Grupo de teatro leva arte da palhaçaria a alunos de escola especial em Brazlândia
Risos, brincadeiras e muita palhaçada — no sentido artístico da palavra. Os estudantes do Centro de Ensino Especial de Brazlândia (Cenebraz) viveram uma tarde diferente nesta segunda-feira (4), com a visita do Grupo Nutra Teatro, que levou a arte da palhaçaria para a escola. Programação especial para os estudantes do Centro de Ensino Especial de Brazlândia (Cenebraz), com arte de palhaçaria em projeto apoiado pelo FAC-DF | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A intervenção integra um conjunto de apresentações gratuitas do Nutra em espaços públicos de 15 regiões administrativas, com aporte do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF). A programação começou no último dia 30 e termina nesta terça-feira (5), a partir das 15h, na comercial da Quadra 103 do Recanto das Emas. "Esse projeto celebra os nossos 15 anos. A gente pega todas as nossas produções culturais e leva para vários lugares do DF. Na área circo/teatro, a gente trabalha com essa linguagem da palhaçaria. E a gente vê que chega mesmo onde o povo está. A gente vai a lugares que pouquíssimo se chega de produtos culturais, por exemplo, dentro de uma feira. Então, é muito bom ter o contato com o público, muito gratificante, o público sempre alimentando também todas as brincadeiras, os jogos, correspondendo", contou a atriz Paula Sallas, uma das idealizadoras do projeto e intérprete da palhaça que visitou o Cenebraz nesta segunda. "É bom demais. A gente vai aprendendo muitas coisas e vai desenvolvendo muito mais", disse o aluno Leandro Florentino [LEIA_TAMBEM]Além de feiras, o grupo também tem ido a praças, lares de idosos e escolas. A de Brazlândia conta com o diferencial de ser voltada a alunos com deficiência. "É muito emocionante para a gente poder atender esse público. A gente sabe o quão específico ele é, então tem todo um cuidado de comunicação, a gente vai sempre com muito respeito, devagarinho, estabelecendo relações, dialogando e informando as nossas brincadeiras", explicou Paula. "Por ser um Centro de Ensino Especial, a gente tenta fazer atividades sempre muito dinâmicas, para sair muito de sala de aula, dessa questão tradicional que a gente costuma fazer com o ensino regular. E isso é importante para fazer com que eles tenham uma interação maior, porque o ambiente em que eles mais convivem, em que eles têm mais convivência, em que eles têm maior interação é dentro da escola. Então, na nossa escola, a gente está sempre disposto a fazer o máximo de atividades extraclasse possível", emendou Cleia Santos, supervisora pedagógica do Cenebraz. E se os sorrisos largos já seriam uma prova de que os estudantes aprovaram a intervenção, os depoimentos reforçam essa sensação. "Gostei da atividade, participei, foi muito legal, muito engraçado. Amei", celebrou a aluna Marilande de Oliveira. "É bom demais. A gente vai aprendendo muitas coisas e vai desenvolvendo muito mais", arrematou Leandro Florentino.
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Com apoio do FAC, evento nacional de circo oferece espetáculos gratuitos na Asa Sul
A programação do Festival Noites Espetaculares chega ao fim neste sábado (19), com espetáculos gratuitos para a população na área externa do Centro de Ensino Médio Setor Leste (Cemso). O evento faz parte da 23ª Convenção Brasileira de Malabarismo e Circo (CBMC), promovida desde o dia 13, e conta com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF). O Festival Noites Espetaculares oferece, até este sábado (19), espetáculos gratuitos para celebrar a arte circense | Foto: Divulgação Com o intuito de aproximar a comunidade das artes circenses, o festival oferece uma série de apresentações. Nesta sexta-feira (18), a partir das 18h, o espetáculo O Novo Anormal ocupa a Lona Artitude com uma montagem coletiva. Às 19h30, ocorre a Noite Experimental no espaço externo, trazendo experimentações cômicas e poéticas dirigidas por Beatrice Martins. A celebração será encerrada com o espetáculo Noite de Fogo Newrônio, que mistura manipulação do fogo e técnicas de malabarismo, sob direção de Rosa Aline, às 21h30. Paralelamente, às 21h, o Palco Externo recebe o show Forró pra Balançá. [LEIA_TAMBEM]No sábado, último dia da convenção, as atrações começam às 9h, com o espetáculo infantil Galinha, na Lona Artitude. Às 20h, haverá a tradicional Noite de Gala, na Lona Principal, para finalizar o evento e festejar as artes circenses. A apresentação é dirigida por Josefina Dias e Valentin Flamini, com performances de Kadu Olivie, Leonardo Cyr, Mano a Mana, Manuela Carvalho, Pipa Luke, Trupe Baião de 2 e Yako. Organizado pelo Coletivo Ambidestro, a convenção ofereceu mais de 70 atividades formativas, voltadas para a iniciação e o aperfeiçoamento de técnicas. As oficinas trabalharam temas como malabarismo, acrobacias, equilíbrio, palhaçaria, confecção de materiais, criação de figurinos e linguagem de sinais. Houve também uma formação para emissão do registro profissional. “Trata-se da maior inserção circense do Brasil, e aconteceu de um jeito muito incrível em Brasília. Tivemos artistas, pensadores, professores acadêmicos, representantes do Ministério da Cultura, sindicatos de diversos estados, debatendo a atualidade e os passos futuros do circo, que está sempre se renovando”, comenta o coordenador-geral da convenção, Luan Haickel. A equipe da organização contou com 65 pessoas. Cada dia de atividades foi finalizado com apresentações culturais, com o objetivo de aproximar os brasilienses da arte circense. “O público foi aumentando ao longo dos dias, e, neste sábado, teremos o grande fechamento”, assinala Haickel. Participaram das atrações artistas do Brasil, de estados como São Paulo, Fortaleza e Rio Grande do Sul, e de países da América Latina, como Chile, Equador e Colômbia.
