Reforma de UTI no HRL prevê cirurgias de alta complexidade mais ágeis
A reforma da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Região Leste (HRL), no Paranoá, iniciada em agosto, envolve melhorias estruturais em todo o setor. Estão contemplados piso, teto, paredes, redes elétrica, hidráulica e de gases (oxigênio, ar comprimido e vácuo) e sistema de climatização. A expectativa é que as adequações tragam mais agilidade à realização de cirurgias complexas. Novos equipamentos serão incorporados ao hospital, que possui equipe multiprofissional de 70 servidores | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF O HRL é referência da Secretaria de Saúde (SES-DF) em procedimentos ortopédicos de alta complexidade, como nas mãos e na coluna vertebral, além de receber pacientes vítimas de traumas causados por acidentes. Contudo, mesmo quando marcadas de maneira eletiva, essas cirurgias demandam permanência pós-operatória dos pacientes na UTI. As reformas permitirão aumentar o número de cirurgias, explica Maria de Lourdes Castelo Branco, superintendente da Região Leste de Saúde. “O intuito é otimizar o fluxo para que haja uma retaguarda de leitos; além disso, a entrega das melhorias vai ocorrer junto à chegada de anestesistas", informa. [LEIA_TAMBEM]A unidade da Região Leste também tem recebido equipamentos para a execução dessas cirurgias e feito adequações de gestão de treinamento, como ocorre com o projeto Telescope II, em parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo. O número de leitos permanecerá o mesmo: dez. Porém, novos equipamentos poderão ser instalados no ambiente, e a equipe multiprofissional de 70 servidores terá um espaço mais confortável e adequado a especificações técnicas para desenvolver o trabalho. Planejamento Enquanto os serviços avançam, o HRL continua a ter cinco leitos de UTI, em um espaço adaptado. O chefe do setor, Sidney Sotero, lembra que essa mudança foi possível graças aos contratos assinados pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para a ocupação de leitos de UTI em unidades da rede privada. “O HRL sempre teve uma pressão assistencial muito grande, por ser um centro de trauma e referência para cirurgias de coluna e de mão", reforça. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Saúde amplia rede de atendimento com contratação de mais 33 leitos de UTI
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) segue avançando no fortalecimento da assistência à população. Nesta quarta-feira (25), foram contratados mais 33 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) na rede privada, sendo 28 leitos adultos e 5 neonatais, que estarão à disposição de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Os contratos firmados com o Hospital Anchieta Ceilândia e o Hospital São Mateus foram publicados no Diário Oficial do Distrito Federal. Em menos de um mês, já foram contratados 93 leitos de UTI na rede privada | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF O investimento total é de R$ 66,2 milhões, com vigência inicial de 12 meses, podendo ser prorrogada conforme a necessidade assistencial por até 120 meses. A iniciativa visa ampliar a capacidade da rede pública para atendimento de casos graves, garantindo assistência qualificada e oportuna aos pacientes em momentos de maior complexidade clínica. Desde o início de junho, por meio do edital de credenciamento 5/2024, a SES-DF já contratou 93 leitos de UTI na rede complementar. O edital prevê a contratação de mais de 200 vagas de UTI adulta, além de 14 vagas de UTI neonatal e 17 de UTI pediátrica. A expectativa é de que, nos próximos meses, novas empresas habilitadas sejam convocadas, permitindo a ampliação progressiva da oferta de leitos. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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GDF contrata 30 leitos de UTI em hospital do Gama
Com o objetivo de ampliar a assistência intensiva a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), firmou contrato com o Hospital Santa Lúcia Gama, antes chamado Hospital Maria Auxiliadora. Os novos leitos de UTI foram contratados na modalidade adulto; contrato tem vigência inicial de 12 meses, podendo ser prorrogado por até 120 meses Serão disponibilizados para a rede pública 30 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na modalidade adulto. O extrato contratual foi publicado nesta semana (5), no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). O valor do contrato é de R$ 66,2 milhões, com vigência inicial de 12 meses, podendo ser prorrogado por até 120 meses, conforme conveniência da administração pública. A medida contribui para fortalecer a rede pública de saúde, ampliando a capacidade de atendimento a pacientes em estado crítico. “A contratação desses leitos representa um avanço importante na nossa capacidade de atender pacientes em estado grave com mais agilidade e segurança. É uma ação estratégica para fortalecer a rede pública e garantir cuidado intensivo a quem mais precisa", afirmou o secretário de Saúde do DF, Juracy Lacerda. *Com informações da SES-DF
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Técnica de pesquisadores de neurotrauma do HBDF agiliza alta de pacientes internados em UTIs
