Dia das Mães reforça importância da doação de leite materno; saiba como doar
Neste Dia das Mães, o Governo do Distrito Federal (GDF) reforça a importância da doação de leite materno: uma ação que faz bem tanto para quem recebe quanto para quem doa. O gesto, além de alimentar, fortalece laços invisíveis entre mulheres que muitas vezes nem se conhecem, mas compartilham o mesmo instinto de cuidado e amor. Os níveis de estoque dos bancos de leite do DF estão baixos; as mães que puderem contribuir devem entrar em contato com o Amamenta Brasília | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília O DF conta com 14 bancos de leite e sete pontos de coleta. "Para a mãe ser uma doadora, ela só precisa estar amamentando. O começo de tudo vem do desejo materno de ser uma doadora de leite, porque a gente sabe que doar leite humano é uma atividade que requer um cuidado, uma dedicação, um esforço por parte dessa mãe. Por isso ele se torna um ato tão valoroso e tão precioso pra nós, porque a gente percebe que essa mãe doa o melhor dela para conseguir extrair cada gota", aponta Natália Conceição, coordenadora do banco de leite humano do Hospital Regional de Taguatinga (HRT). [LEIA_TAMBEM]Esse desejo surgiu forte na médica Nathália Cortes, uma das doadoras do banco de leite do HRT. "Eu já achava a amamentação uma coisa importantíssima, de conexão, de amor. Nós, mulheres, sabemos a importância. Eu já tinha esse pensamento antes de ter filho, mas [ficou maior] depois que ele nasceu e ficou internado na UTI, precisando usar leite de outras mães também. É uma forma de afeto tão grande, de carinho, de amor... Amor líquido. Então, eu decidi que ia tentar, da maior forma que eu conseguisse, fazer essa doação também para, da mesma forma que ele foi ajudado, ajudar outras mãezinhas e outros nenéns", conta. "A dor de uma mãe é a dor de todas as mães". Se a dor é uma só, o amor também é o mesmo. Que o diga a operadora de caixa Andrielle Muniz. Ela conheceu o banco de leite do HRT como doadora, quando teve o primeiro filho. Hoje, no segundo, é ela quem recebe: "Você vai receber o leite de uma mãe que você não sabe de onde veio, mas tem certeza que está sendo bem cuidado, porque eu sei que vai vir de um coração bom para a minha filha". A doadora recebe todas as orientações necessárias para que possa coletar o leite de forma segura; o kit completo para realizar o ato é doado pelo GDF Como doar Os níveis de estoque dos bancos de leite do DF estão baixos. As mães que puderem contribuir devem entrar em contato com o Amamenta Brasília, pela internet ou pelo telefone 160, opção 4. "Dependendo do lugar que essa mãe mora, ela vai ser direcionada para o banco de leite mais próximo da sua residência. Esse banco de leite vai fazer o contato com essa mãe e aí sim começa uma trajetória da doação do leite humano", explica a coordenadora do banco do HRT. "A partir desse contato, o profissional de saúde que estiver cadastrando essa doadora vai completar sua ficha e pedir para encaminhar seus exames e fazer as orientações a respeito de como que ela vai fazer a coleta desse leite humano, o que ela precisa em relação à higienização, a necessidade de usar uma touca e máscara. Tudo isso a gente vai orientar para que essa mãe esteja segura e faça uma coleta de forma adequada, lembrando que fornecemos o kit completo para este ato”, arremata Natália Conceição.
