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Marco Zero de Brasília ganha iluminação especial para os 65 anos da capital

O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Companhia Energética de Brasília (CEB), vai instalar uma iluminação cênica no Marco Zero da capital, localizado no Buraco do Tatu, na Zona Central de Brasília. A ação faz parte das comemorações dos 65 anos da capital federal. O local marca exatamente o ponto onde se iniciou a construção de Brasília e agora ganha destaque com a nova tecnologia para realçar ainda mais o local, que se transformou em um novo ponto turístico desde que foi redescoberto no ano passado. O sistema da nova iluminação do Marco Zero tem capacidade para até 3 milhões de combinações de cores | Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília O projeto foi desenvolvido pela CEB, com colaboração do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), do 6º Batalhão da Polícia Militar e do Arquivo Público do Distrito Federal. O novo sistema conta com projetores especiais que iluminam, de forma precisa, o ponto central marcado no asfalto e as esculturas em alto relevo que representam o Plano Piloto nas laterais do local. O sistema RGB tem capacidade para até 3 milhões de combinações de cores, possibilitando ambientações variadas em datas comemorativas e eventos especiais. A iluminação será controlada remotamente e integrada ao Centro de Comando Operacional (CCO) da CEB, garantindo monitoramento em tempo real e correção de falhas. “O Marco Zero é o coração simbólico de Brasília, onde tudo começou. Iluminar esse espaço com tecnologia de última geração é mais do que uma ação de infraestrutura, é um gesto de respeito à nossa história e à memória da cidade. É um presente que entregamos com muito orgulho aos brasilienses”, afirma Edison Garcia, presidente da CEB. Com investimento de R$ 70 mil, o sistema será entregue na semana de comemoração do aniversário de Brasília, entre 17 e 21 de abril. *Com informações da CEB

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Marco Zero: População aproveita novo ponto ‘instagramável’ durante o Eixão do Lazer

“Toda história começa por algum lugar, né?”, diz o empresário Paulo Melo, de 62 anos, ao admirar o mais novo ponto turístico de Brasília: a Estaca do Marco Zero, ponto a partir do qual toda a capital foi construída. Ele foi um dos moradores do Quadradinho que, neste domingo (4), aproveitaram o Eixão do Lazer para conhecer o marco inicial de onde Brasília foi erguida. O Marco Zero, mais novo ponto ‘instagramável’ no roteiro turístico de Brasília, foi parada para poses de moradores e turistas que aproveitaram o Eixão do Lazer neste domingo, o primeiro aberto a visitação desde a conclusão das obras do Buraco do Tatu | Foto: Lucio Bernardo Jr/Agência Brasília Para Paulo, porém, esse resgate da história foi ainda mais especial. Nascido em Minas Gerais e morador da Asa Sul desde 1961, ele viu a capital do país ser construída bem de perto. Para o empresário Paulo Melo, o resgate da história de Brasília foi ainda mais especial. Nascido em Minas Gerais e morador da Asa Sul desde 1961, ele viu a capital do país ser construída bem de perto “Meu pai veio para a construção de Brasília como engenheiro em 1959. Eu sempre acompanhei muito a história de Brasília, mas eu não sabia dessa estaca zero. Contei para o meu pai sobre isso, ele me confirmou a história e eu fiquei chocado”, relatou o empresário que, na sequência, tirou uma foto para mandar para o seu genitor. Outra pessoa que visitou o local foi a funcionária pública Maria de Fátima Ribeiro, de 70 anos. Há 49 anos em Brasília, ela passa pelo Buraco do Tatu diariamente e jamais imaginou o que o concreto da via escondia. A funcionária pública Maria de Fátima Ribeiro passa pelo Buraco do Tatu diariamente e jamais imaginou o que o concreto da via escondia “É histórico”, afirma, extasiada ao contemplar o Marco Zero. “Foi uma grata surpresa. Eu acho que foi uma descoberta incrível para os brasilienses e para todo o Brasil, afinal, nós somos a capital da República. Eu adorei! Está maravilhoso”, completa. E