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Mais esporte, menos ansiedade: projeto implementa artes marciais em escolas cívico-militares do DF

Em busca do desenvolvimento físico, mental e social dos alunos de escolas cívico-militares do DF, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) leva aulas de artes marciais como atividades extracurriculares, em parceria com a Secretaria de Educação do DF (SEEDF). No Centro de Ensino Fundamental (CEF) 16 de Taguatinga, as práticas têm impactado positivamente na vida de jovens como a aluna Rebeca Cizele Assunção, de apenas 11 anos. De kimono rosa, a pequena já fala como a luta a transformou por completo, ajudando a diminuir a ansiedade. Assim que viu que o jiu-jítsu estava sendo ensinado nas escolas, Rebeca conta que já se interessou e pediu para a mãe a inscrever. “No primeiro dia, eu já me apaixonei e vi que era para mim. É uma luta que encanta e você sente uma paz. Ajudou em várias coisas na minha vida, como ter mais foco e parar de ter crise de ansiedade. Se pegasse a Rebeca hoje e a Rebeca de antes, teria uma diferença imensa. Desenvolvi mais paciência, melhorei minhas notas, a convivência com meus amigos e família, minha autoestima e minha autodefesa também. É algo que você se apaixona muito”. Rebeca também ressalta a importância do projeto ser gratuito nas escolas: “Incentiva as pessoas a conhecerem mais desse mundo e isso abre novas portas para a vida. Acho importante o carinho que eles têm com a gente no projeto, que é muito grande”. As aulas de artes marciais começaram no CEF 16 Chaparral Taguatinga Norte este ano, mas o programa funciona desde 2023, duas vezes por semana, com modalidades de judô, jiu-jítsu e karatê. Mais três Colégios Cívico-Militares (CCM) recebem as atividades: CEF 1 Núcleo Bandeirante, CEF 12 QNG Taguatinga Norte e CEF 19 QNL Taguatinga Norte. Os bombeiros ainda atuam em 17 escolas da rede da SEEDF dentro do Sistema Cívico-Militar, com projetos extracurriculares que abrangem aulas de música e Atendimento Pré-Hospitalar (APH), que ensina primeiros socorros para os alunos e funcionários. As aulas de artes marciais começaram no CEF 16 Chaparral Taguatinga Norte este ano, mas o programa funciona desde 2023, duas vezes por semana, com modalidades de judô, jiu-jítsu e karatê | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília São cerca de 40 alunos por escola que participam das aulas de artes marciais, que já alcançam 320 alunos em 2025. Segundo o sensei Márcio Diogo Ferreira, bombeiro coordenador de Artes Marciais da iniciativa, a primeira turma de 2023 começou com 20 alunos. Em 2024, houve expansão para outro colégio e a demanda subiu para 160 estudantes — o que significa um aumento de 400% desde o início do programa até 2025. “Isso mostra que o projeto é um sucesso. Acredito que ele tem um poder de formação, buscamos os alunos mais indisciplinados, porque esses são os que mais precisam. Tenho alunos que começaram porque tinham problemas no colégio ou fora dele e se disciplinaram para continuar no projeto”, observa o instrutor. Qualquer aluno pode participar das aulas, desde que mantenha boas notas e disciplina para se manter nos treinos. O professor reforça a importância da arte marcial na transformação social e na prevenção de doenças como obesidade, diabetes, hipertensão e pressão alta: “No esporte nós tiramos o menino da rua e trazemos ele para o tatame, que é o diferencial nas comunidades mais marginalizadas. A partir do momento que estão aqui, somos uma família. E o projeto esportivo é mais uma possibilidade para eles se manterem ativos, além da parte da defesa pessoal promover mais autoconfiança, especialmente para nossas alunas”. Mais esporte, mais inclusão Além da pequena Rebeca, outros jovens também vivenciaram transformações na maneira de se relacionar, como é o caso do Murilo Stroisner, de 13 anos. Diagnosticado com autismo e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), o estudante afirma que fazer jiu-jítsu é uma experiência boa que mudou muita coisa. “É muito legal participar de uma atividade, fazer parte de uma turma de lutadores em um esporte forte e aprender autodefesa. Agora tenho mais responsabilidade e prazer em fazer as coisas. A luta é importante e fiz muito mais amigos aqui”. No Centro de Ensino Fundamental (CEF) 16 de Taguatinga, as práticas têm impactado positivamente na vida de jovens como a aluna Rebeca Cizele Assunção, de apenas 11 anos. De kimono rosa, a pequena já fala como a luta a transformou por completo, ajudando a diminuir a ansiedade Para a mãe do garoto, a farmacêutica Nayara Marra Pinho, 45, o sentimento é de orgulho. Ela explica que o filho era desorganizado e desinteressado, desde a escola até as interações sociais. Hoje ela descreve Murilo de outra maneira: “Ele está mais focado, interessado, disciplinado, organizado, calmo, centrado e até mais pontual. Aprendeu muito sobre autoridade, fala mais baixo e todas as reclamações que tive dele mudaram. Ele faz as tarefas, as notas melhoraram e todos os professores têm elogiado. O projeto ajudou muito na socialização, ele conversa e brinca mais, olha mais nos olhos, está mais atento às coisas. Ver que ele está avançando dentro de uma normalidade como qualquer outra criança é muito gratificante”, relata. De acordo com o tenente-coronel Luciano Antunes Paz, coordenador geral do projeto de gestão compartilhada do CBMDF, a iniciativa abrange alunos típicos e atípicos por demanda. O militar afirma que o programa é ambicioso e visa formar atletas para o futuro, além de desenvolver a parte social que ajuda muitos alunos. “As escolas são escolhidas em locais de vulnerabilidade e, no momento que o aluno chega no tatame, ele aprende normas e tradições a serem seguidas. É onde muitos superam as dificuldades anteriores pela ausência de uma família estruturada. Eles entendem hierarquia, controle emocional, domínio do próprio corpo e o respeito ao próximo. Tudo isso reflete na vida deles e nosso objetivo e sonho é ter alunos que serão campeões olímpicos”. A diretora do CEF 16 de Taguatinga, Rosane Bornelas Ribeiro, recorda que as aulas são ministradas no contraturno, o que não atrapalha as atividades dos estudantes e também complementa o trabalho realizado em sala de aula. “Reduz a ociosidade da criança, sendo uma forma de salvá-la de influências negativas. Já temos visto surtir efeito com os nossos alunos mais indisciplinados, os pais sentem que os filhos estão ficando mais calmos e pela reunião semanal com os professores já sentimos o reflexo positivo. O esporte é vida e tê-lo de uma forma gratuita ajuda muito, porque muitos alunos não têm a mínima condição para bancar uma atividade extra. Aqui estamos dentro do ambiente escolar, um local monitorado e seguro com um projeto que só tem a agregar”, completa.