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Com queda nos estoques, banco de leite do Hospital Regional de Santa Maria convoca doadoras
Cada gota de leite materno doado representa amor e esperança para os recém-nascidos e prematuros que precisam desse alimento tão rico, valioso e que salva vidas devido aos seus inúmeros nutrientes. Em janeiro, o banco de leite humano do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) recebeu de doação um total de 201 litros de leite materno, uma queda de 14,16% se comparado com o mesmo período do ano passado, quando foram arrecadados 234,15 litros. O número reflete o que ocorre nos períodos de férias, quando as doações diminuem consideravelmente. “Enfrentamos um grande desafio, pois temos a missão de garantir que bebês prematuros e recém-nascidos que não podem ser amamentados por suas mães tenham acesso ao melhor alimento que existe para eles: o leite humano. Nos meses de férias e feriados prolongados vemos nossos estoques caírem drasticamente. Isso significa que muitos bebês, que dependem desse leite para sobreviver e se fortalecer, correm o risco de não receber a quantidade necessária”, explica a nutricionista e chefe substituta do Serviço de Banco de Leite Humano do HRSM, Daiane Guimarães. Com a doação de leite materno, bebês prematuros e recém-nascidos que não podem ser amamentados pela própria mãe poderão receber o alimento | Fotos: Alberto Ruy/Agência Brasília Somente em janeiro, pelo menos 70 bebês foram alimentados com o leite materno oriundo das doações feitas ao banco de leite do HRSM. Além disso, foram realizados 2.114 atendimentos internos e 221 atendimentos externos. “O leite materno doado representa esperança para muitos bebês e famílias que aguardam ansiosamente por essa ajuda. Quem amamenta o filho e percebe que tem muito leite pode compartilhar. Cada uma pode ser a heroína na vida de um bebê”, destaca Daiane. Quem tiver interesse basta procurar o banco de leite do HRSM, se inscrever pelo site do Amamenta Brasília, ou fazer o cadastro no telefone 160 ー opção 4 Segundo ela, é importante fazer desse momento de doação um compromisso contínuo, mesmo nos períodos de férias, pois assim os estoques se mantêm com uma reserva técnica e não falta leite para nenhum bebê. Basta procurar o banco de leite do HRSM, se inscrever pelo site do Amamenta Brasília, ou fazer o cadastro no telefone 160 ー opção 4. Pasteurização Todo o leite arrecadado pelo banco de leite humano do HRSM passa pelo processo de pasteurização, pois, além de poder ficar armazenado mais tempo, existe o controle de qualidade, e durante a pasteurização são inativados quaisquer tipos de vírus e bactérias que possam existir. Além disso, o leite é dividido e separado em cinco tipos diferentes: colostro, leite de transição, alcon (leite maduro/alojamento conjunto), normocalórico e hipercalórico. A partir dessa divisão, os bebês internados recebem o leite adequado para suas necessidades naquela fase. *Com informações do IgesDF
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Doação de leite materno é fonte de cura para bebês em UTI neonatal
O leite materno é o mais completo para alimentar o recém-nascido, pois é rico em nutrientes e em agentes imunobiológicos que protegem contra várias doenças. Em crianças menores de 5 anos, o alimento pode reduzir em até 13% as mortes evitáveis nessa faixa etária. “Além de fornecer todos os nutrientes essenciais ao bebê, o leite materno é facilmente digerido, o que reduz o risco de alergias alimentares e problemas gastrointestinais”, aponta a coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno da Secretaria de Saúde (SES-DF), Mariane Curado Borges. A rede de Bancos de Leite Humano do DF tem como meta arrecadar dois mil litros por mês, que atende, em média, 250 bebês por dia | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Nem toda mãe, contudo, consegue amamentar, seja por dificuldades práticas, seja por um parto prematuro que exige a internação do bebê na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal. Nesses casos, os bebês dependem do leite de um dos dez Bancos de Leite Humano (BLH) do Distrito Federal. É o caso da pequena Maria Cecília, hoje com 3 meses. Ela nasceu na 26ª semana de gestação, pesando apenas 735 g. A mãe Deisiane Santiago de Souza conta das inseguranças com o nascimento prematuro da filha somado ao fato de que ainda não tinha começado a produzir leite. “Foi muito sofrimento. É a minha primeira filha e eu não sabia nada sobre amamentação nem que pudesse procurar auxílio no banco de leite. Meu pensamento era sempre de que ela passaria fome”, lembra a vendedora. A servidora da Secretaria de Educação Fernanda Evangelista conta que doar leite foi uma das experiências mais gratificantes que já teve | Foto: Arquivo pessoal Mas Deisiane conseguiu suporte com os profissionais do BLH e Maria