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Circo Vitória chega a São Sebastião com oficinas gratuitas de arte circense
O picadeiro vai ganhar um novo endereço. Pela primeira vez em São Sebastião, o Circo Vitória chega com uma programação especial e cheia de cores: oficinas gratuitas de tecido, lira, trapézio, malabares e bambolê — com turmas pensadas especialmente para a primeira infância. O projeto conta com apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF) e do portal Agenda Cultural Brasília, por meio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), com recursos do edital de Manutenção de Espaço. Além de São Sebastião, o circo passará por Guará, Riacho Fundo II e Samambaia ao longo do ano. Por meio das práticas circenses, a criança pode desenvolver equilíbrio, coordenação motora e consciência corporal de maneira lúdica e divertida | Fotos: Lyanna Soares/Agência Brasília “Estamos muito felizes em dar continuidade ao projeto, dessa vez em uma nova cidade”, comemora a diretora-geral Loiri Teresinha Mocellin, que comanda o Circo Vitória ao lado do marido, dos filhos e dos netos. Para ela, o investimento fortalece a cultura circense no Distrito Federal — e ainda promove benefícios físicos e mentais aos participantes. “É uma forma de trabalhar a coordenação motora, a consciência corporal e o equilíbrio”, explica. Um dos destaques desta edição são as aulas de bambolê voltadas para crianças a partir de cinco anos. “O bambolê já permite desenvolver equilíbrio e coordenação desde cedo. E, a partir daí, a criança pode explorar outras práticas, como lira”, completa Loiri. Ano passado, cerca de 800 pessoas participaram das oficinas do Circo Vitória Esta é a terceira vez que o Circo Vitória é contemplado pelo FAC. A primeira foi durante a pandemia. Só no ano passado, cerca de 800 pessoas participaram das atividades. Como participar? As inscrições para as oficinas gratuitas estão abertas e podem ser feitas de forma presencial, pelas redes sociais ou pelo telefone (61) 98381-5537, enquanto houver vagas. As oficinas iniciam no dia 23 de julho e duram dois meses, sempre às quartas e quintas-feiras, nos períodos matutino e vespertino. O Circo Vitória está instalado em frente à Administração de São Sebastião. As aulas ocorrem às segundas e terças-feiras. Não é necessária experiência prévia. Além das aulas, a trupe apresenta espetáculos de quinta-feira a domingo [LEIA_TAMBEM]Já os espetáculos circenses do Circo Vitória são apresentados às quintas-feiras e sextas-feiras, às 20h30; e aos sábados, domingos e feriados nos horários de 16h30, 18h30 e 20h30. Adultos pagantes de inteira têm direito à entrada gratuita de uma criança de até 10 anos. Confira a programação das oficinas Quartas-feiras 9h às 10h – Tecido 10h às 11h – Bambolê 14h às 15h – Lira 15h às 16h – Malabares Quintas-feiras 14h às 15h – Trapézio
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Projeto promove aulas gratuitas de arte circense para crianças e adolescentes em Arniqueira
O recreio tradicional é trocado por malabares, acrobacias e cambalhotas no projeto IntegrArte, que leva oficinas gratuitas e regulares de circo para crianças, adolescentes e jovens entre 7 e 17 anos em situação de vulnerabilidade social de Arniqueira. Organizadas com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC-DF) e apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), as oficinas são oferecidas às segundas-feiras pela manhã (9h30 às 11h) e à tarde (15h às 16h30), com o objetivo de promover o desenvolvimento físico, emocional e social por meio da arte circense. Oficinas trabalham não somente a parte corporal, mas também o emocional das pessoas envolvidas | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília A iniciativa é da Associação Cultural, Esportiva e Turística (Ascetur) e ocorre semanalmente desde maio no Centro Social Formar, que atualmente atende cerca de 200 crianças e adolescentes sem rede familiar consolidada, com ações previstas até o fim de setembro. A atividade, que une arte, coordenação motora e expressão corporal, transforma o espaço em um picadeiro de descobertas e superações, com técnicas como acrobacia de solo e aérea, exercícios de equilíbrio, dança e criação cênica, utilizando materiais simples como bolinhas de malabares, sacolas plásticas e cabos de vassoura. Acolhimento familiar Em funcionamento há 36 anos, o Centro Social Formar começou na região do Guará, e todas as crianças que participam de suas atividades são indicadas pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras), frequentando o espaço no contraturno das atividades escolares. “É um projeto de acolhimento às crianças e às famílias”, afirma a presidente do Centro Social