A UTI Neurotrauma do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) recebeu a visita de pesquisadores de um hospital privado de São Paulo em busca de aprender mais sobre a Neuromodulação por Estimulação Elétrica Periférica (Neep) e sobre como implementar o Time de Suporte Neuromuscular Avançado. Criado em 2021 pelo pesquisador Paulo Eugênio Silva e pela chefe do Serviço de Saúde Funcional do HBDF, a fisioterapeuta Agda Ultra, esse time de suporte busca mudar o paradigma atual (conhecido como survival), em que médicos, fisioterapeutas, enfermeiros e nutricionistas focam a garantia de que os pacientes sobrevivam ao período de internação na UTI. Com os avanços tecnológicos, o maior desafio atual é dar alta aos pacientes da UTI de forma mais rápida e com o máximo de independência funcional (survivorship). O maior desafio atual é dar alta aos pacientes da UTI de forma mais rápida e com o máximo de independência funcional | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF “Na UTI, o fisioterapeuta assistencial desempenha um papel fundamental, sendo responsável por até dez pacientes, com foco na reabilitação respiratória e motora. Além disso, ele colabora ativamente em atividades compartilhadas com a equipe multidisciplinar, como transporte intra-hospitalar. Enquanto isso, nosso time especializado trabalha no tratamento específico do sistema neuroimunoendócrino, com ênfase na manutenção da força, massa muscular e na redução do processo inflamatório de baixo grau. Ambos os fisioterapeutas, assistenciais e especializados, têm papéis distintos, mas essenciais e complementares, garantindo um cuidado integral e otimizado ao paciente”, comenta Marília Mendes Rodrigues, pesquisadora e membro do Time de Suporte Neuromuscular Avançado. Segundo Paulo Eugênio Silva, mais da metade dos pacientes que recebem alta desenvolve uma condição chamada de fraqueza adquirida na UTI. “O uso de medicamentos e a restrição ao leito durante a internação afetam o sistema nervoso periférico, reduzindo significativamente a força muscular. Para que não permaneçam muito tempo internados na UTI, que é um ambiente de alto potencial de infecção, os pacientes costumam ter alta sem conseguir caminhar, tomar banho sozinhos ou se alimentar. Muitos não conseguem voltar ao trabalho, o que se tornou um problema de saúde pública mundial”, explica. A nova técnica diminui o número de casos de fraqueza adquirida na UTI Com a aplicação do Suporte Neuromuscular Avançado, a chance de alta sem sequelas é considerável. “Desde que implantamos essa tecnologia, em 2021, atendemos mais de 5 mil pacientes. Em um ensaio clínico com 60 pacientes no Hospital de Base do DF, demonstramos que 50% dos que receberam tratamento convencional desenvolveram fraqueza adquirida na UTI, enquanto que nenhum dos que receberam o Suporte Neuromuscular Avançado apresentou essa condição”, afirma Paulo Eugênio Silva. O estudo foi publicado em 2019 em um importante periódico da sociedade japonesa de terapia intensiva. Como funciona? Para aplicar a técnica, o time utiliza um dispositivo específico, desenvolvido a partir de pesquisas científicas que envolvem a Neep. “Venho estudando a Neep desde 2007. Em 2008, realizei um fellowship [programa de complementação especializada voltado a médicos e profissionais de outras áreas da saúde] na Bélgica, o que me permitiu absorver novas ideias. Em 2012, já no Brasil, foi desenvolvido um dispositivo para a aplicação de Neep em pacientes críticos, o único no mundo com certificação da Anvisa para uso em UTI, o que resulta em maior segurança na prática assistencial”, explica o professor. Os pacientes passam por uma rigorosa avaliação individual para aplicação do tratamento Os pacientes passam por uma rigorosa avaliação individual para aplicação do tratamento, que envolve a despolarização dos motoneurônios-α, duas vezes por dia, cinco vezes por semana. “Os equipamentos convencionais não possuem características fundamentais como frequência, largura de pulso e intensidade adequadas para nossos pacientes”, explica Marília Mendes. Atualmente, o time da UTI Neurotrauma do HBDF está vinculado ao grupo de pesquisa Fisiologia Clínica e Inovação Tecnológica, certificado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e localizado no Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF). “Por conta do grupo, conduzimos estudos clínicos, orientamos alunos de mestrado e doutorado e temos publicado artigos científicos em periódicos importantes”, relata Silva. Ana Carolina Lagoa, gerente de pesquisa da Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa (Diep) afirma que a Gerência de Pesquisa (Gerpe) atua no fortalecimento da produção científica no IgesDF, apoiando projetos inovadores como o desenvolvido pelo Time de Pesquisadores da UTI Neurotrauma do HBDF. O grupo tem quatro pesquisas em andamento, duas nacionais e duas internacionais. Recentemente, Silva contribuiu para um livro oficial da International Functional Electrical Stimulation Society (IFESS) e foi convidado para palestras nos Estados Unidos. “Lançaremos o livro na RehabWeek 2025, em Chicago, e depois palestrarei na Universidade de Maryland”, conta. *Com informações do IgesDF
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