de história, Elias Manoel da Silva sabe bem. Historiador do Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF), ele explica que o espaço da Estaca Zero ajudou a erguer a Esplanada dos Ministérios. “Durante a construção de Brasília, aqui na Estaca Zero, havia um muro enorme de arrimo na região que hoje é o Buraco do Tatu. Milhares de toneladas de terra foram tiradas daqui e levadas para criar a planura artificial do que hoje nós chamamos de Esplanada dos Ministérios. Ou seja, a Estaca Zero gerou a Esplanada dos Ministérios”, relata. O símbolo da Estaca Zero, mais conhecido como Marco Zero, ponto que serviu de referência para a ordenação numérica da quilometragem da área central da cidade, está fixado entre as pistas do Buraco do Tatu, um das vias mais movimentadas de Brasília, onde cerca de 150 mil motoristas passam diariamente Curiosidades como essa sequer passavam pela cabeça do casal André Amaral Almeida, de 50 anos, e Luciane de Almeida, 49 anos. Ele, nascido em Brasília e ela, quase uma brasiliense, acreditam que o passado da capital segue vivo até hoje. O administrador André Amaral Almeida, com a mulher Luciane, considera que o novo ponto trouxe “o passado para o presente. Ninguém acreditava no sonho de Juscelino e que todo o projeto de Lúcio Costa sairia do papel, mas hoje a gente vê que tudo deu muito certo. Eles deram conta e hoje vivemos história” “Trouxeram o passado para o presente”, diz Luciane, que é corretora de imóveis. O marido complementa: “É bom para valorizar a história da cidade. Eu sou fã de Brasília e de todo o plano de construção da capital. Ninguém acreditava no sonho de Juscelino e que todo o projeto de Lúcio Costa sairia do papel, mas hoje a gente vê que tudo deu muito certo. Eles deram conta e hoje vivemos história”, ressalta o administrador. Por trás do Marco Zero O Marco Zero foi descoberto durante a reforma no Buraco do Tatu, que liga os eixos Sul e Norte da capital. A surpresa, porém, foi só para os funcionários que realizavam as obras no local e para boa parte dos brasilienses. “Para o Arquivo Público já era um fato conhecido”, lembra o superintendente do ArPDF, Adalberto Scigliano. “A partir de agora, quando as pessoas simplesmente passarem pelo Buraco Tatu, vão saber que foi aqui que Brasília foi concebida. Exatamente aqui, a estaca fecundou o solo do Cerrado para ser o ponto inicial da capital”, narra. O historiador Elias Manoel da Silva, do Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF), explica que o espaço da Estaca Zero ajudou a erguer a Esplanada dos Ministérios O ponto central entre o cruzamento dos eixos rodoviário e monumental foi fincado pelo engenheiro e topógrafo Joffre Mozart Parada, então chefe da equipe de topografia da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), em 20 de abril de 1957. “A cidade foi construída, na sua urbanidade, por Joffre Mozart Parada. Ele é um anônimo na história de Brasília. No papel, o mérito é de Lucio Costa, mas no chão, foi Joffre Mozart Parada que começou o projeto. Com a redescoberta do Marco Zero, a gente pretende honrá-lo e eternizá-lo, de forma concreta, na história do DF”, afirma Elias. Buraco do Tatu As obras de restauração do pavimento asfáltico em concreto do Buraco do Tatu – passagem de 700 metros que liga os eixos rodoviários Norte e Sul, no Plano Piloto – foram iniciadas em 1º de julho e concluídas na quarta-feira (31). O trânsito foi liberado na quinta-feira (1º), beneficiando, assim, os 150 mil motoristas, que passam todos os dias pelo local. O pavimento original da passagem, da época da construção de Brasília, estava degradado após 60 anos de uso e sua vida útil estava ultrapassada. Foram investidos cerca de R$ 2 milhões nas obras de recuperação do pavimento. As placas de concreto danificadas foram trocadas por novas e o material antigo das juntas de dilatação – que unem essas placas – foi substituído por um selante com durabilidade prevista de dez anos. Os serviços incluíram a lavagem das paredes azulejadas e do teto do Buraco, além de limpeza e desobstrução de todas as caixas de drenagem da passagem.