Cecília está mais forte. Além do leite doado, a mãe recebeu orientações sobre massagem, ordenha e coleta. A filha está com 2 kg e ainda segue internada na UTI Neonatal do Hospital Regional de Taguatinga (HRT). A história de Deisiane e Maria Cecília ilustra a história de tantos outros pacientes. O leite humano segue como protagonista no fortalecimento de bebês prematuros e/ou internados. Cada pote de leite doado pode beneficiar até dez recém-nascidos. Toda pessoa que amamenta pode ser uma doadora, basta estar com a saúde em dia e não usar medicamento que seja incompatível com a amamentação. Quem quiser doar pode ligar para o número 160 – opção 4, ou se cadastrar no site do Amamenta Brasília. A pessoa irá receber orientações sobre como realizar a coleta e o armazenamento do leite em casa, sem a necessidade de deslocamento aos hospitais. Uma equipe do Corpo de Bombeiros do DF fará a entrega do kit para coleta e, semanalmente, irá à residência buscar a doação. Queda de arrecadação A pequena Maria Cecília, no colo da mãe, Deisiane Santiago, recebe leite doado a um dos bancos do DF | Foto: Arquivo pessoal O DF se destaca pelos índices de aleitamento materno e também é referência nacional na política de BLH. O final e o início de ano, porém, costumam provocar uma redução nas doações de leite e, consequentemente, uma queda importante nos estoques. Os BHLs do DF tem como meta arrecadar dois mil litros de leite por mês. O montante abastece um estoque que atende, em média, 250 bebês por dia, internados nos hospitais da capital federal. “De novembro do ano passado até agora, fevereiro, ficamos abaixo dessa meta mensal”, aponta a coordenadora. “Passamos de 2 mil litros em outubro a 1.750 litros em novembro. Fechamos janeiro com apenas 1.500 litros de leite coletado. A expectativa é de que em março os estoques voltem a subir.” Segundo a Borges, é comum a redução nas doações durante o período de férias. O carnaval logo após também impactou. Por isso, segundo ela, é fundamental a colaboração de lactantes saudáveis. “O gesto salva vidas”, reforça. Alimento completo O leite materno não apenas encurta as estadias hospitalares de recém-nascidos, como também proporciona um futuro saudável a essas crianças O leite materno não apenas encurta as estadias hospitalares de recém-nascidos, como também proporciona um futuro saudável a essas crianças. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Ministério da Saúde, bebês prematuros, ou que enfrentam patologias, apresentaram mais chances de recuperação e de desenvolverem uma boa saúde ao longo da vida ao receberem leite materno no período de internação em UTI neonatal. Trata-se de um alimento especificamente adaptado às necessidades do bebê. Em sua composição, o leite humano apresenta carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas, minerais, substâncias imunocompetentes (imunoglobulina A, enzimas, interferon), além de fatores moduladores de crescimento e ácidos graxos essenciais, cruciais ao desenvolvimento do sistema nervoso e cerebral. Além disso, os componentes do leite materno variam ao longo do tempo, ajustando-se às necessidades em constante mudança do bebê à medida que cresce. Doação de leite, doação de vida A servidora da Secretaria de Educação (SEE-DF), Fernanda Evangelista de Sousa, é mãe do pequeno Augusto, de 8 meses. Ela conta que sempre teve o desejo de doar leite, visto que também é doadora de sangue. “Entrei em contato com o banco de leite do Hospital Universitário de Brasília [HUB] e foi bem rápido. Enviei os exames que fiz no pré-natal, fui cadastrada e logo entraram em contato comigo”, conta. “Teve semana que consegui doar cinco vidros. E eu tirava só uma vez por dia, pela manhã”, celebra. Fernanda se emociona e afirma que a doação de leite foi gratificante. “É uma trajetória muito bonita. Eu recebia cartinhas das mães que precisaram do leite. Ler os testemunhos delas agradecendo foi lindo demais.” *Com informações da SES-DF
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Banco de Leite do Hospital Regional de Taguatinga comemora 45 anos
Em 1978, quando o país ainda não possuía uma política de incentivo ao aleitamento materno, um grupo de médicos e associados do Rotary Clube de Taguatinga fundava o primeiro banco de leite humano na região Centro-Oeste. Nasceu, assim, em 19 de setembro daquele ano, o Banco de Leite do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), que, ao longo de 45 anos, tem contribuído para a saúde e a história de centenas de crianças. A unidade é referência e procurada por profissionais de outros estados e países para treinamentos, indicados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Em celebração à data especial, funcionários e beneficiados receberam homenagem da Secretaria de Saúde (SES-DF), que concedeu certificados de reconhecimento pelos serviços prestados à saúde e