Formar, Adélia Amélia de Amorim Teixeira. “Temos uma grande parceria com o governo por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social [Sedes-DF] e estamos muito satisfeitos, as crianças gostam muito. Temos a necessidade de abrir portas àqueles que nos procuram”. Ana Sofia Lamas, presidente da Ascetur: “Trazemos para eles uma experiência nova de movimento, de socialização e de vida através da arte circense” O projeto social IntegrArte atua em três vertentes: capacitação para monitores e professores circenses da cidade, apresentações artísticas realizadas em comunidades e aulas regulares de atividades circenses. A presidente da Ascetur e coordenadora pedagógica do projeto, Ana Sofia Lamas, lembra que, pelo fato de as atividades serem multidisciplinares, a mudança já é perceptível na postura das crianças e adolescentes, que trabalham a relação com a comunidade e o cuidado com o outro. “Trazemos para eles uma experiência nova de movimento, de socialização e de vida através da arte circense”, aponta. “Além das questões físicas, com a criação de mais mobilidade no corpo e coordenação motora, as crianças estão vencendo obstáculos, medos e receios, porque é algo que tira da zona de conforto, com as movimentações diferenciadas. É um conjunto, uma coisa bem sistêmica para o aprendizado.” Arte que cura A professora Tamara Tiago ressalta a importância da prática da arte circense: “É incrível, estimula muito, produz endorfina, bons momentos e acaba tirando a pessoa de estados ruins” A professora de arte circense do projeto, Tamara Moura Marques Tiago, trabalha na área há mais de dez anos e contou ter se apaixonado pelo universo do circo após ter encontrado, nessas atividades, ajuda para sair de um processo de depressão. A profissional ressaltou a importância do projeto não apenas na parte física que é trabalhada, mas também na saúde mental. “Eu tive um momento muito legal com uma das meninas”, conta. “Um dia cheguei e ela não estava num dia muito bom, chorando. Eu respeitei o espaço dela e lhe disse que poderia interagir conosco a qualquer momento que quisesse, brincar, entrar na atividade física e esquecer um pouco o que estivesse passando na cabeça, deixando ela à vontade. De repente ela veio e, em 30, 40 minutos de aula ela já era outra pessoa. Outros meninos que estão trabalhando malabarismo, quando acertam no equilíbrio, percebem que conseguem fazer muitas coisas. Então é incrível, estimula muito, produz endorfina, bons momentos e acaba tirando a pessoa de estados ruins. Dá esse sentimento de gratificação e é um retorno muito positivo, principalmente no cognitivo.” Interação Lorrani Souza frequenta as aulas e tem gostado: “Nos últimos dias estou um pouquinho mais animada, me sentindo bem melhor. Antes eu estava me sentindo extremamente mal, e acho que esse projeto melhorou muito” A estudante Lorrani Safira da Silva Souza, de 13 anos, é uma das que mudaram o semblante após as aulas de circo. Frequentando o espaço toda segunda-feira, a jovem se mostrou animada para subir nos tecidos e disse que a atividade faz toda diferença na disposição diária. “Eu gosto bastante, é um exercício legal, dá para passar o tempo, e também eu estou me exercitando mais”, relatou. “Melhora a saúde: nos últimos dias estou um pouquinho mais animada, me sentindo bem melhor. Antes eu estava me sentindo extremamente mal, e acho que esse projeto melhorou muito”. Paulo Moura pratica arte circense desde abril: “Eu gostei muito desse projeto; a gente pode melhorar bastante coisa, ter mais flexibilidade no corpo” No IntegrArte desde abril deste ano, o estudante Paulo Miguel Moura, 11, conta que aprendeu muitas coisas, desde malabarismo até equilíbrio de pratos e andar na corda: “Eu gostei muito desse projeto; a gente pode melhorar bastante coisa, ter mais flexibilidade no corpo. É bom que eu não fico só em casa, tenho um mundo para conhecer, posso ter um corpo melhor e mais autonomia. Aprendi muita coisa com as novas amizades, e nossa professora é muito legal”. Em breve, o projeto dará início à capacitação de monitores e professores circenses. O curso formativo abordará teoria e prática, incluindo temas como a história do circo, sensibilidade criativa, organização profissional, segurança e primeiros socorros. As inscrições para participar são gratuitas e estarão disponíveis até o dia 20 deste mês, no perfil oficial do projeto. Na etapa final, o IntegrArte ocupará espaços públicos com espetáculos artísticos gratuitos em diferentes regiões do Distrito Federal. A proposta é valorizar o circo de chão, de rua, acessível a todos, fortalecendo uma das expressões mais tradicionais da cultura popular brasileira.
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