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Buraco do Tatu é reinaugurado com novo pavimento e símbolo do Marco Zero

A manhã de 1º de agosto de 2024 entrou para a história da capital federal. O dia, que seria lembrado pela liberação do trânsito no Buraco do Tatu – a passagem que conecta os eixos rodoviários Norte e Sul no Plano Piloto – após a primeira grande reforma do pavimento e da estrutura dos últimos 60 anos, ganhou uma simbologia ainda mais especial. Mais do que a reabertura de uma via por onde circulam 150 mil motoristas diariamente, esta quinta-feira se transformou na recuperação da memória de Brasília, com a inauguração do símbolo da Estaca Zero, mais conhecido como Marco Zero, ponto que serviu de referência para a ordenação numérica da quilometragem da área central da cidade. “A gente fica muito feliz de poder contar essa história dessa capital da República que tanto nos encanta e que encanta a todos que vieram do Brasil todo, e aqueles que nos visitam. Então é mais um ponto turístico para a cidade. Aos domingos, quando o Eixão estiver fechado, certamente as pessoas vão passar por aqui e poder fazer essa visita maravilhosa” Governador Ibaneis Rocha Agora, quem passar pela via terá mais do que a experiência de andar em um novo pavimento completamente reestruturado: poderá conferir a cruz de Lucio Costa reproduzida nas duas paredes com o título Marco Zero, além da própria representação da estaca no chão que foi fincada há 67 anos, em 20 de agosto de 1957, pelo engenheiro e topógrafo Joffre Mozart Parada, então chefe da equipe de topografia da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). Foi apenas após a implantação do Marco Zero que as escalas urbanas – definidas no papel pela equipe de Divisão de Urbanismo da Novacap – puderam, então, ser transferidas para o chão da então futura capital. O governador Ibaneis Rocha, que celebrou a reabertura de uma das mais importantes vias de Brasília, destacou a necessidade da intervenção e a celeridade com que os serviços foram concluídos para beneficiar os milhares de motoristas que utilizam o local para circular pelo Distrito Federal | Foto: Renato Alves/Agência Brasília “A gente fica muito feliz de poder contar essa história dessa capital da República que tanto nos encanta e que encanta a todos que vieram do Brasil todo, e aqueles que nos visitam. Então é mais um ponto turístico para a cidade. Aos domingos, quando o Eixão estiver fechado, certamente as pessoas vão passar por aqui e poder fazer essa visita maravilhosa”, destacou o governador Ibaneis Rocha. No primeiro domingo após a inauguração do Marco Zero, o Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF) preparou uma programação para quem decidir visitar o novo ponto instagramável da capital. Via onde circulam 150 mil motoristas diariamente, o Buraco do Tatu recebeu restauração do asfalto em concreto, substituição das placas de concreto danificadas, tratamento das juntas de dilatação, lavagem das paredes azulejadas e do teto, limpeza e desobstrução das caixas de drenagem e sinalização horizontal e vertical Em relação à obra, o governador destacou a necessidade da intervenção e a celeridade com que os serviços foram concluídos para beneficiar os milhares de motoristas que utilizam a via para circular pelo Distrito Federal. “Sem dúvida nenhuma, era uma reforma necessária. Mais de 60 anos do Buraco do Tatu, um ponto de Brasília que tem um fluxo muito grande de pessoas. Uma obra maravilhosa em um prazo muito curto de 30 dias”, afirmou. Foram investidos pelo Governo do Distrito Federal (GDF) R$ 2 milhões para a recuperação do trecho de 700 metros. O serviço foi feito pelas equipes do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), com auxílio do maquinário próprio do órgão e em parceria com empresas que têm contratos com o GDF e com a Novacap. Os trabalhos foram efetuados em julho, em função das férias escolares, para minimizar os transtornos aos motoristas. Gláucia e Thelma, filhas do então chefe da equipe de topografia da