um café da manhã em comemoração. A coordenadora de Políticas de Aleitamento Materno da pasta, Miriam Santos, emocionou-se ao recordar do esforço dedicado por muitos profissionais para manter a unidade em funcionamento. A Secretaria de Saúde concedeu certificados de reconhecimento aos funcionários da unidade pelos serviços prestados à saúde | Foto: Divulgação/ Agência Saúde-DF “Estou nessa missão desde 1992. É um sonho realizado. A gente só existe por causa dos bebês receptores de leite humano e das mães nutrizes. Eu sou apenas uma maestra, somente conduzo a grande banda. Sem cada um desses integrantes, que são os instrumentos disso tudo, não haveria como e nem porquê fazer este trabalho”, agradeceu Santos. Rede que salva O Governo do Distrito Federal (GDF) mantém bancos de leite em dez hospitais regionais, responsáveis por receber, pasteurizar e distribuir o leite materno a recém-nascidos internados em unidades neonatais. Além disso, esses bancos orientam mães sobre amamentação e técnicas de pega do bebê ao seio, uma vez que isso nem sempre é instintivo e pode causar desconforto e ferimentos, levando muitas mulheres a recorrerem à fórmula. Só no primeiro semestre de 2023, as doações recebidas pela rede pública de saúde nutriram quase 8 mil bebês | Foto: Tony Winston/ Agência Saúde-DF A coordenadora do banco de leite do HRT, Natália Conceição, acredita que os 45 anos de história da unidade foram muito marcantes: “Fazer parte dessa história e dar continuidade a essa ideia inovadora é algo transformador. Nossa equipe sabe que impacta a vida da população. O aleitamento materno é fundamental e é algo gratificante saber como contribuímos.” É o caso do pequeno Henry de Moura, que nasceu de 36 semanas, mas com peso de uma criança de 33 semanas, e recebe o leite do banco. A mãe dele, Andressa Venâncio de Moura, 34 anos, se emociona ao saber que o filho recebe ajuda. “Meu leite começou a descer apenas nesta semana e nos próximos dias vamos pegar um complemento para que ele continue a ganhar peso”, detalha. “A gente olha e vê que não está saindo leite e começa a se desesperar. Aqui, aprendi como fazer massagem, fazer a pega. Coisas que eu nem tinha ideia”, conta. [Olho texto=”“O trabalho dessa equipe é essencial. Sem esse alimento meu filho não estaria aqui. É muito especial pra mim celebrar esse momento com a SES-DF.”” assinatura=”Jessita Pereira” esquerda_direita_centro=”direita”] Jessita Pereira, 28 anos, fala com a voz embargada que o filho está recebendo toda a alimentação pelo banco de leite, pois ela não estava produzindo. “O trabalho dessa equipe é essencial. Sem esse alimento meu filho não estaria aqui. É muito especial pra mim celebrar esse momento com a SES-DF.” Uma vida dedicada ao aleitamento [Olho texto=”“Colaborar com a saúde básica, pois um bebê alimentado corretamente sai da fila do SUS, não tem preço”” assinatura=”Rosilene Ribeiro da Silva, técnica em gestão de saúde” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Técnica em gestão de saúde, Rosilene Ribeiro da Silva trabalha há 24 anos no BLH do HRT e já perdeu as contas de quantas mulheres e crianças amparou: “Ajudar esse binômio [mãe e bebê] é uma ação indescritível. Colaborar com a saúde básica, pois um bebê alimentado corretamente sai da fila do SUS [Sistema Único de Saúde], não tem preço”, afirma, e ainda ressalta que se sente agraciada por participar de um projeto como esse. Mesmo aposentada, Marli Leite Borges, continua amiga e apoiadora do banco de leite. “Dediquei dez anos da minha história na enfermagem à unidade e foi um dos lugares mais gratificantes em que estive.”, relata. Como doar [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Só no primeiro semestre de 2023, as doações recebidas pela rede pública de saúde nutriram quase 8 mil bebês. Foram coletados cerca de 11 mil litros de leite, volume que superou em 14% o mesmo período de 2022. Mas para continuar funcionando, a unidade depende de doações mensais. Para agendar uma visita do CMBF, basta ligar no telefone 160 [opção 4] ou realizar o cadastro no site do programa Amamenta Brasília. A equipe do banco de leite mais próximo entrará em contato para marcar uma visita dos bombeiros, que já levam um kit com máscara, touca e potes esterilizados. Santos explica que doar o leite materno excedente é mais fácil do que muitas mães pensam. “Um erro comum é achar que o frasco precisa ser preenchido de uma só vez com o alimento”, aponta a coordenadora de Políticas de Aleitamento Materno. “Na verdade, a mulher tem até dez dias para encher o pote”. Para isso, é preciso completar o frasco mantido no congelador com a ajuda de um copo de vidro, conforme o leite for retirado. Um pote com cerca de 300 ml do alimento pode garantir a nutrição de até dez recém-nascidos. *Com informações da Secretaria de Saúde
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