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PMDF homenageia precursores das artes marciais e atletas de destaque 

Na manhã desta sexta-feira (18), o pátio da Academia de Polícia Militar de Brasília (APMB) foi palco de uma solenidade em homenagem aos precursores das artes marciais no âmbito da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). O evento, conduzido com honras militares, reuniu veteranos, atletas de alto rendimento, autoridades da corporação e convidados para celebrar legados e conquistas que marcam a trajetória esportiva e institucional da PMDF. A coronel Ana Paula Habka, comandante-geral da PMDF, também foi homenageada por sua atuação no judô | Foto: Divulgação/PMDF  Aberta pela comandante-geral da PMDF, coronel Ana Paula Habka, a solenidade teve a entrega de certificados de reconhecimento a importantes nomes da história das artes marciais na PMDF, com destaque para três grandes mestres de judô que atingiram a notável graduação de 9º Dan: sensei Takeshi Miura, sensei Takashi Haguiraha e sensei Nafez Abud Curi. A honraria simboliza o alto grau de conhecimento técnico, disciplina e contribuição desses mestres para a formação de gerações de atletas e policiais militares. Outro momento especial foi a homenagem aos atletas das modalidades judô e jiu-jítsu que representaram a corporação no World Police and Fire Games 2025, competição internacional que reúne profissionais da segurança pública de diversos países. Os policiais militares foram aplaudidos por sua dedicação, disciplina e conquistas, reafirmando a tradição da PMDF na formação de atletas de excelência. A solenidade também celebrou a promoção do coronel Wanderley Ferreira Nunes à graduação de 6º dan no judô. Veterano da PMDF e campeão mundial na categoria acima de 90 kg nos jogos deste ano, ele foi homenageado pela sua trajetória de excelência nos tatames e no serviço policial, sendo exemplo de liderança e perseverança. A nova graduação foi entregue pelas mãos do sensei Takashi Haguiraha. Durante a solenidade, a coronel Ana Paula Habka recebeu das mãos de seu primeiro professor, sensei Heder Marcos da Silva (7º Dan), a faixa preta de judô — reconhecimento máximo por sua trajetória como atleta e pela incorporação dos valores em sua carreira na segurança pública. Ele leu um texto em que elogiou a disciplina, ética e resiliência da ex-atleta, que iniciou sua jornada nos tatames ainda na infância e, mesmo ao trocar os kimonos pela farda, manteve vivas as lições do judô ao longo de sua trajetória até chegar ao posto mais alto da corporação.   *Com informações da PMDF

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Pesquisa aponta alto índice de satisfação entre usuários da Academia Buriti do GDF