Novacap, Joffre Mozart Parada, dizem que a retomada da memória do Marco Zero não é importante apenas para a história de Brasília, mas uma forma de reconhecer a importância do engenheiro e topógrafo na construção da capital federal. A obra consistiu na restauração do asfalto em concreto, substituição das placas de concreto danificadas, tratamento das juntas de dilatação, lavagem das paredes azulejadas e do teto, limpeza e desobstrução das caixas de drenagem e sinalização horizontal e vertical. A liberação do trânsito de veículos na passagem ocorreu depois da cerimônia de reinauguração do espaço. “Muito mais do que 700 metros de obras, fizemos em um mês a revitalização de todo o Buraco do Tatu”, disse o presidente do DER-DF, Fauzi Nacfur Junior. “Esse pavimento de concreto existe há 60 anos, desde a construção de Brasília, e nunca tinha sido mexido. Com isso, as placas de concreto vão trabalhando, vão criando um desnível e gerando um desconforto no fluxo de veículos. Isso acabou. Foram mexidas as juntas de dilatação e niveladas. Aproveitamos para poder limpar e pintar todas as paredes, e toda a drenagem pluvial foi desobstruída.” O presidente do DER-DF, Fauzi Nacfur Junior, afirma: “Muito mais do que 700 metros de obras, fizemos em um mês a revitalização de todo o Buraco do Tatu” Descoberta histórica A recuperação da Estaca Zero ocorreu durante as obras. Os operários foram surpreendidos com os trechos do módulo de concreto do marco, confirmado por técnicos DER-DF, embasados em documentos do Arquivo Público, e foi decidido fazer a remarcação para que a história fosse conhecida por todo brasiliense e visitante da cidade. “Isso tudo envolve a preservação da memória, porque essa é uma informação que agora vai ser perpetuada”, defendeu o superintendente do ArPDF, Adalberto Scigliano. “Esse é um momento histórico. Quando Lucio Costa cruzou os dois eixos, ele não imaginava que aqui hoje estaríamos cruzando os eixos do passado e do futuro, porque agora cada brasiliense e cada pessoa que passar por aqui vai saber que foi exatamente aqui que Brasília nasceu. Esse é o ponto exato e esse é o momento do renascimento de Brasília.” Para o historiador do ArPDF, Elias Manoel da Silva, a data ficou marcada como a “reabertura da história de Brasília” Para o historiador do ArPDF, Elias Manoel da Silva, a data ficou marcada como a reabertura da história de Brasília. “Esse ponto é importante porque todos os elementos da cidade são pensados a partir da Estaca Zero. Hoje nós estamos revendo a história de Brasília não a partir de qualquer elemento, mas a partir do elemento fundador: o ponto onde toda a cidade foi pensada, produzida e deixada para nós até hoje”, revelou. A retomada da memória do Marco Zero não é importante apenas para a história de Brasília. Para a família de Joffre Mozart Parada, é uma forma de reconhecer a importância do engenheiro e topógrafo na construção da capital federal. “Ele era um homem muito fechado, carrancudo. Não falava com ninguém. Ele passava aqui com a gente, mas nunca falou que foi ele que demarcou. Nada disso ele falava. Então, para nós é muito gratificante aparecer o nome dele, que era uma coisa que a gente sempre quis”, destacou uma das filhas de Joffre, a aposentada Gláucia Marina Nascimento, 78 anos. A engenheira civil Thelma Consuelo Ribeiro, 69, outra filha de Joffre Mozart Parada, reforçou as palavras da irmã: “Agora está tudo bem-demarcado, tem os desenhos nas laterais e a sinalização no chão. Sabíamos que existia, mas que estava apenas coberto. Agora vai ficar mais visível. E o nome dele vai ficar mais relevante e ser lembrado”. Joffre Mozart Parada é considerado o primeiro engenheiro a pisar em Brasília em 1955. Além de definir o marco zero da capital, ele também foi prefeito do que hoje é o Núcleo Bandeirante, assinou o projeto de urbanização do Gama, trabalhou na Comissão de Cooperação para a Mudança da Capital Federal e fez o levantamento das áreas de cada fazenda que foi assentada para ser desapropriada para que hoje vigorasse a capital federal.

