e no comportamento. É importante criar ambientes acolhedores e acessíveis para essas pessoas. Também é recomendado que uma equipe multidisciplinar avalie e desenvolva um programa de intervenção personalizado, pois nenhuma pessoa com autismo é igual a outra. *Com informações do SLU

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Estudantes com TEA de Taguatinga têm momento de diversão em banho de chuveiro no pátio

Em meio ao calor e a baixa umidade que atingem o Distrito Federal nessa época do ano, as escolas de rede pública de ensino do DF pensam em estratégias para tornar o ambiente escolar mais agradável. Foi pensando nisso que o Centro de Educação Infantil (CEI) 11 de Taguatinga promoveu no início dessa semana uma atividade refrescante e divertida: um banho de chuveiro coletivo no pátio da escola. Além disso, foram distribuídos picolés de fruta para as crianças, proporcionando um momento de interação e lazer. A atividade foi destinada a alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Na atividade, quando as crianças aprenderam a compartilhar espaços, respeitar o tempo e as necessidades dos outros colegas, também foram oferecidos picolés de frutas para refrescar e proporcionar um momento saboroso | Foto: Mary Leal/SEEDF A iniciativa não foi apenas uma maneira de combater o calor, mas também uma atividade lúdica pensada para estimular a socialização entre as crianças. Durante o banho, os alunos tiveram a chance de explorar diferentes sensações, se divertir com os colegas e fortalecer os laços afetivos em um ambiente descontraído e acolhedor. Para os professores, momentos como este são essenciais, pois oferecem novas formas de interação e ampliam o repertório de experiências dos alunos, promovendo o bem-estar físico e emocional. “Esses momentos de banho ajudam muito no desenvolvimento das crianças, é uma oportunidade para socializar de maneira leve e divertida”, ressaltou Bárbara Teixeira, professora do CEI 11. A água, que naturalmente traz uma sensação de relaxamento, também contribuiu para o desenvolvimento sensorial, tão importante no processo de aprendizagem de estudantes com TEA. Além disso, o banho de chuveiro se mostrou uma ferramenta valiosa para trabalhar habilidades sociais e motoras. As crianças aprenderam a compartilhar espaços, respeitar o tempo e as necessidades dos outros, enquanto se movimentavam livremente sob a água. *Com informações da SEEDF

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