A Academia Buriti, vinculada à Secretaria-Executiva de Valorização e Qualidade de Vida (Sequali) da Secretaria de Economia (Seec-DF), acaba de concluir uma pesquisa que revela o impacto positivo das atividades oferecidas aos usuários. O levantamento buscou identificar o perfil dos frequentadores, seus objetivos com a prática de exercícios, a frequência de uso e, principalmente, a percepção quanto à qualidade dos serviços. A Academia Buriti oferece 12 modalidades, entre artes marciais e aulas funcionais | Foto: Divulgação/Seec-DF Localizada no térreo do Anexo do Palácio do Buriti, a academia é referência na promoção da saúde no serviço público. Funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 20h30, e oferece 12 modalidades – entre artes marciais e aulas funcionais –, além de exames de bioimpedância. Os serviços são gratuitos para servidores, empregados públicos, colaboradores e estagiários do Governo do Distrito Federal (GDF). Atualmente, a academia tem 2.421 alunos cadastrados. A pesquisa avaliou critérios como motivação para continuidade das atividades, intenção de permanência, disposição para indicar o espaço a colegas, qualidade dos equipamentos, limpeza, organização e atendimento da equipe. Os resultados foram expressivos: 90,2% dos respondentes classificaram os equipamentos como bons (43,1%) ou ótimos (47,1%). O atendimento prestado pelos servidores foi um dos aspectos mais elogiados, ao lado da organização e da limpeza do ambiente. [LEIA_TAMBEM]Com metodologia que combinou perguntas fechadas e abertas, o questionário permitiu captar tanto dados quantitativos quanto percepções subjetivas, incluindo sugestões espontâneas. O relatório resultante oferece um diagnóstico detalhado da experiência dos usuários e servirá de base para o aprimoramento contínuo dos serviços. “A pesquisa confirma o papel essencial da Academia Buriti como espaço de cuidado integral com a saúde dos servidores públicos. Além de promover hábitos saudáveis, a academia fortalece vínculos, incentiva a convivência e contribui para o equilíbrio entre vida pessoal e profissional”, destaca Epitácio Júnior, secretário-executivo de Valorização e Qualidade de Vida. Já a subsecretária de Saúde Física para o Servidor Público, Denise Parreira, que lidera a Academia Buriti, complementa: “Oferecemos um ambiente acolhedor que promove não apenas a saúde física, mas também o equilíbrio emocional. Aqui os servidores encontram bem-estar, motivação e qualidade de vida”. *Com informações da Secretaria de Economia (Seec-DF)

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Projeto escolar combate bullying por meio das artes marciais

O Centro de Ensino Médio (CEM) Urso Branco, no Núcleo Bandeirante, encontrou nas artes marciais uma ferramenta eficaz de transformação social. Criado em 2017, o projeto Quem Luta Não Briga reduziu significativamente os conflitos na escola, ampliou as modalidades ensinadas e tornou-se referência para outras instituições do Distrito Federal. Projeto Quem Luta Não Briga atende pessoas de 15 a 60 anos da comunidade escolar | Foto: Felipe de Noronha/SEEDF Mais de 500 alunos já passaram pelo projeto, que atende pessoas de 15 a 60 anos da comunidade escolar. “Em 2017, a comunidade do Núcleo Bandeirante enfrentava muitos conflitos, especialmente entre regiões próximas. Essas tensões chegavam à escola, transformando o ambiente em um foco de disputas de gênero, condição social e outros problemas”, explica o diretor Dreithe Thiago Ribeiro. A iniciativa, que começou com seis placas de tatame e aulas de jiu-jítsu, atualmente conta com um centro de lutas equipado, oferecendo também boxe, caratê, muay thai, judô, treino funcional e pilates. O supervisor pedagógico Eronildo Santiago, responsável pelo centro de lutas, ressalta o impacto do programa: “Tivemos uma formação ampla de alunos que se tornaram campeões, saíram de situações de violência doméstica e melhoraram o desempenho escolar”. Inclusão social O estudante Davi Rocha, de 13 anos, é faixa laranja de caratê. Ele ganhou confiança e autocontrole ao praticar a luta na escola O projeto também se destaca pela inclusão social. Alunos sem condições financeiras recebem doações de equipamentos. “Aqui, o aluno que não tem recursos tem total capacidade para treinar”, afirma Santiago. Entre os instrutores voluntários está o mestre de caratê Olivério Fernandes Borges, 74, um dos primeiros alunos da escola, fundada em 1963. Sua presença contínua ao longo de quase toda a história da instituição simboliza o compromisso de longo prazo com a educação e o desenvolvimento dos jovens. O estudante Davi Rocha de Carvalho, 13, aluno do 8º ano, é um dos beneficiados pela iniciativa. “Desde que comecei no caratê, aprendi a me controlar melhor e a confiar mais em mim. O projeto me ensinou que ser forte não é brigar, mas saber quando não brigar”, relata o adolescente. O diretor Dreithe também alerta para novos desafios, como o cyberbullying: “Hoje, com o acesso irrestrito que eles têm aos dispositivos digitais, os conflitos muitas vezes começam nas redes sociais para depois chegar à escola”. Ele recomenda que os pais observem o comportamento dos filhos nas plataformas digitais. O sucesso do Quem Luta Não Briga já inspira iniciativas semelhantes em outras unidades da rede pública do DF, demonstrando como projetos inovadores dentro da Secretaria de Educação podem transformar não apenas as escolas, mas comunidades inteiras. Várias faculdades já visitaram o projeto para estudá-lo como um caso de sucesso em intervenção socioeducativa. Às vésperas de completar uma década, o projeto mantém-se ativo, mesmo durante as férias escolares, oferecendo uma alternativa constante para jovens e adultos da comunidade. *Com informações da SEEDF  

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