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Redescoberta do Marco Zero resgata história do início da construção de Brasília

Brasília nasceu de um sonho — o de Dom Bosco, de Juscelino e dos candangos. Para que ele virasse concreto, foi preciso escolher o ponto de onde tudo partiria: o Marco Zero. Depois de décadas escondido, esse ponto preciso, a partir do qual toda a capital foi construída, está de novo à vista do público. Localizado durante as obras no Buraco do Tatu, o Marco Zero de Brasília recebeu o devido reconhecimento e, agora, se soma à lista dos pontos turísticos do Distrito Federal. Antes do início da construção, era preciso demarcar o ponto de onde irradiaria a nova capital, ou seja, onde seria o ponto de referência para os cálculos que tirariam do papel os eixos que se cruzam em ângulo reto, designados por Lúcio Costa no projeto urbanístico vencedor. Houve certa dificuldade para se chegar a esse local exato na então Fazenda Bananal. Segundo levantamento do Arquivo Público do DF (ArPDF), coube ao arquiteto Joffre Mozart Parada cravar a Estaca Zero, em 20 de abril de 1957, incumbido pelo então presidente da Novacap, Israel Pinheiro. A partir do Marco Zero, Brasília teve a referência calculada, desde as praças até as tesourinhas | Foto: Joel Rodrigues/ Agência Brasília A cidade, então, se fez a partir desse ponto — a quilometragem das vias do DF, por exemplo, tem ele como referência —, demarcado por uma estaca. “A partir da Estaca Zero, toda a cidade foi pensada: as praças, as vias, os jardins, as tesourinhas, a Asa Norte, a Asa Sul ー tudo foi pensado e calculado a partir dela. Portanto, a Estaca Zero é o ponto de nascimento e de irradiação de toda a urbanização de Brasília”, explica Elias Manoel da Silva, historiador do Arquivo Público do DF. O que era terra virou concreto e a estaca foi retirada. No lugar, ficou um disco de metal que, por anos, manteve-se encoberto por uma placa de concreto, sem nada dizer a quem passava pelo coração da capital. Durante as obras de restauração do pavimento asfáltico, iniciadas em 1º de julho, operários encontraram o disco. “Foi uma surpresa para a equipe, que não sabia do que se tratava. Ficou aquela questão de ‘tira ou não tira’ e aí parou o serviço que estavam fazendo ao redor dele, chamaram o engenheiro responsável e pediram para o pessoal do DER verificar”, lembra o engenheiro Carlos Humberto Santana, que acompanhou os trabalhos. Carlos Humberto Santana: “Foi uma surpresa para a equipe, que não sabia do que se tratava” Não fosse o cuidado dos operários — e uma porção de sorte — a história teria sido perdida. “Alguns trechos do módulo de concreto, a gente arrancou todo para fazer a recuperação total. E aqui nessa parte não estava danificado. Se tivesse danificado esse concreto, possivelmente teria arrancado tudo e perdido o Marco Zero”, pontua Carlos. Agora, o local — que foi confirmado por técnicos do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), embasados em documentos do Arquivo Público — terá uma marcação no solo e nas paredes do Buraco do Tatu, inclusive, protegidas contra pichação. E será mais do que só um novo ponto turístico. “Estaremos reabrindo a própria história de Brasília, ou seja, o local onde foi colocada a Estaca Zero, o ponto onde o Eixo Monumental e o Eixo Rodoviário se encontram”, exalta o superintendente do Arquivo Público do DF, Adalberto Scigliano. “Graças à preservação da memória feita pelo Arquivo Público e à parceria entre os órgãos envolvidos na obra foi possível revelar essa parte importante da história da nossa capital. Agora, todas as vezes que a população passar por ali vai lembrar de como e onde nasceu Brasília”, completa. Entre os que vão passar por ali com o olhar diferente está o motorista Valmir Sousa. “Passava por cima e nunca nem imaginei que estava ali”, relata. “Sou nascido e criado em Brasília e uma descoberta dessa é um marco para a gente, porque saber onde tudo começou, o centro de Brasília, é uma maravilha. Vai ficar para a história.” Buraco do Tatu O novo ponto turístico da cidade terá uma marcação no solo e nas paredes do Buraco do Tatu, inclusive, protegidas contra pichação As obras de restauração do pavimento asfáltico em concreto do Buraco do Tatu – passagem de 700 metros que liga os eixos rodoviários Norte e Sul, no Plano Piloto – foram iniciadas em 1º de julho e concluídas nesta quarta-feira (31). O trânsito será liberado na quinta-feira (1º), beneficiando, assim, os 150 mil motoristas, que passam todos os dias pelo local. O pavimento original da passagem, da época da construção de Brasília, estava degradado após 60 anos de uso e sua vida útil estava ultrapassada. Foram investidos cerca de R$ 2 milhões nas obras de recuperação do pavimento. As placas de concreto danificadas foram trocadas por novas e o material antigo das juntas de dilatação – que unem essas placas – foi substituído por um selante com durabilidade prevista de dez anos. Os serviços incluíram a lavagem das paredes azulejadas e do teto do Buraco, além de limpeza e desobstrução de todas as caixas de drenagem da passagem.

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